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RESUMO:
Hoje vivemos a concepção de um paradigma que sugere novo design para a compreensão
dos fenômenos e das relações que ocorrem num mundo complexo, globalizado e
desenhar-se muito antes do avanço das tecnologias de informação e que hoje nos permitem
interpretá-lo e concebê-lo. Embora já tenha sido tocado por diversos autores, arrisco a dizer
que o paradigma da rede não está totalmente desvendado e suas implicações encontram
forte resistência. O mundo, tal como o conhecemos, interpretado a partir do formalismo
visibilidade a este paradigma e torná-lo sensível, pelo menos aos que se permitem conectar
mais evidente é que a concepção de tal paradigma se apoia em três ideias fundamentais: a
civilizatório e, por fim, conhecer a forma como se articulam para conceber e dar
Na dialogicidade o sentido não está pronto como na oratória, nem é controverso, como na
sentidos para a construção de outros e isso se faz em relação uns com os outros e com as
Grécia, mas alcançaram com o tempo, significados distintos. A dialética configura hoje
mesmos códigos linguísticos e saberes. Aristóteles (384 - 322 a.C.) também utilizou este
termo “dialética” como “adjetivo aplicável aos raciocínios”. Cassin (2000), sustenta que
Aristóteles via o sentido na linguagem como uma exigência ética e, portanto, inerente a
sentido é uma exigência da não contradição e isso faz com que a não contradição se torne,
também, um princípio. Uma ideia portanto, não pode negar a si mesma e a arte da dialética
Condição que deve ser observada não só entre os interlocutores como também pelo público
que os assiste e que decide quais são os argumentos que prevalecem e quais são
abandonados. Aristóteles não via a dialética como aplicável ao ensino pois, para ele, só
teriam condições de aderir ao confronto pessoas de mesmo calibre intelectual, o que não se
conhecimento que está sendo passado, pois este conhecimento pertence ao professor, que
Segundo Perelman (2004, 7) o raciocínio dialético é aquele “cujas hipóteses iniciais são
racionais, ou seja, aceitas pelo senso comum, pela grande maioria dos homens ou pelo
menos pelos mais sensatos entre eles”. Nesse sentido, a dialética aristotélica se restringiria
mas, é somente a partir de Hegel (1770 – 1831) que a dialética adquire seu sentido mais
separe a natureza da história humana, ambas são vistas como revelação da “ideia incriada”.
posição (tese); contraposição (antítese) e composição (síntese). No final do séc. XIX, esse
movimento passa a ser contestado por Marx (1818-1883) e Engels (1820-1895). A teoria
crítica marxista evoca o distanciamento desse movimento proposto por Hegel, das
condições materiais e históricas da existência humana. Para Marx e Engels tais condições
são substanciadas pela práxis, cujas contradições produzem o movimento que ficou
linguística era vista em função dos signos e fazia parte do campo da semântica. Para o
direção do princípio dialógico que buscamos veio com Bakthin (1895-1975), filósofo
rompe com o estruturalismo que, segundo ele, recorre à análise mecânica do objeto não o
contexto social delimitado por suas relações e experiências. Neste jogo elaboram-se novos
1
Ferdinand de Saussure – filósofo suíço nascido em Genebra e criador da linguística estruturalista.
significação e a velha conduz à reconstrução da mensagem e também do horizonte. Não há
como garantir a estabilidade da linguagem pois ocorre, “uma luta incessante dos acentos
conhecimento e da rede.
Cabe, ainda, analisar a forma como a retórica, ou mais especificamente, a “nova retórica”
vai se intensificando vão surgindo novos acordos. Desde Aristóteles que a retórica é
a retórica surge como uma ferramenta que nos possibilita sustentar uma opinião e
convencer os outros acerca dela. Distanciando-se da lógica aristotélica cujo fim é encontrar
a verdadeira essência do objeto, por meio de “juízos da realidade”, a retórica ganha novo
status na esfera dialógica quando se lhe introduz a noção de “juízo de valor”. Esses
segundo Perelman, não são nem verdadeiros nem falsos, mas podem ser fundamentados ou
justificados pelas próprias ações ou pensamentos. Não importa que não cheguem a
A argumentação retórica está sempre em estreita ligação com o auditório para o qual se
função do objeto. Onde os fatos não se impõem a retórica surge como uma exigência para
convençam.
