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ÍNDICE

APRESENTAÇÃO 03
OS PIQUENIQUES NA ERA VITORIANA 04
RECEITAS 06
Bebidas 07
Salgados 09
Doces 12
REFERÊNCIAS 15
APRESENTAÇÃO

Desde 2009, os eventos históricos têm se multiplicado pelo Brasil, em especial


os piqueniques vitorianos, realizados nas principais cidades do país. Estes encontros
atraem um público amplo e variado, encantado pelos costumes, pela produção artísti-
cas e pela indumentária de séculos passados, com ênfase na Era Vitoriana (1837-
1901). Justiça seja feita, o piquenique, tal qual o conhecemos hoje, é uma criação
que pode ser atribuída àquela era.
A cada ano, os eventos se tornam maiores e o público inicial, que em muitos ca-
sos era movido apenas pela curiosidade e por uma ideia superficial acerca da Era Vi-
toriana, tem buscado mais informações sobre esse período e seus costumes. Essa
busca, porém, esbarra na dificuldade de se encontrar fontes acessíveis em língua por-
tuguesa. Em comparação às publicações originais do século XIX em língua inglesa
hoje disponíveis para acesso gratuito na internet, dispõe-se de pouquíssimos recursos
referentes ao Brasil. Os materiais que existem são quase que exclusivamente de cir-
culação acadêmica e não apresentam uma linguagem atraente para o público em ge-
ral. Assim, a referência de século XIX dos eventos históricos no Brasil ainda é, ma-
joritariamente, inglesa, francesa ou norte-americana.
Esta publicação é resultado de cinco anos de pesquisas desenvolvidas pela Soci-
edade Histórica Destherrense (SHD). Seu objetivo é simples: oferecer receitas de
época fáceis e práticas, possam ser utilizadas pelos participantes dos piqueniques
históricos em todo o país. Por que estamos fazendo isso? Porque nós acreditamos
que a História é mais do que apenas uma narrativa em um livro ou documento; para
nós, o passado tem aromas, texturas e sabores que podem ser recriados e experimen-
tados nos dias de hoje.
Desejamos a você uma excelente experiência enquanto estiver saboreando as
mesmas iguarias que foram servidas no Titanic ou apreciadas por Jane Austen.

