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CONTABILIDADE ATUARIAL
SEGUROS
Em 1347, Gênova, Itália – foi criado o primeiro contrato de seguro marítimo com emissão
de apólice.
Em 1684, Londres, foi criado o primeiro contrato de seguro de incêndio do mundo.
O seguro de vida também surgiu na Inglaterra, onde foram criadas as primeiras sociedades
seguradoras nos moldes que conhecemos nos dias atuais.
Em 1690, era fundada a inglesa Lloyd’s, a mais tradicional companhia de seguros do mundo,
originária de uma taberna e de um jornal dedicado aos marítimos.
Em 1789, foi criado e publicado o primeiro “Código Uniforme de Seguros”.
SEGURO NO BRASIL
Em 1808, foi constituída a primeira Companhia de Seguros Boa Fé. Nesta época todas as
seguradoras subordinavam-se as regras da casa de seguros de Lisboa.
Em 1901, era criada a Superintendência Geral de Seguros.
No ano de 1917, Código Civil Brasileiro, estabeleceu normas gerais de seguros e definiu as
obrigações do segurado e do segurador.
Em 1935, criado seguro acidente do trabalho (Vargas).
Em 1937, com o surgimento do Estado Novo (Vargas), criou-se a tarifa mínima oficial para os
seguros terrestres e marítimos. A partir daí, as seguradoras foram obrigadas a submeter suas
tarifas à aprovação do governo.
Em 1939, foi fundado o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB).
O decreto-lei nº 73, de 1966, cria o Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP).
Em 1970, intercâmbio internacional de seguro.
Em 1986, o CNSP limitou em 50% o teto de participação do capital estrangeiro em empresas
nacionais (revogado em 1996).
Com o fim do monopólio do resseguro pelo IRB, várias companhias resseguradoras de
renome internacional instalaram seus escritórios nas principais cidades do país. Sendo assim,
com mais resseguradoras no país, o risco da operação de seguros pode diminuir,
proporcionando as seguradoras a possibilidade de redução do preço da apólice.
Apesar das inovações introduzidas pela abertura do mercado, os seguros ainda estão
concentrados basicamente nos ramos tradicionais, ou seja, automóveis, saúde e vida, que
correspondem a cerca de três quartos do total.
INFLUÊNCIA DA GLOBALIZAÇÃO
A globalização e o crescimento da competitividade no mundo não é, uma característica
unicamente do setor de seguros. Buscar maior eficiência e eficácia operacional tornou-se uma
questão de sobrevivência das empresas. Estima-se que pelo menos metade das seguradoras
existentes no Brasil, principalmente das peq uenas, desaparecerão nos próximos anos, vítimas
do processo de globalização, concentração e profissionalização do mercado.
O acirramento da concorrência está na abertura do mercado ao capital estrangeiro, a quebra
do monopólio do IRB e a liberação das tarifas, por parte da SUSEP no início dos anos 1990.
O Plano Real foi muito importante para a explosão dos seguros no Brasil. Consumidores antes
esquecidos e com baixo poder aquisitivo (compra), principalmente no que se refere a um
produto intangível como o seguro, foram trazidos pela estabilidade econômica para o mercado
de seguros, assim como ,muitos outros. Isto gerou um incremento significativo no faturamento
do setor e uma nova cultura de consumo e poupança no país, trazendo de volta a oportunidade
de investir a médio e longo prazo.
CONCEITO DE SEGURO
É uma operação que toma forma jurídica de um contrato, em que uma das partes (segurador)
se obriga para com a outra (segurado ou beneficiário), mediante o recebimento de uma
importância estabelecida (prêmio), a compensá-la (indenização) por um prejuízo (sinistro),
resultante de um evento futuro, possível e incerto (risco) e indicado no contrato. (Souza, 2007,
p.23)
SEGURO PÚBLICO versus SEGURO PRIVADO
O seguro público caracteriza-se por ter o risco segurado por pessoa jurídica de direito público,
sem fins lucrativos. Exemplo: os seguros cujo monopólio pertence ao estado: o Seguro Crédito
à Exportação e a Previdência Social.
O seguro privado ocorre quando o risco segurado é assumido por pessoa jurídica de direito
privado comercial, com fins lucrativos. Nesses casos, o contrato é regulado pelo Código Civil
ou Comercial, obedecendo também as leis específicas e regulamentações suplementares.
