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28/10/2015

Evolução dos cuidados

PSICO--ONCOLOGIA:
PSICO
caminhos traçados e perspectivas
futuras

Rita de Cassia Macieira


Epidauro - em honra ao deus Asclépios

Rita de Cassia Macieira Rita de Cassia Macieira

Evolução dos cuidados

Câncer
 História: imagens de vergonha
 Hipócrates: nomina a doença por seu
aspecto similar ao caranguejo
 Por vários séculos: doença enigmática e
cheia de mitos
 Doença complexa e detentora de estigmas

Rita de Cassia Macieira Rita de Cassia Macieira

Evolução dos cuidados Evolução dos cuidados

Pessoa com câncer


 vista como possuidora de um mal corrosivo
 culpa pela instabilidade orgânica
 sofre invasão de privacidade
 expõe partes de um corpo machucado,
muitas vezes, pelo desamparo social

Em Ramos, 1994, pg. 28


Rita de Cassia Macieira

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Evolução dos cuidados Avanços nos Diagnósticos


Início da era do Radiodiagnóstico  Evolução da Imagem

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 Evolução da Imagem  Evolução da Imagem

tomografia por emissão de positrons (PET) e a


ressonância magnética (MRI)

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Evolução dos cuidados


 Evolução da Imagem Avanço nos tratamentos: Radioterapia
 1906 Alfred Gray
 1º Tratamento com sucesso com RX
 Tumor de Bexiga

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Evolução dos
Evolução dos cuidados cuidados
Avanço nos tratamentos:
 AVANÇOS DA CIRURGIA

Avanço nos tratamentos:


 Quimioterapia

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Evolução dos cuidados

Tratamentos:  A partir da decada de 1970: aumento


do numero de sobreviventes
 Manipulação contínua e  Maior otimismo com o tratamento
constrangedora  Mais possibilidade de manejo dos efeitos
 Procedimentos invasivos ou secundarios do câncer e/ou tratamento
mutiladores, aumentam o sofrimento  Necessidade de trabalho com os
 Podem mutilar órgãos que participam aspectos psicológicos e emocionais
 Diagnóstico
da construção e manutenção da
 Tratamentos assustadores
identidade pessoal e sexual

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Psico--Oncologia
Psico Fases da doença

O desenvolvimento da Psico-Oncologia  Fase de crise aguda – ansiedade sobre a


 Reconhecimento de que : possibilidade de morte, mecanismos
primitivos ou imaturos de enfrentamento
 A adesão a tratamentos está associada a
fatores psicológicos e sociais  Fase crônica – onde os medos do
 Importância de desenvolver tecnologia desconhecido e das perdas podem ser
comportamental na área de saúde resolvidos ou minimizados
 Importância da utilização de estratégias para  Fase terminal – aceitação ou isolamento e
assegurar participação ativa do paciente retração social
Pattinson EM, 1977

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Jean Yves Leloup


 “A doença consiste em viver em apenas
uma parte de si mesmo; viver somente em
sua cabeça, viver somente suas sensações,
viver somente sua afetividade, viver
somente da sua inspiração ou das suas
revelações interiores”. Jean Yves Leloup

 A saúde, ao contrário é plasmar a existência


através da integração das quatro funções
psíquicas, da bússola da psique: razão,
emoção, sensação e intuição. Da integração
destas quatro propriedades, se descobre o
Self – centro de saúde.
Rita de Cassia Macieira

DEFINIÇÃO DE PSICO-ONCOLOGIA (1994)


“No início do terceiro milênio, a
psico-oncologia obteve Psico--Oncologia representa a área de
Psico
maioridade (...) como um interface entre a Psicologia e a Oncologia
exemplo do valor da ampla e utiliza conhecimento educacional,
aplicação multidisciplinar das profissional e metodológico provenientes
ciências comportamentais e da Psicologia da Saúde para aplicá-
aplicá-lo:
sociais”

Holland, JC. History of Psycho-Oncology: Overcoming Attitudinal and Conceptual Barriers.


