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Edificações para Perito da Polícia Federal 2013

Teoria e Questões
Prof. Marcus V. Campiteli – Aula 3

AULA 3: ESTRUTURA METÁLICA

SUMÁRIO PÁGINA

CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 2

1. INTRODUÇÃO 3

2. MATERIAIS 3

3. TIPOS DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS 6

4. ANÁLISE DA ESTRUTURA 11

5. MONTAGEM DA ESTRUTURA 16

6. CONSIDERAÇÕES ADICIONAIS 30

7. QUESTÕES COMENTADAS 32

8. QUESTÕES APRESENTADAS NA AULA 50

9. GABARITO 55

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 55

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A matéria de estruturas metálicas apresenta muitos detalhes


que as demais e o Cespe costuma cobrar questões mais complicadas
sobre esse assunto, tais como detalhes de soldagem e considerações
de dimensionamento.

Fiz uma seleção de informações da bibliografia e da norma, de


forma negritada, sob possibilidade de elas caírem na prova de vocês.

Apresento questões do Cespe relacionadas aos assuntos de


forma a reforçar a teoria ou complementá-la, por meio dos
comentários, no capítulo 7.

Ao final apresento a lista de questões da aula para que vocês


possam treinar à vontade. O Gabarito está após essa lista.

Boa sorte a todos !

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ESTRUTURAS METÁLICAS

1 - INTRODUÇÃO

As estruturas metálicas são estruturas formadas por associação


de peças metálicas ligadas entre si por meio de conectores ou
solda.

Nas estruturas de aço e estruturas mistas de aço e concreto de


edificações:

- os perfis de aço são laminados ou soldados, ou de seção


tubular com ou sem costura;

- as ligações são executadas com parafusos ou soldas.

Os perfis de seção tubular podem ter forma circular ou


retangular (a forma quadrada é considerada um caso particular da
forma retangular).

As estruturas mistas de aço e concreto, incluindo as


ligações mistas são aquelas formadas por componentes de aço e de
concreto, armado ou não, trabalhando em conjunto.

Os perfis soldados podem ser fabricados por deposição de metal


de solda ou por eletrofusão.

2 - MATERIAIS

O principal material utilizado nas estruturas metálicas é o aço,


que é uma liga de ferro e carbono com outros elementos adicionais
como o silício, manganês, fósforo, enxofre etc. O teor de carbono
varia de 0% a 1,7%. O carbono aumenta a resistência do aço, porém
o torna mais duro e frágil.

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A ductilidade é a capacidade do material de se deformar sob a


ação de cargas e a fragilidade é o oposto da ductilidade.

Os aços com baixo teor de carbono têm menor resistência à


tração, porém são mais dúcteis.

Por isso, em estruturas usuais de aço, utilizam-se teores de


carbono baixos ou moderados, os quais podem ser soldados sem
precauções especiais.

O aço-carbono é o aço mais empregado nas construções, e o


aumento da sua resistência é obtido, principalmente, através do
acréscimo de carbono em relação ao ferro puro.

Em função do teor de carbono, os aços-carbono se distinguem


em:

- Baixo carbono: C < 0,15%

- Moderado: 0,15% < C < 0,29%

- Médio carbono: 0,30% < C < 0,59%

- Alto carbono: 0,60% < C < 1,70%

Os tipos de aço resistentes à corrosão atmosférica são


denominados patináveis.

Os aços para perfis, barras e chapas devem possuir resistência


ao escoamento máxima de 450 MPa.

Para efeito de cálculo devem ser adotados os seguintes valores,


na faixa normal de temperaturas atmosféricas:

- módulo de elasticidade, E = 205.000 MPa

- coeficiente de Poisson, v = 0,3

- módulo de elasticidade transversal, G = 77 000 MPa

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- coeficiente de dilatação térmica, p, = 1,2 x 10-5 por ºC


- massa específica, p, = 7 850 kg/m3

1) (167 – TCU/2005) Em estruturas usuais de aço, o


emprego de aços com teor moderado ou baixo de carbono
exige precauções especiais para o processo de soldagem.

(41 - PF/2002) Julgue os itens subseqüentes, referentes a


aços utilizados em construções civis.

2) 1 - O aumento do teor de carbono no aço eleva a sua


resistência, porém diminui a sua ductilidade.

3) 2 - O módulo de elasticidade é praticamente igual para


todos os tipos de aço, com valor aproximadamente igual a 210
kN/mm2 (ou 21.000 kgf/mm2).

4) 3 - A deformação de escoamento de aços-carbono é


aproximadamente igual a 2%.

5) 4 - Os aços podem ter a sua resistência diminuída pela


ação de baixas temperaturas ambientes ou efeitos térmicos
locais causados por solda elétrica, por exemplo.

6) 5 - A tenacidade de um aço é medida pela área total


compreendida entre a sua curva tensão-deformação e o eixo
das deformações (abscissas).

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3 – TIPOS DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS

3.1 – Chapa Fina Laminada a Frio

Chapa de ferro fundido, lisa (chamada chapa prela), laminada


a frio (LF), com espessuras-padrão de 0,45 mm a 2,65 mm, sendo
fornecida nas larguras-padrão de 1,0 m a 1,5 m e nos comprimentos-
padrão de 2,0, 2,5 e 3,0 m, e também sob a forma de bobinas.

Usos: nas edificações, como complementos, quais sejam


esquadrias, dobradiças, portas, marcos (batentes) e até em
estruturas.

3.2 – Chapa Fina Laminada a Quente

Chapa de ferro fundido, lisa (chapa preta), laminada a quente


(LQ), com espessuras-padrão de 2,00 mm a 12.50 mm, sendo
fornecida nas larguras-padrão de 1,0 m a 1,5 m, e nos comprimentos
padrão de 1 m, 3 m e 6 m.

Usos: trabalhadas, nas edificações com estrutura metálica


leve e, principalmente, com terças e vigas.

Percebam que as chapas laminadas a quente apresentam


espessura superior às das chapas laminadas a frio.

Pessoal, a laminação a quente apresenta uma peculiaridade de


causar tensões que permanecem após o completo resfriamento,
(tensões residuais), devido ao resfriamento diferencial entre as

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partes de uma peça. Por exemplo, no resfriamento de uma chapa, as


bordas resfriam mais rapidamente que o centro.

A norma NBR 8.800 fixa essa tensão em 115 MPa.

3.3 – Chapa Grossa

Chapa de ferro fundido, lisa (chapa preta), laminada a quente


(LCG), com espessuras-padrão de 6,30 mm a 100 mm, sendo
fornecida nas larguras-padrão de 1,0 m a 3,8 m e nos comprimentos-
padrão de 6 m e 12 m.

Usos: trabalhadas, nas edificações com estrutura metálica,


principalmente para a confecção de perfis soldados para
funcionarem como vigas, colunas e estacas.

3.4 – Perfil Laminado Estrutural

Ferro perfilado é o ferro fundido, laminado, apresentado na


forma de barras redondas, quadradas ou retangulares, e de
perfis em "I", "L", "T", "H", "U" e outros.

Os ferros perfilados são normalmente classificados em finos


(até 2") e grossos. São também classificados em leves, médios e
pesados.

Os ferros perfilados são designados por sua altura em


centímetros, mas só esse detalhe não é suficiente para sua
caracterização. Os perfis "I", por exemplo, podem ser de mesas
estreitas ou de mesas largas.

