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Rotina recomendada:
História clínica - Inspeção geral e específica
A HISTÓRIA DERMATOLÓGICA:
Associada à somatoscopia e a outros métodos de exame dermatológico, a anamnese contribui
sobremaneira na obtenção do diagnóstico das doenças da pele.
PROBLEMAS MAIS COMUNS:
Anormalidades localizadas interpretadas pelo paciente como de gravidade considerável, como
tumorações etc
NUNCA DEVEMOS TENTAR ADVINHAR A QUEIXA DE UM PACIENTE. Um jovem portador de acne facial
importante pode se queixar de uma micose plantar, ou de intertrigo.
Lembrar ainda que erupções generalizadas podem eventualmente acometer anexos como cabelo,
unhas e glândulas sudoríparas.
Devemos investigar sempre a queixa principal, sua duração, a natureza da lesão inicial e suas
alterações evolutivas, os sintomas associados, assim como sua resposta a medicamentos
previamente utilizados. Existem antecedente dermatológico ? Dermatite seborrêica na infância
(confundidas ou precursoras de psoríase)? alergias ? ; Doenças de outra natureza, como as
ocupacionais ou regionais ? Hobbies ? História familiar ??
Ao exame físico procuramos caracterizar:
A inspeção: sempre sob luz clara (se possível natural), obrigatoriamente sem a roupa, primeiro com o
paciente sentado na mesa de exame clínico, depois de pé para exame do dorso.
DISTRIBUIÇÃO DAS LESÕES - SUA MORFOLOGIA (elementar)
A COR – UMIDADE – ESPESSURA – SIMETRIA – HIGIENE
– TEMPERATURA – TEXTURA – MARGENS - TURGOR – MOBILIDADE
A palpação (que nunca deve ser omitida):
ESPESSAMENTOS (ausente nas máculas)
PRESENÇA DE CÁLCIO OU CISTOS SUBCUTÂNEOS – TEMPERATURA -
CROSTAS quando presentes devem ser cuidadosamente removidas o que ajuda a diferencia-las de
queratina (QUE É PARTE INTEGRANTE DA LESÃO) ou descamações que devem ser escarificadas
para o diagnóstico da psoríase (sinal de Nicolsky ??)
Segue:
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INTRODUÇÃO:
A. SUPERFÍCIE CUTÂNEA
A pele normal tem coloração uniforme (exceto nas regiões pudendas e nas
áreas expostas), não apresenta soluções de continuidade, e costuma ser avaliada
clinicamente quanto a sua temperatura, umidade, textura, turgor, mobilidade,
elasticidade, vascularização e espessura.
2) Cianose
1. Cianose central
- baixa saturação arterial de O2 PODE SER MISTA !
2. Cianose periférica
- maior extração de O2 ( saturação normal )
3. Cianose diferencial
- quando é vista preferencialmente nos membros inferiores
ou superiores
A) FLUXO PULMONAR:
1.Aumentado ou hiperfluxo pulmonar encontrado em comunicação intracavitárias
com shunt esquerdo - direito, Presença de ventrículo único, Truncus arteriosus,
e transposição dos grandes vasos cardíacos
2.Diminuido ou hipofluxo pulmonar: vistos em pacientes com tetralogia de Fallot,
estenose pulmonar, hipoplasia ventricular direita, atresia da valva tricúspide etc
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B) ÉPOCA DE APARECIMENTO
3.Cianose progressiva
- Tetralogia de Fallot - Truncus arteriosus - Drenagem anômala das veias pulmonares
Cianose diferencial
Baqueteamento digital
Policitemia secudária a hipoxemia
Embolia paradoxal / abscesso cerebral
Retardo mental e do crescimento
Distúrbios da coagulação (Htc >60%)
“Posição preferencial de cócoras”
-PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Mácula ou mancha - área de coloração diferente circundada por pele sem
alteração do seu plano ou da sua superfície. Podem ser divididas em:
* Hipocrômicas - vitiligo, lepra, ptiriase versicalor, etc.