SEGURADOR
SEGURADO
Podem ser pessoas físicas ou jurídicas em nome de quem se faz o seguro. Ele transfere para a
seguradora, mediante pagamento do prêmio, o risco de um evento aleatório atingir o bem de
seu interesse. Caso o segurado não pague o prêmio previsto, ele perde os direitos à
indenização prevista no contrato.
Contrato por meio de proposta, exceto bilhete de seguro.
Não podem contratar mais de um seguro para o mesmo bem. Para casos de complemento de
um seguro é obrigatória a declaração da existência do outro seguro na apólice.
As obrigações do segurado, previstas no Código Civil (artigo 1.449 ao artigo 1.457), são pagar
o prêmio do seguro; abster-se de tudo que possa aumentar os riscos, enquanto vigorar o
contrato; comunicar ao segurador todo incidente que, de qualquer modo, possa agravar o risco
e, verificado o sinistro, comunicar ao segurador, logo que o saiba.
BENEFICIÁRIO
É a pessoa que o segurador reconhece o direito de receber a indenização, ou parte dela,
prevista na apólice de seguro.
INDENIZAÇÃO
Corresponde ao que a seguradora paga ao segurado pelos prejuízos decorrentes de um
sinistro. Ela nunca será superior a importância segurada.
PRÊMIO
É o preço ou custo do seguro, especificado no contrato, ou seja, a soma e m dinheiro paga
pelo segurado para que a seguradora assuma a responsabilidade por um determinado risco.
Seu valor depende:
Do prazo do seguro;
Importância segurada; e
Exposição ao risco.
O prêmio é utilizado pela seguradora para:
Cobrir indenizações;
Despesas administrativas;
Comissões; e
Gerar lucros paras as seguradoras.
Franquia – é o limite de participação do segurado nos prejuízos resultantes de cada sinistro.
Quanto maior a franquia, menor o prêmio. Além disso, como o segurado tem que arcar com
seu valor cada vez que o sinistro ocorrer, ela acaba evitando que o seguro seja acionado em
casos mais simples, cujos valores são inferiores ou semelhantes a franquia.
SINISTRO
É a realização do risco previsto no contrato de seguro, resultando em perdas para o segurado
ou seus beneficiários. Ele é total quando causa a destruição ou o desaparecimento por
completo d o objeto segurado e parcial quando atinge somente uma parte do objeto segurado.
RISCO
CONTRATO DE SEGURO
RISCO
SINISTRO E INDENIZAÇÃO
PRÊMIO
Na área de seguros, Prêmio é o preço, isto é, o valor pago pelo segurado ao segurador para
que este assuma o risco.
Prêmio é o preço a ser pago pelos segurados ao segurador pelos serviços que este presta
àqueles e que, como todo preço, tem de ser remunerador para um e justo e exequível para o
outro.
Entre o prêmio e o risco existe uma correlação íntima. O prêmio puro (considera-se aqui o
prêmio estatístico com carregamento estatístico de segurança) é calculado em função do
risco. É a parte do preço correspondente aos sinistros esperados.
Enumeração do que deve ser considerado e dimensionado para a formação dos preços:
Valor esperado do sinistro;
Impostos;
Resultado financeiro esperado;
Oscilação do risco.
O prêmio efetivamente pago pelo segurado é chamado prêmio comercial (sem IOF – imposto
sobre operações financeiras e sem custo de apólice).
F= 40/1.000= 0,04 ou 4%
VM= 200.000/40= R$ 5.000,00
PE= 0,04 x 5.000 = 200 ou PE= 200.000/1.000= 200
Exemplo (2):
Número de expostos ao risco (NER): 100.000
Número de sinistros ocorridos (NSO): 4.000
Montante de sinistros ocorridos (MSO): R$ 10.000.000,00
Importância segurada exposta (ISE): R$ 8.000.000,00
F= 4.000/100.000 = 0,04 ou 4%
VM= 10.0000.000/ 4.000 = R$ 2.500
PE= 0,04 x 2.500 = 100 ou PE= 10.000.000/100.000 = 100
TAXA ESTATÍSTICA
Se o montante de sinistros ocorridos for relacionado com o valor que estava segurado
(importância segurada exposta), tem-se a razão, chamada de taxa estatística (TE) ou taxa de
risco (TR).
