Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
Monografia
Salvador (Bahia)
Maio, 2016
II
III
Monografia
Salvador (Bahia)
Maio, 2016
IV
COMISSÃO REVISORA:
Membro Suplente
Erika Santos Aragão – Professora do Departamento de Saúde Coletiva I do Instituto
de Saúde Coletiva (ISC – UFBA).
EQUIPE
Tâmia Mariza Figueiredo Barreto Freitas, Faculdade de Medicina da Bahia/UFBA.
Correio-e: tamiafreitas@gmail.com
Professor orientador: Luis Eugênio Portela Fernandes de Souza, Instituto de Saúde
Coletiva/UFBA. Correio-e: luiseugeniosouza@ig.com.br
INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES
FONTES DE FINANCIAMENTO
1. Recursos próprios.
VI
Agradecimentos
Aos meus amados pais, Tânia e Manoel, pelo amor e incentivo que sempre me encorajaram a
lutar pelo que eu acredito. A gratidão é infinita!
Aos meus irmãos, Manoela, Léo e Brisa por me ensinarem o valor da partilha
Aos meus sobrinhos, Davi e Maya, pela existência que me transborda de felicidade e
esperança
Aos meus queridos avós, Tavinho e Didi, Zezinho e mãe Marôta, por me mostrarem o amor e
respeito pela vida
Aos meus tios, primos e amigos pelos encontros que me enchem de energia. Especialmente
agradeço aos queridos Vitor e Tiago Basílio por estarem sempre disponíveis em me ajudar
“tecnologicamente” sempre que precisei durante a confecção deste estudo. Jamais esqueceria!
Aos pesquisadores TECLIM - UFBA pela experiência e orientação nos estudos sobre aspectos
relacionados à hemorrede que me motivaram na idealização desta pesquisa
Ao meu orientador, profº Luís Eugênio por acolher meu convite, pela parceria e por estar
sempre disponível às minhas angústias de aprendiz
Às professoras Suzy Cavalcante, Mônica Lima e Érika Aragão por comporem a comissão
revisora desta pesquisa, pelas críticas e sugestões e por colaborarem com a qualidade da
mesma
Aos amigos “famebianos” que entraram em minha vida e tanto me acrescentarem em cada dia
de convivência
Aos que compreenderam a minha ausência como importante para minha construção enquanto
futura profissional da saúde em busca de transformar algo na sociedade
RESUMO
1. INTRODUÇAO 04
2. OBJETIVO 10
3. JUSTIFICATIVA 11
4. METODOLOGIA 12
5. RESULTADOS 23
6. DISCUSSÃO 37
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 45
SUMMARY 47
REFERÊNCIAS
ANEXO 1
ÍNDICE DE QUADROS, FLUXOGRAMAS E TABELAS
QUADROS
FLUXOGRAMAS
TABELAS
1. INTRODUÇÃO
doação voluntária e não remunerada do sangue, e que cabe ao poder público estimulá-la como
ato relevante de solidariedade humana e compromisso social”. O inciso III reforça a
“proibição de remuneração ao doador pela doação de sangue”; e o inciso IV reafirma a
“proibição da comercialização da coleta”7. Percebe-se, portanto, que no processo da
construção da Política Nacional de Sangue (PNS), a doação nesses moldes, baseada na
solidariedade e no altruísmo, foi sendo incorporada gradualmente, inclusive de forma
repetitiva, por vários dispositivos regulamentares que frisam o valor humanista dessa prática,
desvinculando-o de gratificação financeira como estratégia de conquista e fidelização de
doadores.
Junto a essa decisão historicamente marcada pela pressão social, maiores desafios
foram impostos aos serviços de hemoterapia no sentido de atrair e manter bons doadores
sanguíneos, sem o respaldo de uma bonificação enquanto recompensa. Sabendo ser um ato
que depende quase que exclusivamente da solidariedade humana e do sentimento de dever
social, o que vem sendo praticado para a ampliação do quadro de doadores em nosso país?
Quais as estratégias utilizadas para ampliar a adesão de doadores aos serviços de
hemoterapia? Essas estratégias são adequadas ao perfil sócio-demográfico da população
brasileira? Esses são os questionamentos que esse estudo busca responder através da
exploração sistemática de publicações que versam sobre a captação e a fidelização de
doadores.
Norte, com 73,76% do total de doadores. As regiões Sul e Sudeste apresentaram, quanto à
etnia, uma prevalência de doadores autodeclarados brancos, tendo o Sul 74,36% e o Sudeste
54,28% de brancos8.
Com base nesse perfil dos doadores de sangue, o intuito desse estudo é identificar
as principais estratégias utilizadas, nacional e internacionalmente, para a captação e a
fidelização de doadores e discutir sua adequação ao perfil sócio-demográfico dos brasileiros.
É essencial discutir essa congruência, distinguindo aqueles que se tornam doadores rotineiros,
com a pretensão de direcionar melhor tais ações sobre doadores de primeira vez, e
especialmente sobre pessoas potencialmente doadoras, mas que resistem ao ato da doação por
quaisquer que sejam os motivos, exceto religiosos: como medo, inacessibilidade ou
desinteresse, por exemplo.