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Perfis leves são os com altura (h) menor que 80 mm; perfis
médios são aqueles com altura entre 80 mm e 200 mm; perfis
pesados são os com altura maior que 200 mm.

Os comprimentos-padrão são de 6,0 m e 12 m,

Usos: na fabricação de estruturas metálicas e,


secundariamente, na de caixilhos e grades.

3.5 – Tubo Estrutural de Aço

Os tubos são fornecidos no comprimento-padrão de 6 m.

Usos: como elementos estruturais, principalmente na


confecção de treliças espaciais.

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Fonte: <http://www.ime.eb.br/~moniz/metalica/fotos/shopping_salvador/IMG00094.jpg>

3.6 – Barras Redondas

Com amplo número de bitolas, as barras redondas são usadas


quase que unicamente na confecção de chumbadores, parafusos e
tirantes.

3.7 – Produtos Estruturais derivados de Aço Plano

São de dois tipos: perfis soldados e perfis em chapa


dobrada. Normalmente, são fornecidos em comprimentos menores
que 12 m, para facilidade de transporte.

a) Perfil Soldado

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Devido à grande versatilidade de combinações de espessuras


com altura e largura, os perfis soldados, compostos a partir de três
chapas, são largamente empregados nas estruturas metálicas.

São elementos que surgiram de forma a suprirem as limitações


impostas pelos perfis laminados tipo I.

Com esses produtos, o projetista passa a ter opções muito


variadas e grande liberdade. Pode-se criar perfis especiais. No
entanto, visando à redução de custos, são usadas as seguintes séries
padronizadas:

- série CS, para colunas;

- série CVS, para colunas e vigas;

- série VS, para vigas.

As séries CS e VS podem ser consideradas extensão e


continuação dos perfis "H" e "I" laminados.

Fonte: < http://www.cesec.ufpr.br/metalicas/>

b) Perfil em Chapa Dobrada

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É o perfil obtido por dobramento, em prensa dobradeira, de


lâminas recortadas de chapas ou tiras, ou por perfilagem, em mesa
de roletes, a partir de bobinas laminadas a frio ou a quente, sendo
ambas as operações realizadas com o aço em temperatura ambiente.

São perfis formados a frio, que estão sendo aplicados de forma


crescente na execução de estruturas leves e também para terças e
vigas de fechamento de quaisquer tipos de estrutura.

O dobramento deve obedecer a raios mínimos de forma a evitar


a formação de fissuras nestes pontos.

7) (169 – TCU/2005) O perfil em chapa dobrada, um dos


produtos estruturais derivados de aço plano, é especialmente
recomendado para colunas e vigas em estruturas robustas.

4 – ANÁLISE DA ESTRUTURA

Para estruturas de até dois andares, as solicitações de cálculo


podem ser determinadas por análise plástica, ignorando-se os efeitos
de segunda ordem (efeito PΔ).

São admitidas imperfeições geométricas iniciais na forma de


uma imperfeição equivalente global de L/500 ou local de L/1000,
conforme o tipo de contenção adotado, onde L é o comprimento
destravado do elemento.

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Fonte: NBR ABNT 8800/2008

As estruturas são classificadas quanto a sensibilidade a


deslocamentos laterais em estruturas de pequena deslocabilidade,
média deslocabilidade ou grande deslocabilidade.
Uma estrutura é classificada como de pequena deslocabilidade
quando, em todos os seus andares, a relação entre o deslocamento
lateral do andar relativo à base obtido na análise de segunda ordem e
aquele obtido na análise de primeira ordem, em todas as
combinações últimas de ações estipuladas, for igual ou inferior a 1,1.
Uma estrutura é classificada como de média deslocabilidade
quando essa relação for superior a 1,1 e igual ou inferior a 1,4; e de
grande deslocabilidade quando a relação for superior a 1,4.

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Por conveniência de análise, é possível identificar, dentro da


estrutura, subestruturas que, devido a sua grande rigidez a ações
horizontais, resistem a maior parte dessas ações. Essas
subestruturas são chamadas subestruturas de contraventamento
e podem ser pórticos em forma de treliça, paredes de
cisalhamento, incluindo aquelas que delimitam os núcleos de
serviço dos edifícios, e pórticos nos quais a estabilidade é assegurada
pela rigidez a flexão das barras e pela capacidade de transmissão de
momentos das ligações.
Os elementos que não participam dos sistemas resistentes a
ações horizontais são ditos elementos contraventados. As forças que
estabilizam esses elementos devem ser transferidas para as
subestruturas de contraventamento e ser consideradas no
dimensionamento destas últimas.
Os elementos que não dependem das subestruturas de
contraventamento para sua estabilidade são ditos elementos
isolados. São elementos cujo comportamento independe do restante
da estrutura. Elementos contraventados podem ser tratados também
como elementos isolados.

Nas estruturas de pequena deslocabilidade e média


deslocabilidade, os efeitos das imperfeições geométricas
iniciais devem ser levados em conta diretamente na análise, por
meio da consideração, em cada andar, de um deslocamento
horizontal relativo entre os níveis inferior e superior (deslocamento
interpavimento) de h/333, sendo h a altura do andar (distância entre
eixos de vigas).
Admite-se também que esses efeitos sejam levados em
conta por meio da aplicação, em cada andar, de uma força
horizontal equivalente, denominada aqui força nocional, igual a

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0,3% do valor das cargas gravitacionais de cálculo aplicadas em


todos os pilares e outros elementos resistentes a cargas verticais, no
andar considerado.
Nas estruturas de média deslocabilidade, os efeitos das
imperfeições iniciais de material devem ser levados em conta
na análise, reduzindo-se a rigidez a flexão e a rigidez axial das
barras para 80 % dos valores originais. Nas estruturas de
pequena deslocabilidade, esses efeitos não precisam ser
considerados na análise.
Cada parte de um edifício entre juntas de dilatação deve ser
tratada como um edifício isolado.
Devem ser indicadas nos desenhos de projeto as
contraflechas de vigas, inclusive de vigas treliçadas.

O parâmetro de esbeltez dos elementos componentes da seção


transversal é definido pela relação entre largura e espessura.

8) (170 – TCU/2011) Em estruturas metálicas, devido ao


baixo peso em relação às estruturas de concreto armado, não
se aplicam contraflechas em vigas ou treliças.

9) (79 – Hemobras/2008) No projeto de estruturas de aço,


o peso de pisos, paredes permanentes, revestimentos e
acabamentos são considerados ações permanentes.

10) (80 – Hemobras/2008) Não é necessária a verificação do


comportamento de elementos de estruturas de aço à fadiga,
caso sejam utilizados na construção aços classificados como
estruturais.

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11) (41 – TRE-MT/2005) Em estruturas de aço de edifícios,


as ligações consistem de elementos de ligação e meios de
ligação que devem ser convenientemente dimensionados de
forma a garantir a segurança da estrutura. Em relação a tais
elementos ou meios, julgue os itens abaixo.