TE= MSO/ISE
Exemplo do notebook
TE= 200.000/ 5.000.000 = 0,04 ou 4%
Exercício
1. Uma seguradora teve a seguinte experiência em determinada carteira de seguro:
Número de itens segurados no período de estudo: 10.000
Número de itens expostos no período de estudo: 9.250
Importância segurada dos seguros emitidos no período: R$ 500.000.000,00
Importância segurada exposta no período: R$ 462.500.000,00
Prêmio total dos seguros emitidos no período: R$ 1.100.000,00
Prêmio ganho no período: R$ 1.017.500,00
Comissão total dos seguros emitidos no período: R$ 220.000,00
Comissão de competência no período: R$ 203.500,00
Número de sinistros avisados no período de estudo: 1.000
Número de sinistros ocorridos no período de estudo: 900
Valor total dos sinistros avisados: R$ 900.000,00
Valor total dos sinistros ocorridos: R$ 750.000,00
Calcule:
a) Frequência de sinistros
b) Custo médio dos sinistros
c) Prêmio de risco (prêmio estatístico)
d) Taxa de risco ou taxa estatística de experiência.
F= 900/9250=0,0972
VM= 750.000/900=833,33
PE=0.0972x833,33=80,99
TR=750.000/462.500.000=0,0016
PRÊMIO PURO
O prêmio puro é o prêmio necessário para cobrir, com determinada probabilidade, os sinistros
futuros. O mais usual é determinar a taxa pura para calcular o prêmio puro, que será
apresentada na fórmula da taxa, baseada na teoria do risco coletivo.
Da mesma forma que o prêmio puro, a taxa pura é a taxa estatística com carregamento
estatístico de segurança.
PRÊMIO COMERCIAL
Despesas de comercialização
A forma mais utilizada para se calcular o prêmio (ou taxa) comercial é acrescentar ao prêmio
puro (ou taxa pura) os carregamentos sobre o próprio prêmio (ou taxa) comercial. É o
carregamento por dentro, isto é, sobre o próprio prêmio (ou taxa) comercial.
PC= PP + c x PC
PC = prêmio comercial
PP= prêmio puro
c= carregamento, sempre expresso na forma unitário
PC = PP/ 1 – c
TC = TP / 1 – c
TC = taxa comercial
TP = taxa pura
Os carregamentos são aplicados sobre o prêmio puro ou taxa pura.
Para calcular o prêmio comercial:
PC = PP/ 1 – c ou PC = PP x 1/1-c
Para calcular taxa comercial
TC = TP/ 1 – c ou TC = TP x 1/1 – c
Exemplo:
Calcular o seguro de um automóvel de R$ 50.000,00, com uma taxa pura de 5%, com os
seguintes carregamentos:
Despesas administrativas: 20%
Comissão de corretagem: 25%
Remuneração de capital: 5%
Total de carregamento: 50%
Total de carregamentos, expressos na forma unitária: 0,5
Portanto, o prêmio comercial pode ser calculado de duas formas:
1º carregando a taxa pura para, então, aplicar a taxa comercial à importância segurada:
TC = TP/ 1-c ou TC = 0,05 / 1 – 0,50 = 0,10 ou 10%
O prêmio comercial é calculado aplicando-se a taxa comercial ao valor segurado:
PC = TC x valor segurado ou PC = 0,10 x 50.000 = R$ 5.000,00
2º calcula-se o prêmio puro, para depois carrega-lo:
PP = TP x valor segurado ou PP = 0,05 x 50.000 = R$ 2.500,00
O prêmio comercial é calculado utilizando-se a fórmula:
PC = PP/ 1 – c ou PC = 2.500/ 1 – 0,50 = 5.000
COMPOSIÇÃO DO PRÊMIO:
Carregamento Cálculo R$
Prêmio comercial 5.000
Prêmio puro (sinistros) (2.500)
Comissão de carretagem 25% x 5.000 (1.250)
Despesas administrativas 20% x 5.000 (1.000)
= lucro esperado 5% x 5.000 250
Observação: não foi considerado o imposto sobre operações financeiras nem o custo de
apólice.
EXERCÍCIOS
1 – A taxa comercial de um determinado seguro é de 0,5%. Qual é a taxa pura, sabend o-se
que a comissão de corretagem é de 30% e que as despesas administrativas (com o lucro
esperado) são de 25%?
2 - A taxa comercial de um determinado seguro é de 3,8%. Nessa taxa estão incluídos os
carregamentos comerciais (comissão de corretagem de 20%) e os administrativos (DA e lucro
de 18%). Considerando-se uma importância segurada de R$ 30.000,00, qual é a parte do
prêmio relativa a sinistros (PP)?
