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2010

Idosos a sorrir
Promoção da qualidade de vida nos
idosos do Concelho de Cantanhede

Projecto de intervenção

Marisa Rodrigues
2010
Idosos a sorrir
Promoção da qualidade de vida nos idosos do Concelho de Cantanhede
Projecto de intervenção

Resumo
O projecto “ Idosos a sorrir” é uma iniciativa minha, que a Câmara de
Cantanhede apadrinhou. Este projecto tem como finalidade a promoção da qualidade
de vida nos idosos do concelho de Cantanhede, para tal, estrutura-se na forma de
Encontros temáticos sobre o envelhecimento (3), e workshops, sendo que as primeiras
serão para todo o público em geral, pretendendo atingir os profissionais das
instituições que lidam ou têm a seu cargo idosos, e as segundas, destinam-se aos
utentes destes serviços, como forma de ocupar o tempo livre. Desta feita, importa
fazer da idade um espaço e tempo positivos para que se possam aumentar as
possibilidades de educação permanente, a fim de contribuir para a promoção do bem-
estar. Este projecto contém também um programa de voluntariado, dado que se
pretende envolver toda a comunidade, neste projecto e promover atitudes positivas
face ao envelhecimento, sendo que os mesmos irão desempenhar o papel de
animadores nas instituições realizando os workshops que se configuraram. É
importante ressalvar que irá existir formação inter-pares para todos os voluntários do
projecto Idosos a Sorrir, e ainda, um encontro geracional (entre crianças do pré-escolar
e idosos) integrado no âmbito do Concurso: Superavós, no qual, as crianças realizarão
desenhos que posteriormente irão entregar aos idosos institucionalizados neste
encontro. Este projecto não só contribui para a melhoria da qualidade de vida, como
envolve a comunidade nesta temática, descartando a solidão dos utentes,
promovendo valores positivos face ao envelhecimento, permitindo o encontro entre
gerações e ainda, contribui para a formação dos profissionais das instituições que
lidam com os idosos, do concelho. Os indicadores como, o grau de satisfação do
público, em relação ao projecto, e a adesão ao mesmo confirmam a viabilidade e
pertinência desta problemática tão presente nos dias de hoje. Os custos do projecto
foram pertinentemente calculados, e ainda contam com uma visão externa para
avaliação dos custos.

Palavras-chave: intergeracionalidade; satisfação com a vida; envelhecimento


produtivo; solidariedade.

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Projecto de intervenção

Contextualização teórica
Em 2002, na conferência Mundial sobre o envelhecimento, Baltes (in Paúl,
2006) iniciava a sua conferência fazendo o elenco das boas notícias recentes sobre a
terceira idade. As boas notícias eram: a) o aumento da esperança de vida: mais
pessoas idosas vivem mais tempo; b) há uma quantidade substancial de potencial
latente (físico e mental) para uma melhor adaptação durante a velhice; c) as gerações
sucessivas mostram ganhos a nível físico e mental; d) há provas da existência de
reservas cognitivas e emocionais da mente das pessoas idosas; e) há cada vez mais
pessoas a envelhecerem com sucesso; f) há níveis elevados de bem-estar pessoal
(autoplasticidade) e, g) existem estratégias efectivas para lidar com ganhos e as perdas
em idade avançada. As más notícias referem-se: a) perdas mensuráveis no potencial
cognitivo e na capacidade de aprendizagem; b) um aumento do sindroma de stresse
crónico; c) um aumento visível na prevalência da demência; d) elevados níveis de
incapacidade, disfuncionalidade e morbilidade múltipla e, finalmente, e) o problema
da dignidade na morte, em idades avançadas. (Nunes, 2009)

Enquanto a organização mundial de saúde há anos se propunha como objectivo


aumentar a esperança de vida, hoje considera como desafio aumentar a expectativa
de vida activa dos idosos, pois nas últimas 4 décadas do século XX a esperança de vida
aumentou em mais de 10 anos para os homens e 12 para as mulheres, impondo-se
agora dar a todos os idosos uma melhor qualidade de vida que passa por mantê-los
activos. (Oliveira, 2008a)

As projecções relativamente a Portugal anunciam que, até 2025, a população


de todas as regiões, qualquer que seja o cenário escolhido, envelhecerá, podendo
mesmo o índice de envelhecimento situar-se nos 398 por cada 100 jovens, no cenário
mais pessimista, quase quadruplicando assim o valor deste indicador no decorrer dos
50 anos de projecção. Quanto ao índice de dependência de idosos, no horizonte
temporal 2050, o nº de idosos por cada 100 indivíduos em idade activa poderá oscilar
entre 54 a 67 idosos (INE, 2004) (Nunes, 2009).

