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HISTÓRIA ANTIGA E MEDIEVAL

Unidade III
Modo de produção feudal

O colapso político do Império Romano do Ocidente foi o ápice de um processo mais amplo iniciado
no século III, com os primeiros sinais de debilidade que a economia romana, altamente dependente dos
escravos e fragilizada pela instabilidade política, apresentava. Dessa forma, fatores diversos – dentre eles
as frequentes guerras, a hiperinflação que virtualmente paralisou o comércio e as atividades urbanas,
além da falta de alimentos – foram decisivos para um processo de ruralização da economia, acompanhado
pela renúncia da própria cidadania romana e a subjugação de pessoas aos grandes proprietários das
villae (tipos de propriedades agrícolas) romanas. Essa conjuntura, cujo ritmo foi acelerado pelas invasões
bárbaras, foi o sintoma de uma alteração estrutural na economia, que passou a se basear na exploração
direta do trabalho servil, mediante pesada tributação, e na troca direta de produtos, inexistindo o lucro.
Surge no século V, portanto, o feudalismo na Europa.

O termo feudalismo nunca foi utilizado por aqueles a quem ele se refere. Essa palavra foi criada
no século XVII por filósofos políticos ingleses e deriva do termo latino feodum, que significa “campo”
ou “zona rural”, referindo‑se a um tipo específico de propriedade. Para os intelectuais ingleses dos
anos 1600, a ausência de um poder central no feudalismo conduziria inevitavelmente à desordem e a
conflitos (BROWN, 1974). Curiosamente, essa caracterização do feudalismo coincidia com o problema
da centralização política na Inglaterra, de alguma maneira justificando a necessidade de uma autoridade
central forte o bastante para manter a ordem social. No século XVIII, foi criado na França o termo
“pirâmide feudal” enfatizando as relações de suserania e vassalagem.

Nunca houve uma única definição de feudalismo e nem mesmo um único tipo. Os próprios
ingleses que cunharam o termo se basearam em documentos do século XII envolvendo disputas
singulares e os interpretaram segundo sua própria visão de mundo, baseados nas práticas de sua
época. Mais recentemente, as definições transitam entre uma visão economicista, institucionalista
ou social. Para Marc Bloch, o feudalismo corresponde diretamente ao conjunto de fenômenos
sociais, não restritos apenas ao campo econômico (BLOCH, 1989). François‑Louis Ganshof enfatiza
as relações vassálicas e de servidão, estruturadas sobre as instituições que caracterizam o período
(GANSHOF, 1952).

Levando em conta o aspecto econômico do feudalismo, o conceito de modo de produção


asiático, formulado por Marx, refere‑se à contradição observada entre senhores, detentores dos
meios de produção, e os servos, que trabalhavam nas terras dos senhores feudais em troca de
proteção e estavam sujeitos a uma série de obrigações. A exploração do trabalho do servo ocorria
mediante pesada tributação, incluindo trabalho nas terras do proprietário. Para Maurice Dobb, o
feudalismo foi:

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Um sistema sob o qual o status econômico e a autoridade estavam associados


com a posse da terra e no qual o produtor direto [...] tinha a obrigação prevista
em lei ou no direito consuetudinário de dedicar certa parte de seu trabalho ou
de sua produção em benefício de seu superior feudal (DOBB, 1971, p. 465‑466).

É importante, por sua vez, levar em conta que o feudalismo não foi um fenômeno único em
toda a Europa, e nem mesmo possuía as mesmas características em todos os lugares. Na visão de
Perry Anderson, foi na França que ele atingiu sua “síntese equilibrada” (ANDERSON, 2000). De fato,
historiadores recentes sugerem que o feudalismo corresponde a uma pequena fração de toda a Idade
Média e sua duração seria apenas entre os séculos IX e XI, entre a fragmentação do Império Carolíngio e
a crise do feudalismo. Ainda mais: o modelo clássico do feudalismo corresponderia à realidade francesa
e, grosso modo, inglesa. Por isso, você, como professor de história, deve ficar atento a essas questões
teóricas para compreender como e por que passamos esse conteúdo para nossos alunos.

7 ORIGENS DO FEUDALISMO

7.1 Heranças

A crise da economia romana levou à aceleração da ruralização da economia. Nas cidades a crise
do escravismo fez‑se sentir na estagnação das atividades manufatureiras e comerciais, e no campo
uma vertiginosa queda na produtividade levou a um grande aumento nos preços. Os gastos públicos
aumentavam e o Estado sustentava um número cada vez maior de aristocratas empobrecidos. Diante
desse quadro – alimentos caros, desemprego e ameaças dos povos bárbaros – milhares de cidadãos
romanos iniciam um processo de êxodo urbano, instalando‑se nas zonas rurais sob a proteção de um
aristocrata, proprietário de uma villa, instituindo‑se o colonato. Os colonos, em troca de proteção e
alimentos, aceitavam trabalhar nas terras de um senhor, cedendo boa parte de sua produção. Nos
primeiros tempos do colonato, o indivíduo poderia sair da propriedade quando suas dívidas estivessem
pagas, mas com o tempo, ele acabou se fixando à terra, sendo proibido de abandoná‑la. Tal prática está
na base das relações de servidão.

As antigas villas romanas eram unidades econômicas autossuficientes que passaram a ganhar
importância ainda maior durante o período de anarquia militar em Roma. A elite romana, temendo
a insegurança das cidades, fixou residência em suas propriedades rurais de veraneio. Grande parte da
população, também devido aos frequentes conflitos e por não ter o que comer nas cidades, colocava‑se
sob a proteção daqueles proprietários, que concordavam em ceder uma parte de suas terras desde que
obtivessem em troca uma parte da produção dos colonos. Nas villas, ao contrário dos feudos, apenas uma
pequena parcela era destinada ao arrendamento, enquanto a maior parte da produção era responsabilidade
do senhor. Na Idade Média, tal situação se inverte e o senhor‑produtor converte‑se em senhor‑arrendatário,
uma vez que a reserva senhorial era apenas uma pequena parcela do senhorio (ANDERSON, 2000).

Os povos germânicos que invadiram o Império Romano também contribuíram para a formação do
feudalismo. Do ponto de vista econômico, os germânicos desconheciam a moeda, e o comércio era
realizado mediante trocas naturais – o escambo. Em termos sociais e políticos, entre os germânicos, para
quem a guerra era uma questão de sobrevivência, existia a prática do comitatus, uma aliança militar
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temporária entre um chefe e os seus guerreiros, assumindo por vezes a forma de uma confederação de
tribos. Através de um juramento de fidelidade, os guerreiros jamais deveriam abandonar o seu chefe em
uma batalha, morrendo com ele se necessário. Acreditavam que a morte em batalha era gloriosa e que
ao morrer todos se reencontrariam em Valhalla, o salão dos guerreiros onde os ancestrais os esperavam
para um banquete. A prática do comitatus era complementada pelo beneficium: ao saírem vitoriosos, os
guerreiros que tivessem cumprido com a sua palavra sendo leais no campo de batalha teriam sua parte
nos despojos de guerra e poderiam ser premiados com terras. Essas práticas, por sua vez, estão na base
das relações de vassalagem e na forma econômica do feudalismo.

