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Escola Superior de Negócios e Empreendedorismo de Chibuto (ESNEC)

Licenciatura em Gestão de Empresas

Metodologia de Investigação Cientifica

2º Ano - 2o Semestre

Relatório de Pesquisa

Título: A Gestão de Estoques como Determinante da rentabilidade da Mercearia


Alfahad

Discentes: Docentes:

Arménio A. Munguambe (100%) dr. José Joaquim

Dércio Rafael (99%) mcs. Joana Uamusse

Edivódia Novela (100%)

Juvenália Manhique (90%)

Chibuto, Dezembro de 2016


A Gestão de Estoques como Determinante da Rentabilidade da Mercearia Alfahad 2016

Índice
1. Introdução........................................................................................................................ 3
1.1. Objectivos .................................................................................................................... 4
1.1.1. Geral ..................................................................................................................... 4
1.1.2. Específicos ............................................................................................................ 4
1.2. Justificativa .................................................................................................................. 4
1.3. Definição do problema ................................................................................................ 5
1.4. Levantamento de hipóteses......................................................................................... 5
2. Metodologia ..................................................................................................................... 6
2.1. Tipo de pesquisa .......................................................................................................... 6
2.2. Técnicas de recolha de dados ..................................................................................... 7
3. Revisão Bibliográfica ...................................................................................................... 8
3.1. Política de estoque ....................................................................................................... 8
3.2. Gestão de estoques....................................................................................................... 8
3.3. Giro dos activos ......................................................................................................... 10
4. Apresentação de resultados .......................................................................................... 11
4.1. Estudo de caso ........................................................................................................... 11
4.1.1. Breve historial da Mercearia Alfahad ..................................................................... 11
4.1.2. Política de gestão de estoques e sistema de gestão de estoques ............................. 12
4.1.3. Rentabilidade ..................................................................................................... 14
5. Conclusões e recomendações ........................................................................................ 15
6. Bibliografias ................................................................................................................... 16

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1. Introdução

Com a evolução do mercado global, é preciso acompanhar as tendências de produtos,


estratégias de vendas, resultados financeiros e modernização nas formas de
administração. Porém, mudanças são necessárias para o acompanhamento destas
tendências. A criatividade dos administradores é o ponto-chave que fará a diferença
para aqueles que se tornarão vencedores e conquistarão o mercado.

As mudanças na economia mundial e regional podem gerar fortes impactos e originar


profunda transformação nas empresas obrigando-as a gerir seus estoques de maneira
consolidada. Assim, o processo contínuo de melhoria utilizado pelas empresas para
traçar suas directrizes de gerência, torna-se uma questão de sobrevivência face a este
mercado competitivo. Esse processo ganha suporte por meio da gestão de estoques.

Dentro deste contexto a gestão de estoques nas empresas tem grande importância para
um fluxo de mercadorias insensível as alterações da procura, onde seja garantido o bom
atendimento ao cliente final sem que haja desperdícios e estoques em excesso, focando
sempre para rentabilidade organizacional. O estoque se destaca como um processo para
a redução de custos porque, além de ser uma parcela relevante destes custos, tem um
grande impacto sobre o retorno do investimento dos empresários.

O relatório de pesquisa está estruturado em cinco secções: A primeira constitui a


introdução, onde se reflecte o sustento científico da pesquisa, os objectivos, a
problematização bem como as devidas hipóteses; Na segunda secção descreve-se a
metodologia da pesquisa utilizada para a realização do trabalho, descrevendo as formas
metodológicas usadas; A terceira secção apresenta a revisão bibliográfica, onde afigura-
se pensamentos de alguns autores relacionados com o tema obtidos em livros, artigos e
outras fontes científicas. Na quarta mostram-se os resultados do estudo de caso, onde
são expostos em detalhes os resultados da pesquisa; Por fim, a quinta secção exibem-se
as conclusões e recomendações, onde avalia-se o objectivo gerar foi ou não alcançado e
deixa-se algumas sugestões á gerência da Mercearia Alfahad.

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1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
 Avaliar o impacto da gestão de estoques na rentabilidade da Mercearia Alfahad.
1.1.2. Específicos
 Identificar a política de estoque adoptada pela Mercearia Alfahad;
 Descrever o sistema de gestão de estoques aplicado pela Mercearia Alfahad;
 Comparar a gestão de estoques de 2014 da Mercearia Alfahad com a de 2015.