Psychosomatic Medicine 64:206-221 (2002)

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PSICO--ONCOLOGIA
PSICO PSICO--ONCOLOGIA
PSICO

1. na assistência ao paciente 2. na pesquisa e no estudo das variáveis


oncológico,, à sua família e aos
oncológico psicológicas e sociais relevantes para
profissionais de Saúde envolvidos a compreensão da incidência, da
com a prevenção, o tratamento, a recuperação e do tempo de sobrevida
reabilitação e a fase terminal da após o diagnóstico do câncer;
doença;

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“Quando se confia, o medo some”


PSICO--ONCOLOGIA
PSICO Rubem Alves

3. na organização de serviços
oncológicos que visem o atendimento PSICO--ONCOLOGIA
PSICO
integral ao paciente (físico e Missão:
psicológico), enfatizando de modo
especial a formação e o
aprimoramento dos profissionais de Promover competência técnico
Saúde envolvidos nas diferentes científica e humanística aos
etapas do tratamento.
profissionais especializados
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Recomendações Mínimas
PSICO--ONCOLOGIA
PSICO em Psico-
Psico-Oncologia (2003)

• Campos de atuação: Em nível primário: educação e estilo de vida

• Paciente Em nível secundário: educação para


detecção precoce
• Familiares
Em nível terciário: durante o tratamento -
• Equipe de saúde adesão ao tratamento e estratégias de
• Educação para a morte enfrentamento
Em nível quaternário: preparação para a
morte

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Possíveis consequencias do câncer


O lado humano do câncer
para o Paciente
Consenso: reabilitação fisiopsicossocial
 Questionamentos existenciais
 Facilitar ao paciente a restauração, no melhor nível
possível, da autonomia do exercício de suas funções  Problemas espirituais
na sociedade.
 Necessidades de cuidados pessoais
 Enfatizar as partes mais saudáveis e a totalidade de
potenciais do indivíduo.  Medo de ser um peso
 Promover abordagem abrangente e suporte  Perdas Múltiplas
vocacional, residencial, social, recreacional,
educacional, ajustados às demandas singulares de  Saúde, autonomia, identidade, papel social,
cada indivíduo e de cada situação de modo físicas, etc.
personalizado.

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Possíveis consequencias do câncer Possíveis consequencias para a


para o Paciente Família
 Sintomas, disfunções  Mudança nos papéis, dinâmicas, planos
 Estado de dependência
 Cuidador Familiar
 Ansiedade, depressão, diminuição da  Quanto se doar/ se forçar
cognição  Competência para responder rapidamente
 Estresse, estratégias de coping  Locais alternativos para os cuidados
 Mudanças nos relacionamentos  Financeiras
 Desintegração familiar  Afastamento do trabalho, perda de emprego
 Custos – falência
 Preocupação com o próprio futuro

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Como a Psico-
Psico-Oncologia pode Como a Psico-
Psico-Oncologia pode
ajudar o paciente ajudar os familiares
Orientações durante o tratamento
Apoio a tomada de decisões e comunicação Orientações de como interagir com o
Facilitar a expressão de sentimentos paciente em cada etapa de tratamento
Apoio emocional para lidar com efeitos •Apoio para lidar com o contexto da doença
colaterais do tratamento
•Espaço para expressar sentimentos
Auxilio no desenvolvimento de estratégias de
enfrentamento em relação à doença
Preparação para a alta

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Qualidade vida

Bem estar físico, psíquico, social e


espiritual – referências pessoais
 Preocupação: valores, afetos e necessidades
 Preservação da autonomia
 Dignidade: cuidado com o sofrimento
 Relações significativas

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"Os corpos não sofrem, as pessoas sofrem."


