universal como uma dinâmica de forças complementares que governam o Universo, estas forças são o Yin e o Yang, que constantemente interactuam e se transmutam uma na outra. A energia Yin caracteriza-se por ser de natureza mais fresca, húmida, lenta, calma, introspectiva e feminina. Enquanto que a energia Yang manifesta qualidades opostas (mas não antagónicas!): quente, seca, rápida, extrovertida e masculina. Estas qualidades, ambas se manifestam ao mesmo tempo em tudo e todos os aspectos da natureza. O Inverno é por excelência a estação do ano mais Yin. A época do ano ideal para armazenar e conservar a nossa energia, do mesmo modo que os animais hibernam ou nas sociedades rurais se armazena alimentos para os meses do Inverno. O modo frenético como tendemos a passar esta época do ano antagoniza com a natureza tranquila, introspetiva e Yin do Inverno e é uma provável razão para afecções como a desordem afectiva sazonal, depressão, exaustão e outros problemas que a medicina Chinesa identifica como desarmonias do Shen (desarmonias do espirito).
Para mantermos a nossa energia em equilíbrio
durante o Inverno devemos reduzir o mais possível o stress e introduzir na nossa semana períodos de descanso, criar espaços/momentos tranquilos e acolhedores dedicados a reconectar connosco próprios e/ou com amigos e família. Uma prática de yoga mais Yang incorporando posturas e momentos Yin, bem como o tai chi, qigong, e caminhadas na natureza suportam também o nosso equilíbrio Yin-Yang.
Em termos de alimentação, esta estação pede
alimentos Yang que fornecem energia e equilibram a dominância de Yin na natureza, ou seja alimentos cozinhados e especiarias. As sopas fortalecem o nosso aspecto Yang, bem como os guisados, o feijão, as lentilhas, os legumes, particularmente os tubérculos e raízes assados e as bebidas quentes. Podemos também favorecer o uso de especiarias Yang, como o alho, o gengibre, a pimenta, o cravinho, o manjericão, entre outos. É importante minimizar o consumo de alimentos predominantemente Yin como as saladas e legumes crus e as bebidas frias.
O desafio é, em vez de nos deixarmos levar
pela corrente frenética que muitas vezes caracteriza esta época do ano, criar um modo mais modesto e equilibrado para as celebrações natalícias e do novo ano, estando mais em sintonia com a nossa natureza e a calma, receptividade e qualidade regeneradora do Inverno. Celebrar a Luz ...
O Solstício de Inverno marca o dia mais curto do
ano e a promessa do regresso gradual da dominância da luz, pois os dias a partir de agora crescem até ao Solstício de Verão.
Desde tempos imemoriais diversos povos
celebraram (e celebram ainda) esta data com diferentes tradições culturais e religiosas, algumas das quais sobrevivem até hoje em diversos formatos.
Para muitas culturas era um momento alto
festivo em que se celebrava a organização cíclica do Cosmos, o retorno da luz, depois do período mais escuro do ano. Há tradições que falam de histórias de uma enorme batalha entre as trevas e a luz, ganha naturalmente pela luz. Outras de um salvador (filho-da-luz) que nasceu de uma virgem. Esta é uma altura propícia para relembrarmos que as nossas vidas fazem parte de uma organização mais vasta, a qual está em constante mudança e renovação. Conectando com as mudanças a nível Cósmico e os ciclos da natureza ajuda-nos a estar mais conectados e receptivos às mudanças e ciclos que ocorrem nas nossas vidas e em nós próprios.
Nesta estação festiva sempre que acendermos
uma vela ou uma luz, podemos fazê-lo com a intenção consciente de criar mais luz à nossa volta …
Desejos de Festas Felizes e luminosas!
Namaste :) Junho soalheiro paraíso verdadeiro
O mês de Junho é por excelência o mês do
início do Verão, a altura em que a energia Yang do Sol atinge o seu máximo, culminando no Solstício de Verão (dia 21 de Junho exactamente às 10h51 horas em Portugal), o dia mais longo do ano. A partir desta data os dias começam a decrescer e as noites a aumentar até ao Solstício de Inverno. Podemos dizer que este mês é o portal para a segunda metade do ano, o momento para aproveitarmos esta abundância de energia como o motor para por em movimento projectos, e explorar a nossa criatividade. Esta é a altura ideal para nos abrir-mos à energia e luz do Sol e conectar com a nossa luz interior, bem como a abundância que nos rodeia, celebrá-la e partilhá-la com os outros. Curiosamente este é também um período de inúmeras festividades e das férias de Verão...
