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2º Ano - 2o Semestre
Relatório de Pesquisa
Discentes: Docentes:
Índice
1. Introdução........................................................................................................................ 3
1.1. Objectivos .................................................................................................................... 4
1.1.1. Geral ..................................................................................................................... 4
1.1.2. Específicos ............................................................................................................ 4
1.2. Justificativa .................................................................................................................. 4
1.3. Definição do problema ................................................................................................ 5
1.4. Levantamento de hipóteses......................................................................................... 5
2. Metodologia ..................................................................................................................... 6
2.1. Tipo de pesquisa .......................................................................................................... 6
2.2. Técnicas de recolha de dados ..................................................................................... 7
3. Revisão Bibliográfica ...................................................................................................... 8
3.1. Política de estoque ....................................................................................................... 8
3.2. Gestão de estoques....................................................................................................... 8
3.3. Giro dos activos ......................................................................................................... 10
4. Apresentação de resultados .......................................................................................... 11
4.1. Estudo de caso ........................................................................................................... 11
4.1.1. Breve historial da Mercearia Alfahad ..................................................................... 11
4.1.2. Política de gestão de estoques e sistema de gestão de estoques ............................. 12
4.1.3. Rentabilidade ..................................................................................................... 14
5. Conclusões e recomendações ........................................................................................ 15
6. Bibliografias ................................................................................................................... 16
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A Gestão de Estoques como Determinante da Rentabilidade da Mercearia Alfahad 2016
1. Introdução
Dentro deste contexto a gestão de estoques nas empresas tem grande importância para
um fluxo de mercadorias insensível as alterações da procura, onde seja garantido o bom
atendimento ao cliente final sem que haja desperdícios e estoques em excesso, focando
sempre para rentabilidade organizacional. O estoque se destaca como um processo para
a redução de custos porque, além de ser uma parcela relevante destes custos, tem um
grande impacto sobre o retorno do investimento dos empresários.
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1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
Avaliar o impacto da gestão de estoques na rentabilidade da Mercearia Alfahad.
1.1.2. Específicos
Identificar a política de estoque adoptada pela Mercearia Alfahad;
Descrever o sistema de gestão de estoques aplicado pela Mercearia Alfahad;
Comparar a gestão de estoques de 2014 da Mercearia Alfahad com a de 2015.
1.2. Justificativa
O tema é de grande interesse, visto que vem explicar que para gerir os estoques não
basta fazer pedidos de compras sempre que for preciso, como também é necessário
saber quanto deve encomendar, quando deve fazer o pedido e conhecer os produtos por
seu grau de importância.
Diante destas questões sem respostas surge a necessidade de se fazer um estudo sobre o
tema como forma de entender a gestão de estoques como factor dinamizador da
rentabilidade. A escolha do tema justifica-se pelo facto de haver uma necessidade das
pequenas e medias empresas tornarem seus sistemas de gestão de estoques eficientes
para garantir o retorno do investimento.
No âmbito empresarial
No âmbito académico
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Actualmente, a gestão de estoques tem se tornado uma peça crucial para as empresas
que lidam diariamente com os problemas de estoques, visto que esta é um factor chave
para a optimização do investimento (pelo aumento da aplicação eficiente dos meios
financeiros e minimizando as necessidades de capital investido em estoque) e
competitividade da mesma. Diante destes factos surge a seguinte questão: Será a gestão
de estoques factor impulsionador da rentabilidade da Mercearia Alfahad?
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2. Metodologia
Na escolha do tema do trabalho a ser desenvolvido, sabe-se que seu foco de estudo, seu
objecto de análise, partirá, necessariamente, de um problema. Afirma-se dessa forma,
que, dependendo da abordagem do problema, a pesquisa pode se classificar como
qualitativa ou quantitativa.
Em relação aos aspectos metodológicos desta pesquisa, acerca da tipologia quanto aos
objectivos, esta pode ser classificada como descritiva. Referida modalidade visa,
segundo Gil (2006), descrever características de determinada população ou fenómeno
ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Nesse contesto, Andrade (2002)
destaca que a pesquisa descritiva preocupa-se em observar os factos, registá-los,
analisá-los, classificá-los e interpretá-los, sem a interferência do pesquisador. Através
deste foi feita a descrição do sistema de gestão de estoques aplicado pela mercearia.