Pauline Kisner
Os Piqueniques na
Era vitoriana

O que hoje o imaginário coletivo período entre a coroação dela em 1837 e


tem com idéia de piquenique é um con- sua morte em 1901. A Era Vitoriana não
ceito que evoluiu no Ocidente desde a foi um bloco cultural homogêneo, muito
Idade Média. Podemos encontrar a ori- pelo contrário; esse período da História
gem dele nos banquetes que se organi- é marcado por mudanças em diferentes
zavam em torno das grandes caçadas da aspectos da vida. E esse cenário variava
nobreza feudal. Nesses eventos serviam entre os diferentes países e dentro dos
-se apresuntados, vários preparados de próprios países. Quando falamos de Era
carne (lembrando que a carne, especial- Vitoriana, estamos nos referindo à In-
mente de caça, era por si só um “artigo
de luxo alimentar” na Europa Medieval)
e várias iguarias à base de massa reche-
ada e frita, doces e salgadas, chamadas
genericamente de pastéis. Em sua es-
sência, a idéia de piquenique se resume
a uma refeição ao ar livre, geralmente
no campo ou em alguma paisagem agra-
dável que lembre o campo, em que se
desfruta de boa companhia, boa comida
e divertimentos variados. Podemos en-
contrar traços disso ao longo do Renas-
cimento e me arrisco e dizer que até
mesmo nas tradicionais garden par-
ties (festas de jardim) do século XVIII.
Contudo, o formato de piquenique que
nós conhecemos foi uma criação da Era
Vitoriana.
A expressão “Era Vitoriana” se re-
fere ao longo reinado da Rainha Vitória
I da Inglaterra (que é essa beldade re-
chonchuda aí do lado) e corresponde ao A Rainha Vitória retratada por Franz Xavier Winterhalter
em 1859. The Royal Collection.
glaterra e às influências culturais dela A popularidade dos piqueniques
em outros territórios, nos costumes, na pode ser comprovada pela frequência
música, na moda, na política… com que eles aparecem nos livros de ad-
Esse período é marcado, princi- ministração doméstica. Best-sellers do
palmente, pelo desenvolvimento indus- período como o manual assinado por
trial. Retomando as aulas de História: a Isabella Beeton (1861) dão conselhos
Revolução Industrial inicia-se na Ingla- preciosos de escolha e preparo dos ali-
terra ainda no século XVIII (por volta mentos, levando em consideração o des-
de 1750) e se expande para o restante da locamento e a conservação dos pratos
Europa e Estados Unidos a partir da se- em uma refeição ao ar livre.
gunda metade do século XIX. O que is-
Para um piquenique com quaren-
so significava? Que havia um grande
ta convidados, Beeton recomenda nada
número de fábricas, produzindo merca-
menos que uma peça de lagarto assado;
doria em grande quantidade e por um
uma peça de lagarto cozido; duas coste-
preço muito menor em relação a épocas
las e duas paletas de carneiro; quatro
anteriores, quando tudo era produzido
galinhas assadas; dois patos assados;
artesanalmente. A mudança na produção
uma peça de presunto; uma língua; duas
de mercadorias e a transferência de tra-
tortas de vitela; duas tortas de pombo;
balhadores do campo para as cidades
seis lagostas médias; dezoito pés de al-
afetou o modo como pessoas e produtos
face; seis cestos de salada; seis pepinos;
eram transportados. Não por um acaso a
três a quatro dúzias de biscoitos; 4 dú-
Era Vitoriana é o século de ouro das lo-
zias de cheesecakes; dois pudins; dois
comotivas. Graças ao sistema de trens,
manjares brancos; uma peça de queijo;
mesmo uma família de trabalhadores de
seis libras de manteiga; seis pães; quatro
Londres podia comprar uma passagem
bolos e chá. Para beber, trinta e seis
nos vagões mais econômicos e passar
garrafas de cerveja; duas dúzias de gar-
um dia no campo, levando comida de
rafas de água com gás e limonada; seis
casa para uma refeição ao ar livre. As-
garrafas de champagne, nada menos que
sim, os piqueniques se tornaram um
doze garrafas de licores e duas de co-
programa acessível a diferentes classes
nhaque. A água comum poderia ser obti-
sociais, o que não significa que eles não
da no local do piquenique e o café era
tenham sido objeto dos intermináveis
desaconselhado. 
tratados de etiqueta vitorianos, que ten-
tavam estabelecer regras de convívio
social para as classes altas.
RECEITAS
bebidas

1. PONCHE À LA ROMAINE
Receita muito popular ao longo de todo o século XIX. Seu consumo é registrado desde o período dos romances de Jane Aus-
ten até o século XX. Era bebida obrigatória em bailes e aparece nos menus servidos à primeira classe do Titanic.

INGREDIENTES
Serve 15 pessoas PREPARO
 Suco de 10 limões Misture os sucos e adicione o açúcar e a casca de
 Suco de 2 laranjas laranja. Mexa até dissolver completamente o açúcar.
Coe e misture aos poucos as claras batidas em ponto
 Casca de 1 laranja
de neve. Transfira a mistura para um recipiente de
 1kg de açúcar branco inox e leve ao congelador até quase congelar. Adici-
 10 claras one o vinho e o rum, misturando com o batedor.

 1 garrafa de vinho
 1 garrafa de rum

2 PONCHE DO REGENTE
O Ponche do Regente deve seu nome ao Rei George IV, um notório apreciador dos prazeres da boa mesa. A receita foi tradu-
zida do site da Jane Austen Magazine, que traz uma versão modernizada das orientações originais.

INGREDIENTES -los mais suculentos. Raspe a casca do limão e re-


serve.
 4 limões grandes
Retire a pele branca dos limões, assim como as se-
 2 xícaras de água
mentes e o miolo. Corte os limões e leve-os ao fogo
 3 colheres de sopa de chá verde (ou 3 saqui- com a água e a raspa da casca. Deixe ferver por 10
nhos para infusão) min.
 1 e 1/2 xícara de açúcar Deixe a mistura esfriar por 1 minuto e despeje sobre
 1 garrafa de champagne gelada ou refrigerante o chá verde. Misture bem e deixe descansar por 3
de limão minutos. Coe em uma peneira fina, adicione o açú-
car e deixe esfriar completamente.
PREPARO
Na hora de servir, despeje a mistura na poncheira e
Role os limões sobre uma superfície dura para torná acrescente o champagne ou refrigerante de limão.
3. LIMONADA
Criada em Paris nos anos 1540, é uma das bebidas mais populares do Ocidente. Era presença obrigatória em piqueniques no
século XIX. Esta receita é uma adaptação do original de 1827, do livro “The House Servant’s Directory”.