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O envelhecimento da população, em particular da portuguesa, deve levar a


uma maior responsabilidade social e maior solidariedade intergeracional, facilitando
aos idosos maior participação cívica (Arroteia, J. & Cardoso, A. 2006, o envelhecimento
da população portuguesa: responsabilidade social e cidadania, Psychologica, 42, 9-24.)

Não obstante a preocupação com a longevidade, há também vez mais a


preocupação com a qualidade de vida. O grupo de qualidade de vida da OMS definiu
qualidade de vida como “a percepção do indivíduo da sua posição na vida no contexto
cultural e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objectivos,
expectativas, padrões e preocupações” (OMS, 1996: apud Ribeirinho, 2005) O conceito
qualidade de vida é, aliás, considerado por muitos autores como um conceito nuclear
no campo da atenção aos idosos, constituindo um dos principais indicadores a que
deve ser dado na hora de avaliar a condição de vida dos idosos. (Nunes, 2009)

Saldanha (1997, p.4, in Madeira, 1999) refere que “ envelhecer é muito mais
perigoso do que parece, pela simples razão de que a sociedade não se preparou para o
efeito”(apud Nunes, 2009).

Como se refere no Guia Global das Cidades amigas das pessoas Idosas, produzido pela
OMS: vivem cada vez mais pessoas idosas nas cidades. “A proporção de população
adulta mais velha que vive nas cidades, em países desenvolvidos, é equivalente à dos
grupos mais jovens em cerca de 80% e continuará a aumentar ao
mesmo ritmo. Contudo, nos países em desenvolvimento, o número de pessoas idosas
nas comunidades urbanas aumentará 16 vezes, passando de
cerca de 56 milhões em 1998 para mais de 908 milhões
em 2050. Nessa altura, os idosos constituirão um quarto da população urbana
total, nos países menos desenvolvidos”.

Como refere Oliveira (2008) “é necessário que, quer os idosos, quer a


sociedade envolvente, os ajude a envelhecer criativamente, não apenas
desmistificando os diversos mitos ou estereótipos (de improdutividade, de
incapacidade, de degenerescência, de amargura, etc), mas promovendo de todos os
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modos as suas capacidades e criando uma cultura de respeito pela ancianidade, ao


mesmo tempo que cuidam mais da sua saúde física e psíquica. Aqui, como sempre, é
melhor prevenir do que remediar”. Desta feita e seguindo um modelo de velhice bem
sucedida de (Fontaine, 2000): existem três grandes categorias de condições: promoção
de uma saúde mais coerente, e com reduzida probabilidade de doenças; a manutenção
de um elevado nível funcional nos planos cognitivo e físico (velhice óptima);
conservação de empenhamento social e de bem-estar subjectivo. Estas categorias
estão presentes no Projecto Idosos a Sorrir

Organização proponente
Este projecto é promovido pela Câmara de Cantanhede, sendo a mesma a principal
responsável pelo mesmo, em conluio com a coordenadora do Projecto. Desta forma é
a Divisão de Educação e Acção Social que está encarregada de assegurar o projecto.
Projecto este, que conta com a participação de outras instituições, nomeadamente a
Universidade de Coimbra, mais especificamente, a Faculdade de Medicina, Faculdade
de Desporto e Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação. Portanto à Faculdade
de Medicina caberá o papel de design e planificação dos Encontros Temáticos, e ainda
de monitorização e acompanhamento na sua implementação, para tal será constituído
uma equipa de 6 estudantes para o efeito, que convidarão alguns docentes na
qualidade de palestrantes. À faculdade de Desporto será incumbido o design e
planificação de um Workshop (referente a ginástica localizada para idosos), e da
formação para os voluntários, intervém como formadores e na monitorização e
acompanhamento da acção no local, Para tal serão constituído uma equipa de 6
estudantes com supervisão da docência. À faculdade de Psicologia e Ciências da
Educação, aqui representada por 6 estudantes, supervisionados pelos docentes da
unidades curriculares (Dinâmicas de Grupo; e Desenvolvimento do Adulto e do Idoso)
que irão ser responsáveis pelo planificação dos Workshops (2: Fios da memória, e
Musicoterapia) e intervenção na formação dos voluntários, como formadores, e no
acompanhamento e monitorização da acções; uma docente da instituição integrará o
papel de júri num concurso de desenho para crianças do jardim-de-infância, a mesma