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Para obter os dados utilizados neste estudo foi empregue inicialmente a técnica de
entrevista (não estruturada) com o gerente da mercearia, visando colher a situação
vigente no que tange a política de gestão de estoques. Em seguida iniciou-se a colecta
dos dados necessários sobre execução do trabalho em documentos obtidos nos registos
existentes além de outras informações mais específicas.
Gil (2006), define entrevista como sendo uma técnica em que o investigador se
apresenta frente ao investigado e lhe formula perguntas, com o objectivo de obtenção
dos dados que interessam à investigação.
Para a análise de dados recorreu-se a análise de conteúdos, que segundo Bardin (2009),
é um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter, por
procedimentos sistemáticos e objectivos de descrição do conteúdo das mensagens.
Para a realização do estudo de caso foi aplicado uma entrevista1 na Mercearia Alfahad,
com o intuito de conhecer a política de gestão de estoques adoptada pela mercearia e
verificar como funciona o sistema de gestão de estoques. Devido a política de
funcionamento excessivamente rígida da mercearia, não foi possível o acesso aos
registos de compras referentes aos anos 2014 e 2015 para uma posterior análise. Assim
como não nos foi permitido o registo fotográfico do local.
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Vide em anexo
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3. Revisão Bibliográfica
Esta secção busca discutir os seguintes aspectos: (i) políticas de estoques, (ii) gestão de
estoques e (iii) giro dos activos.
A política de estoque serve para definir parâmetros tais como: lotes e encomendas,
intervalo de encomendas e revisão dos itens, estoque de segurança entre outros.
Todas as empresas necessitam de estoques e o que define qual quantidade deve ser
armazenada depende de quanto demora a reposição, da frequência de uso, do
investimento exigido e das características físicas do estoque.
Segundo Pozo (2010), a razão pala qual é preciso tomar uma decisão acerca das
quantidades dos materiais a serem mantidos em estoque está relacionada com os custos
de armazenamento.
Segundo Dias (2009), outros factores que afectam o nível dos estoques são certas
características físicas, como tamanho e a durabilidade.
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Um estoque maior acarreta maiores custos, pois o capital estará imobilizado durante um
período de tempo mais longo. O ciclo total do estoque, que vai desde a compra até a
venda do produto, deve ser minimizado e ao mesmo tempo as faltas mantidas ao
mínimo possível (Dias, 2009).
Uma gestão eficiente reduz ao nível mínimo os estoques dos produtos, aumentando,
assim, a rotatividade e diminuindo os custos.
Para Zermati (2000) gerir um estoques é fazer com que ele esteja constantemente pronto
a responder as encomendas dos clientes.
Dias (2009), destaca que a gestão dos estoques tem por objectivo a optimização do
investimento, aumentando o uso eficiente dos meios financeiros, minimizando as
necessidades de capital investido em estoques.
Pode-se dividir os custos em três principais tópicos: custos de estoque, custos de pedido
e custos de falta de estoque (Ballou, 2012).
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Segundo Matarazzo (2003), o giro dos activos significa que a eficiência com que a
empresa utiliza seus activos, com o objectivo de gerar vendas. Quanto mais for gerado
vendas, mais eficiente os activos serão utilizados. E é dado por: Giro do activo igual a
vendas líquidas sobre o activo total.
Para Silva (1993) o giro do activo estabelece relação entre as vendas efectuadas no
período e os investimentos totais da empresa.
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4. Apresentação de resultados
4.1. Estudo de caso
4.1.1. Breve historial da Mercearia Alfahad
A pesquisa foi realizada na Mercearia Alfahad, pequena e média empresa (PME) que se
dedica a venda de produtos do género alimentício da primeira necessidade. Situada no
mercado da Cidade de Chibuto, Província de Gaza. A mesma iniciou sua actividade em
2008 e conta com o trabalho de 5 funcionários.
Visão
Missão
Proprietario
Gerente
Colaborador
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Segundo o gerente, para a valorização dos seus produtos devido a natureza dos mesmos,
a mercearia adopta o critério FIFO (as primeiras mercadorias a entrarem são as
primeiras a saírem) de modo a evitar que fiquem no armazém por muito tempo.
Segundo o gerente, a mercearia faz a reposição normal dos produtos sempre no meio do
mês e reposições em pequenas quantidades sempre que faltar produto no armazém ao
longo do mês.
