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Assim, a informação genética no DNA pode ser fielmente copiada por meio de um processo
simples no qual a fita S separa-se da fita S’ e cada fita separada atua como molde para a
produção de novas fitas complementares idênticas a sua fita associada. A capacidade de cada
fita de DNA de atuar como um molde para a produção de uma fita complementar permite
que a célula possa copiar ou replicar seus genes antes de passá-los a suas descendentes. Os
organismos diferem uns dos outros porque suas respectivas moléculas de DNA possuem
diferentes sequências de nucleotídeos e, consequentemente, carregam diferentes mensagens
biológicas. No entanto, como esse alfabeto é usado para produzir as mensagens e o que elas
significam? Antes que a estrutura da molécula de DNA fosse determinada, sabia-se que os
genes continham as instruções para produzir as proteínas. Se os genes são formados por DNA,
este deve, de alguma forma, codificar proteínas (Figura 4-7). Como apresentado no Capítulo 3,
as propriedades de uma proteína – que são responsáveis pela sua função biológica – são
determinadas pela sua estrutura tridimensional. Essa estrutura, por sua vez, é determinada
pela sequência linear de aminoácidos que a compõe. A sequência linear de nucleotídeos em
um gene deve, portanto, corresponder à sequência linear de aminoácidos em uma proteína. A
correspondência exata entre as quatro letras do alfabeto de nucleotídeos do DNA e as 20
letras do alfabeto dos aminoácidos das proteínas – o código genético – não é óbvia a partir da
estrutura do DNA e somente foi compreendida uma década após a descoberta da dupla-hélice.
O conteúdo total da informação de um organismo é o seu genoma, que codifica todas as
moléculas de RNA e proteínas que o organismo poderá sintetizar durante toda vida. (O termo
genoma também é usado para descrever o DNA que contém essa informação.) A quantidade
de informação contida nos genomas é impressionante. A sequência nucleotídica de um gene
humano muito pequeno, escrito na forma do alfabeto de quatro nucleotídeos, ocupa um
quarto de página de texto (Figura 4-8), enquanto a sequência completa de nucleotídeos do
genoma humano preencheria mais de mil livros do tamanho
deste. Além de outras informações essenciais, nosso genoma
inclui aproximadamente 21 mil genes que codificam
proteínas, os quais (por meio de splicing alternativo) originam
um número muito maior de proteínas diferentes.
Em eucariotos, o DNA é limitado ao núcleo celular.
O DNA de uma célula eucariótica está contido em um núcleo que ocupa cerca de 10% do
volume celular total. Esse compartimento é delimitado por um envelope nuclear formado por
duas membranas de bicamada lipídica concêntricas (Figura 4-9). Essas membranas são
perfuradas em intervalos por grandes poros nucleares, por meio dos quais as moléculas
movem-se entre o núcleo e o citoplasma. O envelope nuclear está diretamente ligado ao
extenso sistema de membranas intracelulares chamado retículo endoplasmático, que se
estende do núcleo ao citoplasma. O envelope nuclear conta com o suporte mecânico de uma
rede de filamentos intermediários chamada lâmina nuclear – uma malha delgada localizada
logo abaixo da membrana nuclear interna (ver Figura 4-9B).