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docente será convidada para oradora (nos Encontros Temáticos). Um estudante de


cada faculdade, (3) irão integrar uma equipa com a coordenadora do projecto, para
monitorização e acompanhamento do projecto e programa de voluntariado, bem
como proceder à sua avaliação e implementação. É importante ressalvar que a
coordenadora do projecto gere tudo isto, sendo que as instituições em causa estão
subordinadas, actuando como parceiras. O concelho de Cantanhede contém 19
instituições de apoio a idosos.

Diagnóstico
Nível baixo de formação dos profissionais;
Interesse pela melhoria e aumento dos conhecimentos;
Desejo de melhoria nas relações interpessoais;
Falta de actividades para ocupação dos tempos livres dos utentes idosos;
Sentimento de baixo nível de integração na vida social dos utentes (sentimento de
abandono)

Intervenção

O PROJECTO
Objectivo geral:

 Promoção da qualidade de vida nos idosos do Concelho de Cantanhede

Objectivo do projecto Idosos a sorrir:

 Promoção do bem-estar nos idosos do concelho de Cantanhede;


 Convivência entre gerações, na base do respeito mútuo;

Resultados esperados
(prioritários e secundários) em termos qualitativo e quantitativo

 Melhoria da qualidade de vida nos idosos institucionalizados através dos


cuidados prestados pelos profissionais;

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 Sensibilizar as instituições e profissionais para o valor social da educação


permanente;
 Aumentar a auto-estima do idoso a partir de um processo de participação;
 Promoção de atitudes e valores positivos face ao envelhecimento;
 Promoção do bem-estar subjectivo dos idosos através da intergeracionalidade
 Ocupação dos tempos livres dos utentes idosos institucionalizados por meio de
actividades de educação permanente;
 Encontro intergeracional (crianças do pré-escolar e idosos dos centros);
 Formação dos profissionais que lidam com os idosos;
 Envolver a comunidade no voluntariado e aproximá-los das pessoas idosas.

Parte I: Encontros temáticos sobre o envelhecimento

ENCONTROS TEMÁTICOS
Objectivo geral:

 Importa capacitar e sensibilizar os profissionais que lidam com os idosos, com


vista à promoção do bem-estar dos mesmos.
 Cumprir a missão de uma educação permanente que ajude ao bem-estar físico
e mental dos idosos
 Conhecer as perspectivas de comportamento e de funcionamento psicológico
na velhice (dimensões: competência e cognição; personalidade e satisfação
com a vida; bem-estar psicológico; resiliência e desenvolvimento pessoal)

Objectivos específicos por cada painel:

Título Conteúdos Objectivos específicos

Dia 4 de Junho O papel dos -Reflectir sobre o papel dos

( 21h – 23h) cuidadores; cuidadores;


A pessoa

(metodologia idosa no -Conhecer a especificidade da


As necessidades do
centro de pessoa idosa no centro de

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expositiva) cuidados idoso. cuidados;

-Identificar práticas e dicas que


favoreçam a relação com os
idosos.

Dia 4 de Junho -compreender os determinantes


que referem a saúde como
(21h – 23h) Os novos Trajectórias de
preditora de um envelhecimento
parâmetros saúde na velhice
(metodologia óptimo;
da
expositiva)
longevidade -conhecer a saúde dos idosos em
geral (estatísticas)

-o papel da medicina preventiva


contemporânea;

-conhecer os padrões de
trajectórias de saúde na idade
adulta e velhice.

Dia 4 de Junho Promoção Competência e -conhecer o modelo ecológico da


do bem-estar cognição; competência;
(21h – 23h)
nos idosos
(metodologia
expositiva) Personalidade e -conhecer os factores que
satisfação com a promovem a satisfação de vida; -
vida; perceber as mudanças de
personalidade na velhice.

Bem-estar -reflectir sobre uma visão


psicológico; ecológica do bem-estar

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psicológico na velhice;

Resiliência e -equacionar os factores de


desenvolvimento resiliência e desenvolvimento
pessoal; pessoal na promoção da
qualidade de vida nos idosos.