INGREDIENTES
 1 xícara de açúcar; PREPARO

 6 xícaras de água; Ferva o açúcar com uma xícara de água até que ob-
ter uma calda rala. Retire do fogo.
 1 xícara de suco de limão / suco de 6 limões
Misture o restante da água, o suco de limão e a cal-
grandes;
da. Adicione mais açúcar se ainda estiver muito
 Rodelas de limão para decorar amargo.

4. SANGAREE (SANGRIA)
A “sangria” é um ponche à base de vinho tinto, de origem espanhola. Foi introduzido na Inglaterra e na França no século
XVIII e redescoberto pela culinária dos anos 1970. Esta receita foi adaptada de “The American System of Cookery”, de
1847.

INGREDIENTES PREPARO
 140ml de vinho tinto (Porto ou Madeira) Em um copo alto, misture o vinho e a água. Adicio-
ne açúcar e noz-moscada a gosto.
 Água quente ou fria
A receita original aconselha que a sangria seja servi-
 Noz-moscada para ralar da acompanhando bolo esponja ou biscoitos delica-
dos.
 Açúcar a gosto

CURIOSIDADES & SUGESTÕES

Os refrigerantes já existiam no século XIX, embora não com esse nome. Devido à crença nos poderes me-
dicinais das águas gaseificadas, um refresco bastante popular da época consistia em xarope de frutas mistu-
rado à água com gás. Para um piquenique histórico, você pode levar refrigerante industrializado e servi-lo
em garrafas de vidro ou tentar fazer seu próprio refrigerante (faça uma calda líquida com a fruta de sua es-
colha, deixe esfriar e adicione à água com gás).
A indústria dos refrigerantes, ou “soft drinks”, se inicia ainda no século XVIII, quando a marca Schweppes
começou a comercializar sua água tônica. O segredo da sua fórmula era a adição de quinino, uma substân-
cia à qual se atribuía capacidade profilática contra a malária. A água tônica Schweppes era consumida não
apenas por reis, mas também por soldados que atuavam na Índia. A marca foi um grande sucesso e, em
1851, chegou a ser a fornecedora de bebidas da Grande Exibição, em Londres.
SALGADOS

1. OVOS ESCOCESES
Conhecido no Brasil como bolovo, esse prato era muito popular no século XIX e, por sua praticidade, estava presente em pi-
queniques e outras refeições ao ar livre. Esta receita foi adaptada do livro “New System of Domestic Cookery”, de 1808.

INGREDIENTES Envolva-os na mistura de carne moída e presunto


 5 ovos ; picado.
Frite até atingir uma cor levemente dourada.
 Carne moída , misturada com presunto picado
em proporções iguais;
 Óleo para fritar OBS.: Embora a receita original não preveja isso,
pode ser necessário acrescente um pouco de farinha
PREPARO
de trigo para garantir que a carne moída tenha uma
Cozinhe bem os ovos. boa estrutura e frite sem desmanchar.

2. PAstéIs dE OstRA
De acordo com os cronistas da época, os pastéis de ostra eram uma iguaria muito apreciada pelo nosso Imperador D. Pedro
II. Esta receita foi adaptada do livro “O Cozinheiro Imperial”, publicado em 1840.

INGREDIENTES mente na manteiga com as anchovas desfiadas, o


tempero verde, miolo de pão e especiarias a gosto.
 2 dúzias de ostras
Reserve.
 Anchovas desfiadas
 Miolo de pão embebido em leite
 Tempero verde picado 2. Montagem dos pastéis

 Pimenta-do-reino, noz moscada, alho e sal Na massa aberta, monte os pastéis alternando uma
a gosto camada de picado, uma ostra inteira (passada em
alho, salsa e pimenta), uma outra camada de picado
 Manteiga
e um pedacinho de manteiga.
 Massa para pastel de forno
Asse até dourar e sirva ainda quentes.
PREPARO
1. Picado para o recheio
Pique metade das ostras bem miúdas e refogue leve-
3. PÃEZINHOs dE BAtH
Criados na cidade de Bath (Inglaterra) ainda no século XVIII, eram um dos lanchinhos favoritos de Jane Austen. A fonte da
receita é “The Experienced English Housekeeper “(1786), adaptada pela revista do Jane Austen Centre.

