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Aula 10

Direito Financeiro p/ PGM - Fortaleza/CE (Procurador do Município)

Professor: Natalia Riche


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AULA 10

Sumário
1. PRECATÓRIOS ........................................................................... 2
1.1 Aspectos gerais e procedimento ............................................. 2
1.2 Alcance .............................................................................. 4
1.3 Regra geral dos precatórios ................................................... 5
1.4 Requisições de pequeno valor ................................................ 7
1.5 Complementação ou suplementação
de precatórios (§8) .............................................................. 8
1.6 Compensação de precatórios (§9) .......................................... 9
1.7 Aquisição de imóveis públicos com precatórios (§11) ............... 10
1.8 Atualização monetária (§12) ................................................ 10
1.9 Cessão de precatórios (§§13 e 14) ........................................ 12
2. RESUMO DO CONCURSEIRO ....................................................... 13
3. QUESTÕES COMENTADAS .......................................................... 15
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1. PRECATÓRIOS

1.1 Aspectos gerais e procedimento


Embora os precatórios façam parte das despesas públicas, optamos por
tratar do tema separadamente. As bancas examinadoras costumam dar
destaque a esse tópico, devido a sua importância para nossa matéria.
Vamos iniciar, destacando o conceito de precatório, que consiste no ato
decorrente do reconhecimento judicial de um crédito perante uma pessoa
jurídica de direito público, por decisão transitada em julgado. Por meio
desse ato, que consiste em uma requisição formal de pagamento, o
Judiciário irá comunicar o Poder Executivo, a fim de que a verba
necessária para o pagamento do credor seja incluída na fixação da
despesa (orçamento).
Portanto, o precatório tem o objetivo de satisfazer crédito devido pela
Fazenda Pública, reconhecido por decisão judicial definitiva, já que nossa
legislação veda a penhora de bens públicos, sendo o único meio de
cumprimento de decisões condenatórias que envolvam pagamento de
dinheiro por parte do Estado.
O precatório será encaminhado pelo juiz da execução ao presidente do
Tribunal, a quem cabe requisitar referida verba, apresentando um
comunicado à Fazenda Pública (ofício requisitório).
O pagamento será feito pelo Executivo por meio de verbas orçamentárias
consignadas exclusivamente para tal finalidade e ocorrerá na ordem
cronológica de apresentação dos precatórios e observando as preferências
constitucionais.
A liberação das verbas ocorrerá em nome do presidente do Tribunal, que,
por sua vez, encaminha os recursos ao juiz da execução.
Nos termos do art. 100 da CF, a solicitação de pagamento deverá ser
realizada até 1 de julho de cada ano, sendo que os precatórios recebidos
até essa data serão pagos até o final do próximo exercício, com
atualização monetária do valor.
Lembrem-se que o projeto da LOA é enviado até 31 de agosto, portanto,
apenas os precatórios recebidos pelo tribunal até 1 de julho serão
incluídos na proposta orçamentária, para que o pagamento seja feito até
o final do ano seguinte.
Confiram:
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais,
Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão
exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta
dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas
dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.

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§ 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de
verba necessária ao pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças
transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciários apresentados até
1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, quando
terão seus valores atualizados monetariamente.
§ 6º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados
diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que
proferir a decisão exequenda determinar o pagamento integral e autorizar, a
requerimento do credor e exclusivamente para os casos de preterimento de seu
direito de precedência ou de não alocação orçamentária do valor necessário à
satisfação do seu débito, o sequestro da quantia respectiva.

Atenção!
A atuação do Presidente do Tribunal nesse caso é apenas administrativa
e não judicial. Inclusive, o §7 prevê que haverá crime de responsabilidade
caso ocorra algum ato (omissivo ou comissivo) que frustre a liquidação
regular dos precatórios.

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1.2 Alcance
!Nos termos do art. 100 citado acima, o regime de precatórios abrange
pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distritais
e municipais (administração direta).
Entretanto, o Supremo Tribunal Federal entende que também gozam
desse benfício as autarquias e fundações, pois prestam serviços públicos.
Da mesma forma, entende a Corte que o regime será aplicado às
empresas públicas e sociedades de economia mista que explorem serviços
públicos típicos de estado, afastando sua aplicação das entidades
controladas pelo Estado (dependentes) que possuam finalidade lucrativa
ou concorrencial.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. EMPRESA BRASILEIRA DE
CORREIOS E TELÉGRAFOS. IMPENHORABILIDADE DE SEUS BENS, RENDAS E
SERVIÇOS. RECEPÇÃO DO ARTIGO 12 DO DECRETO-LEI Nº 509/69.
EXECUÇÃO.OBSERVÂNCIA DO REGIME DE PRECATÓRIO. APLICAÇÃO DO
ARTIGO 100 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1. À empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos, pessoa jurídica equiparada à Fazenda Pública, é aplicável o privilégio
da impenhorabilidade de seus bens, rendas e serviços. Recepção do artigo 12 do
Decreto-lei nº 509/69 e não-incidência da restrição contida no artigo 173, § 1º,
da Constituição Federal, que submete a empresa pública, a sociedade de
economia mista e outras entidades que explorem atividade econômica ao regime
próprio das empresas privadas, inclusive quanto às obrigações trabalhistas e
tributárias. 2. Empresa pública que não exerce atividade econômica e presta
serviço público da competência da União Federal e por ela mantido. Execução.
Observ ância ao regime de precatório, sob pena de vulneração do disposto no
artigo 100 da Constituição Federal. Recurso extraordinário conhecido e provido
(STF-RE 220906-9-DF,DJ em 14/11/02).

FINANCEIRO. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. PAGAMENTO DE VALORES POR


FORÇA DE DECISÃO JUDICIAL. INAPLICABILIDADE DO REGIME DE
PRECATÓRIO. ART. 100 DA CONSTITUIÇÃO. CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL
CIVIL. MATÉRIA CONSTITUCIONAL CUJA REPERCUSSÃO GERAL FOI
RECONHECIDA. Os privilégios da Fazenda Pública são inextensíveis às
sociedades de economia mista que executam atividades em regime de
concorrência ou que tenham como objetivo distribuir lucros aos seus acionistas.
Portanto, a empresa Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. - Eletronorte não
pode se beneficiar do sistema de pagamento por precatório de dívidas
decorrentes de decisões judiciais (art. 100 da Constituição). Recurso
extraordinário ao qual se nega provimento (STF- RE599628/DF, DJ em
14/10/11)

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1.3 Regra geral dos precatórios
O artigo 100 sofreu inúmeras alterações, a mais recente foi trazida pela
EC 62/09.
Como regra, aplica-se o disposto no item 1.1, acerca do procedimento
para pagamento dos precatórios, de modo que serão encaminhados pelo
juiz da execução ao presidente do Tribunal, a quem cabe requisitar
referida verba, apresentando um comunicado à Fazenda Pública.
O §1 traz o conceito de precatório alimentar, que compreende aqueles
decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas
complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou
por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença
judicial transitada em julgado.
O §2 dispõe que os precatórios alimentares serão pagos com preferência
sobre todos os demais débitos, exceto sobre os alimentares especiais,
cujos titulares tenham 60 (sessenta) anos de idade ou mais* ou sejam
portadores de doença grave, definidos na forma da lei. Essa preferencia
só ocorrerá no limite do valor equivalente ao triplo do fixado em lei para
os fins do disposto no §3 (crédito de pequeno valor), admitido o
fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será pago na
ordem cronológica de apresentação do precatório.
* A redação original do §2 define que terão preferência os débitos
alimentares cujos titulares tenham mais de 60 anos ou doença grave, na
data da expedição do precatório.
Entretanto, o STF julgou essa expressão inconstitucional, determinando
que aqueles que completam 60 anos ou contraem doença grave, mesmo
após a expedição do precatório, serão abrangidos pela preferência.

