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LICENCIATURA EM ARQUITECTURA

Universidade dos Açores

Gramáticas de Composição e Representação I – 1º ano, 1º Semestre


Exercício 1

Para os pitagóricos, o número, era a fonte da harmonia do universo e o princípio de que


dependiam o céu e a totalidade do universo. Um século mais tarde, Platão recorria ao
conteúdo fundamental da filosofia pitagórica no Timeu onde expressa a sua admiração pelos
números, pelas proporções e pela geometria, a noção de espaço era submetida ao número e
à geometria. Era parte integrante de uma construção cósmica regulada por proporções
matemáticas: “ Quando Deus resolveu ordenar o todo no começo, o fogo, a água, a
terra e o ar traziam vestígios da sua própria natureza, mas estavam no estado em que
tudo se encontra naturalmente na ausência de Deus. Foi neste estado que Ele os foi
buscar e começou por dar-lhes a configuração distinta por meio das ideias e dos
números(...)” (Platão, Timeu,)

Para Platão o espaço era conduzido a manifestar-se nas reacções entre volumes. Ao
descrevermos os aspectos espaciais, estudamos uma série de relações, tais como: entre o
interior e o exterior; o perto e o longo; o separado e o unido; o contínuo e o descontínuo.
Elementos espaciais pertencentes à geometria que foram definidos por Platão como a
“ciência do espaço” e, mais tarde, acrescidos de novas teorias sobre os conceitos de
lugares expostos por Aristóteles.

Platão achava que os elementos da Natureza eram corpos configurados como sólidos ou
corpos regulares:
"Em primeiro lugar está claro que fogo, terra, água e ar são corpos e todos os corpos
são sólidos " (Platão, Timeu,).

Euclides define no seu livro “Os elementos”, o corpo regular como uma figura que seja
limitada por superfícies iguais, equilaterais e equiangulares. Os poliedros regulares têm a
propriedade de em cada um dos seus vértices encontrar-se o mesmo número de faces, que
têm de ser polígonos regulares, o que prova que só poderá haver cinco sólidos com essas
qualidades.

Como na formação do Universo se tratava de unir "sólidos" e como para conseguir isso era
necessário uma progressão geométrica de 4 termos, o Demiurgo "(...) pôs a água e o ar
entre o fogo e a terra e fê-los proporcionais um ao outro, na medida do possível, de tal
modo, que, assim como o fogo está para o ar, o ar esta para a água, e assim como o ar
está para a água, a água está para a terra, e foi assim que ele ligou e compôs um céu
visível e tangível. Foi desta maneira e a partir destes elementos, que são quatro, que
se formou o corpo do mundo".(Platão, Timeu,).

Para Platão, todos estes elementos comportavam-se desordenadamente antes da formação


do mundo e foi através das ideias e dos números que eles foram ordenados. O Demiurgo
começou por separar 4 espécies de corpos correspondentes aos 4 elementos, 4 sólidos
regulares que têm por base o triângulo, origem de “toda a superfície de formação rectilínea".
O fogo era representado pela pirâmide ou tetraedro, a água pelo icosaedro e o ar pelo
octaedro e a terra pelo cubo, o sólido mais estável. Mas Platão não ignorava que existem
outros poliedros regulares e assim atribuiu ao quinto sólido, o dodecaedro, a síntese dos 4
elementos.

Estes cinco corpos regulares são as únicas formas corpóreas derivadas da geometria do
triângulo que se podem inscrever numa esfera, servindo a Platão como “Arquétipo Perfeito
do Universo”.

Em grupos, de 2 a 3 elementos, leia e analise o extracto do Diálogo de Platão, Timeu, onde


é enunciada a interpretação geométrica do “Arquétipo Perfeito do Universo” manifestada na
relação entre 5 sólidos, conhecidos como sólidos platónicos. Execute uma maqueta,
interpretação geométrica do arquétipo perfeito do universo de Platão. A maqueta deverá ser
acompanhada de um texto e de desenhos explicativos das opções tomadas na sua
execução.

Bibliografia aconselhada : Lawlor, Robert. 2002 (1982). Sacred geometry.


London. Thames & Hudson. 96-103.

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