Sie sind auf Seite 1von 10

Economia Internacional

Maria Auxiliadora de Carvalho


César Roberto Leite da Silva

4ª Edição |2007|
Economia Internacional

MARIA AUXILIADORA DE CARVALHO

Professora da UniFMU e Faculdades Tibiriçá

CÉSAR ROBERTO LEITE DA SILVA

Professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo


(PUC-SP) e autor do livro Economia e Mercados: Introdução à
Economia, da Editora Saraiva. Atualmente, é pesquisador do
Instituto de Economia Agrícola.
Economia Internacional

O interesse por economia internacional é crescente nos


dias atuais, especialmente porque, com a abertura econômica
e a liberalização dos movimentos de capitais, o Brasil expôs-
se a decisões tomadas por agentes econômicos do exterior.
de compreender os acontecimentos e suas conseqüências
sobre a dinâmica da economia e sobre o desempenho das
empresas explica a grande curiosidade que o estudo do tema
tem despertado.

Além de apresentar os novos desafios na área, o livro traz


o balanço da economia brasileira e mundial no final do
milênio. A Teoria Clássica, a Teoria da Dotação Relativa dos
Fatores e outros assuntos são apresentados sem perder de
vista a problemática atual. Em sua quarta edição, traz
questões de revisão e inúmeras aplicações práticas.
Capítulo 14

Economia Global: Interdependência Financeira

Questões

1. O que foi o acordo de Bretton Woods? Qual sua principal contribuição ao atual sistema
monetário internacional?

Resposta

Grau de Dificuldade: médio


Resposta presente na página 283-284

O acordo de Bretton Woods de gerenciamento econômico internacional estabeleceu as regras


para as relações comerciais e financeiras entre os países mais industrializados do mundo.
Foi, portanto, o primeiro exemplo, na história mundial, de uma ordem monetária totalmente
negociada, tendo como objetivo governar as relações monetárias entre Nações-Estado
independentes.
O acordo de Bretton Woods, dessa forma, criou o FMI e tornou o dólar norte-americano
referência para a paridade das moedas dos demais signatários.

2. No início do sistema monetário internacional, como eram feitas as trocas de moeda


doméstica por moeda norte-americana, e vice-versa?

Resposta

Grau de Dificuldade: médio


Resposta presente na página 284

No início, os dólares de outros países que não os Estados Unidos eram depositados em
bancos nos EUA e constituíam, em sua maior parte, depósitos a prazo com taxa de juros
reduzida.
3. Qual a participação da URSS na criação do mercado de eurodólares?

Resposta

Grau de Dificuldade: médio


Resposta presente na página 284

A URSS era detentora de dólares norte-americanos, mas o governo soviético tinha receio
de depositá-los nos EUA, prevendo a possibilidade de expropriação de seus capitais em
decorrência da Guerra Fria.
Assim, a solução foi encontrada no final da década de 1950, por um banco inglês, que
passou a receber os dólares pertencentes à URSS e a depositá-los nos EUA.
Com esse expediente, foi afastado o risco de retenção dos dólares, uma vez que o detentor
do crédito passou a ser o banco inglês. Dessa forma, teve início o mercado de eurodólares,
importante passo para o crescimento da interdependência financeira contemporânea.

4. O que é um depósito de eurodólar?

Resposta

Grau de Dificuldade: médio


Resposta presente na página 284-285

Depósito de eurodólar é simplesmente um depósito em moeda estrangeira, contabilizado


por um banco sediado fora do país de onde ela é emitida. É denominado eurodólar porque os
primeiros bancos que aceitaram depósitos em dólar estavam na Europa.
Em 1958, ano em que se criou o mercado de eurodólares, a Europa deu mais um passo
para promover uma maior interdependência financeira. Trata-se da assinatura do Acordo
Monetário Europeu, em que vários países removeram os controles cambiais recíprocos e
criaram facilidades para pagamentos bilaterais em ouro e dólar.

5. O que eram os empréstimos caracterizados por petrodólares?

Resposta
Grau de Dificuldade: baixo
Resposta presente na página 285

Os empréstimos chamados petrodólares eram realizados a taxas de juros flutuantes,


sistema idealizado pelos bancos comerciais para contornar o problema inflacionário, que
inviabilizava compromissos a taxas fixas de juros.

6. Existe um razoável consenso de que o aspecto mais evidente da globalização é a ampla


movimentação de capitais financeiros. Quais fatores tentam explicar esse fenômeno?

Resposta

Grau de Dificuldade: médio


Resposta presente na página 286

Existe um razoável consenso de que o aspecto mais evidente da globalização é a ampla


movimentação de capitais financeiros. Nas tentativas de explicar esse fenômeno, três fatores
são destacados por diferentes analistas:
a. crescimento do volume do comércio internacional a taxas mais elevadas que o
crescimento do produto mundial;
b. avanços tecnológicos nas indústrias de informática, telefonia e mídia; e
c. desregulamentação dos mercados de capitais.

7. Quais os problemas identificados pelo diagnóstico neoliberal para colocar o Estado


como o pivô da crise dos países endividados, na década de 1990?