DIREITO CONSTITUCIONAL. REGIME DE EXECUÇÃO DA FAZENDA PÚBLICA


MEDIANTE PRECATÓRIO. EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 62/2009.
INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL NÃO CONFIGURADA. INEXISTÊNCIA DE
INTERSTÍCIO CONSTITUCIONAL MÍNIMO ENTRE OS DOIS TURNOS DE VOTAÇÃO
DE EMENDAS À LEI MAIOR (CF, ART. 60, §2º). CONSTITUCIONALIDADE DA
SISTEMÁTICA DE “SUPERPREFERÊNCIA” A CREDORES DE VERBAS
ALIMENTÍCIAS QUANDO IDOSOS OU PORTADORES DE DOENÇA GRAVE.
RESPEITO À DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E À
PROPORCIONALIDADE. INVALIDADE JURÍDICO-CONSTITUCIONAL DA
LIMITAÇÃO DA PREFERÊNCIA A IDOSOS QUE COMPLETEM 60
(SESSENTA) ANOS ATÉ A EXPEDIÇÃO DO PRECATÓRIO. DISCRIMINAÇÃO
ARBITRÁRIA E VIOLAÇÃO À ISONOMIA (CF, ART. 5º).
INCONSTITUCIONALIDADE DA SISTEMÁTICA DE COMPENSAÇÃO DE DÉBITOS
INSCRITOS EM PRECATÓRIOS EM PROVEITO EXCLUSIVO DA FAZENDA PÚBLICA.
EMBARAÇO À EFETIVIDADE DA JURISDIÇÃO (CF, ART. 5º, XXXV), DESRESPEITO
À COISA JULGADA MATERIAL (CF, ART. 5º XXXVI), OFENSA À SEPARAÇÃO DOS
PODERES (CF, ART. 2º) E ULTRAJE À ISONOMIA ENTRE O ESTADO E O
PARTICULAR (CF, ART. 1º, CAPUT, C/C ART. 5º, CAPUT). IMPOSSIBILIDADE

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JURÍDICA DA UTILIZAÇÃO DO ÍNDICE DE REMUNERAÇÃO DA CADERNETA DE
POUPANÇA COMO CRITÉRIO DE CORREÇÃO MONETÁRIA. VIOLAÇÃO AO
DIREITO FUNDAMENTAL DE PROPRIEDADE (CF, ART. 5º, XXII). INADEQUAÇÃO
MANIFESTA ENTRE MEIOS E FINS. INCONSTITUCIONALIDADE DA UTILIZAÇÃO
DO RENDIMENTO DA CADERNETA DE POUPANÇA COMO ÍNDICE DEFINIDOR
DOS JUROS MORATÓRIOS DOS CRÉDITOS INSCRITOS EM PRECATÓRIOS,
QUANDO ORIUNDOS DE RELAÇÕES JURÍDICO-TRIBUTÁRIAS. DISCRIMINAÇÃO
ARBITRÁRIA E VIOLAÇÃO À ISONOMIA ENTRE DEVEDOR PÚBLICO E DEVEDOR
PRIVADO (CF, ART. 5º, CAPUT). INCONSTITUCIONALIDADE DO REGIME
ESPECIAL DE PAGAMENTO. OFENSA À CLÁUSULA CONSTITUCIONAL DO ESTADO
DE DIREITO (CF, ART. 1º, CAPUT), AO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DE PODERES
(CF, ART. 2º), AO POSTULADO DA ISONOMIA (CF, ART. 5º, CAPUT), À
GARANTIA DO ACESSO À JUSTIÇA E A EFETIVIDADE DA TUTELA
JURISDICIONAL (CF, ART. 5º, XXXV) E AO DIREITO ADQUIRIDO E À COISA
JULGADA (CF, ART. 5º, XXXVI). PEDIDO JULGADO PROCEDENTE EM PARTE.
(STF-ADI /DF-DJ em 25/09/14)

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1.4 Requisições de pequeno valor


O art 100, §3, buscando dar maior agilidade aos pagamentos de pequeno
valor (ou requisições de pequeno valor-RPV).
As RPV’s não se subordinam à regra geral vista anteriormente, pois o
pagamento ocorrerá logo após o trânsito em julgado da decisão. Vejam:
§3 O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios
não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno
valor que as Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença judicial
transitada em julgado

Quanto aos valores das RPV’s, o §4 determina que poderão ser fixados,
por leis próprias, valores distintos às entidades de direito público,
segundo as diferentes capacidades econômicas, sendo o mínimo igual
ao valor do maior benefício do regime geral de previdência social.
No caso da União, a Lei 10.259/02 estabeleceu o valor igual ou inferior a
60 salários mínimos.
No que se refere aos estados e municípios, o art 87 do ADCT estipulou as
seguintes regras, enquanto não houvesse lei própria elaborada pelos
entes:
Art. 87. Para efeito do que dispõem o § 3º do art. 100 da Constituição Federal e
o art. 78 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias serão
considerados de pequeno valor, até que se dê a publicação oficial das
respectivas leis definidoras pelos entes da Federação, observado o disposto no §
4º do art. 100 da Constituição Federal, os débitos ou obrigações consignados em
precatório judiciário, que tenham valor igual ou inferior a: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 37, de 2002)
I - quarenta salários-mínimos, perante a Fazenda dos Estados e do Distrito
Federal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)
II - trinta salários-mínimos, perante a Fazenda dos Municípios. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 37, de 2002)
Parágrafo único. Se o valor da execução ultrapassar o estabelecido neste artigo,
o pagamento far-se-á, sempre, por meio de precatório, sendo facultada à parte
exeqüente a renúncia ao crédito do valor excedente, para que possa optar pelo
pagamento do saldo sem o precatório, da forma prevista no § 3º do art. 100.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)

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De acordo com o STF, o pagamento será realizado, com inclusão de
correção monetária, devida no período entre a data da elaboração do
cálculo da RPV e da sua expedição para pagamento.
CONSTITUCIONAL. FINANCEIRO. REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR. CORREÇÃO
MONETÁRIA E JUROS DE MORA. APURAÇÃO ENTRE A DATA DE REALIZAÇÃO DA
CONTA DOS VALORES DEVIDOS E A EXPEDIÇÃO DA RPV. RELEVÂNCIA DO
LAPSO TEMPORAL. CABIMENTO. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA QUANTO
AO CABIMENTO DA APLICAÇÃO DE CORREÇÃO MONETÁRIA. 1. “O SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL, CONHECENDO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO, JULGARÁ
A CAUSA, APLICANDO O DIREITO À ESPÉCIE” (Súmula 456/STF). Aplicabilidade
ao recurso extraordinário em exame. 2. É devida correção monetária no período
compreendido entre a data de elaboração do cálculo da requisição de pequeno
valor - RPV e sua expedição para pagamento. Recurso extraordinário conhecido,
ao qual se dá parcial provimento, para cassar o acórdão-recorrido, de modo que
o TJ/RS possa dar continuidade ao julgamento para definir qual é o índice de
correção monetária aplicável em âmbito estadual. (STF-ARE 638195/RS. DJ em
13/12/13)