I - Nas barras com ligações flexíveis nos apoios, as ligações


flexíveis de vigas e de treliças podem levar em conta apenas
as reações de cálculo compatíveis com a hipótese de
flexibilidade, a menos que haja indicação em contrário do
responsável pelo projeto.
II - Na determinação da resistência de cálculo para barras
com ligações rígidas nos apoios, deverão ser considerados os
efeitos combinados de todos os esforços solicitantes de
cálculo provenientes da rigidez total ou parcial das ligações.
III - Ligações sujeitas a solicitação de cálculo inferior a 40 kN,
excetuando-se diagonais de travejamento de barras
compostas, tirantes constituídos de barras redondas e
travessas de fechamento lateral de edifícios, devem ser
dimensionadas para uma solicitação de cálculo igual a 40 kN.
IV - Nos pontos de apoio, vigas e treliças devem ser impedidas
de girar em torno de seu eixo longitudinal.
V - Quando forem usadas chapas sobrepostas a mesas de
barras fletidas, com comprimento inferior ao vão da viga, elas
devem se prolongar além da seção onde teoricamente seriam
desnecessárias, denominada seção de transição.

A quantidade de itens certos é igual a

A 1.

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B 2.
C 3.
D 4.
E 5.

5 – MONTAGEM DAS ESTRUTURAS

Na execução de estruturas metálicas, as ligações entre


elementos estruturais constituem um dos aspectos mais importantes.

As ligações podem ser rígidas, semi-rígidas ou rotuladas


(flexíveis).

Devem ser tomadas precauções na utilização de diferentes aços


na concepção da mesma ligação. Por exemplo, deve-se evitar a
utilização de elementos com diferentes composições químicas (aços
patináveis com aços carbono), sob o risco de que, em certas
condições ambientais, ocorra corrosão galvânica.

Devem ser usados soldas ou parafusos de alta resistência


com protensão inicial em ligações por contato ou por atrito nos
seguintes casos:

- emendas de pilares nas estruturas de andares múltiplos com


mais de 40 m de altura;

- ligações de vigas com pilares e com quaisquer outras vigas


das quais depende o sistema de contraventamento, nas estruturas
com mais de 40 m de altura;

- ligações e emendas de treliças de cobertura, ligações de


treliças com pilares, emendas de pilares, ligações de
contraventamentos de pilares, ligações de mãos francesas ou mísulas
usadas para reforço de pórticos e ligações de peças-suportes de

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pontes rolantes, nas estruturas com pontes rolantes de capacidade


superior a 50 kN;

- ligações de peças sujeitas a ações que produzam impactos ou


tensões reversas.

Para os demais casos, as ligações podem ser feitas com


parafusos de alta resistência sem protensão inicial ou com parafusos
comuns.

Tem-se também os seguintes elementos de ligação:


enrijecedores, chapas de ligação, cantoneiras e consolos.

5.1 - Soldagem:

Chama-se soldagem, ou solda, ao processo de produzir a fusão


entre duas peças de metal, de modo que o local de junção forme com
o todo uma massa homogênea.

A fusão do aço é provocada pelo calor produzido por um arco


voltaico que se dá entre um eletrodo metálico e o aço a soldar,
havendo a deposição do material do eletrodo.

O material fundido deve ser isolado da atmosfera para evitar a


formação de impurezas na solda. Isso pode ser feito com o arco
protegido por fluxo ou gás inerte ou outros meios que impeçam a
combinação do metal em fusão com os gases da atmosfera

Existem três classes de processos de soldagem: por pressão,


por fusão sem pressão e por solda forte.

Os principais tipos de eletrodo para soldas em estruturas


metálicas são:

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- Eletrodo manual revestido: há desprendimento gasoso do


revestimento do eletrodo, proveniente da fusão. Os gases criam uma
atmosfera inerte de proteção para evitar a porosidade (introdução de
O2), a fragilidade (introdução de N2), bem como estabilizar o arco
voltaico, permitindo maior penetração da solda.

- Arco submerso em material granular fusível: O eletrodo


nu é acompanhado de um tubo de fluxo com material granulado, que
funciona como isolante térmico, garantindo assim proteção quanto
aos efeitos da atmosfera. O fluxo granulado funde-se parcialmente,
formando uma camada de escória líquida que posteriormente se
solidifica.

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Os principais eletrodos utilizados são:

- E70xx, com resistência à ruptura por tração: 485MPa (mais


comum)

- E60xx, com resistência à ruptura por tração: 415MPa.

A solda pode ser de penetração total ou parcial.

A penetração total é quando a espessura efetiva da garganta é


igual à espessura da chapa de menor dimensão.

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A penetração parcial é quando da garganta corresponde à


espessura do chanfro.

A verificação estrutural das soldas de penetração (total ou


parcial) consiste na verificação da distribuição das tensões no contato
entre o metal da solda e o metal base. Quando se trata de
penetração total, a verificação se restringe ao metal base, devido ao
fato de o metal da solda apresentar resistência de ruptura maior que
este.

As seguintes disposições são aplicáveis:

- a área efetiva das soldas de penetração total e parcial deve


ser calculada como o produto do comprimento efetivo da solda pela
espessura da garganta efetiva;

- o comprimento efetivo de uma solda de penetração total e


parcial é igual ao seu comprimento real, o qual deve ser igual a
largura da parte ligada;

- a espessura da garganta efetiva de uma solda de penetração


total deve ser tomada igual a menor das espessuras das partes
soldadas.

As espessuras mínimas de gargantas efetivas de soldas de


penetração parcial estão indicadas na Tabela a seguir:

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Fonte: NBR ABNT 8800/2008

Não podem ser usadas soldas de penetração parcial em


emendas de peças fletidas.

Quanto à posição, as soldas poderão ser:

- verticais

- horizontais

- intermitentes

- sobre cabeça

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E quanto ao tipo:

- de entalhe

- de topo

- tipo filete

- intermitentes

- tipo ranhura

- tipo tampão

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12) (168 – TCU/2005) Na solda com eletrodo manual


revestido, o revestimento tem a função de produzir gases
inertes para evitar formação de impurezas na solda.

5.1.1 – Definições

- Pontos de solda: segmentos de solda, aplicados na montagem de


oficina, para manter na posição adequada as peças a serem unidas.

- Cordão de solda: metal de solda depositado ao longo de uma


junta formando um elemento contínuo.

- Cratera: depressão no cordão de solda formada pelo arco voltaico


no momento de sua extinção.

- Passe: metal de solda depositado em uma passagem do eletrodo


ao longo do eixo da solda.

- Sobreposto: metal de solda escorrido sobre o metal base, sem


fusão local.

- Mordedura: depressão causada por fusão no metal base, ao pé da


solda.

- Raiz da junta: zona da junta em que é menor o afastamento das


peças a unir.

- Abertura da raiz: distância entre as peças a unir, na raiz da junta.

- Junta de topo: junta entre duas peças, topo a topo, dispostas


aproximadamente no mesmo plano.

- Chapa auxiliar de espera (cobre-junta): material usado como


apoio, atrás da junta, durante a soldagem, que evita o vazamento da
solda através da fresta. Após a solda poderá ser retirada ou não.

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5.1.2 - Soldas de Entalhe

São utilizadas quando se deseja preenchimento total do espaço


entre as peças ligadas.

As espessuras mínimas de gargantas efetivas de soldas de


entalhe de penetração parcial estão indicadas a seguir:

13) (146 – TCU/2005 - Cespe) No que tange a ligações de


componentes de uma estrutura metálica por soldas, o
comprimento efetivo de uma solda de entalhe é igual ao seu
comprimento real, o qual deve ser igual à largura da parte
ligada.