3 - Os dados abaixo são de um produto da Seguradora Tranquilidade S.A.:
Número de expostos ao risco: 25.000
Importância segurada exposta: R$ 95.000.000,00
TIPOS DE SEGUROS
De acordo com a natureza dos riscos os seguros podem ser classificados em:
Seguros de pessoas
Seguro de saúde
Seguro educação
Seguro de vida individual – é a modalidade de seguro que cobre a morte ou a sobrevivência de
um único segurado.
Pode ter mais de uma pessoa, ou seja, um casal (marido e mulher) ou de sócios de uma firma
– são conhecidos como seguro em conjunto ou de duas ou mais cabeças.
Existem três modalidades deste seguro:
Seguro de vida ordinário: enquanto viver o segurado paga prêmios anuais ao segurador.
Seguro de vida de pagamentos limitados: ele só paga os prêmios durante um período de
tempo determinado no contrato e após sua morte o beneficiário recebe a indenização
devida;
Seguro educação: garante, na falta do segurado, a educação das pessoas indicadas por
ele.
Seguro de automóveis: é o mais popular seguro no Brasil, tem como função cobrir
perdas ou danos dos veículos terrestres de propulsão a motor e seus reboques, desde
que não trafeguem sobre trilhos. O seguro pode cobrir: colisão, incêndio e roubo. A
cobrança do prêmio leva em consideração: a periculosidade da cidade, tipo de veículo,
perfil do motorista.
Seguro incêndio: cobre perdas e danos materiais causados por incêndios, queda de
raios e explosão de gás de aparelhos de uso domésticos ou usados em iluminação.
Seguros de prestação de serviços: o segurado busca a proteção e o ressarcimento dos
gastos referentes à prestação de serviços, tais como: assistência médica, cirúrgica e
hospitalar e assessoria jurídica.
RESSEGURO
O resseguro é o seguro do seguro. É a transferência de um risco técnico, parcial ou total, da
seguradora para a resseguradora.
OBJETIVO E FUNÇÕES
Diluir o risco da seguradora
FORMA DE CONTRATAÇÃO
Facultativo: forma onde a seguradora negocia caso a caso com a resseguradora.
Cota-parte: caracterizada pelo percentual fixo do acordo entre as partes em cada risco.
Em todos os riscos o ressegurador participará com determinada proporção, não
importando o tamanho de cada risco. Assim, a resseguradora também participará de
riscos menores.
VANTAGENS
Sua vantagem principal é a simplicidade operacional. A cada período de contas, a
cedente repassa na mesma proporção os prêmios e os sinistros para a resseguradora.
Permite que o ressegurador transfira know-how para o segurador em produtos em que
este não tem experiência.
DESVANTAGENS
Trata-se da perda de prêmio que a cedente sofre ao passar para o ressegurador prêmio
de riscos pequenos que poderiam ficar retidos por ela.
Amplamente favorável para o ressegurador, que recebe participação igual para riscos
bons e ruins.
PREVIDÊNCIA PRIVADA
Segundo Moreira e Lustosa (1977, p.15),
“ a Previdência é, entre nós, como na maior parte das nações, o complexo orgânico de
expressão mais relevante, que se vai até agigantando à medida que evolui na direção da
SEGURIDADE SOCIAL. E por seguridade social se há de entender, conforme síntese de
eminentes doutrinadores, o conjunto de medidas obrigatórias, cujo objeto é proteger,
indistintamente, a todo indivíduo, e sua família, das conseguências de uma inevitável
calamidade socioeconômica, como implícito na Declaração Universal dos Direitos do
Homem”.
HISTÓRIA
Desconfiança da população brasileira
Após a reforma da previdência social o mercado de previdência privada tornou-se
atraente.
PESSOA JURÍDICA
Averbadora: a pessoa jurídica não participa do custeio.
Instituidora: a pessoa jurídica tem participação total ou parcialmente do custeio.
Consignante: a pessoa jurídica é responsável pelos descontos na folha de pagamento dos
funcionários.
CUSTOS
Taxa de carregamento: é o percentual incidente sobre as contratações pagas pelo participante,
para fazer face as despesas administrativas e corretagem. Essa taxa varia entre 3% à 5%.
Taxa de administração: é cobrado anualmente sobre o valor total da aplicação acumulada, e
varia de 1,5% à 2%.
REGIME FINANCEIRO
Capitalização: a contribuição do contratante financia o benefício futuro deste mesmo
contratante.
Repartições simples (Previdência Social): é onde os atuais participantes (trabalhadores da
ativa) custeiam com suas contribuições os atuais beneficiários.