7.2 Invasões

A expansão do islamismo também contribuiu para a ruralização da economia. Liderados inicialmente


pelo profeta Maomé, os muçulmanos organizaram um Estado teocrático que se expandiu rapidamente,
aproveitando‑se da fraqueza dos reinos rivais, como o Império Persa e o Império Bizantino. Além disso,
o ideal religioso da Jihad (Guerra Santa) era um forte motivador ideológico, capaz de transformar uma
religião surgida em meio ao deserto na instituição com o maior número de adeptos no mundo atual. A
expansão rápida também provocou uma fragmentação religiosa e política, o que facilitou a administração
dos reinos locais. Uma vez que a porção sul e sudeste do Mediterrâneo havia sido completamente
tomada pelo Islã, o comércio sofreu um golpe de misericórdia e retraiu‑se ainda mais, contribuindo para
uma economia rural baseada em trocas naturais, típica dos feudos.

Saiba mais

Para conhecer melhor a história do islamismo e os seus preceitos de


forma clara e concisa, recomendamos:

ALI‑SHAH, S. I. Islam. In: ___. Luzes da Ásia: islam, cristianismo, judaismo


e budismo. Rio de Janeiro: Dervish, 2002.

GUELLOUZ, A. O islão. In: DELUMEAU, J. As grandes religiões do mundo.


Lisboa: Editorial Presença, 1997.

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Figura 90 – A expansão do islamismo pelo Mediterrâneo acelerou a


ruralização da economia europeia ao contribuir para a retração do comércio na Alta Idade Média

Outra onda de invasões, dessa vez ocorrida no século IX, foi responsável pela consolidação da
fragmentação do poder. Além dos exércitos do Islã, chegava do Oriente uma nova ameaça: os magiares
(húngaros), conhecidos pela sua grande habilidade no manejo do arco e flecha e por serem exímios
cavaleiros. Além dos magiares, os vikings saqueavam continuamente as cidades do Mar do Norte,
causando pânico na população costeira. Os exércitos magiares e vikings provocavam grande destruição
e foram responsáveis pela ida em massa de famílias para os feudos, onde buscavam proteção. Além
disso, os senhores feudais foram armados pelos reis com o propósito de deter as invasões, o que acabou
contribuindo para o fortalecimento dos poderes locais em detrimento dos poderes universais. Para fazer
valer sua autoridade, os reis de direito tinham de enfrentar a força dos senhores feudais, armados pelos
próprios soberanos! Portanto, a nova onda de invasões contribuiu para a pulverização do poder, o que
será revertido apenas a partir do século XIV.

Figura 91 – Iluminura medieval representando embarcações vikings

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O feudalismo, portanto, é o resultado de influências diversas no que diz respeito às suas principais
características: autossuficiência econômica, poder localizado, economia baseada em trocas naturais e
ausência de lucro. O feudo, como unidade produtiva, dividia‑se em reserva senhorial, a menor parte da
propriedade referente às terras de uso particular do senhor feudal; manso servil, onde os servos viviam
e produziam o seu sustento; terras comunais (herança da organização social germânica), ou seja, as
pastagens, o riacho e o bosque. Para garantir a produtividade, era utilizada a técnica de rotação trienal:
as terras eram divididas de maneira que uma parcela era mantida em descanso enquanto havia um
rodízio de culturas nas terras restantes. No centro do feudo, localizava‑se o castelo – morada do senhor
feudal – e a pequena cidade, na Alta Idade Média apenas um centro administrativo, onde existia um
pequeno artesanato cuja finalidade era abastecer o próprio feudo.

Figura 92 – Reprodução de um feudo: terras cultiváveis, terras comunais e o castelo

7.3 O Império Franco

Em meio à fragmentação política que caracterizou os primeiros séculos do feudalismo, surgia uma
nova força capaz de retomar o conceito de império universal que se havia desintegrado com a queda
de Roma Ocidental. Trata‑se do Império de Carlos Magno, ou Carolíngio, que unificou os territórios
atuais da França, Alemanha e norte da Itália sob a égide da Igreja Católica. O Império Carolíngio tem
suas origens em uma segunda onda de invasões germânicas – francos, anglo‑saxões e lombardos – que
mantinham ainda seus antigos costumes ao contrário daqueles germânicos que já haviam fundado
reinos nas antigas fronteiras romanas, já fortemente cristianizados. Os francos, em especial, são
originários da atual Bélgica e empreenderam rapidamente a conquista da antiga província da Gália, na
mão dos vândalos, destruindo toda e qualquer instituição romana que havia sobrado.

Um fator curioso distingue os francos do restante dos povos germânicos. A conversão dos primeiros
“bárbaros” ocorreu por ação de bispos hereges, em especial arianos, uma seita que discordava da
Igreja Católica com relação à natureza da divindade de Cristo. Portanto, os primeiros germanos se
cristianizaram, mas encontravam‑se fora dos domínios do catolicismo. Os francos, por sua vez, foram
os primeiros a se transformarem em católicos, o que legou a eles um grande prestígio frente ao Papa.
Foram depois seguidos pelos visigodos, anglo‑saxões e lombardos.
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7.3.1 A Dinastia Merovíngia

Inicialmente, os francos encontravam‑se divididos em diversas tribos. Ao subir no trono em 481


d.C., Clóvis, um jovem de 16 anos, iniciou um processo de unificação das tribos francas e empreendeu
a conquista do território ocidental da atual França, antiga província romana da Aquitânia, que foi
tomada dos visigodos. Clóvis, ainda um confessor da antiga religião nórdica, atraiu a atenção da Igreja
Católica, que desejava tê‑lo como aliado. Assim, em 496, Clóvis, despido de suas vestes em um símbolo
de renascimento, abraçou a fé católica, obrigando seus guerreiros a fazerem o mesmo. Com ele, foi
fundada a Dinastia Merovíngia, em homenagem ao seu avô, Meroveu, e Clóvis ficou conhecido como
aquele que unificou a tribo dos francos. Seus descendentes continuaram com a sua obra de expansão e
em relativamente pouco tempo conseguiram unificar todo o atual território da França.

Figura 93 – Miniatura representando a conversão de Clóvis ao catolicismo e sua coroação, pela Igreja, como “rei de todos os francos”

No entanto, uma sequência de fracas administrações acabou levando à fragmentação do Império


e a retomada de parte dos territórios pelos visigodos. Os reis desse período ficaram conhecidos como
“reis indolentes” e seus poderes foram aos poucos se transferindo para os primeiros‑ministros, ou os
mordomos (major domus) do palácio. Dentre tais mordomos, Pepino de Heristal, mordomo da Austrásia,
transforma‑se em mordomo de todos os reinos francos, em um ensaio para a posterior reunificação. Seu
filho e sucessor, Carlos Martel, assume um enorme prestígio ao rechaçar uma invasão árabe na Batalha
de Poitiers (732) e esmagar uma revolta de nobres que ambicionavam tirá‑lo do poder. Assim, Carlos
Martel prepara o terreno para seu filho, Pepino, o Breve, que inaugura a Dinastia Carolíngia.