Cabe ainda ressaltar que não há falta de pessoas aptas a doar, há muitas em
potencial, o que tem faltado é motivação e interesse pelo ato, seja por medo, pela cultura de
mitos ou por falta de consciência sobre a sua importância. Nesse contexto, a doação de
sangue, como ato solidário e altruísta necessário à manutenção da vida de tantos que
precisam, constitui um desafio para cada um dos cidadãos, mas, sobretudo para os
profissionais dos serviços de hemoterapia que precisam elaborar maneiras eficazes para maior
7
Outro fator que também pode interferir até hoje na captação de doadores foi o
número de pessoas que acabou sendo contaminado pelo HIV e Hepatites. Isso ocorreu num
período em que as transfusões sanguíneas eram feitas com baixa qualidade técnica e a
sorologia era restrita e precária. Se, por um lado, a possibilidade de transmissão de doenças
pode estar afastando doadores, por outro, foi a partir do conhecimento dessa possibilidade que
as discussões sobre doação em nosso país tomaram proporção mais ampla e começaram a ser
8
vistas com maior atenção, inclusive levando à implantação da Política Nacional de Sangue no
final da década de 80.
Doação Voluntária de Sangue. Por meio dele “pretende-se envolver a sociedade brasileira,
levando-a a participar ativamente do processo da doação de sangue de forma consciente e
responsável, através de ações educativas e de mobilização social, visando a garantia da
quantidade adequada à demanda do país e a melhoria da qualidade do sangue, componentes e
derivados”43. De acordo com o Manual de Orientações para Promoção da Doação Voluntária
de Sangue
2. OBJETIVO
3. JUSTIFICATIVA
4. METODOLOGIA
Tanto na BVS, quanto no PubMed, foram feitas buscas com os termos em cada
idioma separadamente e com filtros de tempo, sendo incluídos os documentos publicados no
período de 2010 à 2014. Quanto à natureza das pesquisas, foram considerados apenas os
artigos originais (outras revisões de literatura foram usadas para apoiar a discussão dos
resultados encontrados).
A primeira triagem dos artigos foi feita considerando-se a leitura do título, dos
objetivos e/ou dos resumos, a fim de se refinar a busca e eliminar aqueles que não se
relacionassem com o objetivo em questão e com a proposta dessa revisão. Dessa maneira,
foram excluídos os estudos feitos com outros animais que não humanos, os artigos fora do
período estabelecido ou que não se associavam com a expectativa do estudo a partir da leitura
do título, objetivos ou resumo, ou que os assuntos principais da revista não apresentassem
associação com este estudo.
14
Fluxograma 1 - Busca feita na BVS com os unitermos em inglês e sua seleção parcial
“blood donors”
55.977 publicações
“Strategies”
1.041 publicações
Idioma inglês
917 publicações
Pesquisa realizadas com humanos
792 publicações
Assuntos principais
98 Publicações
92 na íntegra
[Continua]
15
Fluxograma 1 [Continuação]
Assunto da revista
64 publicações, lidos
título, objetivo e/ou resumo dos artigos
26 artigos
QUADRO 1
1.AMOYAL, NR; ROBBINS, ML; PAIVA, AL; BURDITT, C; KESSLER, D; SHAZ,BH.
Measuring the processes of change for increasing blood donation in black adults.
Transfusion; 53(6): 1280-90, 2013 Jun. *
2.BRUHN, R; LELIE, N; CUSTER, B; BUSCH, M; KLEINMAN, S. Prevalence of human
immunodeficiency virus RNA and antibody in first-time, lapsed, and repeat blood
donations across five international regions and relative efficacy of alternative screening
scenarios. Transfusion; 53(10 Pt 2): 2399-412, 2013 Oct. */**
3.CIMAROLI, K; PÁEZ, A; NEWBOLD, KB; HEDDLE, NM. Individual and contextual
determinants of blood donation frequency with a focus on clinic accessibility: a case
study of Toronto, Canada. Health Place; 18(2): 424-33, 2012 Mar. *
4.DE ALMEIDA-NETO, C; MENDRONE-JUNIOR, A; CUSTER, B; ET AL. Inter-
Donation Intervals and Patterns of Return among Blood Donors in Brazil. Transfusion,
2012.
5.DHINGRA, N. International challenges of self-sufficiency in blood products. Transfus
Clin Biol; 20(2): 148-52, 2013 May. **
6.FRANCE, CR; FRANCE, JL; KOWALSKY, JM; CORNETT, TL. Education in donation
coping strategies encourages individuals to give blood: further evaluation of a donor
recruitment brochure. Transfusion; 50(1): 85-91, 2010 Jan. *
7.FRANCE, CR; FRANCE, JL; WISSEL, ME; KOWALSKY, JM; BOLINGER, EM;
HUCKINS, JL. Enhancing blood donation intentions using multimedia donor education
materials. Transfusion; 51(8): 1796-801, 2011 Aug. *
8.FRANCE, CR; FRANCE, JL; KOWALSKY, JM; COPLEY, DM; LEWIS, KN; ELLIS,
GD; MCGLONE, ST; SINCLAIR, KS. A Web-based approach to blood donor
preparation. Transfusion; 53(2): 328-36, 2013 Feb. *
9.FRANCE, CR; FRANCE, JL; WISSEL, ME; DITTO, B; DICKERT, T; HIMA,WAN LK.