O termo "solstício" vem do Latim e é
composto por duas palavras: sol (sol) e sistere(que não se mexe). Solstício significa portanto, "sol parado", uma vez que para o observador que está na Terra, o sol parece manter uma posição fixa ao nascer e ao se pôr, durante algum tempo( ). Este mês e em particular na *
semana do Solstício, é por isso a altura
ideal para pararmos e verificarmos onde estamos em relação às nossas intenções e clarificar o que queremos criar e manifestar durante a segunda parte do ano até ao Solstício de Inverno. E claro, sem esquecer de celebrar cada pequena vitória, cada sucesso e a inspiração e força que recebemos da Natureza e dos que estão à nossa volta.
Durante este mês vamos focar a nossa
prática nos seguintes aspectos: Conectar com o nosso centro e equilíbrio, com posturas em pé e de equilíbrio, para harmonizarmos as nossas energias Yin e Yang. Vamo-nos abrir à energia expansiva de Junho com posturas que fortalecem e abrem os braços e o tórax. Manter-nos flexíveis com posturas que flexibilizam e fortalecem a coluna. Fortalecer a nossa zona abdominal e lombar, e mobilizar as articulações das ancas, o nosso 'alicerce energético'.
Que a energia do Sol te inspire a explorar
a tua criatividade e paixões, remova obstáculos e te faça avançar na direcção que escolhes-te. Inverno
Hoje é o Solstício de Inverno, a noite mais longa do
ano. Espiritualmente, esta noite simboliza a noite escura da Alma, o momento em que o Iniciado espiritual sente-se na maior escuridão de Si. E, como sempre, depois da escuridão, vem a Luz. É no dia a seguir ao Solstício que os dias começam a aumentar, que há mais horas de luz solar. Aproveitando o ritmo da Mãe Terra, Pachamama, mergulha bem fundo na tua escuridão, vai às tuas entranhas, às cavernas mais profundas do teu Ser e leva-lhe luz! Descobre-Te! Porque na dualidade não há divisão, quer gostes dessas partes de ti quer não, elas fazem parte do Ser maravilhoso que És. Sem elas... não serias tu. Coragem e segue em frente, busca a tua Verdade
Outono
Hoje inicia-se o Outono, inicia a fase em a escuridão
nos visita mais cedo, em que a Natureza se prepara para um período de contracção. Deixo-te uma inspiração possível para este Equinócio de Outono que coincide com a Lua Cheia "Perdoa o passado. Já terminou. Aprende com ele e deixa-o ir. As pessoas estão sempre a mudar e crescer. Não te apegues à imagem limitada, desligada e negativa da pessoa no passado. Vê essa pessoa agora. O vosso relacionamento está sempre em mudança e vivo" - Dr Brian Weiss. “Forgive the past. It is over. Learn from it, and let go. People are constantly changing and growing. Do not cling to a limited, disconnected, negative image of a person in the past. See that person now. Your relationship is always alive and changing.” ― Brian L. Weiss O outono já chegou e, com ele, a renovação dos ensinamentos cíclicos que a natureza nos oferece. Com esta estação aprendemos a olhar dentro de nós e, como as árvores, a deixar cair o que já não nos serve, o que nos pesa e impede de crescer. É com o outono que aprendemos a lição do desapego.
Se na primavera ressurgimos para a vida, nascemos de
novo e nos abrimos às múltiplas possibilidades que o Universo nos reserva, já o verão permite-nos o tempo certo e o Sol adequado para que o nosso amadurecimento e aprendizagem se dêem. Chegamos depois ao outono, época caracterizada pela queda das folhas. Um fenómeno natural que nos ensina a arte de deixar ir. Isto porque se as árvores não perdessem as folhas nesta altura do ano não sobreviveriam ao rigor do inverno. Na verdade, esta é uma estratégia das árvores para se protegerem do frio e subsistirem até à primavera seguinte.