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Relatório de Sustentabilidade

ÍNDICE

:01 :02 :03


MENSAGEM DA 04 GRUPO 09 VISÃO ESTRATÉGICA 19

ADMINISTRAÇÃO PARQUE EXPO E PRINCÍPIOS DE

ATUAÇÃO

:04 :05 :06


MODELO DE 29 RELACIONAMENTO 45 SUSTENTABILIDADE 71

GOVERNO COM AS PARTES NOS NEGÓCIOS


INTERESSADAS

Relatório de Sustentabilidade 2009 2


:07 :08 :09
COLABORADORES 136 DESEMPENHO 160 DESENVOLVIMENTO 185

AMBIENTAL SOCIAL

:10 :11
ÍNDICE GRI 215

DESEMPENHO 201 PERFIL DO 211


ECONÓMICO RELATÓRIO

3 Relatório de Sustentabilidade 2009


:01
MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO

Relatório de Sustentabilidade 2009 4


:01
MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO

O Grupo Parque EXPO, enquanto organização do setor empresarial do Estado,


responsável e comprometida com o desenvolvimento sustentável da sociedade,
tem por missão provocar a mutação do território, promovendo a qualidade de
vida urbana, a competitividade das cidades e o equilíbrio ambiental do território,
valorizando as vertentes ambientais, socioculturais e económicas. A atividade
desenvolvida no ano de 2009 continuou a ter como principal elemento orientador, a
par com a adoção dos princípios de bom governo, as orientações estratégicas e os
objetivos de gestão definidos pelo Acionista para o triénio 2008-2010, orientações
que constituem as coordenadas para a ação e o compromisso com a excelência
de gestão.

Um dos eixos considerado fundamental é o desenvolvimento de uma política


de recursos humanos valorizadora das relações, das condições de trabalho e
do bem-estar dos colaboradores, baseada nos valores e cultura empresarial do
Grupo, no conhecimento e na gestão do desempenho, num quadro de igualdade
e de promoção da conciliação da vida pessoal, familiar e profissional. Outro eixo
essencial centra-se na forte e permanente aposta na inovação, para o que o Grupo
Parque EXPO adota uma política de participação ativa num conjunto alargado de
organizações associativas, projetos e iniciativas, nacionais e internacionais, e no
estreitamento de relações entre a comunidade académica e empresarial.

Na vertente ambiental, acompanhando as crescentes exigências regulamentares


e de mercado, a Parque EXPO desenvolveu ao longo de 2009 o processo
de implementação de um Sistema de Gestão Ambiental, que, através do
desenvolvimento de medidas integradas, pretende contribuir para a melhoria da
gestão do desempenho ambiental da Empresa. O processo culminou, com a
certificação do Sistema de acordo com os referenciais internacionais ISO 14001,
reforçando, assim, a evolução positiva da eficiência ambiental do Grupo. Na adoção
das melhores práticas de gestão ambientais refira-se ainda a adoção dos princípios
da Estratégia Nacional para as Compras Ecológicas, que prevêem a incorporação
de critérios ambientais e de sustentabilidade nos procedimentos para a seleção de
fornecedores e para a aquisição de produtos e serviços, bem como os importantes

5 Relatório de Sustentabilidade 2009


apoios financeiros prestados a diversos projetos no âmbito da política de proteção
e conservação da biodiversidade, promovidos na área de atuação do Oceanário de
Lisboa.

No quadro da responsabilidade social empresarial, a política de desenvolvimento


social e cultural continua a ser uma das linhas de intervenção, concretizada
através do crescente investimento em projetos de voluntariado e na promoção
de iniciativas, que visam contribuir para a valorização social, o apoio à saúde, à
educação e à cultura. O Grupo Parque EXPO assume também uma participação
ativa em organizações de referência, que, através da mobilização da comunidade
empresarial, governos e sociedade civil, visam promover a adoção de boas práticas
para uma economia mais sustentável. Destaca-se neste âmbito a participação no
BCSD – Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, na Associação
Portuguesa de Ética Empresarial, e a recente adesão ao United Nations Global
Compact.

O Grupo Parque EXPO mantém, assim, uma aposta reforçada nos seus princípios
orientadores que visam a consolidação de uma cultura organizacional orientada
para a excelência do desempenho, através da utilização de práticas empresariais
de referência que garantam o sucesso no caminho da procura da sustentabilidade
empresarial, assente numa filosofia de gestão que contemple as dimensões
económica, ambiental, social e ética.

Relatório de Sustentabilidade 2009 6


:01
MENSAGEM DO PRESIDENTE

PRINCIPAIS FATOS EM 2009

–– Parque EXPO inicia a gestão da intervenção de requalificação do Polis Ria de


Aveiro e Polis Litoral Norte e prossegue a direção e coordenação geral da
operação integrada de requalificação e valorização do Polis Ria Formosa

–– Parque EXPO assegura a gestão das intervenções de requalificação urbana da


frente ribeirinha da Baixa Pombalina e Ajuda — Belém, em Lisboa

–– Parque EXPO presta apoio técnico à elaboração do plano estratégico do projeto


do Arco Ribeirinho Sul, que visa a requalificação urbanística de importantes
áreas da margem Sul do estuário do Tejo

–– Parque EXPO desenvolve novos projetos de conceção de intervenções no


mercado nacional: Alcácer do Sal, Frente Ribeirinha de Faro, Sintra, Vale da Telha
e Oliveira de Azeméis, Fátima e Alcochete

–– Parque EXPO desenvolve projetos de conceção de intervenções em países


estrangeiros: Plano Diretor de Ordenamento e Urbanização da Cidade de Alger,
na Argélia, Plano Estratégico de Taparura-Sfax, na Tunísia, e Masterplan para o
Parque Tecnológico de Maluana, em Moçambique

–– Parque EXPO aposta no mercado internacional e apresenta novas propostas


para a conceção de intervenções em Argélia, Egipto, Angola, Moçambique e
Cabo Verde

–– Parque EXPO assegura o desenvolvimento de todas as ações relativas à conceção,


preparação e operação da participação portuguesa na EXPO SHANGHAI 2010

–– Parque EXPO vende parte da sua participação na Gare Intermodal de Lisboa,


S.A., deixando de ter posição maioritária no capital daquela Sociedade

–– Parque Expo – Gestão Urbana do Parque das Nações continua a assegurar a


qualidade e inovação das infraestruturas, espaços públicos e dinamização
sociocultural do Parque das Nações

7 Relatório de Sustentabilidade 2009


–– É reaberta ao público a Marina do Parque das Nações

–– Oceanário recebe em 2009 mais 968 873 visitantes

–– É inaugurada uma nova exposição no Oceanário — “A Casa do Vasco” —, que


permite aos visitantes entrar, explorar e descobrir os conselhos para a defesa
dos oceanos

–– Oceanário recebe acreditação como entidade formadora, permitindo o


aprofundamento dos seus programas de educação ambiental

–– O Oceanário de Lisboa e Clube de Criativos criam “Prémio In-Par” para


publicidade ambientalmente responsável

–– Oceanário desenvolve projeto de expansão que permitirá criar novas áreas


dedicadas a exposições e programas educativos e proporcionar novas
experiências aos visitantes

–– Oceanário é reconhecido com prémio do “Programa Práticas RS –


Responsabilidade Social nas PME”

–– Atlântico acolhe a realização de grandes espetáculos: Jogos da Lusofonia,


Beyoncé, Il Divo, Elton John, Green Day, Muse, Depeche Mode, Mamma Mia,
etc.

–– Atlântico participa no projeto de requalificação do Palácio de Cristal, na cidade


do Porto

–– Pavilhão Atlântico é, uma vez mais, reconhecido com a atribuição do “Prémio


Publituris — Melhor Espaço para Congressos” e do “Prémio da Gala de
Eventos – Melhor Espaço para Eventos”

–– Blueticket implementa serviços inovadores na venda de bilhetes, disponibilizando


as novas opções m-ticket e print at home

Relatório de Sustentabilidade 2009 8


:02
GRUPO PARQUE EXPO

9 Relatório de Sustentabilidade 2009


:02
GRUPO PARQUE EXPO

A Parque EXPO 98, S.A., empresa certificada nas áreas da prospeção, conceção
e gestão de projetos de renovação urbana e ambiental, é um instrumento das
políticas públicas de ambiente, ordenamento do território e desenvolvimento urbano
e regional, que apoia o Governo na conceção de programas de implementação
dessas políticas e que atua como veículo da sua operacionalização. Tem por
missão provocar a mutação do território, promovendo a qualidade de vida urbana,
a competitividade das cidades e o equilíbrio ambiental do território.

A Parque Expo — Gestão Urbana do Parque das Nações, S.A. dedica-se à gestão
urbana integrada do Parque das Nações. Na prossecução da sua atividade,
procura atingir um nível de excelência que permita a este território destacar-se pela
qualidade urbana, modernidade e conforto, tendo sempre presente o bem-estar
das pessoas, a preservação do ambiente e a captação de investimentos. A larga
experiência que detém confere à Parque Expo — Gestão Urbana do Parque das
Nações capacidade exemplar para prestar serviços de consultoria no domínio da
gestão urbana.

A Parque Expo Imobiliária, S.A. tem por missão contribuir para a gestão, manutenção
e alienação de imóveis, que direta ou indiretamente, se relacionam com os projetos
da responsabilidade da Parque EXPO.

Relatório de Sustentabilidade 2009 10


O Oceanário de Lisboa, S.A. tem por missão promover o conhecimento dos
oceanos, sensibilizando os cidadãos para o dever da conservação do património
natural, através da alteração dos seus comportamentos. “A conservação dos
Oceanos é da Responsabilidade de todos.” Os oceanos estão crescentemente
sujeitos aos efeitos nefastos da contínua pressão económica desenvolvimentista,
que afeta gravemente os ecossistemas e põe em risco a sustentabilidade da
exploração dos recursos marinhos. Importa substituir esta lógica por uma atitude
ética de responsabilidade e de respeito pelos direitos das gerações vindouras.

A missão empresarial da Atlântico — Pavilhão Multiusos de Lisboa, S.A. visa


contribuir para o sucesso e maximização dos resultados dos eventos dos clientes,
através da prestação integrada e qualificada de serviços nos espaços que gere
de forma sustentada. Empresa de natureza pública, a Atlântico assume-se como
organização de referência no mercado nacional e internacional, pela capacidade de
gestão, inovação e valorização dos espaços que gere.

A Blueticket – Serviços de Bilhética, S.A. dedica-se a fornecer um leque alargado


de serviços de alta qualidade de ticketing e apoio a eventos — gestão de venda,
produção de ticketing, assistência técnica, fornecimento de equipamentos de

11 Relatório de Sustentabilidade 2009


ticketing, sistemas de controlo de acessos e consultoria técnica —, por forma a
garantir a satisfação dos seus clientes e a rentabilização dos activos humanos,
de tecnologia e financeiros ao seu dispor. Tem como prioridade a qualidade e
excelência dos serviços que presta e pretende ser a marca de inovação e referência
no setor de ticketing.

A Marina do Parque das Nações tem por missão a recuperação empresarial


da Sociedade, demonstrando a viabilidade técnica e económica do projeto de
reoperacionalização da Marina, que se encontra em curso. Pretende, dessa forma,
contribuir para a dinamização do turismo náutico, tirando partido das condições
naturais do estuário do Tejo e da envolvente do Parque das Nações, posicionando
a Marina do Parque das Nações como uma referência no mercado nacional.

Estrutura Societária

Apresentam-se, no quadro seguinte, as empresas nas quais a Parque EXPO detém


participação e que constituem, na sua totalidade, o Grupo Parque EXPO.

Relatório de Sustentabilidade 2009 12


Empresas do Grupo Parque EXPO Sede % de Capital Atividade
Participação Social
+ PARQUE EXPO 98, S.A. Lisboa - 32 642 250€ Requalificação Urbana e Ambiental
+ PARQUE EXPO - GESTÃO URBANA Lisboa 100% 750 000€ Prestação de serviços de gestão
DAS NAÇÕES, S.A. urbana integrada
+ PARQUE EXPO IMOBILIÁRIA, S.A. Lisboa 100% 50 000€ Aquisição, arrendamento e alienação
de imóveis, promoção da construção
e da comercialização de imóveis
+ OCEANÁRIO DE LISBOA, S.A. Lisboa 100% 1 000 000€ Criação, manutenção e exploração de
um complexo de aquários oceânicos
+ ATLÂNTICO - PAVILHÃO MULTIUSOS Lisboa 100% 1 500 000€ Promoção, organização e realização
DE LISBOA, S.A. de eventos
+ BLUETICKET - SERVIÇOS DE BILHÉ- Lisboa 100% 50 000€ Prestação de serviços na área de
TICA, S.A. (**) bilhética
+ MARINA DO PARQUE DAS NAÇÕES, Lisboa 99,55% 984 052€ Construção do porto de recreio,
S.A. exploração e manutenção do
estabelecimento da concessão
PARQUE EXPO SUCURSAL ANGOLA Lisboa 100% 63 627€ Requalificação Urbana e Ambiental
GARE INTERMODAL DE LISBOA , S.A. Lisboa 49% 1 960 000€ Contrução e exploração de uma
plataforma intermodal de transportes
EXPOBI 2 Lisboa 30% 50 000€ Compra e venda, exploração, arren-
PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO damento e administração de imóveis
IMOBILIÁRIO, S.A.
PÓLO DAS NAÇÕES Lisboa 30% 50 000€ Construção, ampliação, transforma-
CONTRUÇÕES E EMPREENDIMENTOS ção e reparação de edifícios
IMOBILIÁRIOS, S.A.
TELECABINE DE LISBOA, LDA (*) Lisboa 30% 1 000 000€ Elaboração de projetos, fabrico,
instalação, exploração, comerciali-
zação, reparação e manutenção de
sistemas teleféricos
COIMBRA INOVAÇÃO PARQUE Coimbra 1,28% 939 000€ Gestão e administração de parques
PARQUE DE INOVAÇÃO EM CIÊNCIA, empresariais, científicos e tecnológi-
TECNOLOGIA, SAÚDE, S.A. cos
CLIMAESPAÇO Lisboa 5,75% 5 205 000€ Climatização de espaço e produção e
SOC. DE PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO fornecimento de electricidade
URBANA TÉRMICA, S.A.
(*) - Participação indireta da Parque EXPO 98, S.A., por via do Oceanário de Lisboa, S.A.
(**) - Participação indireta da Parque EXPO 98, S.A., por via da Atlântico - Pav. Multiusos de Lisboa, S.A.
+ Empresas incluídas no âmbito do Relatório

13 Relatório de Sustentabilidade 2009


Como principal alteração na estrutura societária do Grupo Parque EXPO verificada
em 2009, é de destacar a transmissão da participação na Gare Intermodal de
Lisboa, S.A. à Refer e ao Metropolitano, em 1% cada, o que levou a Parque EXPO
a deixar de ter uma posição maioritária no capital daquela Sociedade.

Estrutura Acionista

A estrutura acionista da Parque EXPO 98, S.A. corresponde às seguintes


participações:

▪▪ Estado Português: 99,43%;

▪▪ Câmara Municipal de Lisboa: 0,57%.

Prémios e Distinções

Os projetos e as atividades desenvolvidas pelo Grupo Parque EXPO têm sido


reconhecidos, ao longo do tempo, através da atribuição de diversos prémios
nacionais e internacionais.

Parque EXPO
Medalha de Ouro de Mérito Turístico 2008

Relatório de Sustentabilidade 2009 14


Projeto Urbano do Parque das Nações (arq. Vassalo Rosa)
Melhor Projeto Urbano Internacional 1997 (Barcelona Meeting Point)
Melhor Projeto Urbano Ibérico 1999 (Revista “Real Estate”, Espanha)
Uma das “100 Obras de Engenharia Civil mais notáveis construídas em Portugal no
Século XX” (Ordem dos Engenheiros-2003)

Espaços Públicos do Parque das Nações


Prémio Valmor 1998

15 Relatório de Sustentabilidade 2009


Oceanário de Lisboa
Menção Honrosa do Prémio Valmor 1998
Um dos 10 Melhores Eventos Científicos
em 1998 (Revista Time)
Prémio Chiaja ’98 Per le Scienze
(Nápoles, 1998)
Prémio EMAS 2005 (Eco-Management
and Audit Scheme)
Medalha de Mérito Turístico 2006
Imóvel de Interessa Municipal 2006

Pavilhão Atlântico
Menção Honrosa do Prémio Valmor 1998
Medalha de Ouro na categoria de “Equipamento
Desportivo par Eventos Internacionais”
International Olympic Comitee and International
Association of Sports and Leisure Equipments
(IOC/IAKS) EC 2001
Prémio Publituris 2004, 2005, 2006, 2007 e
2008 para “ Melhor Espaço para Congressos”
Gala dos Eventos 2007 - Melhor Espaço
Multiusos
Gala dos Eventos 2008 - Melhor Espaço para
Eventos

Marina do Parque das Nações


Prémio Melhor Edifício de Turismo 1999
(Revista Imobiliária)

Relatório de Sustentabilidade 2009 16


Edifício-Sede da Parque EXPO
(Edifício EXPO’98)
Menção Honrosa do Prémio Valmor 1997
Prémio Melhor Edifício de Escritórios 1998
(Revista Imobiliária)
Prémio Excelente em Integração e na Aposta
Bioclimática 1998 (Revista Imobiliária)

Pavilhão de Portugal
Prémio Leça de Construção 1998
(Leça Portugal)
Prémio Valmor 1998

Internacionalização do Grupo Parque EXPO

A Parque EXPO tem vindo a orientar a sua ação no sentido de consolidar a sua
presença no mercado internacional, na área da reabilitação urbana e ordenamento do
território. Ao abrigo de um ambicioso programa de internacionalização, desenvolve
ações de prospeção de novas oportunidades de negócios, tendo como principais
destinos-alvo o Norte de África e os países africanos de língua oficial portuguesa.

Em 2008, a Parque EXPO inaugurou a sua primeira representação fora do país. A


criação de uma sucursal em Angola pretende corresponder melhor às expectativas
do mercado atual e proporcionar um acompanhamento mais próximo dos

17 Relatório de Sustentabilidade 2009


clientes. Esta nova sucursal representa a expansão empresarial da Parque EXPO,
acrescentando uma maior qualificação, uma vez que a Parque EXPO passará a
estar ainda mais habilitada a dar resposta a projetos em vias de concretização
neste país.

Das atividades realizadas em 2009 a nível internacional, destaca-se o


desenvolvimento dos trabalhos de elaboração do Plano Diretor de Ordenamento
e Urbanização da Cidade de Alger, na Argélia, a conceção do Masterplan para
o Parque de Ciência e Tecnologia de Maluana, em Moçambique, a elaboração
do Plano Estratégico de Taparura, na Tunísia e a apresentação de propostas de
prestação de serviços para a conceção de intervenções na Argélia, no Egipto, em
Angola, Moçambique e Cabo Verde.

Relatório de Sustentabilidade 2009 18


:03
VISÃO ESTRATÉGICA E PRINCÍPIOS
DE ATUAÇÃO

19 Relatório de Sustentabilidade 2009


:03
VISÃO ESTRATÉGICA E PRINCÍPIOS
DE ATUAÇÃO

O Grupo Parque EXPO, com a sua atuação centrada nas áreas da prospeção,
conceção e gestão de projetos de renovação urbana e ambiental, aborda o
território numa ótica de defesa e valorização do interesse público, com um domínio
multidisciplinar do conhecimento e com uma particular vocação e competência
na articulação de interesses, no respeito pelos princípios da sustentabilidade
social, económica e ambiental. O desenvolvimento sustentável, referência para o
desenvolvimento económico, a coesão social e a valorização ambiental, determinam
a orientação estratégica para as intervenções no território.

Na concretização dessa estratégia, a Parque EXPO tem por missão provocar a


mutação do território, promovendo a qualidade de vida urbana, a competitividade
das cidades e o equilíbrio ambiental do território na sua generalidade. Uma visão
integrada do território, das formas e estratégias de intervenção, dos clientes e
comunidades configuram-na como uma empresa de caraterísticas únicas no
País, assumindo-se como um instrumento das políticas públicas de ambiente,
ordenamento do território e desenvolvimento urbano. Visa, através de operações
integradas, a mutação do território na ótica da qualidade de vida, do equilíbrio
ambiental e da competitividade.

Princípios orientadores

No enquadramento jurídico do setor empresarial do Estado e do Estatuto do


Gestor Público, o Estado, enquanto acionista da Parque EXPO, definiu, em
Assembleia-Geral realizada em 2007, as orientações estratégicas específicas e os
objetivos de gestão dirigidos ao Conselho de Administração da Empresa para o
triénio 2008-2010, orientações que constituem as coordenadas para a ação e o
compromisso com a excelência de gestão.

Constituem princípios orientadores da gestão da Parque EXPO:

▪▪ A consolidação de uma filosofia de gestão profissionalizada, baseada nas


competências adequadas e no incremento de uma estrutura produtiva, dinâmica

Relatório de Sustentabilidade 2009 20


e flexível, atuando segundo os mais exigentes parâmetros de qualidade, em prol
do reforço da sua posição competitiva nas áreas de negócio onde atua e no
cumprimento da sua missão;
▪▪ A adoção das melhores práticas de gestão, segundo os princípios de bom
governo das empresas públicas, de acordo com a Resolução do Conselho
de Ministros n.º 49/2007, de 1 de fevereiro, bem como com a Resolução do
Conselho de Ministros n.º 70/2008, de 27 de março, referente às orientações
estratégicas destinadas à globalidade do setor empresarial do Estado;
▪▪ O desenvolvimento de uma cultura organizacional orientada para a excelência
do desempenho, através da utilização de um conjunto de práticas empresariais
de referência, que possibilitem à Empresa o sucesso no caminho da procura
da sustentabilidade empresarial, assente, fundamentalmente, numa filosofia de
gestão que contemple as dimensões económica, ambiental, social e ética.

Orientações específicas

Decorrida uma década, a reconversão empresarial empreendida traduz-se numa


efetiva afirmação da posição competitiva da Empresa no mercado, quer no âmbito
de projetos públicos de requalificação urbana e ambiental, no país ou no estrangeiro,
através da manutenção de uma carteira de clientes e de projetos em sistemática
renovação, capaz de garantir a sua continuidade em termos sustentáveis, após
um processo complexo de reestruturação empresarial promovido desde o final da
Exposição Mundial de Lisboa de 1998 (EXPO ’98).

Naturalmente que, a par da sua atividade corrente, não se exclui a possibilidade


de a Empresa continuar a intervir, no âmbito da sua vocação original, em eventos
internacionais de grande envergadura, face às oportunidades concretas que forem
surgindo.

Mas é sobretudo a formulação de uma política para as cidades que virá certamente
impulsionar o aparecimento de oportunidades de negócio no domínio das

21 Relatório de Sustentabilidade 2009


intervenções de qualificação dos espaços urbanos, que urge aproveitar. Incluem-
-se igualmente intervenções no litoral português que se constituem como áreas de
envolvimento direto da Empresa.

Neste quadro, uma empresa com as caraterísticas da Parque EXPO será um valioso
braço empresarial das políticas públicas, dada a grande experiência e prestígio
que acumulou em domínios relevantes para qualquer processo de qualificação
urbana ou territorial, exigindo-se, para tanto, que a Empresa aprofunde um nível
competitivo compatível com um mercado em concorrência, designadamente
através de estruturas de custos mais leves, de uma flexibilidade na capacidade
produtiva, capaz de responder a desafios de dimensão variável e através do domínio
das técnicas mais avançadas nas áreas onde atua.

Princípios de bom governo do setor empresarial do Estado

A Parque EXPO cumpre os princípios de bom governo das empresas do setor


empresarial do Estado, tal como estes se encontram definidos na Resolução do
Conselho de Ministros n.º 49/2007. Não existem formalmente implementados
um plano de igualdade e um provedor do cliente, todavia, o Grupo Parque
EXPO estabeleceu, no seu Código de Ética e de Conduta, um princípio de
comportamento não discriminatório, em que são reprovadas todas e quaisquer
práticas de discriminação, seja em razão da ascendência, do sexo, da raça, da
língua, do território de origem, da religião, das convicções políticas ou ideológicas,
da instrução, da situação económica, da condição social ou da orientação sexual.
Quanto ao provedor do cliente, a Empresa atribuiu a um órgão interno (Núcleo de
Comunicação) a competência para o relacionamento com os clientes e cidadãos em
geral. Acresce que as empresas do Grupo Parque EXPO procedem regularmente
à realização de inquéritos de satisfação do cliente no âmbito do seu Sistema de
Gestão de Qualidade.

Relatório de Sustentabilidade 2009 22


Valores, Princípios e Estratégia para a Sustentabilidade

O Grupo Parque EXPO assume-se como organização responsável e comprometida


com o desenvolvimento sustentável da sociedade, permanentemente empenhada
na prossecução de políticas sociais e ambientais que promovam a qualidade de
vida. Numa perspetiva orientada para a responsabilidade social, reforçando a sua
dimensão pública empresarial, o Grupo Parque EXPO adota uma estratégia clara
de sustentabilidade, assumindo uma atitude ética baseada em valores e princípios
que estruturam o seu posicionamento no mercado e o seu relacionamento com
clientes, fornecedores, parceiros, colaboradores, comunidade e as demais partes
interessadas.

Enquadrando as práticas e processos de responsabilidade social e perspetivando


novas vertentes para a política de sustentabilidade, o Grupo Parque EXPO definiu
para si um conjunto de compromissos e linhas de orientação em matéria de
estratégia de sustentabilidade empresarial, para o triénio 2008-2010, que pretendem
potenciar as oportunidades de aprofundamento e desenvolvimento das dimensões
sociais e ambientais, dando origem à realização de novos projetos:

▪▪ Aprofundamento das relações de envolvimento com as partes interessadas -


Criação de instrumentos que permitam uma maior comunicação com as várias
partes interessadas, em especial com fornecedores, parceiros e colaboradores,
de forma a aprofundar e a promover os princípios e práticas de sustentabilidade
incorporados nas atividades da empresa e nas relações que mantém com a
sociedade.
▪▪ Melhoria da gestão dos impactes ambientais - Implementação de medidas que
permitam o desenvolvimento integrado de uma política ambiental, estabelecendo
processos e definindo objetivos, de forma a monitorizar e a melhorar o
desempenho ambiental da Empresa.
▪▪ Valorização das relações, das condições de trabalho e do bem-estar dos
colaboradores - Realização de atividades e iniciativas que tenham como objetivo,
por um lado, reforçar o espírito de equipa e desenvolver a cultura empresarial e

23 Relatório de Sustentabilidade 2009


o estreitamento de laços entre as pessoas e a organização, e, por outro lado,
melhorar o bem-estar e as condições de trabalho de todos os colaboradores.
▪▪ Investimento social e cultural - Desenvolvimento de projetos que se enquadrem
no espírito de voluntariado e cidadania empresarial, promotor do desenvolvimento
humano, social ou ambiental, através da disponibilização e promoção da
participação dos colaboradores em iniciativas com causas sociais, que envolvam
o compromisso da Empresa e dos próprios colaboradores.
▪▪ Gestão integrada da sustentabilidade - Promoção da formação e participação em
projetos e eventos dedicados aos temas da responsabilidade social empresarial,
que procurem promover uma visão mais abrangente da atividade empresarial e
das oportunidades emergentes da sustentabilidade, e criação de um conjunto
de indicadores-chave que permitam o acompanhamento regular e periódico
dos desempenhos económicos, sociais e ambientais e a sua integração nos
processos internos de controlo de gestão.

Código de Ética e de Conduta

Com a aplicação do Código de Ética e de Conduta a todas as suas empresas,


o Grupo Parque EXPO assume a responsabilidade na contribuição para o
desenvolvimento sustentável, para a defesa e proteção do meio ambiente e para o
respeito e proteção dos direitos humanos, e apresenta os valores e princípios que
traduzem a importância determinante da conduta ética que se ambiciona para o
Grupo e que fundamentam a sua atividade: integridade, rigor, lealdade, justiça e
equidade, firmeza, verdade, dignidade e inovação.

O Código de Ética e de Conduta constitui uma referência institucional para a conduta


pessoal e profissional de todos os colaboradores, afirmando-se como um padrão
de relacionamento, quer entre colaboradores quer com os públicos externos do
Grupo Parque EXPO. Visa, assim, consolidar a existência e a partilha de valores
e normas de conduta comuns ao Grupo e promover boas relações de confiança

Relatório de Sustentabilidade 2009 24


entre o Grupo Parque EXPO e os seus diversos parceiros, respondendo ao desafio
cívico de alicerçar a sociedade em princípios éticos.

No âmbito das políticas de envolvimento das partes interessadas, o processo


de elaboração do Código de Ética e de Conduta contou com a participação dos
colaboradores da Empresa. Após um período alargado de análise e discussão
geral, foi concedida a todos os colaboradores a oportunidade de apresentarem
as suas sugestões e comentários. Assim, o conteúdo do documento incorpora as
contribuições recebidas de vários colaboradores.

O Código de Ética e de Conduta do Grupo Parque EXPO está disponível a todas as


partes interessadas através dos sítios de Internet das várias empresas.

Código de Conduta — Empresas e VIH/Sida

A Parque EXPO é membro fundador do projeto “Empresas e VIH/Sida — Código


de Conduta”, iniciativa de âmbito nacional, apoiada pelo Governo português, que
conta também com a participação de diversas associações patronais e sindicais.
Promovida pela Organização Internacional do Trabalho, tem como principal objetivo
a colaboração das empresas portuguesas no combate à infeção pelo VIH no local
de trabalho, através da adoção de práticas de não-discriminação e da garantia do
acesso à prevenção e tratamento da infeção.

A problemática da infeção pelo VIH está inequivocamente relacionada com o


mundo do trabalho. Atingindo hoje dimensões alarmantes, esta epidemia afeta
especialmente o setor mais produtivo da sociedade. Os avanços da investigação
científica permitem hoje uma longa esperança média de vida após a deteção da
infeção, o que permite a qualquer trabalhador/a desenvolver regularmente a sua
atividade profissional em condições dignas.

25 Relatório de Sustentabilidade 2009


Estratégia Nacional de Compras Ecológicas

Seguindo as orientações estratégicas para o setor empresarial do Estado, que


preveem que as empresas públicas devam ser socialmente responsáveis, e no que
respeita especificamente à incorporação de critérios ambientais e de sustentabilidade
na aquisição de produtos e serviços, a administração da Parque EXPO, em linha
com os princípios da Estratégia Nacional para as Compras Ecológicas, deliberou
proceder à introdução de novas regras nos procedimentos para a seleção de
fornecedores e para a definição de requisitos de avaliação.

Desta forma, no processo de realização de consultas a potenciais fornecedores,


para além de deverem ser considerados os resultados já conhecidos do sistema
de avaliação dos fornecimentos, deverão ser considerados, sempre que possível,
critérios ambientais, tais como a eficiência energética, prevenção da produção de
resíduos, incorporação de materiais reciclados, minimização dos impactes, diretos
e indiretos, na conservação da natureza e da biodiversidade, entre outros.

Ao ter em consideração preocupações ambientais e sociais, o Grupo Parque EXPO


contribui para o desenvolvimento de novas tecnologias, para a apresentação de
soluções inovadoras, para a utilização mais eficiente de recursos e para uma maior
equidade social, contribuindo dessa forma para o desenvolvimento sustentável.

Política de Qualidade e Ambiente

Numa perspetiva orientada para o cliente e em ordem a consolidar e reforçar a


cultura empresarial, o Grupo Parque EXPO baseia as suas políticas de qualidade e
ambiente num conjunto de diretrizes e princípios, que constituem orientações para
a sua atuação e que a seguir se descrevem:

▪▪ Compreender os requisitos dos clientes;


▪▪ Assegurar os resultados dos contratos e a total satisfação dos clientes,
compreendendo os pilares da sustentabilidade da organização;

Relatório de Sustentabilidade 2009 26


▪▪ Providenciar as condições adequadas para o desenvolvimento de competências,
o enriquecimento de conhecimentos e a satisfação pessoal dos colaboradores,
tendo em vista um desempenho eficaz e eficiente;
▪▪ Promover o trabalho em equipa e a interligação entre as diferentes áreas da
organização, de modo a criar um ambiente de trabalho que favoreça uma
participação pró-ativa nos projetos;
▪▪ Estabelecer uma comunicação eficaz, interna e externa, destinada a todas as
partes interessadas em assuntos associados à sua atividade;
▪▪ Fomentar uma estreita relação com fornecedores e clientes, procurando um
permanente relacionamento de efetiva parceria e promovendo a melhoria da
qualidade dos serviços prestados;
▪▪ Garantir a melhoria do nível de desempenho, através do aumento contínuo da
produtividade na execução dos processos;
▪▪ Promover uma gestão ecoeficiente, avaliando os impactes ambientais e
procurando minimizar os efeitos ambientais resultantes das suas atividades
através da utilização sustentável dos recursos;
▪▪ Assegurar um compromisso efetivo de prevenção da poluição, mediante a
aplicação das melhores práticas de gestão ambiental;
▪▪ Cumprir todos os requisitos legais e demais legislação aplicável à sua atividade,
incluindo os referentes aos aspetos ambientais;
▪▪ Envolver os colaboradores, os clientes, os fornecedores e os parceiros na adoção
de uma conduta ambiental que assuma os princípios de defesa e proteção do
meio ambiente
▪▪ Reforçar as dimensões sociais, ambientais e as práticas de cidadania empresarial
no quadro da responsabilidade social.