Donor anxiety, needle pain, and syncopal reactions combine to determine retention: a
path analysis of two-year donor return data. Transfusion; 53(9): 1992-2000, 2013 Sep. *
[Continua]
16
Quadro 1 [continuação]
10.GODIN, G; GERMAIN, M. Predicting first lifetime plasma donation among whole
blood donors. Transfusion; 53 Suppl 5: 157S-61S, 2013 Dec. *
11.GREINACHER, A; FENDRICH, K; BRZENSKA, R; KIEFEL, V; HOFFMANN, W.
Implications of demographics on future blood supply: a population-based cross-
sectional study. Transfusion; 51(4): 702-9, 2011 Apr. *
12.GUO, N; WANG, J; NESS, P; ET AL., FOR THE NHLBI RETROVIRUS
EPIDEMIOLOGY DONOR STUDY-II (REDS-II), INTERNATIONAL COMPONENT.
Analysis of Chinese Donors’ Return Behavior. Transfusion, 2011.
13.GUO, N; WANG, J; NESS, P; YAO, F; BI, X; LI, J; YUN, Z; GUO, X; HUANG, Y;
DONG, X; TIEMUER, MH; HE, W; MA, H; HUANG, M; LIU, J; WRIGHT, DJ; NELSON,
K; SHAN, H. First-time donors responding to a national disaster may be an untapped
resource for the blood centre. Vox Sang; 102(4): 338-44, 2012 May.
14.GUO, N; WANG, J; YU, Q; YANG, T; DONG, X; WEN, G; TIEMUER, MH; LI, J; HE,
W; LV, Y; MA, H; WEN, X; HUANG, M; NESS, P; LIU, J; WRIGHT, DJ; NELSON, K;
SHAN, H. Long-term return behavior of Chinese whole blood donors. Transfusion;
53(9): 1985-91, 2013 Sep.*
15.LOURENCON, ADRIANA DE FÁTIMA; ALMEIDA, RODRIGO GUIMARÃES DOS
SANTOS; FERREIRA, ORANICE AND MARTINEZ, EDSON ZANGIACOMI.
Evaluation of the return rate of volunteer blood donors. Rev. Bras. Hematol. Hemoter.
[online]. 2011, vol.33, n.3, pp. 190-194.
16.MUMTAZ, Z; BOWEN, S; MUMTAZ, R. Meanings of blood, bleeding and blood
donations in Pakistan: implications for national vs global safe blood supply policies.
Health Policy and Planning, 2012.
17.POLONSKY, MJ; BRIJNATH, B; RENZAHO, AM. "They don't want our blood":
social inclusion and blood donation among African migrants in Australia. Soc Sci Med;
73(2): 336-42, 2011 Jul. *
18.POLONSKY, MJ; RENZAHO, AM; FERDOUS, AS; MCQUILTEN, Z. African
ulturally and linguistically diverse communities' blood donation intentions in Australia:
integrating knowledge into the theory of planned behavior. Transfusion; 53(7): 1475-86,
2013 Jul. *
19.SMITH, A; MATTHEWS, R; FIDDLER, J. Recruitment and retention of blood donors
in four Canadian cities: an analysis of the role of community and social networks.
Transfusion; 53 Suppl 5: 180S-4S, 2013 Dec. *
20.TAYOU, CT; KOUAO, MD; TOURÉ, H; ET AL. Transfusion safety in francophone
African countries: an analysis of strategies for the medical selection of blood donors.
Transfusion, 2012.
21.TAZI-MOKHA, A; SOULAYMANI, A; MOKHTARI, A; ALAMI, R. Blood donation
in Morocco: a 20-year retrospective study of blood collection in the Rabat blood centre.
Transfus Med; 22(3): 173-80, 2012 Jun. *
22.TSUNO, NH; NAGURA, Y; KAWABATA, M; MATSUHASHI, M; SONE, S; IKEDA,
T; OKOCHI, N; TAKAHASHI, K. The current status of autologous blood transfusion in
Japan--the importance of pre-deposit autologous blood donation program and the
needs to achieve patient blood management. Transfus Apher Sci; 49(3): 673-80, 2013
Dec.* /**
23.VELDHUIZEN, I; VAN DONGEN, A. Motivational differences between whole blood
and plasma donors already exist before their first donation experience. Transfusion;
53(8): 1678-86, 2013 Aug. *
[Continua]
17
Quadro 1 [continuação]
24.VELDHUIZEN, I; FERGUSON, E; DE KORT, W; DONDERS, R; ATSMA, F.