Recursos (humanos e materiais)


A pessoa idosa no centro de Os novos parâmetros da Promoção do bem-estar nos
cuidados longevidade idosos
Kit palestra (*ver anexo)
Auditório do centro social de São Pedro
Data show e computador
Educóloga/formadora
Docente da FPCE Médico Docente da FPCE
Psicólogo Sociólogo Psicólogo
Artigo sobre longevidade
Centro de flores
Nutricionista Animador sociocultural

Parte II: Os Superavós:

O CONCURSO
Objectivo do concurso:

 Promoção de atitudes e valores positivos face ao envelhecimento;

Objectivos específicos do concurso:

 Sensibilizar as crianças para a promoção de valores positivos sobre os idosos e


sobre o envelhecimento;
 Dinamizar as artes plásticas, promovendo a criatividade nas crianças;

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Resultados esperados:
 Fomentar uma ética de cuidado e respeito para com as pessoas idosas.
 Promoção de atitudes positivas face ao envelhecimento
 Desenhos sobre os idosos
Metodologia/Actividade: trata-se de um concurso de desenho para as crianças dos
jardins-de-infância.
Especificidades do concurso: cada criança deve desenhar livremente, apenas um
desenho, e no verso da folha a educadora escreve em poucas palavras a intenção
da criança.
Recursos: Docente da FPCE UC (júri); 1 elemento do executivo municipal da DEAS;
presidente do concelho da associação de Pais do concelho; 1 técnico municipal na
área das artes plásticas. Educadoras e pessoal da CAF. Materiais: tinteiros para
imprimir desenhos que sejam enviados por mail e resma de folhas brancas;
canetas. (equipas de voluntários)
Encontro intergeracional:
Solicita-se que os pais levem as crianças do pré-escolar às instituições sociais de
apoio a idosos, da sua área de residência para que, as mesmas possam entregar os
seus desenhos aos idosos e lanchar na sua companhia. Para tal existirá uma equipa
de voluntários para coordenar e gerir toda a actividade.

Parte III: Workshops & Programa de Voluntariado

Workshops
Objectivo geral:
 Ocupação dos tempos livres dos idosos institucionalizados do concelho de
Cantanhede
 Promoção de sentimentos de mais-valia nos idosos
 Promoção de um envelhecimento activo nos idosos

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Objectivo específicos:

 Envolver os idosos em actividades de educação permanente, e de


desenvolvimento pessoal;
 Aumentar a auto-estima do idoso e sentir-se apoiado pela comunidade;
 Promover actividades para ocupação dos tempos livres dos idosos
institucionalizados.

Resultados esperados:

 Acabar com a solidão nos idosos;


 Encarar o processo de envelhecimento da melhor forma, com a intervenção da
comunidade;
 Ocupação dos tempos livres

Recursos: (materiais e humanos) voluntários do projecto (que vão implementar os


Workshops), carrinha da Câmara, materiais a ser desenvolvidos pelos estudantes (para
os workshops), folhas, canetas, leitor de cd e cd de musica, material fornecido pela
Decatlon para a ginástica, jornais e revistas, livro de satisfação.

Metodologia: Workshops dinamizados pelos voluntários do projecto Idosos a Sorrir,


com base no diálogo, na livre exposição de emoções e sentimentos, algo formativos
(dado que podem ser um pouco expositivos apenas de inicio, na parte das instruções),
metodologia interactiva e dinâmica de experienciar, com base na conversa, meditação,
relaxamento e exercício mental e físico.

Forma de avaliação: satisfação é avaliada no local pelas expressões; através da adesão


dos idosos às actividades.

Voluntariado
Objectivo geral:

 Envolver a comunidade a participar, valorizar e apoiar os idosos do concelho,


durante o processo de envelhecimento.

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Objectivo específicos:

 Empenhar-se numa actividade e contribuir para angariar sorrisos;


 Conhecer o processo de envelhecimento, as dificuldades e sentimentos com
que o idoso se depara;
 Desenvolver um espírito de solidariedade

Resultados esperados:

 Participação da comunidade neste programa de voluntariado;


 Estabelecimento de laços afectivos e de comunicação com os nossos idosos;
 Solidariedade
 Criação de um blog a manter pelos voluntários

Recursos: kit voluntariado, lanches para os voluntários, aguas, membros


coordenadores do programa de voluntariado

Metodologia: por meio do diálogo e da convivência. Formações inter-pares entre os


voluntários; formação inicial para voluntários, reuniões frequentes de supervisão e
monitorização

Forma de avaliação: através dos testemunhos (recolhidos pelos jornais e não só), da
satisfação no local, através das atitudes e adesão dos idosos ao workshop; reuniões
frequentes de supervisão e monitorização; visitas surpresa da coordenadora às
instituições onde decorrem os workshops; recolha de opiniões dos profissionais das
instituições sobre o projecto e o modo como está a decorrer.