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Saxões

Austrásia

Armórica Nêustria Alamanos

Borgonha
Oceano
Atlântico
Aquitânia Itália
ia
an
im
pt
Se

Mar Mediterrâneo

Figura 94 – Após a morte de Clóvis, o Reino Franco se fragmentou devido a uma sucessão de governos fracos. Sua reunificação se
iniciou através de Carlos Martel, que preparou o terreno para os seus descendentes

7.3.2 A Dinastia Carolíngia

Pepino, o Breve, ao derrubar Childerico III completa a reunificação dos francos, sendo coroado pela Igreja
Católica como Imperador do Reino Franco. Em troca, o papado solicitou a Pepino uma intervenção militar
contra os lombardos, que ameaçavam a integridade da Igreja, localizada no centro da Península Itálica. Pepino
atendeu ao pedido do Papa e derrotou os lombardos, concedendo boa parte das terras conquistadas ao
papado, sendo criados os Estado Papais, que durariam até 1866. Com a morte de Pepino, houve uma nova
divisão do Reino Franco, dessa vez entre seus dois filhos. Após a morte do irmão, Carlos assume e empreende
uma série de conquistas militares, reunificando o Reino Franco e conquistando o norte da Itália e a Germânia.

Figura 95 – Urna com os restos mortais de Carlos Magno

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A ameaça lombarda, no entanto, ainda não havia cessado. O papa Adriano I solicitou o auxílio militar
de Carlos Magno contra uma nova investida dos lombardos, que desejavam recuperar suas terras. Carlos
Magno interrompeu momentaneamente o processo de conquistas, atravessou os Alpes e derrotou
definitivamente os lombardos em Pávia, sendo coroado Rei da Itália pelo Papa. A partir daí, Carlos Magno
continuou a anexação de territórios na Europa, reconstituindo em grande medida o antigo território
romano. Desta feita, no Natal de 800, o papa Leão III o coroou imperador do Império Romano‑Germânico,
resgatando a tradição do império universal, perdida desde a queda da parte ocidental de Roma. Esse
poder universal seria dividido entre Carlos Magno, que representaria o poder temporal, e a própria Igreja,
que representava o poder espiritual. Ambos eram indivisíveis e nenhum deveria sobrepor‑se ao outro,
embora, na prática, a disputa entre esses dois poderes tenha sido frequente em toda a história medieval.

Figura 96 – Coroação de Carlos Magno pelo papa Leão III

O Império havia se tornado grande demais e era necessária uma administração que buscasse neutralizar
as tendências pulverizadoras. Para tanto, Carlos Magno resgatou algumas práticas merovíngias, como a
de circular pelo Império com o seu séquito, fiscalizando pessoalmente a cobrança de tributos e os postos
militares. Para cooptar os nobres, o Imperador lhes concedia um percentual dos impostos arrecadados e
lhes dispunha terras em troca de serviços bem prestados; por outro lado, eram fiscalizados diretamente
por funcionários chamados missi dominici. No entanto, a grande extensão do Império dificultava a
arrecadação, o que impossibilitava a criação de uma estrutura política que garantisse de forma mais
eficaz a centralização. É digno de nota que Carlos Magno, apesar da tosca estrutura administrativa,
tenha conseguido manter o Império unificado.

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As invasões magiares, muçulmanas e de povos dominados que buscavam sua liberdade levaram à
criação de uma prática que conduziu em pouco tempo à total fragmentação política. A fim de resistir
aos invasores, Carlos Magno concedia terras e armas aos seus nobres de confiança. Para tanto, o nobre
se submetia a um juramento de fidelidade e tornava‑se não apenas súdito, mas vassalo do soberano.
Dependendo da quantidade de terras, aquele vassalo poderia também tornar‑se suserano ao replicar o
beneficium a outros senhores. Assim, munidos de terras e exércitos, os nobres, na prática, tornaram‑se
senhores autônomos em seus próprios domínios.

Com a morte de Carlos Magno, seus domínios são herdados intactos pelo seu filho Luís, o Piedoso.
Com a morte deste, por sua vez, o Império é dividido entre seus três filhos: pelo tratado de Verdun,
assinado em 843, Luís, o Piedoso, ficaria com a parte oriental (Germânia); Carlos, o Calvo, com a parte
ocidental (Aquitânia) e Lotário, com a parte central (Lotaríngia). A partir daí, a fragmentação foi crescente
e o feudalismo se consolida até o século XII.

Figura 97 – Extensão máxima do Império de Carlos Magno e sua divisão após o Tratado de Verdun, em 843

8 A SOCIEDADE FEUDAL

A sociedade feudal, resultante do referido modo de produção, era altamente hierarquizada, na qual
as possibilidades de mobilidade social eram virtualmente nulas, com raras exceções. Podemos dividir as
relações entre horizontais – relações de suserania e vassalagem, que ocorriam entre os nobres – e verticais
– relações de servidão, ocorridas entre nobres e servos. A imobilidade social era uma característica
fundamental dessa sociedade (salvo raríssimas exceções), estruturada em torno daqueles que rezavam
(o clero), que lutavam (nobreza) e trabalhavam (servos). Sem dúvida, a sociedade medieval apresentava
nuances mais complexas. Segundo Georges Duby:
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Unidade III

Estes três “caminhos” não são os únicos. Simplesmente, são os bons. Tal
raciocínio, maniqueísta, não fala dos outros. Porque os condena. Toda uma
parte do social é por ele amaldiçoada, rejeitada, aniquilada. Proclama ele
que só o padre, o guerreiro e o camponês se não desviam do bom caminho,
só eles respondem ao apelo de Deus (DUBY, 1994, p. 11).

O que Duby chama de “trifuncionalidade” foi uma característica que perpassou praticamente todo o
Período Medieval e perdurou, pelo menos, até o século XVIII, com reflexos isolados que perduraram por
mais tempo, como na Rússia.

Trinta, quarenta gerações sucessivas imaginaram a perfeição social sob a


forma da trifuncionalidade. Esta representação mental resistiu a todas as
pressões da história. É uma estrutura (DUBY, 1994, p. 12.).

8.1 Os que lutam

A nobreza, por definição, era formada por guerreiros. Eram os descendentes dos antigos reis
germânicos e sua principal riqueza era a quantidade de terra que possuíam. Essa riqueza, por sua vez,
não era monetária e nem mesmo a terra era um bem alienável – ou que podia ser vendido. Mas, nas
palavras do historiador Marc Bloch, a quantidade de terras era proporcional à capacidade de fazer
aliados, cuja relação se baseava na concessão de terras. Possuíam jurisdição total sobre seus territórios e
sobre os habitantes que ali viviam, bem como eram isentos de impostos, o que era uma marca distintiva
de sua condição superior (BLOCH, 1989).

Figura 98 – A nobreza: guerreiros por definição

O termo “nobre” vem de nobilitas, que em latim significa “notável”. A nobilitas romana da República
referia‑se aos plebeus enriquecidos ou todos aqueles que ocupavam o cargo de cônsules, independente
de suas origens sociais. Na Idade Média, o termo referia‑se ao mais alto estamento da sociedade feudal,
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àqueles que eram detentores de feudos ou ocupavam cargos na administração central. É importante
notar que não é a riqueza econômica que define um nobre, mas um poder de origem tradicional e de
natureza jurídica. Com o tempo, a posição que era conquistada pelo mérito passou a ser hereditária.

Lembrete

Em Roma e na Grécia, os nobres inicialmente eram, respectivamente,


os patrícios e os eupátridas que, após convulsões sociais, tiveram de dividir
seus poderes políticos com indivíduos originários das massas.