No caso de ações que possuam vários litisconsortes, será observado o


valor individual devido a cada um deles e não o valor total da ação, para
fins de enquadramento no procedimento da RPV (STJ-RESP 1257935-DJ
em 18/10/12)

1.5 Complementação ou suplementação de precatórios


(§8)
A complementação ocorre quando a dívida não foi inteiramente paga,
enquanto a suplementação ocorre quando houve pagamento
integral,mas é necessária a quitação de juros e correção monetária.
Atenção!
De acordo com o STF, nos casos de complementação, será expedido um
novo precatório a fim de que a Fazenda Pública faça o pagamento, sendo
desnecessária nova citação.
O §8 VEDA a expedição de precatórios complementares ou suplementares
de valor pago, bem como o fracionamento, repartição ou quebra do valor

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da execução para fins de enquadramento de parcela do total ao que
dispõe o § 3 (que trata das RPV’s).
Exceções:
a) débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60 anos
de idade ou mais ou sejam portadores de doença (§2):poderão
fracionar para que sejam pagos com preferência sobre todos os demais
débitos, até o valor limite já estudado (triplo do definido em lei para
RPV’S).
Lembrem-se que o restante será pago na ordem cronológica de
apresentação do precatório alimentar.
b) pagamento de honorários advocatícios (STF):
PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO AUTÔNOMA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
REPERCUSSÃO GERAL. A controvérsia dos autos gira em torno da
possibilidade do fracionamento do valor da execução proposta contra a
Fazenda Pública de Estado-membro, para pagamento de honorários
advocatícios. (STF-RE 564132/RS, DJ em 27/03/18)
c) litisconsórcio facultativo para expedição de RPV em favor de
cada um dos credores(STF):
CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA
PÚBLICA. PRECATÓRIO. FRACIONAMENTO. LITISCONSÓRCIO ATIVO
FACULTATIVO. CRÉDITOS INDIVIDUALIZADOS. REQUISIÇÃO DE
PEQUENO VALOR. EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. (STF-RE
568645/SP DJ EM 24/09/09)
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1.6 Compensação de precatórios (§9)


Os §§ 9 e 10 do art. 100 tratavam da possibilidade de compensação de
ofício a ser realizada pela Fazenda Pública, possibilitando até mesmo o
abatimento de parcelas vincendas de dívidas do credor.
§ 9º No momento da expedição dos precatórios, independentemente de
regulamentação, deles deverá ser abatido, a título de compensação, valor
correspondente aos débitos líquidos e certos, inscritos ou não em dívida ativa e
constituídos contra o credor original pela Fazenda Pública devedora, incluídas
parcelas vincendas de parcelamentos, ressalvados aqueles cuja execução esteja
suspensa em virtude de contestação administrativa ou judicial. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009). (Vide ADI 4425)
§ 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal solicitará à Fazenda Pública
devedora, para resposta em até 30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de
abatimento, informação sobre os débitos que preencham as condições
estabelecidas no § 9º, para os fins nele previstos. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 62, de 2009). (Vide ADI 4425)

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Entretanto, o STF entendeu que as previsões acima são inconstitucionais,
pois violam o princípio da isonomia, dando tratamento privilegiado ao
credor fazendário.
DIREITO CONSTITUCIONAL. REGIME DE EXECUÇÃO DA FAZENDA PÚBLICA
MEDIANTE PRECATÓRIO. EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 62/2009.
INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL NÃO CONFIGURADA. INEXISTÊNCIA DE
INTERSTÍCIO CONSTITUCIONAL MÍNIMO ENTRE OS DOIS TURNOS DE VOTAÇÃO
DE EMENDAS À LEI MAIOR (CF, ART. 60, §2º). CONSTITUCIONALIDADE DA
SISTEMÁTICA DE “SUPERPREFERÊNCIA” A CREDORES DE VERBAS
ALIMENTÍCIAS QUANDO IDOSOS OU PORTADORES DE DOENÇA GRAVE.
RESPEITO À DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E À PROPORCIONALIDADE.
INVALIDADE JURÍDICO-CONSTITUCIONAL DA LIMITAÇÃO DA PREFERÊNCIA A
IDOSOS QUE COMPLETEM 60 (SESSENTA) ANOS ATÉ A EXPEDIÇÃO DO
PRECATÓRIO. DISCRIMINAÇÃO ARBITRÁRIA E VIOLAÇÃO À ISONOMIA (CF,
ART. 5º). INCONSTITUCIONALIDADE DA SISTEMÁTICA DE COMPENSAÇÃO DE
DÉBITOS INSCRITOS EM PRECATÓRIOS EM PROVEITO EXCLUSIVO DA FAZENDA
PÚBLICA. EMBARAÇO À EFETIVIDADE DA JURISDIÇÃO (CF, ART. 5º, XXXV),
DESRESPEITO À COISA JULGADA MATERIAL (CF, ART. 5º XXXVI), OFENSA À
SEPARAÇÃO DOS PODERES (CF, ART. 2º) E ULTRAJE À ISONOMIA ENTRE O
ESTADO E O PARTICULAR (CF, ART. 1º, CAPUT, C/C ART. 5º, CAPUT). (STF-ADI
4357/DF- DJ em 04/08/15)

Portanto, não pode mais ser realizada a compensação de ofício pela


Fazenda Pública, ressaltando que isso também se aplica no caso de RPV’s.

1.7Aquisição de imóveis públicos com precatórios (§11)


Quanto à essa previsão, não existem questões relevantes, bastando o
conhecimento do inteiro teor do artigo:
§ 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal solicitará à Fazenda Pública
devedora, para resposta em até 30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de
abatimento, informação sobre os débitos que preencham as condições
estabelecidas no § 9º, para os fins nele previstos.

1.8 Atualização monetária (§12)


Conforme vimos, a solicitação de pagamento deve ser efetuada até 1 de
julho para que o pagamento ocorra até o final do exercício seguinte, com
atualização monetária dos valores.
Existe uma celeuma acerca do momento de atualização dos
valores, uma vez que a Súmula vinculante n 17 dispõe que: durante
o período previsto no parágrafo 1 do artigo 100 da Constituição, não
incidem juros de mora sobre os precatórios que nele sejam pagos.
Nos termos dessa súmula, no período compreendido entre a expedição do
precatório e o término do exercício subsequente, a Fazenda Pública não
estará em mora.

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Ocorre que, posteriormente a edição da SV 17, a redação do §12 passou
a prever que a partir da promulgação da EC 62/09, a atualização de
valores de requisitórios, após sua expedição, até o efetivo
pagamento, independentemente de sua natureza*, será feita pelo índice
oficial de remuneração básica da caderneta de poupança **, e, para fins
de compensação da mora, incidirão juros simples no mesmo percentual
de juros incidentes sobre a caderneta de poupança ficando excluída a
incidência de juros compensatórios.
Atenção!
* O critério de atualização dos precatórios pelo índice oficial de
remuneração básica da caderneta de poupança foi considerado
inconstitucional pelo STF (ADI 4357).
**O Tribunal também declarou inconstitucional a expressão
independente de sua natureza, tendo em vista que possibilitava que
os precatórios de natureza tributária também fossem corrigidos pelo
índice da caderneta de poupança, enquanto os juros de mora incidentes
sobre os créditos tributários são corrigidos pela SELIC, causando prejuízo
ao contribuinte e ferindo a isonomia.

IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DA UTILIZAÇÃO DO ÍNDICE DE


REMUNERAÇÃO DA CADERNETA DE POUPANÇA COMO CRITÉRIO DE
CORREÇÃO MONETÁRIA. VIOLAÇÃO AO DIREITO FUNDAMENTAL DE
PROPRIEDADE (CF, ART. 5º, XXII). INADEQUAÇÃO MANIFESTA ENTRE MEIOS E
FINS. INCONSTITUCIONALIDADE DA UTILIZAÇÃO DO RENDIMENTO DA
CADERNETA DE POUPANÇA COMO ÍNDICE DEFINIDOR DOS JUROS
MORATÓRIOS DOS CRÉDITOS INSCRITOS EM PRECATÓRIOS, QUANDO
ORIUNDOS DE RELAÇÕES JURÍDICO-TRIBUTÁRIAS. DISCRIMINAÇÃO
ARBITRÁRIA E VIOLAÇÃO À ISONOMIA ENTRE DEVEDOR PÚBLICO E DEVEDOR
PRIVADO (CF, ART. 5º, CAPUT). INCONSTITUCIONALIDADE DO REGIME
ESPECIAL DE PAGAMENTO. OFENSA À CLÁUSULA CONSTITUCIONAL DO ESTADO
DE DIREITO (CF, ART. 1º, CAPUT), AO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DE PODERES
(CF, ART. 2º), AO POSTULADO DA ISONOMIA (CF, ART. 5º, CAPUT), À
GARANTIA DO ACESSO À JUSTIÇA E A EFETIVIDADE DA TUTELA
JURISDICIONAL (CF, ART. 5º, XXXV) E AO DIREITO ADQUIRIDO E À COISA
JULGADA (CF, ART. 5º, XXXVI). PEDIDO JULGADO PROCEDENTE EM
PARTE. (STF-ADI 4357/DF- DJ em 04/08/15)

Diante das duas redações, aparentemente conflitantes, existe a discussão


acerca da revogação tácita da SV 17 pelo §12, sob o fundamento de que
esse último eliminaria a isenção dos juros de mora previstos na súmula,
entretanto, ainda não há posicionamento definitivo do STF a respeito
(acompanhar proposta de SV 111).

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Nos casos em que o precatório seja pago após o prazo previsto na CF, o
STF já se pronunciou de dois modos diferentes:
i)são devidos juros de mora desde a expedição do precatório e não
do fim do exercício em que deveriam ter sido pagos (STF- Agr no RE
841864)
ii) não incide juros de mora no período entre a a expedição do
precatório e a data de seu vencimento (STF- Rcl 13684)

1.9 Cessão de precatórios (§§13 e 14)


Nos termos dos §§ 13 e 14, poderá haver a cessão de precatórios.
Entretanto, deve ser observada a natureza do precatório. No caso de
cessão de precatórios que não tenham natureza alimentar a maiores de
60 anos ou portadores de doença grave, os privilégios constitucionais não
poderão ser aplicados. Confiram:

§ 13. O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios


a terceiros, independentemente da concordância do devedor, não se aplicando
ao cessionário o disposto nos §§ 2º e 3º. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 62, de 2009).
§ 14. A cessão de precatórios somente produzirá efeitos após comunicação, por
meio de petição protocolizada, ao tribunal de origem e à entidade
devedora. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).

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2 RESUMO DO CONCURSEIRO
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Chegamos ao fim de nossa aula!


Grande abraço!
Natália Riche
profnatbfr@gmail.com

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3. QUESTÕES COMENTADAS

1. PGFN- 2015 –Procurador– ESAF


Diante da declaração, pelo Supremo Tribunal Federal, da
inconstitucionalidade da sistemática de compensação de
precatórios instituída pela EC n. 62/2009, pode-se afirmar, sobre
a penhora de precatórios:
( ) a inconstitucionalidade reconhecida pelo STF a respeito da
compensação dos precatórios não prejudica a penhora de precatórios,
sendo aceita pela jurisprudência.

Comentário:
O item está correto.
Lembrem-se que a compensação de ofício, que foi considerada
inconstitucional pelo STF.
Os §§ 9 e 10 do art. 100 tratavam dessa possibilidade de compensação a
ser realizada pela Fazenda Pública, possibilitando até mesmo o
abatimento de parcelas vincendas de dívidas do credor.
§ 9º No momento da expedição dos precatórios, independentemente de
regulamentação, deles deverá ser abatido, a título de compensação, valor
correspondente aos débitos líquidos e certos, inscritos ou não em dívida ativa e
constituídos contra o credor original pela Fazenda Pública devedora, incluídas
parcelas vincendas de parcelamentos, ressalvados aqueles cuja execução esteja
suspensa em virtude de contestação administrativa ou judicial. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009). (Vide ADI 4425)
§ 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal solicitará à Fazenda Pública
devedora, para resposta em até 30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de
abatimento, informação sobre os débitos que preencham as condições
estabelecidas no § 9º, para os fins nele previstos. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 62, de 2009). (Vide ADI 4425)

Entretanto, o STF entendeu que as previsões acima são inconstitucionais,


pois violam o princípio da isonomia, dando tratamento privilegiado ao
credor fazendário (STF-ADI 4357 e 4425)
Portanto, se um contribuinte tiver recursos para receber por meio de

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precatórios, não se aplicam os §§ 9 e 10 do art. 100 da CF/88, ou seja,
não é obrigatória a aceitação da compensação imposta pela
Fazenda Pública, mesmo que tenha débitos com o Fisco.
Isso não impede, todavia, que os precatórios possam ser penhorados.
Gabarito: certo

2. TRT-7 região–Juiz do Trabalho– ESAF


Analise as proposições abaixo e assinale a opção correta.
I. Por força do disposto no artigo 100, da Constituição Federal, e à luz da
jurisprudência predominante no Supremo Tribunal Federal, não se
sujeitam à expedição de precatório os créditos de natureza alimentar.
II. Inserem-se no conceito de débito de natureza alimentar, para os fins
do artigo 100, da Constituição Federal, as indenizações por invalidez,
calcadas na responsabilidade civil, decorrentes de decisão transitada em
julgado.
III. Admite-se o fracionamento do valor da execução contra a fazenda
pública, a fim de propiciar que parte do débito seja quitada mediante
precatório e outra parte – enquadrada nos limites definidos em lei –, sob
a forma de obrigações de pequeno valor, que dispensam a expedição do
precatório.
a)Todas as proposições são falsas.
b)Todas as proposições são verdadeiras.
c)As proposições são falsas, exceto a II.
d)As proposições são falsas, exceto a III.
e)As proposições são verdadeiras, exceto a I.
Comentário
O item I está incorreto.
Os precatórios alimentares também se sujeitam à expedição de
precatórios.O §2 do art. 100 dispõe que terão preferência sobre todos os
demais débitos os precatórios alimentares. Entretanto, não terão
preferência sobre os alimentares especiais, cujos titulares tenham 60
(sessenta) anos de idade ou mais ou sejam portadores de doença grave,
definidos na forma da lei. Essa preferencia só ocorrerá no limite do valor
equivalente ao triplo do fixado em lei para os fins do disposto no §3
(crédito de pequeno valor), admitido o fracionamento para essa
finalidade, sendo que o restante será pago na ordem cronológica de
apresentação do precatório.
Portanto, existe apenas uma ordem de preferência prevista na
Constituição, mas não existe a dispensa da emissão de precatórios.