1.2. Justificativa

O tema é de grande interesse, visto que vem explicar que para gerir os estoques não
basta fazer pedidos de compras sempre que for preciso, como também é necessário
saber quanto deve encomendar, quando deve fazer o pedido e conhecer os produtos por
seu grau de importância.

Diante destas questões sem respostas surge a necessidade de se fazer um estudo sobre o
tema como forma de entender a gestão de estoques como factor dinamizador da
rentabilidade. A escolha do tema justifica-se pelo facto de haver uma necessidade das
pequenas e medias empresas tornarem seus sistemas de gestão de estoques eficientes
para garantir o retorno do investimento.

No âmbito empresarial

Os gerentes ou proprietários de mercearias irão melhorar as suas políticas de gestão de


estoques tornando suas empresas mais competitivas pela aplicação de preços
relativamente baixos em relação aos seus concorrentes.

No âmbito académico

Surge no âmbito académico, com inserção na cadeira de Metodologia de Investigação


Cientifica leccionada pela Escola Superior de Negócios e Empreendedorismo de
Chibuto. Servirá de suporte para realização de pesquisas futuras, assim como pode
servir de meio de consulta em matéria de gestão de estoque e ou relacionada.

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1.3. Definição do problema

Actualmente, a gestão de estoques tem se tornado uma peça crucial para as empresas
que lidam diariamente com os problemas de estoques, visto que esta é um factor chave
para a optimização do investimento (pelo aumento da aplicação eficiente dos meios
financeiros e minimizando as necessidades de capital investido em estoque) e
competitividade da mesma. Diante destes factos surge a seguinte questão: Será a gestão
de estoques factor impulsionador da rentabilidade da Mercearia Alfahad?

1.4. Levantamento de hipóteses

Segundo Marconi & Lakatos (2009), a Hipótese é uma proposição antecipadora à


comprovação de uma realidade existencial. Seguindo esta ordem de ideias em relação
ao tema podemos ter em conta as seguintes respostas para o nosso problema:

1.4.1. Hipótese de investigação

A gestão de estoques é sim factor impulsionador da rentabilidade da Mercearia Alfahad.

1.4.2. Hipótese nula

A gestão de estoques não é factor impulsionador da rentabilidade da Mercearia Alfahad.

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2. Metodologia

Pesquisa é o processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico


que tem como objectivo fundamental descobrir respostas para problemas mediante o
emprego e procedimentos científicos (Gil, 2006).

2.1. Tipo de pesquisa

Na escolha do tema do trabalho a ser desenvolvido, sabe-se que seu foco de estudo, seu
objecto de análise, partirá, necessariamente, de um problema. Afirma-se dessa forma,
que, dependendo da abordagem do problema, a pesquisa pode se classificar como
qualitativa ou quantitativa.

Para a realização da pesquisa recorreu-se a pesquisa qualitativa, sendo que segundo


Richardson (1999), denomina-se por pesquisa qualitativa aos estudos que podem
descrever a complexidade de determinado problema, analisar a interacção de certas
variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais.
Por meio desta foi encontrada a solução para o problema.

Em relação aos aspectos metodológicos desta pesquisa, acerca da tipologia quanto aos
objectivos, esta pode ser classificada como descritiva. Referida modalidade visa,
segundo Gil (2006), descrever características de determinada população ou fenómeno
ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Nesse contesto, Andrade (2002)
destaca que a pesquisa descritiva preocupa-se em observar os factos, registá-los,
analisá-los, classificá-los e interpretá-los, sem a interferência do pesquisador. Através
deste foi feita a descrição do sistema de gestão de estoques aplicado pela mercearia.

Pelo aspecto dos procedimentos adoptados, a pesquisa caracteriza-se como um estudo


de caso, pois se concentra em única empresa e suas conclusões limitam-se ao contexto
desse objecto de estudo. De acordo com Yin (2005 como citado em Gil, 2006), estudo
de caso é uma investigação empírica que investiga um fenómeno contemporâneo dentro
de seu contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o fenómeno e o
contexto não estão claramente definidos e no qual são utilizadas varias fontes de
evidencia. No caso a pesquisa foi realizada na mercearia Alfahad.