Exploring the dynamics of the theory of planned behavior in the context of blood
donation: does donation experience make a difference? Transfusion; 51(11): 2425-37,
2011 Nov. *
25.WHO EXPERT GROUP. Expert Consensus Statement on achieving self-sufficiency in
safe blood and blood products, based on voluntary non-remunerated blood donation
(VNRBD). Vox Sang; 103(4): 337-42, 2012 Nov **
26.YU, C; HOLROYD, E; CHENG, Y; FAI LAU, JT. Institutional incentives for
altruism: gifting blood in China. BMC Public Health, 2013.
*Artigos não gratuitos/ ** artigos que não citaram estratégias de captação de doadores
“Blood Donors”
17.204 publicações
“Estrategias”
380 publicações
[Continua]
18
Fluxograma 2 [Continuação]
Idioma
347 publicações
339 em humanos
Filtro por tempo 2010/2014
133 publicações
Havia 1 revisão
Assuntos da Revista
23 publicações
07 disponibilizados na íntegra
04 artigos
QUADRO 2
27.EVANS, R; FERGUSON, E. Defining and measuring blood donor altruism: a
theoretical approach frombiology, economicsandpsychology. Vox Sanguinis,
2014;106(2):118-126. doi:10.1111/vox.12080.
12.GUO, N; WANG, J; NESS, P; ET AL., for the NHLBI Retrovirus Epidemiology Donor
Study-II (REDS-II), International Component. Analysis of Chinese Donors’ Return
Behavior. Transfusion, 2011;51(3):523-530.
26.YU, C; HOLROYD, E; CHENG, Y; FAILAU, JT. Institutional incentives for altruism:
gifting blood in China. BMC Public Health, 2013;13:524.
28.ZITO E, ALFIERI S, MARCONI M, SATURNI V, CREMONESI G. Adolescents and
blood donation: motivations, hurdles and possible recruitment strategies. Blood
Transfusion, 2012;10(1):45-58.
19
“Donantes de Sangre”
23.741 publicações
“Estrategias”
35 publicações
Idioma
26 publicações
19 em humanos
[Continua]
20
Fluxograma 3 [continuação]
7 publicações
Havia 1 revisão
Exclusão de 5 artigos pela leitura prévia de título,
objetivos ou resumo dos artigos que não tratavam da
captação ou fidelização de doadores ou que eram
revisões
2 artigos
QUADRO 3
29.CARDONA-ARIAS, Jaiberth. Conocimientos, actitudes y práticas sobre la donación
de sangre em estudiantes universitários. MEDICINA U.P.B. 30(2), 2011.
30.VASQUEZ, Marcela et al. Abastecimiento de sangre durante desastres: la experiencia
de Chile en 2010. Rev Panam Salud Publica [online], 2011.
relacionava com o objetivo em questão e um não estava disponível. Dessa forma, um foi
incluído neste estudo.
“Doadores de Sangue”
25.675 publicações
“Estratégias”
33 publicações
Idioma
12 publicações
07 em humanos
Filtro por tempo 2010/2014
3 publicações
1 artigo
QUADRO 4
31.FREITAS, KATIA BUTTER LEÃO DE. Coletar sangue: um trabalho intenso e
fundamental para garantir a vida / Collect blood: an intense and essential to ensure life.
Rio de Janeiro; s.n; 2011.
22
5. RESULTADOS
[Continua]
25
TABELA 1 [continuação]
6.*DHINGRA SUÍÇA BVS
(2013)15 Desafios internacionais de auto-suficiência em hemoderivados/ resumir as recomendações de
especialista da OMS para se alcançar a auto-suficiência em hemoderivados
[Continua]
26
TABELA 1 [continuação]
12.FREITAS (2011)21 BRASIL QUALITATIVO, BVS
Coletar sangue: um trabalho intenso e fundamental para garantir a vida/ Analisar as situações TRANSVERSAL
de trabalho do Salão de Doação de Sangue do Hemocentro e sua relação com a saúde dos
trabalhadores; verificar as variabilidades presentes na atividade de coleta de sangue; apreender os
sentidos que os trabalhadores atribuem ao seu fazer; identificar os riscos existentes no ambiente de
trabalho; conhecer a percepção dos trabalhadores na relação saúde e trabalho e compreender para
transformar a atividade de trabalho
[Continua]
27
TABELA 1 [continuação]
18.LOURENCON et BRASIL QUANTITATIVO/ BVS
alli. (2011)27 Avaliação da taxa de retorno de doadores voluntários de sangue/ estimar a taxa de retorno de LONGITUDINAL/RET
doadores de sangue de primeira vez no centro de Ribeirão Preto e de outros centros de sangue em ROSPECTIVO
sua região de cobertura
[Continua]
28
TABELA 1 [continuação]
24.TAZI-MOKHA MARROCOS QUALITATIVO/RETR BVS
(2012)33 Doação de sangue em Marrocos: um estudo retrospectivo de 20 anos OSPECTIVO
de coleta de sangue no Hemocentro a Rabat/ traçar a história dos doadores de sangue e de
estratégias de recrutamento desenvolvido entre 1988 e 2008, no centro de transfusão de sangue
regional da Rabat
[Continua]
29
TABELA 1 [continuação]
30.YU et alli. (2013)39 CHINA QUALITATIVO BVS e
Incentivos institucionais para o altruísmo: doação de sangue na China/ investigar a natureza e PubMed
os resultados de alguns mecanismos institucionalizados de incentivo à doação voluntária de
sangue.