27 Relatório de Sustentabilidade 2009


Sistemas de Gestão Certificados

O Sistema de Gestão da Qualidade da Parque EXPO, para as atividades de


prospeção, conceção e gestão de projetos de renovação urbana e requalificação
ambiental, encontra-se certificado desde 2004 e constitui para a Empresa um
instrumento atuante na definição dos processos de trabalho, conferindo-lhes
coerência, pertinência e eficácia, numa perspetiva orientada para o cliente. Em
2009, realizou-se a auditoria anual de acompanhamento do Sistema de Gestão
da Qualidade, por entidade certificada, que permitiu assegurar a manutenção da
certificação segundo o referencial normativo ISO 9001, confirmando os requisitos
que integram a norma de referência e a total eficácia dos objetivos que nela se
encontram espelhados.
A Parque EXPO desenvolveu, paralelamente, ao longo do ano, o processo de
implementação de um Sistema de Gestão Ambiental, que culminou, em janeiro
de 2010, com a sua certificação de acordo com os referenciais internacionais ISO
14001. Este Sistema de Gestão Ambiental vem, assim, integrar e complementar o
Sistema de Gestão da Qualidade já adotado.

A gestão do Oceanário é suportada por um Sistema de Gestão Integrado da


Qualidade e Ambiente, certificado, desde 2003, segundo as normas ISO 9001
e 14001. Este sistema é aplicado às atividades de conceção e manutenção de
exposições e atividades recreativas, educativas e comerciais associadas. O Sistema
de Gestão Ambiental foi, a partir de 2005, reforçado com o registo no EMAS —
Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria.

O Sistema Certificado de Gestão da Qualidade da Atlântico tem como âmbito a


atividade de gestão de espaços multiusos e a prestação integrada e qualificada
de serviços destinados a eventos. A aplicação e cumprimento das políticas deste
Sistema de Gestão da Qualidade permitem ir ao encontro das necessidades
dos clientes e melhorar o relacionamento com fornecedores e parceiros através
da promoção de parcerias, da melhoria contínua dos serviços e da análise de
melhores perspetivas de negócio. Assumindo-se como parte integrante do sistema
organizativo da Empresa, possibilita o melhor desempenho, a maior produtividade
e a maior satisfação de todas as partes interessadas.

Relatório de Sustentabilidade 2009 28


:04
MODELO DE GOVERNO

29 Relatório de Sustentabilidade 2009


:04
MODELO DE GOVERNO

Modelo de Governo e Órgãos Sociais

No modelo de governo da Parque EXPO, os órgãos sociais da sociedade são: a


Assembleia Geral, o Conselho de Administração, o Conselho Fiscal e o Revisor
Oficial de Contas. Nas restantes empresas, os órgãos sociais são constituídos pela
Assembleia-Geral, Conselho de Administração e Fiscal Único.

A eleição dos membros dos órgãos sociais para o triénio 2008-2010 ocorreu em
Assembleias Gerais realizadas nas várias sociedades em março de 2008. Assim, no
decorrer de 2009, os órgãos sociais designados tiveram a seguinte composição:

Conselho de Administração Conselho de Administração

Presidente Rolando Borges Martins Presidente Rolando Borges Martins

Vogal Executivo José Manuel Rosado Catarino Administrador John Crachá do Souto Antunes

Vogal Executivo Rui Fernando Medeiro Palma Administrador delegado Alexandre Garcia Barbosa

Vogal Não Executivo Emílio José Pereira Rosa

Revisor Oficial de Contas Fiscal Único

Efectivo Alves da Cunha, A. Dias Efetivo Pedro Matos Silva, Garcia Júnior e
& Associados, SROC Pires Caiado & Associados, SROC

Suplente JRP. Caiado & Associados, SROC Suplente J. Camilo & Associados, SROC

Assembleia Geral Assembleia Geral

Presidente José Clemente Gomes Presidente Comandante José Vicente Moura

Vogal Teresa Isabel Carvalho Costa Secretário Nuno Miguel Pais Felgueiras Costa

Secretário Glória Maria Ramos Ferreira

Conselho Fiscal

Presidente Cristina Vieira de Sampaio

Vogal Orlando Castro Borges

Vogal Rosa Sécio Raposeiro

Suplente Maria Fernanda Martins

Relatório de Sustentabilidade 2009 30


Conselho de Administração Conselho de Administração

Presidente Rolando Borges Martins Presidente Rolando Borges Martins

Administrador Emílio José Pereira Rosa Administrador Rui Fernando Medeiro Palma

Administrador delegado João Miguel Meister Falcato Pereira Administrador delegado José Júlio Vilar Filipe

Fiscal Único Fiscal Único

Efetivo J. Camilo & Associados, SROC Efetivo Gonçalves Monteiro & Associados,
SROC

Suplente Virginie Christine Cabo, ROC Suplente Moore Stephens Associados,


SROC

Assembleia Geral Assembleia Geral

Presidente José Manuel Bracinha Vieira Presidente Nuno Gonçalves Henriques

Secretário Nuno Miguel Pais Felgueiras Costa Secretário Nuno Miguel Pais Felgueiras Costa

Secretário Glória Maria Ramos Ferreira

Conselho de Administração Conselho de Administração

Presidente Rolando Borges Martins Presidente Rolando Borges Martins

Administrador Rui Fernando Medeiro Palma Administrador John Crachá do Souto Almeida

Administrador delegado Paulo Jorge Martins Administrador delegado Alexandre Garcia Barbosa
da Cunha Neves

Fiscal Único Fiscal Único

Efetivo Alves da Cunha, A. Dias Efetivo Pedro Matos Silva, Garcia Júnior e
& Associados, SROC Pires Caiado & Associados, SROC

Suplente Dr. José Duarte Assunção Dias Suplente J. Camilo & Associados, SROC

Assembleia Geral Assembleia Geral

Presidente Nuno Miguel Pais Felgueiras Costa Presidente Nuno Miguel Pais Felgueiras Costa

Secretário Glória Maria Ramos Ferreira Secretário Glória Maria Ramos Ferreira

31 Relatório de Sustentabilidade 2009


Conselho de Administração

Presidente Rolando Borges Martins

Administrador Rui Fernando Medeiro Palma

Administrador delegado Carlos Bourbon Lopes Barbosa

Fiscal Único

Efetivo Alves da Cunha, A. Dias


& Associados, SROC

Suplente Pedro Matos Silva, Garcia Júnior e


Pires Caiado & Associados, SROC

Assembleia Geral

Presidente Sérgio Ferreira Alves

Secretário Nuno Miguel Pais Felgueiras Costa

Assembleia Geral

Nos termos dos estatutos de cada uma das Sociedades do Grupo, compete à
Assembleia Geral:

▪▪ Deliberar sobre o relatório de gestão e as contas do exercício;


▪▪ Deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados;
▪▪ Proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da Sociedade;
▪▪ Eleger os titulares dos demais órgãos sociais;
▪▪ Deliberar sobre alterações dos estatutos;
▪▪ Deliberar sobre qualquer outro assunto para que tenha sido convocada.

Além das competências acima enunciadas, cabe à Assembleia Geral autorizar


previamente a constituição de outras sociedades e a realização de operações de
aquisição ou alienação no capital de outras sociedades, sempre que tal envolva
uma sociedade em relação à qual exista, ou passe a existir, uma relação de domínio.

Relatório de Sustentabilidade 2009 32


Conselho de Administração

O Conselho de Administração de cada uma das empresas é composto por


um presidente e dois a quatro vogais. Compete ao Conselho de Administração
assegurar a gestão dos negócios da Sociedade, sendo-lhe atribuídos os mais
amplos poderes e cabendo-lhe, designadamente:

▪▪ Aprovar o Plano de Atividades Anual e Plurianual;


▪▪ Aprovar o Orçamento e acompanhar a sua execução;
▪▪ Gerir os negócios sociais e praticar todos os atos relativos ao objeto social que
não caibam na competência de outro órgão da sociedade;
▪▪ Adquirir, alienar ou onerar participações no capital de outras sociedades,
precedendo autorização da Assembleia Geral e do Ministro de Estado e das
Finanças e do Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do
Desenvolvimento Regional nos termos legais;
▪▪ Representar a Sociedade, em juízo e fora dele, ativa e passivamente, propor e
acompanhar ações, confessar, desistir, transigir e aceitar compromissos arbitrais;
▪▪ Adquirir, alienar ou onerar bens imóveis;
▪▪ Deliberar sobre a emissão de empréstimos obrigacionistas e contrair outros
empréstimos no mercado financeiro, ressalvados os limites legais;
▪▪ Estabelecer a organização técnico-administrativa da Sociedade;
▪▪ Decidir sobre a admissão de pessoal e sua remuneração;
▪▪ Constituir procuradores e mandatários da Sociedade, nos termos que julgue
convenientes;
▪▪ Exercer as demais competências que lhe caibam por lei, independentemente e
sem prejuízo das que lhe sejam delegadas pela Assembleia Geral;
▪▪ Aprovar a mudança de sede e estabelecer delegações, filiais, sucursais ou outras
formas de representação social, em território nacional ou estrangeiro;
▪▪ Aprovar a cooptação de Administradores;
▪▪ Aprovar a prestação de garantias pela Sociedade;

33 Relatório de Sustentabilidade 2009


▪▪ Aprovar os projetos de fusão, cisão e transformação da Sociedade.

O Conselho de Administração poderá delegar em algum ou alguns dos seus


membros, ou em comissões especiais, algum ou alguns dos seus poderes,
definindo em ata os limites e condições de tal delegação.

Incumbe especialmente ao Presidente do Conselho de Administração:

▪▪ Representar o conselho em juízo e fora dele;


▪▪ Coordenar a atividade do Conselho de Administração e convocar e dirigir as
respetivas reuniões;
▪▪ Zelar pela correta execução das deliberações do Conselho de Administração;
▪▪ Exercer voto de qualidade.

Comissão Executiva

No modelo de governação da Parque EXPO, do Conselho de Administração emana


uma Comissão Executiva, composta por três membros, que reúne regularmente
uma vez por semana, na qual aquele órgão delega parte dos seus poderes,
nomeadamente os de gestão corrente. A delegação de poderes de gestão na
Comissão Executiva não exclui a competência do Conselho de Administração
para tomar resoluções sobre os mesmos assuntos. A Comissão Executiva está
obrigada a prestar ao Conselho de Administração todas as informações relativas
aos negócios da Sociedade, em ordem a permitir o acompanhamento da gestão
da empresa e o esclarecimento de questões concretas no âmbito das matérias
delegadas.

Relatório de Sustentabilidade 2009 34


O Presidente do Conselho de Administração é simultaneamente Presidente da
Comissão Executiva.

Sem prejuízo do exercício colegial das funções do Conselho de Administração,


foi cometida, a cada um dos membros executivos, a responsabilidade pelo
acompanhamento das seguintes áreas funcionais:

Rolando José Ribeiro Borges Martins


▪▪ Gabinete de Apoio ao Conselho de Administração
▪▪ Gabinete de Recursos Humanos
▪▪ Núcleo de Comunicação e Assessoria Mediática
▪▪ Núcleo de Planeamento e Controlo
▪▪ Direção de Gestão de Projetos | Projeto Arco Ribeirinho Sul

José Manuel Rosado Catarino


▪▪ Direção de Prospeção e Conceção
▪▪ Sistema de Gestão da Qualidade e Ambiente
▪▪ Núcleo de Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social

Rui Fernando Medeiro Palma


▪▪ Direção de Gestão de Projetos
▪▪ Direção Administrativa e Financeira

35 Relatório de Sustentabilidade 2009


Outros cargos exercidos pelos membros do Conselho
de Administração

No decurso de 2009, os membros do Conselho de Administração da Parque EXPO


exerceram os seguintes cargos nas empresas do grupo ou participadas:

Rolando José Ribeiro Borges Martins


▪▪ Presidente do Conselho de Administração da Oceanário de Lisboa, S.A.
▪▪ Presidente do Conselho de Administração da Atlântico — Pavilhão Multiusos de
Lisboa, S.A.
▪▪ Presidente do Conselho de Administração da Parque Expo — Imobiliária, S.A.
▪▪ Presidente do Conselho de Administração da Marina Parque das Nações, S.A.
▪▪ Presidente do Conselho de Administração da Blueticket — Serviços de Bilhética, S.A.
▪▪ Presidente do Conselho de Administração da Parque Expo — Gestão Urbana do
Parque das Nações, S.A.

José Manuel Rosado Catarino


▪▪ Vogal do Conselho de Administração da G.I.L. — Gare Intermodal de Lisboa, S.A.

Rui Fernando Medeiro Palma


▪▪ Vogal do Conselho de Administração da Parque Expo — Imobiliária, S.A.
▪▪ Vogal do Conselho de Administração da Marina Parque das Nações, S.A.
▪▪ Vogal do Conselho de Administração da Parque Expo — Gestão Urbana do
Parque das Nações, S.A.

Emílio José Pereira Rosa


▪▪ Vogal do Conselho de Administração da Oceanário de Lisboa, S.A.

Relatório de Sustentabilidade 2009 36


Remuneração dos membros do Conselho de Administração
ligada ao desempenho da organização

As remunerações dos membros do Conselho de Administração da Parque EXPO


são estabelecidas por uma Comissão de Remunerações, nomeada pelo acionista
Estado. As remunerações dos membros executivos encontram-se fixadas em
contrato de gestão com efeitos a 01 de janeiro de 2009 e prevêem uma remuneração
variável em função do grau de consecução dos objetivos estabelecidos, podendo
atingir um máximo de 25%, no caso do Presidente, e de 20%, no caso dos
restantes administradores executivos, da remuneração fixa anual. Os objetivos
definidos englobam todas as vertentes de gestão da Empresa, incluindo, além do
desempenho económico e financeiro, o desempenho social e ambiental, através das
políticas de recursos humanos, de igualdade, de inovação e de sustentabilidade.

No caso das restantes empresas, a remuneração dos administradores executivos


equivale ao valor definido na tabela salarial da Parque EXPO para a categoria de
diretor coordenador.

Conselho Fiscal

A fiscalização da atividade da sociedade compete ao Conselho Fiscal, a quem cabe


propor à Assembleia-Geral o Revisor Oficial de Contas. Além das competências
estabelecidas na lei para o Conselho Fiscal e para o Revisor Oficial de Contas,
compete especialmente ao Conselho Fiscal fiscalizar a administração da sociedade,
vigiar pela observância da lei e do contrato de sociedade e chamar a atenção do
Conselho de Administração para qualquer assunto que deva ser ponderado e
pronunciar-se sobre qualquer matéria que lhe seja submetida por aquele órgão.

37 Relatório de Sustentabilidade 2009


Comité da Qualidade e Ambiente

Com o objetivo de apoiar e aconselhar a administração, existe um Comité dedicado


às matérias do Sistema de Gestão da Qualidade e Ambiente, que tem como
função prestar apoio na definição da política, objetivos e programas de ação; na
verificação e validação da documentação e dos recursos internos necessários para
o desenvolvimento do Sistema; e na promoção do empenho global da organização
no âmbito do Sistema. Fazem parte do Comité da Qualidade e Ambiente: José
Manuel Catarino (Administrador); Guilherme Barbosa, Aquilino Machado e Margarida
Caeiro (Gabinete de Apoio ao Conselho de Administração); Paula Soares (Gabinete
de Recursos Humanos); John Antunes (Direção Administrativa e Financeira); Nuno
Sebastião (Núcleo de Planeamento e Controlo); Valentina Castro (Direção de Gestão
de Projetos); Ana Lopes e Nuno Marques (Direção de Prospeção e Conceção de
Projetos).

Colaboradores apresentam recomendações à Administração

Fomentando uma política de abertura e transparência no modelo de governação


da Empresa, bem como o espírito de participação e cooperação de todos os
colaboradores na organização, o Conselho de Administração da Parque EXPO
decidiu criar uma plataforma de interação com os seus colaboradores. Trata-se
de um mecanismo que permite a qualquer colaborador transmitir diretamente aos
membros do Conselho de Administração as suas sugestões e recomendações
quanto a novas ideias e oportunidades de negócio, bem como a sugestões de
melhoria relativas ao funcionamento interno da Empresa.

Processos de Auditoria

As atividades e a gestão do Grupo Parque EXPO são controladas por um conjunto


alargado de entidades internas e externas à Empresa. Estas entidades verificam o
cumprimento das regras estabelecidas na execução dos atos de gestão.

Relatório de Sustentabilidade 2009 38


Internamente, o Gabinete de Auditoria certifica-se do cumprimento dos
procedimentos internos e da conformidade dos atos contratuais com as deliberações
tomadas pelo Conselho de Administração e pela Comissão Executiva.

Em 2009 foram realizadas duas auditorias internas, uma de caráter transversal que
incidiu sobre todas as áreas da Parque EXPO relativamente ao cumprimento do
código dos contratos públicos, e outra que teve como de objeto de análise a obra
do parque de estacionamento do Campo da Agonia, no âmbito do Projeto Polis de
Viana do Castelo.

Foi realizada no final de 2009 uma auditoria externa aos sistemas de informação
e controlo de risco da Parque EXPO, cujo âmbito incluiu os seguintes processos:
gestão de investimentos financeiros; gestão do imobilizado; prestação de serviços
e contas a receber; aquisição de bens e serviços e dívidas a pagar; sistemas
de Informação; recursos humanos; tesouraria; e reporte financeiro. A auditoria
efetuada classificou todos os processos como sendo de nível de controlo razoável
ou adequado às boas práticas, apresentando um conjunto de oportunidades
de melhoria. A implementação de medidas corretivas terá início em 2010, com
atribuição de prioridade em função do respetivo risco e tendo presente uma
adequada análise custo / benefício.

Prevenção de Conflitos de Interesses

A Parque EXPO dispõe de um conjunto alargado de disposições em vários


normativos internos que visam prevenir as situações suscetíveis de gerar conflitos de
interesse, nomeadamente a Ordem de Serviço que regula internamente as normas
e os procedimentos de despesa e de delegação de competências e o Código
de Ética e de Conduta do Grupo Parque EXPO preveem disposições específicas
em matéria de prevenção de conflitos de interesse, que definem as condutas que
devem ser observadas neste domínio, como a não autorização de processos de
aquisição de bens ou serviços em que o proponente ou o decisor tenham relações
familiares ou interesses diretos ou indiretos com o fornecedor e a proibição de
aceitação de ofertas de valor superior a 150 euros.

39 Relatório de Sustentabilidade 2009


Os membros do Conselho de Administração não podem intervir nas decisões que
envolvam os seus próprios interesses, estando-lhes vedado, pelas normas internas
que regulam o funcionamento deste órgão de gestão, votar sobre os assuntos em
que tenham, direta ou indiretamente, por conta própria ou de terceiro, um interesse
em conflito com o da Empresa. Paralelamente, os membros do Conselho de
Administração cumprem a obrigação de declaração, à Inspecção Geral de Finanças
e ao órgão de fiscalização da Empresa, de quaisquer participações patrimoniais
importantes que detenham na Empresa, bem como de relações relevantes que
mantenham com os seus fornecedores, clientes, instituições financeiras ou
quaisquer outros parceiros de negócio, suscetíveis de gerar conflitos de interesse.

Sistema de Controlo de Riscos

Estão em vigor na empresa um conjunto de procedimentos internos que visam


assegurar, a vários níveis, o controlo de riscos, em termos que se julgam adequados
à missão e estratégia de negócios.

Relativamente ao risco operacional, assegura-se a análise de risco dos fornecedores,


no quadro dos procedimentos de adjudicação de fornecimentos de bens e serviços
e avaliam-se os fornecimentos, no quadro do Sistema de Gestão de Qualidade
e Ambiente. Procede-se também à avaliação dos clientes, mediante a realização
de inquéritos de satisfação, que procuram percecionar a qualidade dos serviços
prestados. Internamente estão definidas normas e procedimentos de realização de
despesa e delegação de competências, suportados num sistema de informação
integrado, que, juntamente com a adequada segregação de funções, garantem um
controlo estrito de todos os pagamentos.

A nível do controlo do risco financeiro, são efetuadas avaliações dos instrumentos


financeiros e assegurada a sua monitorização durante o prazo da respectiva vigência.

Relatório de Sustentabilidade 2009 40


Relativamente ao risco de imagem, a empresa dispõe de um órgão próprio que
assegura o acompanhamento das notícias e informações saídas a público relativas
à sua atividade, presta as informações e os esclarecimentos adequados a cada
circunstância, garantindo a centralização nos contatos com a comunicação social
e o respeito pelos valores que regem o funcionamento da empresa.

Associados a estes procedimentos, estão definidos as políticas e os mecanismos


de suporte aos processos de negócio, no âmbito do Sistema de Gestão de
Qualidade e Ambiente, realizando-se auditorias internas de qualidade que avaliam
a conformidade das tarefas e operações com os normativos fixados. A Empresa
dispõe também de um órgão de auditoria interna focado nas ações de controlo dos
processos de formalização dos contratos e na realização de auditorias a processos
ou situações especialmente determinados.

Estrutura Organizativa

41 Relatório de Sustentabilidade 2009


Conselho de Administração

Apoio Técnico Administrativo


e Financeiro

Direção de Obras e Manutenção Urbana Direção de Operações de Gestão Urbana

Departamento Departamento Departamento Departamento


de Manutenção de Ambiente de Gestão de Relações
e Obras e Limpeza Urbana do Espaço Público com o Cidadão

Relatório de Sustentabilidade 2009 42


43 Relatório de Sustentabilidade 2009
Relatório de Sustentabilidade 2009 44
:05
RELACIONAMENTO COM
AS PARTES INTERESSADAS

45 Relatório de Sustentabilidade 2009


:05
RELACIONAMENTO COM
AS PARTES INTERESSADAS

A estratégia de sustentabilidade empresarial do Grupo Parque EXPO assenta na


ética e nas boas práticas de relacionamento com todos as partes com quem o
Grupo interage. Pela dimensão, diversidade e caráter das suas atividades, o Grupo
Parque EXPO coloca particular ênfase no envolvimento e na melhoria contínua das
relações com todas as suas partes interessadas. Nesse quadro, tem vindo a investir
no desenvolvimento de formas de diálogo e de interação que têm como objetivo
fomentar a incorporação das diferentes expectativas e promover relações estreitas
de colaboração com os seus clientes, fornecedores e parceiros de negócio,
colaboradores, acionistas, associações empresariais e comunidade em geral.

Apresenta-se, de seguida, a identificação das principais partes interessadas que


influem na atuação do Grupo Parque EXPO, bem como as formas privilegiadas
de abordagem que adota, com vista a uma crescente inclusão das expectativas,
preocupações e interesses de todos os grupos de partes interessadas nos negócios
da Organização.

Relatório de Sustentabilidade 2009 46


Partes interessadas Principais formas de envolvimento

Governo, Ministérios, Institutos e Empresas Públicas Reuniões presenciais periódicas


Autoridades Portuárias, Autarquias, Empresas Deslocação de equipas de trabalho para junto do cliente
Parque EXPO
Municipais e Intermunicipais Participação em feiras e exposições
Entidades públicas e privadas a nível internacional
Sistema de avaliação
Parque Expo Gestão Urbana Câmaras Municipais de Lisboa e Loures Reuniões presenciais da satisfação do cliente

Parque Expo Imobiliária Parque EXPO Participação em feiras e exposições Sítio na internet

Clientes Público em geral Folhetos e painéis informativos Relatório


Turistas Workshops de Sustentabilidade
Oceanário
Estudantes
Professores

Promotores de Espetáculos Reuniões presenciais periódicas


Atlântico | Blueticket Organizadores de eventos Newsletter
Organizações desportivas Mailing direto

Marina Nautas Serviço de apoio ao nauta | Contacto direto

Reunião de quadros
Sistema de avaliação de desempenho
Sistema de avaliação de formação
Programa de acolhimento a novos colaboradores
Colaboradores Sessões quinzenais no Expo Lounge
Código de ética e de conduta
Caixa de sugestões para a Administração
Intranet
Newsletter quinzenal

Processos de consulta
Interações comerciais
Sistema de seleção e avaliação de fornecedores
Fornecedores Prestadores de serviços especializados
Manual de qualidade
Relatório de Sustentabilidade
Código de ética e de conduta

Orientações e objetivos estratégicos para o


Setor Empresarial do Estado
Plano de Atividades e Orçamento
Estado Português Relatório e Contas
Acionistas
Câmara Municipal de Lisboa Relatório de Sustentabilidade
Relatórios periódicos de informação de gestão
Auditorias externas
Contacto permanente

Parque EXPO Populações locais dos territórios intervencionados Sessões de discussão e participação

Parque Expo Gestão Urbana Utentes do Parque das Nações Departamento de relações com o cidadão

Parque Expo Imobiliária Utentes do Parque das Nações Gestão de reclamações e sugestões Sítio na internet
Comunidade Comunicação através
Oceanário Sociedade em geral Campanhas de sensibilização dos media

Atlântico | Blueticket Público (espetadores e participantes empresariais) Caixa de sugestões | Newsletter

Marina Moradores e visitantes do Parque das Nações Folhetos, painéis e brochuras informativas

Parceiros Patrocinadores Reuniões Periódicas


Relatório de Sustentabilidade

47 Relatório de Sustentabilidade 2009


Satisfação dos clientes

O nível de satisfação dos clientes e a identificação de oportunidades de melhoria,


são avaliados regularmente pelo Grupo Parque EXPO através da realização de
inquéritos de satisfação ao cliente.

Na Parque EXPO, durante o ano de 2009, foram realizados 13 inquéritos de


satisfação, num universo inicialmente previsto de 19. Desenvolvendo a mesma
linha do ano anterior, foi dado maior enfoque aos projetos enquadrados na fase
de prospeção e conceção de projetos, que abrangeram um conjunto de 11
inquéritos, enquanto que as restantes avaliações se centraram nos projetos já em
fase de gestão das intervenções. Este universo incidiu em projetos com uma escala
predominantemente nacional, mas tentando igualmente abranger no seu universo
global alguns projetos internacionais.

O objetivo fixado para o resultado global final de 2009 do Índice Global de Satisfação
do Cliente foi largamente ultrapassado, já que conformou um valor global de 4,57
(índice de 1 a 5), traduzindo uma média ponderada dos 13 inquéritos de satisfação
do cliente, face à meta estabelecida de 3,5.

Inquiridos a pronunciarem-se sobre a apreciação global do serviço prestado pela


Parque EXPO os clientes enquadraram as prestações de serviço em níveis de
classificação globalmente muito positivos (67% com uma classificação Muito Bom).
Já quando questionados a responder sobre a possibilidade de recorrerem aos
serviços da Parque EXPO, no âmbito de outras prestações de serviço e também
sobre a eventualidade de recomendarem a outros parceiros de negócios a resposta
foi sempre favorável.

Em suma, resulta deste universo uma elevada satisfação perante as diversas


prestações de serviço avaliadas em fase de conceção e gestão de projetos,
reforçada, ainda, pela inequívoca prova de confiança demonstrada por todos os
clientes ao afirmar que recorreriam novamente aos serviços da Parque EXPO.

Relatório de Sustentabilidade 2009 48


Na política de análise do nível da satisfação dos clientes do Oceanário inclui-se
também a realização de inquéritos de avaliação da satisfação. Os estudos de
avaliação da satisfação do visitante foram levados a cabo em junho e dezembro de
2009, tendo o índice de satisfação (composto por vários aspetos, como satisfação
global da visita, simpatia, tempo de espera, equipamentos e informação disponível)
atingindo o seu melhor valor de sempre, cerca de 88%. Saliente-se ainda que
questionados sobre se consideram que o Oceanário cumpre a sua missão de
promoção do conhecimento dos oceanos, 93% dos visitantes responderam
positivamente.

Para melhor avaliar a qualidade do serviço prestado ao cliente, o Oceanário procedeu


também à realização de uma auditoria de cliente mistério. Esta ação permite testar
a qualidade do serviço prestado e identificar situações a melhorar, que de outra
forma seriam difíceis de apurar. A auditoria cliente mistério, aplicada ao espaço de
exposição do Oceanário de Lisboa, mediu o comportamento e acompanhamento
aos visitantes por parte dos colaboradores. Destaca-se a melhoria verificada face
às ações desenvolvidas no ano anterior relativamente à vertente da exposição e do
ambiente na loja, assim como a irregularidade da qualidade do atendimento na loja.
De modo a melhorar este último aspeto foi reforçada a formação dos assistentes.

No que diz respeito à avaliação de satisfação dos clientes que alugam salas e/ou
promovem eventos nas instalações do Oceanário, 85% classifica globalmente de
“Bom” o evento, tendo as expectativas sido superadas para 50% dos clientes e
atingidas ou totalmente atingidas para os outros 50%.

Para aferição da satisfação dos seus clientes, a Atlântico dirige, após a realização
de cada evento, às respetivas entidades organizadoras e/ou promotoras, um
inquérito para avaliar o seu nível de satisfação, face aos serviços prestados pela
Atlântico. Em 2009, num total de 139 questionários enviados, obteve-se uma taxa
de respostas de 19%, das quais resultou um índice de satisfação de 80% para
os eventos realizados no Pavilhão de Portugal e de 86% para os realizados no
Pavilhão Atlântico. A opinião dos clientes relativamente aos serviços prestados pela

49 Relatório de Sustentabilidade 2009


Atlântico é bastante positiva, referido a maioria dos clientes que o respetivo evento
correspondeu às suas expectativas e que aconselharia o Pavilhão Atlântico para a
realização de futuras iniciativas.

Satisfação do público final do Pavilhão Atlântico

O Pavilhão Atlântico recebe nos seus eventos espetadores diversificados e exigentes,


que, não constituindo clientes diretos, a sua satisfação é uma das principais
prioridades assumidas pela Empresa. Para que o público que assiste e participa
nos eventos realizados no Pavilhão Atlântico possa fazer os seus comentários e
transmitir as suas sugestões, a Atlântico dispõe de caixas de sugestões distribuídas
pelas várias zonas do Pavilhão. Para qualquer sugestão ou reclamação recebida,
a Atlântico compromete-se a dar resposta no prazo máximo de cinco dias úteis.

Manual de Qualidade para Fornecedores

No âmbito da gestão de intervenções de requalificação urbana e ambiental, a Parque


EXPO impõe aos fornecedores o cumprimento de um plano de ações relevantes
para a qualidade dos fornecimentos, contemplando o correto desempenho quanto
à qualidade, segurança, responsabilidade ambiental, cumprimento de prazos e
custos.

Qualificação de Fornecedores

A avaliação contínua dos fornecedores constitui um dos princípios fundamentais da


gestão da qualidade do Grupo. Nesse sentido, a Parque EXPO possui procedimentos
próprios para a avaliação dos seus fornecedores e subcontratados. Os resultados
desta avaliação são utilizados para a construção do Índice de Qualificação de
Fornecedores.
O resultado da avaliação de 56 fornecedores/sub-contratados determinou em
2009 um Índice de Qualificação de Fornecedores de 85%, ultrapassando a meta
fixada de 80% .

Relatório de Sustentabilidade 2009 50


Como processo de melhoria contínua, associado à própria lógica de funcionamento
do Sistema de Gestão da Qualidade, foram desenvolvidos em 2009, ajustamentos
ao procedimento de avaliação de fornecedores, que permitiram passar a incorporar
critérios ambientais e de responsabilidade social no conjunto de aspetos avaliados.