Os voluntários do projecto irão fazer uma entrevista aos idosos do concelho


(institucionalizados), com base nas listas de verificação que estão em anexo. Como
refere o Guia da OMS: As pessoas mais velhas, em especial, têm necessidade de viver
em meios envolventes que lhes proporcionem apoio e capacitação, para compensar as
mudanças físicas e sociais associadas ao envelhecimento. Esta necessidade foi
reconhecida como uma das direcções prioritárias do Plano de Acção Internacional de

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Madrid sobre o Envelhecimento, defendido pelas·Nações·Unidas·em·2002· (9). Tornar


as cidades mais amigas dos idosos é uma resposta necessária e lógica, que permite a
promoção do bem-estar e o contributo dos habitantes urbanos idosos e ainda manter
as cidades prósperas.

Tarefas & Calendarização e programação


O projecto tem a duração de quatro meses (Junho - Setembro)

Cronograma - tarefas Tempo 2010


Inscrição no voluntariado Mês de Junho e Julho
1ª Formação sobre voluntariado Dia 19 de Junho (sábado tarde 14h-18h)
(centro social de São Pedro)
Formação de Musicoterapia, Ginástica para Dia 26 de Junho (todo o dia 9h- 12h; 15h-
idosos, e estimulação da memória (pela 18h) (centro social de São Pedro)
equipa de faculdades da UC)
Meses de Julho, Agosto e Setembro, em que
Programa de voluntariado cada voluntário deve completar 2h por
semana na instituição; sob tutória dos
voluntários formadores.
Decorre ao longo dos meses: Julho, Agosto e
Formações inter-pares Setembro, numa sala das instituições várias
do projecto, sempre que houver avultado nº
de voluntários
Workshops Meses de Julho, Agosto e Setembro (em
horário a combinar com as instituições, com a
duração de 2 horas)
Inscrição nos workshops Mês de Junho e até 25 de Julho
1º Encontro temático sobre o 12 De Junho (21h-23h)
envelhecimento
2º Encontro temático sobre o 17 De Julho (21h-23h)
envelhecimento

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3º Encontro temático sobre o 21 De Agosto (21h-23h)


envelhecimento
Concurso: Superavós De 1 de Junho a 30 de Junho
Afixação dos resultados do concurso 24 De Julho
Atribuição dos prémios aos jardins escola 29 De Julho (durante a tarde)
vencedores
Encontro intergeracional (crianças com os 1 De Agosto
idosos)
Criação do blog (para acompanhamento do 2 de Julho
programa de voluntariado)
Reuniões de monitorização e supervisão das (a serem marcadas pelo menos 3 em cada
actividades de voluntariado mês do projecto, e sempre que for
necessário)

 As reuniões de voluntariado serão uma constante em horário a combinar


durante os três meses.

Recursos de todo o Projecto


Recursos humanos Recursos materiais Recursos logísticos
Convidados das palestras: Folhas, cartazes, canetas, Sala do auditório do centro
Nutricionista; médico; blocos para tirar social de São Pedro
Bombeiro; Docentes da apontamentos,
FPCE UC
Voluntários 60 T-shirts Carrinha
Animadores socioculturais Lanches p voluntários Data show e computador
Psicólogo 600 Panfletos Sistema de som; microfones
Educólogo 19 Cartazes
18 Estudantes da UC (6 de Centro de mesa (Flores)
cada faculdade): FPCE; FD;
FM. (formadores)
Eu: coordenadora Lanches p todos; aguas;
Bombeiros Cds de música e leitor de cd;

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Voluntários Calendários, canetas, papel


de varias cores
Bola para ginástica; tapetes
para ginástica;
Óleo de amêndoas;
Panfletos
Lanches para o encontro
intergeracional

Cronograma das actividades do projecto: Idosos a Sorrir


Tarefas Junho Julho Agosto Setembro
Concepção e
organização do
projecto
Concurso: Super
avós
Programa de
voluntariado
Workshops
Encontros
temáticos
Formação a
voluntários
(inicial)
Formações inter-
pares (entre
voluntários)
Legenda: a duração das actividades do projecto (rectângulos preenchidos com cor: duram o
mês todo; bolinhas vermelhas referem-se a um dia num mês).