deste tipo assim como as defesas de tese ou dissertação. Sendo um dos principais contextos
seus aspectos mais relevantes. Neste sentido reforça-se o valor da análise retórica para a
não pode mais sustentar o status de saber que revela a natureza intrínseca do real”, o autor
(p.56) propõe que se deve assumir a condição de explicar a realidade de uma outra forma
e discute se a dialética, enquanto gênero argumentativo, pode responder pela qualidade dos
demonstração. Neste sentido, o contexto pedagógico, desde que dialógico, torna-se uma
“confiável” a partir do gênero argumentativo. Este gênero se estabelece por intermédio das
relações humanas, cujo elo principal é sempre linguístico, dialógico, comunicacional. Nele
que sejam objeto de embate. O domínio da retórica, de acordo com Reboul (2004:34) é a
fenômenos educativos. Nas relações mais elementares entre professor e aluno, seja na sala
presente convidando à deliberação. O mesmo ocorre entre pares nas situações de pesquisa
Uma outra função da retórica seria, então, movimentar o debate de forma a manter a
entendida em acordo com Lèvy e Silva (2001), como o nível mais profundo da
de cada sujeito que participa do processo, depende, entre outras coisas, do contexto no qual
são produzidos os argumentos. A sala de aula, ainda é o espaço mais privilegiado, mas não
é o único elemento a interferir na interpretação do sujeito e nem na forma como ele acata
retórica essas outras dimensões são interpretadas como “phatos” – a dimensão afetiva,
impactua não só com a palavra como com o grau de confiabilidade que inspira. Oliveira
(idem) afirma que “logos”; “ethos” e “pathos” constituem o “tripé fundamental de toda
racionalidade retórica”.
retórica? As figuras que a compõem darão conta das múltiplas linguagens e significações
que a rede comporta? Ou teremos que inventar uma retórica que se movimente no sentido
Segundo Meyer (1998: 11), a retórica “renasce sempre que as ideologias desmoronam”.
Em “tempos de incerteza” 2, Meyer nos diz que “o que era objeto de certeza torna-se então
objeto, a teoria da complexidade institui, como seu maior desafio, interpretar o objeto em
sua totalidade, considerando-o a partir de seu contexto e das marcas culturais que o
preciso, portanto, pensar em rede e nos comunicarmos à maneira digital, para não perder o
2
PRIGOGINE (op. cit.).
laço semântico que une cada parte ao todo, dando-lhe significado coletivo e compartilhado.
sem dúvida alguma, Morin (2001), para quem a racionalidade especialista conduz a uma
espécie de cegueira. Para ele, esta metodologia que dominou o pensamento científico,
totalidades. Essa racionalidade não estaria apta a perceber “o elo inseparável entre o
Segundo Morin (idem: 20), a complexidade é uma necessidade que se impõe no mundo
fenomenal para dar conta do tecido forjado pelas “ações, interações, retroações,
torna-se urgente um paradigma que permita “distinguir sem separar”; “associar sem
reduzir”. Conforme Morin (idem: 22) este paradigma precisa de um princípio integrador -
mostra-se válida tanto para o indivíduo como para a sociedade. Somos produzidos,
segundo ele (idem), por um “processo de reprodução que é anterior a nós” mas, ao fazermos
autoprodutor.
interpretação do objeto representado, ou seja, tal visão permite concluir que a parte está no
todo assim como o todo está na parte. Conforme Morin o paradoxo contido nesta assertiva
como parte do universo. Para ele (1996:231), é possível “reencontrar um tempo que não
volte a separar o homem do universo mas que, pelo contrário, assinale a sua pertença a esse
universo”. O dilema da ciência, segundo ele, é conciliar a visão determinista, que nos
oferece um universo já pronto, e a incerteza, que nos indaga se o universo não é um sistema
complexo pelo grau de liberdade exercido pelos fatores de um fenômeno, como no caso
Durante muito tempo prevaleceu a ideia que, qualquer que seja a complexidade, a
descrição poderia ser reduzida a fenômenos simples, sujeitos a leis deterministas e
reversíveis. Ora, basta evocar o problema dos “três corpos”, a noção de partícula
instável ou de campos de interação, para compreender que o fundamental já não é
simples mas complexo.
exprime aquilo que ele identifica como “flecha do tempo”. Dois aspectos dos fenômenos
a condição para que um sistema passe de “um estado não organizado para um estado
organizado”e vice-versa.