Parceiros/Patrocinadores

Os patrocinadores institucionais constituem parceiros importantes para o sucesso


das atividades realizadas pela Atlântico e pelo Oceanário. Tendo como princípio
a relevância dada ao seu envolvimento, a Atlântico e o Oceanário mantêm com
as empresas suas parceiras uma estreita relação de contacto, tendo em vista a
concretização dos seus objetivos e expectativas relativamente à imagem e ao
fim que preconizam. Nesse sentido, é dada prioridade às ações e iniciativas de
colaboração que visam assegurar, em cada caso, uma destacada visibilidade
das marcas de cada parceiro, junto do grande público. Através da exposição da
marca, estabelece-se um elo de ligação que dá continuidade ao prestígio dos seus
parceiros.

No caso particular do Oceanário, destaca-se ainda, no âmbito das parcerias


privilegiadas, a importante parceria criada com a Siemens para a área de manutenção
do edifício, que deu origem ao agrupamento complementar de empresas Sieocean.
Esta relação de parceria pretende reforçar a ligação, mutuamente vantajosa, entre
as duas empresas, facilitar a gestão e desenvolvimento dos recursos humanos
e melhorar a performance da área de engenharia do Oceanário de Lisboa. Os
resultados são bastante positivos, demonstrando claramente o aumento de eficiência
verificado nas áreas da manutenção, nomeadamente na redução de consumo de
água, energia térmica e elétrica, resultado de uma gestão e manutenção eficiente
de todos os equipamentos.

51 Relatório de Sustentabilidade 2009


Patrocinadores Atlântico

Patrocinadores Oceanário

Envolvimento das Populações Locais

A Parque EXPO dedica, em cada projeto, uma especial atenção aos anseios dos
utentes das intervenções urbanas que planeia e que implementa, promovendo,
mediante uma atitude pró-ativa de consulta, de análise e de ponderação,
as soluções que melhor respondem às expectativas e às preocupações das
populações abrangidas. Além dos processos legais de discussão pública de
instrumentos de gestão do território, a Parque EXPO promove o diálogo com as
populações locais, por via dos organismos representativos – juntas de freguesia,
associações, universidades, ONG, entre outros –, recolhendo, de forma direta, o
conhecimento das realidades e dos riscos sociais, económicos e ambientais a
ter em consideração nos projetos a concretizar, e fomentando a participação e
empenhamento de todos na concretização dos programas/projetos. Na fase de
concretização das intervenções, privilegia a comunicação e a sensibilização da
população, dando a conhecer, de forma clara, simples e objetiva, as caraterísticas
do processo de implementação e do resultado final a atingir, de que a comunidade
irá usufruir.

Relatório de Sustentabilidade 2009 52


Participação da comunidade local em ação de sensibilização numa das intervenções do Programa Polis

Cidadania Participativa no Parque das Nações

Enquanto entidade gestora do Parque das Nações, a Parque Expo — Gestão Urbana
dispõe de um departamento de relação com o cidadão. O objetivo deste serviço é
garantir a gestão e acompanhamento de sugestões e reclamações apresentadas
por residentes e utentes do Parque das Nações. O nível de qualidade que a Parque
Expo — Gestão Urbana do Parque das Nações preconiza nesta matéria determina
que qualquer sugestão ou reclamação recebida seja objeto de uma resposta no
prazo máximo de 60 dias.

Em 2009, de forma a facilitar a relação dos utentes e a criar um meio de contacto


rápido com os diversos departamentos que cuidam da gestão do Parque das
Nações foi criado pela Parque Expo — Gestão Urbana o “Balcão de Atendimento
Online”, permanentemente disponível no site da Empresa, onde podem deixar as
suas sugestões, opiniões e comentários.
Foram recebidas, em 2009, 255 reclamações. Destas, 176 foram resolvidas, 70
foram consideradas sem solução ou cuja resolução está fora das competências da
Empresa e 9 encontram-se em resolução.

53 Relatório de Sustentabilidade 2009


Inquérito sobre Qualidade de Vida no Parque das Nações

A Parque Expo – Gestão Urbana do Parque das Nações promoveu em 2009 um


Inquérito de Satisfação aos Utentes do Parque das Nações, envolvendo cerca de
600 entrevistas, que abrangeu residentes, trabalhadores e visitantes do Parque das
Nações. As questões colocadas compreenderam diversas áreas com o objetivo de
identificar oportunidades de melhoria.

Das diversas questões colocadas, destaca-se que 61% dos residentes manifestou
satisfação com a gestão do Parque das Nações, 52% referiu que viver no Parque
das Nações é melhor do que pensava, sendo que apenas 8% não o considera. 93%
dos inquiridos considera que os espaços públicos estão cuidados e limpos. No
caso dos trabalhadores, destaca-se que 56% considera que trabalhar no Parque
das Nações é mais relaxante que noutro local e 83% considera que os espaços
públicos estão cuidados e limpos. Esta avaliação permitiu definir os caminhos para
a melhoria do serviço prestado e as opções a prosseguir visando a qualidade de
vida urbana.

Destacam-se ainda como principais conclusões do estudo realizado quanto à


avaliação e apreciação da zona do Parque das Nações:

▪▪ Os aspetos melhor avaliados no Parque das Nações são: os espaços verdes,
ter recolha automatizada de lixo, as zonas de lazer, ser uma zona de prestígio, a
inovação do Projeto e a facilidade de fazer compras;
▪▪ Entre os aspetos que mais incomodam os residentes encontram-se o trânsito
interno, os acessos e transportes e a poluição sonora;
▪▪ 61% dos inquiridos estão satisfeitos com a gestão do Parque das Nações, sendo
os mais satisfeitos os inquiridos que residem na zona central.

A avaliação é, também, globalmente positiva, relativamente aos serviços da


Parque Expo – Gestão Urbana do Parque das Nações. O capital de satisfação
atualmente conseguido constitui um desafio acrescido para as entidades públicas
com responsabilidades no território, implicando um envolvimento que se quer mais
efetivo na gestão deste território.

Relatório de Sustentabilidade 2009 54


Vivência do espaço público do Parque das Nações

Participação em Organizações de Referência

A partilha de informação e objetivos com outras instituições similares, a nível


nacional, europeu e mundial, é essencial à estratégia de excelência e à prossecução
de objetivos de cooperação e integração no quadro de um modelo que preconize
o desenvolvimento sustentável. Nesse âmbito, o Grupo Parque EXPO participa
ativamente num conjunto alargado de organizações associativas, nacionais e
internacionais, que assumem importância estratégica enquanto elementos de
cooperação e de relacionamento estreito entre a comunidade empresarial e de
investigação.

55 Relatório de Sustentabilidade 2009


Apresenta-se, de seguida, o elenco das instituições de que o Grupo Parque EXPO
faz parte, através das suas várias empresas.

–– INTA — International Urban Development Organization


–– ULI — The Urban Land Institute
–– AIVP — Association Internationale Villes et Ports
–– EUKN — European Urban Knowlwdge Network
–– ISOCARP — International Society of City and Regional Planners
–– CCIPA — Câmara de Comércio e Indústria Portugal — Angola
–– CCILB — Câmara de Comércio e Indústria Luso Brasileira
–– CCILC — Câmara de Comércio e Indústria Luso Chinesa
–– ACL — Associação Comercial de Lisboa / Câmara de Comércio e Indústria
Portuguesa
–– APPR — Associação Portuguesa de Portos de Recreio
–– ATL — Associação de Turismo de Lisboa
–– APQ — Associação Portuguesa para a Qualidade
–– ANEPE — Associação Nacional de Empresas de Parques de Estacionamento
–– WAZA — World Association of Zoos and Aquariums
–– EAZA — European Association of Zoos and Aquaria
–– EUAC — European Union of Aquarium Curators (Membro do Comité Diretivo)
–– APZA — Associação Portuguesa de Zoos e Aquários (Membro fundador)
–– FAITAG — Fish and Invertebrates Taxonomy Aquatic Group
–– EAA — European Arenas Association
–– APECATE — Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação
Turística e Eventos

Relatório de Sustentabilidade 2009 56


Presença na Direção de Organizações Associativas

O Oceanário de Lisboa tem lugar no comité diretivo da EUAC e na Direção da


APZA, associações que têm como objetivos a criação de estratégias e standards
de desenvolvimento, a monitorização e coordenação de trabalhos conjuntos de
investigação e conservação, entre outros.

Participação em Organizações de Promoção da Sustentabilidade

Demonstrando o seu empenhamento na prossecução dos princípios da


sustentabilidade, o Grupo Parque EXPO assume uma participação ativa nas
seguintes organizações de referência ligadas ao desenvolvimento sustentável:

▪▪ BCSD Portugal — Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável —


associação sem fins lucrativos, que tem como missão promover a ecoeficiência,
a inovação e a responsabilidade social nas empresas rumo ao Desenvolvimento
Sustentável;

▪▪ Associação Portuguesa de Ética Empresarial — associação cuja missão


consiste em promover a ética e a responsabilidade social nas empresas e outras
organizações, de modo a estimular a definição e implementação de políticas e
modelos de governo organizacional, visando o acréscimo de competitividade e
rentabilidade, através de boas práticas de gestão no quadro da sustentabilidade
humana, ambiental e económica;

▪▪ United Nations Global Compact — iniciativa voluntária de cidadania empresarial


que visa promover a construção de uma economia global mais sustentável,
igualitária e inclusiva, através da mobilização da comunidade empresarial
internacional, governos e sociedade civil, para a adoção de valores fundamentais
e universalmente aceites nas áreas dos Direitos Humanos, Relações de Trabalho,
Proteção do Ambiente e Combate à Corrupção.

57 Relatório de Sustentabilidade 2009


Cidadania Empresarial — Grupo Parque EXPO adere ao United
Nations Global Compact

Com a participação de mais de 5.000 organizações – empresas, sindicatos,


organizações não-governamentais – de diferentes setores da economia, de cerca
de 130 países, o United Nations Global Compact é a maior iniciativa voluntária
de cidadania empresarial do mundo. Lançada em 2000 pela ONU, mobilizar a
comunidade empresarial internacional para a adoção de valores fundamentais e
universalmente aceites nas áreas de direitos humanos e do trabalho, proteção
ambiental e combate à corrupção.

Ao aderir a este Pacto Global, em novembro de 2008, o Grupo Parque EXPO


demonstra o seu empenho na contribuição para o desenvolvimento sustentável
das economias e para a criação de sociedades mais prósperas e inclusivas,
comprometendo-se a colaborar com as Nações Unidas no alcance e transmissão
dos valores de cidadania empresarial junto dos governos, tecido empresarial,
sociedade civil e outros stakeholders, bem como seguir e promover a adoção de
boas práticas e a defesa dos seguintes princípios fundamentais

Relatório de Sustentabilidade 2009 58


10 Princípios do United Nations Global Compact
Capítulo Página

1 Respeitar e proteger os direitos humanos Índice GRI 216 - 221

2 Impedir violações de direitos humanos Índice GRI 216 - 221

3 Apoiar a liberdade de associação no trabalho Índice GRI 216 - 221

4 Abolir o trabalho forçado Índice GRI 216 - 221

5 Abolir o trabalho infantil Índice GRI 216 - 221

6 Eliminar a discriminação no ambiente de trabalho Colaboradores 136 - 160

7 Apoiar uma abordagem preventiva Desempenho Ambiental 161 - 185


aos desafios ambientais
8 Promover a responsabilidade ambiental Desempenho Ambiental 161 - 185

9 Encorajar tecnologias que não agridam Desempenho Ambiental 161 - 185


o meio ambiente
10 Combater a corrupção em todas as suas formas Modelo de Governo 29 - 44

Parque EXPO integra Projeto Young Managers Team


do Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável

Tal como em edições anteriores, a Parque EXPO voltou a integrar em 2009 o


Projeto Young Managers Team Portugal através da participação de um dos seus
colaboradores.
O Projeto Young Managers Team é uma iniciativa do BCSD Portugal cujo objetivo
é reunir os jovens quadros das empresas associadas em torno da temática da
sustentabilidade com o propósito de contribuir para a incorporação dos valores e
das melhores práticas de Desenvolvimento Sustentável nos modelos de negócio e
na prática diária das empresas membro. No decorrer de um ano de trabalho, os
jovens gestores desenvolveram um tema da sua escolha no âmbito da temática
definida sobre Ecossistemas, Energia e Clima, Desenvolvimento, e o Papel das
Empresas face aos desafios da sustentabilidade e criarão uma ferramenta específica
no âmbito da agenda do Desenvolvimento Sustentável.

59 Relatório de Sustentabilidade 2009


Reunião de trabalho do Projeto Young Managers Team

Oceanário reconhecido por boas práticas de Responsabilidade


Social

Na 1ª edição do Programa Práticas RS - Responsabilidade Social nas PME, uma


iniciativa da Associação Portuguesa de Ética Empresarial (APEE) e da Associação
Portuguesa para a Qualidade (APQ), o Oceanário obteve três Menções Honrosas
nas seguintes categorias: Mercado, Gestão Ambiental e Comunidade.

Partindo do conceito de responsabilidade social enquanto compromisso das


organizações para a criação de valor, tendo por base uma gestão orientada para
análise dos impactes das suas decisões, atividades, produtos e serviços, assente
no diálogo e na cooperação com as diferentes partes interessadas, o Programa
Práticas RS tem como objetivos principais: sensibilizar as PME para a temática da
Ética e da Responsabilidade Social; promover dentro de cada empresa a reflexão
sobre as suas práticas; evidenciar e valorizar o trabalho já desenvolvido pelas
PME na área da Responsabilidade Social; e estimular na adoção de práticas mais
responsáveis e o desenvolvimento sustentável da empresa.

Relatório de Sustentabilidade 2009 60


Esta distinção decorreu durante a 4ª edição da Semana da Responsabilidade Social,
na Fundação Calouste Gulbenkian, e contou com a presença do presidente da
Associação Portuguesa de Ética Empresarial, Mário Parra da Silva, do presidente
da APQ, Figueiredo Soares e do Secretário de Estado da Presidência do Conselho
de Ministros, Jorge Lacão.

Participação em congressos nacionais e estrangeiros

Procurando promover o debate e o envolvimento da sociedade em geral, mas


também fortalecer as relações de parceria entre os vários intervenientes nas
diversas áreas onde o Grupo Parque EXPO atua, é também política da Empresa a
divulgação, em colóquios, conferências e simpósios, dos projetos com interesse
técnico-científico, a apresentação de palestras e publicação de trabalhos, ou a
participação em exposições nacionais e internacionais.

Parque EXPO participa em Seminário sobre desenvolvimento urbano


sustentável

A INTA (Associação Internacional de Desenvolvimento Urbano) congrega uma rede


de mais de 2000 peritos em urbanismo provenientes de 60 países, constituindo
um fórum de intercâmbios de ideias e de experiências sobre os desafios do
desenvolvimento urbano. Em janeiro de 2009, a cidade francesa de Échirolles
acolheu um grupo de peritos da INTA, entre os quais o Presidente do Grupo
Parque EXPO, para explorar as perspetivas de um desenvolvimento solidário,
urbano, sustentável e duradouro, para os seus territórios, designado de Projeto
Urbano NOVASUD 21. Ao longo de uma semana de trabalhos, de workshops,
de visitas, de entrevistas, de partilhas de experiências com os atores locais para
recolha do máximo de informações, os peritos contribuíram para traçar o quadro
de potencialidades e desafios deste novo projeto.

61 Relatório de Sustentabilidade 2009


4ª Conferência do Jornal de Arquiteturas com o patrocínio da Parque EXPO

Realizou-se em março, no CCB, a 4.ª Grande Conferência do Jornal Arquiteturas


2009, evento apoiado pela Parque EXPO. A conferência, subordinada ao tema
“Plano Estratégico da Habitação — Novas atribuições e oportunidades” constituiu
um espaço de debate dos temas de maior atualidade e pertinência para as cidades
e todos os seus intervenientes. Teve como objetivos o esclarecimento e discussão
das mudanças, obrigações e oportunidades que o Plano trará para as autarquias
e para todas as empresas e agentes intervenientes no mercado da habitação em
Portugal, bem como a apresentação de soluções, boas práticas e ferramentas
para o planeamento e implementação de novas estratégias habitacionais. A Parque
EXPO participou no painel “Reabilitar a habitação, habitar a cidade — Inovação
na resposta às novas exigências habitacionais e urbanas”, apresentando uma
intervenção sobre Planeamento Estratégico da Cidade Multifuncional.

Relatório de Sustentabilidade 2009 62


Conferência “Planeamento Urbano – Novos Desafios” com o apoio da
Parque EXPO

Na Conferência “Planeamento Urbano - Novos Desafios”, organizada pela Lisboa


E-Nova e que contou com o apoio da Parque EXPO, foram abordados diversos
temas relacionados com o Planeamento Urbano e a urgência de planear face a
problemas e pressões decorrentes do funcionamento das cidades e aos desafios
do desenvolvimento urbano sustentável. Estiveram em análise questões como o
crescimento e a desertificação das cidades, numa perspetiva económica, ambiental
e social, sendo dado ênfase aos modelos demográficos, à percepção dos espaços
públicos, aos sistemas de transportes urbanos e à gestão da cidade. O evento teve
como objetivo apresentar soluções eficazes para melhorar os diversos indicadores
urbanísticos tal como a Otimização do desempenho energético-ambiental da
cidade e o crescente papel das Tecnologias de Informação e Comunicação no
Planeamento Urbano.

Parque EXPO associa-se ao 1º Fórum Português de Políticas


de Arquitetura

Associando-se à Ordem de Arquitetos, a Parque EXPO acolheu em maio de 2009


o 1º Fórum Português de Políticas de Arquitetura, subordinado ao tema “Por uma

63 Relatório de Sustentabilidade 2009


Política Nacional de Arquitetura em Portugal”. Participando no Fórum Europeu das
Políticas de Arquitetura (FEPA) - uma associação internacional sem fins lucrativos,
com trabalho reconhecido pelo Conselho da União Europeia sobre as implicações da
qualidade arquitetónica e do desenvolvimento sustentável - a Ordem dos Arquitetos
convidou representantes de seis países, seus parceiros no FEPA, para virem dar a
conhecer as políticas nacionais de Arquitetura definidas nos seus países. Os seis
«casos de estudo» permitiram salientar a necessidade de adoção de uma ambição
estratégica, através do estabelecimento de objetivos e da concretização de um
conjunto de ações concretas que tenham reflexos na melhoria da qualidade de vida
dos cidadãos, da imagem das áreas urbanas e da gestão dos recursos do país.

Parque EXPO participa no lançamento da Rede de Cidades Criativas

A Parque EXPO, através do seu Presidente, Rolando Borges Martins, participou na


Conferência “Rede de Cidades Criativas Lisboa 2009” promovida conjuntamente
pela CCDR-LVT, pelo Programa Austin-Portugal e pela Câmara Municipal de
Lisboa. A criatividade é cada vez mais encarada como fator de competitividade
e desenvolvimento económico na criação da cidade sustentável, que valoriza as
vertentes ambientais, socioculturais e económicas, numa perspetiva integrada. A
Parque EXPO, enquanto promotora da qualidade da vida urbana e da competitividade
e revitalização do território, associou-se a esta iniciativa, que contou também com
a participação da Plataforma das Indústrias Criativas da AML, do Concurso de
Escolas Cidades Criativas, organizado pela Universidade de Aveiro, a Universidade
Nova de Lisboa, a Universidade Técnica de Lisboa e os municípios de Guimarães,
Óbidos, Paredes e Cascais.

Relatório de Sustentabilidade 2009 64


Participação da Parque EXPO na Conferência “Rede de Cidade Criativas Lisboa 2009”

Congresso Internacional ISOCARP “Low Carbon Cities” conta com


participação da Parque EXPO

Tendo como tema principal as “Low Carbon Cities”, o 45º congresso da ISOCARP
- International Society of City and Regional Planners, organizado pela Divisão de
Planeamento da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e apoiado
pela Parque EXPO, teve como principal objetivo promover práticas inovadoras de
planeamento e cooperação internacional ao nível da satisfação dos requisitos para a
sustentabilidade das cidades. A Parque EXPO participou também neste congresso
com uma comunicação subordinada ao tema “Planning Sustainable Strategies”.

65 Relatório de Sustentabilidade 2009


Parque EXPO colabora com Ordem dos Arquitetos

A Parque EXPO e a Secção Regional do Sul da Ordem dos Arquitetos formalizam


em 2009 uma parceria para o desenvolvimento de ações de interesse mútuo nos
domínios relacionados com a arquitetura, a reabilitação urbana e o território.
Entre as iniciativas contempladas no acordo destacam-se a promoção do recurso
à encomenda pública de projetos, privilegiando os concursos de arquitetura e/ou
urbanismo; a assessoria técnica a preparação, lançamento e desenvolvimento de
concursos e posterior divulgação dos resultados; a colaboração no lançamento de
Prémios de Arquitetura; e a promoção da discussão pública sobre a transformação
do território, através de ações de sensibilização e exposição de trabalhos. O
acordo de cooperação celebrado entre a Parque EXPO e a Ordem dos Arquitetos
visa explorar os domínios de competências das duas partes, com o objetivo de
estreitar laços e desenvolver atividades conjuntas nos domínios relacionados com
a arquitetura e o território.

Oceanário partilha conhecimentos em congressos internacionais

Em 2009, o Oceanário realizou também várias comunicações para congressos


nacionais e estrangeiros. Os principais temas dessas comunicações foram:

▪▪ ESB - Blue spotted stingray european studbook


▪▪ Monitoring the development of two exemplars of Rhina ancylostoma / Introduction
of Fish and Invertebrates in the Sea Otters Tank at Oceanário de Lisboa
▪▪ Introduction of Fish and Invertebrates in the Sea Otters Tank at Oceanário de
Lisboa
▪▪ Can artificial reefs mitigate the loss of biodiversity? A case study in Sal Island
Cabo Verde
▪▪ Comparison of the fish assemblages of natural and artificial reefs off Sal Island
▪▪ The African Hind’s (Cephalopholis taeniops, Serranidae) use of artificial reefs off
Sal Island (Cape Verde) a preliminary study based on acoustic telemetry

Relatório de Sustentabilidade 2009 66


▪▪ Artificial Reef Deployment in the Sal Island (Cape Verde): some socio economic
findings – Poster
▪▪ The Rebuilding Nature Project: Mitigating Biodiversity in Cape Verde Coastal
Waters – Poster

Intercâmbio com a comunidade académica

As atividades do Grupo Parque EXPO acentuam o papel da Organização como


elemento-chave no processo de articulação e coordenação com diversas partes
interessadas. Nesse sentido, as várias empresas do Grupo têm também privilegiado
o estreitamento de relações com as Universidades e com a comunidade académica
em geral, com vista ao desenvolvimento de projetos de investigação em áreas de
interesse comum e ao estabelecimento de intercâmbio científico e tecnológico.

Parceria de investigação com a Universidade de Lisboa

A Parque EXPO estabeleceu com a Universidade de Lisboa uma parceria que visa
desenvolver atividades conjuntas nas áreas da informação, formação académica e
profissional, estudos, investigação e projetos. A cooperação recíproca irá permitir
a realização de estudos, de investigação e de atividades, assegurando o melhor
aproveitamento dos recursos humanos, de infraestruturas e de equipamentos de
ambas as instituições. Entre as iniciativas contempladas no acordo destacam-se o
apoio a projetos de investigação em áreas de interesse comum, a elaboração de
estudos setoriais, a colaboração em ações de formação académica e profissional,
o apoio à realização e participação em conferências e colóquios em áreas de
mútuo interesse, a troca de publicações e o intercâmbio de informações científicas
e tecnológicas.

67 Relatório de Sustentabilidade 2009


Projeto SECORE promove a preservação de recifes de corais

O Projeto SECORE, criado em parceria com instituições de investigação e aquários


públicos, tem como objetivo contribuir para o aumento do número de espécies e
da variabilidade genética dos corais em cativeiro, reduzindo, assim, a recolha de
colónias adultas nos oceanos e reforçando a preservação dos recifes de corais e
dos ecossistemas marinhos. O Oceanário de Lisboa integra o Projeto SECORE
desde 2004, juntamente com outras 44 instituições dos Estados Unidos, Europa e
Japão.

Projeto SECORE – Sexual Coral Reproduction

Colaboração com a Universidade dos Açores para a preservação de


espécies marinhas sensíveis

Os corais de profundidade são espécies marinhas particularmente sensíveis


e são poucos os aquários públicos que têm estes animais na sua coleção. O

Relatório de Sustentabilidade 2009 68


desenvolvimento de técnicas que permitam o sucesso da manutenção destes
animais em cativeiro permitirá que se possa dar a conhecer, ao grande público,
estes animais e as ameaças que enfrentam. Pretende-se através da parceria
estabelecida aliar o know-how técnico do Oceanário de Lisboa em manutenção de
corais em cativeiro ao conhecimento científico dos investigadores do Departamento
de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores, com o objetivo de melhorar
as técnicas de manutenção em cativeiro deste tipo de animais e aumentar o
conhecimento científico sobre estas espécies.

Oceanário leciona disciplina no Mestrado de Ecologia Marinha da


Universidade de Lisboa

O Oceanário de Lisboa e o Centro de Oceanografia da Faculdade de Ciências da


Universidade de Lisboa uniram esforços e, no âmbito do Mestrado em Ecologia
Marinha, criaram uma nova disciplina de Aquariologia, tendo como objetivo contribuir
para a maior fiabilidade dos resultados obtidos por cientistas a realizar investigação
sobre organismos marinhos. Os conteúdos foram integralmente desenvolvidos pelo
Departamento de Biologia do Oceanário que, recorrendo ao seu know-how técnico-
científico e às suas infraestruturas, transmite aos alunos o conhecimento profundo
das necessidades dos animais para a sua correta manutenção em cativeiro. As aulas
teóricas e práticas decorrem nas instalações do Oceanário de Lisboa e envolvem
onze colaboradores, entre biólogos, engenheiros e técnicos de Aquariologia.

Trabalhos académicos de investigação desenvolvidos no Oceanário

Como já vem sendo habitual, o Oceanário é palco de inúmeros trabalhos de estudo


e de investigação, tanto por parte de colaboradores do próprio Oceanário, como
por parte de estudantes e investigadores, que procuram o apoio do Oceanário para
o desenvolvimento dos seus trabalhos académicos. Em 2009, foram desenvolvidos
25 trabalhos de investigação.

69 Relatório de Sustentabilidade 2009


Programa de Estágios

Procurando estabelecer laços de ligação com as universidades, fomentando a


ponte entre o meio académico e o mundo empresarial, o Grupo Parque EXPO
promove, periodicamente, a integração de jovens estagiários nas suas empresas.
O Programa de Estágios visa fundamentalmente integrar jovens licenciados no
mercado de trabalho, complementando uma qualificação preexistente, através de
uma formação prática a decorrer em contexto laboral e de uma maior articulação
entre a saída do sistema educativo/formativo e o contacto com o mundo do
trabalho, bem como permitir um aumento de produtividade e eficiência a curto/
médio prazo no Grupo, através de jovens portadores de uma nova dinâmica, cultura
e motivação. Alguns dos atuais jovens quadros do Grupo Parque EXPO iniciaram
o seu contacto com a Empresa através da participação em programas de estágio.

Relatório de Sustentabilidade 2009 70


:06
SUSTENTABILIDADE NOS NEGÓCIOS

71 Relatório de Sustentabilidade 2009


:06
SUSTENTABILIDADE NOS NEGÓCIOS

Prospeção, Conceção E GESTÃO DE ProjetoS


DE REQUALIFICAÇÃO URBANA

A missão da Parque EXPO consiste na promoção da qualidade da vida urbana e da


competitividade do território. Enquanto empresa do setor empresarial do Estado,
assume-se como um instrumento da operacionalização das políticas públicas de
ordenamento do território e revitalização das cidades e aborda os territórios numa
ótica de defesa e valorização do interesse público, regendo-se pelos princípios da
sustentabilidade social, económica e ambiental na transformação dos territórios.
A Empresa realiza operações de renovação urbana e de requalificação ambiental,
valorizando as vertentes ambientais, socioculturais e económicas, numa perspetiva
integrada e de desenvolvimento sustentável.

O produto a criar pela Parque EXPO é a cidade sustentável, o que leva a colocar
particular ênfase nas fases da cadeia de valor que se iniciam com a análise dos
vectores determinantes da estratégia de desenvolvimento das cidades e a deteção
de oportunidades e que incluem o planeamento urbano, a definição do modelo
de estrutura urbana, a infraestruturação, a conceção e execução dos espaços
públicos, concluindo com a disponibilização no mercado do solo urbanizado de
modelos urbanos de elevada qualidade.

Os projetos de requalificação urbana e ambiental que realiza, desde a fase de


conceção das intervenções à sua fase de gestão e operacionalização, assentam
na promoção da qualidade de vida das populações e da competitividade e justiça
social do território, seguindo um conjunto integrado de princípios de inovação,
competitividade, inclusão, proteção, valorização, melhoria e viabilização dos
territórios.

Conceção de intervenções

Relativamente à atividade de conceção da Parque EXPO durante o ano de 2009,


merece especial referência a conclusão do Plano Estratégico do Arco Ribeirinho

Relatório de Sustentabilidade 2009 72


Sul, abrangendo a reconversão e regeneração de importantes terrenos públicos
localizados na margem esquerda do Estuário do Tejo, e a conceção de diversas
intervenções integradas no litoral português, designadamente a conceção dos
Planos Estratégicos dos Programas Polis Litoral Norte, Polis Litoral Ria de Aveiro e
Polis Litoral Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.

No que se refere à colaboração da Empresa com os municípios, foram concluídos


diversos estudos de enquadramento estratégico para diferentes zonas do pais,
designadamente para o Centro Histórico de Sintra, Alcácer do Sal (totalidade do
concelho), Oliveira de Azeméis, Frente Ribeirinha de Faro, Fátima e Vale da Telha, e
prestada assessoria técnica à elaboração ou revisão de diversos instrumentos de
gestão territorial, como o Plano Diretor Municipal de Mafra e o Plano de Urbanização
da Gare do Oriente. Teve ainda início o estudo de ocupação para a Escola da Armada
em Vila Franca de Xira e prestado apoio técnico a algumas Câmaras Municipais na
implementação de estudos realizados pela Parque EXPO em anos anteriores.

Ao nível da valorização, qualificação e refuncionalização de património do Estado,


foi realizado o Plano Diretor da Escola Luís António Verney, em Lisboa e o estudo
prévio para a conceção da escola básica e integrada (1º, 2º, 3º ciclos) com jardim
de infância na parcela 3.12 do Parque das Nações.

Na área internacional, evidenciam-se o início da conceção da operação de


requalificação da Frente Marítima da Cidade da Praia, em Cabo Verde, com a
realização de um Estudo de Enquadramento Estratégico, a conclusão do Plano
Estratégico para Taparura, em Sfax - Tunísia, e a elaboração de um master plan para
o primeiro Parque de Ciência e Tecnologia de Moçambique, a localizar na Província
de Maputo. Decorreram, igualmente, os trabalhos correspondentes à revisão do
Plano Diretor da Wilaya de Argel, iniciada no ano de 2006. Com estes projetos, a
Parque EXPO reforça a sua presença internacional e consolida o reconhecimento
além fronteiras da sua vasta experiência em operações de requalificação urbana e
ambiental.

73 Relatório de Sustentabilidade 2009


Em 2010 a Parque EXPO continuará a desenvolver ações de prospeção de
novos projetos junto do Estado, entidades públicas e administração local, para
intervenções de (i) reabilitação e regeneração urbana, (ii) valorização, qualificação
e refuncionalização de património, (iii) requalificação ambiental e renaturalização e
(iv) planeamento e desenvolvimento urbano, tendo sido apresentadas em 2009 um
vasto conjunto de propostas – aditamento ao Estudo de Enquadramento Estratégico
para o Remate Sul da Cidade de Gaia, Plano Operacional para a Orla Costeira
de Espinho, Plano de Pormenor de Vale da Telha, Estudo de Enquadramento
Estratégico de Alcochete, entre outras.

Relativamente ao mercado internacional foram apresentadas diversas propostas:


Cabo Verde - Plano Estratégico e Operacional da Ilha do Sal e Assessoria Técnica
à Cabo Verde Investimentos para as Zonas de Desenvolvimento Turístico Integral
(ZDTI); Angola - Formação dos Quadros Superiores do Ministério do Urbanismo e
da Habitação; Egipto – Apoio à Candidatura de Organização de uma Exposição e
Acompanhamento do Processo de Conceção, Instalação e Exploração da Cairo
Expo City; Argélia – Comunicação Institucional do PDAU d’Alger e Assessoria para
Acompanhamento da Implementação do Programa de Reabilitação Urbana em
7 comunas do centro de Argel. De modo a reforçar a sua presença e atividade
em Angola, em 2009 a Parque EXPO criou a Parque EXPO sucursal Angola, com
sede em Luanda, perspetivando-se, para 2010, o desenvolvimento de ações de
prospeção junto do Estado e/ou Governos Provinciais.