Eric Cassel Cuidados com paciente
 Dor e sintomas incapacitantes
 Que não precisam se manifestar para serem
cuidados
 Sofrimento psicossocial e espiritual
 Preocupações espirituais: busca de conforto
filosófico, religioso, ou nas crenças espirituais
 Escuta atenta para necessidades e desejos
 Prevenção no sentido do cuidado –  Trabalhar com as perdas que a doença
não podemos evitar toda a dor, mas o provoca
sofrimento pode ser diminuído

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Objetivos da Psico-
Psico-Oncologia e dos
PSICO--ONCOLOGIA
PSICO Cuidados Paliativos ao final da vida
 Senso de completude da
Técnica Individuais ou grupais vida
 Coerência, significado e
 Psicoterapia sentido da vida
 Visualização  Deixar testamento – historia
e legal
 Técnicas corporais de revitalização  Facear a morte com paz e
equanimidade
 Estratégias expressivas ( desenhos,  Aceitação da morte
aquarelas, arte, dança, etc...)  Aceitação da vida vivida
Breitbart, W.
Palliative & Supportive
Care, 2007

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PSICO--ONCOLOGIA
PSICO

Barreiras a serem vencidas  Existe muito sofrimento a espera de


alívio e a esperança de solução se
• Educação e comunicação
encontra na “intervenção nas escolas
• Formação do profissional de saúde de formação dos profissionais da
• Trabalho com a equipe de saúde saúde, na reformulação curricular,
• Cuidados com o cuidador profissional que contemple esta visão
• Assistência Integral ao paciente antropológica”.
Pessini (2002, p. 54)
• Aspectos sociais, legais, financeiros,
esxpirituais e outros

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Profissional da Saúde

 Mito da Infalibilidade

Qualidade de vida do Qualidade de vida do  Despreparo para doenças crônicas


cuidador paciente
 Quais as conseqüências psicológicas dos cuidados
com o doente?

 Falta de ensino humanístico nas escolas


 Perdas, preparação para a morte e luto

 Conhecimento e respeito às várias crenças e práticas


espirituais/religiosas

Newton M et al. Concerns of hospice patient caregivers. The ABNJ Journal. 2002
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TRANSDISCIPLINARIDADE Formação do profissional de saúde


 “Educar não é só instruir, é também a formação de
PSYCHOLOGIST
um caráter, uma pessoa que toma decisões pautadas
DOCTOR
no conhecimento e na ética”.

 “É fundamental garantir a flexibilidade profissional


para que possa reconhecer valores, direitos e a
realidade de uma pessoa, e principalmente para
poder respeitar a diversidade, que envolve um
conjunto de doenças que recebe o nome de câncer e
também as características pessoais, singulares
daqueles que são acometidos por esta enfermidade.”

Kovacs, Macieira e Carvalho, 2008

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Domínio Existencial ou Espiritual do Cuidar Terapia Centrada no Significado

 3 questões fundamentais existenciais  “A felicidade não é uma


pousada no caminho e sim,
da existência humana: uma forma de caminhar pela
 De onde eu vim? vida”
 O que estou fazendo aqui?
 Para onde eu vou (depois da morte)?  “Nenhuma situação de vida é
desprovida de sentido.
 4 preocupações básicas Inclusive os aspectos
 Inevitabilidade da Morte aparentente negativos da
 Liberdade vida podem chegar a serem
transformados em positivos
 Solidão – nascer, morrer, transcender quando confrontados com a
 Significação ou sentido – atitude correta. (Viktor Frankl -
como/porque,valores,etc. A presença ignorada e Deus)

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)
“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas,
mas quando tocares uma alma humana, seja apenas
outra alma humana.”
(C.G.Jung
Espiritualidade e Transcendencia

 Espiritualidade: construto que


 Estudos mostraram a importância da envolve conceitos de:
religião/espiritualidade no  Fé
comportamento de enfrentamento  Significado
empregado pelos pacientes com câncer.