*não foram identificadas estratégias para captação e fidelização de doadores sanguíneos durante a leitura da obra
30
Outra estratégia referida por muitos dos estudos revisados foi “Desmistificar
risco, medo e quebrar preconceitos relacionados à doação”, tendo sido citada por 11
artigos10, 12, 14, 17, 18, 19, 24, 30, 32, 39, 40, aproximadamente 40% do total.
Citada por nove dos artigos, cerca de 30%, a quarta estratégia de captação mais
referida foi “Coleta móvel, acessível e de localização conhecida”12, 13, 24, 26, 31, 32, 33, 35, 40.
31
Outras estratégias que mereceram destaque, por suas frequências, foram “Manter
contato com os doadores de primeira vez ou possíveis candidatos à doação” 10, 14, 17, 24, 25, 27 e
“Estimular autoavaliação enquanto doador de sangue”10, 17, 31, 36, 37, 39, 40 estando presentes,
cada uma delas, em sete artigos, 25% do total e “Campanhas ao telefone voltadas para
grupos e líderes específicos/campanhas por meio de redes sócias, SMS, carta ou
email/panfletos, materiais áudio-visuais”14, 18, 25, 37, 40
e “Prevenir ou esclarecer o possível
aparecimento de sintomas após a doação/ Proporcionar uma boa experiência/Informar sobre
o procedimento que será submetido”18, 20, 25, 27, 32, citadas por cinco artigos cada uma delas,
18%, portanto.
É importante dizer que a maior ou menor frequência com que são mencionadas
não tem relação com a importância da estratégia, considerando-se a realidade, a necessidade e
a demanda local de cada serviço. Além disso, as estratégias não são mutuamente excludentes,
podendo ser utilizadas várias ao mesmo tempo a depender dos recursos do serviço. Talvez,
quanto mais estratégias se somarem para um fim, maior a possibilidade de o objetivo ser
atingido.
1. Estimular o altruísmo, FREITAS, 2011 VARQUEZ, 2011 CARDONA-ARIAS, AMOYAL et alli. YU et alli. 2013 FRANCE et DE ALMEIDA LOURENCON et ZITO et alli, 2012
2011 2013 alli, 2010 A NETO, 2012 alli, 2011
solidariedade, senso de dever
moral e auto-confiança
EVANS & GODIN & VELDHUIZEN & SMITH et alli, 2013 GUO et alli, 2012
FERGUSON, 2014 GERMAIN, 2013 DONGEN (2013)
CARDONA- AMOYAL et alli. YU et alli. 2013 GUO et alli, 2011 FRANCE et alli, DE ALMEIDA TAYOU et alli, FRANCE et
2.Desmistificar risco, medo e ARIAS, 2011 2013 2010 NETO, 2012 FRANCE et 2012 alli, 2013(A)
quebrar preconceitos alli, 2011
Tabela 2 [continuação]
7.Reconhecer profissionais da
FREITAS, 2011 VELDHUIZEN et LOURECON et alli,
captação e doadores quanto ao seu alli, 2011 2011
ato/valorização do trabalhador
CARDONA- AMOYAL et alli, GUO et alli, 2011 VELDHUIZEN et FRANCE et DE ALMEIDA GUO et alli,
9.Conhecer perfil de doador para ARIAS, 2011 2013 alli, 2011 alli, 2010 NETO, 2012 2013 EVANS & FERGUSON, 2014
desenvolver estratégias
direcionadas/ Desenvolver
estratégias localmente eficazes
LOURENCON et MUMTAZ et alli, ZITO et alli, 2012 POLONSKY et alli, FRANCE et
alli, 2011 2012 2013 alli, 2013 (B)
[Continua]
35
Tabela 2 [continuação]
10.Estimular autoavaliação AMOYAL et alli, YU et alli, 2013 VELDHUIZEN et alli, FRANCE et alli, ZITO et alli, VELDHUIZEN & DONGEN SMITH et alli, 2013
enquanto doador de sangue 2013 2011 2010 2012 (2013)
11.Campanhas ao telefone
voltadas para grupos e líderes DE ALMEIDA
NETO, 2012
ZITO et alli, 2012 GUO et alli, 2012 FRANCE et alli,
2011
VELDHUIZEN
& DONGEN
específicos/campanhas por (2013)
12.Prevenir ou esclarecer o
possível aparecimento de TAYOU et alli, FRANCE et alli, LOURECON et alli, GUO et alli, 2012 FRANCE et
sintomas após a doação/ 2012 2013 (B) 2011 alli, 2011
Tabela 2 [continuação]
15.Incentivo de doação pelos
migrantes conforme POLONSKY et
alli, 2011
POLONSKY et alli,
2013
necessidade local
16.Banco de sangue em TAZI-MOKHA,
hospitais 2012
17.Visitar periodicamente
Universidades e faculdades GUO et alli, 2013
6. DISCUSSÃO
especialistas; (c) organização de sessões de conversa entre potenciais doadores e pessoas que
já tiveram a experiência enquanto doador; (d) campanhas por telefone voltadas para grupos e
líderes específicos: (e) campanhas por meio de redes sociais, short messages system (SMS),
carta ou email, panfletos e materiais aúdio-visuais; (f) manutenção de sítio eletrônico com
informações sobre o processo da doação; e (k) realização de visitas periódicas a
Universidades e faculdades para orientar os futuros profissionais de saúde e também facilitar
a doação por parte deles.