14) (24 – TRE-MA/2005) No caso de ligação de componentes


de uma estrutura metálica por solda de entalhe de penetração
total, a garganta efetiva da solda deve ser tomada como igual

A a 50% do comprimento efetivo da solda.


B a 75% do comprimento efetivo da solda.
C à média das espessuras das partes soldadas.
D à maior das espessura das partes soldadas.
E à menor das espessuras das partes soldadas.

5.1.3 - Soldas de Filete (solda de ângulo)

É solda de seção transversal aproximadamente triangular,


unindo duas superfícies aproximadamente ortogonais.

Ela é caracterizada pela medida da garganta e dos lados.

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A garganta ou altura de um filete, é a altura relativa à


hipotenusa do maior triângulo retângulo que puder ser inscrito na
seção transversal do filete.

Os lados ou pernas do filete são os catetos do maior triângulo


que puder ser inscrito na seção transversal de um filete.

Recomenda-se a utilização de soldas de filete pelo método do


arco submerso devido ao fato de serem mais confiáveis.

O tamanho mínimo da perna de uma solda de filete é dado na


Tabela seguinte, em funçao da parte menos espessa soldada:

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As dimensões máximas a serem adotadas para as pernas dos


filetes, são condicionadas pela espessura da chapa mais fina,
conforme mostra a figura a seguir:

15) (78 – Hemobras/2008) As soldas de filete não devem ser


empregadas para a união de componentes de estruturas de
aço.

5.1.4 - Soldas de Topo

As soldas de topo, quando bem executadas, têm resistência


igual ou maior que o metal base e não há necessidade de se calcular

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as tensões nelas desenvolvidas. Nessas soldas, de topo, as peças


podem ser unidas com ou sem preparo das extremidades.

As soldas de ranhura ou tampão são aquelas de enchimento.

No caso de peças que devam receber solda de filete, se a


separação entre peças ultrapassar 1,5 mm, a dimensão da solda
deverá sofrer acréscimo igual à separação correspondente. Em
nenhum caso será admitida separação maior que 5 mm.

16) (35 – TCE/TO - 2008) As soldas são de fundamental


importância para as condições de estabilidade de uma
estrutura metálica. Com relação a esse assunto, assinale a
opção incorreta.

A) Em geral, no processo de soldagem, a fusão do aço é


provocada pelo calor produzido por um arco voltaico.
B) A solda de entalhe pode ser de penetração total ou parcial.
C) Na solda de filete, o material de solda é depositado nas
faces laterais dos elementos ligados.
D) Nas soldas de tampão e de ranhura, o material de solda é
depositado em orifícios circulares ou alongados feitos em uma
das chapas do material base.
E) A ruptura de uma ligação soldada só se dá na interface
entre o material depositado (metal de solda) e a peça (metal
base).

5.2 - Ligações com Parafusos

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Nas ligações com parafusos de alta resistência trabalhando


a corte, os desenhos de projeto devem indicar o tipo de ligação,
por atrito ou por contato.

Fonte: <http://www.ime.eb.br/~moniz/metalica/fotos/terminal2_galeao/P1020178.JPG>

O espaçamento máximo entre parafusos que ligam uma chapa


a um perfil ou a outra chapa, em contato contínuo, deve ser
determinado como a seguir:

- em elementos pintados ou não sujeitos à corrosão, o


espaçamento não pode exceder 24 vezes a espessura da parte ligada
menos espessa, nem 300 mm;

- em elementos sujeitos à corrosão atmosférica, executados


com aços resistentes à corrosão, não pintados, o espaçamento não

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pode exceder 14 vezes a espessura da parte ligada menos espessa,


nem 180 mm.

Na determinação da força de tração solicitante de cálculo em


parafusos e barras redondas rosqueadas, deve-se levar em conta o
efeito alavanca, produzido pelas deformações das partes ligadas,
conforme a seguir:

17) (147 – TCU/2005) Nas ligações de partes de estruturas


metálicas por meio de parafusos, a distância entre o centro de
um furo padrão e qualquer borda de uma parte ligada deve ser
superior a um valor mínimo estipulado, que depende do
instrumento ou ferramenta utilizado no corte da borda.

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6 – CONSIDERAÇÕES ADICIONAIS

6.1 – Fratura Frágil

Em algumas situações de ligações e detalhes sujeitos a estados


triplos de tração, causados, por exemplo, por entalhes e tensões
residuais, principalemente a baixas temperaturas, pode ocorrer
fratura frágil.

Para evitar esse tipo de estado-limite, é necessário que sejam


evitadas transições bruscas, tensões residuais excessivas e partes
soldadas excessivamente espessas.

6.2 – Devem ser incluídas no projeto considerações a respeito de


contraflechas, de proteção contra corrosão nos componentes de aço
e de durabilidade.

(170 - TCU/2011 - Cespe) Em estruturas metálicas, devido ao


baixo peso em relação às estruturas de concreto armado, não
se aplicam contraflechas em vigas ou treliças.

6.3 – As vigas e treliças que forem detalhadas sem identificação de


contraflecha devem ser fabricadas de modo que as pequenas
deformações resultantes da laminação ou da fabricação fiquem
voltadas para cima após a montagem.

6.4 – Os componentes de aço da estrutura devem ser dimensionados


com sobrespessura para tolerar corrosão ou devem ser protegidos
contra a corrosão.

A proteção contra corrosão nas superfícies internas de peças


cujo interior é permanentemente vedado contra a penetração de
oxigênio externo é considerada desnecessária.

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18) (167 – TCU/2011) Se o material laminado não atender às


tolerâncias de curvatura, planicidade ou geometria, não será
admitida sua correção por aquecimento ou desempeno
mecânico, pois, invariavelmente, esse procedimento altera as
características mecânicas da peça.

19) (168 – TCU/2011) Para evitar tensões internas


excessivas no aço, durante a realização de solda, devem-se
posicionar as peças de tal modo que a maior parte do calor
produzido seja aplicado ao material menos espesso.

(Hemobras/2008) Julgue os itens seguintes relativos a aços e


armaduras para execução de peças de concreto armado.

20) 55 – As cordoalhas e os fios de aço não podem ser


utilizados em peças de concreto protendido.

21) 56 - A armação treliçada, ou treliça metálica, é uma


armação executada por eletrofusão, de modo a formar duas
treliças unidas pelo vértice.

22) 57 - A tela soldada nervurada é uma armadura pré-


fabricada constituída por fios de aço, em forma de malha,
destinada a armar concreto.

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7 – QUESTÕES COMENTADAS

1) (167 – TCU/2005) Em estruturas usuais de aço, o emprego de


aços com teor moderado ou baixo de carbono exige precauções
especiais para o processo de soldagem.

Os aços com baixo teor de carbono têm menor resistência à


tração, porém são mais dúcteis.

Por isso, de acordo com Pfeil (2000), em estruturas usuais de


aço, utilizam-se teores de carbono baixos ou moderados, os quais
podem ser soldados sem precauções especiais.

Gabarito: Errada

(41 - PF/2002) Julgue os itens subseqüentes, referentes a aços


utilizados em construções civis.

2) 1 - O aumento do teor de carbono no aço eleva a sua


resistência, porém diminui a sua ductilidade.

Conforme o livro “Estruturas de Aço – Dimensionamento


Prático”, dos autores Walter Pfeil e Michèle Pfeil, o principal material
utilizado nas estruturas metálicas é o aço, que é uma liga de ferro e
carbono com outros elementos adicionais como o silício, manganês,
fósforo, enxofre etc. O teor de carbono varia de 0% a 1,7%. O
carbono aumenta a resistência do aço, porém o torna mais duro e
frágil.