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Premissas e factores de risco


Factores de risco Adequação ao problema
Baixo nível de qualificações do Reunião com os palestrantes, aspecto a ter em
público-alvo, o que pode tornar a conta (plano de adequação);
comunicação dos palestrantes difícil
de entender Plano de comunicação adequada ao público-alvo;
salientar aspectos práticos

Gestão e avaliação da equipa de Plano de avaliação organizacional


voluntariado (lógica de bottom-up): atribuição de
responsabilidades partilhadas;
Criação de um blog (para dar conta do quotidiano
das acções e duvidas do voluntariado)
Planos de acompanhamento do projecto
Equipa de três estudantes a prestar apoio em
todo o processo, a fim de mediar possíveis
conflitos que possam surgir;
Pouca adesão dos idosos aos Adequação dos workshops aos idosos, que
Workshop podem ser constantemente revistos;
Pouca adesão ao programa de Divulgação através das juntas de freguesia, rádio,
voluntariado jornais;
Divulgação através do site da câmara
Formações inter-pares (não seguir a Um co-formador presente em todas as
linha inicial e a mensagem perder-se) formações, para garantir o sucesso das mesmas;
desenho de pequenas intervenções para grupos
de voluntariado que apresentem algumas
necessidades ou limitações na experiencia de
voluntariado.
Encontro inter-geracional (os pais não Pedir uma lista das pessoas interessadas e
levarem as crianças) contactos, a fim de contactá-los na data mais
próxima para garantir a presença de lanches e
águas suficientes; e também o sucesso e adesão

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Pouco financiamento do projecto Candidatura a fundos europeus para manter o


financiamento do projecto

Viabilidade
Entende-se viabilidade por “pertinência” na consideração das condições de
possibilidade de “acordo” na administração do sistema para que ocorram as mudanças
pretendidas dentro da situação social onde se desencadeiam as actividades. Assim
sendo, o nosso projecto de intervenção assenta em recursos, factores e acções muito
sólidas e fiáveis. Alguns factores de risco já têm um plano de adequação aos possíveis
problemas, sendo que o Projecto está em constante redefinição, se necessário. É uma
mais-valia ser a Câmara de Cantanhede a implementar o projecto, dado que tem
estatuto e autonomia para mobilizar todos os recursos e população necessários, tendo
em conta que mantém contactos regulares com estas instituições. As metodologias e
técnicas são apropriadas para o sucesso do Projecto Idosos a Sorrir, e são
metodologias que seduzem os participantes, dado que algumas iniciativas como
palestras tiveram ampla aceitação por parte da população do concelho, outrora.
Os recursos do projecto foram elaborados de forma concisa e pertinente. Sendo que a
longo-prazo, aceitam-se doações para as instituições. Esta é uma edição piloto deste
Projecto, a correr bem iríamos continuar com o projecto no concelho e atender agora
à participação das escolas no projecto (para o caso dos voluntários acabarem de
repente).
O projecto encerra preocupações ambientais, dado que se pede o uso de
material reciclável, fomenta-se a reciclagem e importância de uma relação mais
saudável para com o ambiente. Dado que um dos objectivos do projecto é tornar a
cidade de Cantanhede mais amiga dos idosos, serão feitas algumas entrevistas aos
idosos, e demais população do concelho com base na lista de verificação (Guia das
cidades amigas do idoso: OMS), que serve como ferramenta que permite à cidade
procederem à sua auto-avaliação e registarem os progressos efectuados. (ver anexo)

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Projecto de intervenção

Este projecto também contribui para um maior sentimento de proximidade e


solidariedade para com as pessoas idosas, pois envolve toda a comunidade e espera-se
assim que se acabem com barreiras, mitos e obstáculos que colocam da forma como
encaram o envelhecimento.
Só uma instituição como a Câmara poderia implementar e administrar o
projecto, e conta com as instituições parceiras, como por exemplo a Universidade de
Coimbra.

Sistema de Monitorização e Acompanhamento


O sistema de monitorização e de avaliação foi estabelecido que este projecto
seja avaliado em sete critérios: Relevância (pertinência e adequabilidade); Eficácia;
Eficiência; Sustentabilidade; Impacto; Participação; Satisfação.

