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O TEATRO PRÉ- VICENTINO

Gil Vicente foi o primeiro dramaturgo português que deu consistência literária às
representações teatrais que, desde séculos, proliferaram e que se podem agrupar em dois grandes
géneros: o teatro religioso e o teatro profano. Estas são as modalidades teatrais pré-vicentinas de
que se tem conhecimento:

TEATRO DATA MODALIDADES CARACTERÍSTICAS


MISTÉRIOS E AUTOS Representações religiosas tendo por assunto o
Natal, a Paixão e a Ressurreição de Jesus.
LAUDES Cânticos de louvor recitados e representados pelos
RELIGIOSO

Séc. XIII
a frades e pelo povo
Séc.XV MILAGRES Representações cujo tema principal era a vida de
santos.
MORALIDADES Peças de intenção didática empregando figuras
alegóricas personificando vícios e virtudes.
MOMOS E ENTREMEZES Representações em que os homens se disfarçam de
animais e onde participam fidalgos e o próprio rei.
PROFANO

SOTTIES Cenas breves representadas por bobos e de feição


Séc. XIII geralmente política.
a
FARSAS Representações dos defeitos e acontecimentos
Séc.XV
cómicos da vida com intenção satírica.
SERMÕES BURLESCOS Monólogos representados por atores jograis.

O TEATRO VICENTINO

Dramaturgo e poeta verdadeiramente popular, é com Gil Vicente que entramos na história do
teatro português. No início da sua carreira sofreu a influência de obras de dramaturgos espanhóis
(que lhe trouxeram conhecimentos da língua castelhana, ex. Juan del Encina *) mas rapidamente se
libertou e criou um teatro de raízes marcadamente nacionais dando-lhe forma dramática e estilo
pessoal, constituindo-se no verdadeiro criador( pai) do teatro português.

A sua linguagem incorpora a língua do povo no momento de transição entre a fase arcaica e moderna,
documentando recursos sugestivos, aspetos folclóricos, poéticos e até anedóticos dos diversos
registos sociais.
Classificação das obras

Moralidades: Monólogo do Vaqueiro (ou Auto da Visitação), Auto do Pastoril; Auto dos Reis Magos,
Auto da Fé, Auto da Mofina Mendes, a Trilogia das Barcas (Auto da Barca do Inferno, Auto da Barca do
Purgatório, Auto da Barca da Glória), Auto da Alma, Auto da Feira, entre outras.

- Farsas: Auto da India, O Velho da Horta, Quem tem farelos?, Farsa de Inês Pereira, O Juiz da Beira,
Farsa dos Almocreves, Romagem dos Agravados, entre outras.

- Comédias /Tragicomédias: Comédia de Rubena, Comédia do Viúvo, Floresta de Enganos, Amadis


de Gaula, Auto da Lusitânia (tragicomédia), entre outras.

* Juan del Encina era um poeta pastoril, tendo escrito todas as suas obras sobre pastores,relacionando-os com
temas da piedade cristã (autos e mistérios religiosos). Utilizou uma linguagem especial - o sayaguez, língua
convencional, forjada pelo poeta e baseada nos diferentes falares do oriente peninsular, para tentar reproduzir o
ambiente rústico em que se moviam os seus pastores.

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