Para Prigogine, no entanto, é o “não equilíbrio” que dá a ideia das potencialidades. Mesmo
a matéria, tomada como exemplo de um sistema mais próximo do equilíbrio, quando longe
transformação. As novas coerências que se criam longe do equilíbrio e se ajustam por meio
de estruturas complexas. O papel construtivo do tempo se torna visível quando se abre mão
do equilíbrio. Assim é que, segundo o autor, as leis da natureza adquirem nova formulação:
profundamente pessimista e coloca o tempo em segundo plano. Ele nos diz (idem: 236),
que não podemos ignorar o tempo nem a incerteza dos elementos que o compõem, pois
“nem tudo é dado”. O grande aliado dos sistemas complexos passa a ser, justamente, a
possibilidade de “escolha”.
“A grande descoberta deste século, diz Morin (1996: 239), é que a ciência não é o reino da
Tanto Morin como Prigogine entendem que a “ordem pura” inibe a criação, da mesma
pensamento. Para Morin (idem: 247) “o pensamento deve ser capaz de afrontar os
indução”.
recorre a outros filósofos como Heráclito, Sócrates, Jean de la Croix; Jacob Bohme; Pascal,
Hegel e Nietzsche. Mas aponta três teorias novas, chegadas a partir dos anos 50, como “os
que impede desvios, por um lado e, por outro, como elemento destruidor - ou
feedback positivo – que faz com que o sistema se transforme, dando saltos sobre si
propôs não haver criação senão a partir de feedback positivos. A criação, conclui
2. a teoria dos sistemas concebe a ideia de que “o todo é mais do que a soma das
partes”, mas também é menos. Um todo, de acordo com o autor, “pode oprimir as
semântica, introduz-nos, segundo o autor (p. 251) “num mundo onde algo de novo
Como o próprio termo sugere, construcionismo consiste numa conjunção de dois conceitos
com Papert (1994), como metodologia proposta para a educação. A partir deste autor, a
práticas instrucionistas tradicionais. O termo “instrucionismo” deve ser lido, segundo este
autor , “num nível mais ideológico ou programático como expressando a crença de que a
instrucionismo centra-se no ensino informativo, conteudista ou, como diria Freire (2001),
da qual o aprendiz se torna autor de conhecimento. Para isso se faz necessário implementar
uma diversa gama de saberes, não apenas teóricos, mas técnicos, tecnológicos, vivenciais
Piaget inaugurou a ideia de que o conhecimento é construído. Para ele, essa construção se
conhecimento, em Piaget (2002: 1) “não pode ser concebido como algo predeterminado”,
segundo ele:
A epistemologia genética de Piaget procura distinguir “as raízes das diversas variedades de
romper com o empirismo tradicional, que informa o objeto “de fora” para o sujeito.
Conforme a visão de Piaget, o sujeito “está munido”, desde o início, “de estruturas
endógenas” próprias, que não devem ser desconsideradas e que se imporão ao objeto para
argumentos é de que:
Se não existe no começo nem sujeito, no sentido epistêmico do termo, nem objetos
concebidos como tais, nem, sobretudo, instrumentos invariantes de troca, o
problema inicial do conhecimento será, portanto, o de construir tais mediadores:
partindo da zona de contato entre o próprio corpo e as coisas, eles progredirão,
então, cada vez mais, nas duas direções complementares do exterior e do interior,
e é dessa dupla construção progressiva que depende a elaboração solidária do
sujeito e dos objetos (PIAGET, 2002:8).