O Sistema de Monitorização e de Avaliação é muito importante na implementação


de um projecto. Permite verificar se o projecto está a ser sucedido, no seu decorrer,
assim como verificar se os objectivos esperados foram os cumpridos. Permitindo este
sistema que se façam alterações à posteriori no mesmo, com o objectivo de o
melhorar, para que possa vir futuramente a ser implementado noutras escolas.
No programa de voluntariado irão usar-se as seguintes metodologias: reuniões
frequentes; questionário de avaliação das formações; entrevistas para o jornal que dão
conta da satisfação com o projecto; entrevista a idosos e profissionais de forma
informal; fichas de observação de cada actividade/Workshop elaboradas pelos
voluntários chefes; avaliação da satisfação dos idosos com os workshops no local,
através das emoções e comentários expressados; sendo que no final de cada
actividade existe um espaço para debater o que mudariam na formação e que
gostariam de fazer/ ter; reuniões com a equipa do programa de voluntariado
frequentemente (actas). Irá existir um livro de comentários (dos idosos) referentes aos
workshops em que escrevem o que quiserem preservar.
Nos encontros temáticos irão adoptar-se as seguintes metodologias: reuniões
com os palestrantes para adequação e previsão de possíveis problemas; questionários
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de avaliação da satisfação do público e dos palestrantes; registo das reacções gerais


iniciais e finais da palestra (como medição de expectativas, diálogos informais para
perceber as expectativas do publico).
No concurso de desenho Os Superavós, adoptar-se-ão metodologias
interactivas de diálogo e expressão, no qual as crianças expressam-se por desenho e
por fala, sendo que as educadoras escrevem a intenção da criança no verso da folha;
visualização das reacções e comportamentos das crianças, durante o desenho e no
encontro inter-geracional.
O nº de participações, inscrições e adesão do público é um indicador do
sucesso e satisfação com o projecto. O blog será um instrumento de avaliação a
considerar, dado que integrará as participações e comentários dos voluntários e
demais comunidade, além de que dará conta do quotidiano do projecto e a sua
implementação.
Para contribuir para saber se o financiamento é adequado, uma secção da
câmara irá realizar uma previsão financeira deste projecto externa, que será colocada
em comparação e discussão pelos técnicos de ambas as secções (Financeira e
Educação e Acção Social).

Orçamentação de todo o projecto


Entidade para apoio Quantia
Concentra 300 Euros (livros e material educativo)
CGD 7000 Euros
Reprografia 250 Euros (material)
Centro de Saúde de Cantanhede 120 Euros
Santa Casa da Misericórdia 150 Euros
Clínicas privadas de saúde 300 Euros
Intermarché 400 Euros (produtos alimentares: lanches)
Stapples 400 Euros
Fnac 300 Euros

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Projecto de intervenção

Piscina de Cantanhede 200 Euros


Ginásio de Cantanhede 100 Euros
Ginásio de Covões 80 Euros
Fábrica de papel (papel) (100 resmas)
Modelo 500 Euros (lanches) e (óleo de amêndoas)
Decatlon Material
Florista: Tulipa 150 Euros (arranjos florais)
Vêtimarche 350 Euros (t-shirts)
Lidl 400 Euros (aguas)
Bombas da Galp (gasóleo)(1192 euros)
Margem de erro (Câmara de Cantanhede) 800 Euros
Total 11 800

Comunicação
Os planos de comunicação serão estabelecidos cuidadosamente, dado que a
informação tem de circular entre todos os intervenientes, sendo a coordenadora com
esta tarefa.

Coordenadora

equipa de profissionais da
estudantes co- instituição e
formadores idosos

voluntários-
"chefe"

voluntários

Figura 1: plano de comunicação do programa de Voluntariado

Os restantes planos de comunicação serão baseados na atribuição de competências a


figuras responsáveis, sendo que existe sempre feedback e acompanhamento

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constante, em que todos serão empenhados em comunicar para o sucesso do


trabalho.