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2.2. Técnicas de recolha de dados

A escolha do instrumento ou das técnicas de recolha de dados é crucial para o êxito da


pesquisa. Serra, Costa e Ferreira (2007) abordaram os aspectos fundamentais referentes
aos projectos de pesquisa com estudos de caso quanto à colecta de dados de pessoas e
de organizações. Mais específico, Yin (2005) sugeriu diversas fontes para a colecta de
dados em estudos de caso: documentos e registos; entrevistas; observação directa e
participante; evidencias físicas etc.

Para obter os dados utilizados neste estudo foi empregue inicialmente a técnica de
entrevista (não estruturada) com o gerente da mercearia, visando colher a situação
vigente no que tange a política de gestão de estoques. Em seguida iniciou-se a colecta
dos dados necessários sobre execução do trabalho em documentos obtidos nos registos
existentes além de outras informações mais específicas.

Gil (2006), define entrevista como sendo uma técnica em que o investigador se
apresenta frente ao investigado e lhe formula perguntas, com o objectivo de obtenção
dos dados que interessam à investigação.

A análise documental é um processo que envolve selecção, tratamento e interpretação


da informação existente em documentos (escrito, áudio ou vídeo) com o objectivo de
eduzir algum sentido (Gil, 2006).

Para a análise de dados recorreu-se a análise de conteúdos, que segundo Bardin (2009),
é um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter, por
procedimentos sistemáticos e objectivos de descrição do conteúdo das mensagens.

Para a realização do estudo de caso foi aplicado uma entrevista1 na Mercearia Alfahad,
com o intuito de conhecer a política de gestão de estoques adoptada pela mercearia e
verificar como funciona o sistema de gestão de estoques. Devido a política de
funcionamento excessivamente rígida da mercearia, não foi possível o acesso aos
registos de compras referentes aos anos 2014 e 2015 para uma posterior análise. Assim
como não nos foi permitido o registo fotográfico do local.

1
Vide em anexo

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3. Revisão Bibliográfica

Esta secção busca discutir os seguintes aspectos: (i) políticas de estoques, (ii) gestão de
estoques e (iii) giro dos activos.

3.1. Política de estoque

Para Viana (2000), política de estoques é o conjunto de actos, directrizes que


estabelecem de forma global e específica princípios, directrizes e normas relacionadas a
administração.

A política de estoque serve para definir parâmetros tais como: lotes e encomendas,
intervalo de encomendas e revisão dos itens, estoque de segurança entre outros.

As previsões exageradas por excesso implicam na imobilização desnecessária de


recursos financeiros, além de congestionamento nas áreas de armazenamento e de
sobrecargas de trabalho aos trabalhadores devido ao grande manuseio de estoques. E as
reposições reduzidas geram compras repetidas e maior giro de estoques renovando
periodicamente os produtos da empresa e mantendo maior qualidade dos produtos ou
serviços (Viana 2000).

Deste modo, política de estoque refere-se a um conjunto de acções definidos pela


direcção da empresa que irão orientar ou guiar a gestão de estoques da mesma.

3.2. Gestão de estoques

Todas as empresas necessitam de estoques e o que define qual quantidade deve ser
armazenada depende de quanto demora a reposição, da frequência de uso, do
investimento exigido e das características físicas do estoque.

Segundo Pozo (2010), a razão pala qual é preciso tomar uma decisão acerca das
quantidades dos materiais a serem mantidos em estoque está relacionada com os custos
de armazenamento.

Segundo Dias (2009), outros factores que afectam o nível dos estoques são certas
características físicas, como tamanho e a durabilidade.

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Um estoque maior acarreta maiores custos, pois o capital estará imobilizado durante um
período de tempo mais longo. O ciclo total do estoque, que vai desde a compra até a
venda do produto, deve ser minimizado e ao mesmo tempo as faltas mantidas ao
mínimo possível (Dias, 2009).

Uma gestão eficiente reduz ao nível mínimo os estoques dos produtos, aumentando,
assim, a rotatividade e diminuindo os custos.

Segundo Gurgel (2000), a gestão de estoques constitui-se em gerir recursos detentores


de valor económico e destinados ao fornecimento das necessidades futuras de materiais
numa organização. E o controlo de estoques envolve as seguintes tarefas: coordenação
com os fornecedores, armazenamento e registo das existências de todas as mercadorias.