INGREDIENTES retido, acrescente a farinha e a manteiga e bata na


batedeira, usando o gancho de massa.
 220g de manteiga amolecida;
Assim que formar uma mistura homogênea, adicio-
 2 xícaras de farinha de trigo;
ne as sementes de cominho (reserve algumas para
 2 colheres de sopa de fermento biológico decoração). Coloque a massa em um recipiente
grande, cubra e deixe descansando em local quente,
 180ml de creme de leite; para crescer.
 1 colher de sopa de açúcar; Pré-aqueça o forno a 180ºC.
 60g de sementes de cominho. Assim que a massa tiver crescido, faça bolas de
massa e decore com as sementes restantes. Coloque
em uma assadeira untada e deixe descansar por mais
PREPARO 30 minutos.
Aqueça o creme de leite com o açúcar e polvilhe o Asse durante 30 minutos ou até que fiquem leve-
fermento por cima.. Quando o fermento estiver der- mente dourados. Sirva com manteiga.

4. BAtAtAs À LA dUCHEssE (ORIgINAL)


No século XVIII, as batatas não eram exatamente populares e na França havia inclusive a crença de que o consumo delas
causaria lepra. Somente no século XIX as batatas se tornaram um ingrediente recorrente na cozinha de todas as classes soci-
ais, mas especialmente entre os pobres. Esta receita foi adaptada do livro “La Nouvelle Cuisinière Bourgeoise” (1817)

INGREDIENTES PREPARO
 3 batatas cozidas sem casca e amassadas; Amasse as batatas ainda quentes. Adicione sal e pi-
menta a gosto e deixe esfriar.
 Sal e pimenta a gosto;
Forme bolinhas com a batata amassada, passe no
 3 a 4 ovos bem batidos; ovo batido e leve ao forno em forma untada, até
 Salsinha dourar. Sirva com salsinha picada.

5. BAtAtAs À LA dUCHEssE (séCULO xx)


Versão criada pelo chef francês Escoffier, o pai da alta gastronomia.

INGREDIENTES PREPARO
 4 batatas cozidas sem casca e amassadas; Proceda como na receita anterior, acrescentando a
manteiga às batatas ainda quentes, antes de amassar.
 Sal e pimenta a gosto;
Coloque essa mistura em uma manga de confeitar e
 2 ovos bem batidos com 1 colher de sopa de encha as cavidades de uma forma de cupcake unta-
creme de leite; da.
 Manteiga; Pincele os ovos batidos e leve ao forno pré-aquecido
 Noz-moscada a 200ºC, por cerca de 40minutos ou até dourar.
6. PASTELINHOS DE CARNE
Uma receita portuguesa, muito apreciada no Brasil do século XIX. Adaptada de “Cozinheiro Moderno” (1826)
INGREDIENTES
 Carne bovina macia a gosto, cortada em cu- PREPARO
bos;
Misture a carne, o azeite, os temperos, 3 ovos e o
 Azeite; leite. Recheie as massas, feche e pincele com o ovo
batido.
 Tempero verde, sal, pimenta e noz moscada a
gosto; Asse conforme a temperatura indicada pelo fabri-
cante da massa, em forma untada com azeite ou for-
 4 ovos, sendo um batido; rada com papel manteiga. Os pasteis não devem
dourar muito.
 Leite, o quanto baste;
Também pode ser feito com massa folhada ou re-
 Massa de pastel de forno. cheando vol-au-vents.

7. BOLOS DE OSTRA
Nem sempre as ostras foram uma iguaria elegante e cara. Até o começo do século XX, nas regiões litorâneas, eram uma fonte
barata de proteína animal para as famílias pobres. Esta receita foi adaptada de uma original de 1824, publicada no livro
americano “The Virginia Housewife”.

INGREDIENTES PREPARO
 3 pães do tipo italiano ou australiano; Corte o topo dos pães, escave-os e reserve o miolo.