Ponto de pedido
É a quantidade de produtos que a empresa tem disponível no estoque para que possa
suprir a procura sem ocorrer interrupções. Deve-se acompanhar sempre a diminuição do
estoque, pois quando atingir o ponto de pedido é necessário fazer a reposição.
Segundo Dias (2009), quando um determinado produto de estoque atinge seu ponto de
pedido deve-se fazer o ressuprimento de seu estoque colocando-se um pedido de
compra.
Estoque mínimo
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Pode-se perceber do gerente, que a mercearia define seu lote económico de compra,
porém não de forma correcta, pois não é analisada a venda de produto a produto para
conhecer o lote económico de compra e sim é feito o levantamento mensal da receita
geral da mercearia para saber o quanto poderá ser utilizado para o efectuar compras e
quanto vai ser utilizado para outros fins.
Segundo Dias (2009), o tempo de reposição deve ser determinado de modo mais
realístico possível, pois as variações ocorridas durante esse tempo podem alterar toda a
estrutura do sistema de estoques.
O gerente afirmou que para fazer a reposição dos produtos usa a sua experiencia que foi
adquirida no decorrer dos anos, ele foi acompanhando a procura de cada produto e foi se
baseando para a necessidade de aumento ou diminuição de encomenda de cada produto,
afirmou ainda que é uma forma “rudimentar” de realizar as compras, mas foi dessa
forma que conseguiu detectar quais produtos têm maior ou menor procura.
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uma variação dos produtos, porém, sempre precisam fazer uma reposição de
emergência.
A curva ABC tem seu uso mais específico para estudos de estoques de acabados,
vendas, prioridade de programação da produção, tomada de preços em suprimentos e
dimensionamento de estoque. Toda a sua acção tem como fundamento primordial tomar
uma decisão e acção rápida que possa levar seu resultado a um grande impacto positivo
nos resultados da empresa (Pozo, 2010).
Este método é muito importante para se classificar os produtos pelo seu grau de
importância. Os produtos são definidos por classe A, B ou C. sendo que a classe A são
os produtos mais importantes que devem ter uma atenção especial pela administração;
classe B são os produtos de importância intermediária e os de classe C são produtos de
menor importância, que não representam tanto no valor monetário da empresa.
4.1.3. Rentabilidade
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5. Conclusões e recomendações
I. Conclusões
Foi constatado que a empresa não tem um sistema de gestão de estoques, e isso pode
interferir negativamente no desenvolvimento da empresa. Essa falta de
acompanhamento do estoque os obriga a fazer um número muito grande de compras de
emergências, uma vez que não conseguem definir qual a quantidade exacta a ser
encomendada e qual a programação de encomendas ideal para reposição não
conseguindo assim evitar a falta de produtos.
II. Recomendações
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6. Bibliografias
1) Andrade, M. M. (2002). Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação:
noções práticas. (5a Edição). São Paulo: Atlas.
2) Carvalho, J. E. (2009). Metodologia do Trabalho Cientifico. (2a Edição). Lisboa:
Escolar editora.
3) Dias, M. A. P. (2009). Administração de Materiais: Princípios, Conceitos e Gestão.
São Paulo: Atlas.
4) Gil, A. C. (2006). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. (5ª Edição). São Paulo:
Atlas.
5) Gurgel, F. (2000). Logística Industrial. São Paulo: Atlas.
6) Marconi, M. & Lakatos E. M. (2011). Metodologia Cientifica. (6a Edição). São
Paulo: Atlas.
7) Matarazzo, D. C. (2003). Analise Financeira de Balanços. (6a Edição). São Paulo:
Atlas.
8) Pozo, H. (2010). Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais. São Paulo:
Atlas.
9) Richardson, R. J. (1999). Pesquisa social: métodos e técnicas. (3a Edição). São
Paulo: Atlas.
10) Zermati, P. (2000). A Gestão de Stocks. (5ª Edição). Lisboa: Editorial Presença.
11) Viana, J. J. (2000). Administração de Materiais: um Enfoque Pratico. São Paulo:
Atlas.
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Anexo1
(ESNEC)
Guião de Entrevista
Tema:
Objectivo: Fazer a recolha de informações, que sejam relevante para que a pesquisa
nos conduza a uma avaliação correcta da relação entre as variáveis em causa.
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