Assim, na relação entre sujeito e objeto, a ação é muito mais plástica do que a percepção
construção do conhecimento. São eles: nível sensorimotor (I); níveis do pensamento pré-
operatório (II e III); níveis das operações concretas (IV e V) e nível das operações formais
(VI).
de construção contínua que não se dá apenas no sujeito, mas no sujeito em relação com
outros sujeitos, incluindo, especialmente, o contexto em que essa relação se dá. Cada sujeito
reconstrói o objeto durante sua relação e ação sobre ele, impondo-lhe uma versão pessoal,
nas construções do mundo. A construção do conhecimento requer uma postura ativa perante
o objeto e isso ocorre numa base relacional. É neste sentido que o construcionismo de
do objeto não se faz no sujeito isolado do mundo, mas resulta das interações que este sujeito
estabelece com o mundo quando em relação com os outros sujeitos. A base das interações
os links ou “nós” por meio dos quais a rede avança. São também esses “nós” conectivos
que respondem por sua tecitura. Já a comunicação responde pela generalização do sentido.
Por levar adiante, para outros contextos. Vigotsky (idem: 13) afirma que só podemos
Maturana e Varela (2002), percursores da “nova biologia”, sugeriram essa mesma base para
eles (2002: 52), “os componentes moleculares de uma unidade autopoiética celular deverão
estar dinamicamente relacionados numa rede contínua de interações”. Essa dinâmica dos
seres vivos, ao mesmo tempo que permite troca e assimilações energéticas entre partes
interações, as trocas e as produções entre as unidades são possíveis sem que haja perda de
identidade, por causa da dinâmica da autopoiese. Os seres vivos são iguais em organização
A evolução dos seres vivos, para Maturana e Varela (2002: 131) é uma “deriva natural,
arquitetura fundamental desta rede que compõe o sistema nervoso, segundo os autores, é
universal para os seres vivos desde a “hidra aos vertebrados superiores”. Define-se a partir
de uma rede tal que “entre as superfícies sensorial e motora há sempre uma teia de
interconexões neuronais”. A diferença entre seres e espécies se dá (p. 176) “na forma como
essa rede se implementa, por meio de neurônios e conexões que variam de uma espécie
animal para a outra” e não simplesmente na sua organização fundamental. Para Maturana
e Varela, o comportamento de cada espécie não é uma invenção do sistema nervoso, mas é
“plasticidade”. Tais dados permitem inferir que o sistema nervoso não capta informações
com o meio interferem nesta rede neural porque desencadeiam mudanças estruturais.
solipsista, porque participa das interações com seu meio. O meio tem o papel de
também não é representacionista porque cada interação é definida por seu estado estrutural
que especifica quais as perturbações e quais mudanças são possíveis. O sistema nervoso
resposta é encontrada em sua “plasticidade”. É ela que permite uma contínua transformação
contínua congruência com o meio seria percebida como “aprendizagem”. Daí se conclui
história das interações peculiares vividas por ele. O estudo dos processos cognitivos
tomando por base o sistema nervoso humano e de todos os seres vivos, segundo os autores,
do meio, produzem efeitos observáveis. Neste contexto relacional, toda interação e toda
conduta podem ser avaliadas como um ato cognitivo. Para os autores (2002: 195):
permitir;
2. pela abertura do organismo para novas dimensões de acoplamento estrutural, ao
possibilitar que ele associe uma grande diversidade de estados internos com a
humana.
querem admitir que tudo é pura relatividade. Buscam uma trilha mediana para encontrar
alguma regularidade que permita as descrições dos fenômenos e dizem tê-la encontrado na
não se basearia em nenhum ponto de referência que fosse independente do observador. Para
O processo de conhecimento, também para esses autores, além de ser uma construção
contínua através da interação com o meio, possui uma característica recursiva que acaba
ocultando sua própria origem. As interações se realizam num movimento circular que
descreve e identifica a própria história. O “ser” de cada um é caractezidado por um círculo
cognitivo, imerso no “modo de ser autônomo” descrito por uma rede de “fazeres”
contínuos.
