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Revista LOGOS, n. 14, 2006.

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ESTUDO DA FREQÜÊNCIA DO GENE DA HEMOGLOBINA S EM


POPULAÇÃO DE ESTUDANTES E IMPLANTAÇÃO DO MÉTODO
DIAGNÓSTICO DA HEMOGLOBINA S - ANEMIA FALCIFORME

NETO, Elias José Rodrigues; MOREIRA, Alexandre Serran; PAIVA, Anderson Henrique de;
FELICE, Natalia Martins; COSTA, Cláudia RaquelC.
FEUC - Faculdade Euclides da Cunha, São José do Rio Pardo
eliasjneto@ig.com.br
clauraquel@feucriopardo.edu.br

As hemoglobinopatias são doenças genéticas de celulose em tampão Tris-EDTA-Borato de


freqüentes decorrentes de anormalidades na pH alcalino por 30 minutos, coradas e
estrutura ou na produção da hemoglobina. analisadas. As amostras positivas para
Destaca-se a anemia falciforme em virtude hemoglobina S foram submetidas a uma
da alta prevalência de hemoglobina S. Os segunda prova, o SICKLE ID, que consiste
indivíduos homozigotos para o gene da na separação das hemoglobinas em fases
hemoglobina S desenvolvem uma patologia com colorações distintas, reagindo o sangue
grave que requer tratamento e cuidados total frente a uma solução específica com
constantes. Os indivíduos heterozigotos tampão sulfato de amônia. Foram analisadas
(portadores) despertam especial atenção, pois 576 amostras dos 750 alunos inscritos, e
podem apresentar complicações clínicas identificados dez casos (prevalência de
influenciadas por fatores genéticos e 1,74%) da presença do gene da hemoglobina
ambientais ou permanecendo assintomáticos. S (genótipo AS), distribuídos principalmente
Em ambos os casos há probabilidade de nos municípios de São José do Rio Pardo e
transmitirem esses genes para os Mococa, com 60% e 30% das ocorrências e
descendentes. É importante o portador prevalências de 2,78% e 4,82%,
identificar a presença deste gene. Este estudo respectivamente. Houve três casos
objetivou avaliar a freqüência do gene da (prevalência de 0,52%) do gene da
hemoglobina S em uma população de hemoglobina C (genótipo AC). Estes
estudantes promovendo o conhecimento e resultados mostraram a presença do gene da
prevenção da anemia falciforme e a hemoglobina S em indivíduos brancos (n=3;
implantação do método diagnóstico para 0,67%), pardos (n=4; 5,13%), negros (n=1;
futuramente atender a comunidade no 3,33%) e sem declaração (n=2; 11,11%),
diagnóstico de hemoglobinopatias. Os indicando prevalência local menor do que a
sujeitos do estudo foram sensibilizados descrita na literatura para a população da
através de mini-palestras ministradas pelos região sudeste do país: 6% para AS e 1%
alunos envolvidos neste projeto. Seguiu-se para AC. Maiores estudos, programas de
triagem através de um questionário e coleta educação em saúde para hemoglobinopatias e
de 2ml de sangue venoso, que foram oferta de diagnóstico são ferramentas
processados através da separação das importantes para reduzir o número de
hemácias por sucessivas centrifugações com pessoas comprometidas pela anemia
solução salina e posterior lise com falciforme.
clorofórmio. As hemoglobinas foram
separadas por eletroforese em fita de acetato
Revista LOGOS, n. 14, 2006. 94

TABELA 1. Portadores do gene das hemoglobinas S e C segundo município de residência.

SÃO JOSÉ DO MOCOCA PIRASSU- SANTA SANTA RITA


RIO PARDO NUNGA CRUZ DAS DO PASSA
PALMEIRAS QUATRO
EXAMINADOS Nº 216 83 16 35 6
(37,5%) (14,4%) (2,8%) (6,1%) (1%)
GENÓTIPO AS Nº 6 4 1
PREVALÊNCIA 2,78% 4,82 6,25
GENÓTIPO AC Nº 1 1 1
PREVALÊNCIA 0,46% 2,86% 16,67

TABELA 2. Portadores do gene das hemoglobinas S e C segundo cor/raça declarada.


NEGRA PARDA BRANCA NÃO OUTROS TOTAL
DECLARADA
EXAMINADOS Nº 30 78 445 18 5 576
(5,2%) (13,5%) (77,3%) (3,1%) (0,9%) (100%)
GENÓTIPO AS Nº 1 4 3 2 10
PREVALÊNCIA (3,33%) (5,13%) (0,67%) (11,11%) (1,74%)
GENÓTIPO AC Nº 2 1 3
PREVALÊNCIA (2,56%) (0,22%) (0,52%)

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