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A ductilidade é a capacidade do material de se deformar sob a


ação de cargas e a fragilidade é o oposto da ductilidade.

Os aços com baixo teor de carbono têm menor resistência à


tração, porém são mais dúcteis.

Gabarito: Correta

3) 2 - O módulo de elasticidade é praticamente igual para todos os


tipos de aço, com valor aproximadamente igual a 210 kN/mm2 (ou
21.000 kgf/mm2).

O módulo de elasticidade ou módulo de deformação


longitudinal, ou ainda módulo de Young, é o coeficiente de
proporcionalidade entre as tensões e as deformações.

Segundo Pfeil (2000), o módulo de elasticidade é praticamente


igual para todos os tipos de aço, valendo E = 205.000 MPa.

A norma NBR 8800/2008 considera, para efeitos de cálculo, o


módulo de elasticidade E = 200.000 MPa.

Segundo a NBR 6118/2007, na falta de ensaios ou valores


fornecidos pelo fabricante, o módulo de elasticidade do aço pode ser
admitido igual a 210 GPa = 210.000 MPa = 210 kN/mm2 = 21.000
kgf/mm2.

Gabarito: Correta

4) 3 - A deformação de escoamento de aços-carbono é


aproximadamente igual a 2%.

Esse valor é de 0,2% em vez de 2%. Acima desse valor o aço


apresenta um comportamento inelástico.

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Diagrama Real

Diagrama simplificado para dimensionamento


Fonte: livro Curso de Concreto do autor José Carlos Sussekind

Gabarito: Errada

5) 4 - Os aços podem ter a sua resistência diminuída pela ação de


baixas temperaturas ambientes ou efeitos térmicos locais causados
por solda elétrica, por exemplo.

Baixas temperaturas tornam os aços mais frágeis, menos


dúcteis, o que diminui o seu limite de resistência. A solda elétrica
pode elevar demasiadamente a temperatura do local de contato a
ponto de reduzir a resistência local do aço.

Gabarito: Correta

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6) 5 - A tenacidade de um aço é medida pela área total


compreendida entre a sua curva tensão-deformação e o eixo das
deformações (abscissas).

Tenacidade é a energia total, elástica e plástica que o material


pode absorver por unidade de volume até a sua ruptura. Em tração
simples, a tenacidade é representada pela área total do diagrama
tensão – deformação.

Gabarito: Correta

7) (169 – TCU/2011) O perfil em chapa dobrada, um dos produtos


estruturais derivados de aço plano, é especialmente recomendado
para colunas e vigas em estruturas robustas.

De acordo com o Manual de Construção da SEAP, todas as


colunas, vigas principais ou secundárias e outras peças da estrutura
deverão ser compostas com chapas ou perfis laminados inteiramente
soldados, conforme indicação do projeto.
Portanto, as colunas e vigas constituídas por elementos
soldados em vez de dobrados.

Gabarito: Errada

8) (170 – TCU/2011) Em estruturas metálicas, devido ao baixo


peso em relação às estruturas de concreto armado, não se aplicam
contraflechas em vigas ou treliças.

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De acordo com a NBR 8800/2008, devem ser incluídas no


projeto considerações a respeito de contraflechas e de proteção
adequada contra corrosão.
Geralmente, a treliças de vão igual ou superior a 24 metros,
devem ser aplicadas contraflechas aproximadamente iguais à flecha
resultante de carga permanente nominal. Para vigas de rolamento de
vão igual ou superior a 20 m, geralmente deve ser dada contraflecha
igual à flecha resultante da carga permanente nominal mais 50% da
carga móvel nominal.
As vigas e treliças, que forem detalhadas sem indicação de
contraflecha, devem ser fabricadas de modo que as pequenas
deformações, resultantes da laminação ou da fabricação, fiquem
voltadas para cima após a montagem.

Gabarito: Errada

9) (79 – Hemobras/2008) No projeto de estruturas de aço, o peso


de pisos, paredes permanentes, revestimentos e acabamentos são
considerados ações permanentes.

Essa informação está exatamente de acordo com a versão


anterior da norma NBR 8800/2008, que descrevia as ações
permanentes como:

G: ações permanentes incluindo peso próprio da estrutura e


peso de todos os elementos componentes da construção, tais
como pisos, paredes permanentes, revestimentos e
acabamentos, instalações e equipamentos fixos, etc.

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A versão atual da norma NBR 8800, de 2008, divide as ações


permanentes em diretas e indiretas:
- Ações Permanentes Diretas: peso próprio da estrutura e pesos
próprios dos elementos construtivos fixos e das instalações
permanentes, além dos empuxos permanentes (movimento de terra
e outros materiais granulosos não removíveis);
- Ações Permanentes Indiretas: constituídas pelas deformações
impostas por retração ou fluência do concreto, deslocamentos de
apoio e imperfeições geométricas.

Além das ações permanentes, a norma prevê as ações variáveis


e excepcionais:
- Ações Variáveis: ocorrem com valores que apresentam
variações significativas durante a vida útil da construção. São
causadas pelo uso e ocupação da edificação, tais como as ações
decorrentes de sobrecargas em pisos e coberturas, de equipamentos
e de divisórias móveis, de pressões hidrostáticas e hidrodinâmicas,
pela ação do vento e pela variação da temperatura.
Recomenda-se para a variação da temperatura da atmosfera, a
adoção de um valor considerando 60% da diferença entre as
temperaturas médias máxima e mínima, no local da obra, com um
mínimo de 10ºC.
- Ações Excepcionais: são as que têm duração extremamente
curta e probabilidade muito baixa de ocorrência durante a vida da
construção. São ações excepcionais aquelas decorrentes de causas
como explosões, choques de veículos, incêndios, enchentes e sismos
excepcionais.

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Apesar da mudança na forma de descrever as ações


permanentes da nova versão da norma, percebemos que as cargas
descritas continuam nesse enquadramento.

Gabarito: Correta

10) (80 – Hemobras/2008) Não é necessária a verificação do


comportamento de elementos de estruturas de aço à fadiga, caso
sejam utilizados na construção aços classificados como estruturais.

A fadiga deve ser considerada nos casos de estruturas sujeitas


a vibrações.
Quando as peças metálicas trabalham sob efeito de esforços
repetidos em grande número, pode haver ruptura em tensões
inferiores às obtidas em ensaios estáticos. Esse efeito denomina-se
fadiga do material.
Segundo a norma NBR 8800/2008, vibrações contínuas
indesejáveis decorrentes de equipamentos mecânicos ou vibrações
devidas ao vento devem ser levadas em conta na verificação de
estados limites últimos, incluindo fadiga.
Estruturas suportes de pontes rolantes e de máquinas são
freqüentemente sujeitas a condições de fadiga.
Portanto, a análise à fadiga está relacionada à repetição das
cargas e não ao tipo de elemento estrutural adotado.

Gabarito: Errada

11) (41 – TRE-MT/2005) Em estruturas de aço de edifícios, as


ligações consistem de elementos de ligação e meios de ligação que
devem ser convenientemente dimensionados de forma a garantir a

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segurança da estrutura. Em relação a tais elementos ou meios, julgue


os itens abaixo.