COBERTURA
Período de cobertura: é o prazo durante o qual, na ocorrência do fato gerador, os beneficiários
farão jus ao benefício: vitalícia ou prazo determinado.
PROVISÕES
Para garantir o pagamento dos benefícios a SUSEP obriga a constituição de provisões:
Provisão matemática de benefícios a conceder: são compromissos relativos aos
benefícios a conceder.
Renda por invalidez: renda a ser paga ao participante em decorrência de sua invalidez
total e permanente ocorrida durante o período de cobertura e depois de cumprido o
período de carência estabelecido no plano.
Pensão por morte: renda a ser paga ao(s) beneficiário(s) indicado(s) na proposta de
inscrição em decorrência da morte do participante ocorrida durante o período contratual
e depois de cumprido o período de carência estabelecido no plano.
Pecúlio por morte: importância em dinheiro, pagável de uma só vez ao(s) beneficiário(s)
indicado(s) na proposta de inscrição, em decorrência da morte do participante ocorrida
durante o período de cobertura e depois de cumprido o período de carência estabelecido
no plano.
PREVIDÊNCIA PRIVADA
Resgate: restituição ao participante do montante acumulado na provisão matemática de
benefícios a conceder, pela desistência do segurado.
Saldamento: é a interrupção definitiva do pagamento das contribuições ao plano, mantendo-se
o direito à percepção proporcional do benefício originalmente contratado.
TIPOS DE PREVIDÊNCIA PRIVADA
Previdência privada aberta
TIPOS DE PLANOS
PGBL (plano gerador de benefícios livres) – é um plano de previdência complementar que
permite a acumulação de recursos e a contratação de renda para recebimento a partir de uma
data escolhida para o participante.
O PGBL é mais atraente para quem declara Imposto de Renda completo, podendo aproveitar
do abatimento da Renda Bruta anual na fase de contribuição. O abatimento das contribuições
no IR (até o limite estabelecido pela receita) durante o período de acumulação. Sobre os
valores de resgate e rendas haverá a incidência de tributação conforme alíquota da tabela do
Imposto de Renda Pessoa Física.
Opções de benefícios:
Renda vitalícia
Renda certa
Renda certa
Em linhas gerais, o trabalhador contribui com uma parte mensal do salário e a empresa banca
o restante, valor que normalmente é dividido em partes iguais. Outras empresas, essas mais
raras, bancam toda a contribuição.
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Antes de trabalharmos com a matemática atuarial, devemos fazer uma revisão sobre alguns
itens da matemática financeira, tais como: juros compostos e séries de pagamento ou de
recebimentos de prestações.
No regime de capitalização composta, a taxa incide sobre o capital aplicado já acrescido dos
juros produzidos nos períodos anteriores de capitalização, isto é, há a incidência de um sobre o
outro.
CÁLCULO DO MONTANTE
Período Capital inicial Juros anuais Montante no fim do ano
1 10.000 10.000 x 0,1 = 1.000 11.000
2 11.000 11.000 x 0,1 =1.100 12.100
3 12.100 12.100 x 0,1= 1.210 13.310
4 13.310 13.310 x 0,1= 1.331 14.641
S = P ( 1+i )n ou P = S/ ( 1+i )n
MATEMÁTICA ATUARIAL
P = 1.000.000 . 35E25
35p25 = 25 + 35/ 25 35p25 = 60/ 25; l 25 = 986.374 e l 60 = 910.110
35p25 = 910.110/ 986.374; 35P25 = 0.922682471
v = 1/ 1 + 0,04) = 0,25341547
35E25 = v . 35p25; 35E25 = 0,25341547 . 0,922682471 = 0,23382201
Assim, o valor atual é igual a:
P = 1.000.000 x 0,23382201 = 233.822,01
Observação: os prêmios das pessoas do grupo que falecerem ficarão para as pessoas do
grupo sobrevivente. Estando assim, de acordo com a ideia do seguro, que é o mutualismo.
Exercícios:
1 – Qual é o fator atuarial de desconto, considerando-se um homem de 46 anos de idade e um
prazo de 14 anos? Utilize para cálculo as taxas de juros de 4% e 6% ao ano.
2 – Qual o valor atual ou prêmio único puro de um montante de R$ 1.000.000,00, pagável
daqui a 14 anos, desde que a pessoa (mulher), hoje com 46 anos, esteja viva? Utilize as taxas
de 4% e 6% ao ano.