Apresenta-se, seguidamente, a descrição, resumida, de alguns dos projetos que


tiveram lugar em 2009.

Projeto Arco Ribeirinho Sul

A Parque EXPO integrou o grupo de trabalho constituído, na dependência do Ministro


do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, para
a elaboração do plano estratégico do projeto do Arco Ribeirinho Sul, que visa a

Relatório de Sustentabilidade 2009 74


requalificação urbanística de importantes áreas da margem sul do estuário do Tejo,
que inclui 55 hectares na Margueira, concelho de Almada, cerca de 536 hectares
no território da ex-Siderurgia Nacional, no Seixal, e 290 hectares nos terrenos da
Quimiparque, no Barreiro.

A construção da Ponte Chelas Barreiro e a decisão da localização do novo


aeroporto em Alcochete, bem como o conjunto de outras iniciativas interligadas
com estes investimentos, abriram uma janela de oportunidade para se criarem os
instrumentos e se promoverem as ações suscetíveis de garantir um crescimento
ordenado e sustentável para estas áreas degradadas ou com usos obsoletos. Trata-
se, simultaneamente, de um ambicioso projeto de requalificação e desenvolvimento
urbano e de um projeto de elevado potencial, do ponto de vista estratégico, com
elevada capacidade de dinamização económica do país.

O plano estratégico e as propostas de intervenção elaboradas pelo grupo de trabalho


foram entretanto já aprovados pelo Conselho de Ministros. A grande operação de
requalificação urbanística preconizada no plano estratégico centra-se em 5 eixos
prioritários:

▪▪ Atividades económicas – Consolidação das áreas empresariais; instalação


de novas atividades compatíveis com as novas vocações destes territórios e
geradoras de emprego qualificado; instalação de um pólo de desenvolvimento
tecnológico e de indústrias criativas; deslocalização de algumas atividades
existentes.
▪▪ Equipamentos – Criação de equipamentos-âncora e instalação de equipamentos
coletivos nos domínios fundamentais da educação, saúde, desporto e cultura;
instalação de estruturas de apoio à náutica de recreio.
▪▪ Mobilidade e acessibilidades – Estabelecimento de uma nova rede de
acessibilidades, com a criação de uma Circular do Arco Ribeirinho e a
conclusão do IC32; implementação de soluções de transporte coletivo, com o
prolongamento do Metro Sul do Tejo e a construção da Gare Sul, no Lavradio,
criação de condições de circulação com prioridade à circulação pedonal e
ciclável e adaptação do espaço público, facilitando a deslocação a cidadãos
com mobilidade reduzida.

75 Relatório de Sustentabilidade 2009


▪▪ Ambiente e paisagem – Requalificação da frente ribeirinha; valorização da relação
com o rio Tejo e desenvolvimento de uma estrutura verde que se integre num
grande corredor ecológico do Arco Ribeirinho Sul.
▪▪ Identidade e valores socioculturais – Instalação de serviços ou equipamentos
que assinalem e contribuam para a preservação da memória destes territórios,
valorizando as referências de património industrial existentes; desenvolvimento
de um plano de marketing territorial que promova a sua valorização.

As operações de reconversão
dos territórios da Margueira,
Siderurgia Nacional e
Quimiparque constituem
uma verdadeira alavanca
da requalificação e da
revitalização de todo o Arco
Ribeirinho Sul no contexto
da Área Metropolitana de
Lisboa.

Siderurgia Nacional, Seixal, território integrado no Projeto Arco Ribeirinho Sul

Relatório de Sustentabilidade 2009 76


Contribuem para a sua consolidação urbana e reforçam a “grande metrópole de
duas margens” centrada no Tejo, conforme preconiza a estratégia territorial regional.

Polis Litoral — Operações Integradas de Requalificação


e Valorização do Litoral

No âmbito do programa de operações de requalificação e valorização de zonas de


risco e de áreas naturais degradadas situadas no litoral, designado “Polis Litoral —
Operações Integradas de Requalificação e Valorização do Litoral”, a Parque EXPO
foi chamada a colaborar na conceção e planeamento estratégico das intervenções
a desenvolver, na análise e caracterização das ações a implementar, na definição
do modelo de financiamento e na definição do modelo jurídico e institucional a
implementar. Desse envolvimento resultou a elaboração de propostas para os
planos estratégicos de quatro áreas de intervenção consideradas prioritárias: Litoral
Norte, Ria de Aveiro, Ria Formosa e Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.

Polis Litoral – programa de valorização de zonas de risco e de áreas naturais degradadas no litoral

77 Relatório de Sustentabilidade 2009


Master Plan Fátima 2017

O Plano Operacional “Ação Integrada de Valorização Urbana – Fátima 2017”


elaborado pela Parque EXPO constitui uma proposta estratégica para a
intervenção na cidade, estruturando um conjunto de intervenções com vista à sua
requalificação e expansão, preparando-a para as comemorações do Centenário
das Aparições em 2017, concretizando a “Ação Integrada de Valorização Urbana
em Fátima 2017”, bem como outras tantas orientações que vão para além dessa
meta, de modo a afirmar a Cidade de Fátima e o seu papel no contexto regional,
nacional e internacional, mantendo a sua identidade e simbolismo, e articulando os
núcleos urbanos existentes reforçando a coesão territorial. Trata-se de um estudo
aprofundado, que permite ter uma visão estratégica e ordenadora para o futuro da
cidade, que determina um modelo de crescimento equilibrado e sustentável, com
base em ações coerentes e concretas devidamente justificadas face aos objetivos
referidos.

Cidade de Fátima

Relatório de Sustentabilidade 2009 78


Frente Ribeirinha de Faro

A Parque EXPO entregou à Câmara Municipal de Faro um Estudo de Enquadramento


Estratégico para a Frente Ribeirinha de Faro que desenvolve uma estratégia de
requalificação e revitalização da frente urbana da cidade de forma a torna-la plena
e vivida, por via de uma intervenção integrada e integradora, numa lógica de
complementaridade e sustentabilidade entre o sistema urbano e sistema lagunar
da Ria Formosa que a bordeja.

Apostar na implementação de um sistema de transporte público ligeiro, moderno


e eficiente (metro de Superfície), melhorando a mobilidade entre a cidade e a sua
frente ribeirinha; afirmar o centro histórico de Faro como o centro de excelência da
cidade pela sua reabilitação e requalificação; criar novas áreas urbanas que induzam
novas dinâmicas na cidade pela requalificação da área industrial do Bom João; criar
novos equipamentos que contribuem para o desenvolvimento da Região; apostar
na náutica de recreio como produto turístico de referência da cidade de Faro,
criando uma nova marina no atual porto comercial e um novo porto de recreio na
frente ribeirinha da cidade, criar espaços verdes de recreio e lazer requalificando os
espaços naturais existentes e envolventes à cidade e afirmar Faro como a grande
Capital do Algarve são alguns dos objetivos inerentes à estratégia definida.

79 Relatório de Sustentabilidade 2009


Este estudo de enquadramento estratégico pretende assim consolidar e projetar,
Faro, como a grande capital do Algarve no Mundo, a cidade sustentável por
excelência, a cidade – ria, património natural, e porta de entrada no Mediterrâneo.

Faro

Alcácer do Sal

A proposta de revitalização do concelho de Alcácer do Sal, que abrange toda a área


do concelho, aponta para o conjunto das ações estruturantes e prioritárias, que
constituem a estratégia integrada de intervenção definida com vista à concretização
dos seguintes objetivos: valorizar e afirmar o concelho no contexto regional e nacional
como território de excelência ambiental; potenciar o território como destino turístico,
tirando partido do vasto património natural e cultural; valorizar a Reserva Natural do
Estuário do Sado através do incremento de atividades compatíveis com o equilíbrio
ecológico; afirmar o rio Sado como elemento estruturante do território; promover
a reabilitação e a revitalização dos núcleos históricos; valorizar o vasto património
arquitetónico e arqueológico; fomentar a iniciativa local e captar oportunidades de
negócio inovadoras em torno do património natural.

A estratégia de intervenção proposta foi desenvolvida no sentido de promover


a concretização desses objetivos assentando, para tal, em eixos estratégicos

Relatório de Sustentabilidade 2009 80


relacionados com os domínios da produção agroalimentar e do turismo,
com os domínios transversais como a mobilidade, a formação profissional, o
empreendedorismo e o marketing territorial e sintetiza-se na definição de quatro
eixos estratégicos: Eixo I - Recuperar e potenciar a produção agro-alimentar; Eixo
II – Desenvolver, diferenciada e sustentadamente, o turismo; Eixo III (a) – Regenerar
e valorizar a cidade de Alcácer do Sal; Eixo III (b) – Qualificar e afirmar outros
aglomerados urbanos; Eixo IV - Promover e dinamizar os domínios transversais:
mobilidade; formação profissional e empreendedorismo; marketing territorial; e
rotas, circuitos e sinalética.

Alcácer do Sal

Plano Estratégico de Taparura, na Tunísia

A Parque EXPO concluiu em 2009 o Plano Estratégico de Taparura referente à


intervenção urbana a realizar na frente ribeirinha da cidade de Sfax, no Sudeste da
Tunísia.

81 Relatório de Sustentabilidade 2009


Taparura na Tunísia

A cidade de Sfax representa o mais importante pólo industrial e comercial do Sul do


Tunísia, o que acabou por se traduzir numa pesada herança - o enorme depósito
de fosfatos e a placa que o envolve, numa área de cerca de 90 ha, bem perto
do centro da cidade. O encerramento deste depósito de produtos poluentes da
indústria local foi o mote para a criação de uma nova área urbana, que constituirá
a renovada frente marítima da costa norte de Sfax, proporcionando a reconciliação
da cidade com o Mediterrâneo.

A intervenção prevê transformar uma zona degradada com resíduos de indústrias


poluentes numa nova área urbana, sendo desenvolvido em duas fases: (1)
despoluição da zona de intervenção e dos terrenos ganhos ao mar (num total
de 420 ha), bem como a reabilitação das praias; (2) ordenamento da zona de
intervenção de modo a permitir o alargamento do aglomerado urbano para uma
zona moderna de habitação, lazer, turismo, comércio e serviços, bem como de
espaços verdes e equipamentos públicos.

O Projeto, que tem sido conduzido pela Société d’Études et d’Aménagement des
Cotes Nord de la Ville de Sfax (entidade públia), conta com o financiamento do
Banco Europeu.

Relatório de Sustentabilidade 2009 82


O Plano Estratégico desenvolvido contextualiza a intervenção e define o modelo
operacional e de financiamento, a estratégia de comercialização e marketing
territorial, bem como o modelo de gestão urbana a implementar.

Masterplan para o Parque de Ciência e Tecnologia de Maluana, em


Moçambique

Na sequência de um concurso internacional promovido pelo Banco Africano de


Desenvolvimento Africano, foi atribuída à Parque EXPO a conceção do primeiro
parque de ciência e tecnologia, a localizar em Maluana, na província de Maputo.
Ocupando uma área de 950 ha, o Projeto, promovido pelo Ministério da Ciência e
Tecnologia com o apoio do Banco Africano de Desenvolvimento, é assumido como
um projeto estratégico a nível nacional, contribuindo, não penas para a produtividade,
para a geração de emprego e para a formação e qualificação da população, como
para a criação de uma nova centralidade urbana na Área Metropolitana de Maputo.

Masterplan para o Parque de Ciência e Tecnologia de Maluana, em Moçambique

O modelo adotado para o Parque de Ciência e Tecnologia baseou-se num quadro


de desenvolvimento territorial alargado e integrado, onde as novas funções
complementam e reforçam o sistema urbano existente, estruturando uma nova
organização do território. O Parque de Ciência e Tecnologia corresponde, assim,

83 Relatório de Sustentabilidade 2009


à génese de um novo pólo urbano multifuncional, estruturado e planeado, aberto
à comunidade, gerador de emprego qualificado e capaz de atrair trabalhadores e
habitantes da cidade de Maputo, prevendo-se uma ocupação de 10 000 novos
habitantes e a criação de 17 000 novos postos de trabalho.

Plano Diretor de Ordenamento e Urbanização da Wilaya d’Alger, na Argélia

A revisão do Plan Directeur d’Aménagement et d’Urbanisme de la Wilaya d’Alger


(PDAU d’Alger), por encomenda da Direction de l’Aménagement du Territoire, de
l’Urbanisme, de la Prévention et de la Résorption de l’Habitat Précaire de la Wilaya
d’Alger, está a ser desenvolvida por uma equipe transdisciplinar que inclui um
número significativo de colaboradores internos da Parque EXPO e um conjunto de
consultores externos, reconhecidos nacionalmente e internacionalmente.

O plano em elaboração abrange a wilaya de Alger, cidade capital da Argélia, que


se estende por cerca de 800 km2 e onde residem cerca de 3 milhões de pessoas.
Argel depara-se hoje com um conjunto de problemas e de desafios urbanos bem
evidentes. Alguns são comuns a outras cidades de idêntica dimensão; outros
associam-se ao quadro natural/geográfico específico em que a cidade se insere ou
ao contexto socioeconómico e político em que a cidade se desenvolveu.

Entre as questões-chave que se colocam à cidade estão os problemas de mobilidade,


as carências habitacionais, as dificuldades de gestão dos resíduos, a ocupação de
áreas de forte risco natural e/ou de grande relevância ecológica e a desqualificação
do edificado e do espaço público. Simultaneamente, as autoridades locais, em
articulação com as autoridades nacionais, vêm revelando uma forte determinação
no sentido de modificar o “destino” da cidade, preconizando o reforço do seu
posicionamento nas regiões do Magrebe e do Mediterrâneo Ocidental.

Neste contexto, afigura-se determinante a articulação e enquadramento daquelas


intenções numa estratégia global de desenvolvimento territorial, assente num
modelo de ordenamento coerente, que garanta a sustentabilidade ambiental,

Relatório de Sustentabilidade 2009 84


Estudo para o Ordenamento Urbano da Wilaya d’Alger

económica e social da Wilaya. O PDAU d’Alger vem precisamente dar uma resposta
àquele imperativo, que se concretiza nas duas componentes principais do projeto:

▪▪ Plano de ordenamento (o PDAU propriamente dito), instrumento estratégico


territorial, integrando os correspondentes zonamento e regulamentação, e
assente sobre o Master Plan, documento que define as estratégias para os
temas fundamentais deste território (desenvolvimento económico, mobilidade,
habitação e equipamentos, espaços naturais e agricultura, infraestruturas,
espaços públicos e património e ainda riscos naturais e tecnológicos) e um
modelo de ordenamento onde convergem e se articulam as opções estratégicas.
▪▪ Projetos prioritários, correspondentes a um conjunto de operações de
requalificação urbana em áreas estratégicas da cidade (requalificação do
espaço público em eixos emblemáticos, desenvolvimento de um parque urbano,
ordenamento paisagístico de um eixo viário estruturante, etc.), desenvolvidas em
paralelo com a revisão do plano, e que se pretende desencadeiem um processo
de transformação que, por um efeito de “contaminação positiva”, se reproduza
noutras áreas da cidade.

Ao longo de 2009 foi dada continuidade aos trabalhos desenvolvidos no ano anterior,
tendo sido concluídas as duas primeiras fases do projeto (composto por 4 fases),
nomeadamente as fases de ‘Diagnóstico Prospetivo’ e ‘Master Plan’, sendo que,
até final de 2010, serão concluídas as duas últimas etapas do projeto: ‘Contrato de
Metrópole’ e ‘Apoio à Implementação’.

85 Relatório de Sustentabilidade 2009


Requalificação da Cidade da Praia, em Cabo Verde

A Parque EXPO iniciou em 2009 a elaboração do Estudo de Enquadramento


Estratégico que irá definir a operação de requalificação da frente marítima da
cidade da Praia, afirmando-se como um parceiro privilegiado do Ministério da
Descentralização, Habitação e Ordenamento do Território e da Câmara Municipal
da capital de Cabo Verde, num projeto que contribuirá de forma significativa para a
afirmação da cidade no panorama internacional.

Capital da República de Cabo Verde e guardiã de parte importante do património


construído do país, o projeto assegurará à cidade da Praia a preservação e valorização
dos seus aspetos identitários, bem como o fortalecimento da atratividade e da
capacidade de proporcionar melhores condições de vida aos habitantes, objetivos
fundamentais para o Município e para o Governo cabo-verdiano.

A intervenção terá início com a elaboração de dois estudos: um Estudo de


Enquadramento Estratégico que, com base num diagnóstico prospetivo da situação
existente, definirá um conceito global para o território e identificará as ações e
projetos a implementar; e, numa segunda etapa, um Plano de Ordenamento que
assegurará a transformação do território de acordo com a estratégia preconizada.

Esta operação enquadra-se nas prioridades do Programa Indicativo de Cooperação


Portugal – Cabo Verde 2008-2011, que define o país como uma das prioridades da
política externa portuguesa a nível de cooperação.

Estudo de Enquadramento Estratégico da frente marítima da cidade da Praia, em Cabo Verde

Relatório de Sustentabilidade 2009 86


Gestão de intervenções

Em matéria de gestão de intervenções de requalificação urbana e ambiental, a


Parque EXPO continuou a assegurar em 2009 a coordenação e operacionalização
de um vasto leque de intervenções de relevância estratégica regional e nacional
no âmbito das políticas públicas de ordenamento do território. O ano de 2009
marcou o início de quatro novos projetos de dimensão relevante sob gestão da
Parque EXPO: Polis Litoral Norte, Polis Litoral Ria de Aveiro, Fortaleza de Sagres e
Programa Escolas (Telheiras; Luís António Verney; Parque das Nações Sul).

Programa Polis Litoral

Após a sua fase de conceção e de planeamento estratégico, o Governo português


atribuiu à Parque EXPO a direção e coordenação geral do Programa Polis Litoral,
que compreende as operações integradas de requalificação e valorização da Ria
Formosa, da Ria de Aveiro, do Litoral Norte e do Sudoeste Alentejano e Costa
Vicentina.

Polis Litoral Norte

A intervenção Polis Litoral Norte visa uma operação integrada de requalificação


e valorização da orla costeira nos concelhos de Caminha, Viana do Castelo e
Esposende, que integra as zonas estuarinas dos principais rios - Minho, Lima e
Cávado e o Parque Natural do Litoral Norte. A área de intervenção abrange onze
praias e estende-se ao longo da faixa costeira continental, numa extensão de 50 km,
totalizando uma área de intervenção com 5000 hectares. O projeto prevê a adoção
de medidas de proteção da orla costeira e de intervenção nas zonas urbanas.

87 Relatório de Sustentabilidade 2009


Esta intervenção tem como grandes objetivos a requalificação do território como
forma de valorização e diferenciação da sua entidade própria; a valorização do

Polis Litoral Norte

património natural, cultural e humano como mote de promoção territorial; e o


trabalho e tecnologia como base estruturante para a competitividade territorial.
Nessa perspetiva assenta em 5 Eixos Estratégicos que enquadram as várias ações
a promover:

▪▪ Proteção e defesa da zona costeira, visando a prevenção de risco;


▪▪ Preservação e requalificação dos valores naturais da zona costeira e estuarina;
▪▪ Valorização e promoção dos valores naturais e culturais singulares do Litoral
Norte;
▪▪ Requalificação e revitalização de núcleos urbano-marítimos;
▪▪ Valorização e inovação nas atividades económicas.

Estima-se que o investimento global do Programa, a realizar entre 2009 e 2013,


ascenda a um valor global de 92 milhões de euros.

À Parque EXPO foi atribuída a gestão e coordenação de todas as atividades


necessárias ao desenvolvimento da intervenção, designadamente, através da
realização de: estudos de caracterização; planos de pormenor; projetos técnicos;
empreitadas de construção; disponibilização de terrenos (aquisição / expropriação)
e comunicação e sensibilização ambiental.

Relatório de Sustentabilidade 2009 88


Polis Litoral Ria de Aveiro

A intervenção Polis Litoral da Ria de Aveiro contempla uma operação integrada nesta
região, que abrange 11 municípios: Águeda, Albergaria-a-Velha, Aveiro, Estarreja,
Ílhavo, Mira, Murtosa, Oliveira do Bairro, Ovar, Sever do Vouga e Vagos. O programa,
que terá a Parque EXPO como entidade responsável pelo desenvolvimento dos
projetos, compreende um investimento global de 96 milhões de euros, entre 2009
e 2012.

Pretende-se com esta intervenção assegurar uma efetiva potenciação dos recursos
ambientais como fator de competitividade económica, proteger e requalificar
ambientalmente toda a zona costeira e lagunar, e garantir condições de fruição
pública do património ambiental e cultural local. Nesse âmbito, perspetiva-se uma
intervenção em 60 km de frente costeira, 140 km de frente lagunar e 24 km de
frente ribeirinha do rio Vouga. Para além da atuação em toda a Ria, prevê-se a
intervenção em 15 praias.

A intervenção de requalificação e valorização da Ria de Aveiro tem como visão


a leitura integrada do desenvolvimento sustentável de toda a Ria, conjugando
qualidade ambiental, com competitividade económica e coesão sócio-territorial.
Assim, são definidos 3 grandes objetivos: preservação ambiental, dinamização
económica e promoção da vivência da Ria que ancoram 4 eixos estratégicos que
se ramificam em tipologias de intervenção e que por sua vez agrupam os projetos/
ações a implementar neste território:

▪▪ Eixo 1 – Proteção e defesa da zona costeira e lagunar visando a prevenção do


risco – agrega projetos que visam a consolidação do cordão dunar e o reforço
das margens lagunares, pela recuperação de diques e motas, garantindo assim
a preservação do sistema dunar e lagunar, a minimização de situações de risco
de pessoas e bens e a requalificação e renaturalização de áreas degradadas
fundamentais para o equilíbrio biofísico da Ria de Aveiro;

89 Relatório de Sustentabilidade 2009


Polis Litoral Ria de Aveiro

▪▪ Eixo 2 – Proteção e valorização do património natural e paisagístico – agrega as


intervenções de requalificação e valorização de áreas naturais em Rede Natura
pela melhoria das condições de base que permitam aliar a preservação do
património natural à vivência da Ria.
▪▪ Eixo 3 – Valorização de recursos como fator de competitividade económica e
social – agrega um conjunto de projetos que permitam valorizar e potenciar
os recursos da Ria, garantindo uma posição de destaque da Ria de Aveiro no
contexto da região em que se insere.
▪▪ Eixo 4 – Promoção e dinamização da vivência da Ria – agrega os projetos e
ações de desassoreamento de canais e seu balizamento de forma a promover
a mobilidade e navegabilidade da Ria de Aveiro, a requalificação das frentes
lagunares e as ações de informação e promoção territorial de acordo com uma
estratégia una que permita, simultaneamente: organizar e assegurar a existência
de respostas eficazes e qualificadas para as diferentes necessidades dos que
trabalham, vivem e visitam a Ria de Aveiro.

Relatório de Sustentabilidade 2009 90


Polis Litoral Ria Formosa

A intervenção Polis Litoral Ria Formosa, com um investimento global previsto de 87


milhões de euros, visa proceder à requalificação do património natural e paisagístico,
à requalificação das frentes da ria e à valorização dos núcleos piscatórios e
das atividades económicas. Em 2009, a Parque EXPO continuou a desenvolver
as atividades de gestão integrada da intervenção, que se iniciaram em 2008. O
projeto prevê a renaturalização de cerca de 83 hectares de ilhotes e ilhas-barreira, a
reestruturação e requalificação em 89 hectares nas ilhas-barreira e a requalificação
de 37 hectares de frentes ribeirinhas, abrangendo os municípios de Loulé, Faro,
Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António.

Polis Litoral Ria Formosa

Polis Litoral Sudoeste

Na sequência da decisão governamental de alargar o conjunto de operações do


Polis Litoral, a Parque EXPO será ainda responsável pela direção e coordenação
geral da operação integrada de requalificação e valorização do Sudoeste Alentejano
e Costa Vicentina. A intervenção incide sobre a frente costeira dos municípios de
Sines e Odemira (Alentejo) e Aljezur e Vila do Bispo (Algarve) e integra a faixa litoral

91 Relatório de Sustentabilidade 2009


Polis Litoral Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina

do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina e a Reserva Natural


das Lagoas de Santo André e da Sancha, numa extensão de 150 km, totalizando
uma área de intervenção com 9500 ha. Prevê-se que a operação decorra entre
2010 e 2013 e que o investimento ascenda a cerca de 47 milhões de euros.

Programa de Requalificação e Valorização do Promontório de Sagres

Foi apresentado em setembro de 2009, o Programa de Requalificação e Valorização


do Promontório de Sagres, que visa a realização de uma operação de regeneração
integral do Promontório de Sagres – edificado, elementos patrimoniais e espaço
público – enquadrando os valores patrimoniais, ambientais e económicos, de forma
a transformá-lo num pólo cultural de referência e contribuir de forma significativa
para o alargamento da oferta cultural, turística e de lazer na região do Algarve.
Trata-se de um investimento de oito milhões de euros, repartidos entre o Turismo
de Portugal, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve
(CCDRA) e o Ministério da Cultura.

Relatório de Sustentabilidade 2009 92


Programa de Requalificação e Valorização do Promontório de Sagres

A requalificação do Promontório, cuja intervenção está a cargo da Parque EXPO,


tem como preocupação o aproveitamento das energias renováveis. Para tal vai
ser instalado um sistema de produção elétrica por painéis foto voltaicos, que vai
alimentar o circuito de iluminação do edifício histórico. A obra implica ainda a
reabilitação da fortaleza e dos edifícios dos anos 90, onde será criado um novo
centro expositivo, que vai acolher uma exposição interativa permanente sobre Sagres
e os Descobrimentos e o reequipamento do auditório com avançada tecnologia
multimédia, onde será exibido um filme alusivo à História de Sagres. Será ainda
reabilitada a Igreja de Nossa Senhora da Graça e a Praça de Armas e melhorada
a iluminação cénica de valorização do conjunto monumental da fortaleza, com a
sinalização dos percursos pedonais para facilitar a mobilidade dos visitantes.

93 Relatório de Sustentabilidade 2009


Programa Escolas

Ao abrigo do “Programa de Requalificação das Escolas Básicas”, a Parque


EXPO assume a coordenação e gestão de todas as atividades necessárias ao
desenvolvimento da intervenção nas seguintes escolas: requalificação da Escola
Luís António Verney e construção das novas Escolas Básicas Integradas (EBI) de
Telheiras e da zona sul do Parque das Nações.

Este programa tem como objetivos gerais a recuperação e modernização do parque


escolar, a melhoria da qualidade do ensino visando a aproximação aos padrões
europeus e a criação de condições para abertura do espaço escolar à comunidade,
recentrando-a no meio urbano em que se insere.

Projeto Frente Tejo

A Parque EXPO formalizou em 2009 o contrato de prestação de serviços com a


Sociedade Frente Tejo, com o objetivo de promover a execução de intervenções
urbanísticas na Frente Ribeirinha de Lisboa.

O Projeto Frente Tejo – operação de intervenção de requalificação e reabilitação


urbana da frente ribeirinha de Lisboa – compreende duas intervenções, uma na
zona da Baixa Pombalina e outra na zona da Ajuda-Belém. O investimento previsto
para as duas intervenções ascende a 145 milhões de euros. O início dos trabalhos
ocorreu no segundo semestre de 2008, prevendo-se a sua conclusão até final do
primeiro semestre de 2012.

A operação urbanística da Baixa Pombalina compreende a zona entre o Cais do


Sodré, a Ribeira das Naus e Santa Apolónia, abrangendo uma faixa ribeirinha de
2,3 km, e incluindo a reocupação parcial de edifícios da Praça do Comércio e a
reabilitação dos quarteirões da Avenida do Infante D. Henrique, situados entre o
Campo das Cebolas e Santa Apolónia. Os projetos previstos têm como matriz

Relatório de Sustentabilidade 2009 94


Projeto Frente Tejo

a valorização arquitetónica, ambiental e paisagística, a promoção da cultura e a


dinamização turística. O conjunto das intervenções tem como objetivo recuperar
o papel histórico e simbólico desta zona da cidade, devolver aos cidadãos um
espaço público de qualidade e fazer da Praça do Comércio/Terreiro do Paço uma
marca cosmopolita.

A zona de intervenção de Ajuda-Belém compreende uma área de cerca de 100 ha que


abrange parte significativa de Belém e da Ajuda, na qual se encontram localizados
equipamentos culturais, edifícios e espaços verdes de referência, seja pela sua
relevância histórica e cultural, seja pela sua qualidade arquitetónica e ambiental.
A intervenção compreende a requalificação dos espaços públicos, a construção
de um novo edifício para o Museu dos Coches, a adaptação do atual Museu dos
Coches para a Escola Portuguesa de Arte Equestre, o remate do Palácio Nacional
da Ajuda e intervenções de recuperação no Jardim Tropical e no Jardim do Palácio
de Belém. O Projeto de requalificação do espaço público garante a continuidade de
toda a Frente Ribeirinha, através da criação de espaços verdes, circuitos pedonais
e cicláveis, e proporciona vivências culturais, lúdicas e funcionais (comércio e
serviços), que colocam a zona de Ajuda-Belém na rota dos centros museológicos
de excelência a nível Europeu. As intervenções previstas assumem o desafio de dar
maior ênfase ao património histórico e arquitetónico já edificado e constituem um
valioso activo cultural, patrimonial e turístico, contribuindo a projeção da imagem
de Portugal no Mundo.

95 Relatório de Sustentabilidade 2009


A Parque EXPO tem como missão assegurar os serviços de coordenação técnica e
de gestão integrada das operações, enquanto entidade especialmente vocacionada
para promover o desenvolvimento urbano e regional sustentável, a qualidade de
vida urbana e a competitividade das cidades com experiência demonstrada em
processos de transformação e valorização do território em Portugal e no estrangeiro.

Programa Polis

No âmbito do conjunto de intervenções do Programa Polis em curso, ao longo do


ano de 2009 concluiu-se a atividade inerente à intervenção da cidade de Viseu e
foi dada continuidade às atividades de gestão das intervenções Polis de Viana do
Castelo e Costa de Caparica. Estas duas intervenções continuarão em curso em
2010, mantendo a Parque EXPO a responsabilidade de gestão das intervenções
nas componentes técnica, financeira, administrativa e jurídica, inerentes à
implementação dos respetivos planos estratégicos.

Programa Polis Viana do Castelo, Programa Polis Costa de Caparica

Relatório de Sustentabilidade 2009 96


REPRESENTAÇÃO PORTUGUESA EM EVENTOS
INTERNACIONAIS

V Fórum Mundial da Água

Realizou-se de 16 a 22 de março de 2009, em Istambul, o V Fórum Mundial da


Água, dedicado ao tema “Bridging Divides for Water”. Trata-se do maior evento
internacional sobre a Gestão da Água e assume-se como um fórum de participação
e diálogo entre os múltiplos intervenientes no setor da água no mundo, através de
um processo participativo e focalizado na ação, envolvendo a comunidade técnica
e científica, o mundo empresarial, as autoridades nacionais, regionais e locais, as
organizações não governamentais e todos os interessados nas temáticas da água,
que procura influenciar o processo de tomada de decisão ao nível das políticas
globais para o setor, no sentido de um desenvolvimento sustentável do planeta.

A Parque EXPO foi contratada pelo Ministério do Ambiente, Ordenamento do


Território e Desenvolvimento Regional (MAOTDR) para realizar a participação
portuguesa neste fórum, tendo envolvido, além da Parque EXPO, o Instituto da
Água (INAG), o Instituto Regulador de Águas e Resíduos (IRAR) e o Gabinete de
Relações Internacionais do MAOTDR.

A participação nacional no V Fórum Mundial da Água centrou-se no tema “Superando


a Escassez da Água, rumo à Sustentabilidade”. A escolha deste tema pretendeu
dar visibilidade não só aos problemas de seca e escassez que Portugal enfrenta,
cada vez com maior frequência mas, principalmente, à integração de políticas e de
ações em curso no país direcionadas para uma gestão dos recursos hídricos cada
vez mais sustentável e orientada para ultrapassar os desafios que se colocam num
quadro de mudanças à escala global.