* Hipercrômicas - efélides, manchas hipercrômicas causadas por:
Depósitos pigmentares - devido a estase venosa crônica dos membros
inferiores, lupus eritematoso (mancha em asa de borboleta na face), cloasma
gravídico, irradiações repetidas, manchas hipercrômicas dos processos de
cicatrização, nevos pigmentares, etc. Depósitos pigmentares podem ainda ser
devido ao acúmulo de melanina ou hemossiderina, conseqüentes a uma série de
dermatopatias. O exemplo mais comum é representado pela pigmentação
acastanhada (hemossiderina) associada aos processos de estase nevosa crônica dos
membros inferiores. Outras formas comuns de pigmentação são as hemorrágicas
que dividimos em:
* Petéquias - de forma arredondada com até 2 mm de diâmetro vistas na
plaquetopenia e anormalidade funcional dos capilares- pesrsistem após a vitro
pressão.
* Equimoses - em forma de placa, decorre de traumatismos ou deficiências de
fatores de coagulação. (Hematomas são volumosas equimoses confluentes que
ocupam espaço)
* Víbices com forma linear (possuem fisiopatologia semelhante a das
petéquias)
Outras MANCHAS encontradas na prática clínica são as telangiectasias que
representam pequenas dilatações vasculares, observação comum nos membros
inferiores de pessoas (especialmente do sexo feminino, multíparas) que são
pequenas varizes ; as telangiectasias podem ainda ser encontradas na face anterior
do tronco de pacientes com cirrose hepática onde se denominam aranhas vasculares
(-”spider nevi”), nas extremidades de pacientes com a doença de Rendu-Osler
(telangiectasia hemorrágia familiar) ou com nevos vasculares, etc.
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* CAUSAS DE PRURIDO
A-GENERALIZADO:
tineas, escabiose, eczemas diversos, liquen plano, miliaria, dermatite herpetiforme,
pitiríase rósea ou prurido senil (devido ao ressecamento da pele)
B-SECUNDÁRIO A DOENÇAS SISTÊMICAS:
na colestase, linfomas, policitemia, deficiência de ferro e na insuficiência renal.
C- LOCALIZADO:
SIM NÃO
Dermatite seborréica Tumefações ?
Psoríase Ouvido auriculares
Eczema atópico vermelho
descamativo ou purulento ??
Pruriginosa Dolorosa
Indolores
Dermatite de contato - otite externa
Dermatite seborreica - mastoidite - abscesso
Dermatite atópica - cisto, quelóide
Psoríase - condrodermatite
Otite externa: nodularis
infecciosa
viral
fúngica Dolorosas
tumores malignos
(cistos, queloides, nevus verrugas)
tumores malignos
( basocelular, escamoso, melanonas etc)
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Primeiro Episódio Exclusivo no pênis Generalizado
episódio recorrente
Lupus, Sind Behcet balanite psoríase
Doloroso Eritema multiforme liquen olano derm. seborreica
cancer siifilos secundária
escabiose
SIM
Herpes
cancróide
Linf. venéreo
Herpes zoster
Eritema multiforme NÃO
Sind. Behcet sífilis primária
Escabiose (c/ prurido) cancer
Trauma granuloma inguinal
Pioderma
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Tumores genitais
TEMPERATURA DA PELE.
UMIDADE DA PELE.
TEXTURA DA PELE.
É a propriedade que a pele normal tem de, ao ser pinçada entre dois dedos,
apresentar uma consistência tal que, quando desfeita a manobra, volte rapidamente
ao lugar primitivo, sem deixar pregas residuais.
1) Aumento do turgor __ encontrado nos edemas, nas pessoas com excesso
de panículo adiposo, etc.
2) Diminuição do turgor __ NÃO TRADUZ DESIDRATAÇÃO ! pessoas idosas
(fisiológico), e como importante sinal nos estados de desidratação ou não
em que ocorre depleção do sódio sérico (Hiponatremia dilucional).
A pele normal é móvel em relação aos seus planos mais profundos com os
quais entra em contato. A pele é menos móvel ou mesmo imóvel nos edemas,
tumores malignos, na esclerodermia e nos locais onde exista retração cicatricial.