Para Zermati (2000) gerir um estoques é fazer com que ele esteja constantemente pronto
a responder as encomendas dos clientes.

Dias (2009), destaca que a gestão dos estoques tem por objectivo a optimização do
investimento, aumentando o uso eficiente dos meios financeiros, minimizando as
necessidades de capital investido em estoques.

Portanto, a gestão de estoques, de forma geral, é um conjunto de acções que visam


reduzir e manter o estoque ao mais baixo nível em termos quantitativos e de custo, de
tal forma que garanta em simultâneo o fornecimento regular da empresa.

3.2.1. Custos de estoque

Pode-se dividir os custos em três principais tópicos: custos de estoque, custos de pedido
e custos de falta de estoque (Ballou, 2012).

Custos de manutenção de estoque são todos os custos para manter mercadorias


estocadas.

Custos de pedido relacionam-se ao processo de aquisição de produtos para reposição


do estoque.

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Custo de falta de estoque ocorre literalmente por falta de produtos no estoque,


havendo, assim, dois tipos de custos de falta: os de vendas perdidas que ocorre quando
se perde um pedido de cliente fazendo com que a imagem da empresa fique manchada
agregando também perda de lucros futuros pela má impressão deixada ao cliente.

3.3. Giro dos activos

Segundo Matarazzo (2003), o giro dos activos significa que a eficiência com que a
empresa utiliza seus activos, com o objectivo de gerar vendas. Quanto mais for gerado
vendas, mais eficiente os activos serão utilizados. E é dado por: Giro do activo igual a
vendas líquidas sobre o activo total.

Este indicador é conhecido também como “indicador de produtividade”. Quanto mais o


activo gerar em vendas reais, mais eficiente a gerência está sendo na administração dos
investimentos (activos).

Para Silva (1993) o giro do activo estabelece relação entre as vendas efectuadas no
período e os investimentos totais da empresa.

De grosso modo, o giro dos activos é um indicador de rentabilidade que mede a


eficiência na utilização dos activos da empresa. Tal indicador é visto como fluxo de
entradas e saídas de existências.

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4. Apresentação de resultados
4.1. Estudo de caso
4.1.1. Breve historial da Mercearia Alfahad

A pesquisa foi realizada na Mercearia Alfahad, pequena e média empresa (PME) que se
dedica a venda de produtos do género alimentício da primeira necessidade. Situada no
mercado da Cidade de Chibuto, Província de Gaza. A mesma iniciou sua actividade em
2008 e conta com o trabalho de 5 funcionários.

Visão

Ser referência no distrito na venda de produtos do género alimentícios, com excelência


no atendimento ao cliente.

Missão

Oferecer produtos de qualidade e dentro do prazo de validade.

Organograma da Mercearia Alfahad

Proprietario

Gerente
Colaborador
1

Colaborador 2 Colaborador 3 Colaborador 4

Fonte: Adaptado pelo grupo

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4.1.2. Política de gestão de estoques e sistema de gestão de estoques


i. Política de gestão de estoques

Segundo o gerente, para a valorização dos seus produtos devido a natureza dos mesmos,
a mercearia adopta o critério FIFO (as primeiras mercadorias a entrarem são as
primeiras a saírem) de modo a evitar que fiquem no armazém por muito tempo.

ii. Sistema de gestão de estoques

A gestão de estoques que se tornou ponto-chave para a lucratividade e competitividade


no mercado. Almejando possuir um processo de armazenagem vantajoso é necessário
aplicar todas as técnicas, conceitos e princípios para se saber quando pedir, quantos
produtos são necessários, como e onde serão armazenados.

Segundo o gerente, a mercearia faz a reposição normal dos produtos sempre no meio do
mês e reposições em pequenas quantidades sempre que faltar produto no armazém ao
longo do mês.

4.1.1. Estoque mínimo e ponto de pedido

Ponto de pedido

É a quantidade de produtos que a empresa tem disponível no estoque para que possa
suprir a procura sem ocorrer interrupções. Deve-se acompanhar sempre a diminuição do
estoque, pois quando atingir o ponto de pedido é necessário fazer a reposição.