Bibliografia

Agostinho, Paula (2004): Perspectiva Psicossomática do Envelhecimento: Revista


Portuguesa de Psicossomática, Janeiro-junho, año/vol. 6, número 001,Sociedade
Portuguesa de Psicossomática Porto, Portugal, pp. 31-36;

Alves, José Ferreira & Novo, Rosa Ferreira (2006): Avaliação da discriminação social de
pessoas idosas em Portugal: International Journal of Clinical and Health Psychology,
enero, año/vol. 6, número 001,Asociación Española de Psicología Conductual (AEPC)
Granada, España, pp. 65-77;

Arroteia, J. & Cardoso, A. 2006, o envelhecimento da população portuguesa:


responsabilidade social e cidadania, Psychologica, 42, 9-24

Berger, Louise & Poirier, Danielle Mailloux (1995): Pessoas idosas: uma abordagem
global lusodirecta, Lisboa, pp.543-547;
Bize, P. R.,Vallier, C. (1985). Uma vida nova: a terceira idade. Psicologia Moderna.
Lisboa, Verbo. p.84-89
Diaz, Diego (1981): A última identidade – a arte de envelhecer, editorial A. O. Braga;

Fonseca, António Manuel (2006): «O envelhecimento: uma abordagem psicológica»,


da universidade católica edi., Lisboa, 2ª edição;

Fonseca, António Manuel (2005). Desenvolvimento humano e envelhecimento. Lisboa:


Climepsi.

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Lima, Margarida Pedroso de (????) Posso participar? Actividades de desenvolvimento


pessoal para idosos
Nunes, Lisa Nogueira Veiga. (2001) Promoção do Bem-estar subjectivo dos idosos
através da intergeracionalidade. Mestrado em psicologia, faculdade de psicologia e
ciências da educação de Coimbra
Oliveira, Barros (2008): Psicologia do idoso: temas complementares, Livpsic-psicologia;

Oliveira, Barros (2008): Psicologia do envelhecimento e do idoso, Livpsic-psicologia,


3ªedição;

Paúl, Maria Constança (1997): Lá Para o Fim da Vida: Idosos, Família e Meio Ambiente,
Coimbra, Livraria Almedina, pag. 7

Poirier, Danielle Mailloux (1995): Pessoas idosas: uma abordagem global lusodirecta,
Lisboa, pp.99-105;

Poirier, Danielle Mailloux (1995): Pessoas idosas: uma abordagem global lusodirecta,
Lisboa, pp.561-565;

Revista Portuguesa de Ciências do Desporto: Publicação semestral da Faculdade de


Ciências do Desporto e de Educação Física da Universidade do Porto, Vol. 4, Nº 1,
Janeiro·Junho 2004, ISSN 1645-0523. Dep. Legal 161033/01;

Sardinha, Maria Leonor Maltêz (2008). Qualidade de vida em idosos institucionalizados

Simões, António (2006) Promover o bem-estar dos idosos: um estudo experimental.


Psychologica nº 42, pp. 115-131.

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Teixeira, Paulo (2006): Revista Transdisciplinar de Gerontologia: universidade sénior


contemporânea, volume 1 número 1 Dezembro;

Vieira, Elisiê Ramalho (2008) Envelhecimento cognitivo: estudos de validade com


MMSE, MOCA e DEMTEC. Mestrado em psicologia, especialização em avaliação
psicológica. Coimbra

Outros recursos:

Relatório da 2ª assembleia mundial sobre o envelhecimento, Nações Unidas, Madrid,


8-12 Abril 2002;
http://geographicae.wordpress.com/2007/11/19/envelhecimento-em-portugal-
%E2%80%93-actualizacao-do-anuario-estatistico-de-2005-ine/

http://www.eurofound.europa.eu/pubdocs/2007/0522/en/1/ef070522en.pdf

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Índice
Resumo ......................................................................................................................... 2

Contextualização teórica ............................................................................................... 3

Organização proponente ....................................................................................................... 5


Diagnóstico ........................................................................................................................... 6
Intervenção................................................................................................................... 6

O PROJECTO .......................................................................................................................... 6
Parte I: Encontros temáticos sobre o envelhecimento................................................... 7

ENCONTROS TEMÁTICOS ...................................................................................................... 7


Parte II: Os Superavós: .................................................................................................. 9

O CONCURSO ........................................................................................................................ 9
Parte III: Workshops & Programa de Voluntariado ...................................................... 10

Workshops .......................................................................................................................... 10
Voluntariado ....................................................................................................................... 11
Tarefas & Calendarização e programação ................................................................... 13

Recursos de todo o Projecto ....................................................................................... 14

Cronograma das actividades do projecto: Idosos a Sorrir ..................................................... 15


Premissas e factores de risco............................................................................................... 16
Viabilidade .................................................................................................................. 17

Sistema de Monitorização e Acompanhamento .......................................................... 18

Orçamentação de todo o projecto .............................................................................. 19

Comunicação .............................................................................................................. 20

Bibliografia .................................................................................................................. 21

Anexos ........................................................................................................................ 25

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Anexos

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