O Pavilhão de Portugal recebeu cerca de 5000 visitantes e durante seis dias foi uma
montra do que melhor se faz no setor da água no país, ao disponibilizar a consulta

97 Relatório de Sustentabilidade 2009


de 116 Projetos portugueses realizados por centros de investigação, instituições
e empresas. Constituiu ainda uma porta aberta para a partilha de experiências
na dimensão lusófona, com principal enfoque para os países da CPLP e para os
países ibero-americanos, no que ela tem de mais relevante e específico na gestão
da água, promovendo a construção e consolidação de alianças e parcerias entre as
diferentes instituições nacionais e todos aqueles que partilham a língua portuguesa.

A programação do pavilhão terminou com a presença dos ministros de Portugal e


de Espanha para uma sessão sobre a experiência centenária da cooperação luso/
espanhola para a gestão dos recursos hídricos transfronteiriços.

Participação Portuguesa no V Fórum Mundial da Água


com Carbono Zero

As emissões de gases com efeito de estufa decorrentes das deslocações aéreas


e estadias dos membros da comitiva portuguesa, do funcionamento do pavilhão
de Portugal e da produção e impressão dos produtos de papel que foram
distribuídos no âmbito da participação portuguesa no V Fórum Mundial da Água
foram compensadas de forma a anular a sua pegada ecológica. Os créditos de
sequestro de carbono adquiridos para o efeito foram provenientes da área florestal
CarbonoZero® na Tapada Militar de Mafra.

Representação portuguesa no V Fórum Mundial da Água

Relatório de Sustentabilidade 2009 98


World Expo Shanghai 2010

Em julho de 2009, através de Portaria conjunta dos Ministérios dos Negócios


Estrangeiros, das Finanças e da Administração Pública, do Ambiente, do
Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional e da Economia e
da Inovação, foi atribuída à Parque EXPO, sob coordenação do comissário-
geral de Portugal, Rolando Borges Martins, a dimensão executiva e operacional
da participação portuguesa na Exposição Mundial de 2010 – World Expo 2010
Shanghai. De entre os serviços a desenvolver pela Parque EXPO estão incluídos
os serviços de Conceção, preparação e execução local, organização logística
e administrativa e gestão da estrutura organizativa e financeira necessária à
concretização da participação. Ao longo de 2009 foram desenvolvidos pela Parque
EXPO os trabalhos preparatórios da representação portuguesa na exposição.

A Exposição Mundial de Xangai em 2010 tem como tema “Melhor Cidade, Melhor
Vida” e decorre entre 1 de maio e 31 de outubro de 2010, sendo esperados cerca
de 70 milhões de visitantes.

“Portugal, uma praça para o mundo. Portugal, um mundo de energias.”


Pela singularidade e pela capacidade de afirmação da identidade nacional, pela
posição geoestratégica como uma porta do Atlântico e pela função histórica da
“praça” como um espaço de excelência para o intercâmbio cultural e económico,
local de confluência e troca de ideias, de novos conceitos e de partilha de inovações,
e fator gerador e multiplicador de energia própria difundida para o mundo, construiu-
se o tema da representação Portuguesa em Xangai – “Portugal, uma praça para o
mundo. Portugal, um mundo de energias”, que tem como objetivos:

▪▪ Comunicar a identidade de Portugal como um país europeu moderno,


contemporâneo e inovador, que contribui ativamente para a sustentabilidade do
mundo;
▪▪ Contribuir para divulgar e fortalecer a imagem de Portugal na temática da
Exposição, como um país virado para o futuro e com responsabilidade em matéria

99 Relatório de Sustentabilidade 2009


de energias alternativas nas vertentes tecnológica, de produção e consumo;
▪▪ Divulgar e fortalecer a imagem de Portugal na temática da Exposição,
nomeadamente através das realizações portuguesas no âmbito do ordenamento
das cidades e da reabilitação urbana;
▪▪ Divulgar as realizações portuguesas na área das energias renováveis, que
colocaram o país numa posição cimeira a nível mundial, neste domínio;
▪▪ Divulgar Portugal como destino turístico, empresarial e de investimento, de
acordo com as estratégias nacionais de promoção do país;
▪▪ Ser um pólo de fomento da cooperação económica e de reforço do relacionamento
comercial com a China e um interlocutor privilegiado no relacionamento cultural
e económico com os países de língua portuguesa;
▪▪ Envolver a população, as instituições, os parceiros e os agentes económicos de
Portugal e da China.

EXPO SHANGHAI

Pavilhão de Portugal: Pavilhão Carbono Zero

O Pavilhão de Portugal, com uma área de implantação de 2000 m2, apresenta uma
fachada revestida de cortiça, material nacional, reciclável e ecológico. Trata-se de
um exemplo de inovação e de boas práticas ambientais que potenciam a imagem
de Portugal.

As soluções arquitetónica, revestimento de paredes, controlo de ventilação,


pressurização e iluminação instaladas no Pavilhão de Portugal refletem o conceito

Relatório de Sustentabilidade 2009 100


de sustentabilidade dos edifícios. Tendo sido integralmente pensadas com base
nos princípios da ecoeficiência, irão permitir uma poupança de energia na ordem
dos 45%.

As emissões de gases com efeito de estufa (GEE) serão também compensadas


através da geração e afetação de créditos de carbono provenientes de um projeto
florestal de 11 hectares, na região do Alqueva (Portugal), com um período de
sequestro de carbono de 30 anos. Serão plantadas 262 azinheiras e 932 choupos.

Pavilhão de Portugal na EXPO SHANGHAI

GESTÃO URBANA DO PARQUE DAS NAÇÕES

A Parque Expo – Gestão Urbana do Parque das Nações, S.A. tem como missão
a gestão urbana integrada do território do Parque das Nações, visando assegurar
a manutenção da sua qualidade urbana e ambiental para usufruto dos seus
moradores, trabalhadores e visitantes.

Criada a 1 de agosto de 2008, a Parque Expo — Gestão Urbana do Parque das


Nações, S.A. foi constituída pela Parque EXPO expressamente para gerir o Parque
das Nações até ser encontrada com os municípios de Lisboa e Loures uma solução
definitiva, que corresponderá idealmente à entrada dos dois municípios no capital
social da Sociedade, materializando a sociedade tripartida prevista há alguns anos. A

101 Relatório de Sustentabilidade 2009


Parque Expo — Gestão Urbana do Parque das Nações continua assim a assegurar,
por conta dos municípios de Lisboa e Loures, as atividades de gestão do espaço
público do Parque das Nações, nomeadamente a prestação dos serviços públicos
e a manutenção das infraestruturas e equipamentos.

A Parque Expo – Gestão Urbana do Parque das Nações tem como compromisso
estruturante da sua atividade o bem-estar das pessoas, a preservação do ambiente
e a captação do investimento, procurando atingir um grau de desenvolvimento e
qualidade que permita a esta zona de Lisboa  e de Loures destacar-se pela sua
capacidade de inovação e modernidade.

Apresentam-se de seguida alguns dos principais indicadores sobre o território sob


gestão da Empresa.

Área 350 ha
Frente Tejo 5 km
Nº Habitantes 20 000
Nº Empregos 10 000
Nº Visitantes 20 milhões/ano
Nº Empresas 960
Nº Fogos 8 000

Parque das Nações

Relatório de Sustentabilidade 2009 102


Gestão urbana

Tendo em vista garantir a manutenção de um elevado nível de qualidade do espaço


público e das infraestruturas, compatível com as expectativas dos visitantes e
moradores, a Parque Expo — Gestão Urbana do Parque das Nações continuou
a assegurar em 2009 as atividades regulares de gestão urbana, das quais se
destacam:

▪▪  Limpeza urbana, recolha e transporte de resíduos sólidos urbanos (RSU);


▪▪ Manutenção dos espaços verdes, pavimentos e redes de drenagem;
▪▪ Gestão e manutenção da galeria técnica, da iluminação pública, do sistema
semafórico e das fontes e jogos de água;
▪▪ Conservação e reparação do mobiliário e arte urbana, sinalética e equipamento
lúdico;
▪▪ Vigilância humana do espaço público e gestão de acessos, circulação e tráfego
na zona de acesso condicionado;
▪▪ Monitorização e gestão ambiental;
▪▪ Fiscalização da ocupação do espaço público, nomeadamente por estaleiros de
obras;
▪▪ Acompanhamento e apoio logístico a eventos no Parque das Nações.

Valorização dos espaços públicos

A Parque Expo — Gestão Urbana desenvolve ainda um conjunto alargado de


intervenções e atividades que visam a beneficiação e inovação nas infraestruturas
e no espaço público do Parque das Nações. Em 2009, destacam-se as seguintes
intervenções realizadas:

▪▪ Implementação de ciclovia na Alameda dos Oceanos;


▪▪ Marcação do Caminho do Tejo;
▪▪ Reforço das guardas de segurança no espaço público;

103 Relatório de Sustentabilidade 2009


Espaço Público do Parque das Nações

▪▪ Iluminação pública da Rua da Pimenta;


▪▪ Recuperação das fixações da Torre do Mar.

Eventos lúdicos, culturais e desportivos

Com uma procura crescente do Parque das Nações para a realização de eventos
lúdicos, culturais e desportivos, a Parque Expo — Gestão Urbana assume uma
importante tarefa de gestão, coordenação e fiscalização de todas as produções
externas e eventos. Em 2009, tiveram lugar 439 ações no espaço público do
Parque das Nações, que comprovam a dinâmica e vivência sociocultural desta
nova zona da cidade, dos quais se destacam: Festival dos Oceanos; Lisboa Bike
Tour; Mini e Meia Maratona de Portugal; Jogos da Lusofonia; Lisboa Long Distance
Triathlon; Festival Aéreo; Corrida Sempre Mulher; Magusto do Oriente; Passeio
Geota; Passagem do ano e fogo-de-artifício.

Relatório de Sustentabilidade 2009 104


Realização de eventos no Parque das Nações

Arte urbana, espaços verdes e equipamentos desportivos e de


lazer

A gestão do Parque das Nações representa para a Empresa um permanente desafio


para dotar este território das condições imprescindíveis que permitam contribuir
para a consolidação da zona oriental de Lisboa como a mais moderna centralidade
da cidade e uma das zonas com melhor qualidade de vida do País. A Parque
Expo – Gestão Urbana do Parque das Nações procura dotar o espaço de todas as
condições que se espera encontrar numa cidade, tendo em consideração a forte
identidade do espaço, que encerra uma carga sociocultural com um significado
invulgar, e os requisitos de um público exigente no que respeita à qualidade urbana,
modernidade, ao conforto e ao ambiente.

Nesse sentido, o Parque das Nações afirma-se como um projeto de urbanização


único que contempla um programa integrado de espaços verdes, jardins, arte

105 Relatório de Sustentabilidade 2009


Espaços verdes e equipamentos de lazer no Parque das Nações

urbana e equipamentos culturais, desportivos e de lazer, cuja manutenção dos


níveis de qualidade continua a ser uma das áreas fundamentais de atuação no
âmbito da gestão urbana. Incluem-se neste conjunto de espaços e equipamentos
oferecidos para usufruto de moradores e visitantes: os Jardins Garcia de Orta,
Jardins da Água, Jardim do Cabeço das Rolas, Jardim dos Jacarandás, Jardins
Ribeirinhos e o grande Parque do Tejo; os espaços destinados a crianças, com uma
forte componente didáctica que oferecem aos visitantes curiosos equipamentos e
jogos interativos – Canto da Música, Jardim Hidráulico, Skate Park; e as dezenas
de esculturas, painéis de azulejos, calçadas, etc., que constituem um conjunto
ímpar de obras de arte pública que pontuam todo a área do Parque das Nações.

Relatório de Sustentabilidade 2009 106


PROMOÇÃO DO CONHECIMENTO DOS OCEANOS

Inaugurado no âmbito da exposição mundial de 1988, cujo tema foi “Os Oceanos,
um Património para o Futuro”, o Oceanário continua hoje a eternizar a ligação de
Lisboa com o oceano. Todos os anos, cerca de 1 milhão de pessoas percorrem
a sua exposição, tornando-o o equipamento cultural mais visitado de Portugal.
Para além da excelência da exposição, que torna a visita única e inesquecível,
o Oceanário promove o conhecimento dos oceanos, sensibilizando os cidadãos
para o dever da conservação do património natural, através da alteração dos seus
comportamentos.

A excelência da exposição e a qualidade da atividade desenvolvida fazem do


Oceanário de Lisboa uma referência no panorama nacional e internacional da
investigação, projectando-o como um centro de conservação dos oceanos e de
desenvolvimento e sensibilização no domínio dos oceanos.

Nesse âmbito, o Oceanário desenvolve continuamente atividades educativas que


dão a conhecer os oceanos, os seus habitantes, a sua missão e que abordam
os desafios ambientais da atualidade. Colabora ainda com várias instituições em
Projetos de investigação científica, de conservação da biodiversidade marinha,
ações que visam promover o desenvolvimento sustentável dos oceanos.

No quadro dessa política para a sustentabilidade, o Oceanário define como linhas


de atuação: a contribuição para a sobrevivência e manutenção da biodiversidade
existente; o combate às causas de redução da biodiversidade e a gestão ecoficiente
do aquário. Apresentam-se de seguida as ações e iniciativas que, pela sua relevância
estratégica e contributo para a concretização da sua missão, merecem destaque
nas atividades desenvolvidas ao longo do ano de 2009.

107 Relatório de Sustentabilidade 2009


Oceanário de Lisboa - Peixe Lua no tanque central

Sensibilização para a conservação do património natural

Em 2009, apesar da conjuntura económica nacional e internacional menos favorável,


o Oceanário voltou a receber cerca de um milhão de pessoas, fazendo chegar a
sua mensagem a um cada vez maior número de pessoas e vendo, assim, reforçada
a notoriedade da sua missão de sensibilização para o dever de conservação dos
oceanos.

Número de Visitantes do Oceanário

1 037 750
1 019 684
966 578 968 874
910 910

2005 2006 2007 2008 2009

Relatório de Sustentabilidade 2009 108


Expansão do Oceanário de Lisboa

O projeto de expansão do Oceanário de Lisboa, que prevê a construção de um


novo edifício, foi desenvolvido ao longo de 2009 culminando com a conclusão das
várias fases e componentes do projeto e com o início da construção já nos primeiros
meses de 2010. O novo edifício, com abertura ao público prevista para o primeiro
trimestre de 2011, permitirá reforçar a capacidade do Oceanário contribuir para a
conservação dos oceanos, garantir a sustentabilidade económica e financeira da
instituição e aumentar o grau de satisfação dos visitantes. O projeto pretende dotar
o Oceanário de uma nova área dedicada a exposições temporárias, um auditório
polivalente, um novo restaurante/cafetaria com área infantil e permitir o alargamento
das áreas destinadas ao programa educativo. Trata-se por isso de um projeto de
relevância estratégica que marcará a atuação do Oceanário nos próximos anos.

Projeto de expansão do Oceanário

109 Relatório de Sustentabilidade 2009


Nova exposição “A Casa do Vasco”

“A Casa do Vasco” é a nova exposição do Oceanário de Lisboa que permitirá


compreender que os oceanos estão interligados e que as ações de cada um de
nós têm impacte em todo o planeta.

Dirigida sobretudo para um público infantil, a nova exposição não deixa ninguém
indiferente, nem mesmo os adultos. Neste novo espaço, onde a interatividade é
constante, o anfitrião Vasco, mascote do Oceanário, defensor dos oceanos que
protege a natureza e o planeta, convida todos os visitantes a entrar, explorar e
descobrir os conselhos de um super-herói que vive numa casa especial e a tornar-
-se um aliado na missão de alterar comportamentos.

Na cozinha é fácil encontrar os conselhos do Vasco quanto às opções de consumo,


à poupança de água, aos hábitos alimentares e à separação de lixo. Na sala de
refeições três pratos diferentes desvendam mensagens sobre o consumo de peixe.
A casa-de-banho e a biblioteca reservam muitas surpresas. Duas delas são as
animações “As Aventuras do Vasco”, com os episódios “Cada Gota Conta” e
“Oceano de Plástico”. Na sala de energia em destaque estão as energias renováveis.
Já no Centro de Controlo dos Oceanos, o Vasco consegue monitorizar, através
de radares e câmaras, tudo o que se passa no mundo e no mar. Uma câmara
subaquática dirigível está instalada no Aquário Central, permitindo seguir os peixes
em tempo real.

Exposição “A Casa do Vasco”

Relatório de Sustentabilidade 2009 110


Website do Vasco para a proteção dos oceanos

O Vasco, mascote do Oceanário de Lisboa, comemorou, no Dia Mundial dos


Oceanos, o seu aniversário. Para assinalar esse dia especial, o Oceanário lançou
um novo website dirigido ao público infantil. O site do Vasco pode ser consultado
em www.vasco.oceanario.pt.  A imagem divertida do Vasco e do seu novo espaço
virtual são verdadeiros aliados no envolvimento das crianças na descoberta e na
proteção dos oceanos.

Integrado no site do Oceanário, o espaço virtual do Vasco tem um acesso fácil e


intuitivo e apresenta conteúdos didácticos e interativos, que demonstram como
é divertido descobrir os mistérios dos oceanos e compreender a importância da
sua conservação. Os pequenos internautas podem divertir-se com atividades
pedagógicas, desenhos, jogos, surpresas e dicas de conservação. Este site é
também destinado aos educadores, aos professores e aos pais que acompanham
a educação das crianças que o visitam.

Site do Vasco

111 Relatório de Sustentabilidade 2009


CD de música promove o equilíbrio com a natureza

Fruto de uma parceria entre o Oceanário de Lisboa e a EMI, o CD “O Vasco é


Boa Onda”, de conteúdo nacional inédito para crianças dos 4 aos 12 anos, inclui
onze temas dedicados aos oceanos e ao meio ambiente, fomentando um estilo de
vida saudável e em equilíbrio com a natureza. O CD é igualmente uma ferramenta
educativa em que as músicas cantadas pelo Vasco transmitem valores importantes,
em tom alegre, divertido e cheio de ritmo.

Novas espécies marinhas em exposição

A riqueza do universo de espécies marinhas presentes no Oceanário foi reforçada,


em 2009, com a introdução no aquário central de dois exemplares de raia viola-
-de-espinhos (Rhina ancylostoma), uma espécie exótica e emblemática, semelhante
a um tubarão, originária do Indo-Pacífico e que pode ser encontrada do Mar
Vermelho à África Oriental até à Papua Nova Guiné, e do Japão até à Austrália. De
difícil manutenção, a espécie enfrenta, a médio prazo, elevado risco de extinção,
existindo apenas um outro exemplar em exposição em toda a Europa.

O Oceanário de Lisboa recebeu, nos últimos cinco anos, cerca de 40 novas


espécies e dá hoje a conhecer aos visitantes 8000 animais e plantas divididos por
500 espécies diferentes.

Introdução da nova espécie de raia viola-de-espinhos no tanque central do Oceanário

Relatório de Sustentabilidade 2009 112


Educação Ambiental no Oceanário

Criado em 1999, o Programa de Educação do Oceanário, que promove o


conhecimento sobre a temática dos Oceanos, veio enriquecer e dinamizar a oferta
cultural e educacional do país. A sua vertente mais visível é o Atelier dos Oceanos
que consiste num conjunto de atividades lúdico-pedagógicas dirigido a um vasto
leque de públicos, que já contou, até ao final de 2009, com 359 mil participantes
nas atividades educativas

O Oceanário de Lisboa apresenta, para o ano letivo de 2009/2010, um Programa


de Educação com mais de 40 atividades adaptadas a diferentes objetivos e níveis
pedagógicos, entre visitas guiadas aos bastidores, palestras, workshops, concertos
para bebés e noites a dormir com tubarões, onde os visitantes são sempre os
protagonistas na missão de proteger os oceanos.

Das atividades dirigidas a crianças e famílias, grupos, professores e alunos do


pré-escolar ao secundário, destacam-se cinco sugestões inéditas: “Vila Natureza”
(Pré-escolar, 1.º e 2.º Ciclos), “Cinco Oceanos na Palma da Mão” (2.º Ciclo), “Planeta
Casa” (3.º Ciclo e Secundário), “Cadernos de Darwin” (Secundário e grupos) e “Na

Atividades do Programa Educativo

113 Relatório de Sustentabilidade 2009


Onda com o Vasco” (atividade para famílias), que convidam os visitantes a participar
ativamente na conservação da natureza. Ciências da Natureza e Biologia, Ecologia
e Conservação, Estudo do Meio, Genética e Biotecnologia, Geologia e Ciências da
Terra, História, Literatura e Matemática são as áreas de estudo abordadas em cada
programa, enquadradas em cada currículo escolar, e que convivem lado a lado
com os mistérios do Oceanário.

Participantes no Programa Educação


53 006
52 244

46 353
42 190
40 569

2005 2006 2007 2008 2009

Workshops para professores e educadores

Realizaram-se ao longo de 2009 no Oceanário de Lisboa vários workshops


especificamente dirigidos a professores e educadores, de todos os níveis de ensino,
desde o pré-escolar ao secundário, tendo como objetivo o aprofundamento dos
seus conhecimentos sobre as espécies em risco de extinção e as ameaças a que
estas estão sujeitas. Os programas realizados centraram-se nos seguintes temas:
“Pára, Escuta e Olha: Biodiversidade”, “Água – recurso para a vida” e “Planeta
Casa”. Estas ações dão a conhecer aos participantes, aliados na missão de educar
crianças e jovens para a conservação do ambiente, os diferentes ecossistemas
e o papel primordial de cada ser vivo no equilíbrio do planeta. A promoção de
debates sobre temas da atualidade fornece aos participantes ferramentas que
consciencializam para a necessidade de uma mudança de atitude face ao ambiente.

Relatório de Sustentabilidade 2009 114


A ação estimula ainda o interesse e a descoberta de conteúdos relacionados com
a natureza e com os oceanos, reforçando a importância da utilização sustentável
dos recursos naturais.

Oceanário obtém acreditação com entidade formadora

Em 2009 o Oceanário obteve a acreditação pela Direção Geral do Emprego e


das Relações de Trabalho como entidade formadora. Esta acreditação significa o
reconhecimento formal da capacidade técnico-pedagógica do Oceanáro de Lisboa
para desenvolver atividades no âmbito da formação profissional visando potenciar o
número de professores visitantes e abrir novas oportunidades na área da formação.

Vaivém renovado para levar os oceanos a todo o país

Inserido no âmbito do programa educativo, o projeto Vaivém pretende divulgar o


Oceanário e a sua missão. Visitando todo o território nacional, de norte a sul, do
litoral ao interior, o objetivo do Vaivém é chegar a toda a população, em especial,
aos que não têm possibilidade de visitar o Oceanário, alertando para a urgência da
preservação dos oceanos e das espécies marinhas que neles habitam.

O novo Vaivém

115 Relatório de Sustentabilidade 2009


O Vaivém promove, assim, a realização de experiências educativas, com uma forte
componente lúdica, que permitem dar a conhecer um pouco mais sobre a vida nos
oceanos e despertem o interesse para os problemas ambientais, aumentando a
consciência da importância do papel de cada um na sua conservação.

Desde que foi lançado, em junho de 2005, o Vaivém já recebeu 66.013 visitantes.
Em 2009, o Vaivém foi totalmente remodelado, tendo sido adquirido um novo veículo
com uma decoração renovada, tornando-o mais atractivo e facilmente identificável
como um veículo de educação ambiental.

Cartão SOS Oceano

O cartão SOS Oceano, produzido pelo Oceanário, divulga sugestões para um


oceano sustentável. Esta importante ferramenta de educação para o consumo
sustentável de peixe e marisco foi revista e atualizada em 2009, em parceria com o
IPIMAR, e continuou a ser distribuída pelo Oceanário nos seus diversos programas,
atividades e eventos lúdicos e pedagógicos.

Cartão SOS Oceano

Pesca Sustentável

O Oceanário foi convidado a participar num debate sobre Pesca Sustentável


no evento “Peixe em Lisboa”, realizado em abril, no Pavilhão de Portugal, sob
a organização da Associação de Turismo de Lisboa e da Câmara Municipal de
Lisboa. Colaborando, assim, na sensibilização dos visitantes para o consumo
sustentável de peixe e marisco, o Oceanário desenvolveu ainda um conjunto de

Relatório de Sustentabilidade 2009 116


atividades dirigidas ao público deste evento, integradas no âmbito do seu Projeto
de educação ambiental.

Dia Mundial da Criança dedicado à reciclagem

No âmbito das atividades desenvolvidas pelo Oceanário no Dia Mundial da


Criança, foi desenvolvida uma ação de educação ambiental, em colaboração com
a ERP Portugal - Associação Gestora de Resíduos de Equipamentos Elétricos e
Eletrónicos. Nesta ação sobre a reciclagem de resíduos de equipamentos elétricos
e eletrónicos foram realizadas sessões de educação ambiental dirigidas aos grupos
escolares, que abordaram os principais conceitos associados à reciclagem dos
“velhos amigos elétricos e eletrónicos”, nomeadamente o que são, onde devem ser
entregues e como são reciclados.

Revista “Educar para a Conservação dos Oceanos”

Dando continuidade ao projeto de edição online da revista “Educar para a


conservação dos Oceanos”, que pretende divulgar ações e informações na área
da proteção e conservação do património natural, foram publicados em 2009 três
novos números da revista, dirigidos aos professores e educadores participantes
nas atividades do Programa de Educação do Oceanário.

Revista Educar Para a Conservação dos Oceanos

117 Relatório de Sustentabilidade 2009


Oceanário colabora com Campanha Bandeira Azul

Tendo em comum a divulgação e


sensibilização ambiental no âmbito dos
Oceanos, o Oceanário de Lisboa e a
Campanha da Bandeira Azul uniram esforços
para contribuir para um planeta sustentável.
Pelo 4º ano consecutivo o Oceanário produziu
o cartaz para afixação em 226 Praias e 15
Marinas do país no verão de 2009, que
conteve informação dedicada à Bandeira
Azul, à problemática das alterações climáticas
e à promoção das energias renováveis.

Camapanha Bandeira Azul

Prémio para publicidade ambientalmente responsável

Prosseguindo o desempenho da sua missão de sensibilização para a conservação do


património natural, o Oceanário lançou em 2009 um concurso de ideias sustentáveis.
Em colaboração com o Clube de Criativos de Portugal, o Oceanário promoveu
a primeira edição do concurso de ideias “In-Par – Publicidade Ambientalmente
Responsável”, subordinado ao tema “Utilização do Transporte Público em Detrimento
do Veículo Privado”. Promover e projetar valores de conservação da natureza,
preservação e educação ambiental através da alteração de comportamentos é o
objetivo deste concurso de ideias dirigido a todos os profissionais de comunicação.
A campanha vencedora teve o desafio de conseguir levar os cidadãos a alterar os
seus comportamentos em prol de um planeta sustentável.

Relatório de Sustentabilidade 2009 118


Marco Martins e Rafael Pitanguy foram os vencedores da primeira edição do
concurso de ideias. O projeto da dupla de criativos da Fisher Portugal, sob o slogan
“Use sempre transportes públicos. Porque é natural viajar em grupo”, destacou-se
recorrendo a imagens de diversos animais que, independentemente da espécie, se
deslocam em grupo. A campanha vencedora recebeu um troféu e 3.500 euros e
esteve presente em anúncios de imprensa, spots televisivos e grandes ecrãs.

Anúncio In-Par

119 Relatório de Sustentabilidade 2009


GESTÃO DE ESPAÇOS E SERVIÇOS PARA EVENTOS

A atividade da Atlântico consiste na gestão, exploração e manutenção de espaços


adequados à realização de eventos, bem como no desenvolvimento de outras
atividades e ações acessórias ou complementares à realização de eventos.

No âmbito da sua atividade, a Atlântico tem sob sua responsabilidade a gestão


e exploração de dois equipamentos âncora da cidade de Lisboa — o Pavilhão
Atlântico e o Pavilhão de Portugal.

Nesses dois espaços a Atlântico acolheu em 2009 um conjunto de cerca de


151 eventos e 410 mil pessoas, que participaram em grandes espetáculos e
em importantes eventos empresariais. As caraterísticas das diferentes salas e
equipamentos e a preocupação da Atlântico em garantir que o conjunto de eventos
anual seja rico e variado, potenciaram a realização de um conjunto de eventos de
tipologias diversas, de forma a atender às expectativas dos diversos públicos.

Espetáculo no Pavilhão Atlântico

Relatório de Sustentabilidade 2009 120


O Pavilhão Atlântico

Um dos mais modernos e maiores pavilhões cobertos da Europa, o Pavilhão Atlântico,


pela sua dimensão, conforto, arquitetura, qualidade e versatilidade das instalações,
constitui um espaço único para acolher qualquer evento, proporcionando ao País,
em geral, e à cidade de Lisboa, em especial, uma sala de espetáculos de nível
internacional.

Composto por quatro grandes espaços integrados – a Sala Atlântico, a Sala Tejo, o
Centro de Negócios e a Sala Tratado de Lisboa –, o Pavilhão Atlântico é a solução
ideal para quem procura alugar um espaço flexível e de qualidade. Através da gestão
destes espaços, é possível acolher, de forma confortável e eficiente, a realização
de conferências, reuniões, ações de formação, feiras e congressos, além dos mais
conhecidos pelo público – os espetáculos.

O Pavilhão de Portugal

Junto à Doca dos Olivais, o Pavilhão de Portugal constitui um espaço emblemático


do Parque das Nações. Durante a Exposição Mundial de Lisboa de 1998 acolheu
a representação portuguesa e foi o local de acolhimento protocolar do estado
português. Atualmente, o Pavilhão de Portugal, pelas suas caraterísticas únicas de
arquitetura de referência, de localização privilegiada e de dimensão e versatilidade
das diversas salas interiores – Sala da Viagem, Sala do Pátio, Sala do Protocolo –,
constitui um espaço privilegiado para acolher eventos institucionais e culturais de
prestígio.

Oferta especializada de gestão de eventos

A Atlântico coloca ao dispor dos seus clientes as mais variadas tecnologias, assim
como a dedicação e o envolvimento das suas equipas técnicas na prestação de

121 Relatório de Sustentabilidade 2009


um conjunto de serviços especializados, de referência a nível nacional. Inclui-
-se nesta oferta: a gestão de público – que inclui o planeamento, a definição e a
coordenação com todas as áreas envolvidas; a assessoria técnica – disponibilizando
a configuração, a montagem da sala e a produção executiva; o rigging – que
compreende a suspensão e montagem de todo o equipamento necessário à
realização de eventos; e a segurança e controlo do tráfego nos eventos.

Grande diversidade de eventos

O Pavilhão Atlântico e o Pavilhão de Portugal acolheram ao longo de 2009 um


conjunto alargado de eventos e espetáculos destinados a diferentes público-alvo.
Mantendo a tradição que tem vindo a construir, a Atlântico acolheu um total de
151 eventos, dos quais 28 espetáculos, 94 eventos de natureza empresarial e
institucional e 5 eventos desportivos.

Eventos 2008 Eventos 2009

Eventos Empresariais Eventos Empresariais


e Institucionais e Institucionais
66% 62%

Espectáculos Espectáculos
20% 19% Eventos
Eventos Desportivos
Desportivos 3%
Outros Outros
3%
11% 16%

Relatório de Sustentabilidade 2009 122


Festas, concertos e family shows no Pavilhão Atlântico

No Pavilhão Atlântico, considerado como a principal sala de espetáculos no


mercado nacional de entretenimento, o ano de 2009 foi marcado pela realização
de grandes concertos na área da pop internacional de bandas e artistas como
Beyoncé, Il Divo, Elton John, Green Day, Muse e Depeche Mode. De salientar
também o ressurgimento de artistas que encantaram gerações passadas, como os
Eagles ou Leonard Cohen.

Com a chegada pela primeira vez a Portugal do conceito de festas temáticas para
grandes massas, o Pavilhão Atlântico acolheu também a realização do evento
“Sensation White”, que espalhou o seu glamour pela cidade, com cerca de 15 000
pessoas vestidas de branco, conferindo ao Pavilhão Atlântico o título de espaço de
eleição para os grandes eventos de dança indoor.

No ano de 2009, foi ainda possível oferecer um leque variado de eventos no âmbito
dos espetáculos destinados ao segmento de crianças e famílias. Tiveram lugar
várias sessões de qualidade e prestígio, sempre com uma grande adesão por parte
do público, fazendo parte da agenda de 2009 espetáculos como Disney on Ice, as
Winx e o musical Mamma Mia.