Gimenes, 2002; Breitbart & Heller, 2003; Dann & Mertens, 2004;
“Espiritualidade é o processo pessoal de busca pelo
Manning-Walsh, 2005; Choumanova, Wanat, Barret & Koopman, 2006;
sagrado ou divino, através das experiências de vida, em
Macieira,2007 indivíduos ligados a uma instituição religiosa ou não.”
Macieira,
Macieira,
2004
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Psico--Oncologista no trabalho com


Psico
Espiritualidade e Transcendencia: o paciente
paciente::

DESAFIO ATUAL • Resgatar a capacidade de desejar aquilo


que é mais importante.
 “Formação do profissional de • Facilitar do processo de comunicação do
saúde, mostrando a
importância da escuta e
paciente-familia-equipe
atendimento das • Favorecer o insight, descobertas de si até
necessidades espirituais, que o momento da morte
resultem em intervenções • Trabalhar o aprofundamento de relações
mais efetivas para todos os significativas, retomar pendencias e mal-
pacientes, levando em entendidos
consideração suas
orientações religiosas ou a
• Recuperar ou desenvolver a capacidade
ausência delas”. de perdoar e ser perdoado.
Macieira, 2008
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Psico--Oncologista no trabalho
Psico
com o paciente
paciente:: Intervenções Psicossociais

• Favorecer a expressão e conclusão de  Mobilizar e desenvolver uma rede social


assuntos pendentes ou inacabados
• Estimular e buscar recursos internos do
de apoio mais significativa e efetiva.
paciente  Direitos dos pacientes (legais e éticos).
• Favorecer a ressignificação das  Reabilitação psicossocial
principais experiências de vida
 Reinserção escolar
• Auxiliar a encontrar os valores mais
importantes que deram sentido à vida  Reinserção profissional
• Promover autonomia do paciente, sua  Tratamento das sequelas fisicas e
dignidade e exercício da competência psicológicas

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Intervenções Psicossociais Qualidade da comunicação


 Atendimento domiciliar Relação profissional da saúde –
 reorganização da rotina familiar, pacientes, familiares em situações de
 adequação do ambiente familiar, crise
 controle da dor oncológica e dos sintomas
Escuta ativa: conteúdo, sentimentos –
inerentes à doença, com preservação da
autonomia e melhora da qualidade de vida do sem julgamentos e críticas
paciente e familia. Possibilidade de expressão:
 Cuidados paliativos congruência de conteúdo e
 Preparação para a morte e luto sentimentos

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Distúrbios na comunicação Transmitindo más notícias


Graves distúrbios ocorrem em situações de Prevenção no sentido do cuidado – não
crise. Mito da mútua proteção
podemos evitar toda a dor, mas pode
ser diminuída
 Conspiração do silêncio
 Não falar – o que não pode ser dito
 Falatório – encobre o que não pode ser dito
Cuidados ao informar a recidiva ou o
agravamento da doença
A comunicação não verbal e o que é dito não
apresentam congruência

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Como informar Agravamento da doença


 Informar mas não tirar toda a  Aumento da dor e sintomas incapacitantes
esperança  Que não precisam se manifestar para serem
cuidados
 Graduar a informação – garantir a
compreensão  Sofrimento psicossocial e espiritual
 Preocupações espirituais: busca de conforto
 Oferecer escuta – acolher sentimentos filosófico, religioso, ou nas crenças espirituais
 Estabelecer a confiança – se não  Escuta atenta para necessidades e desejos
garantia de cura, garantia de  Trabalhar com as perdas que o processo de
qualidade de vida agravamento da doença provoca
 Oferecer vários encontros

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Dores do pacientes ao final da


vida Pedidos para morrer
Medos: O que significa:
 Dependência e sobrecarga aos familiares  Será um pedido para apressar a morte?
 Do futuro dos familiares após a morte do  Será um relato que o sofrimento é
paciente intolerável?
 Não conseguir realizar as metas pessoais
 Será um pedido de ajuda? Solidão?
 Dor, mutilação e desinvestimento
 Morte: aniquilação, alienação, de ser
esquecido Para descobrir sintonizar a escuta e planejar o
 Solidão, morrer só (morte antes de morrer) que fazer – cuidados para não “matar” o
 De ter vivido sem sentido paciente fugindo da situação