I - Nas barras com ligações flexíveis nos apoios, as ligações flexíveis


de vigas e de treliças podem levar em conta apenas as reações de
cálculo compatíveis com a hipótese de flexibilidade, a menos que haja
indicação em contrário do responsável pelo projeto.

Essa consideração está de acordo com a norma NBR


8800/2008, que diz que as ligações flexíveis de vigas e de treliças
podem levar em conta apenas as reações de cálculo compatíveis com
a hipótese de flexibilidade, a menos que haja indicação em contrário
do responsável pelo projeto.
Estas ligações flexíveis devem permitir a rotação de vigas
simplesmente apoiadas nas extremidades; para isto, permite-se a
consideração de deformações não elásticas auto-limitáveis na ligação.
Gabarito: Correta

II - Na determinação da resistência de cálculo para barras com


ligações rígidas nos apoios, deverão ser considerados os efeitos
combinados de todos os esforços solicitantes de cálculo provenientes
da rigidez total ou parcial das ligações.

Essa consideração também está de acordo com a norma NBR


8800/2008:
“Na determinação da resistência de cálculo de ligações rígidas
ou semi-rígidas, devem ser considerados os efeitos combinados
de todos os esforços solicitantes de cálculo, provenientes da
rigidez total ou parcial das ligações.”
Gabarito: Correta

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III - Ligações sujeitas a solicitação de cálculo inferior a 40 kN,


excetuando-se diagonais de travejamento de barras compostas,
tirantes constituídos de barras redondas e travessas de fechamento
lateral de edifícios, devem ser dimensionadas para uma solicitação de
cálculo igual a 40 kN.
Essa consideração estava de acordo com a versão anterior da
norma NBR 8800/2008, cuja versão atual prevê:
“Ligações sujeitas a uma força solicitante de cálculo, em
qualquer direção, inferior a 45 kN, excetuando-se diagonais e
montantes de travejamento de barras compostas, tirantes
constituídos de barras redondas, travessas de fechamento
lateral e terças de cobertura de edifícios, devem ser
dimensionadas para uma força solicitante de cálculo igual a 45
kN, com direção e sentido da força atuante.”
Além disso:
“Recomenda-se, a critério do responsável técnico do projeto,
que as ligações de barras tracionadas ou comprimidas sejam
dimensionadas no mínimo para 50% da força axial resistente de
cálculo da barra, referente ao tipo de solicitação que comanda o
dimensionamento da respectiva barra (tração ou compressão).”

Gabarito antes da NBR 8800/2008: Correta


Gabarito após a NBR 8800/2008: Errada

IV - Nos pontos de apoio, vigas e treliças devem ser impedidas de


girar em torno de seu eixo longitudinal.

Texto da norma NBR 8800/2008:

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“Nos pontos de apoio, vigas e treliças devem ter rotação


impedida em relação ao seu eixo longitudinal.”
Gabarito: Correta

V - Quando forem usadas chapas sobrepostas a mesas de barras


fletidas, com comprimento inferior ao vão da viga, elas devem se
prolongar além da seção onde teoricamente seriam desnecessárias,
denominada seção de transição.

Segundo a NBR 8800/2008:


“Chapas de reforço sobrepostas a mesas, com
comprimento inferior ao vão da viga, devem se prolongar
além da seção onde teoricamente não seriam mais
necessárias, denominada seção de transição. Esse
prolongamento deve ser ligado à mesa original por parafusos de
alta resistência (com ligações por atrito) ou por soldas de filete,
dimensionados para uma força de solicitante de cálculo
correspondente à resultante das tensões normais na lamela,
causadas pelo momento fletor solicitante de cálculo na seção de
transição.”
Gabarito: Correta

A quantidade de itens certos é igual a

A 1.
B 2.
C 3.
D 4.
E 5.

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Gabarito anterior à norma NBR 8800/2008: E

Gabarito atual: D

12) (168 – TCU/2005) Na solda com eletrodo manual revestido, o


revestimento tem a função de produzir gases inertes para evitar
formação de impurezas na solda.

Os principais tipos de eletrodo para soldas em estruturas


metálicas são:

- Eletrodo manual revestido: há desprendimento gasoso do


revestimento do eletrodo, proveniente da fusão. Os gases criam uma
atmosfera inerte de proteção para evitar a porosidade (introdução de
O2), a fragilidade (introdução de N2), bem como estabilizar o arco
voltaico, permitindo maior penetração da solda.

- Arco submerso em material granular fusível: O eletrodo


nu é acompanhado de um tubo de fluxo com material granulado, que
funciona como isolante térmico, garantindo assim proteção quanto
aos efeitos da atmosfera. O fluxo granulado funde-se parcialmente,
formando uma camada de escória líquida que posteriormente se
solidifica.

Gabarito: Correta

13) (146 – TCU/2005) No que tange a ligações de componentes de


uma estrutura metálica por soldas, o comprimento efetivo de uma
solda de entalhe é igual ao seu comprimento real, o qual deve ser
igual à largura da parte ligada.

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A nova versão da NBR 8800, de 2008, designa a solda de


entalhe como soldas de penetração total e parcial.
Sobre esse tipo de solda constam as seguintes considerações:
a) a área efetiva deve ser calculada como o produto do
comprimento efetivo da solda pela espessura da garganta efetiva;
b) o comprimento efetivo é igual ao seu comprimento
real, o qual deve ser igual à largura da parte ligada;
c) a garganta efetiva de uma solda de penetração total deve ser
tomada igual à menor das espessuras das partes soldadas;

Gabarito: Correta

14) (24 – TRE-MA/2005) No caso de ligação de componentes de


uma estrutura metálica por solda de entalhe de penetração total, a
garganta efetiva da solda deve ser tomada como igual

A a 50% do comprimento efetivo da solda.


B a 75% do comprimento efetivo da solda.
C à média das espessuras das partes soldadas.
D à maior das espessura das partes soldadas.
E à menor das espessuras das partes soldadas.

De acordo com a norma NBR 8800/2008:


a) a área efetiva das soldas de entalhe deve ser calculada como
o produto do comprimento efetivo da solda pela espessura da
garganta efetiva;
b) o comprimento efetivo de uma solda de entalhe é igual ao
seu comprimento real, o qual deve ser igual à largura da parte
ligada;

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c) a garganta efetiva de uma solda de entalhe de


penetração total deve ser tomada igual à menor das
espessuras das partes soldadas.

Gabarito: E

15) (78 – Hemobras/2008) As soldas de filete não devem ser


empregadas para a união de componentes de estruturas de aço.

A solda de filete é um tipo de solda que apresenta seção


transversal aproximadamente triangular, unindo duas superfícies
aproximadamente ortogonais.

A classificação das soldas de eletrodo se dá pela posição do


material de solda em relação ao material base.

Nas soldas de filete, o material de solda é depositado nas faces


laterais dos elementos dos elementos ligados.

Nas soldas de entalhe, o metal de solda é colocado diretamente


entre as peças metálicas, em geral dentro dos chanfros. A solda pode
ser de penetração total ou parcial.

E nas soldas de tampão e de ranhura, o material de solda é


depositada em orifícios circulares ou alongados feitos em uma das
chapas do material base.