Segundo Dias (2009), quando um determinado produto de estoque atinge seu ponto de
pedido deve-se fazer o ressuprimento de seu estoque colocando-se um pedido de
compra.

Estoque mínimo

É também conhecido como estoque de segurança, é responsável pela quantidade de


produtos que se deve ter em estoque para dar inicio a execução do ponto de pedido.

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Segundo o gerente, a mercearia não define o estoque de segurança e nem o ponto de


pedido devido a falta de profissional especializado o que obriga o gerente em muitas
situações fazer compras de emergência para suprir a falta de produtos em armazém.

4.1.2. Lote económico de compra

É determinado pela exacta quantidade de um produto que permite o equilíbrio de todos


os custos. Para ter uma decisão acertada é necessário analisar as vendas passadas para se
obter uma projecção e corrigidas estatisticamente para efectuar uma compra equilibrada.

Na visão de Pozo (2010), lote económico de compra é a quantidade de produtos


especificados no pedido de compras, que estará sujeita à política de cada empresa.

Pode-se perceber do gerente, que a mercearia define seu lote económico de compra,
porém não de forma correcta, pois não é analisada a venda de produto a produto para
conhecer o lote económico de compra e sim é feito o levantamento mensal da receita
geral da mercearia para saber o quanto poderá ser utilizado para o efectuar compras e
quanto vai ser utilizado para outros fins.

4.1.3. Tempo de reposição

Segundo Dias (2009), o tempo de reposição deve ser determinado de modo mais
realístico possível, pois as variações ocorridas durante esse tempo podem alterar toda a
estrutura do sistema de estoques.

O gerente afirmou que para fazer a reposição dos produtos usa a sua experiencia que foi
adquirida no decorrer dos anos, ele foi acompanhando a procura de cada produto e foi se
baseando para a necessidade de aumento ou diminuição de encomenda de cada produto,
afirmou ainda que é uma forma “rudimentar” de realizar as compras, mas foi dessa
forma que conseguiu detectar quais produtos têm maior ou menor procura.

O tempo de reposição é aplicado incorrectamente pelo gerente, pois muitas vezes é


realizada a encomenda quando a mercearia está sem produtos, e por não terem uma
programação acabam comprando uma quantidade menor em um distribuidor que tem
maiores preços para não ficar sem produtos até que chegue a encomenda realizada. A
falta de alguns produtos ocorre periodicamente, mas não é sempre o mesmo produto, há

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uma variação dos produtos, porém, sempre precisam fazer uma reposição de
emergência.

4.1.4. Classificação ABC

A curva ABC tem seu uso mais específico para estudos de estoques de acabados,
vendas, prioridade de programação da produção, tomada de preços em suprimentos e
dimensionamento de estoque. Toda a sua acção tem como fundamento primordial tomar
uma decisão e acção rápida que possa levar seu resultado a um grande impacto positivo
nos resultados da empresa (Pozo, 2010).

Este método é muito importante para se classificar os produtos pelo seu grau de
importância. Os produtos são definidos por classe A, B ou C. sendo que a classe A são
os produtos mais importantes que devem ter uma atenção especial pela administração;
classe B são os produtos de importância intermediária e os de classe C são produtos de
menor importância, que não representam tanto no valor monetário da empresa.

Segundo informações do gerente, a mercearia não utiliza o método de classificação


ABC, portanto não se sabe qual importância dar aos seus produtos estão acabando no
armazém, ou seja, qual deles precisará ser comprado primeiro e quais deles mesmo
tendo acabado ainda podem esperar para serem encomendados ou comprados.

4.1.3. Rentabilidade

A rentabilidade é o retorno sobre o capital investido em determinado activo financeiro.


Segundo o gerente, devido a falta de conhecimento do conceito, a mercearia não faz a
análise da rentabilidade, o que não lhe permite saber se a gestão dos estoques está sendo
aplicada eficientemente ou não.

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5. Conclusões e recomendações
I. Conclusões

O objectivo desta pesquisa foi de avaliar o impacto da gestão de estoques na


rentabilidade da Mercearia Alfahad. Verificar como o sistema de gestão de estoques
funciona. Da pesquisa verificou-se que a não aplicação ou a deficiência no sistema de
gestão de estoques pode acarretar diversos problemas operacionais como a falta de
produtos ou o acréscimo de custos, além de não satisfazer a necessidade dos clientes.