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Se a morte chegar... Morte Interdita - oculta

 Evidências empíricas mostram que a  Profissionais


aceitação cognitiva e emocional da treinados para
morte conduz a melhores resultados salvar vidas
em pacientes terminais  Vista como
 Melhor planejamento dos cuidados
fracasso médico
 Maior qualidade de morte  Enfase na
técnica sem
 Saude fisica e emocional para os
enlutados
espaço para
 Ray et al. J.Pall Med, 2008
humanizar

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Morte Rehumanizada

 Autores: E. Kubler-
Ross/ C. Saunders
 Morte
acompanhada,
cuidada, pessoal
 Alivio e controle
dos sintomas
 QV até o final

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Morrer com dignidade Morrer com dignidade


Morte – evento significativo da existência  Possibilidade de perdoar –
ressignificar relações importantes
 Difícil consenso sobre o que é morte com  Terminar assuntos inacabados
dignidade. Reflexão:
 Sem dor ou com menos dor possível
 Testamento – o que gostaria que
 Sem desconforto respiratório ou mínimo possível acontecesse
 Presença de pessoas que são significativas –  E tudo aquilo que a pessoa gostaria
para efetuar despedidas
para si e que podemos providenciar

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"Os corpos não sofrem, as pessoas sofrem."


Morrer com dignidade Eric Cassel

 Como poder favorecer morte com


dignidade numa sociedade que
considera como tabu?
 Conversar a respeito
 Lidar com preconceitos – incluindo
crianças, adolescentes ...
 Ao ser perguntado, responder, facilitando
o processo de comunicação

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Luto Luto normal

Luto: resposta ao rompimento de um


vínculo  Apesar dos “sintomas” que o
 Só perdemos o que tivemos caracterizam, é uma resposta normal

 A dor do luto é proporcional ao  Luto patológico: nomenclatura


investimento que fizemos médica, substituída por “luto
complicado”

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Luto e Perdas Luto e Perdas

Processo de elaboração de perdas Processo de elaboração de perdas


 Normativas: inerentes ao processo de  Concretas ou simbólicas
desenvolvimento  Causadoras de privação e mudanças
 Separação do sentido de controle e segurança
 Morte: de si e dou outro  Perturbadoras quanto ao mundo
 Adoecimento presumido

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Fatores de risco para luto Fatores de risco para luto


complicado complicado: depressão

 Fatores predisponentes do enlutado: Intervenção:


histórico de perdas não resolvidas, idade,  Viúvos do sexo masculino: “coração
padrão de apego inseguro, viúvos do sexo partido”, estresse de adaptação ou mudança
masculino nos hábitos de vida
 Tipos de morte: inesperada e prematura,  Risco de suicídio é maior em pessoas
violenta, após longo período de doença, enlutadas ( 10 vezes maior em mulheres e 66
suicídio assassinato. vezes em homens)
 Fatores da relação com o morto: relação  Relação de vulnerabilidade com pais na
ambivalente ou de dependência, filhos, um infância pode predispor ao distúrbio
dos pais ( filhos pequenos) emocional por luto na vida adulta (Parkes,
 Suporte sociais: existência e qualidade 1995)

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Os problemas relatados afetam todos os Cuidando dos cuidadores profissionais


aspectos significativos do viver
Relação terapêutica:

 Multidimensionais Sofre influências de questões não trabalhadas


 Prover ajuda, requer uma perspectiva pelos próprios cuidadores (negação, raiva,
mais ampla. culpa, medo, dor e impotência)
 Necessidade de equipe multiprofissional

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Situações emocionais freqüentes nos


Cuidando dos cuidadores profissionais profissionais

 Dores não
“Profissionais de saúde, em resolvidas
geral, tão empenhados na
arte de prevenir e curar  Ameaças à
doenças, nem sempre têm onipotência
noção de seu próprio adoecer profissional
Jacob Lawrence – Harlem Hospital
no trabalho”.  Discriminação e
Souza e Silva, 2002 estigma