Conhecer o perfil do doador10, 12, 14, 16, 17, 20, 24, 26, 27, 28, 30, 36, 40
e desenvolver
28, 30
políticas baseadas em crenças, tradição e costumes locais são abordagens adotadas no
Brasil, como se lê no tópico “atenção às realidades locais” do Manual de orientações, o qual
frisa que não deve ser esquecido que cada região do país tem suas peculiaridades – físicas,
ambientais, socioeconômicas, educacionais, políticas e religiosas e que merecem a devida
diferenciação durante o desenvolvimento de ações voltadas para captação de doadores9.
Segundo este Manual, tais aspectos “auxiliarão os caminhos a serem trilhados, para que a
sociedade seja partícipe na promoção da doação de sangue e que os resultados sejam
coerentes com a realidade local” (BRASIL, 2015, p.66)9. E continua afirmando que o
profissional captador deve também considerar os acontecimentos marcantes em cada região e
os festejos específicos de cada lugar (carnaval, festas juninas, cerimônias religiosas,
competições esportivas, por exemplo) que irão configurar períodos estratégicos de
mobilização de atividades.
Já estratégias reconhecidas, pelos autores dos artigos revisados, como úteis não só
para a captação de novos doadores como também para a fidelização tinham como objetivos
estimular o altruísmo, a solidariedade, o senso de dever moral e a auto-confiança; prevenir ou
esclarecer o possível aparecimento de sintomas após a doação/ proporcionar uma boa
experiência; informar sobre o procedimento que será submetido; sinalizar os doadores
diferenciando os de primeira vez e os de repetição para que os profissionais deem
acolhimento específico.
O Manual (Brasil (2015)9 apresenta uma série de projetos que visam a fomentar a
doação de sangue, em vários contextos, por meio de atividades eminentemente pedagógicas.
Dentre eles, destacam-se o Projeto Empresa Solidária, o Projeto Escola/Doador do futuro, o
Projeto “Arte na Doação” que complementa o Projeto Escola incrementando de forma lúdica
suas ações, diante da diversidade na expressão comportamental dos alunos e da necessidade
de maior aproximação com o público jovem. Ressalte-se que essa estratégia é referida
também por Amoyal et alli (2013)10 e Zito et alli (2012)40.
A busca dos serviços por doadores de repetição é tratada sob o seguinte aspecto:
há uma questão de segurança, mas também de economia envolvida, pois doadores testados e
retestados significam bolsas de sangue com margem maior de segurança para o receptor e
menos exames sorológicos desprezados, conferindo, portanto menor desperdício, nestes
casos. Mesmo que todos sejam devidamente testados, há menor ocorrência de rejeição de
bolsas44. Seguindo esse raciocínio9 os serviços de hemoterapia procuram por doadores
regulares porque eles já conhecem o processo, são testados periodicamente e podem fornecer
um produto mais seguro. No entanto, suspeita-se que a motivação desses doadores pode estar
deturpada considerando o benefício próprio de monitoramento dos testes para agentes
infecciosos, em especial o vírus da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA)44 feito
gratuitamente e de maneira velada através da doação sanguínea. Esse é um fato delicado e de
difícil manuseio na prática.
A esse número deve ser acrescida a quantidade de turistas que passa por aqui a
cada ano. Dessa forma, faz-se importante o incentivo dessa população à doação sanguínea da
mesma forma que aumentam a demanda pelo sangue. Esse incentivo deve levar em conta a
42
Um quarto ponto que pode ser questionado em relação aos critérios de seleção de
doadores é o fato do volume padrão das bolsas que armazenam sangue26. Isso explica o
motivo pelo qual pessoas com menos de 50 quilos, ainda que saudáveis, não possam doar
sangue, pois há um máximo de sangue que pode ser retirado de cada sujeito e que varia com
seu peso e há um mínimo necessário para comportar nas bolsas de tamanho padrão utilizadas
atualmente considerando a quantidade de anticoagulante presente na mesma. Entretanto se
fossem produzidas bolsas de capacidade variada seria permitido maior número de pessoas
exercerem a doação de sangue se devidamente saudáveis.