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A regra geral é que todos os débitos serão pagos mediante precatório,
com exceção de alguns débitos que serão pagos por meio de RPV’s.
Art. 100.
Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais,
Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão
exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à
conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de
pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos
para este fim.
O item II está correto. Trata-se da literalidade do art. §1 do art. 100.
O item III está incorreto.
O §8 VEDA a expedição de precatórios complementares ou
suplementares de valor pago, bem como o fracionamento, repartição ou
quebra do valor da execução para fins de enquadramento de parcela do
total ao que dispõe o § 3 (que trata das requisições de pequeno valor).
Gabarito: C

3. ANAC- 2016-ESAF (adaptada)


Acerca dos bens públicos, analise as afirmativas abaixo
classificando-as em verdadeiras (V) ou falsas (F) para, ao final,
selecionar a opção que contenha a sequência correta.
( ) Embora os bens públicos sejam impenhoráveis, é possível, em
hipóteses constitucionalmente previstas, ocorrer o sequestro de valores
necessários à satisfação de dívidas constantes de precatórios judiciais.
Comentário
O item está correto, pois o §5 do art. 100 determina a possibilidade de
sequestro de verbas, a requerimento do credor e exclusivamente para os
casos de preterimento de seu direito de precedência ou de não alocação
orçamentária do valor necessário à satisfação do seu débito.
Gabarito: V

4. PGFN-Procurador-2012 -ESAF (adaptada)


Sobre a organização constitucional do Poder Judiciário,julgue:
( )os pagamentos devidos pela Fazenda Pública Federal, em virtude
de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de
apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida
a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos
créditos adicionais abertos para este fim.

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Comentário
O item está correto.
Conforme art. 100, os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas
Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença
judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de
apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida
a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos
créditos adicionais abertos para este fim.
Gabarito: certo

5. Prefeitura de Campinas- 2016 –Procurador– FCC


Sobre o regime jurídico dos precatórios, considere:
I. Os precatórios de natureza alimentar têm preferência sobre todos os
demais débitos, inclusive sobre qualquer precatório devido aos maiores de
sessenta anos.
II. O pagamento de obrigações definidas em lei como de pequeno valor
não se submetem ao regime de precatórios.
III. Os precatórios de natureza alimentar podem ser fracionados para
serem pagos como requisição de pequeno valor somente em casos
excepcionais, como para maiores de 60 anos, desde que portadores de
doença grave assim definida em lei.
IV. Admite-se o sequestro de verba pública no respectivo valor do
precatório em caso de preterimento no direito de precedência no seu
pagamento ou de não alocação orçamentária do valor necessário à
satisfação do débito, mediante requerimento do credor.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e IV.
b) I e II.
c) II e IV.
d) II e III.
e) III e IV.
Comentário:
O item I está incorreto.
Como vimos, o precatório alimentar compreende aqueles decorrentes de
salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações,
benefícios previdenciários e indenizações por morte ou por invalidez,

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fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial
transitada em julgado.
Ocorre que o §2 dispõe que os precatórios alimentares serão pagos com
preferência sobre todos os demais débitos, exceto sobre os alimentares
especiais, cujos titulares tenham 60 (sessenta) anos de idade ou mais ou
sejam portadores de doença grave, definidos na forma da lei.
O item II está correto.
O art 100, §3, buscando dar maior agilidade aos pagamentos de pequeno
valor (ou requisições de pequeno valor-RPV), dispõe que elas não se
subordinam à regra geral dos precatórios,pois o pagamento ocorrerá logo
após o trânsito em julgado da decisão. Vejam:
§3 O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de
precatórios não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas em leis
como de pequeno valor que as Fazendas referidas devam fazer em
virtude de sentença judicial transitada em julgado
O item III está incorreto.
O §2 dispõe que os precatórios alimentares serão pagos com preferência
sobre todos os demais débitos, exceto sobre os alimentares especiais,
cujos titulares tenham 60 (sessenta) anos de idade ou mais ou sejam
portadores de doença grave, definidos na forma da lei. Essa preferencia
só ocorrerá no limite do valor equivalente ao triplo do fixado em lei para
os fins do disposto no §3 (crédito de pequeno valor), admitido o
fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será pago
na ordem cronológica de apresentação do precatório.
O item IV está correto.
Nos termos do art. 100, §6:

§ 6º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados


diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que
proferir a decisão exequenda determinar o pagamento integral e
autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para os casos de
preterimento de seu direito de precedência ou de não alocação
orçamentária do valor necessário à satisfação do seu débito, o sequestro
da quantia respectiva.

Gabarito: C

6. TCM-RJ- 2015 –Procurador– FCC


A respeito da disciplina constitucional dos precatórios, é correto
afirmar:

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a) No momento da expedição dos precatórios, deles deverá ser abatido,
a título de compensação, valor correspondente aos débitos líquidos e
certos, quando devidamente inscritos em dívida ativa e constituídos
contra o credor original pela Fazenda Pública devedora, excluídas parcelas
vincendas de parcelamentos.
b) As indenizações por morte ou invalidez, fundadas na responsabilidade
civil, em virtude de sentença judicial, serão pagas mediante precatórios,
mas sem o benefício da preferência ou ordem própria, por não terem
natureza alimentícia.
c) Não são devidos juros moratórios no período compreendido entre a
data de expedição e a data do efetivo pagamento de precatório judicial,
no prazo constitucionalmente estabelecido.
d) Os débitos de titulares que tenham a partir de 70 anos de idade serão
pagos com preferência sobre os demais débitos, independentemente de
valor e de ter ou não caráter alimentar.
e) Para cessão do crédito em precatório a terceiros é necessária a prévia
concordância do devedor, pois o cessionário se beneficia de preferências
decorrentes de idade e doença grave.
Comentário
O item A está incorreto.
Trata-se da compensação de ofício, que foi considerada inconstitucional
pelo STF
Os §§ 9 e 10 do art. 100 tratavam dessa possibilidade de compensação a
ser realizada pela Fazenda Pública, possibilitando até mesmo o
abatimento de parcelas vincendas de dívidas do credor.
§ 9º No momento da expedição dos precatórios, independentemente de
regulamentação, deles deverá ser abatido, a título de compensação, valor
correspondente aos débitos líquidos e certos, inscritos ou não em dívida
ativa e constituídos contra o credor original pela Fazenda Pública
devedora, incluídas parcelas vincendas de parcelamentos, ressalvados
aqueles cuja execução esteja suspensa em virtude de contestação
administrativa ou judicial. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
62, de 2009). (Vide ADI 4425)
§ 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal solicitará à Fazenda
Pública devedora, para resposta em até 30 (trinta) dias, sob pena de
perda do direito de abatimento, informação sobre os débitos que
preencham as condições estabelecidas no § 9º, para os fins nele
previstos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de
2009). (Vide ADI 4425)