 1 dúzia de ostras; Em uma frigideira quente, derreta a manteiga e refo-


gue as ostras picadas, temperando a gosto. Acres-
 Creme de leite; cente um pouco de água e o miolo do pão e deixe
 Manteiga para refogar cozinhar por 15 minutos.

Opcional: queijos e tempero verde. Adicione creme de leite a gosto. Recheie os pães e
feche-os com o topo cortado no início. Leve ao for-
no para dourar.

8. ANEIS DE CEBOLA
Adaptado de “The Art of Cookery Made Plain Easy”, de 1801.

INGREDIENTES PREPARO
 6 cebolas roxas cortadas em rodelas Coloque a gordura da fritura para aquecer.

 Farinha e buttermilk em quantidade suficiente Bata os ovos por cerca de 10min. Reserve.
para fazer o empanado
Prepare o empanado com a farinha e o butter-
 3 ovos batidos por cerca de 10min milk até obter uma mistura parecida com a textura
de creme de leite. Tempere com sal e pimenta e in-
 250g de parmesão ralado corpore os ovos batidos. Adicione o parmesão à
mistura.
 Sal e Pimenta a gosto
Empane os anéis e frite até que adquiram uma cor
 Banha (ou óleo) para fritar. marrom-dourada.
DOCES

1. PANQUECAS
Seja na versão rica (feita com leite) ou na versão mais simples (feita com água ou cerveja), as panquecas foram um prato mui-
to popular no século XVIII e XIX devido à sua praticidade e à saciedade que oferecem. Esta receita é uma adaptação realiza-
da pela equipe de cozinha do museu de Audley End, com base em receita original de 1880.

INGREDIENTES PREPARO
 3 colheres de sopa de farinha de trigo; Bata bem os ovos. Adicione o leite aos poucos e
continue batendo.
 150ml de leite;
Incorpore a farinha de trigo.
 3 ovos;
Frite como uma panqueca normal.
 Manteiga para fritar
 Geleia, açúcar ou limão para acompanhar.

2. BOCADOS DE DAMAS
Adaptada de “Dicionário do Doceiro Brasileiro”, de 1892.

INGREDIENTES PREPARO
 6 ovos; Pré-aqueça o forno a 180ºC.
 125g de açúcar refinado; Bata bem todos os ingredientes, até obter uma mis-
tura homogênea e leve.
 90g de fécula de batata;
 1 pitada de sal; Forre uma assadeira alta com o papel manteiga e
despeje a massa, espalhando na assadeira.
 1 colher de café de essência ou extrato de
laranja; Asse por 15-25 minutos, até que fique dourado.

 papel manteiga culinário; Após esfriar, corte com o cortador de sua preferên-
cia e banhe em chocolate.
 chocolate para banhar.
Sirva em um prato que permita montar uma espécie
de pirâmide com os bolinhos. Peneire açúcar de
confeiteiro se quiser.
3. PÃO-DE-LÓ dE CAIxINHA
Adaptada de “Dicionário do Doceiro Brasileiro”, de 1892.

INGREDIENTES PREPARO
 6 gemas Bata o açúcar e os ovos até que fiquem bem fofos.
 3 claras Incorpore levemente a farinha de trigo, aos poucos,
tomando cuidado para não tirar o volume da massa.
 6 colheres de sopa de açúcar refinado
Acrescente a erva-doce.
 6 colheres de sopa de farinha de trigo
Asse em formas de cupcakes untadas e enfarinha-
 Erva-doce a gosto
das, em forno pré-aquecido a 180ºC, por cerca de 15
minutos.

4. madeleines
Esses pequenos bolos se tornaram célebres graças ao escritor Marcel Proust, em seu romance “Em Busca do Tempo Perdi-
do”. Esta receita é a adaptação proposta no livro “Downton Abbey Cookbook”.