Mais um aspecto que tem sido debatido e vem ganhando força com a ascensão das
lutas em defesa dos direitos homossexuais é a questão da doação sanguínea por eles. No
Brasil, o regulamento técnico de procedimentos hemoterápicos, no que concerne à proibição
da doação por homens que fazem sexo com homens (HSH), é uma herança da resolução RDC
44
nº 153 de 2004 e da Portaria nº 1.353 de 2011 que traziam nos seus 6º e 34 artigos,
respectivamente, o mesmo texto que o artigo 64 da portaria atual de nº 2.712/2013: “Art. 64.
Considerar-se-á inapto temporário por 12 (doze) meses o candidato que tenha sido exposto a
qualquer uma dessas situações: IV – homens que tiveram relações sexuais com outros homens
e/ou as parceiras sexuais destes”.
Por que, nas normativas, não é levado em conta exclusivamente se a relação foi
desprotegida ou não, conforme questionado para outros grupos? É explicável que sejam
excluídas da seleção de doadores, pessoas clinicamente aptas de acordo com os outros
critérios unicamente por se declararem de orientação homossexual? Poderia, sim, se admitir,
que não é o tipo de relação que confere risco por si só, mas se houve sexo desprotegido ou
não. É sabido que não há um grupo considerado de risco para Doenças Sexualmente
Transmissíveis, mas que há grupos chave e um “comportamento de risco” associado e que
pode ser adotado por qualquer sujeito independentemente de sua orientação sexual. Contudo,
o regulamento é taxativo e excludente.
Deve ser considerada nesse contexto a existência de políticas que visam a redução
dos danos aos quais esses grupos estão expostos e vulneráveis e que precisam ser também
reforçadas e, devidamente, postas em prática, para que se evitem atitudes discriminatórias
desse tipo. Essa é uma luta que já vem sendo enfrentada pelos grupos e movimentos LGBT
pelo Brasil e pelo mundo afora exigindo que esse tipo de regulamento seja revisto e considere
os dados epidemiológicos mais atualizados, lembrando-se ainda que o contingente de
soropositivos entre heterossexuais supera o número de homossexuais infectados47.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo não esgota as discussões a respeito dos temas que envolvem a doação
de sangue no Brasil, sejam eles os aspectos históricos, as estratégias de captação e fidelização
vigentes na atualidade ou os critérios de seleção de doadores trazidos no regulamento
normativo desses procedimentos, mas justamente teve o intuito e pode colaborar levantando
reflexões nesta temática. Talvez pela delicadeza do tema e por conta dos tabus que envolvem
os assuntos relacionados ao sangue, há poucas discussões a esse respeito, mesmo dentro dos
ambientes próprios dos especialistas da área. Neste sentido, o presente estudo teve a intenção
de trazer essa discussão para um ambiente acadêmico, ainda de formação de profissionais,
procurando despertar o interesse para a ponderação sobre os fatores que caracterizam a
doação de sangue em nosso país.
Claramente, muito ainda precisa ser explorado para se alcançar a real explicação
da taxa insuficiente de doadores em nosso território, incompatível com a demanda existente
em nossa sociedade em envelhecimento e em vigente ascensão do conhecimento de novos
tratamentos. Nesta perspectiva, recomenda-se que mais estudos sejam elaborados com intuito
de investigar a conjuntura que permeia os serviços hemoterápicos, desde sua normatização até
as ações na prática, vista a importância desses serviços no sustento de muitos dos
procedimentos médicos, e da saúde como um todo.
SUMMARY
THE RECRUITMENT AND LOYALTY OF BLOOD DONORS IN BRAZIL: A
SYSTEMATIC REVIEW. Brazil has a deficit of blood donors according to the parameter
set by the WHO, and has the urgent need to strengthen strategies for capture and fidelity of
blood donors. In this perspective, this study has dual importance: theoretical, through the
systematization of knowledge, and practical, as it may support hemotherapy services in
optimization strategies to attract and retain donors. OBJECTIVE: To identify and describe
the strategies for attracting and retaining blood donors referred to in national and international
scientific studies. METHODOLOGY: This is a systematic review of work located in BVS
and PubMed. Original articles published between 2010 and 2014 in English, Spanish or
Portuguese were considered, found by the descriptors in these languages, respectively. The
search was conducted by descriptors and filters, and then based on titles and abstracts. The
selected articles were read in full. RESULTS: 32 articles were screened of which 28
presented strategies for recruitment or retention of blood donors. The other four, however,
were also useful to the thematic discussion. The strategy for capture and fidelity of blood
donors mentioned the most was "stimulate altruism, solidarity, a sense of moral duty and self-
confidence", cited in 14 articles. In second place, quoted in thirteen articles, was "know the
donor profile to develop directed strategies / develop strategies according to local beliefs,"
and in third was "demystify risk, fear and break down prejudices" mentioned in eleven
articles. DISCUSSION: From the analysis of the studies it was found that the identified
strategies for attracting and retaining donors act beyond the direct donor recruitment. They
aim not only to stimulate altruism and solidarity, demystify risks and fears, know the profile
of donors and provide them a good experience, but they also propose reorganization of the
blood collecting services and present ways to operationalize these actions in practice.