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Entretanto, o STF entendeu que as previsões acima são inconstitucionais,
pois violam o princípio da isonomia, dando tratamento privilegiado ao
credor fazendário (STF-ADI 4357 e 4425)
O item B está incorreto. Nos termos do §2, os débitos de natureza
alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, vencimentos,
proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e
indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em
responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial transitada em
julgado, e serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos,
exceto sobre aqueles referidos no § 2º deste artigo.
O item C está correto.
Embora exista uma celeuma acerca do momento de atualização dos
valores, existe a Súmula vinculante n 17 que dispõe que: durante o
período previsto no parágrafo 1 do artigo 100 da Constituição, não
incidem juros de mora sobre os precatórios que nele sejam pagos.
Nos termos dessa súmula, no período compreendido entre a expedição do
precatório e o término do exercício subsequente, a Fazenda Pública não
estará em mora.
Lembrem-se, em uma questão dissertativa, que, posteriormente a edição
da SV 17, a redação do §12 passou a prever que a partir da promulgação
desta Emenda Constitucional, a atualização de valores de requisitórios,
após sua expedição, até o efetivo pagamento, independentemente de sua
natureza, será feita pelo índice oficial de remuneração básica da
caderneta de poupança, e, para fins de compensação da mora, incidirão
juros simples no mesmo percentual de juros incidentes sobre a caderneta
de poupança ficando excluída a incidência de juros compensatórios.
O item D está incorreto.
O §2 dispõe que terão preferência sobre todos os demais débitos os
precatórios alimentares. Entretanto, não terão preferência sobre os
alimentares especiais, cujos titulares tenham 60 (sessenta) anos de idade
ou mais ou sejam portadores de doença grave, definidos na forma da lei.
Essa preferencia só ocorrerá no limite do valor equivalente ao triplo do
fixado em lei para os fins do disposto no §3 (crédito de pequeno valor),
admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será
pago na ordem cronológica de apresentação do precatório.
O item E está incorreto.
Nos termos do §§ 13 poderá haver a cessão de precatórios total ou
parcialmente, independentemente da concordância do devedor.
Lembrem-se que, nesses casos, deve ser observada a natureza do
precatório. No caso de cessão de precatórios que não tenham natureza
alimentar a maiores de 60 anos ou portadores de doença grave, os
privilégios constitucionais não poderão ser aplicados.

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Gabarito: C

7. TCE-GO- 2014 –FCC


Sobre os precatórios, é correto afirmar que:
a)integram, em qualquer situação, a dívida pública flutuante.
b)classificam-se como ordem de pagamento à vista expedidas pelo Poder
Público devedor.
c)foram declarados inconstitucionais pelo STF, razão pela qual hoje todas
as dívidas do Poder Público são pagas por meio de empenho.
d)são dispensados para pagamento de obrigações definidas em lei como
dívidas de pequeno valor.
Comentário:
O item A está incorreto.
Nos termos do art. 30, § 7, os precatórios judiciais não pagos durante a
execução do orçamento em que houverem sido incluídos integram a
dívida consolidada, para fins de aplicação dos limites.
O item B está incorreto.
O precatório consiste em uma requisição formal de pagamento feito pelo
Judiciário ao Poder Executivo, a fim de que a verba necessária para o
pagamento do credor seja incluída na fixação da despesa (orçamento).
Não se trata de ordem de pagamento à vista, pois nos termos do art. 100
da CF, a solicitação de pagamento deverá ser realizada até 1 de julho de
cada ano, sendo que os precatórios recebidos até essa data serão pagos
até o final do próximo exercício, com atualização monetária do valor.
O item C está incorreto.
A regra geral é que todas as dívidas da Fazenda Pública serão pagas
mediante precatório, com exceção de alguns débitos que serão pagos por
meio de RPV’s.
Art. 100.
Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e
Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na
ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos
respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações
orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.

O item D está correto.


O art 100, §3, buscando dar maior agilidade aos pagamentos de pequeno
valor (ou requisições de pequeno valor-RPV).

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As RPV’s não se subordinam à regra geral vista anteriormente, pois o
pagamento ocorrerá logo após o trânsito em julgado da decisão. Vejam:
§3 O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios
não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno
valor que as Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença judicial
transitada em julgado

Gabarito: D

8. MPC-MS- 2013 –FCC


De acordo com a Constituição Federal, os pagamentos devidos
pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais,
em virtude de sentença judiciária, far-se-ão, exclusivamente, na
ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos
créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de
pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais
abertos para este fim. Entretanto, NÃO há necessidade de
expedição de precatório em relação aos
a) pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor
que as Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença judicial
transitada em julgado.
b) débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham sessenta anos
de idade ou mais.
c) débitos de natureza alimentícia cujos titulares sejam portadores de
doença grave, nos termos da lei.
d) pagamentos de natureza alimentícia decorrentes de salários,
vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, em virtude de
sentença judicial transitada em julgado.
e) pagamentos decorrentes de benefícios previdenciários e indenizações
por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em
virtude de sentença judicial transitada em julgado.
Comentário:
A questão se refere ao art. 100,§3 que trata das RPV’, buscando dar
maior agilidade aos seus pagamentos.
As RPV’s não se subordinam à regra geral dos precatórios, pois o
pagamento ocorrerá logo após o trânsito em julgado da decisão. Vejam:

§3 O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios


não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno
valor que as Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença judicial
transitada em julgado.

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Gabarito: A

8. PGE-SP- 2012 –Procurador-FCC (adaptada)


A Emenda Constitucional no 62/09 trouxe inovações em relação à
sistemática de pagamento de precatórios prevista na Constituição
Federal. Dentre elas:
I( ) vinculação, para efeito de atualização dos valores requisitados,
dos juros compensatórios aos juros incidentes sobre a caderneta de
poupança.
II ( ) possibilidade, independentemente da concordância do devedor, da
cessão total ou parcial do precatório, que mantém a sua natureza para
efeito de ordem de preferência de pagamento.
Comentário:
O item I está incorreto, pois os juros compensatórios são vedados, nos
termos do §12 do art. 100:
A partir da promulgação desta Emenda Constitucional, a atualização de valores
de requisitórios, após sua expedição, até o efetivo pagamento,
independentemente de sua natureza, será feita pelo índice oficial de
remuneração básica da caderneta de poupança, e, para fins de compensação da
mora, incidirão juros simples no mesmo percentual de juros incidentes sobre a
caderneta de poupança, ficando excluída a incidência de juros
compensatórios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).

O item II está incorreto.


Nos termos dos §§ 13 e 14, poderá haver a cessão de precatórios.
Entretanto, deve ser observada a natureza do precatório. No caso de
cessão de precatórios que não tenham natureza alimentar a maiores de
60 anos ou portadores de doença grave, os privilégios constitucionais não
poderão ser aplicados. Confiram:
§ 13. O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios
a terceiros, independentemente da concordância do devedor, não se aplicando
ao cessionário o disposto nos §§ 2º e 3º. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 62, de 2009).
§ 14. A cessão de precatórios somente produzirá efeitos após comunicação, por
meio de petição protocolizada, ao tribunal de origem e à entidade
devedora. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).