Figura 99 – A caça: uma diversão reservada apenas à nobreza

Além da guerra, os nobres viviam uma vida regada a luxo, uma vez que não trabalhavam. Em seu
tempo livre, caçavam, organizavam banquetes e torneios conhecidos como justas, que mantinham
os guerreiros em forma em tempos de paz. Eram nesses banquetes, em geral, que se acertavam as
alianças matrimoniais entre famílias. Tudo era organizado nas dependências do castelo, que ocupava
normalmente a parte central do feudo murado. Além disso, gozavam de privilégios, tais como prisões
diferenciadas para crimes de homicídio ou roubo, direito a uma morte honrosa por decapitação e não
pagar impostos. Apesar da existência de um rei, o senhor feudal era soberano em seu território, sendo
responsável pela aplicação da justiça e criação das leis. Sua soberania decorria do seu poder banal, um
conceito que deriva das antigas realezas germânicas – de ban ou domínio – e que fundamentava o
poder dos senhores feudais.

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Unidade III

Figura 100 – O castelo, a morada do senhor feudal e sua corte, era fortaleza para toda a população em tempos de guerra.
Na imagem, o castelo de Ponferrada, Espanha

Entre os nobres, as relações de suserania e vassalagem definiam a natureza da relação entre eles.
O rei figurava como a maior autoridade entre a nobreza, ao menos juridicamente, embora, de fato,
seu poder era desafiado pelo restante da nobreza. Ele era o maior dos suseranos e àqueles a quem
concedia diretamente terras formavam a alta nobreza, enquanto os que recebiam terras da alta nobreza
formavam a baixa nobreza. A cerimônia da investidura era o que consagrava a relação de suserania
e vassalagem. Primeiro, eram feitas as homenagens, em que se apresentavam os antecedentes das
partes envolvidas, em seguida, era realizada a investidura e, finalmente, o juramento de fidelidade e o
selo, ato que sacramentava a relação entre o suserano e o vassalo. Essa cerimônia envolvia a cessão e
recebimento de terras (a unidade básica era o senhorio e se transformava em feudo após sua doação) e
configurava uma aliança militar permanente, hospedagem, tutela dos familiares – no caso do suserano
– e contribuições financeiras para o dote das filhas do suserano – no caso do vassalo. No entanto, um
vassalo poderia ter vários suseranos, tendo de realizar uma difícil escolha de quem auxiliar no caso de
uma guerra entre seus dois superiores.

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Figura 101 – Iluminura representando uma cerimônia de concessão de benefícios a um vassalo

Entre os nobres, havia ainda os cavaleiros, guerreiros cujo valor em combate era recompensado com
terras. Eram os principais instrumentos dos senhores feudais, que viviam frequentemente em guerra. A
moral cavaleira consistia em ter coragem, destreza e nunca abandonar o campo de batalha, honrando
o compromisso com seu senhor até a morte. Essa cega devoção serviu de enredo para muitos romances
de cavalaria, que mostravam que a nobreza derivava não apenas de um status social, mas de uma série
de atitudes que enobreciam e justificavam sua posição na sociedade.

Figura 102 – O cavaleiro: um importante instrumento militar nas frequentes relações conflituosas entre senhores feudais.
Seu mérito em combate era recompensado com terras e honrarias diversas

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8.2 Os que trabalham

Os que ocupavam o status inferior da sociedade eram os responsáveis diretos pela produção
da riqueza e justamente os que eram os mais explorados. Trata‑se dos servos, que não devem ser
confundidos com escravos. Os servos eram presos à terra e não podiam sair dela, caso a propriedade
passasse a outro senhor. Além disso, não eram propriedade do senhor, o que não os configura como
escravos. Caso o servo conseguisse fugir, e ficar um ano e um dia fora do alcance do seu senhor,
ele seria livre.

Os servos eram descendentes dos colonos romanos. Quando as guerras contra os bárbaros em
Roma e as guerras civis do Baixo Império começam a aumentar, os habitantes das cidades deixam a
vida urbana para trás e vão ao campo em busca da proteção de senhores. Assim, um servo abandona
sua liberdade em troca de proteção nas terras do senhor feudal – sobretudo devido à instabilidade
política característica da Alta Idade Média –, mas a contrapartida era extremamente onerosa para ele
e sua família.

Ao adentrar um feudo, o indivíduo reduzia‑se à condição de servo e era legalmente obrigado a


pagar uma grande quantidade de tributos, o que caracterizava as relações verticais entre nobreza
e servos. A Igreja associava a condição do servo à de Adão e Eva quando são obrigados a deixar
o paraíso, ou seja, sua vida era uma penitência a ser paga em virtude do pecado original, já que
Adão e Eva teriam de produzir seu sustento com o suor de seu rosto (DUBY, 1994). As obrigações
servis eram:

• Corveia: durante alguns dias da semana ou do mês, o servo era obrigado a trabalhar nas terras
do senhor feudal – o manso senhorial – ou então trabalhar na construção ou restauro de obras
públicas como pontes, estradas, edificações etc.

• Talha: entrega de 25 a 30 % da produção para o senhor feudal.

• Mão morta: no caso da morte de um servo, seus descendentes deveriam pagar um imposto
relativo à herança recebida.

• Banalidade: taxa paga em espécie pelo uso de equipamentos coletivos, como o moinho e o forno.

• Tostão de Pedro: imposto pago à Igreja com parte da produção.

• Formariage: imposto pago relativo ao casamento entre servos.

A situação dos servos era bastante delicada: se por um lado estariam sujeitos à violência das invasões
e dos saques inimigos, por outro, em seu refúgio, eram vorazmente explorados. A justificativa para a
cobrança dos impostos era o poder banal possuído pelo senhor. O senhor feudal era soberano em seu
domínio e com isso revestia‑se de liberdade para cobrar os impostos que quisesse.

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Figura 103 – Os servos sofriam a total exploração do senhor feudal. Sua condição era próxima à do escravo, embora não deva ser
confundido com ela, já que não eram propriedade de ninguém, mas fixos à terra em que viviam

8.3 Os que rezam

O Concílio de Niceia, realizado sob a tutela do imperador Constantino ainda quando o cristianismo
não era a religião oficial do Império, definiu as bases da liturgia católica, e com Teodósio são lançadas as
diretrizes necessárias para a composição da hierarquia eclesiástica. Quando Roma adota o cristianismo
como religião oficial, ele já se encontra bem estruturado e politicamente atuante, no entanto, bastante
diferente do que era entre as aldeias cristãs primitivas. Enquanto o imperador romano – e mais tarde
Carlos Magnos – representava o poder temporal, a Igreja representava o poder espiritual.

Figura 104 – A Catedral de São Ciríaco, importante expoente da arquitetura românica

A Igreja Católica no Ocidente Medieval Europeu ocupou um lugar de destaque na sociedade feudal.
Herdou do Império Romano o princípio da universalidade (católico, do grego, “universal”) e foi uma das
poucas instituições que se mantiveram intactas sobre a crescente fragmentação política característica do
Período Medieval. Ainda, os bispos vinculavam‑se aos senhores feudais por meio de relações vassálicas,
cujos laços eram atados pela crença católica. Assim, a excomunhão era temida não apenas pelo perigo que
representava para a alma, mas tinha uma função política muito prática: os bispos poderiam manipular a
opinião pública contra um senhor feudal excomungado, cujo poder estaria seriamente ameaçado!
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Unidade III

Lembrete

O cristianismo foi por muito tempo considerado um fator de crise do


Império Romano, mas foi responsável por preservar a noção de universalidade
que sobreviveu sob os Impérios Franco e Romano‑Germânico.