Foi constatado que a empresa não tem um sistema de gestão de estoques, e isso pode
interferir negativamente no desenvolvimento da empresa. Essa falta de
acompanhamento do estoque os obriga a fazer um número muito grande de compras de
emergências, uma vez que não conseguem definir qual a quantidade exacta a ser
encomendada e qual a programação de encomendas ideal para reposição não
conseguindo assim evitar a falta de produtos.

Pode-se evidenciar também que a aplicação correcta do sistema de gestão de estoques


pode auxiliar no desenvolvimento da empresa em questão e em diversas outras que
passem por esse mesmo tipo de problema, visto que este ira garantir um maior giro dos
activos e consequentemente uma maior taxa de retorno sobre o investimento.

II. Recomendações

Da situação constatada na Mercearia Alfahad no que diz respeito a sua gestão de


estoques, deixamos as seguintes recomendações:

 O gerente deve passar a fazer o registo da procura mensal de cada produto e o


respectivo custo de armazenamento, o que vai lhe facilitar na definição de um
lote económico de compra de maneira correcta;
 Definir um estoques de segurança para os produtos mais duradouros de forma a
evitar a falta de produtos caso a encomenda demore chegar ao armazém;
 Adoptar um sistema de controlo de estoques que possa auxiliar na realização das
compras, identificação do ponto de pedido e boa organização dos produtos em
armazém o que vai garantir um atendimento eficiente ao cliente.

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6. Bibliografias
1) Andrade, M. M. (2002). Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação:
noções práticas. (5a Edição). São Paulo: Atlas.
2) Carvalho, J. E. (2009). Metodologia do Trabalho Cientifico. (2a Edição). Lisboa:
Escolar editora.
3) Dias, M. A. P. (2009). Administração de Materiais: Princípios, Conceitos e Gestão.
São Paulo: Atlas.
4) Gil, A. C. (2006). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. (5ª Edição). São Paulo:
Atlas.
5) Gurgel, F. (2000). Logística Industrial. São Paulo: Atlas.
6) Marconi, M. & Lakatos E. M. (2011). Metodologia Cientifica. (6a Edição). São
Paulo: Atlas.
7) Matarazzo, D. C. (2003). Analise Financeira de Balanços. (6a Edição). São Paulo:
Atlas.
8) Pozo, H. (2010). Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais. São Paulo:
Atlas.
9) Richardson, R. J. (1999). Pesquisa social: métodos e técnicas. (3a Edição). São
Paulo: Atlas.
10) Zermati, P. (2000). A Gestão de Stocks. (5ª Edição). Lisboa: Editorial Presença.
11) Viana, J. J. (2000). Administração de Materiais: um Enfoque Pratico. São Paulo:
Atlas.

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Anexo1

Escola Superior de Negócios e Empreendedorismo de Chibuto

(ESNEC)

Guião de Entrevista

Tema:

A Gestão de Estoques como Determinante da Rentabilidade da Mercearia Alfahad

O presente instrumento de recolha de dados, visa colectar informações ligadas a gestão


de estoques. O mesmo é composto por questões abertas e fechadas.

Objectivo: Fazer a recolha de informações, que sejam relevante para que a pesquisa
nos conduza a uma avaliação correcta da relação entre as variáveis em causa.

1. Politica de gestão de estoques


a. Como é que o Sr. faz a valorização dos estoques (entradas e saídas)?
2. Gestão de estoques
a. Quantas vezes o Sr. abastece o seu armazém ao ano?
b. Quanto tempo leva para que a encomenda chegue no armazém?
c. A Mercearia tem definido o estoque de segurança? Se sim como é definido.
b. A Mercearia tem definido a quantidade económica de produtos a adquirir? Se sim
como é definido.
c. Qual é o impacto da permanência das mercadorias (existências) por tempo alem do
previsto?
d. O Sr. faz compras de emergência ou deixa faltar o produto?
e. Como é feito o controlo das entradas e saídas de produtos?
f. Quais são os produtos mais procurados e os que tem maior contribuição no lucro?
3. Rentabilidade
a. É feita a análise da rentabilidade? Se sim como é feita.

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