CONCLUSIONS: Studies have demonstrated efficient strategies for attracting and retaining
donors, although the collection of blood does not fulfill yet the current need. In this context,
there are other factors besides the used strategies used, of historical, cultural and normative
order, which also need to be reviewed to better meet this social demand. Studies in this
dimension deserve greater incentives.
Key words: Blood donor, recruitment and loyalty strategies, blood policy.
REFERÊNCIAS
2 - BRASIL. LEI FEDERAL Nº 1.075 DE 27 DE MARÇO DE 1950. Dispõe sobre doação voluntária
de sangue. Diário Oficial da União. República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF,
1950. Disponível em: < http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/128812/lei-1075-50> Acesso
em 09/11/2014.
3 - GUERRA, C. Fim da doação remunerada de sangue no Brasil faz 25 anos. Rev. Bras. Hematol.
Hemoter.[online]. 2005, vol.27, n.1, pp. 1-3. ISSN 1516-8484.
5 - PEREIMA, Rosane Suely May Rodrigues; ARRUDA, Mariluza Waltrick; REIBNITZ, Kenya
Schmidt and GELBCKE, Francine Lima. Projeto Escola do Centro de Hematologia e
Hemoterapia de Santa Catarina: uma estratégia de política pública. Texto contexto - enferm.
[online]. 2007, vol.16, n.3, pp. 546-552. ISSN 0104-0707.
17 - FRANCE, CR; FRANCE, JL; KOWALSKY, JM; CORNETT, TL. Education in donation
coping strategies encourages individuals to give blood: further evaluation of a donor
recruitment brochure. Transfusion; 50(1): 85-91, 2010 Jan.
18 - FRANCE, CR; FRANCE, JL; WISSEL, ME; KOWALSKY, JM; BOLINGER, EM; HUCKINS,
JL. Enhancing blood donation intentions using multimedia donor education materials.
Transfusion; 51(8): 1796-801, 2011
19 - FRANCE, CR; FRANCE, JL; KOWALSKY, JM; COPLEY, DM; LEWIS, KN; ELLIS, GD;
MCGLONE, ST; SINCLAIR, KS. A Web-based approach to blood donor preparation.
Transfusion; 53(2): 328-36, 2013 Feb
20 -FRANCE, CR; FRANCE, JL; WISSEL, ME; DITTO, B; DICKERT, T; HIMA,WAN LK. Donor
anxiety, needle pain, and syncopal reactions combine to determine retention: a path analysis of
two-year donor return data. Transfusion; 53(9): 1992-2000, 2013 Sep
21 - FREITAS, KATIA BUTTER LEÃO DE. Coletar sangue: um trabalho intenso e fundamental
para garantir a vida / Collect blood: an intense and essential to ensure life. Rio de Janeiro; s.n;
2011.
22 - GODIN, G; GERMAIN, M. Predicting first lifetime plasma donation among whole blood
donors. Transfusion; 53 Suppl 5: 157S-61S, 2013 Dec.
24 - GUO, N; WANG, J; NESS, P; ET AL., for the NHLBI Retrovirus Epidemiology Donor Study-II
(REDS-II), International Component. Analysis of Chinese Donors’ Return Behavior. Transfusion,
2011;51(3):523-530.
25 - GUO, N; WANG, J; NESS, P; YAO, F; BI, X; LI, J; YUN, Z; GUO, X; HUANG, Y; DONG, X;
TIEMUER, MH; HE, W; MA, H; HUANG, M; LIU, J; WRIGHT, DJ; NELSON, K; SHAN, H.
First-time donors responding to a national disaster may be an untapped resource for the blood
centre. Vox Sang; 102(4): 338-44, 2012 May.
26 - GUO, N; WANG, J; YU, Q; YANG, T; DONG, X; WEN, G; TIEMUER, MH; LI, J; HE, W; LV,
Y; MA, H; WEN, X; HUANG, M; NESS, P; LIU, J; WRIGHT, DJ; NELSON, K; SHAN, H. Long-
term return behavior of Chinese whole blood donors. Transfusion; 53(9): 1985-91, 2013 Sep
29 - POLONSKY, MJ; BRIJNATH, B; RENZAHO, AM. "They don't want our blood": social
inclusion and blood donation among African migrants in Australia. Soc Sci Med; 73(2): 336-42,
2011 Jul.
30 - POLONSKY, MJ; RENZAHO, AM; FERDOUS, AS; MCQUILTEN, Z. African culturally and
linguistically diverse communities' blood donation intentions in Australia: integrating
knowledge into the theory of planned behavior. Transfusion; 53(7): 1475-86, 2013 Jul.
32 - TAYOU, CT; KOUAO, MD; TOURÉ, H; ET AL. Transfusion safety in francophone African
countries: an analysis of strategies for the medical selection of blood donors. Transfusion, 2012
45 - EDER, AF. Improving safety for young blood donors. Transfus Med Rev; 26(1): 14-26, 2012
Jan.