No topo da hierarquia católica estava o bispo de Roma, uma posição bastante peculiar, na medida
em que cabe ao Papa a suprema subserviência aos olhos de Deus, ou seja, o Papa tem a prioridade em
servir no seio da cristandade. Logo abaixo, encontram‑se os cardeais, bispos eleitos para formar o corpo
de auxiliares diretos do Papa. Finalmente os bispos, chefes das paróquias locais, formavam a base do
alto clero, normalmente composto por sujeitos oriundos da nobreza. Nesse momento, o celibato ainda
não havia sido adotado e os filhos de sacerdotes normalmente seguiam os passos do pai. Já o baixo
clero era formado por indivíduos oriundos do estamento inferior da sociedade. A vida religiosa era uma
das poucas possibilidades de ascensão social, embora os membros do baixo clero não ocupassem cargos
importantes dentro da hierarquia eclesiástica. Eram predominantemente os padres e os abades.

A divisão entre alto e baixo clero obedece a um critério socioeconômico, mas é possível dividir o
clero de outra maneira, segundo os preceitos religiosos. Desde 534 d.C., por atuação de São Bento, o
clero pode ser dividido em clero secular e clero regular. O primeiro tipo é formado por aqueles sacerdotes
intimamente relacionados com as estruturas de poder – político ou religioso – vigentes, ou seja, sua vida
religiosa disputava espaço com questões institucionais e facilmente se corrompiam com os “prazeres
da carne”. Nessa época, práticas como a simonia e o nicolaísmo eram comuns, embora vistas como uma
corrupção moral do clero ligado aos assuntos do mundo.

Do outro lado estava o clero regular que, segundo os preceitos de São Bento, levaria uma vida
austera, reclusa, segundo os princípios fundamentais do cristianismo que se perderam no tempo quando
a Igreja associou‑se intimamente com a política. Segundo São Bento, a vida reclusa nos monastérios
era a única maneira de impedir que os prazeres do mundo contaminassem a crença pura em Cristo e os
monges faziam voto de pobreza, cuja finalidade era se aproximar da humildade pregada por Jesus como
o único caminho à salvação. Acusavam o clero secular de corrupção moral e de se envolverem demais
nos negócios do mundo, esquecendo‑se da vida espiritual. De fato, a intromissão do clero em assuntos
mundanos, sobretudo políticos, levou a conflitos diversos entre a Igreja e o Estado.

A importância da Igreja Católica na Idade Média dispensa comentários. Ela era a instituição que
praticamente dominava a produção cultural na época, buscando diminuir a influência das antigas
tradições pagãs ou de seitas heréticas – usando a força como recurso, caso fosse necessária. Os mosteiros
eram importantes centros culturais da Europa Ocidental, onde eram mantidas vivas – graças à atuação
dos monges copistas, conhecedores de diversos idiomas – as ideias dos filósofos da Antiguidade ou de
importantes pensadores cristãos, como Santo Agostinho. Era a Igreja também que fornecia as bases para
a interpretação da desigualdade social, tida como justa e necessária aos olhos de Deus. Dessa forma, a
Igreja condenava qualquer prática econômica que pudesse levar ao enriquecimento e à subversão da
ordem estabelecida, como o lucro e a usura (cobrança de juros sobre empréstimo).
150
HISTÓRIA ANTIGA E MEDIEVAL

Figura 105 – Monges copistas em atividade. No centro, nota‑se o importante intercâmbio entre a cristandade e a sabedoria
acumulada no Islã. Os muçulmanos foram responsáveis por reintroduzir na Europa a cultura clássica

8.4 A crise do feudalismo

Vimos anteriormente que a fragmentação do Império Carolíngio após o Tratado de Verdun foi
acentuada graças a uma nova onda de invasões protagonizadas por magiares, sarracenos e vikings. Os
senhores feudais receberam exércitos e ajuda militar dos suseranos, o que fortaleceu os vassalos que,
na prática, chegavam a ser mais poderosos que seus superiores. Vimos também que a economia feudal
não visava ao lucro, ou seja, destinava‑se à subsistência de um número estável de habitantes. Devido
às guerras, o crescimento populacional foi estabilizado por causa da alta mortalidade. A Igreja, por sua
vez, desempenhou um importante papel ideológico justificando religiosamente a desigualdade social,
desestimulando qualquer tentativa de ascensão social.

No entanto, o panorama histórico do século XI apresentava mudanças importantes, capazes


de abalar as estruturas socioeconômicas vigentes. Em primeiro lugar, as novas invasões bárbaras
haviam cessado e, embora houvesse conflitos entre os senhores feudais, tais guerras não eram tão
destrutivas e a mortalidade diminuiu consideravelmente. Em segundo lugar, somou‑se aos baixos
índices de mortalidade um crescimento vegetativo repentino, aumentando consideravelmente a
população do Ocidente europeu. Esse crescimento da população trouxe sérios problemas para a
frágil economia feudal.

Assim, muitos senhores feudais acabavam expulsando boa parte dos servos de seus domínios,
os quais não encontravam meios para sustentar a si e a sua família, a não ser integrando grupos
de assaltantes. Outros se viram coagidos sob cargas tributárias pesadíssimas, literalmente passando
fome. Tal situação gerou uma grande instabilidade social e os poderes da época pensaram em
soluções para amenizar a crise que o feudalismo apresentava. No entanto, tais “soluções” acabaram,
na verdade, gerando fatores que contribuíram decisivamente para a derrocada do feudalismo como
modo de produção hegemônico. Falemos rapidamente sobre tais “soluções”, pois você as verá com
mais detalhes em outras disciplinas.

151
Unidade III

8.4.1 Cruzadas

As Cruzadas foram expedições religiosas cujo objetivo foi o de libertar o Santo Sepulcro, ao mesmo
tempo em que a conquista de novos territórios pudessem aliviar a pressão territorial. Foram organizadas
pela Igreja, por Estados e algumas foram espontâneas. Em uma época de crise, era a maneira mais rápida
de se chegar ao reino dos céus. A busca por novas terras foi uma motivação econômica e também social.
O alvo dos Cruzados era a Cidade de Jerusalém, dominada pelos árabes, que permitiam que os cristãos
fizessem suas peregrinações até o Santo Sepulcro, mas supervisionados. No entanto, a conquista de
Jerusalém pelos turcos seljúcidas representou também o fim das peregrinações e, assim, o Ocidente
cristão reagiu. Portanto, esta foi a motivação religiosa.

Contudo, as motivações sociais também eram muito fortes. O excesso populacional era a causa de uma
grande instabilidade que ameaçava a ordem estabelecida. Os mais pobres, ao serem expulsos dos feudos
e não se fixarem nas cidades, eram obrigados a encontrar seu sustento de qualquer maneira, inclusive
à força, e os bandos de assaltantes eram comuns. Entre os nobres, a escassez de terras aumentava o
conflito entre eles, colocando em risco a própria cristandade, que poderia fragmentar‑se devido a lutas
políticas e incentivar as conquistas islâmicas. Assim, as Cruzadas devem ser vistas também como uma
estratégia de alívio da pressão populacional.

