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Proporcionalidade Razoabilidade
Origem Direito Administrativo Inglês e USA
Alemão (due process)
Fundamento Filosófico Utilitarismo + Ciências Exatas Racionalismo
Aplicação Meio-fim Norma e fato
Processo Legislativo
◦ Introdução:
Diz respeito a um conjunto de atos interligados direcionados a produção
de leis e atos normativos. Em outras palavras, processo legislativo diz respeito ao
procedimento formal para a edição de leis e demais atos normativos.
O processo legislativo pode ser dividido em ordinário e especial.
Processo Legislativo Ordinário = Procedimento base para a edição de leis e atos
normativos
Legitimidade
◦ Espécies
1) Legitimação Comum
Também encontrado na doutrina como Legitimação concorrente (não
confundir com repartição de competências). Se dá quando a Constituição
confere legitimação, de forma genérica, a um conjunto de legitimados, cada
qual, podendo isoladamente deflagrar o processo legislativo – art. 61, caput;
2) Legitimação Privativa
Ocorre quando a Constituição confere a legitimado específico legitimação
para apresentar projeto de lei para regular matéria específica. Nesse caso,
apenas o respectivo legitimado está apto a deflagrar o processo legislativo
sob pena de inconstitucionalidade formal por vício subjetivo (de iniciativa).
É pacífica a jurisprudência no STF que, nos casos de vício de iniciativa, não é
possível a convalidação do mesmo, através de sanção, pois a
inconstitucionalidade implica a nulidade do ato, fulminando o ato no seu
nascedouro, não se admitindo convalidação. E.g.: Art. 61, §1º;
3) Iniciativa Parlamentar
Ocorre quando o processo legislativo for deflagrado por membro ou
comissão do Congresso Nacional, seja de iniciativa de deputado ou senador,
comissão do Congresso ou Senado ou do Congresso Nacional.
4) Iniciativa Popular
Ocorre quando o processo legislativo for deflagrado por iniciativa
popular. Art. 14, III c/c 61, §2º
5) Conjunta
Quando a Constituição exige manifestação simultânea de mais um
legitimado para deflagrar o processo legislativo. Difere, portanto, da
iniciativa comum, onde casa um dos legitimados pode, isoladamente, iniciar
o processo legislativo. Não temos mais – antiga redação do art. 48, XV, por
força da EC 19/98
Procedimento
Apresentado Projeto de Lei à Casa Iniciadora, começa a tramitação, não
havendo prazo estabelecido para exame.
Deflagrado o processo legislativo, ele deve ser apreciado pelas Comissões
Temáticas. Cabe às Comissões emitir parecer favorável ou contrário ao projeto. Os
pareceres emitidos pelas Comissões, têm, em regra, caráter, meramente opinativo.
Mesmo sendo um parecer contrário ao projeto, não se encerra o projeto. O projeto
segue tramitação com parecer contrário.
Em 3 situações o parecer contrário terá efeito terminativo, acarretando
o fim da tramitação e o arquivamento do projeto:
1. Comissão de Finanças e Tributação;
2. CCJ;
3. Das Comissões Especais, são aquelas formadas por, no mínimo, 3
outras Comissões temáticas.
Nesse caso de parecer contrário, é possível, ainda, que haja recurso, de
no mínimo 1/10 dos respectivos membros da Casa Legislativa de modo a levar a
discussão a Plenário.
O Processo Legislativo para a edição de leis Ordinárias pode ser
submetido a 2 procedimentos legislativos distintos.
- Comum
Procedimento - Terminativo – art. 58, §2º, I
Maioria simples:
1ª Corrente (majoritária) José Afonso da Silva: Base de cálculo = nº de presentes /2
= metade; a maioria será o primeiro número inteiro acima
2ª Corrente (na prática ocorre) Gilmar Mendes e José Cretella Júnior: Base de Cálculo
= nª de votos válidos (exclui-se abstenções) /2
◦ Espécies de Veto
1) Quanto ao conteúdo
a) Jurídico
Motivado na inconstitucionalidade do projeto.
b) Político
Fundamento: contrariedade ao interesse público.
2) Quanto à extensão
a) Total
Abrange a proposição na íntegra.
b) Parcial
Apenas parte da proposição. Muita atenção ao §2º, do art. 66, pois o veto
é parcial à totalidade do projeto, mas não o pode ser ao dispositivo do
projeto. O dispositivo deve ser vetado na íntegra.
O veto parcial não pode, como visto, se dar em relação ao dispositivo
vetado, sob pena de se permitir que o Executivo pudesse através do veto
alterar o sentido do projeto aprovado pelo legislador.
◦ Sanção
Seja expressa ou tácita, cabe ao próprio Presidente a Promulgação.
Obs. : A partir de que momento do processo legislativo podemos falar que há lei?
R: A sanção transforma o projeto em lei. Antes da sanção ou veto – projeto de lei (art.
66, caput e §7º)
◦ Promulgação
Prazo de 48 horas – art. 66, §7º
Caso o Presidente da República na promulgue a lei no prazo de 48 horas,
esta será enviada ao Presidente do Senado Federal para que o faça no mesmo prazo.
Caso este não se manifeste nas respectivas 48 horas, a lei deverá ser promulgada pelo
Vice-Presidente do Senado.
Obs.: Caso não haja manifestação-promulgação no prazo de 48 horas (para cada um) do
art. 66, §7º será possível se recorrer ao Poder Judiciário pedindo para que se determine
que a autoridade responsável a promulgação da lei, já que não há discricionariedade
política na fase de promulgação, pois cuida-se de fase meramente complementar do
processo legislativo que visa, primeiramente, atestar formalmente que já existe lei
aprovada. E, segundo publicar a respectiva lei dando conhecimento à sociedade. Na
promulgação e publicação não há juízo político nessa fase, são meras formalidades.
Inclusive alguns autores, como José Afonso da Silva, defendem que
promulgação e publicação não fazem parte do processo legislativo, consequentemente,
não há discricionariedade, sendo atos vinculados.
◦ Quem promulga publica
Emendas Parlamentares
A emenda da Casa Revisora retorna à Casa iniciadora – parágrafo único, art. 65. Retorna-
se apenas o que foi emendado! O que foi rejeitado, arquiva-se; o que foi aprovado
aguarda.
Obs.: O STF em interpretação teleológica do parágrafo único, art. 65 entende que nem
toda emenda necessita retorno à Casa iniciadora:
1) Meramente formais, para correção de erro técnico-jurídico;
2) Meramente formal para correção de erro de linguagem, desde que não haja
alteração substancial.