Aumento da sua mobilidade pode ser vista em pessoas idosas, caquéticas, obesos
que perderam quantidade apreciável de peso ou no abdome das multíparas. A pele
hiperelástica tem como sua causa clássica as síndromes secundárias ao
acometimento do colágeno como a síndrome de Ehlers-Danlos (cútis hiperelástica)
ou o pseudoxantoma elástico que a exemplo da primeira é reconhecida pela
presença de hiperelasticidade da pele.
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ESPESSURA.
A espessura da pele está aumentada nos processos que conduzem à
hipertrofia e diminuída nos estados atróficos. A pele atrófica caracteriza-se pelo
aspecto mais translúcido assim como pela perda das suas dobras naturais. A pele é
menos espessa nos velhos, nos recém-natos, na esclerodermia, nos pacientes com
linfedema ou mixedema. O aumento da espessura cutânea costuma ser encontrado
em processos de regeneração epitelial (cicatrizes) e nas hiperqueratoses.
VASCULARIZAÇÃO.
Em condições normais, podemos visualizar, a olho nu, relevos e trajetos de
vasos de topografia superficial. Estes vasos são sempre mais facilmente visualizados
em locais onde a pele é mais fina (lóbulo da orelha, asa do nariz, bolsa escrotal, etc.).
As alterações do relevo e do trajeto das veias e das artérias, serão estudadas mais
detalhadamente no capítulo do sistema cardiovascular.
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DOLOROSA:
Disfunção do nervo radial:( intox pelo chumbo, alcoolismo, polineurite ou
trauma)
Difteria, poliarterite,neurosífilis e poliomielite),
DISFUNÇÃO DO NERVO MEDIANO:
Síndrome do tunel do carpo:
Artrite reumatóide, Tenossinovite do punho, Amiloidose, Gota,
Plasmocitoma, Mixedema, Pós reação anafilática, Síndrome ombro-mão ,
infarto do miocárdio, Tumor de Pancoast, Tumor cerebral, Senilidade,
Hemiplegia, Osteoartrite, Herpes zoster,
CONTRATURAS ISQUEMICAS (perda sensitiva dos dedos)
Poliarterite nodosa, Polineurite, Carcinoma de pulmão , Doença de
Hodgkin, Gravidez, Carcinoma de estômago, Diabetes mellitus, Neurite
química (antimonio, benzeno, bismuto, tetracloreto de carbono, metais
pesados, álcool, arsenico, chumbo, ouro, emetina), Neuropatia isquêmica,
Deficiência de vitamina B
TETANIA CARPOPEDAL OU CARPO-DIGITAL
Hipoparatireoidismo, Hiperventilação, Uremia, Nefropatias (nefrites ou
nefroses)
Raquitismo / Osteomalácia, Síndromes disabsortivas, Lactação, Vômitos
persistentes, estenose pilórica, Intoxicação por álcalis, morfina, chumbo,
alcool
Tremor, Parkinsonismo, Atetose, Coreia de Sydenham , Hipoglicemia,
Hipertireoidismo, Doença de Wilson, Ansiedade, Esclerose múltipla, Lesão
cerebelar, Coma hepático, Frio fadiga, Lesões do núcleo vermelho
ALTERAÇÃO DA COR
Cianose - F. de Raynaud. Policitemia, Síndromes isquêmicas etc
(ver capítulo de cianose)
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Contratura de Dupuytren
Diabetes, epilepsia, cirrose, D. de Raynaud, S. escaleno anticus, Pós
infarto do miocardio, Siringomielia e em pessoas normais
Xantomatose - Hipercolesterolemia, Diabetes mellitus, Pancreatite
crônica, Mixedema, D. de Hand-Christian-Schüller, Gaucher e Nieman-
Pick
Eritema palmar - Cirrose hepática, gravidez, alcoolismo, insuficiência
mitral, Artrite reumatóide Policitemia, Diabete mellitus, Tuberculose
(acroeritrose), Deficiência de vitamina B, Hiperestrogenismo, Beri-
beri, Síndrome ombro-mão, Toxicidade por arsênico e 3 a 5 % das
pessoas normais.
Dor - Neurites pp. alcoólica, Síndrome do túnel do carpo (nervo
mediano),
PREGAS PALMARES ANORMAIS
Prega única transversa - Mongolismo, esclerodactilia congênita
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