Assim, no ano de 1096, organiza‑se a Primeira Cruzada que, com sucesso, tomou alguns territórios no
Oriente. No entanto, o sucesso foi efêmero, pois em pouco tempo as cidades tomadas caíram mais uma
vez nas mãos dos muçulmanos – ou os “infiéis”, na visão dos cristãos. Além disso, as rivalidades entre os
soberanos católicos enfraquecia o poderio militar da Igreja e entravam em cena novas motivações, de
ordem econômica, explícitas já na Quarta Cruzada (também chamada Cruzada Comercial) empreendida
por Veneza, que invade Constantinopla – cidade cristã – para se apossar do comércio local e estabelecer
boas relações com os muçulmanos, possuidores de lucrativas rotas comerciais.

Observação

Há uma sutil diferença entre as denominações “herege” e “infiel”. Para


os católicos, o herege é um cristão, mas que não segue as doutrinas da
Igreja Católica. Já o infiel teve a oportunidade de abraçar o cristianismo –
em especial o catolicismo – mas não o fez. Diferente do pagão, que nunca
teria ouvido falar de Cristo.

As Cruzadas, pensadas para resolver o problema da crise do feudalismo, acabaram acentuando‑a.


Primeiro, os europeus tomaram conhecimento de rotas comerciais com os próprios muçulmanos.
Ouviram falar de lugares distantes, como Índia e China, fornecedores de produtos de luxo que passam
a ser demandados pela nobreza europeia. Em segundo lugar, o saque das cidades muçulmanas
favoreceu a remonetização na Europa, o que facilitou o comércio. As cidades – antes simples centros
administrativos de segunda importância – tornaram‑se importantes centros econômicos e colocam em
xeque a hegemonia do modo de produção feudal, que dentre as principais características apresentava
justamente a ausência de moedas e lucro.
152
HISTÓRIA ANTIGA E MEDIEVAL

8.4.2 Revolução Agrícola

Parte das pessoas que saíam dos feudos fixaram‑se nas pequenas cidades existentes, e lá se
especializaram em diversas atividades. No entanto, dependiam dos alimentos produzidos no campo.
Nos feudos, os alimentos não conseguiam abastecer a todos e, assim, foram criadas novas técnicas
agrícolas que aumentaram sensivelmente a produtividade. Dessa forma, estava aparentemente resolvido
o problema da falta de abastecimento em virtude do aumento populacional.

O resultado foi extremamente positivo e a produção agrícola voltou a prosperar. Todos eram
alimentados e ainda sobrava o excedente. Justamente por isso que a Revolução Agrícola, aumentando a
produtividade, acentuou a crise do feudalismo. Os habitantes na cidade podiam contar com o excedente
produtivo, comprando alimentos baratos, o que permitiu a contínua especialização do trabalho. Dessa
forma, o comércio despontou como a principal atividade das cidades e lá surgia uma nova classe social
que transcendia os entraves da sociedade feudal extremamente estática: a burguesia.

Observação

Ao falarmos em “crise do feudalismo” você pode imaginar que os feudos


desapareceriam por completo. Na verdade, não é assim: a crise refere‑se ao
declínio da hegemonia do modo de produção feudal, e não dos feudos
em si, que são objetos diferentes. Mesmo quando as cidades tornam‑se os
principais centros econômicos, os feudos continuam a existir, mas já não
possuem a mesma importância econômica da Alta Idade Média. Na Europa,
os feudos duram pelo menos até 1861, data em que o Czar Alexandre da
Rússia abole a servidão e libera os camponeses para trabalhar na indústria
nascente no país.

8.4.3 Renascimento(s)

A partir do desenvolvimento econômico das cidades podemos falar em três tipos de Renascimento
que alteraram profundamente a sociedade europeia. Por Renascimento, falamos em reviver algo que
estava “morto” desde a Antiguidade, no caso o comércio, as cidades e a própria cultura, que passou a
ter como referência o mundo greco‑romano. Em relação ao comércio, a reintrodução das moedas e o
estabelecimento de rotas comerciais com o Oriente – sobretudo a partir da cidade de Constantinopla –
levou à ressurreição das trocas comerciais centradas nas cidades. Assim, o lucro entra em cena e causa
um grande impacto na ordem econômica e social estabelecida até então.

O enriquecimento das cidades propiciou a ascensão econômica daqueles envolvidos com o


comércio. No entanto, as cidades pertenciam aos domínios dos senhores feudais e os impostos eram
excessivamente altos. Dessa forma, os burgos medievais passaram por um processo de independência,
resultando em três tipos de cidades: comunais, que conseguiram a independência dos feudos mediante
a luta armada; francas, que compraram a independência do senhor feudal, o qual redige um documento
comprovando a emancipação da cidade; e reais, diretamente subordinadas a um rei que passa a tirar
153
Unidade III

proveito da prosperidade econômica das cidades. É interessante que você note o interesse dos reis no
desenvolvimento do comércio: o rei, nesse momento, tem a sua autoridade ameaçada pelos senhores
feudais e vê em uma aliança com a burguesia a possibilidade de enriquecer com o comércio e, assim,
formar exércitos para impor a sua força.

Finalmente, as transformações econômicas e sociais levaram também a uma grande transformação


cultural. O grupo diretamente envolvido com o comércio – a burguesia – desafiava a concepção de
mundo da Igreja. Para o catolicismo, a mobilidade social era algo indesejável por contrariar os desígnios
de Deus, além de condenar abertamente o lucro e a usura. Os burgueses, no entanto, viviam justamente
do comércio e lucrar era o seu objetivo, ascendendo economicamente e subvertendo a ordem social do
feudalismo, assentada no referido esquema tripartite. No entanto, essa burguesia possuía necessidades
espirituais que já não podiam ser satisfeitas pela Igreja e, dessa forma, encontram na Antiguidade Clássica
um novo referencial que se adequasse à sua visão de mundo. Esse movimento se iniciou, sobretudo, na
Itália, em que a cultura romana ainda era muito evidente, por meio das ruínas das antigas cidades e da
reintrodução dos escritos clássicos pelos árabes. Além disso, surgiram inúmeros esforços de tradução do
antigo grego e do latim, difundindo as obras antigas pela sociedade. O resultado foi o surgimento de
uma cultura predominantemente antropocêntrica no lugar do teocentrismo que caracterizava a cultura
feudal.

Saiba mais

Para maior aprofundamento, indicamos as seguintes leituras:

FRANCO JR., H. A Idade Média: o nascimento do ocidente. Brasília:


Brasiliense, 2001.

LE GOFF, J.; SCHMITT, J‑C. Dicionário temático do ocidente medieval.


São Paulo: Imprensa Oficial/EDUSC, 2002. 2 v.

Os filmes a seguir também se relacionam com os temas tratados:

CRUZADA. Dir. Ridley Scott. Estados Unidos; Reino Unido; Espanha;


Alemanha; Marrocos: Twentieth Century Fox Film Corporation; Scott Free
Productions; BK, 2005. 144 minutos.

O INCRÍVEL exército de Brancaleone. Dir. Mario Monicelli. Itália; França;


Espanha: Fair Film; Les Films Marceau; Vertice Film, 1966. 120 minutos.

O NOME da Rosa. Dir. Jean‑Jacques Annaud. Alemanha; Itália; França:


Neue Constantin Film, Cristaldifilm, Les Films Ariane, 1986. 130 minutos.

154
HISTÓRIA ANTIGA E MEDIEVAL

Resumo

Após a queda do Império Romano do Ocidente, a sociedade europeia


ocidental passou por intensas transformações. As invasões germânicas
foram responsáveis por agravar um processo que havia se iniciado no
século III, em Roma, envolvendo a contínua ruralização da economia. Além
disso, a expansão islâmica favoreceu a decadência do comércio, acelerando
o processo iniciado no final do Império Romano.

