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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PODER JUDICIÁRIO
TURMAS RECURSAIS

@ (PROCESSO ELETRÔNICO)
EMCF
Nº 71006748966 (Nº CNJ: 0017253-15.2017.8.21.9000)
2017/CÍVEL

RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE


REPETIÇÃO DE INDÉBITO NA FORMA
SIMPLES C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS. CONSUMIDOR. FATURA
DEVIDAMENTE QUITADA NA DATA DE
VENCIMENTO. ERRO NA DIGITAÇÃO DO
CÓDIGO DE BARRAS NÃO COMPROVADO.
COMPROVANTE BANCÁRIO
DEMONSTRANDO O PAGAMENTO DO VALOR
À RÉ. INDEVIDA SUSPENSÃO DOS
SERVIÇOS DE TELEFONIA. DANOS MORAIS
CONFIGURADOS. SERVIÇO ESSENCIAL.
SITUAÇÃO EXCEPCIONAL. AUSÊNCIA DE
FORNECIMENTO DO SERVIÇO POR MAIS DE
QUATRO MESES. SENTENÇA MANTIDA.
1. A parte autora alega que tem plano de
telefonia com a ré e que sempre efetuou os
pagamentos em dia, mesmo assim, teve a
suspensão do serviço em julho/16. Ressalta que
tentou resolver o conflito na via administrativa,
mas não obteve sucesso.
2. O autor juntou os comprovantes dos
respectivos pagamentos, sendo que na fatura
do mês em discussão (fl. 19) consta o nome
empresa recorrente como credora,
desincumbindo-se, assim, do ônus que lhe
pertencia, em provar fato constitutivo de seu
direito, nos termos do artigo 373, I, CPC.
3. A RÉ, ORA RECORRENTE, NARRA QUE O
AUTOR NÃO ADIMPLIU A DÍVIDA, POIS HOUVE
ERRO NA DIGITAÇÃO DO CÓDIGO DE BARRAS,
CONFORME DESCREVE À FL. 111, SENDO
DEVIDO O CORTE NO FORNECIMENTO DO
SERVIÇO, BEM COMO INEXISTENTE O DEVER DE
INDENIZAR.
4. COMPETIA À RÉ PROVAR FATO IMPEDITIVO
MODIFICATIVO OU EXTINTIVO DO DIREITO DO
AUTOR, SEGUNDO ART. 373, II, DO CPC, ÔNUS
DO QUAL NÃO SE DESINCUMBIU, NA MEDIDA EM
QUE NÃO COMPROVOU O ALEGADO ERRO NA
DIGITAÇÃO, NA MEDIDA EM QUE RECEBEU O
VALOR DA FATURA DISCUTIDA NOS AUTOS.
5. TRATANDO-SE DE RELAÇÃO DE CONSUMO, E
DIANTE DA HIPOSSUFICIÊNCIA DA PARTE
AUTORA, É CABÍVEL A INVERSÃO DO ÔNUS DA
PROVA, CONFORME ARTIGO 6º, VIII, DO CDC.

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PODER JUDICIÁRIO
TURMAS RECURSAIS

@ (PROCESSO ELETRÔNICO)
EMCF
Nº 71006748966 (Nº CNJ: 0017253-15.2017.8.21.9000)
2017/CÍVEL

6. Dano moral configurado, excepcionalmente,


considerando que o autor foi privado da
utilização da linha telefônica, serviço
considerado essencial, sem motivo justificado e
por mais de quatro meses.
7. QUANTUM INDENIZATÓRIO FIXADO EM R$
2.000,00 QUE NÃO COMPORTA REDUÇÃO, POIS
ATENDE AOS PRINCÍPIOS DA
PROPORCIONALIDADE E DA RAZOABILIDADE.
8. Sentença que merece ser mantida, por seus
próprios fundamentos, com base no art. 46 da
Lei 9.099/95.

RECURSO DESPROVIDO. UNÂNIME.

RECURSO INOMINADO SEGUNDA TURMA RECURSAL CÍVEL

Nº 71006748966 (Nº CNJ: 0017253- COMARCA DE RIO GRANDE


15.2017.8.21.9000)

VIVO TELEFONICA BRASIL S/A RECORRENTE

JACI CORREA SOARES RECORRIDO

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os autos.

Acordam as Juízas de Direito integrantes da Segunda Turma


Recursal Cível dos Juizados Especiais Cíveis do Estado do Rio Grande do
Sul, à unanimidade, em negar provimento ao recurso.

Participaram do julgamento, além da signatária, as


eminentes Senhoras DRA. VIVIAN CRISTINA ANGONESE SPENGLER
(PRESIDENTE) E DR.ª ANA CLAUDIA CACHAPUZ SILVA RAABE.

Porto Alegre, 11 de outubro de 2017.

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Nº 71006748966 (Nº CNJ: 0017253-15.2017.8.21.9000)
2017/CÍVEL

DRA. ELAINE MARIA CANTO DA FONSECA,


Relatora.

R E L AT Ó R I O
Trata-se de recurso interposto por TELEFONIA VIVO S/A,
contra sentença (fls. 98/102) que julgou procedente a “ação de
restituição de indébito c/c indenização por danos morais”, ajuizada por
JACI CORREA SOARES, em virtude de indevida suspensão do
fornecimento do serviço de telefonia.

Em razões (fls. 108/121), a recorrente relata que a


suspensão foi motivada pela inadimplência da parte contrária, por erro de
digitação do código de barras. Sendo assim, inexiste culpa da
concessionária, tampouco dever de indenizar. Postula seja dado
provimento do recurso, para reformar a decisão de primeiro grau.

Apresentadas contrarrazões, às fls. 131/136.

É o relatório.

VOTOS

DRA. ELAINE MARIA CANTO DA FONSECA (RELATORA)

Eminentes colegas.

Atendidos os pressupostos de admissibilidade, conheço do


recurso, que não merece provimento.

A decisão recorrida merece ser mantida, por seus próprios


fundamentos. Desse modo, na forma do art. 46 da Lei 9.099/95, a súmula
do julgamento servirá de acórdão:

Art. 46. O julgamento em segunda instância


constará apenas da ata, com a indicação
suficiente do processo, fundamentação sucinta
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e parte dispositiva. Se a sentença for


confirmada pelos próprios fundamentos, a
súmula do julgamento servirá de acórdão.

Diante do exposto, nego provimento ao recurso.

Vencido, arcará o recorrente com o pagamento das custas


processuais e dos honorários advocatícios em favor do procurador da
parte adversa, arbitrados em R$ 800,00(...), com base nos artigos 6º e 55
da Lei 9.099/95, porquanto irrisórios se fixados em percentual sobre o
valor da condenação.

É como voto.

DR.ª ANA CLAUDIA CACHAPUZ SILVA RAABE - De acordo com o(a)


Relator(a).

DRA. VIVIAN CRISTINA ANGONESE SPENGLER (PRESIDENTE) - De


acordo com o(a) Relator(a).

DRA. VIVIAN CRISTINA ANGONESE SPENGLER - Presidente - Recurso


Inominado nº 71006748966, Comarca de Rio Grande: "NEGARAM
PROVIMENTO AO RECURSO. UNÂNIME."

Juízo de Origem: JUIZADO ESPECIAL CIVEL RIO GRANDE - Comarca de Rio


Grande

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