3 – O sr. José resolveu investir $ 325.750 e espera retirar o montante daqui a 27 anos.
Atualmente sua idade é 45 anos. A taxa de aplicação é de 4 % ao ano.
4 – O sr. Patinhas espera receber a quantia de $ 2.250.000 no prazo de 36 anos. Sabendo-se
que o mesmo tem hoje 31 anos de idade e que esse valor estará aplicado a taxa de 6% ao
ano. Calcular o valor a ser aplicado.
5 – A sra. Mônica resolveu aplicar $ 325.000 no prazo de 30 anos. Sabendo-se que a mesma
tem hoje 25 anos de idade. A taxa de aplicação é de 4% ao ano. Qual é o montante a receber?
Para calcular o valor presente é necessário utilizar um fator de desconto financeiro para cada
um dos valores do fluxo.
v = 1/ ( 1+i )n
Assim,
A = 2.000 x V1 + 2.000 x V2 + 2.000 x V3 + 2.000 x V4
Ou seja,
A = 2.000x0,943396+ 2.000x0,889996 + 2.000x0,839619 + 2.000x0,792094
A = 6.930,21
Observação: com R$ 6.930,21 pode-se pagar uma renda certa anual de R$ 2.000,00 durante 4
períodos a uma taxa de juros de 6% ao ano. A probabilidade de pagar é igual a 100%, pois
mesmo que o investidor faleça, alguém, herdeiro e/ou outro titular, irá receber o valor.
CÁLCULO DO VALOR PRESENTE PARA RENDA ALEATÓRIA
Vamos supor a mesma renda condicionada à pessoa estar viva para o recebimento. É preciso,
então, calcular a probabilidade de uma pessoa de idade x chegar viva a idade x + 1 para
receber o primeiro pagamento (postecipado – fim do primeiro período) de R$ 2.000,00, depois
chegar viva a idade seguinte para receber a seguinte parcela e assim por diante.
A seguir temos px, ou seja, a probabilidade de uma pessoa de idade x sobreviver até a idade x
+ 1, ou a probabilidade de uma pessoa de 40 anos sobreviver até a idade 41. A seguinte, 2 p40
é a probabilidade de uma pessoa de 40 anos sobreviver 2 ou até a idade 42 etc.
Então, para se calcular o valor atual, é necessário considerar, além do fator financeiro de
desconto (v), a probabilidade de a pessoa estar viva por ocasião do recebimento da renda, isto
é, devemos ter o fator atuarial de desconto para cada ano.
|-------|--------|--------|--------|----
40 41 42 43 44
41 = v1x 1p40; 42= v2 x 2p40; 43= v3 x 3p40; 44= v4 x 4p40
A = 2.000 x ( v 1p40+v2 x 2p40 + v3 x 3p40 + v4 x 4p40)
Ou
A= 2.000 x ( 1E40 + 2E40+ 3E40 + 4E40)
No momento presente (momento zero do fluxo de caixa), a pessoa tem 40 anos de idade. É
necessário escolher uma tábua de mortalidade, para se calcular a probabilidade. Vamos usar a
Tábua AT-2000-Male.
Sabemos que:
n E x = Dx+n/ Dx
A = 2.000 x (0,942412+0,888030+0,836656+0,788111)
A = 2.000 x 3,455208
A = 6.910,42
A renda só é recebida se a pessoa estiver viva.
a = (1+i)n-1/ (1+i)n x i
o valor da prestação pode ser calculado:
R = A/ fator financeiro de atualização
Exemplo: calcular o valor atual de uma renda certa anual postecipada de R$ 10.000,00
a uma taxa de 4% ao ano., paga durante cinco anos para uma pessoa de 60 anos.
Não há neste caso qualquer restrição de pagamento, isto é, é uma renda certa que independe
da sobrevivência do investidor( e também independe da idade em que ele se encontra. É uma
operação exclusivamente financeira.
A = R x fator financeiro de atualização
A = 10.000 x 4,451822
A = 44.518,22
Obs: se uma pessoa aplicar R$ 44.518,22ª uma taxa de 4% ao ano, ela (ou outra pessoa)
receberá 5 parcelas anuais no valor de R$ 10.000,00 cada com a primeira daqui a um ano
(renda postecipada).
Exemplo 2: se uma pessoa de 60 anos formar um fundo de R$ 500.000,00 qual será a renda
anual que ela receberá por um prazo certo (independentemente de estar viva ou não, a renda
será paga) de 20 anos, considerando-se uma taxa de juros de 4% ao ano.