O modo de produção feudal, que substituiu o modo escravista como


hegemônico, tem como principais características: economia autossuficiente
baseada em trocas naturais, herança da economia tribal germânica e das villas
romanas, que eram propriedades em que a produção agrícola destinava‑se
à subsistência; ausência de moeda, o que dificultava o comércio; poder
localizado, em virtude da concessão de terras e exércitos de um nobre para
outro com a finalidade de resistir a invasões e estabelecer alianças militares.
A fragmentação política consolidou‑se após a desintegração do Império de
Carlos Magno.

A sociedade medieval, por sua vez, era rigidamente hierarquizada,


com pouquíssimas possibilidades de mobilidade social. Segundo o
clero, estava dividida entre os que rezavam (igreja), os que lutavam
(nobreza) e os que trabalhavam (servos). As relações entre os nobres
eram denominadas relações de vassalagem, na qual se estabeleciam
alianças baseadas na concessão e recebimento de benefícios, dentre
eles, terras. Já as relações entre senhores e servos denominavam‑se
relações de servidão, nas quais o servo devia obrigações ao senhor
feudal em troca de proteção. Com isso, a exploração do camponês era
quase total.

O colapso do modo de produção feudal inicia‑se no século XI,


com o fim das invasões magiares, sarracenas e vikings, e o aumento
populacional, que causa problemas em virtude da produção estática
nos feudos. Com o crescimento da população, muitas famílias acabam
sendo marginalizadas após sua expulsão de feudos que não podiam
sustentá‑las, aumentando a criminalidade e ameaçando a ordem social
vigente. Assim, as Cruzadas foram pensadas, entre outros fatores,
como uma forma de aliviar a pressão populacional ao dirigir‑se para o
Oriente em busca de novas terras. A motivação religiosa foi a luta para
a libertação do Santo Sepulcro.

155
Unidade III

Outras soluções pensadas para resolver a crise do feudalismo acabaram


por acelerá‑la. A Revolução Agrícola aumentou o excedente de produção,
permitindo a permanência de pessoas nas cidades. As próprias Cruzadas,
por sua vez, levaram os europeus a tomarem contato com rotas comerciais,
além de contribuir para a reintrodução das moedas na economia europeia.
O comércio volta a ganhar importância e as cidades, antes centros
administrativos, tornam‑se também centros comerciais. Com o tempo, esse
processo conduz à crise geral do feudalismo e contribui para a centralização
monárquica.

Exercícios

Questão 1. (Enade 2011)

Figura 106 − Encontro de Atila com Leão I. Data: 1360

Fonte: ChroniconPictum, facsimile edition stored at the University of Maryland library. Anonimus. Disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81tila,_o_Huno>. Acesso em: 6 set. 2011.

Entre os Bárbaros, alguns ganharam especial fama de fealdade e brutalidade. Eis os Hunos na descrição
célebre de Amiano Marcelino: “A sua ferocidade ultrapassa tudo: sulcam de profundas cicatrizes, com
um ferro, as faces dos recém-nascidos para lhes destruir as raízes dos pelos; e desse modo crescem e
envelhecem imberbes e sem graça, como eunucos. Têm o corpo atarracado, os membros robustos e a
nuca grossa; a largura das costas fá-los assustadores. Dir-se-ia que são animais de duas patas ou então
daquelas figuras mal desbastadas, em forma de troncos de árvores, que ornamentam os parapeitos
das pontes [...] Os Hunos não cozinham nem temperam aquilo que comem; alimentam-se de raízes

156
HISTÓRIA ANTIGA E MEDIEVAL

selvagens ou de carne crua do primeiro animal que apanham e que aquecem por algum tempo na
garupa do cavalo, entre as coxas. Não têm abrigos. Não usam casas nem túmulos [...] Cobrem-se com
um tecido grosseiro ou com peles de ratos do campo, cosidas umas às outras; não têm uma roupa para
estar em casa e outra para sair; desde que enfiam aquelas túnicas de cor desbotada, só as tiram quando
elas estão a cair aos bocados [...] Não põem pé em terra nem para comer nem para dormir e dormem
deitados sobre o magro pescoço da montada, onde sonham à sua vontade [...]”.

Fonte: AMIANO, M. apud LE GOFF, J. A civilização do Ocidente Medieval. 2. ed. Lisboa: Estampa, 1995, p. 34.

Considerando a iconografia do século XIV, que retrata o encontro entre Atila e o papa Leão I, e
a descrição de um dos povos “bárbaros” do contexto das invasões do século IV em Roma, feita por
Amiano Marcelino, historiador e militar contemporâneo do fato, que representações se sobressaem
desse período?

A) Época de encontro entre povos de distintas culturas que são mimetizados a partir do olhar
ocidental romano criador de uma tradição sobre os bárbaros, associando-os à agressividade,
incivilidade e brutalidade.

B) Momento em que toda uma tradição religiosa e cultural vai ser defendida como forma de inserção
do adventício que representa as bases de um futuro promissor, fazendo frente ao novo credo em
crescimento: o cristianismo.

C) Período de visível desmonte das formas romanas de sociedade, que vai ter, na figura do bárbaro,
a garantia de sustentação do status quo de uma enorme parcela da sociedade romana que vivia
na cidade.

D) Momento em que o conceito grego de bárbaro dará sentido às relações romano-germânicas, de


modo a garantir o modelo de política e de administração governamental romanas, realizando
uma paulatina inserção dos adventícios.

E) Época em que se vai produzir uma mudança total do modelo territorial praticado por Roma,
de modo que o Ocidente possa ser poupado dos ataques dos distintos grupos bárbaros que se
deslocavam em direção ao coração do império.

Resposta correta: alternativa A.

Análise das alternativas

A) Alternativa correta.

Justificativa: a visão depreciativa dos bárbaros, presente nas literaturas romana e eclesiástica,
propagou-se até nossos dias, sobretudo em relação à visão da “queda” do Império Romano (fala-se
hoje em transformação). Na realidade, os “bárbaros” eram muito mais integrados ao Império do que
normalmente se supõe.
157
Unidade III

B) Alternativa incorreta.

Justificativa: a alternativa aborda a defesa da antiga religião romana contra o cristianismo. Tal
afirmação é absurda, na medida em que o catolicismo já era a religião oficial do Império no momento
da chegada de Átila.

C) Alternativa incorreta.

Justificativa: ao contrário, este era um momento de crescente ruralização da sociedade:


os chefes germânicos foram progressivamente ganhando proeminência, até que se tornaram
senhores feudais.

D) Alternativa incorreta.

Justificativa: pelo contrário, os adventícios (ou estrangeiros) já estavam há muito tempo integrados
na sociedade romana, tendo havido até mesmo imperadores de origem germânica.

E) Alternativa incorreta.

Justificativa: o ocidente foi, ao contrário, o principal alvo dos ataques germânicos e “bárbaros” de
um modo geral.