Resposta

Grau de Dificuldade: médio


Resposta presente na página 287-288

O diagnóstico neoliberal coloca o Estado como um pivô da crise dos países


endividados, identificando os seguintes problemas:
- indisciplina fiscal e conseqüente déficit público;
- intervenção estatal excessiva, particularmente por meio de restrições comerciais e
subsídios ao investimento e consumo
8. A crescente interdependência financeira mundial causou transformações não apenas no
comportamento das nações, como também no de todos os agentes econômicos.
Explique.

Resposta

Grau de Dificuldade: médio


Resposta presente na página 289

A crescente interdependência financeira mundial causou transformações não apenas no


comportamento das nações, como também no de todos os agentes econômicos.
Isso porque, atualmente, um indivíduo de qualquer país que se disponha a postergar parte
de seu consumo presente em troca de retornos financeiros pode depositar sua poupança, por
menor que seja, nas empresas de administração de fundos.
Na transferência de recursos de uns para outros, quanto maior o retorno, maior o risco.
Devido à desregulamentação financeira, os agentes financeiros tornaram-se mais ousados

9. Quais foram os mecanismos criados com o propósito de diminuir os riscos das


aplicações financeiras?

Resposta

Grau de Dificuldade: baixo


Resposta presente na página 289-290

Com o propósito de reduzir os riscos de tais aplicações, foram implementados mecanismos


de defesa, como os mercados futuros, swaps e derivativos.
Foram criadas também agências especializadas na classificação dos riscos dos mercados
para orientar a escolha dos investidores do mundo todo.
Se, do ponto de vista microeconômico, reduzem o risco de variação do preço dos ativos,
do ponto de vista macroeconômico, esses mecanismos aumentam a instabilidade do sistema
financeiro global.
Os derivativos, em particular, acabam por se transformar no maior instrumento de
especulação financeira.
.

10. Quais fatores que deflagram uma crise no balanço de pagamentos?


Resposta

Grau de Dificuldade: médio


Resposta presente na página 290

A crise no balanço de pagamentos acontece quando determinado país passa a ter


dificuldade em conseguir crédito para financiar o déficit em transações correntes. Atinge-se
esse estágio quando o risco do empréstimo é considerado muito elevado pelos credores, ou
seja, quando, no seu entender, a conjuntura político-econômica do país põe em risco o
pagamento do débito.
Dentre os elementos de natureza política, destacamos:
a. diferenças de linguagem, etnia e religião;
b. conflitos sociais, violência e guerrilhas;
c. força e organização dos grupos radicais; e
d. nacionalismo a versão a estrangeiros que podem levar a tratamento preferencial
aos negócios locais e à expropriação de ativos estrangeiros.

11. “De uma análise dos indicadores brasileiros, pode-se concluir que foram criadas
condições de vulnerabilidade”. Explique.

Resposta

Grau de Dificuldade: médio-alto


Resposta presente na página 292

A deterioração das contas externas do país se deu a partir de 1995, quando o país passou a
apresentar crescentes déficits comerciais, comprometendo a sua capacidade de geração de
divisas.
Esses déficits, somados à conta-serviços, tradicionalmente deficitária, resultaram em
agravamento da fragilidade do país diante dos movimentos especulativos de capitais.
A despeito da expansão dos investimentos diretos, a crise financeira da Ásia, iniciada em
julho de 1997, seguida da russa, de agosto, alertaram para a fragilidade externa do Brasil

12. Qual a relação entre as taxas de juros doméstica e internacional?

Resposta

Grau de Dificuldade: médio


Resposta presente na página 293

Sabemos que a taxa de juros difere entre países. Isso, em princípio, deveria provocar
deslocamentos de fluxos de capitais das economias mais avançadas para as menos
desenvolvidas, eliminando as desigualdades.
Supondo que existam ativos internos que rendam à taxa de juros i e ativos externos que
rendam i*, a arbitragem deve igualar as taxas de juros dos dois ativos.
Expressando o retorno de ambos na mesma moeda, temos:

13. Como a relação entre as taxas de juros doméstica e internacional se relacionam na


determinação de investimento?

Resposta

Grau de Dificuldade: médio


Resposta presente na página 293

Se a taxa de retorno dos títulos brasileiros, por exemplo, for maior que a do resto do
mundo, os investidores internacionais deslocarão seus recursos para o Brasil, aumentando a
demanda por seus ativos, o que resulta em maior oferta de moeda e tende a reduzir a taxa de
juros local.

14. Quais os mecanismos de defesa que o Bacen dispõe para se proteger de um ataque
especulativo?

Resposta

Grau de Dificuldade: médio-alto


Resposta presente na página 294

Diante do ataque, o Bacen tem alguns mecanismos de defesa. Os mais usuais são:
a.) elevar a taxa de juros para conter a saída de capitais;
b.) vender títulos indexados ao câmbio;
c.) vender dólares no mercado futuro; e
d.) vender dólares para pronta entrega.

Das könnte Ihnen auch gefallen