A figura abaixo apresenta a solda de filete, a solda de entalhe e


a solda de tampão:

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Fonte: <http://aquarius.ime.eb.br/~moniz/pdf/lig_sold_04.pdf>

Gabarito: Errada

16) (35 – TCE/TO - 2008) As soldas são de fundamental


importância para as condições de estabilidade de uma estrutura
metálica. Com relação a esse assunto, assinale a opção incorreta.

A) Em geral, no processo de soldagem, a fusão do aço é provocada


pelo calor produzido por um arco voltaico.
B) A solda de entalhe pode ser de penetração total ou parcial.
C) Na solda de filete, o material de solda é depositado nas faces
laterais dos elementos ligados.
D) Nas soldas de tampão e de ranhura, o material de solda é
depositado em orifícios circulares ou alongados feitos em uma das
chapas do material base.
E) A ruptura de uma ligação soldada só se dá na interface entre o
material depositado (metal de solda) e a peça (metal base).

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A letra E está errada, pois, em geral, a solda, formada pela


fusão entre o metal de solda e a o metal base, é mais resistente que
a peça em si, não representando, assim, o elo mais fraco da peça
soldada.

Gabarito: E

17) (147 – TCU/2005) Nas ligações de partes de estruturas


metálicas por meio de parafusos, a distância entre o centro de um
furo padrão e qualquer borda de uma parte ligada deve ser superior a
um valor mínimo estipulado, que depende do instrumento ou
ferramenta utilizado no corte da borda.

A distância do centro de um furo padrão a qualquer borda de


uma parte ligada não pode ser inferior ao valor indicado na tabela a
seguir, onde db é o diâmetro do parafuso ou barra redonda
rosqueada:

Pela tabela percebe-se que as distâncias mínimas variam de


acordo com o equipamento de corte da borda, que pode ser serra,
tesoura ou maçarico.

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Gabarito: Correta

(TCU/2011) A respeito da fiscalização das características do projeto e


execução de estruturas metálicas, julgue os próximos itens.

18) (167 – TCU/2011) Se o material laminado não atender às


tolerâncias de curvatura, planicidade ou geometria, não será admitida
sua correção por aquecimento ou desempeno mecânico, pois,
invariavelmente, esse procedimento altera as características
mecânicas da peça.

No Manual de Construção da SEAP, no subitem 2.2.4 – Produtos


Laminados, consta que se o material recebido não atender às
tolerâncias da ASTM A6 relativas à curvatura, planicidade, geometria
e outros requisitos, será admitida a correção por aquecimento ou
desempeno mecânico, dentro dos limites indicados na norma.
Portanto, ao contrário do que diz a questão, admite-se a
correção do material laminado por aquecimento ou desempeno
mecânico.

Gabarito: Errada

19) (168 – TCU/2011) Para evitar tensões internas excessivas no


aço, durante a realização de solda, devem-se posicionar as peças de
tal modo que a maior parte do calor produzido seja aplicado ao
material menos espesso.

No Manual de Construção da SEAP, no subitem 2.2.5 – Perfis


Soldados, consta que as soldas entre abas e almas serão de ângulo e

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contínuas ou de topo com penetração total, executadas por


equipamento inteiramente automático. Poderão ser utilizadas chapas
de encosto em função das necessidades. As soldas de enrijecedores
às almas das peças deverão ser semi-automáticas ou manuais.
Os elementos deverão ser posicionados de tal modo que a
maior parte do calor desenvolvido durante a solda seja
aplicado ao material mais espesso. As soldas serão iniciadas pelo
centro e se estenderão até as extremidades, permitindo que estas
estejam livres para compensar a contração da solda e evitar o
aparecimento de tensões confinadas.
Além disso, todas as soldas a arco serão do tipo submerso e
deverão obedecer às normas da AWS.
Portanto, ao contrário do que diz a questão, a maior parte do
calor desenvolvido durante a solda deve ser aplicado ao material mais
espesso.

Gabarito: Errada

(Hemobras/2008) Julgue os itens seguintes relativos a aços e


armaduras para execução de peças de concreto armado.

20) (55 – Hemobras/2008) As cordoalhas e os fios de aço não


podem ser utilizados em peças de concreto protendido.

Pessoal, pelo contrário, conforme a norma NBR 6118, a


armadura ativa ou de protensão é constituída por barra, fios isolados
ou cordoalhas, destinada à produção de forças de protensão, isto é,
na qual se aplica um pré-alongamento inicial.
Portanto, as cordoalhas e fios de aço destinam-se às peças de
concreto protendido.

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Gabarito: Errada

21) 56 - A armação treliçada, ou treliça metálica, é uma armação


executada por eletrofusão, de modo a formar duas treliças unidas
pelo vértice.

Fonte: <http://www.lajesepaineisfronteira.com.br/Interna.aspx?idSite=260&iId=1513>

Pessoal, a armação treliçada é exatamente isso, ou seja, é uma


estrutura formada por sistema de eletrofusão, de modo a formar
duas treliças unidas pelo vértice. As diagonais proporcionam rigidez
ao conjunto e excelentes condições de transporte e manuseio.
Podemos dividir esse elemento em três partes distintas:
• Banzo inferior (ferragem positiva) - serve para combater as
tensões de tração oriundas da flexão. Quando necessário, coloca-se a
ferragem adicional para combater as tensões de tração;
• Banzo superior (ferragem negativa) - é o principal
responsável pela rigidez ao transporte a também determina a
distância máxima entre as linhas de escora;
• Sinusoide (ferragem transversal) - é responsável pela rigidez
ao transporte e também determinar a distância máxima entre as
linhas de escora.

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A altura da treliça varia normalmente entre 8 e 30 cm. A


distância entre os nós (passo da sinusóide) é de 20 cm e a distância
entre as duas barras do banzo inferiores, são geralmente iguais a 8
cm.
As treliças sãs padronizadas por um código TR seguida dos
seguintes dígitos: os dois primeiros representam a altura da treliça e
os 3 últimos representam as bitolas em mm do banzo superior,
sinusoide e banzo inferior, respectivamente, sem casas decimais.

A armadura das treliças é constituída de fios de aço CA60, com


resistência característica de 6000 kgf/cm2. Desta forma, por
exemplo, o código TR20656, designa uma treliça de 20 cm de altura,
um fio de 6 mm no banzo superior, sinusoides com 5 mm e dois fios
de 6 mm no banzo inferior. (fonte: treliart)

Gabarito: Correta

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22) 57 - A tela soldada nervurada é uma armadura pré-fabricada


constituída por fios de aço, em forma de malha, destinada a armar
concreto.

A tela soldada nervurada é uma armadura pré-fabricada


constituída por fios de aço nervurados, destinada a armar concreto,
em forma de rede de malhas retangulares, constituída de fios de aço
longitudinais e transversais, sobrepostos e soldados em todos os
pontos de contato (nós), por resistência elétrica (caldeamento).

Fonte: < https://www.belgo.com.br/produtos/construcao_civil/telas_belgo/pdf/telas_belgo.pdf>

Gabarito: Correta

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8 – QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA

1) (167 – TCU/2005) Em estruturas usuais de aço, o emprego de


aços com teor moderado ou baixo de carbono exige precauções
especiais para o processo de soldagem.

(41 - PF/2002) Julgue os itens subseqüentes, referentes a aços


utilizados em construções civis.

2) 1 - O aumento do teor de carbono no aço eleva a sua


resistência, porém diminui a sua ductilidade.

3) 2 - O módulo de elasticidade é praticamente igual para todos os


tipos de aço, com valor aproximadamente igual a 210 kN/mm2 (ou
21.000 kgf/mm2).