mesmos não guardam registros de sua origem”. Esse mecanismo, segundo os autores, não
nos permite perceber aquilo que ignoramos. Convivemos com “pontos cegos” cognitivos,
abalados apenas quando alguma interação nos tira do óbvio. Para os autores, a inserção em
um novo meio cultural pode ser um exemplo que permite refletir e dar conta da imensa
quantidade de relações que temos como garantidas. Um grupo social mantém uma
especialmente pelas diferentes heranças linguísticas, que surgem, segundo estes autores,
Finalmente, o que Maturana e Varela (p: 265) pretendem demonstrar é que conhecer o
conhecer “não se dispõe como uma árvore com um ponto de partida sólido” em
humano. Existe uma forte relação de identidade entre ação e conhecimento, “todo conhecer
é um fazer’. Para eles (p. 270), o esforço de conhecer o conhecer é um fenômeno social
tornado expresso na linguagem. É ela – a linguagem - que organiza a experiência humana
na construção do mundo.
Na base das relações sociais, o construcionismo torna-se um problema a ser enfrentado pela
sobre essa relação afirmando que “a realidade é construída socialmente e que a sociologia
do conhecimento deve analisar o processo em que este fato ocorre”. Para esses autores, a
conhecimento importa saber os modos pelos quais essas “realidades” são conhecidas nas
do senso comum” , pois é esse conhecimento e não o das “ideias” que constitui “o tecido
de significados sem o qual nenhuma sociedade poderia existir.” (p: 30). É na realidade da
vida cotidiana que consiste na realidade predominante entre as múltiplas realidades que
objetos de significações. É ela que estabelece as pontes de sentido (p. 59) “ entre as
significados”.
autores descrevem esses níveis do processo de socialização que categorizam como primária
realidade.
chamá-los assim, são marcados muito mais pela contemplação do mundo do que pela
organinicidade estética, mais vivenciada do que conceituada. Para ele essa nova estética
indivíduo desapareça num quadro comunitário: a tribo, a gangue, o clã, o grupo, a família
É assim que a transmutação dos valores engendra um outro estilo social, isto é,
uma outra relação com a alteridade: outrem não é mais uma abstração, com a qual
devo me unir para construir uma sociedade futura não menos abstrata, o outro é
aquele que toco , e com o qual faço alguma coisa que toca a mim.
Com isso, Maffesoli propõe uma “ética da estética”, que resulta das novas formas de
de suas fontes o “atomismo”, corrente científica que definia o átomo como fundamento de
todas as coisas. A teoria da relatividade, elaborada por Einstein em 1905, mostrou que o
espaço e o tempo não são referenciais fixos, mas variáveis que dependem da velocidade do
fixas, mas nas velocidades próximas à da luz, isso já não se verifica. Essas novas bases da
conclui, enfim, que nada é substancial, todas as coisas se relacionam e são interdependentes
entre si. Cada pessoa está estruturalmente ligada à outra. E é nesta rede de ligações que se
experiência vicária e do senso comum na construção do design social. Essas forças são
impulsionadas por pessoas concretas que protagonizam a vida diária e criam uma espécie
de laço solidário entre o espaço e o cotidiano. A heterogeneidade dos grupos sociais que
acordo com o autor ( 2000: 174), pela “proxemia” , um processo de autorregulação dos
análise passaria despercebida à história, que conduz uma interpretação linear dos
fenômenos sociais a partir de rupturas e da superação do contraditório. Na visão de
Carregado de hibridismos e particularidades que, embora não vistos, não quer dizer que
construída nas relações do cotidiano. Portanto, trata-se de uma dinâmica relacional, de base
dialógica e cujas significações são constituídas a partir das conexões que se produzem e
compartilhamento.
Conclusão:
mutáveis e híbridos de tal forma que confundem os modelos formais, estáticos e lineares
emergência da vida cotidiana que se faz, também, por meio das interfaces tecnológicas,
informáticas e comunicacionais. É ele que nos permite conceber uma nova cultura - a
cultura da rede – e que dá suporte a uma nova concepção de educação – a educação on-
line. A educação “on-line” ou “em rede” quebra os limites da educação formal e avança
para além da sala de aula. Inaugura um tempo para além do tempo marcado por presente,
Referências:
Vozes, 1999
Lisboa, 1998
PRIGOGINE, I – O fim das certezas: Tempo, Caos e as Leis da Natureza. São Paulo:
UNESP, 1996
Fontes, 2001