INGREDIENTES PREPARO
 1/2 xícara de purê de maçã; Em um recipiente grande, bata os ovos com o açúcar
até obter uma mistura fofa. Acrescente a farinha, as
 3 ovos grandes;
amêndoas, o fermento e o sal e misture bem.
 1/2 xícara de açúcar refinado;
Adicione o mel e as raspas. Cubra o recipiente com
 3/4 de xícara de farinha de trigo; papel filme e deixe na geladeira por 3 a 4 horas.
 1/4 de xícara de amêndoas moídas (opcional); Deixar a massa de um dia para o outro é o ideal.
 1/2 colher de sopa de fermento químico; Pré-aqueça o forno a 160ºC. Unte e enfarinhe uma
forma para madeleines ou para mini-cupcakes.
 1 pitada de sal;
Coloque uma colher de sopa em cada cavidade da
 1/3 xícara de mel;
forma. Asse por 20 a 25 minutos, sem deixar que
 1 colher de sopa de raspa de casca de limão; dourem.
 1 colher de sopa de raspa de casca de laranja; Desenfome depois de frias e polvilhe com açúcar de
 Açúcar de confeiteiro para decorar. confeiteiro. Também podem ser banhadas em cho-
colate meio amargo.
5. MEIgUICE dE sINHÁ
Adaptação de receita do interior paulista, proposta no livro “Doces de Sinhá”.

INGREDIENTES PREPARO
 6 ovos Unte com manteiga as forminhas e mantenha-as lon-
 250 g de açúcar ge das fontes de calor.
 150 g de coco ralado finamente Aqueça o forno a 180ºC.
 3 colheres (sopa) de água-de-flor de Bata os ovos com o açúcar até obter uma mistura
laranjeira fofa.
 Açúcar para polvilhar Junte o coco ralado e misture sem bater.
Passe a mistura para as forminhas preparadas e asse-
as até que fiquem coradas.

6. CREME dE LIMÃO
Conforme receita de 1796, do “American Cookery”.

INGREDIENTES PREPARO
 6 claras; Misture as claras, o ovo inteiro, o açúcar, o suco de
limão e a água. Bata até dissolver completamente o
 1 ovo inteiro;
açúcar.
 1 xícara de suco de limão;
Peneire a mistura para tirar qualquer resquício da
 1 xícara de água;
pele dos ovos. Acrescente a raspa da casca e leve ao
 2 xícara de açúcar; fogo médio, mexendo sempre, sem deixar ferver.
Quando a mistura engrossar, retire do fogo.
 Raspas da casca de 1 limão;
Pode ser servido como sobremesa ou ser utilizado
como recheio em sonhos, cupcakes, bolos e tortas.

CURIOSIDADES & SUGESTÕES

Os doces do século XVIII e XIX, de forma geral, levavam muito açúcar e ovos, algo que passa longe de
qualquer prescrição médica de alimentação saudável. São receitas complexas e que, como qualquer obra de
confeitaria, dependem da absoluta precisão do cozinheiro. Há, porém, algumas “trapaças” com pratos mo-
dernos que podem passar por receitas de época.
 Cupcakes são uma ótima opção, especialmente pela praticidade. Para disfarça-los, evite as coberturas
altas e coloridas. Um pouco de açúcar de confeiteiro e cristais de açúcar colorido fazem uma decora-
ção mais ao gosto vitoriano. O açúcar cristal colorido, a propósito, já era comum em mercados do
século XIX e muito usado na cozinha vitoriana;
 Biscoitos artesanais, do tipo que se encontra em feiras ou padarias, são receitas muito antigas, que
pouco se modificaram o longo do tempo;
 Tortinhas de fruta, que podem ser compradas em padarias, também passam como doces de época.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Mrs. Patmore's Christmas Pudding - More Than 150 Recipes from Upstairs and Downstairs. Adams
Media, 2012.

BRUIT, Hector. LEANZA, Débora (Orgs.). Delícias das sinhas: História e receitas culinárias da se-
gunda metade do século XIX e início do século XX. Campinas: Apicius, 2007.

Cozinheiro Imperial. Rio de Janeiro: Eduardo e Henrique Laemmert, 1840.

CROWENS, T.J. American System of Cookery. Nova Iorque, 1847.

FLANDRIN, Jean. MONTANARI, Massimo(Orgs.) História da Alimentação. São Paulo: Companhia


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FRANC-NOHAIN. La Nouvelle Cuisinière bourgeoise. Paris, 1817.

GLASSE, Hannah. Art of Cookery Made Plain Easy. Dublin, 1748.

LELLIS, Francisco. BOCCATO, André. Os Banquetes do Imperador. São Paulo: SENAC, 2014.

RANDOLPH, Mary. The Virginia Housewife. Virginia, 1824.

REGO, Antonio J.S. Dicionário do Doceiro Brasileiro. Rio de Janeiro, 1892.

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