Gabarito: I errado II errado

9. TCE-AP- 2012 –FCC


Sobre a disciplina constitucional dos precatórios, considere:

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I. o credor pode, se houver previsão, e na forma de lei estadual, entregar
os créditos em precatórios para compra de imóveis públicos do respectivo
ente federado.
II. é admitido o fracionamento de precatório como forma de transformar o
crédito em dois créditos, para que um deles seja caracterizado como de
pequeno valor para fins de pagamento imediato.
III. é admitido o fracionamento de precatório de débitos de natureza
alimentícia cujos titulares tenham 60 anos de idade ou mais na data de
sua expedição, para pagamento preferencial até o valor equivalente ao
triplo daquele definido em lei como de pequeno valor, devendo o restante
ser pago na ordem cronológica de apresentação do precatório.
IV. é vedada a cessão de créditos em precatórios a terceiro sem a
concordância do devedor e sem lei complementar que defina a forma
como se fará esta cessão.
Está correto o que se afirma APENAS em
a)I e II.
b)I e III.
c)II e IV.
d)II e III.
e)III e IV.

Comentário
O item I está correto.
Nos termos do § 11, é facultada ao credor, conforme estabelecido em lei
da entidade federativa devedora, a entrega de créditos em precatórios
para compra de imóveis públicos do respectivo ente federado.
O item II está incorreto.
O §8 VEDA a expedição de precatórios complementares ou
suplementares de valor pago, bem como o fracionamento, repartição ou
quebra do valor da execução para fins de enquadramento de parcela do
total ao que dispõe o § 3 (que trata das RPV’s).
O item III está correto.
O § 2 possibilita que os débitos de natureza alimentícia cujos titulares
tenham 60 (sessenta) anos de idade ou mais na data de expedição do
precatório, ou sejam portadores de doença grave, definidos na forma da
lei, serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, até o
valor equivalente ao triplo do fixado em lei para os fins do disposto no §
3º deste artigo, admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo

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que o restante será pago na ordem cronológica de apresentação do
precatório.
O item IV está incorreto.
O § 13 admite que o credor ceda, total ou parcialmente, seus créditos em
precatórios a terceiros, independentemente da concordância do devedor.
Gabarito: B

10. TCE-AM- 2013 –FCC


A Fazenda Pública, enquanto devedora em virtude de sentença
judiciária transitada em julgado, é obrigada a
a) admitir que seja feita a compra de imóveis públicos do respectivo
ente federado devedor por credor de precatório expedido até 1o de julho
e já incluído no orçamento do exercício seguinte ao da sua expedição.
b) pagar imediatamente todos os débitos de natureza alimentícia,
independente da expedição de precatório e de ordem de apresentação.
c) expedir precatório e realizar o empenho no mesmo exercício em que
transite em julgado a sentença condenatória de obrigação definida em lei
como de pequeno valor.
d) expedir precatório complementar ou suplementar de valor pago, bem
como o seu fracionamento ou repartição para fins de enquadramento de
parcela do total como obrigação de pequeno valor, em tantas parcelas
quantas forem necessárias a este enquadramento, quando o credor for
pessoa maior de 55 anos.
e) incluir no orçamento verba necessária ao pagamento de seus débitos,
oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios
judiciários expedidos até 1 de julho, fazendo-se o pagamento até o final
do exercício seguinte.
Comentário
O item A está incorreto.
Nos termos do §11, é § 11 é facultada ao credor, conforme estabelecido
em lei da entidade federativa devedora, a entrega de créditos em
precatórios para compra de imóveis públicos do respectivo ente
federado.
O item B está incorreto.
O §1 traz o conceito de precatório alimentar, que compreende aqueles
decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas
complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou
por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença
judicial transitada em julgado.

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O §2 dispõe que os precatórios alimentares serão pagos com preferência
sobre todos os demais débitos, exceto sobre os alimentares especiais,
cujos titulares tenham 60 (sessenta) anos de idade ou mais ou sejam
portadores de doença grave, definidos na forma da lei.
O item C está incorreto.
Os precatórios apresentados até 1 de julho serão pagos no exercício
seguinte, nos termos do §5.
É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público,
de verba necessária ao pagamento de seus débitos, oriundos de
sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciários
apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do
exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados
monetariamente.
O item D está incorreto.
A complementação ocorre quando a dívida não foi inteiramente paga,
enquanto a suplementação ocorre quando houve pagamento integral,mas
é necessária a quitação de juros e correção monetária.
De acordo com o STF, nos casos de complementação, será expedido um
novo precatório a fim de que a Fazenda Pública faça o pagamento, sendo
desnecessária nova citação.
O §8 VEDA a expedição de precatórios complementares ou
suplementares de valor pago, bem como o fracionamento, repartição ou
quebra do valor da execução para fins de enquadramento de parcela do
total ao que dispõe o § 3 (que trata das requisições de pequeno valor).
Exceções:
a) débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60 anos de
idade ou mais ou sejam portadores de doença (§2):poderão fracionar
para que sejam pagos com preferência sobre todos os demais débitos,
até o valor limite já estudado (triplo do definido em lei para RPV’S).
Lembrem-se que o restante será pago na ordem cronológica de
apresentação do precatório alimentar.
b) pagamento de honorários advocatícios (STF):
O item E está correto. Trata-se do §5, já exposto no item C.
Gabarito: E

11. PGM-João Pessoa –2012-Procurador-FCC


No regime constitucional dos precatórios, terá cabimento o
sequestro de dinheiro público

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a) quando não é realizado o pagamento do precatório dentro do
exercício financeiro para o qual foi previsto pela lei orçamentária anual.
b) em caso de preterimento do direito de precedência do credor.
c) quando o Presidente do Tribunal competente, por ato comissivo ou
omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação regular dos precatórios.
d) em caso de insolvência do ente federado credor.
e) quando o crédito de pequeno valor não for pago em até sessenta dias
de sua apresentação.

Comentário:
O item B é o correto.
Terá cabimento o sequestro exclusivamente para os casos de
preterimento do direito de precedência do credor ou de não alocação
orçamentária do valor necessário à satisfação do seu débito. (§6)
Gabarito: B

12. TCE-PA- 2016 –Cespe


Com base nos dispositivos constitucionais de direito financeiro,
julgue o item que se segue.
( )Consoante o texto constitucional, havendo desequilíbrio
orçamentário com déficit primário, a União pode deixar de pagar os
precatórios do respectivo exercício financeiro, salvo os de natureza
alimentar.
Comentário:
O item está incorreto.
Nos termos do §5, é obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades
de direito público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos,
oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios
judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o
final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados
monetariamente.
O § 7 dispõe, ainda, que o Presidente do Tribunal competente que, por
ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação regular
de precatórios incorrerá em crime de responsabilidade e responderá,
também, perante o Conselho Nacional de Justiça.
Gabarito: errado

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13. Prefeitura de Salvador-BA- 2015 -Procurador–Cespe
(adaptada)
Uma associação de servidores públicos que ingressou com ação
judicial contra determinado estado da Federação obteve sentença
judicial condenatória transitada em julgado em 2015, a qual
condenou a fazenda pública a pagar a cada associado um valor
certo e determinado, em razão de correção de remuneração não
implementada corretamente pela administração.