Espetáculos da Disney, Elton John e Anastacia

123 Relatório de Sustentabilidade 2009


Grandes acontecimentos desportivos

No âmbito dos eventos desportivos, merece destaque, pela qualidade das


organizações e pelo brilhantismo da participação dos atletas, a realização dos II
Jogos da Lusofonia, com o acolhimento no Pavilhão Atlântico da cerimónia de
abertura, e das provas de quatro modalidades desportivas.

Jogos da Lusofonia

Eventos de natureza empresarial e institucional

O ano de 2009 revelou-se bastante dinâmico também ao nível da concretização de


eventos de natureza privada. A Atlântico manteve a capacidade de acolher nos seus
espaços um conjunto alargado e diversificado de eventos de natureza institucional
e empresarial, como sejam congressos e reuniões, encontros de quadros, galas,
comemorações especiais de empresas, exposições, apresentações de produtos
e feiras. Destacaram-se em 2009, pela sua dimensão, natureza, organização e
número de participantes, a realização dos eventos “Novartis CVM Meeting 2009” e
“ACN Training Seminar”.

Relatório de Sustentabilidade 2009 124


Eventos empresariais no Pavilhão Atlântico

Atlântico recebe 410 mil pessoas

Sendo palco de importantes eventos, o Pavilhão Atlântico e o Pavilhão de Portugal


atraem anualmente milhares de pessoas. Em 2009, o número de pessoas que
passaram por estes dois espaços foi de 410 mil. Os espetadores nos eventos
abertos ao público em geral representaram 81% do total, enquanto os participantes
em eventos privados, cerca de 77 mil, corresponderam a 19% das visitas.

Público no Pavilhão Atlântico

125 Relatório de Sustentabilidade 2009


Preocupações ambientais na gestão de eventos

Porque a eficiência energética constitui desde sempre uma importante preocupação


para a Empresa, o Pavilhão Atlântico incorporou na sua conceção um conjunto de
técnicas de construção e tecnologias que o tornam um exemplo em termos de
racionalização energética. Pensado e projetado de acordo com estratégias efetivas
de poupança de energia, possui de raiz um conjunto de caraterísticas que o tornam
um edifício energeticamente eficiente, tendo recentemente obtido a certificação
com classificação de “A+” no âmbito do sistema nacional de certificação energética
e da qualidade do ar de edifícios.

Com estas caraterísticas e com uma manutenção exigente e rigorosa do equipamento


em cada evento, o impacte ambiental gerado pela realização de grandes eventos
no Pavilhão Atlântico é substancialmente reduzido.

Atlântico na gestão de novos espaços

Com base na experiência acumulada ao longo de mais de dez anos de atividade


de gestão e exploração de espaços para eventos, a Atlântico tem vindo a estudar
oportunidades para participar ou assumir a exploração de novos espaços, quer
no âmbito de projetos de renovação, requalificação ou revitalização de espaços
existentes, quer no desenvolvimento de novos espaços de raiz.

Neste contexto, em 2009, a Atlântico esteve envolvida em alguns projetos que


espera poderem vir a marcar positivamente os próximos anos da Sociedade:

▪▪ Pavilhão de Portugal – projeto de revitalização, elaborado em colaboração com


a Parque EXPO, com vista a desenvolver um novo programa de conteúdos
(exposições permanentes e temporárias) e respetivo modelo de exploração;
▪▪ Palácio de Cristal – projeto em consórcio com a AEP – Associação Empresarial
de Portugal, a Associação dos Amigos do Coliseu do Porto e a Parque Expo,
estando a Atlântico a prestar assessoria técnica especializada de apoio ao
projeto de conceção, perspetivando-se o seu envolvimneto também na sua
futura exploração.

Relatório de Sustentabilidade 2009 126


BILHÉTICA PARA EVENTOS E EXPOSIÇÕES

A Blueticket assume-se hoje como um dos principais operadores de bilhética do


mercado nacional, vendendo anualmente cerca de meio milhão de bilhetes para
espetáculos de todos os tipos (rock, dance music, musicais, música clássica,
eventos desportivos, teatro, exposições, entre outros) através do seu canal online
www.blueticket.pt e da sua rede de parceiros com dezenas de pontos de venda
espalhados pelo país.

Ao longo de 2009, a Blueticket, S.A. comprovou ser também o mais completo


parceiro integrado de gestão de ticketing para espaços culturais e promotores de
espetáculos, oferecendo um vasto leque de serviços de alta qualidade no apoio
a eventos, desde a gestão de venda, ao fornecimento e operação de soluções
e equipamentos de ticketing e sistemas de controlo de acessos, passando pela
consultoria e assistência técnica ou a produção de bilhetes.

A Blueticket tem como grande prioridade a qualidade e excelência dos seus serviços
no sentido de ser reconhecida como a marca de inovação e referência no setor
de ticketing. Para atingir o posicionamento ambicionado, a Blueticket tem como
principais eixos estratégicos de atuação:

▪▪ A gestão integrada de bilhética, com a disponibilização de uma oferta que cobre
toda a amplitude do processo desde a venda de bilhetes, a criação e configuração
de eventos, a gestão da rede de vendas multicanal, sistemas de controlo de
acessos e reporte financeiro e de gestão de todas as operações;
▪▪ A operação de bilhética para espetáculos, proporcionando ao público final uma
experiência simples, rápida e de confiança, assegurando um acesso fácil e multi-
canal, inovando permanentemente nos formatos de venda, de entrega e de
relação com o cliente.

O plano de desenvolvimento da atividade da Blueticket está, assim, centrado na


seguinte oferta de serviços e soluções:

127 Relatório de Sustentabilidade 2009


▪▪ Gestão de Venda — gestão integral do processo de venda de bilhetes: criação
e configuração de eventos, gestão da interação com a rede de vendas no que
respeita ao apoio técnico, financeiro e administrativo;
▪▪ Produção de Ticketing — produção de bilhetes standard e personalizados,
produção de acreditações e outros suportes de acesso a eventos;
▪▪ Assistência Técnica — serviços que integram os contratos base celebrados com
parceiros relativos a equipamento colocado em postos de venda ou de controlo
de acessos;
▪▪ Equipamentos de Ticketing — venda de soluções de ticketing através da
plataforma eTicketing. Incorpora quer os itens de hardware, quer os módulos
de software, desde a Conceção, passando pela venda, reporting e controlo de
acessos;
▪▪ Consultoria Técnica — serviços de aconselhamento na montagem de projetos
complexos que envolvam um grau de exigência elevado ao nível do planeamento
e coordenação operacional de grandes eventos.

Agenda Blueticket

Relatório de Sustentabilidade 2009 128


Bilhetes por telemóvel mais ecológicos

A plataforma tecnológica da Blueticket, através da qual são vendidos mais de


500 mil bilhetes por ano para eventos e exposições, disponibiliza aos utilizadores
um inovador sistema de venda de bilhetes via telemóvel – o serviço m-ticket.
Trata-se de uma nova tecnologia que permite ao público comprar bilhetes para
qualquer espectáculo e recebê-los de seguida no telemóvel, por SMS. Esta solução
apresenta grandes vantagens na ótica da sustentabilidade ambiental, possibilitando
a entrada nos espetáculos sem ser necessária a impressão de um bilhete físico.
Aliando comodidade a segurança, o m-ticket traduz uma importante poupança na
utilização de recursos naturais, permitindo que sejam reduzidas as impressões de
papel.

Site Blueticket

Serviço inovador “Print at Home”

No final de 2009 a Blueticket implementou outro serviço inovador - o “Print at Home”,


que permite a impressão de bilhetes a partir de casa, de forma cómoda e segura.

129 Relatório de Sustentabilidade 2009


Bilhetes com preocupações ambientais

Os bilhetes produzidos pela Blueticket utilizam tintas que respeitam as orientações


do compromisso voluntário proposto pela “European Council of the Paint, Printing
Ink and Artists’ Colours Industry” para o uso de matérias-primas que garantem
critérios de preservação do ambiente e da saúde humana. Os papéis térmicos
utilizados são produzidos de acordo com as diretrizes emitidas pelo “Product Safety
Group”, um grupo de segurança comum da “European Thermal Paper Association”
e da “Associação dos Fabricantes Europeus de Papel Autocopiador”, que garantem
igualmente o cumprimento de um conjunto de normas de proteção do consumidor
e do ambiente.

Grandes eventos e exposições com bilhetes Blueticket

O portfólio de clientes da Blueticket conta já com alguns dos mais reconhecidos


espaços de realização de eventos e exposições: Pavilhão Atlântico, Oceanário
de Lisboa, Autódromo Internacional do Algarve, Arena de Portimão, AçorArena,
Pavilhão Multiusos de Guimarães, Auditório Municipal de Portimão, Arena Dolce
Vita em Ovar, Fluviário de Mora, Europarque e Music Box.

O ano de 2009 foi marcado pelo desenvolvimento de um conjunto de esforços


comerciais, dos quais se destacam pela sua relevância: a adesão de novos espaços
às soluções de gestão integrada de processos de bilhética, com especial destaque
para os Parques de Sintra e o Teatro Mário Viegas; o fornecimento de soluções
globais de bilhética para eventos âncora ou de elevada visibilidade, em diversos
segmentos, como o Festival Panda, o Estoril Open, a prova do Campeonato do
Mundo de WTCC e o Grande Prémio de Históricos da Cidade do Porto; e a gestão
do processo de venda de grandes espetáculos, como são os dois concertos da
banda U2 e o evento Red Bull Air Race’09.

Como indicador da atividade, refira-se que, em 2009, a Blueticket garantiu os


serviços de bilhética a um total de 385 eventos, em que 57% dos bilhetes vendidos
pertenceram a eventos que se realizaram no Pavilhão Atlântico e 43% referentes

Relatório de Sustentabilidade 2009 130


a outros espaços. Dos 448 818 bilhetes vendidos, a maior parte, cerca de 38%,
foram referentes a concertos de música pop/rock e 24% a espetáculos infantis.

Espaço Nº de Eventos

Pavilhão Atlântico 33

MusicBox Lisboa 198

Teatro Estúdio Mário Viegas 74

Europarque 24

Auditório Municipal de Portimão 14

Centro de Congressos do Arade 14

Arena de Portimão 9

Autódromo Internacional do Algarve 5

Multiusos de Guimarães 4

Centro Cultural de Belém 3

Arena de Évora 2

Casa da Música 2

Circuito da Boavista 2

Parque Desportivo do Jamor 1

Total 385

Bilhetes vendidos por tipologia de eventos

Pop/Rock
24,14%
Infantil/Família

11,68% Feiras
37,81%
11,12% Desporto

Outros
15,25%

131 Relatório de Sustentabilidade 2009


MARINA DO PARQUE DAS NAÇÕES

Após um longo período de encerramento, a Marina do Parque das Nações reabriu


novamente ao público a 15 de agosto de 2009. Com novas funções e instalações
e uma estrutura e equipa renovadas, reiniciaram-se as atividades náuticas que
colocam ao serviço da navegação de recreio 602 novos postos de amarração,
oferecendo aos nautas um novo porto de recreio de alta qualidade, com uma oferta
diversificada de serviços.

A Marina do Parque das Nações apresenta-se, assim, como uma marina de cariz
urbano, típica de uma capital europeia, com uma infraestrutura moderna, onde foram
implementadas novidades tecnológicas que proporcionam uma maior segurança
e qualidade do serviço prestado. Salienta-se o inovador e pioneiro sistema de
comportas duplas, que garante a estabilidade das marés, evitando correntes e
assoreamentos, garantindo, assim, um porto seguro para as embarcações. O
cais de eventos e a ponte-cais estão preparados para acolherem a realização de
festivais náuticos e a acostagem de embarcações de grande porte, incluindo navios
de cruzeiros e embarcações históricas.

Marina do Parque das Nações dinamiza turismo náutico

Disponibilizando 602 postos de amarração para embarcações de recreio, um cais


de eventos, um cais de receção e posto de combustível, a Marina do Parque das
Nações assume-se como promotora do desenvolvimento da náutica de recreio e
do turismo náutico, tirando partido das condições naturais do estuário do Tejo e da
envolvente do Parque das Nações.

Pesca desportiva, aluguer de embarcações, escola de vela, remo e jetski, agências


de viagem, rent-a-car e charters de cruzeiro são ainda algumas das atividades e
serviços que vão poder ser disponibilizadas na Marina do Parque das Nações,
constituindo-se assim como pólo dinamizador das atividades náuticas, marítimo-
-turísticas, centro de lazer e equipamento emblemático do Parque das Nações.

Relatório de Sustentabilidade 2009 132


Marina do Parque das Nações

Clube Náutico

O Plano da Marina do Parque das Nações prevê ainda a construção de um edifício


que se destina a apoiar as atividades náuticas e aqueles que a elas se dedicam. Este
Clube Náutico localizar-se-á na zona da ponte-cais e será um espaço especialmente
dedicado à realização de eventos e encontros dos nautas, destinado aos sócios e
também à comunidade envolvente, vocacionado para a promoção da utilização
do estuário do Tejo. Tratar-se-á de uma área destinada ao lazer, ao estudo e ao
desenvolvimento dos desportos náuticos, e à promoção de atividades relacionadas
com o mar e com o rio Tejo.

133 Relatório de Sustentabilidade 2009


Escola de Vela

Dirigida ao público em geral, a escola de vela instalada na Marina do Parque das


Nações apresenta-se como um local de eleição para a aprendizagem e prática de
diversas atividades náuticas

O novo serviço disponibilizado na Marina do Parque das Nações, dirigido a vários


públicos, de diferentes classes etárias, tem como objetivo ensinar e aperfeiçoar
a prática do desporto da vela, bem como o desenvolvimento de técnicas de
competição. A par dos cursos de vela está também prevista a realização de provas
e eventos corporativos.

Escola de Vela na Marina do PArque das Nações

Marina recebe visita do veleiro Hulda

Lisboa foi a quinta cidade Europeia a ser visitada pelo veleiro Hulda, um veleiro
centenário que enquanto aposta da Comissão Europeia, veleja por vários portos
Europeus, divulgando uma exposição do artista Ilhan Koman (Edirne 1921 –
Estocolmo 1986), que fez deste veleiro a sua residência e atelier por um largo
período de tempo.

Relatório de Sustentabilidade 2009 134


Dinamizada pelo Pavilhão do Conhecimento, esta exposição atraiu à Marina Parque
das Nações um vasto número de pessoas, possibilitando aos alunos das áreas das
artes e ciências a apresentação de trabalhos em interatividade. O Festival Hulda,
que começou em março de 2009 e que no seu final, em novembro de 2010, terá
passado por Estocolmo, Amesterdão, Antuérpia, Bordéus, Lisboa, Barcelona,
Nápoles, Valetta, Salónica e Istambul, pretende representar e difundir a experiência
da vida a bordo, marcada pelo misticismo do universo marítimo.

Veleiro Hulda na Marina do Parque das Nações

135 Relatório de Sustentabilidade 2009


:07
COLABORADORES

Relatório de Sustentabilidade 2009 136


:07
COLABORADORES

A política de recursos humanos do Grupo Parque EXPO é definida em relação direta


com a estratégia global do Grupo no sentido de garantir a existência de um conjunto
de procedimentos que contribuam diretamente para a melhoria dos processos de
gestão de recursos humanos e pretende responder com eficiência e qualidade
às necessidades e exigências da atividade, existindo sempre a preocupação de
assegurar bons níveis de motivação, de desenvolvimento pessoal e profissional.

As políticas de recursos humanos adotadas são orientadas para a valorização do


indivíduo, para o fortalecimento da motivação e para o estímulo ao aumento da
produtividade dos colaboradores, num quadro de equilíbrio e rigoroso controlo dos
encargos que lhes estão associados, compatível com a dimensão da Empresa, e
para conceção e implementação de medidas de igualdade, tendentes a promover a
igualdade de tratamento e de oportunidades entre homens e mulheres e a permitir
a conciliação da vida pessoal, familiar e profissional.

Os colaboradores

O Grupo Parque EXPO contava, em 31 de dezembro de 2009, com 302


colaboradores, distribuídos entre as várias empresas do Grupo, de acordo com:

Nº DE COLABORADORES

137 Relatório de Sustentabilidade 2009


88% dos colaboradores desempenham a sua atividade em Lisboa, onde se situa a
sede da Parque EXPO e as restantes empresas do Grupo. Os restantes 12% dos
colaboradores encontram-se distribuídos entre a delegação do Norte e as regiões
do país e do estrangeiro onde a Parque EXPO se encontra a desenvolver Projetos.

COLABORADORES POR REGIÃO

Porto 4%

Setúbal 3%
Angola 0,3%
Argélia 0,3%
Lisboa 88%
Aveiro 2%

Faro 2%

A média etária dos colaboradores do Grupo Parque EXPO é de 41 anos. Tal como
verificado nos últimos anos, a maioria dos colaboradores pertence à faixa etária
entre os 36 e os 45 anos, logo seguida da faixa etária mais jovem, com idades até
aos 35 anos.

CARACTERIZAÇÃO ETÁRIA IDADE MÉDIA POR CATEGORIA

122

Administrador 52
96 Dir. Coordenador 62
Dir. Serviços 45
Téc. Coordenador 46
65
Téc. Senior 43
Técnico 37
Téc. Junior 30
Secretaria 48
19
Assistente/ 41
Administrativo
Auxiliar 49

Até 35 anos De 36 De 46 Mais de


a 45 anos a 55 anos 55 anos

Relatório de Sustentabilidade 2009 138


Cerca de 65% dos recursos humanos têm formação superior ao nível de
bacharelato e licenciatura, representando 25% os colaboradores com ensino
secundário completo. Salienta-se, também, a existência de colaboradores com o
grau de mestrado e de colaboradores em fase de doutoramento. Relativamente às
áreas de formação mantém-se uma diversidade de competências, destacando-se
na Parque EXPO as áreas de Arquitetura, Engenharia e Gestão e no Oceanário a
formação de base em Biologia.

HABILITAÇÕES ACADÉMICAS ÁREAS DE FORMAÇÂO ACADÉMICA

185 Marketing e
Comunicação Geografia
4% 5% Ambiente
4%
Direito
Engenharia 4%
23%

76 Economia
/Gestão
17%
30
11
Biologia
8%
Arquitetura
Ensino Ensino Ensino Ensino 22%
Básico Secundário Superior Superior Outros
Politécnico Universitário 13%

Igualdade de oportunidades

A política de gestão de recursos humanos do Grupo Parque EXPO adota os princípios


de igualdade de oportunidades aplicados a todos os aspetos da vida laboral e que
correspondem a uma atitude de tratamento igualitário e de não-discriminação em
matérias como o recrutamento e seleção de recursos humanos, política salarial,
progressão na carreira e todos os demais aspetos inerentes à relação de trabalho.

139 Relatório de Sustentabilidade 2009


O equilíbrio verificado nos anos anteriores no que diz respeito à distribuição dos
colaboradores por género continuou a verificar-se, registando-se em 2009 uma
percentagem de 47,7% de mulheres e de 52,3% de homens.

DISTRIBUIÇÃO DE COLABORADORES POR GÉNERO


2007 2008 2009

Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres


51,4% 48,6% 52,6% 47,4% 52,3% 47,7%

O Grupo Parque EXPO não restringe o acesso das mulheres a quaisquer cargos ou
categorias e a política salarial não discriminação entre géneros. Apresenta-se nas
figuras seguintes a comparação do número de colaboradores e das remunerações
entre homens e mulheres para cada uma das categorias profissionais.

Categoria Diferença Vencimento Médio


Mulheres vs. Homens
Diretores Coordenadores -16%
Diretores de Serviços -1%
Técnicos Coordenadores -8%
Técnicos Séniores -12%
Técnicos 3%
Administrativos 13%

Relatório de Sustentabilidade 2009 140


Nº DE HOMENS E MULHERES POR CATEGORIA

Assistente Administrativo 21 16
Secretaria 14
Téc. Junior 3 5
Técnico 54 68
Téc. Senior 38 32
Téc. Coordenador 18 6
Dir. Serviços 13 1
Dir. Coordenador 5 1
Administrador 8 41Homens

Mulheres

Grupo Parque EXPO integra colaborador portador de deficiência

Na sequência do protocolo de colaboração com a Escola de Produção e Formação


Profissional da Liga Portuguesa de Deficientes Mentais, o Oceanário integra desde
2008 nos quadros permanentes da Empresa um jovem com deficiência mental.

Relações laborais

Relativamente à política de condições contratuais praticadas no Grupo, refira-se


que a grande maioria dos colaboradores do Grupo Parque EXPO são trabalhadores
efetivos. No final de 2009, à semelhança dos anos anteriores, a percentagem de
efetivos era de 76% e de contratos a termo de 9%.

141 Relatório de Sustentabilidade 2009


Nº DE COLABORADORES POR TIPO DE CONTRATO

É política do Grupo Parque EXPO, relativamente ao tipo de horário a cumprir pelos


seus colaboradores, privilegiar, sempre que as funções o justifiquem, a aplicação do
regime de isenção de horário de trabalho. O número de colaboradores com isenção
de horário correspondia, no final de 2009, a 83% do total dos recursos humanos
do Grupo. Saliente-se que, quadrimestralmente, o regime de isenção de horário
de trabalho é reavaliado, implicando uma análise individual de todas as situações
existentes.

Nº COLABORADORES POR TIPO DE HORÁRIO

250
244
220

Horário normal Fixo

69 Isenção de Horário de Trabalho


63
52

2007 2008 2009

O nível de antiguidade dos colaboradores tem vindo a aumentar, verificando-se


uma maioria de colaboradores com nível de antiguidade superior a seis anos.

Relatório de Sustentabilidade 2009 142


Nº COLABORADORES POR NIVEL DE ANTIGUIDADE

28 26 34 Mais de 15 anos
15 31
45 Entre 11 e 15 anos
24
24 54
Entre 6 e 10 anos
125
107 88 Entre 2 e 5 anos

Entre 1 e 2 anos
87 76 81

5 11 14 Até 1 ano

2007 2008 2009

Refira-se que, no que respeita à política remuneratória, a Organização não tem


colaboradores remunerados com base no salário mínimo nacional. Em termos
comparativos globais, o salário mais baixo praticado na tabela salarial do Grupo,
corresponde a um coeficiente de 1,68 do salário mínimo nacional.

Rotatividade, acolhimento e integração

Tendo em conta a transição de algumas atividades entre empresas, a conclusão de


alguns projetos, a constante adequação de perfis profissionais e a integração de
novos projetos, no ano de 2009, cessaram funções no Grupo 38 colaboradores,
tendo sido admitidas 51 pessoas.

Das 38 saídas do Grupo Parque EXPO, em 2009, importa salientar que 29%
justificaram-se com a transição de colaboradores para outras sociedades do
Grupo, 24% corresponderam a caducidade de contratos a termo relacionados
com a conclusão de Projetos específicos e 26% reportaram a mútuos acordos,
considerando-se as restantes 21% saídas voluntárias e cessação de requisições.

No que concerne às admissões para a Parque EXPO, durante o ano de 2009,


saliente-se que quase 90% justificaram-se com o reforço das equipas de Prospeção

143 Relatório de Sustentabilidade 2009


e Conceção e de Gestão de Projetos. Relativamente às admissões para as empresas
Parque Expo — Gestão Urbana do Parque das Nações e Parque Expo — Imobiliária
a totalidade das admissões resultaram de transições de colaboradores de outras
empresas do Grupo.

Admissões Demissões
Parque EXPO 27 24
Parque Expo Gestão Urbana 9 2
Parque Expo Imobiliária 3 0
Oceanário 7 8
Atlântico 2 3
Blueticket 1 0
Marina 2 1
Total 51 38

Admissões Homens Mulheres


Até 35 anos 22% 27%
De 36 a 45 anos 6% 12%
De 46 a 55 anos 22% 12%
Mais de 55 anos 2% 0%
Total Admissões 49% 51%

Demissões
Até 35 anos 11% 21%
De 36 a 45 anos 8% 11%
De 46 a 55 anos 21% 13%
Mais de 55 anos 13% 3%
Total Demissões 53% 47%

Relatório de Sustentabilidade 2009 144


Os novos colaboradores admitidos participam em programas de acolhimento,
cujo principal objetivo visa contribuir para a sua fácil e rápida integração. Estes
programas, com a duração de dois dias, incluem a visita e apresentação de todas as
áreas das empresas do Grupo, seguida de um almoço de acolhimento e uma visita
ao Parque das Nações. Em 2009, realizaram-se dois programas de acolhimento
com a participação de cerca de 41 novos colaboradores

Valorização e desenvolvimento de competências

A formação é parte integrante da política de recursos humanos do Grupo Parque


EXPO e tem como principal objetivo a constante atualização profissional por parte
de todos os colaboradores, bem como a aprendizagem de novos processos de
trabalho, por forma a permitir a melhoria contínua da qualidade do trabalho e a
aquisição das competências necessárias para exercer tarefas mais qualificadas e
exigentes.

Em 2009, foram lecionadas, aproximadamente, 12 369 horas de formação,


correspondendo a uma média de 41 horas de formação por colaborador. Apesar
de se ter registado uma ligeira redução nas despesas com formação, na ordem
dos 2,5 % relativamente ao ano anterior, o número de horas de formação tem
registado uma evolução crescente ao longo dos últimos anos, nomeadamente no
que respeita ao número de horas de formação proporcionadas a título do programa
bolsas de Estudo. Verificou-se um incremento de cerca de 54% relativamente a
2008.

145 Relatório de Sustentabilidade 2009


FORMAÇÃO PROFISSIONAL

71 375 69 656

54 553

12 368 2007
8 045
5 364 2008
895 988 1.293
2009

Nº Participantes Nº Horas Despesas Formação (€)

Categoria Nº Horas Média Horas/Colaborador


Dir. Servicos 203 14
Dir. Coordenador 2 1
Téc. Coordenador 587 24
Téc. Sénior 3 033 43
Técnico 7 594 62
Téc. Junior 181 23
Assistente/Administrativo 311 8
Secretária 178 13
Outros 282 28
Total 12 369 41

Relatório de Sustentabilidade 2009 146


As necessidades de formação foram identificadas pelas hierarquias durante o
processo de avaliação de desempenho dos colaboradores. Da análise destas
necessidades, resultou o Plano Global de Formação abrangendo as ações de
caráter geral / transversal, as ações enquadradas no âmbito do conhecimento
dos princípios e a formação em novas tecnologias e novas disposições legais. A
formação do Grupo Parque EXPO integra ainda a frequência de ações de formação
específica das empresas, designadamente participação em seminários, congressos
e conferências. Apresentam-se, de seguida, algumas das áreas de formação
relevantes que integraram, em 2009, o plano de formação do Grupo Parque EXPO.

Arquitetura Organização de eventos


Desenvolvimento regional Gestão e conservação de animais
Urbanismo Alterações Climáticas
Reabilitação urbana Marketing
Planeamento do território Informática
Mobilidade Sistema de Gestão de Qualidade e Ambiente
Contratação pública
Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho
Sistema de Normalização Contabilística

O impacte que as diferentes ações de formação têm no desempenho dos


colaboradores é avaliado internamente, através da utilização do indicador “Impacte
da Formação”. O acompanhamento do desempenho deste indicador encontra-
se integrado no sistema de gestão da qualidade da Parque EXPO. Os resultados
alcançados em 2009 foram bastantes positivos, tendo registado um valor médio
acumulado de 51,5 pontos, face à meta inicialmente prevista de 40 pontos.

147 Relatório de Sustentabilidade 2009


Gestão de carreiras

O Grupo Parque EXPO conta nos seus quadros com um amplo conjunto
pluridisciplinar de profissionais experientes, detentores de todas as competências
e valências necessárias ao desenvolvimento integrado dos projetos que concebe
e das intervenções que gere, alavancando, por via da constituição de equipas de
projeto, o capital humano individual de cada um, na certeza de que o todo é, assim,
maior que a soma dos contributos de cada um.
O Grupo Parque EXPO proporciona as condições de trabalho adequadas a cada
colaborador, promovendo a sua formação e progressão na carreira, apoiando
a mobilidade e diversidade de experiências profissionais e fomentando o
desenvolvimento de aptidões/interesses pessoais, de modo a maximizar, por via do
seu activo humano, a competência e qualidade que confere aos projetos em que
se envolve.

Neste âmbito, ao longo de 2009, foram promovidos no Grupo 29 colaboradores,


incluindo reclassificações de categoria e alterações das condições salariais.

De forma a acompanhar e gerir a carreira dos seus colaboradores, a Parque EXPO


dispõe dos seguintes instrumentos:

▪▪ Manual de Funções — Encontram-se descritas neste documento as funções


atribuídas a todas as unidades organizativas, bem como os requisitos necessários
para o desempenho de cada função.
▪▪ Espaço Formação — Desenvolvido na Intranet do Grupo, o Espaço Formação
tem como principais objetivos: manter atualizada a base de dados de conteúdos
de formação, disponível a todos os colaboradores; informar diariamente todos
os colaboradores das Ações de Formação/Seminários externos, com impacte
na atividade da Empresa; divulgar o Plano Anual de Formação, bem como os
indicadores que monitorizam o Processo de Formação.
▪▪ Sistema de Avaliação e Desenvolvimento — Este instrumento de gestão orienta

Relatório de Sustentabilidade 2009 148


todos os colaboradores para a partilha dos objetivos da Empresa, promovendo
um sistema de comunicação interactivo. Este sistema tem como objetivos:
harmonizar os objetivos individuais com os objetivos empresariais; melhorar a
comunicação entre chefias e colaboradores; assegurar um balanço periódico
da atividade, que proporcione adequado feedback ao colaborador; proporcionar
um diálogo aprofundado sobre o modo de funcionamento mais ajustado à
consecução dos objetivos; determinar as necessidades de formação, visando
a elaboração de um plano de formação que integra necessidades individuais e
organizacionais.

Faz parte dos objetivos definidos no âmbito do sistema de gestão da qualidade


da Parque EXPO a fixação de uma meta para a média global de avaliação de
desempenho, a atingir pelo conjunto dos colaboradores. Definiu-se como objetivo
para 2009 que a aplicação deste sistema resultasse numa média global da Empresa
igual ou superior a 3,5, considerando uma escala de 1 a 5. A média final da avaliação
de desempenho da Parque EXPO, realizada em 2009, foi de 3,98.

Segurança, saúde e bem-estar

A segurança e saúde no trabalho constituem um requisito essencial na atuação do


Grupo Parque EXPO. Durante o ano de 2009 realizaram-se 14 ações de formação
sobre higiene, saúde e segurança do trabalho, que abrangeram a totalidade dos
colaboradores, com 381 participantes. Foi ainda constituída, em 2009, uma nova
bolsa de socorristas.
O número de acidentes de trabalho e os inerentes dias perdidos de trabalho
encontram-se apresentados no quadro seguinte.

2007 2008 2009


Nº Acidentes 23 7 18
Nº Dias de Trabalho Perdidos 111 142 183

149 Relatório de Sustentabilidade 2009


Em 2009, as principais causas do absentismo dos colaboradores estiveram
relacionadas com motivos de doença (47%) e com o usufruto de licenças de
maternidade/paternidade (37%).

Causa Horas %
Doença 11 744 2,0%
Maternidade / Paternidade 9 208 1,5%
Acidente de Trabalho 1 424 0,2%
Assistência à Família 1 280 0,2%
Luto 432 0,1%
Casamento 360 0,1%
Outras Justificadas 268 0,0%
Exames 64 0,0%
Falta Injustificada 24 0,0%
Total 24 804 4,1%

O Grupo Parque EXPO oferece a todos os seus colaboradores um serviço integrado


de saúde, quer no âmbito de medicina no trabalho, quer de medicina preventiva. Este
serviço permite atuar na prevenção, educação, aconselhamento e controlo do risco
de doenças graves. A Organização dispõe para o efeito de posto médico próprio,
onde se realizam as consultas médicas semanais, e mantém com a Administração
Regional de Saúde um protocolo que lhe permite oferecer aos colaboradores um
sistema de acompanhamento médico devidamente homologado.

No âmbito da medicina no trabalho, realizam-se periodicamente consultas e exames


auxiliares de diagnóstico. Em 2009, realizou-se um total de 327 exames médicos.

Relatório de Sustentabilidade 2009 150


2007 2008 2009
Exames periódicos 221 131 78
Exames ocasionais 539 353 209

Exames de admissão 32 35 40
Total 792 519 327

A todos os colaboradores efetivos do Grupo Parque EXPO é também garantido um


seguro de saúde que abrange, além do próprio colaborador, o respetivo agregado
familiar. Os colaboradores efetivos dispõem ainda de um seguro de vida com
cobertura de morte e invalidez permanente ou temporária. No ano de 2009 os
custos dos seguros de saúde e vida cifraram-se em 385 mil euros.