4) 3 - A deformação de escoamento de aços-carbono é


aproximadamente igual a 2%.

5) 4 - Os aços podem ter a sua resistência diminuída pela ação de


baixas temperaturas ambientes ou efeitos térmicos locais causados
por solda elétrica, por exemplo.

6) 5 - A tenacidade de um aço é medida pela área total


compreendida entre a sua curva tensão-deformação e o eixo das
deformações (abscissas).

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7) (169 – TCU/2011) O perfil em chapa dobrada, um dos produtos


estruturais derivados de aço plano, é especialmente recomendado
para colunas e vigas em estruturas robustas.

8) (170 – TCU/2011) Em estruturas metálicas, devido ao baixo


peso em relação às estruturas de concreto armado, não se aplicam
contraflechas em vigas ou treliças.

9) (79 – Hemobras/2008) No projeto de estruturas de aço, o peso


de pisos, paredes permanentes, revestimentos e acabamentos são
considerados ações permanentes.

10) (80 – Hemobras/2008) Não é necessária a verificação do


comportamento de elementos de estruturas de aço à fadiga, caso
sejam utilizados na construção aços classificados como estruturais.

11) (41 – TRE-MT/2005) Em estruturas de aço de edifícios, as


ligações consistem de elementos de ligação e meios de ligação que
devem ser convenientemente dimensionados de forma a garantir a
segurança da estrutura. Em relação a tais elementos ou meios, julgue
os itens abaixo.

I - Nas barras com ligações flexíveis nos apoios, as ligações flexíveis


de vigas e de treliças podem levar em conta apenas as reações de
cálculo compatíveis com a hipótese de flexibilidade, a menos que haja
indicação em contrário do responsável pelo projeto.
II - Na determinação da resistência de cálculo para barras com
ligações rígidas nos apoios, deverão ser considerados os efeitos
combinados de todos os esforços solicitantes de cálculo provenientes
da rigidez total ou parcial das ligações.

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III - Ligações sujeitas a solicitação de cálculo inferior a 40 kN,


excetuando-se diagonais de travejamento de barras compostas,
tirantes constituídos de barras redondas e travessas de fechamento
lateral de edifícios, devem ser dimensionadas para uma solicitação de
cálculo igual a 40 kN.
IV - Nos pontos de apoio, vigas e treliças devem ser impedidas de
girar em torno de seu eixo longitudinal.
V - Quando forem usadas chapas sobrepostas a mesas de barras
fletidas, com comprimento inferior ao vão da viga, elas devem se
prolongar além da seção onde teoricamente seriam desnecessárias,
denominada seção de transição.

A quantidade de itens certos é igual a

A 1.
B 2.
C 3.
D 4.
E 5.

12) (168 – TCU/2005) Na solda com eletrodo manual revestido, o


revestimento tem a função de produzir gases inertes para evitar
formação de impurezas na solda.

13) (146 – TCU/2005) No que tange a ligações de componentes de


uma estrutura metálica por soldas, o comprimento efetivo de uma
solda de entalhe é igual ao seu comprimento real, o qual deve ser
igual à largura da parte ligada.

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14) (24 – TRE-MA/2005) No caso de ligação de componentes de


uma estrutura metálica por solda de entalhe de penetração total, a
garganta efetiva da solda deve ser tomada como igual

A a 50% do comprimento efetivo da solda.


B a 75% do comprimento efetivo da solda.
C à média das espessuras das partes soldadas.
D à maior das espessura das partes soldadas.
E à menor das espessuras das partes soldadas.

15) (78 – Hemobras/2008) As soldas de filete não devem ser


empregadas para a união de componentes de estruturas de aço.

16) (35 – TCE/TO - 2008) As soldas são de fundamental


importância para as condições de estabilidade de uma estrutura
metálica. Com relação a esse assunto, assinale a opção incorreta.

A) Em geral, no processo de soldagem, a fusão do aço é provocada


pelo calor produzido por um arco voltaico.
B) A solda de entalhe pode ser de penetração total ou parcial.
C) Na solda de filete, o material de solda é depositado nas faces
laterais dos elementos ligados.
D) Nas soldas de tampão e de ranhura, o material de solda é
depositado em orifícios circulares ou alongados feitos em uma das
chapas do material base.
E) A ruptura de uma ligação soldada só se dá na interface entre o
material depositado (metal de solda) e a peça (metal base).

17) (147 – TCU/2005) Nas ligações de partes de estruturas


metálicas por meio de parafusos, a distância entre o centro de um

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furo padrão e qualquer borda de uma parte ligada deve ser superior a
um valor mínimo estipulado, que depende do instrumento ou
ferramenta utilizado no corte da borda.

(TCU/2011) A respeito da fiscalização das características do projeto e


execução de estruturas metálicas, julgue os próximos itens.

18) (167 – TCU/2011) Se o material laminado não atender às


tolerâncias de curvatura, planicidade ou geometria, não será admitida
sua correção por aquecimento ou desempeno mecânico, pois,
invariavelmente, esse procedimento altera as características
mecânicas da peça.

19) (168 – TCU/2011) Para evitar tensões internas excessivas no


aço, durante a realização de solda, devem-se posicionar as peças de
tal modo que a maior parte do calor produzido seja aplicado ao
material menos espesso.

(Hemobras/2008) Julgue os itens seguintes relativos a aços e


armaduras para execução de peças de concreto armado.

20) (55 – Hemobras/2008) As cordoalhas e os fios de aço não


podem ser utilizados em peças de concreto protendido.

21) 56 - A armação treliçada, ou treliça metálica, é uma armação


executada por eletrofusão, de modo a formar duas treliças unidas
pelo vértice.

22) 57 - A tela soldada nervurada é uma armadura pré-fabricada


constituída por fios de aço, em forma de malha, destinada a armar
concreto.

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9 - GABARITO

1) Errada 7) Errada 13) Correta 19) Errada

2) Correta 8) Errada 14) E 20) Errada

3) Correta 9) Correta 15) Errada 21) Correta

4) Errada 10) Errada 16) E 22) Correta

5) Correta 11) D(*) 17) Correta

6) Correta 12) Correta 18) Errada

(*)
O gabarito oficial é a letra E, contudo, com a versão da norma NBR 8800/2008, o
gabarito passa a ser letra D.

10 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

- Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. NBR


6118/2007 – Projeto de Estruturas de Concreto -
Procedimento.

- Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. NBR


8800/2008 – Projeto e Execução de Estruturas de Aço em
Edifícios.

- Brasil. Secretaria de Estado da Administração e Patrimônio – SEAP.


Manual de Obras Públicas – Edificações – Práticas SEAP.

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- Instituto Brasileiro de Siderurgia. Ligações em estruturas


metálicas. Rio de Janeiro: IBS/CBCA, 2004.

- Estruturas Metálicas. Notas de aula do Professor Glauco José de


Oliveira Rodrigues, disponível em
<http://www.profwandersonalves.com/MATERIAL_DIDATICO/ESTRUTURAS
_DE_MADEIRA/Estruturas_metalicas_notas_de_aula.pdf>.

- Pfeil, Walter e Pfeil, Michèle. Estruturas de Aço. Rio de Janeiro.


LTC, 2000.

- Yazigi, Walid. Técnica de Edificar. São Paulo. Pini: 2009.

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