Nessa situação hipotética,


a)não havendo a alocação de recursos suficientes para o pagamento dos
débitos no prazo previsto na CF, caberá ao presidente do tribunal que
proferir a decisão exequenda determinar ao chefe do Poder Executivo que
inclua os recursos devidos na previsão orçamentária para o exercício
financeiro imediatamente subsequente, vedado, nessa hipótese, o
sequestro da quantia respectiva.
b)o pagamento deverá ser feito pelo sistema de precatórios judiciais,
quaisquer que sejam os valores das condenações.
c)se, na data da expedição dos precatórios, houver beneficiários com
mais de sessenta anos de idade, os débitos a eles correspondentes
deverão ser pagos com preferência sobre os demais, sem que se exceda o
valor correspondente ao triplo do fixado em lei para pagamento de
requisições de pequeno valor, admitindo-se o fracionamento para essa
finalidade.
d)a atualização dos valores desde a expedição do requisitório até o
pagamento efetivo será feita pela aplicação da taxa SELIC, não incidindo
sobre tais valores juros de mora ou juros compensatórios.
Comentário
O item A está incorreto, pois vai de encontro ao §5, que determina a
possibilidade de sequestro de verbas, a requerimento do credor e
exclusivamente para os casos de preterimento de seu direito de
precedência ou de não alocação orçamentária do valor necessário à
satisfação do seu débito.
O item B está incorreto.
O art 100, §3, buscando dar maior agilidade aos pagamentos de pequeno
valor (ou requisições de pequeno valor-RPV).
As RPV’s não se subordinam à regra geral dos precatórios, pois o
pagamento ocorrerá logo após o trânsito em julgado da decisão. Vejam:
§3 O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios
não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno
valor que as Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença judicial
transitada em julgado

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O item C está correto. Trata-se da literalidade do §2.
Entretanto, lembrem-se que embora a redação original do §2 define que
terão preferência os débitos alimentares cujos titulares tenham mais de
60 anos ou doença grave, na data da expedição do precatório, o STF
julgou essa expressão inconstitucional, determinando que aqueles que
completam 60 anos ou contraem doença grave, mesmo após a expedição
do precatório, serão abrangidos pela preferência (ADI 4357).
O item D está incorreto.
Conforme vimos, a redação do §12 passou a prever que a partir da
promulgação da EC 62/09, a atualização de valores de requisitórios, após
sua expedição, até o efetivo pagamento, independentemente de sua
natureza*, será feita pelo índice oficial de remuneração básica da
caderneta de poupança **, e, para fins de compensação da mora,
incidirão juros simples no mesmo percentual de juros incidentes sobre a
caderneta de poupança ficando excluída a incidência de juros
compensatórios.
Não há que se falar em taxa SELIC para os precatórios de natureza
alimentar, portanto.
Lembrem-se que existe uma celeuma acerca do momento de atualização
dos valores, uma vez que a Súmula vinculante n 17 (anterior ao §12)
dispõe que: durante o período previsto no parágrafo 1 do artigo 100 da
Constituição, não incidem juros de mora sobre os precatórios que nele
sejam pagos.
Nos termos dessa súmula, no período compreendido entre a expedição do
precatório e o término do exercício subsequente, a Fazenda Pública não
estará em mora.
Atenção!
* O critério de atualização dos precatórios pelo índice oficial de
remuneração básica da caderneta de poupança foi considerado
inconstitucional pelo STF (ADI 4357).
**O Tribunal também declarou inconstitucional a expressão
independente de sua natureza, tendo em vista que possibilitava que
os precatórios de natureza tributária também fossem corrigidos pelo
índice da caderneta de poupança, enquanto os juros de mora incidentes
sobre os créditos tributários são corrigidos pela SELIC, causando prejuízo
ao contribuinte e ferindo a isonomia.
Portanto, no caso de precatórios de natureza tributária, a atualização será
feita pela SELIC.
Gabarito: C

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14. TCE-ES- 2013 –Cespe (adaptada)
Considere que, atendendo-se a decisão em sentença transitada
em julgado, tenha sido expedido, contra o estado do Espírito
Santo, um precatório de montante correspondente a duas vezes o
conceito de pequeno valor. Considerando essa situação hipotética,
julgue:
I- ( ) Nas dotações orçamentárias, é indispensável constar o
número do processo judicial do qual se originou o precatório.
II- ( ) Na definição da ordem de preferência de pagamento do
precatório, deve-se considerar, primeiramente, a ordem de apresentação,
independentemente da natureza do precatório e da idade do beneficiário.
III- ( ) Se tiver sido emitido em razão de indenização por
responsabilidade civil do Estado, deve o precatório ser considerado como
não alimentício.
IV- ( ) O fato de o beneficiário estar sofrendo de doença grave não
lhe dá direito à preferência na ordem de recebimento do precatório, ainda
que esse precatório tenha natureza alimentícia.

Comentário:
O item I está incorreto.
Conforme art. 100, os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas
Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença
judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de
apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida
a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos
créditos adicionais abertos para este fim
O item II está incorreto.
Deve ser observada a natureza do precatório e a idade do beneficiário.
Confiram:
§ 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60 (sessenta)
anos de idade ou mais na data de expedição do precatório, ou sejam portadores
de doença grave, definidos na forma da lei, serão pagos com preferência sobre
todos os demais débitos, até o valor equivalente ao triplo do fixado em lei para
os fins do disposto no § 3º deste artigo, admitido o fracionamento para essa
finalidade, sendo que o restante será pago na ordem cronológica de
apresentação do precatório.

O item III está incorreto.


Os débitos de natureza alimentícia incluem aqueles decorrentes de
salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações,
benefícios previdenciários e indenizações por morte ou por invalidez,

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fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial
transitada em julgado.
O item IV está incorreto.
Conforme explanado no item II, tanto a idade quanto a doença grave
podem acarretar a preferência para o pagamento do precatório.
Gabarito: I-errado II- errado III-errado IV-errado

15. AGU-Procurador Federal- 2013–Cespe


No que tange a normas gerais de direito financeiro, julgue os itens
que se seguem.
Considere a seguinte situação hipotética.
( )Lauro, que é credor de precatório de natureza alimentícia, cedeu
parcela desse crédito a Júlio, sem a concordância da entidade devedora.
Júlio requereu, em juízo, a garantia de preferência da parcela do crédito
de natureza alimentar a ele cedida, mas o presidente do tribunal
indeferiu-lhe o pedido. Nessa situação, o ato do presidente do tribunal foi
ilegal, pois tanto o crédito em questão quanto a preferência a ele
garantida podem ser objeto de transação.
Comentário:
O item está incorreto. Nos termos dos §§ 13 e 14, poderá haver a cessão
de precatórios. Entretanto, deve ser observada a natureza do precatório.
No caso de cessão de precatórios que não tenham natureza alimentar a
maiores de 60 anos ou portadores de doença grave, os privilégios
constitucionais não poderão ser aplicados. Confiram:
§ 13. O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios
a terceiros, independentemente da concordância do devedor, não se aplicando
ao cessionário o disposto nos §§ 2º e 3º. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 62, de 2009).
§ 14. A cessão de precatórios somente produzirá efeitos após comunicação, por
meio de petição protocolizada, ao tribunal de origem e à entidade
devedora. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).

Gabarito: errado

16. CNJ- 2013 –Cespe


( ) É possível a cessão de precatórios, mas somente produzirá
efeitos após comunicação, por meio de petição protocolizada, ao
tribunal de origem e à entidade devedora.
Comentário
O item está correto. Trata-se da literalidade do §14:

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A cessão de precatórios somente produzirá efeitos após comunicação, por
meio de petição protocolizada, ao tribunal de origem e à entidade
devedora.
Gabarito: certo

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