Questão 2. (Enade 2011) Procurando definir o quadro das estruturas do sistema feudal,
na Idade Média europeia, Hilário Franco Junior descreveu o período que vai do século IV ao
século X como marcado por uma pequena produtividade agrícola eartesanal, consequentemente
uma baixa disponibilidade de bens de consumo e a correspondente retração do comércio e,
portanto, da economia monetária. Já para o período entre os séculos XI e XIII, a Idade Média
Central conheceu importantes mudanças nos elementos que tinham caracterizado a fase
anterior. Em primeiro lugar, a passagem da agricultura dominial para a senhorial. [...] Uma
segunda transformação importante ocorrida nos séculos XI-XIII foi possibilitada pela existência
de um excedente agrícola, o revigoramento do comércio. Este passou a desempenhar papel
central na vida do Ocidente, com repercussão muito além da esfera econômica. [Para terceira
transformação] Seu ponto de partida foi o crescimento demográfico e comercial, fomentador
do desenvolvimento urbano.

Fonte: FRANCO JÚNIOR, H. A Idade Média, nascimento do Ocidente. 2. ed. Brasiliense, 2006, p. 36- 41 (adaptado).

Apresentamos abaixo uma ilustração relacionada às explicações do autor.

158
HISTÓRIA ANTIGA E MEDIEVAL

Figura 107 − Detalhe da pintura Les três riches heuresduduc de Berry, dos irmãos Limburg, de 1411-16

Fonte: MATTHEW, D. Europa Medieval. Barcelona: Ediciones Folio, 2006, p. 157. (Col. Grandes Civilizações do Passado).

A partir das explicações das estruturas do sistema feudal, avalie as afirmativas a seguir.

I − O mansus era a menor unidade produtiva e fiscal do domínio. Dele uma família camponesa
tirava sua subsistência e, por ter recebido tal concessão, devia certas prestações ao senhor.

II − A terra indominicata era explorada diretamente pelo senhor. Ali estavam sua casa, celeiros,
estábulos, moinhos, oficinas artesanais, pastos, bosques e terra cultivável.

III − O mansusserviles era trabalho gratuito, geralmente realizado três dias por semana, fosse para o
cultivo da reserva, fosse para serviços de construção, manutenção e transporte.

IV − As banalidades se referiam à albergagem, ou requisição de alojamento; taxa pelo uso dos


bosques, anteriormente direito camponês; multas e taxas judiciárias diversas.

V − Corveia era o conjunto de pequenas explorações camponesas, cada uma delas designada pelos
textos a partirdo século VII por mansus, ocupados por escravos.

É correto apenas o que se afirma em:

A) I, II e III.

B) I, II e IV.

C) I, III e V.

D) II, IV e V.

E) III, IV e V.

Resolução desta questão na plataforma.


159
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES

Figura 1

43812V.JPG. Disponível em: <http://lcweb2.loc.gov/afc/afc96ran/438/43812v.jpg>. Acesso em: 21


maio 2014.

Figura 2

A_8_26.GIF. Disponível em: <http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_3922/


A_8_26.gif>. Acesso em: 21 maio 2014.

Figura 3

RESOURCE/. Disponível em: <http://www.loc.gov/pictures/item/2003652792/resource/>. Acesso em: 21


maio 2014.

Figura 4

FILE000783592292.JPG. Disponível em: <http://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/g/gabana/


preview/fldr_2008_11_14/file000783592292.jpg>. Acesso em: 21 maio 2014.

Figura 5

A) A_8_30.JPG. Disponível em: <http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_3922/


A_8_30.jpg>. Acesso em: 21 maio 2014.

B) A_8_28.JPG. Disponível em: <http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_3922/


A_8_28.jpg>. Acesso em: 21 maio 2014.

Figura 6

2.JPG. Disponível em: <http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_3932/2.jpg>.


Acesso em: 21 maio 2014.

Figura 7

1.JPG. Disponível em: <http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_3932/1.jpg>.


Acesso em: 21 maio 2014.

Figura 8

3.JPG. Disponível em: <http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_3932/3.jpg>.


Acesso em: 26 maio 2014.
160
Figura 9

4.JPG. Disponível em: <http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_3932/4.jpg>.


Acesso em: 22 maio 2014.

Figura 10

04P.GIF. Disponível em: <http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_4012/04p.gif>.


Acesso em: 22 maio 2014.

Figura 11

3A18737R.JPG. Disponível em: <http://lcweb2.loc.gov/service/pnp/cph/3a10000/3a18000/3a18700/3a


18737r.jpg>. Acesso em: 22 maio 2014.

Figura 12

MAPA_02.JPG. Disponível em: <http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_23/


mapa_02.jpg>. Acesso em: 22 maio 2014.

Figura 13

59.JPG. Disponível em: <http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_2170/59.jpg>.


Acesso em: 22 maio 2014.

Figura 14

23031V.JPG. Disponível em: <http://lcweb2.loc.gov/service/pnp/matpc/23000/23031v.jpg>. Acesso em:


23 maio 2014.

Figura 15

07399V.JPG. Disponível em: <http://lcweb2.loc.gov/service/pnp/matpc/07300/07399v.jpg>. Acesso em:


23 maio 2014.

Figura 16

02897V.JPG. Disponível em: <http://lcweb2.loc.gov/service/pnp/highsm/02800/02897v.jpg>. Acesso


em: 26 maio 2014.

Figura 17

021.JPG. Disponível em: <http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_9591/021.jpg>.


Acesso em: 26 maio 2014.
161
Figura 18

024.JPG. Disponível em: <http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_9591/024.jpg>.


Acesso em: 26 maio 2014.

Figura 19

13772V.JPG. Disponível em: <http://lcweb2.loc.gov/service/pnp/highsm/13700/13772v.jpg>. Acesso


em: 26 maio 2014.

Figura 20

NISSEN, H. The archaic texts of Uruk. World Archaeology: Early Writing Systems (Special Issue), Oxford,
v. 17, n. 3, Early Writing Systems, feb. 1986. p. 321.

Figura 21

030.JPG. Disponível em: <http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_9591/030.jpg>.


Acesso em: 27 maio 2014.

Figura 22

09P.JPG. Disponível em: <http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_1759/09p.jpg>.


Acesso em: 27 maio 2014.

Figura 23

04498V.JPG. Disponível em: <http://lcweb2.loc.gov/service/pnp/ppmsca/04400/04498v.jpg>. Acesso


em: 27 maio 2014.

Figura 24

FILE000611001122.JPG. Disponível em: <http://mrg.bz/mSvfLd>. Acesso em: 9 jun. 2014.

Figura 25

007.JPG. Disponível em: <http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_3370/007.jpg>.


Acesso em: 27 maio 2014.

Figura 26

51.JPG. Disponível em: <http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_1760/51.jpg>.


Acesso em: 27 maio 2014.

162
Figura 27

014.JPG. Disponível em: <http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_9591/014.jpg>.


Acesso em: 27 maio 2014.

Figura 28

015.GIF. Disponível em: <http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_9591/015.gif>.


Acesso em: 27 maio 2014.

Figura 29

16.JPG. Disponível em: <http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_3403/16.jpg>.


Acesso em: 27 maio 2014.

Figura 30

017.JPG. Disponível em: <http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_9591/017.jpg>.


Acesso em: 27 maio 2014.

Figura 31

003.JPG. Disponível em: <http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_3370/003.jpg>.


Acesso em: 27 maio 2014.

Figura 32

008.JPG. Disponível em: <http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_3370/008.jpg>.


Acesso em: 27 maio 2014.

Figura 33

52.JPG. Disponível em: <http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_1760/52.jpg>.


Acesso em: 27 maio 2014.

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Unidade II – Questão 2: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO


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Unidade III – Questão 1: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO


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Unidade III – Questão 2: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO


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Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000

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