Como resultado da preocupação sobre a saúde dos colaboradores, o Grupo Parque


EXPO despende anualmente uma verba significativa na prevenção de doenças e
acidentes profissionais. Assim, em 2009, o total de encargos com Segurança,
Higiene e Saúde no trabalho foi de 20 mil euros.

Seguindo as indicações da Direção Geral de Saúde, o Grupo Parque EXPO,


elaborou, em 2009, um plano de intervenção para fazer face ao cenário de pandemia
de Gripe A. Neste contexto, foram tomadas um conjunto de medidas:

▪▪ Foi criado um Grupo de Trabalho que reunia periodicamente, reportando à


Comissão Executiva da Parque EXPO todas as decisões e ocorrências relativas
à Pandemia;
▪▪ Foram criados, aprovados e implementados Planos de Contingência para todas
as empresas do Grupo que incluíam a designação de uma equipa operativa de
acompanhamento, medidas e procedimentos operacionais específicos, Plano de
substituição de RH e Plano de comunicação.
▪▪ Foram efetuadas sessões de esclarecimento / divulgação sobre a Gripe A, em
todas as empresas do Grupo.

151 Relatório de Sustentabilidade 2009


Massagens ao final do dia

Procurando contribuir para uma melhor qualidade de vida e saúde, o Grupo Parque
EXPO oferece aos seus colaboradores um programa gratuito de massagens, que
proporciona momentos de descontração, disponível a todos os colaboradores,
depois de um dia de trabalho intenso e exigente.

Fruta para começar bem a semana

A pensar na saúde e bem-estar dos seus colaboradores e de forma a incentivar a


adoção de hábitos de vida saudável, a Parque EXPO e a Atlântico, adotando uma
iniciativa inovadora, oferecem, num dos dias da semana, fruta fresca a todos os
colaboradores, proporcionando, assim, um lanche saudável, nutritivo e energético
a meio do dia de trabalho.

Parque EXPO Sport Club

Com o objetivo de valorizar as relações existentes entre os colaboradores, de


fomentar o espírito de equipa e de promover a saúde e bem-estar de todos, o Grupo
Parque EXPO, no âmbito das suas políticas de responsabilidade social, iniciou em

Equipa de futebol do Parque EXPO Sport Club

Relatório de Sustentabilidade 2009 152


2008 o seu apoio à prática desportiva dos colaboradores. Nasceu, assim, o Parque
EXPO Sport Club, cujas atividades desportivas são participadas e patrocinadas
por todas as empresas do Grupo. Em 2009, o Parque EXPO Sport Club iniciou
a sua aventura no desporto inter-empresas ao participar na Liga Eusébio Fut7
2009/2010, iniciativa que promove a competição entre diferentes empresas do
mercado nacional, permitindo o convívio, a troca de sinergias e a construção de
espírito de equipa entre os participantes.

Ginástica à hora de almoço

Inserida no conjunto de iniciativas que o Grupo Parque EXPO tem vindo a


implementar tendo em vista a promoção de hábitos de vida saudáveis junto dos
seus colaboradores, iniciou-se em 2009 uma nova atividade – “Ginástica à hora de
almoço” – que oferece aos colaboradores a possibilidade de praticarem exercício
físico regularmente, durante a sua hora de almoço. Para tal é disponibilizado um
dos espaços do Pavilhão Atlântico e garantida a monitorização por um profissional
de educação física. Constituindo-se como uma atividade promotora de saúde e
bem-estar, e que valoriza o bom relacionamento e o espírito de equipa no seio do
Grupo Parque EXPO, esta iniciativa pretende contribuir para a redução dos níveis
de stress e absentismo e para a melhor conciliação da vida pessoal e profissional.

Colaboradores participantes na iniciativa “Ginástica à hora de almoço”

153 Relatório de Sustentabilidade 2009


De bicicleta no Parque das Nações

A aquisição, realizada em junho de 2009, de uma pequena frota de bicicletas que


estão permanentemente disponíveis para utilização de todos os colaboradores
visa contribuir para a melhoria das condições de mobilidade dos colaboradores
e para a diminuição dos impactes ambientais associados às suas deslocações,
promovendo-se, simultaneamente, a adoção de hábitos de vida saudáveis.

Pretende-se desta forma promover, entre todos os colaboradores, e todos quantos


se deslocam às instalações da Parque EXPO, a utilização de meios de transportes
sustentáveis e amigos do ambiente, bem como fomentar a utilização da bicicleta
no âmbito da prática desportiva, como fator promotor de saúde e bem-estar,
beneficiando da localização privilegiada do Parque das Nações para a prática deste
tipo de atividade.

Evento de lançamento da nova frota de bicicletas

Relatório de Sustentabilidade 2009 154


Compatibilização da vida profissional, pessoal e familiar

Bolsas de Estudo

O programa “Bolsas de Estudo” tem como objetivo primordial proporcionar aos


colaboradores do Grupo Parque EXPO a possibilidade de adquirirem ou reforçarem
competências nas respetivas áreas de desempenho profissional. Para tal, é atribuída,
no âmbito do programa, uma comparticipação financeira de apoio à inscrição e/ou
frequência de cursos de valorização académica e profissional.

Tendo em conta as várias candidaturas apresentadas por colaboradores interessados


na frequência de cursos universitários, o Grupo Parque EXPO atribuiu, em 2009, 8
Bolsas de Estudo, que integraram desde a formação profissional até à realização
de licenciaturas, pós-graduações e mestrados. Salientam-se as principais áreas de
formação incluídas no programa Bolsas de Estudo: Licenciatura Direito; Licenciatura
em Solicitadoria; Pós Graduação em Gestão Fiscal das Organizações; Mestrado
Gestão do Território e Urbanismo; Pós Graduação em Gestão de RH e Benefícios
Fiscais; Pós Graduação em Segurança e Higiene do Trabalho; Doutoramento em
Engenharia Electrotécnica; Licenciatura em Gestão Empresas.

Subsídio a famílias numerosas

No âmbito das políticas de responsabilidade social, o Grupo Parque EXPO instituiu


a atribuição de um subsídio destinado aos colaboradores com famílias numerosas.
Este subsídio é atribuído mensalmente a todos os colaboradores com mais de dois
filhos e com salário inferior ao salário médio praticado no Grupo.

155 Relatório de Sustentabilidade 2009


Condições especiais para creche para os filhos dos colaboradores do
Oceanário

De forma a compatibilizar a vida pessoal com a vida profissional dos colaboradores


do Oceanário, procurando proporcionar um mais fácil acesso dos seus filhos a
uma creche de qualidade e próxima do local de trabalho, foram criadas condições
especiais, estabelecendo-se uma parceria com um colégio no Parque das Nações
e instituindo-se a concessão de apoios financeiros aos colaboradores com menores
salários.

Participação e envolvimento

Sessões ao final da tarde no EXPO LOUNGE

O Expo Lounge é um espaço onde, quinzenalmente, ao final da tarde, decorrem


apresentações realizadas quer por colaboradores internos, quer por oradores
externos. O objetivo destes encontros é a apresentação de novos projetos
e de novas temáticas de interesse comum a todos os colaboradores. Incluem-
se, também, pontualmente, sessões de caráter lúdico no âmbito das ações de
motivação e envolvimento dos colaboradores.

Neste âmbito, no ano de 2009 foram tratados os seguintes temas:


▪▪ Ria de Aveiro – Intervenção de Requalificação e Valorização
▪▪ Fátima 2017
▪▪ Frente Ribeirinha de Faro
▪▪ Alcácer
▪▪ Mafra – Plano Diretor
▪▪ Vale da Telha
▪▪ Taparura – Plano Diretor
▪▪ Os Caminhos de Sintra
▪▪ PDAU – Plano Diretor de Ordenamento e Urbanismo
▪▪ Oliveira de Azeméis
▪▪ Projetos das 3 Escolas

Relatório de Sustentabilidade 2009 156


▪▪ Efeito da Contaminação Positiva no Urbanismo
▪▪ Projeto de Expansão do Oceanário de Lisboa
▪▪ Participação portuguesa na Expo 2010 Xangai
▪▪ BlueTicket – o negócio de ticketing
▪▪ Inquérito de satisfação do Parque das Nações
▪▪ Gestão de Recursos Humanos - Avaliação de Desempenho
▪▪ Adesão ao United Nations Global Compact
▪▪ Iniciação ao Bridge
▪▪ 1º Concurso de Fotografia do Grupo Parque EXPO – Entrega de Prémios

Sessão de apresentação feita por colaboradores ao final da tarde no Expo Lounge

Coleção EXPOENTES

A coleção EXPOentes nasceu em 2006, com periodicidade semestral, com o


objetivo de publicar trabalhos académicos desenvolvidos por jovens colaboradores
do Grupo Parque EXPO no âmbito das suas áreas de especialização. Tendo sido
publicados 6 títulos até ao final de 2008, em 2009, esgotadas as dissertações
académicas, alargou-se o seu universo a outros autores e outros tipos de trabalhos.

157 Relatório de Sustentabilidade 2009


Assim, no primeiro semestre a coleção apresentou o trabalho realizado pela Direção
de Prospeção e Conceção da Parque EXPO para a valorização urbana da cidade de
Fátima, com vista às comemorações do centenário das Aparições, em 2017. Com
o oitavo volume, publicado em dezembro de 2009, os EXPOentes deram um passo
para o exterior do universo Parque EXPO, apresentando o trabalho realizado pelo
CESUR (IST) sobre a experiência dos Projetos Polis no domínio do Desenvolvimento
Urbano Sustentável.

Esta coleção torna-se, assim, uma


oportunidade para os autores verem
reconhecido o seu mérito e mais
uma forma de o Grupo Parque EXPO
divulgar o capital de conhecimento
que constitui parte do importante
património de saber e competência
do Grupo, colocando-o ao serviço da
comunidade, em especial de todos
quantos estudam ou trabalham nas
Coleção de publicações EXPOentes áreas do Urbanismo, Planeamento e
Desenvolvimento Urbano Sustentável.

Títulos Autores
1 Os Espaços Públicos da Exposição do Mundo Português Aquilino Machado
e da EXPO’98
2 Cidade Portuária, o Porto e as suas constantes Mutações F.João Guimarães
3 Novos Edifícios – um impacte ambiental adverso Pedro Bento
4 O Programa Polis e a Componente Ambiental Susana Barros Ferreira
– três abordagens de integração
5 Reabilitação Urbana – experiências precursoras em Lisboa Andreia Magalhães
6 O Espaço Sonoro e as suas Topologias Mohammed Boubezari
7 Fátima 2017 – ação integrada de valorização urbana Direção de Conceção e Prospeção da
Parque EXPO
8 Métodos e Técnicas para o Desenvolv. Urbano Sustentável CESUR

Relatório de Sustentabilidade 2009 158


Concurso de fotografia do Grupo Parque EXPO

Visando dinamizar iniciativas de caráter cultural e fomentar a participação, o


envolvimento e a partilha de interesses entre os colaboradores, num contexto lúdico-
cultural, permitindo reforçar o bom relacionamento e o espírito de equipa, o Grupo
Parque EXPO realizou, entre maio e julho de 2009, o 1º Concurso de Fotografia
dirigido aos seus colaboradores. O concurso abrangeu quatro temas relacionados
com as diferentes atividades do Grupo: Paisagem Urbana, Natureza, Pessoas e
Tema Livre. As fotografias estiveram expostas na intranet e foram submetidas ao
veredicto de todos colaboradores, que votaram nas suas fotos preferidas. No final
do concurso foram eleitos quatro vencedores, um de cada categoria, e foi realizada
um exposição itinerante com as 20 fotografias mais votadas, que esteve patente no
átrio do edifício sede da Parque EXPO e no Pavilhão Atlântico.

Concurso de fotografia (4 fotos vencedoras)

159 Relatório de Sustentabilidade 2009


:08
DESEMPENHO AMBIENTAL

Relatório de Sustentabilidade 2009 160


:08
DESEMPENHO AMBIENTAL

Em ordem a consolidar e reforçar a sua cultura de sustentabilidade empresarial, o


Grupo Parque EXPO, reconhecendo a dimensão e influência das suas atividades em
matéria ambiental, assume um compromisso de atuação responsável, procurando
através da sua visão e política ambiental promover uma gestão ecoeficiente que
vise a minimização dos impactes ambientais decorrentes das suas atividades,
através da utilização sustentável dos recursos, da prevenção da poluição e da
aplicação das melhores práticas de gestão ambiental. Cumulativamente, constitui
elemento importante da política do Grupo a sensibilização de clientes, fornecedores
e parceiros para a adoção de uma conduta ambiental que assuma os princípios de
defesa e proteção do meio ambiente.

Estas linhas de orientação encontram-se integradas nos processos de gestão,


através da implementação de procedimentos específicos para os vários descritores
ambientais, na avaliação regular do desempenho ambiental e na promoção,
junto de todas as partes interessadas, dos valores e princípios ambientais. Neste
capítulo identificam-se os principais impactes ambientais e medidas de empenho
desenvolvidas tendo em vista a melhoria do desempenho ambiental do Grupo.

Novo Sistema de Gestão Ambiental

Em 2009 desenvolveu-se o processo de implementação do novo Sistema de


Gestão Ambiental na Parque EXPO, que culminou, em janeiro de 2010, com a sua
certificação de acordo com os referenciais internacionais ISO 14001. Este Sistema
de Gestão Ambiental vem, assim, integrar e complementar o Sistema de Gestão da
Qualidade já adotado no âmbito da “Prospeção, Conceção e Gestão de Projetos
de Renovação Urbana e Requalificação Ambiental”. O processo determinou
a constituição de um grupo de trabalho multidisciplinar, a fim de assegurar o
estabelecimento, a implementação e a posterior manutenção do Sistema de
Gestão Ambiental. Para tanto, foram envolvidas as várias áreas da Organização,
cuja colaboração foi determinante para a definição e desenho do sistema. A
importância deste novo modelo de gestão ambiental virá reforçar no futuro o melhor
desempenho ambiental das várias atividades desenvolvidas pela Empresa.

161 Relatório de Sustentabilidade 2009


Refira-se também a este nível que o Oceanário tem o seu Sistema de Gestão
Ambiental já implementado e certificado desde 2003, encontrando-se devidamente
integrado no Sistema de Gestão da Qualidade. Este Sistema integrado é aplicado
às atividades de conceção e manutenção de exposições e atividades recreativas,
educativas e comerciais associadas. Tal permite uma abordagem integrada e
sistematizada da gestão, a partir da qual é fixado o cumprimento de objetivos e
dos referenciais normativos de certificação, bem como a inovação e a melhoria do
desempenho. O Sistema de Gestão Ambiental encontra-se igualmente verificado
de acordo com o Registo EMAS — Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria.
Este Sistema constitui-se como um veículo essencial da comunicação dos
compromissos da Empresa com a comunidade, no que respeita à ecoeficiência da
gestão, à prevenção da poluição e à utilização racional dos recursos naturais.

Gestão Ecoeficiente

O Grupo Parque EXPO tem vindo a conceber e a investir em equipamentos e


soluções técnicas destinados a reduzir o impacte ambiental das suas atividades.
O ano de 2009 pautou-se pela racionalização e estabilização dos seus consumos
de água e energia, resultado de uma manutenção rigorosa dos equipamentos, dos
investimentos realizados ao longo dos últimos anos e do esforço dos colaboradores
da empresa. Segue-se a apresentação dos indicadores referentes a cada descritor
ambiental.

Energia

Em 2009, o total de energia consumida nas instalações do Grupo Parque EXPO


foi de 23 588 MWh, registando uma variação global de 1% face ao ano anterior.
Este ligeiro acréscimo resulta do aumento dos consumos verificados no Pavilhão
Atlântico e nas atividades de gestão urbana do Parque das Nações, compensados,
em parte, por reduções conseguidas na gestão do Oceanário e nos escritórios da
Parque EXPO.

Relatório de Sustentabilidade 2009 162


A política de gestão eficiente dos recursos tem vindo, no entanto, a permitir alcançar
uma evolução gradual decrescente do consumo de energia. A evolução dos
consumos nos últimos três anos reflete as políticas e as medidas implementadas
com vista à racionalização e melhor eficiência na gestão das instalações e
equipamentos. Os resultados alcançados demonstram uma redução progressiva
contínua, com uma estabilização em 2009, que reflete níveis de consumo energético
em 2009 cerca de 6% inferiores aos registados em 2006.

CONSUMO DE ENERGIA (MWh)

25 105 24 632
23 402 23 588

2006 2007 2008 2009

A energia consumida reparte-se entre energia elétrica e energia térmica. O


consumo de energia elétrica representa cerca de 69% do consumo de energia das
instalações do Grupo Parque EXPO e apresentou em 2009 um aumento de 6%, em
contraponto com reduções verificadas no consumo de energia térmica.

A energia consumida na forma de frio e calor é produzida e distribuída, como


acontece na maioria das instalações e edifícios do Parque das Nações, pela
empresa Climaespaço. A Central de Cogeração, onde é produzida a energia,
possui uma elevada eficiência energética, utilizando como fonte de energia primária
o gás natural.

163 Relatório de Sustentabilidade 2009


CONSUMO DE ENERGIA (MWh)

16 006 16 252
15 292

6 346
5 993
5 448
2007
2 280
2 118
1 880 2008

2009

Eletricidade Frio Calor

Da análise dos consumos de energia ponderados pelo nível de atividade que lhes
estão subjacentes, realça-se o aumento, face ao ano anterior, do consumo de energia
registado por dia de ocupação do Pavilhão Atlântico, facto que se fica a dever à
tipologia de eventos realizados em 2009, que gerou um nível de consumo diário
superior ao verificado em 2008. Por outro lado, os índices de energia dispendida
por visitante nas instalações do Oceanário continuaram em 2009 a registar valores
muito próximos do ano anterior, reforçando a tendência decrescente conseguida
nos últimos anos. É também importante registar a redução obtida no índice de
energia consumida por colaborador nos escritórios da Parque EXPO, para a qual
contribuiu, a redução da área ocupada pela Empresa no Edifício EXPO’98.

CONSUMO DE ENERGIA PARQUE EXPO CONSUMO DE ENERGIA OCEANÁRIO CONSUMO DE ENERGIA ATLÂNTICO
MWh POR COLABORADOR MWh POR VISITANTE MWh POR DIA DE OCUPAÇÃO

5,5
10,1 12,7
4,2 0,015 9,3
3,5 4,2 0,012 0,012 0,013 5,8

2006 2007 2008 2009 2006 2007 2008 2009 2006 2007 2008 2009

Relatório de Sustentabilidade 2009 164


A adoção de medidas continuadas de avaliação, monitorização e racionalização de
consumos de energia em cada uma das instalações tem permitido, assim, ao Grupo
Parque EXPO registar reduções graduais nos consumos de energia, reduções que
se têm vindo a consolidar nos últimos anos e que resultam numa estabilização dos
níveis de eficiência energética em 2009.

Água

Refletindo a política e as medidas de redução de consumos de água que têm vindo


a ser adotadas, os consumos globais de água do Grupo Parque EXPO foram, em
2009, de 89 208 m3, representando uma redução de 28% face ao ano anterior.

CONSUMO DE ÁGUA (m3)

144.901
131.664
124.494 Blueticket
13.441 31
89.208 Marina
93.629 3.787
88.420 65.810 Parque Expo - Gestão Urbana
45.921
Atlântico
16.333
11.521 13.168 10.463 Oceanário
30.436 26.729 28.204 26.763
4.503 4.999 28.204 2.260 Parque EXPO

2006 2007 2008 2009

Esta redução foi obtida, em grande parte, nas atividades desenvolvidas pela
Parque Expo — Gestão Urbana, do Parque das Nações que conseguiu registar
uma poupança de mais de 19 000 m3 de água relativamente a 2008, através da
realização de investimentos e da aplicação de uma gestão rigorosa e eficiente dos
vários equipamentos que gere no Parque das Nações, nomeadamente de alterações
introduzidas no funcionamento das fontes e jogos de água. No âmbito das diversas
atividades do Grupo, a gestão urbana do Parque das Nações, que engloba, para

165 Relatório de Sustentabilidade 2009


além da manutenção das fontes e jogos de água, a manutenção dos espaços
verdes e a gestão das instalações sanitárias públicas - é a atividade responsável
por maior consumo de água, representando, em 2009, 51% do consumo global
do Grupo Parque EXPO, seguida pelo Oceanário, que foi responsável por 30% do
consumo.

Note-se ainda que reduções igualmente significativas foram também conseguidas


em todas as restantes empresas do Grupo. Este facto ficou em geral a dever-
se à introdução de novas metodologias de controlo e a um acompanhamento
mais eficiente dos consumos. Esta monitorização mais rigorosa permite identificar
atempadamente oportunidades de melhoria e, desta forma, minimizar o consumo
dos recursos.

Em termos de indicadores indexados ao nível de atividade, realça-se a redução de


40% do consumo de água por colaborador registada nas instalações da Parque
EXPO, face ao ano anterior. Esta poupança resulta essencialmente da redução da
área ocupada pela Empresa no Edifício EXPO’98, onde se localizam os escritórios
sede. Destaca-se também o decréscimo obtido no consumo de água por espetador
no Atlântico e a manutenção dos níveis de consumo de água por visitante do
Oceanário.
Variação Variação
Consumo de água 2007 2008 2009 08/09 09/10
Parque EXPO: m /colaborador
3
23 20 12 -40% -14%
Oceanário: m /visitante
3
0,026 0,028 0,028 0% 7%
Atlântico: m /espetador
3
0,025 0,032 0,026 -19% 24%
unid: m3

Materiais

Apresenta-se de seguida a identificação, caracterização e quantificação dos


principais materiais consumidos no âmbito das atividades desenvolvidas pelo
Grupo Parque EXPO ao longo de 2009.

Relatório de Sustentabilidade 2009 166


Sal marinho

O sal consumido no Oceanário é utilizado para a produção de água salgada, que


abastece os vários aquários. O sal marinho selecionado é isento de substâncias
tóxicas e, na sua fórmula, contém todos os sais e oligoelementos presentes na água
do mar, garantindo, assim, a elevada qualidade da água onde habitam os animais,
essencial ao seu bem-estar. Todos os aquários e respetivos sistemas de suporte
de vida funcionam em circuito fechado, não se efetuando, portanto, qualquer
troca entre o sistema e o ambiente. De forma a garantir a adequada manutenção
dos níveis de qualidade da água, registou-se em 2009 um acréscimo de 24% na
necessidade de utilização de sal para a produção de água salgada.

CONSUMO DE SAL (TON)

204
181
161 165

2006 2007 2008 2009

Papel

Em resultado da implementação de várias medidas que visam reduzir o consumo


de papel, e que passam também pela revisão de processos de trabalho,
nomeadamente através da crescente utilização de suportes digitais, da gestão
eletrónica de documentos internos e da implementação de um sistema de emissão
de faturação eletrónica, foi possível manter em 2009 o nível global de consumo de
papel, que tem vindo a registar reduções nos últimos anos. O acréscimo de 4%,
face ao ano anterior, na quantidade de papel consumido é explicado pelo também

167 Relatório de Sustentabilidade 2009


aumento do volume de projetos desenvolvidos e em desenvolvimento nas áreas
de Conceção e gestão de intervenções de requalificação urbana e ambiental da
Parque EXPO, que se traduzem no aumento de peças escritas produzidas.
De realçar que, desde 2008, o Oceanário utiliza em exclusivo, para todos os seus
documentos internos e para o exterior, papel reciclado.

CONSUMO DE PAPEL (TON)

29
24 23
21
20

2005 2006 2007 2008 2009

Combustíveis

O impacte ambiental decorrente do transporte realizado no desenvolvimento das


atividades do Grupo Parque EXPO traduz-se essencialmente através do consumo
de combustíveis, associado às viaturas de serviço da Empresa. Em 2009, foi
consumido um total de 134 992 litros de combustível: 80% de gasóleo e 20% de
gasolina.
CONSUMO DE COMBUSTÍVEL (L)

133 500 138 456 134 992


115 887

2006 2007 2008 2009

Relatório de Sustentabilidade 2009 168


Viaturas mais ecológicas

Tendo em vista a redução do impacte ambiental associado aos transportes e


deslocações, nomeadamente resultante do consumo de combustíveis e das
inerentes emissões de CO2, o Grupo Parque EXPO adotou em 2008 normas
internas para a aquisição de novas viaturas de serviço, que incluem a aplicação
dos seguintes critérios: privilegiar viaturas híbridas; valorizar o reduzido consumo de
combustível; valorizar a reduzida emissão de dióxido de carbono. Como resultado
desta política, a renovação gradual da frota de viaturas tem sido orientada pelos
princípios da eficiência energética, fazendo com que, no final de 2009, já 13% da
frota automóvel do Grupo Parque EXPO fosse constituída por viaturas híbridas.

Emissões, efluentes e resíduos

Resíduos

As várias instalações do Grupo Parque EXPO são servidas pelo Sistema Pneumático
de Recolha de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) instalado no Parque das Nações,
através do qual os resíduos são diretamente encaminhados para a central de
recolha de resíduos. Com o objetivo de maximizar o aproveitamento e reciclagem
dos resíduos sólidos urbanos produzidos, este sistema permite a separação das
várias fileiras de resíduos de forma simples e eficiente.
Relativamente aos resíduos não equiparados a urbanos e que apresentam
caraterísticas de perigosidade para o ambiente e para a saúde, produzidos no
âmbito das atividades desenvolvidas pelo Oceanário, o seu tratamento adequado
inclui a classificação de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), conforme
se apresenta no quadro de seguinte, referente ao ano de 2008 e 2009, e o inerente
registo no Sistema Integrado de Registo da Agência Portuguesa do Ambiente.
Estes tipos de resíduos são separados em zonas devidamente assinaladas e são
agrupados segundo o seu tipo e destino final, procedendo-se, depois, à sua recolha
e envio para entidade licenciada para posterior tratamento.

169 Relatório de Sustentabilidade 2009


Tipo de resíduo Código LER Quantidade
(Toneladas)
2008 2009
Ácidos ou soluções ácidas 06 01 06 0,0100 0,0190
Sais e soluções contendo cianetos 06 03 11 0,3550 0,4630
Sais e soluções contendo metais 06 03 13 1,0000 0,2540
Soluções contendo outros metais pesados 06 04 05 0,0100 0,8750
Embalagens contaminadas por resíduos de substâncias perigosas 15 01 10 0,4900 0,3840
Entulhos (misturas de betão, tijolo, ladrilho, materiais cerâmicos, …) 17 01 07 1,0000 0,0000
Metais ferrosos (ferro e aço) 17 04 05 0,0270 0,0000
Materiais de isolamento não abrangidos em 17 06 01 e 17 06 03 17 06 04 0,0000 6,8790
Mistura de resíduos de construção e demolição 17 09 04 0,0000 0,9280
Subprodutos de origem animal 18 02 02 0,5773 0,0000
Resíduos assinalados como perigosos, parcialmente estabilizados 19 03 04 0,0000 0,3670
Resíduos sólidos de gradagens e filtração primária 19 09 01 0,0000 5,7650
Carvão ativado usado 19 09 04 0,8660 0,5820
Lâmpadas fluorescentes e outros resíduos contendo mercúrio 20 01 21 0,0810 0,1210
Equipamento fora de uso contendo clorofluorcarbonetos 20 01 23 0,0000 0,2300
REE 20 01 35 0,0770 0,0000
Equipamento elétrico e eletrónico fora de uso 20 01 36 0,3090 0,2860
Madeiras 20 01 38 0,0470 0,0000
Metais 20 01 40 0,0000 0,1400
Outros resíduos urbanos e equiparados 20 03 01 0,0000 0,0600
Monstros 20 03 07 0,0800 3,1270

Águas residuais

As águas residuais produzidas são encaminhadas pelo sistema de drenagem


para a rede pública de águas residuais. No caso do Oceanário, todas as águas
provenientes dos aquários, antes de serem lançadas nos sistemas de águas
residuais, são sujeitas a desinfeção através da ozonização.

Relatório de Sustentabilidade 2009 170


Uma vez que a legislação existente define normas e critérios de qualidade de
modo a que se proteja o meio aquático e se melhore a qualidade das águas em
função do seu uso, o Oceanário e efetua análises regulares da qualidade da água
descarregada para o coletor de águas residuais. Verifica-se através das análises
realizadas, por laboratórios independentes e acreditados, que todos os parâmetros
estão dentro dos valores estabelecidos pelo Edital nº156/91, de 6 de junho, da
Câmara Municipal de Lisboa.

No âmbito da gestão urbana do Parque das Nações, de forma a garantir e


monitorizar a qualidade encaminhada para o rio, a Parque Expo — Gestão Urbana
realiza trimestralmente análises à qualidade da água descarregada para o coletor
de águas pluviais.

Emissões de CO2

No Grupo Parque EXPO, as emissões diretas de CO2 são fundamentalmente


geradas pelo consumo de combustível resultante da circulação das viaturas de
frota. Considerando o consumo de combustíveis realizado em 2009, foram emitidas
351 toneladas equivalentes de CO2, representando mais 13% face ao ano anterior,
resultado do também aumento verificado no número de veículos ao serviço.

As emissões indiretas de CO2 resultam do consumo de energia elétrica e de energia


térmica, fornecida pela EDP e pela Climaespaço, respetivamente, que originaram
a emissão de 8 081 toneladas equivalentes de CO2 em 2009, representando uma
redução de 11% face às emissões indiretamente geradas em 2008.

O total de emissões diretas e indiretas associadas ao consumo de energia e de


combustíveis do Grupo Parque EXPO fixou-se, assim, em 2009 em 8 432 toneladas
equivalentes de CO2, apresentando um decréscimo de 950 toneladas equivalentes
de CO2 face ao ano anterior.

171 Relatório de Sustentabilidade 2009


Note-se que os geradores de emergência existentes, sobre os quais são mantidos
registos dos consumos e horas de funcionamento, funcionam exclusivamente
em situações de emergência e de manutenção do equipamento, pelo que o seu
consumo de combustível é inexpressivo. As caldeiras a gás natural existentes no
Oceanário são, igualmente, utilizadas apenas como redundância ao sistema de
AVAC, sendo, por isso, a sua utilização também insignificante.

Prevenção de acidentes ambientais

Para a prevenção e atuação em caso de acidentes ambientais, todas as empresas


do Grupo detêm um Plano de Emergência Interno próprio, no qual são especificados
os procedimentos a seguir em caso de acidente e em situação de emergência. Ao
longo dos últimos anos foram realizados exercícios de acidente simulado de forma
a treinar comportamentos e a introduzir melhorias nos procedimentos definidos.

Qualidade ambiental no Parque das Nações

A Parque EXPO definiu uma estratégia de intervenção no domínio do ambiente que


esteve presente nas várias fases de desenvolvimento do Parque das Nações, desde
os estudos prévios que deram origem ao Plano de Urbanização, até às diversas
fases de execução da obra. A estratégia adotada teve como primeiro objetivo
oferecer aos futuros utentes do Parque das Nações um enquadramento urbanístico,
paisagístico e ambiental, favoráveis ao reencontro com a natureza, nomeadamente
na utilização de uma frente de rio com cinco quilómetros de extensão.

De modo a garantir a continuidade de uma adequada qualidade ambiental no


Parque das Nações, a Parque Expo — Gestão Urbana continua a assegurar a
realização de um rigoroso Plano de Monitorização Ambiental para este território. O
acompanhamento e o controlo ambiental passam pela monitorização das seguintes
componentes ambientais: acústica do ambiente; qualidade da água; qualidade da

Relatório de Sustentabilidade 2009 172


água de descarga da rede de coletores pluviais; meteorologia; acompanhamento
ambiental das frentes de obra; monitorização do aterro sanitário de Beirolas; e
qualidade do ar.

Monitorização regular garante qualidade ambiental do Parque das Nações

Gestão de intervenções com rigorosos procedimentos de


gestão ambiental

No âmbito da gestão de intervenções de requalificação urbana e ambiental, a Parque


EXPO desenvolve diversas ações que permitem garantir o essencial cumprimento da
legislação ambiental em vigor, a minimização dos impactes ambientais decorrentes
da implementação da intervenção, e, sobretudo, contribuir para a conceção e
implementação de projetos que concorram para o desenvolvimento sustentável do
território.