Katz, R. et al. Our patients, our families, ourselves: The impact of the professional's
emotional responses on end-of-life care. The American Behavioral Scientist. 2003; 46: 3, p.
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Rita de Cassia Macieira

Em se tratando de S. burn out, há sempre


implicações negativas para o paciente, o
CUIDADORES profissional e a instituição

 Maiores níveis de Quanto mais dedicado, esperançoso,


depressão expectativa mais alta – mais está sujeito
 Menos satisfação
com a vida
 Pior saúde física
Qualidades da HARDY PERSONALITY ou
HARDINESS: compromisso; controle e
HARDINESS:
desafio

Newton M et al. Concerns of hospice patient caregivers. The ABNJ Journal. 2002
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Cuidados com o Cuidador Profissional

• Discussão de casos vivências com  Desenvolver instrumento de avaliação


temas específicos: morte, perdas, de qualidade de vida (profissionais e
problemas da equipe, manejo de pacientes)
famílias, etc.  Trabalhar em equipe multidisciplinar
para apoio e cooperação,
• Buscar supervisão ou um ombro reabastecimento das energias, troca de
amigo, quando necessário, são idéias e ideais, supervisão, atualização,
medidas de saúde para o profissional revisão dos projetos em comum e
estratégias de enfrentamento.

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Diretrizes Antecipadas de Vontade –


Diretrizes Antecipadas de Vontade
Resolução 1995/2012

 Testamento Vital e Dignidade da Pessoa –


aprovado em 09 de Agosto/2012 pelo CFM

 Objetivos: Dignidade da Pessoa


 A utilização de diretivas antecipadas de vontade para documentar  Paciente
o desejo do paciente aumentou. Desta forma, intensivistas devem
ser proficientes em sua capacidade de discutir as questões de
 Médicos
cuidados de fim de vida com pacientes e familiares  Equipe multiprofissional

Gordy S, Klein E. Advance directives in the trauma intensive care unit: Do they really
matter? Int J Crit Illn Inj Sci. 2011 Jul; 1(2):132-7.
Fonte: http://portal.cfm.org.br

Diretrizes Antecipadas de Vontade –


Diretrizes Antecipadas de Vontade –
Resolução 1995/2012
Resolução 1995/2012
 Critérios:
 Idade: igual ou maior de 18 anos, em pleno  Resolução 1995/2012
gozo das faculdade mentais, lúcido e  Possibilidade da Ortotanasia - morte sem sofrimento,
responsavel por seus atos perante a justiça validada pelo CFM na Resolução 1805/2006, cujo
pode questionamento legal foi julgado improcedente pela
 Decidir com o médico o melhor e quais os limites Justiça
de procedimentos na fase terminal  As diretivas antecipadas do paciente prevalecerão
 Registrar em cartório o desejo expresso por sobre qualquer outro parecer não médico, inclusive
documento, que permitirá que a equipe que o sobre os desejos dos familiares
atende tenha suporte legal e ético para cumprir
esta orientação
Fonte: http://portal.cfm.org.br Fonte: http://portal.cfm.org.br

Diretrizes Antecipadas de Vontade –


Resolução 1995/2012
E-mail: rita@macieira.info
Fone: (11) 3842-5504
 Resolução 1995/2012
 Não sendo conhecidas as diretivas antecipadas de
vontade do paciente, nem havendo representante
designado, familiares disponíveis ou falta de consenso
entre estes, o médico recorrerá ao Comitê de Bioética
da instituição, caso exista, ou, na falta deste, à
Comissão de Ética Médica do hospital ou ao Conselho
Regional e Federal de Medicina para fundamentar sua
decisão sobre conflitos éticos, quando entender esta
medida necessária e conveniente.
Fonte: http://portal.cfm.org.br
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