Desta forma, durante a fase de desenvolvimento e conceção dos diversos projetos


é verificada, numa primeira fase, a necessidade de elaboração de estudos e
avaliações ambientais de aplicação obrigatória por lei, tais como: Avaliações
Ambientais; Estudos de Impacte Ambiental; Estudos de Incidências Ambientais

173 Relatório de Sustentabilidade 2009


e Planos de Prevenção e Gestão de Resíduos de Construção e Demolição.
Complementarmente, a Parque Expo sugere ainda a realização de outros estudos
ou a implementação de programas de monitorização ambiental, que se venham a
revelar necessários para a boa caracterização da situação de referência.

Com base nos estudos realizados são posteriormente desenvolvidas diversas


orientações ambientais para o desenvolvimento dos projetos de conceção, tanto de
edifícios, como de espaço público, de acordo com as melhores práticas ambientais
e que promovam a minimização de impactes durante a sua implementação.

Durante a implementação das empreitadas, além da verificação da execução dos


documentos que decorrem dos requisitos legais, a Parque EXPO desenvolve também
Planos de Gestão Ambiental, que se constituem como elementos integrantes dos
termos de referência para a seleção e contratação das empresas de fiscalização e
construção, e cujos principais objetivos são: garantir o cumprimento dos requisitos
legais aplicáveis; minimizar os impactes ambientais decorrentes da fase de obra;
promover a redução e reutilização dos resíduos gerados; prevenir situações de
risco ambiental e atribuir responsabilidades às várias entidades intervenientes no
processo, através da definição de procedimentos de gestão ambiental.

Gestão ambiental de empreitadas

Relatório de Sustentabilidade 2009 174


Complementarmente, a Parque EXPO, através dos seus técnicos, realiza visitas
periódicas à obra com o objetivo de zelar pela implementação das medidas
definidas quer no Planos de Gestão Ambiental, quer no Planos de Prevenção
e Gestão de Resíduos de Construção e Demolição. Desta forma, garante-se o
efetivo cumprimento das medidas de minimização e a promoção da reutilização de
materiais, bem como a triagem dos resíduos em obra.

Toda a informação relacionada com os estudos ambientais realizados e/ou planos


desenvolvidos são disponibilizados ao público através de ações de comunicação,
que englobam a utilização de meios eletrónicos de divulgação e a produção de
materiais informativos a serem disponibilizados às comunidades locais.

Melhoria contínua do desempenho ambiental

Com vista à melhoria contínua da gestão global dos impactes ambientais, é


anualmente elaborado pelo Oceanário, no âmbito do seu Sistema de Gestão
Ambiental, um Programa de Gestão Ambiental, que estabelece os objetivos e metas
a atingir para os aspetos ambientais mais significativos decorrentes das atividades
desenvolvidas, ao mesmo tempo que define as ações a desenvolver e respetivos
prazos de realização.

Neste âmbito, apresenta-se, de seguida, o resumo das ações realizadas e dos


resultados obtidos face às metas estabelecidas no Programa de Gestão Ambiental
de 2009.

175 Relatório de Sustentabilidade 2009


Programa de Gestão Ambiental 2009

Objetivos Resultados
Contribuir para a manutenção da biodiversidade existente
Apoio a 4 projetos de conservação Objetivos superados

Combate às causas da redução da biodiversidade


Campanha de utilizaçãodos transportes públicos 100% Objetivos atingidos
Fomentar a mudança de comportamentos na sociedade 100% Objetivos atingidos
Gestão ecoeficiente do equipamento
Reduzir o consumo de água em 4% relativamente a 2008 Objetivos superados
Reduzir o consumo de energia elétrica em 3% relativamente a 2008 < 50% Objetivos atingidos
Reduzir o consumo de energia térmica em 2% relativamente a 2008 Objetivos superados
Certificação energética dos edifícios do Oceanário de Lisboa Adiado para 2010

Face aos objetivos definidos para 2009, o desempenho ambiental do Oceanário


caracterizou-se pelo apoio a seis novos projetos de investigação, ultrapassando o
objetivo proposto e contribuindo para a manutenção da biodiversidade existente.
Todas as ações previstas para o combate às causas da redução da biodiversidade
foram igualmente realizadas.

No que diz respeito à gestão ecoeficiente do equipamento, ultrapassou-se a meta


definida para o consumo de água, registando uma redução de 5,1% relativamente a
2008. Na energia elétrica o aumento de 5,7%, relativamente a 2008, fica aquém do
objetivo. Este desvio deveu-se à necessidade de aumentar a produção autónoma
de frio nos meses de verão, reflectido na grande redução efetiva de energia entálpica
em 10,8% relativamente a 2008. A certificação energética do edifício foi adiada para
2010.

Para 2010 estão definidos novos objetivos, este ano incluindo também um novo
Programa de Gestão Ambiental específico para as atividades desenvolvidas pela
Parque EXPO, no âmbito da recente implementação do seu Sistema de Gestão

Relatório de Sustentabilidade 2009 176


Ambiental. Ambos os Programas procuram abranger um conjunto alargado de
aspetos ambientais, sendo dada particular relevância à realização de parcerias
com outras entidades e à concretização de ações que visam a sensibilização
e envolvimento das principais partes interessadas da Organização, com vista à
criação de uma dinâmica mobilizadora que fomente a adoção global de boas
práticas ambientais.

Programa Gestão Ambiental 2010

Objetivos
Contribuir para a manutenção da biodiversidade existente
Apoio a 3 Projetos de conservação

Fundo de Conservação “IN AQUA” (National Geographic / Oceanário de Lisboa)

Galardão Fundação Gulbenkian / Oceanário de Lisboa

Combate às causas da redução da biodiversidade

Campanha “Água - recurso indispensável”

Gestão ecoeficiente do equipamento

Fomentar a mudança de comportamentos na sociedade

Reduzir o consumo de água em 1% relativamente a 2009

Reduzir o consumo de energia elétrica em 5,5% relativamente a 2009

Reduzir o consumo de energia térmica: consumo máximo: 5 100 MWh frio; 1 000 MWh calor

Certificação energética dos edifícios do Oceanário de Lisboa

177 Relatório de Sustentabilidade 2009


Programa Gestão Ambiental 2010
Objetivos
Otimização do consumo de papel
Assegurar a utilização do papel reciclado em material de comunicação e divulgação da empresa
Desenvolver novas funcionalidades nas aplicações informáticas que continuem a desenvolver a
desmaterialização dos documentos internos
Otimização do consumo de água
Substituição de 11 dispositivos para descargas de autoclismos
Otimização do consumo de electricidade
Proceder à instalação de contadores nos Pisos 4 e 5 (A e B) do Edifício Administrativo
Envio de carta ao proprietário do edifício no sentido de ser evidenciada a concretização do Certificado
Definitivo Energético e da Qualidade do Ar Interior do Edifício Administrativo
Otimização do consumo de combustível
Incluir a avaliação do desempenho ambiental dos veículos no processo de aquisição de viaturas
Melhoria de separação, recolha e encaminhamento dos resíduos
Reforço e disponibilização de contentores especifícos para Tonners e REE’s
Disponibilização de contentores para recolha seletiva
Formação “on job” junto dos colaboradores com responsabilidades na manipulação de resíduos
Promoção de ações de sensibilização junto de operadores/fornecedores sub-contratados
Otimização do controlo das fontes de emissão que emprobrecem a camada de ozono
Garantir o cumprimento dos requisitos legais aplicáveis
Solicitar ao proprietário do edifício: relatório/fichas de intervenção de equipamentos e certificado de
qualificação dos técnicos responsáveis pela manutenção dos equipamentos

Assegurar a manutenção do Plano de Emergência Interna (PEI)


Realização de uma auditoria ao edifício
Realização de um exercício de evacuação
Sensibilização a fornecedores
Elaboração de Código de Conduta para Fornecedores, com indicação de boas práticas ambientais
Distribuição do Código de Conduta, mediante consulta de novos fornecedores
Sensibilização a parceiros/clientes/colaboradores
Elaboração de brochura sobre Objetivos do SGA PE
Distribuição da brochura SGA PE aos clientes
Divulgação dos aspetos ambientais significativos no Site da PE
Reforço das ações de sensibilização aos colaboradores: 2 genéricas e 1 específicas
Aposta em novas campanhas de sensibilização para a redução dos consumo levando os colaboradores a
assumir o desenvolvimento destas iniciativas

Relatório de Sustentabilidade 2009 178


Projetos de Conservação da Biodiversidade

No âmbito da missão de contribuir para a conservação dos oceanos, o Oceanário


reforçou em 2009 o apoio a diversas instituições para o desenvolvimento de ações
que contribuem para a conservação das espécies e da biodiversidade. Nesse
domínio destacam-se o apoio a diversos projetos ex-situ e in-situ, dentro e fora do
país, em associação com instituições nacionais e estrangeiras.

Proteção e gestão integrada de tartarugas marinhas em Cabo


Verde e em S.Tomé e Príncipe

Dando continuidade aos apoios concedidos em


2007 e 2008, o Oceanário renovou e alargou, em
2009, o seu apoio ao programa de preservação
das tartarugas marinhas de Cabo Verde também
à ilha do Príncipe. Para além do apoio financeiro de
12 mil euros, o médico veterinário do Oceanário
colabora também neste projeto, coordenando
na área da medicina da conservação a equipa
de investigadores. O programa, coordenado
pela Faculdade de Engenharia de Recursos
Naturais da Universidade do Algarve, tem dois
objetivos fundamentais: desenvolver uma atitude
amigável e sustentável dos habitantes locais
perante as tartarugas marinhas e aprofundar
o conhecimento sobre a ecologia e biologia
da espécie. Para cumprir estas duas metas,
foram constituídas equipas de monitorização
Projeto de conservação de tartarugas marinhas
e vigilância dos habitats e criado um centro de
informação e educação ambiental.

179 Relatório de Sustentabilidade 2009


Manutenção da Lampreia-de-rio na bacia hidrográfica do rio
Tejo

O projeto de investigação sobre a distribuição e estratégia de colonização da


lampreia-de-rio na bacia hidrográfica do rio Tejo, que envolve o Departamento
de Biologia da Universidade de Évora, tem como objetivo principal aprofundar o
conhecimento sobre a migração reprodutora de uma das espécies mais ameaçadas
em Portugal, a lampreia-de-rio, e identificar os principais constrangimentos à sua
sobrevivência na única bacia hidrográfica onde foi confirmada a sua presença, a
bacia do rio Tejo. O Oceanário concedeu, em 2009, novo financiamento a este
Projeto, no valor de 10 mil euros, de forma a possibilitar a monitorização de mais 17
adultos de lampreia-do-rio.

Projeto de investigação sobre a Lampreia-de-rio

Contributo para a conservação da Enguia Limpa

Concluiu-se em 2009 o projeto “Enguia Limpa”, que pretendeu constituir-se como


um contributo para a elaboração do plano de gestão da enguia e para o esforço
que está a ser feito a nível internacional na preservação deste recurso europeu. Este
estudo, desenvolvido em parceria com o Instituto de Oceanografia da Faculdade
de Ciências da Universidade de Lisboa, que considera a quantificação do impacte
causado pelo parasitismo e pela contaminação por metais pesados nesta espécie,

Relatório de Sustentabilidade 2009 180


Projeto para a preservação da Enguia Limpa

aspetos considerados importantes no declínio global da enguia-europeia, resultou


na apresentação do relatório final anual e na publicação de vários artigos científicos
em revistas da especialidade. A participação do Oceanário de Lisboa efetivou-se
através da concessão de um apoio no valor de 10 mil euros.

Projeto de conservação de Cavalos-marinhos na Ria Formosa

Está em curso o projeto “Conserving


seahorses in the wild and captivity: the
influence of environment and movement”,
promovido pela University of British
Columbia, Zoological Society of London e
Centro de Ciências do Mar da Universidade
do Algarve, e apoiado pelo Oceanário. Este
projeto, dedicado aos cavalos-marinhos,
tem como zona de estudo uma lagoa da ria
Formosa, no Algarve, e pretende analisar
as causas do declínio das populações
de duas espécies de cavalos-marinhos
existentes no local.

Projeto de conservação de Cavalos Marinhos

181 Relatório de Sustentabilidade 2009


Criação de um modelo de gestão sustentável das áreas marinhas
protegidas

O projeto MarGov — Governância Colaborativa de Áreas Marinhas Protegidas,


promovido pela Universidade Nova de Lisboa (IMAR), pretende construir de forma
colaborativa, com o envolvimento das comunidades locais, entidades públicas e
privadas, comunidade científica e os atores institucionais, um modelo de governância
para a cogestão do Parque Marinho Professor Luiz Saldanha (Serra da Arrábida).
Apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian e pelo Oceanário de Lisboa no
âmbito do Galardão Gulbenkian/Oceanário 2008, dedicado ao tema “Governação
Sustentável dos Oceanos”, pretende-se que o modelo de gestão participada para
esta área marinha se possa tornar aplicável a uma futura rede nacional de áreas
marinhas protegidas.

Projeto MarGov – Governância Colaborativa das Áreas Marinhas Protegidas

Relatório de Sustentabilidade 2009 182


Conservação de anfíbios na zona do Mindelo

Desenvolvido pelo Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos


Cinegéticos da Universidade do Porto, o projeto de criação de uma micro-reserva
para anfíbios na zona do Mindelo tem como objetivos contribuir para a conservação
de um grupo faunístico fortemente ameaçado e de um habitat que alberga uma
elevada biodiversidade e, em simultâneo, sensibilizar a comunidade escolar e a
sociedade em geral para a importância da conservação dos anfíbios e dos charcos.
O Oceanário concedeu um financiamento de 10 mil euros a este projeto.

Projeto de criação de micro reserva para anfíbios, no Mindelo, em Cabo Verde

183 Relatório de Sustentabilidade 2009


Participação em projetos de conservação europeus

Tal como nos anos anteriores, o Oceanário de Lisboa manteve a sua participação
em diversos projetos de conservação a nível europeu, nomeadamente:

▪▪ CORALZOO – Projeto iniciado em 2005 e financiado pela União Europeia, cuja


execução decorrerá durante quatro anos e que visa o desenvolvimento de um
programa europeu de reprodução de corais aplicável a pequenas e médias
empresas.

▪▪ SECORE – Sexual Coral Reproduction – Projeto, iniciado em 2004, que visa a


recolha de gâmetas de várias espécies de coral no meio natural, seguindo-se
a fixação e desenvolvimento das larvas (resultantes da fecundação assistida
dos gâmetas) em cativeiro, contribuindo assim para o aumento do número de
espécies e da variabilidade genética da população em cativeiro e reduzindo a
recolha de colónias adultas no meio natural.

Relatório de Sustentabilidade 2009 184


:09
DESENVOLVIMENTO SOCIAL

185 Relatório de Sustentabilidade 2009


:09
DESENVOLVIMENTO SOCIAL

Na política de responsabilidade social do Grupo Parque EXPO realça-se a cultura


de solidariedade, concretizada através da promoção regular de um conjunto de
iniciativas sociais e de parcerias com organizações que visam contribuir para a
valorização social, o apoio à saúde, à educação e à cultura. Adotando princípios de
responsabilidade e sustentabilidade, o Grupo Parque EXPO tem vindo a desenvolver
uma política de envolvimento social e cidadania empresarial, reforçando a sua
atitude ética e consciência social ativa.

Como organização empenhada nas políticas que promovem a qualidade de vida


e o bem-estar geral, essas iniciativas enquadram-se naturalmente na missão da
Empresa, que, numa perspetiva integrada e de desenvolvimento sustentável,
procuram valorizar as vertentes socioculturais, contribuindo para o desenvolvimento
e equilíbrio social e para a construção de um futuro mais sustentável.

Parque EXPO apoia construção da nova casa da Fundação


do Gil

A missão principal da Fundação do Gil é a de contribuir para o bem-estar, a


valorização pessoal e a plena integração social das crianças e dos jovens que, por
razões de natureza social, se encontrem internados, por períodos prolongados, em
unidades hospitalares, prisionais ou outras.

A Fundação do Gil completou em dezembro de 2009 dez anos de existência. Ao


longo desses dez anos a Fundação estruturou e implementou 3 projetos centrais,
para além do apoio generalizado aos 93 hospitais públicos:  o Dia do Gil -  como
forma de manter as crianças ligadas ao mundo exterior e estimulá-las perante a
realidade, o Projeto Dia do Gil está atualmente presente em todo o país, em vinte e
oito núcleos hospitalares, e abrange uma média de 10 mil crianças por ano; a Casa
do Gil – centro de acolhimento temporário com cuidados intermédios de saúde,
que desde a sua inauguração, em 2006, encaminhou mais de 60 crianças, alterou
mais de 20 medidas de tribunal a favor da recuperação familiar, e estabeleceu redes

Relatório de Sustentabilidade 2009 186


sociais para dezenas de crianças, em Portugal e nos PALOP; e as UMAD (unidade
móvel de apoio ao domicilio) – projeto que permite libertar centenas de crianças das
suas camas nos hospitais, apoiando e formando mensalmente cerca de 50 famílias,
com mais de 1000 visitas por ano, cobrindo toda a zona da Grande Lisboa e Vale
do Tejo.

A Parque EXPO, na qualidade de


fundadora, apoia a Fundação do Gil
através da atribuição de um donativo
regular anual, que em 2009 atingiu o
valor de 25 mil euros. Além disso, refira-
se que as receitas do café que a Empresa
disponibiliza aos seus colaboradores
revertem também a favor dos projetos da
Fundação.

No ano em que a Fundação com o nome


da mascote da Expo’98 assinala 10 anos
de um trabalho reconhecido junto das
crianças mais desfavorecidas, a Parque
EXPO apoia uma vez mais de forma
decisiva as atividades desta instituição,
através da cedência de um terreno onde
será construída a segunda Casa do Gil
na área da Grande Lisboa. O terreno,
localizado no Parque das Nações,
concelho de Loures, é cedido pela Parque
EXPO através da constituição de direito
de superfície, para que a Fundação do
Gil possa edificar uma nova estrutura de
apoio a crianças e jovens em risco e com
necessidades especiais de assistência na
saúde. Atividades da Fundação do Gil

187 Relatório de Sustentabilidade 2009


Natal solidário junto de famílias carenciadas

Tal como nos anos anteriores, o valor anteriormente destinado à compra de


presentes de Natal para os colaboradores do Grupo Parque EXPO foi utilizado para
a realização de uma ação solidariedade social.

O Grupo Parque EXPO ofereceu, assim, neste Natal 385 cabazes de alimentos às
famílias carenciadas assistidas pela AMI – Assistência Médica Internacional. Os
Centros Porta Amiga da AMI têm como objetivo o combate à pobreza e à exclusão
social, prestando um leque variado de serviços (alimentação, higiene, saúde, …)
que visam satisfazer as necessidades básicas das pessoas a que a eles recorrem
– pessoas sem-abrigo, famílias empobrecidas, desempregados e outros grupos de
risco.

Voluntários na ação de Natal Solidário

Relatório de Sustentabilidade 2009 188


A iniciativa contemplou também uma forte vertente de voluntariado empresarial,
uma vez que todos colaboradores foram convidados a participar numa tarde de
voluntariado, colaborando na montagem da operação e realizando a entrega direta
às famílias carenciadas dos cabazes de Natal, nos centros de acolhimento Porta
Amiga da AMI, em Chelas e nas Olaias, proporcionando também um momento
simbólico de convívio no âmbito do espírito natalício.

Comemoração especial do Dia Internacional do Idoso

Cerca de 100 idosos da zona de Lisboa tiveram a oportunidade de visitar o Oceanário


de Lisboa e viver um dia diferente no Dia Internacional do Idoso, que se comemora
a 1 de outubro. Encantados com a descoberta da diversidade dos oceanos, após
a visita ao Oceanário, as comemorações prosseguiram com um almoço animado,
que contou com a presença do ator Vitor de Sousa e Júlio Isidro, que contribuíram
para proporcionar a estes idosos um dia único. A iniciativa, promovida pela Cruz
Vermelha Portuguesa em conjunto com a Companhia de Seguros Tranquilidade,
contou com o apoio do Oceanário de Lisboa. Esta ação visa contribuir para a
sensibilização da sociedade para os problemas como a solidão, a indiferença e
falta de apoios que afetam os idosos.

Doação de livros a instituições da CPLP

Cerca de 13 000 livros reunidos por entidades oficiais e empresas, entre as quais
a Parque EXPO, foram doados a várias instituições dos estados membros da
Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). Cada instituição – desde
escolas portuguesas da rede da CPLP, bibliotecas de escolas dos vários países
membros, centros culturais, Biblioteca Nacional de Angola e a futura Biblioteca
Nacional de Díli – recebeu 1440 livros.
Promovida pelo Ministério da Cultura, a operação reuniu a Direção-Geral do Livro
e das Bibliotecas em parceria com a Imprensa Nacional/Casa da Moeda e com a
Parque EXPO e contou com o apoio do Grupo Mota Engil e da Guarda Nacional

189 Relatório de Sustentabilidade 2009


Republicana (GNR), que asseguraram, a título gratuito, o transporte de todos os
livros para os países destinatários.

Os livros doados abrangem diversas temáticas e todas as faixas etárias,


possibilitando, assim, às populações locais o acesso a um conjunto alargado de
obras literárias. A iniciativa integra-se na política comum para a projeção da língua
e da cultura portuguesa entre os estados membros da CPLP.

Bolsa de Mérito Artístico para o melhor aluno da Academia de


Música de Lisboa

No âmbito da promoção cultural, procurando promover a excelência e premiar o


talento e do trabalho de jovens músicos nacionais, o Grupo Parque EXPO, atribuiu
em 2009, à semelhança do ano anterior, um donativo para a atribuição de Bolsa
de Mérito Artístico ao melhor aluno da Academia de Música de Lisboa, escola de
referência no ensino de instrumentos de cordas em Portugal.

Atribuição de Bolsa de Mérito aos jovens músicos nacionais

Relatório de Sustentabilidade 2009 190


Atribuição de Prémio de Canto Lírico

O Concurso Nacional de Canto Lírico, promovido pela Fundação Rotária Portuguesa,


em colaboração com a Escola de Música do Conservatório Nacional, pretende
incentivar o aperfeiçoamento artístico de jovens cantores portugueses, para quem
a necessidade de cruzamento de experiências artísticas com outros cantores e
professores, conduz, em determinados momentos do seu percurso, à frequência
de estágios de formação, mais ou menos prolongados, no país ou no estrangeiro.

A notoriedade pública que o Concurso confere aos candidatos nele participantes


constitui também uma forma de promover o florescimento de carreiras artísticas e
de poder dar a conhecer uma geração emergente de novos e talentosos cantores.
O apoio da Parque EXPO a esta iniciativa, na sua edição de 2009, consistiu na
atribuição do Prémio Parque EXPO ao 4º melhor intérprete de canto lírico, no valor
de 2 mil euros, que será utilizado como bolsa de estudo.

Atribuição de Prémio Parque EXPO no Concurso Nacional de Canto Lírico

191 Relatório de Sustentabilidade 2009


Iniciativas sociais no Parque das Nações

O apoio do Grupo Parque EXPO a iniciativas de caráter sociocultural passa também


pelo contributo à realização de eventos no Parque das Nações. Destacam-se os
eventos que o Grupo Parque EXPO apoiou em 2009:

Iniciativa/Evento Entidade Organizadora


Corrida Terry Fox Liga Portuguesa Contra o Cancro
Lisboa Bike Tour Instituto da Droga e Toxicodependência
Corrida Vencer o Cancro União Humanitária de Doentes com Cancro
Fim de semana solidário “Luta Associação de Mulheres Mastectomizadas
contra o Cancro da Mama”
Corrida Sempre Mulher Associação Portuguesa de Apoio
a Mulheres com Cancro de Mama
Comemoração do dia do Enfermeiro Associação dos Enfermeiros
Festival dos Oceanos Associação dos Moradores e Comerciantes do Parque das
Nações
Corrida do Oriente Igreja da Nossa Senhora dos Navegantes
Mini e Meia Maratona de Portugal Maratona Clube de Portugal
Sensibilização para o estudo SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves
das aves

Evento de promoção de saúde oral, no Parque das Nações

Relatório de Sustentabilidade 2009 192


Além destes eventos, realizaram-
-se ao longo de 2009 no Parque
das Nações, com o apoio do Grupo
Parque EXPO, dezenas de iniciativas
promovidas por entidades com fins
sociais, nomeadamente através da
realização de campanhas de divulgação
e de angariação de donativos dirigidas
à comunidade. Destacam-se em 2009
as ações desenvolvidas pelas seguintes
instituições:

Instituições
Casa Mimar
Sociedade de Hipertensão
Associação Portuguesa de Crianças Desaparecidas
Associação Portuguesa de Parilisia cerebral
Legião Boa Vontade
Projeto Mimar
Remar
Instituto Português do Sangue

Parque EXPO oferece obras para o Projeto da Biblioteca Digital


Camões

A Parque EXPO cedeu ao Instituto Camões um conjunto de obras completas do seu


extenso espólio, com mais de 150 títulos publicados, com o objetivo de contribuir
para o desenvolvimento do projeto da Biblioteca Digital Camões, que disponibiliza
por via eletrónica diversas obras da língua e cultura portuguesas.
Com esta colaboração na Biblioteca Digital Camões, a Parque EXPO e o Instituto
Camões, duas instituições com interesses e responsabilidades na edição de obras
essenciais da cultura portuguesa, convergem no propósito de conceber, promover,
propor, apoiar e executar a produção de obras e projetos de divulgação da língua
portuguesa.

193 Relatório de Sustentabilidade 2009


Responsabilidade Social da Parque EXPO vai à Escola

No quadro das ações de valorização social e cultural, a Parque EXPO realizou


em 2009 uma parceria com o Agrupamento Escolar de Vialonga/Vila Franca de
Xira, que, baseando-se na valorização das competências internas dos técnicos
da Parque EXPO, incluiu a realização de uma ação de sensibilização/formação na
Escola EB 2/3 de Vialonga sobre o processo de requalificação urbana e ambiental
da zona de intervenção da EXPO’98 e a realização de uma visita de estudo ao
Parque das Nações para cerca de 50 crianças desta escola.

Localizada geograficamente na área metropolitana de Lisboa (concelho de Vila


Franca de Xira) e situada numa base territorial muito carenciada, a escola de Vialonga
encontra-se inserida num território de grande exclusão social, encontrando-se
abrangida no Programa de Territorialização de Políticas Educativas e Intervenção
Prioritária (TEIP), promovido pelo Ministério da Educação.

Esta iniciativa visa promover a participação da Parque EXPO em projetos e ações


junto de escolas públicas, inseridas num contexto social desfavorecido, perto
de territórios urbanos intervencionados pela Empresa, no sentido de reforçar as
ações de sensibilização e informação sobre questões diretamente relacionadas
com a atividade da Empresa: ambiente, conservação do património, urbanismo,
cidadania, etc.

Ação de sensibilização sobre requalificação urbana realizada pela Parque EXPO na Escola de Vialonga

Relatório de Sustentabilidade 2009 194


Prémio AICA/Parque EXPO de Crítica de Arte

A Parque EXPO, em parceria com a Secção Portuguesa da Associação Internacional


dos Críticos de Arte (AICA), lançou, em 2009, o Prémio AICA/Parque EXPO de Crítica
de Arte, destinado a reconhecer o mérito, relevância e contributo de trabalhos nesta
área. A assinatura do acordo teve lugar no dia 23 de julho no Pavilhão de Portugal,
numa sessão que contou com a presença do ministro da Cultura, José António
Pinto, do presidente da AICA, Manuel Graça Dias, do então diretor-geral das Artes,
Jorge Barreto Xavier, e do presidente do conselho de administração da Parque
EXPO, Rolando Borges Martins.

Os críticos podem candidatar-se, apresentando trabalhos publicados no ano


imediatamente anterior ao da atribuição. O vencedor da edição de 2010 será
galardoado com 10 mil Euros. Serão contemplados autores de livros ou opúsculos
sobre estética, crítica, sociologia ou história da arte contemporânea, colaboradores
regulares na imprensa periódica com artigos ou ensaios sobre arte contemporânea,
responsáveis por curadoria e análise crítica para fins educativos ou escolares,
responsáveis por organismos culturais e professores de História de Arte. 

Oceanário leva educação ambiental às crianças internadas no


Hospital de Santa Maria

No dia 19 de novembro, o Oceanário deixou por algumas horas o Parque das


Nações e deslocou-se ao Hospital de Santa Maria para levar os Oceanos às
crianças em internamento prolongado na área de pediatria.

Os animadores do Oceanário representaram para estas crianças o conto infantil


de Sophia de Mello Breyner Andresen, “A Menina do Mar”. Todos os meninos
participaram nas diversas atividades realizadas e ficaram interessados e
entusiasmados com as curiosidades que aprenderam sobre os animais marinhos.
A opinião de uma das crianças espelha o sucesso desta iniciativa que pretendeu,

195 Relatório de Sustentabilidade 2009


num caráter lúdico e pedagógico, proporcionar momentos de sonho e descoberta
na vida destas crianças:

“Eu gostei quando a Zé contou que o rapaz bebeu a poção mágica, transformou-se
num animal marinho e foi para o mar. Eu também gostava de tomar aquela poção
para me transformar num golfinho. Eu adoro golfinhos! Eu adorava saltar como os
golfinhos!”

Miguel Rijo - 7 anos

Oceanário no Hospital Santa Maria

Relatório de Sustentabilidade 2009 196


Público especial nos espetáculos do Pavilhão Atlântico

No âmbito da sua política de responsabilidade social, a Atlântico proporciona


regularmente, através de diversas instituições de solidariedade social, a possibilidade
de públicos mais carenciados assistirem a alguns dos espetáculos que têm lugar
no Pavilhão Atlântico. Em 2009 foram mais de 450 os convites oferecidos a
crianças, idosos e pessoas com deficiência. Apresentam-se de seguida algumas
das instituições beneficiárias.

Instituições Beneficiárias
Associação “Uma Porta Amiga”
Casa da Encosta
Casa de Acolhimento Qta. de São Miguel, na Amadora
Casa de Apoio Maria Lamas
Casa de Proteção e Amparo de Santo António
Casa do Pombal “A Mãe”
Clube de Basquetebol da Escola Secundária da Amadora
Clube ”Sobre Rodas”
Fundação AFID Diferença
Fundação do Gil
Instituto Conde Agrolongo
Lar Maria Droste
Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla
Unidade de Acolhimento Emergência de Menores em Risco – Casa da Fonte

197 Relatório de Sustentabilidade 2009


Protocolos de âmbito social

Prosseguindo a sua política de responsabilidade social, o Oceanário proporciona,


através de protocolos celebrados com diversas entidades, descontos especiais
para proporcionar a visita ao Oceanário a um número alargado de públicos, que de
outra forma não o poderiam fazer. Entre esses protocolos destacam-se os de âmbito
social, como é o caso dos estabelecidos com a ANMP, ANAFRE, Associação de
Famílias Numerosas, Humanitas e Fundação do Gil; o protocolo para pessoas com
necessidades especiais, com o Governo Civil de Lisboa; o protocolo com o Cartão-
-jovem, para facultar o acesso dos jovens; e ainda o protocolo com associações
de estudantes. Em 2009, foram 27 367 as pessoas que puderam beneficiar de
condições especiais no âmbito dos protocolos estabelecidos e, assim, tomar
contacto com a missão universal de conservação dos Oceanos.

Realizar Um Desejo

O Oceanário de Lisboa mantém com a Fundação “Realizar Um Desejo” um


protocolo que permite às crianças apoiadas pela fundação que desejem conhecer
um dos maiores aquários da Europa visitar gratuitamente o Oceanário.

Com esta iniciativa, o Oceanário e a Fundação “Realizar Um Desejo”, afiliada


nacional da rede internacional “Make-A-Wish”, pretendem ajudar a concretizar os
desejos de crianças entre os 3 e os 18 anos, com doenças graves, progressivas,
degenerativas ou malignas, proporcionando-lhes, assim como às respetivas
famílias, um momento de alegria e esperança.

Oferta de computadores para as escolas

Na sequência da renovação do parque informático da Empresa, a Parque EXPO


ofereceu, em 2009, 17 computadores ao Jardim de Infância D. Pedro V, IPSS sem
fins lucrativos, fundada em 1855, dedicada ao apoio e assistência à infância, que
abrange 330 crianças do concelho do Barreiro. Contribuindo para a melhoria das

Relatório de Sustentabilidade 2009 198


condições de aprendizagem e desenvolvimento destas crianças, o donativo da
Parque EXPO tornou possível concretizar o projeto de renovar o parque informático
dos equipamentos sociais geridos por esta instituição de solidariedade social.

Espectáculo “Um Qualquer….” do Núcleo de Dança


Contemporânea / Companhia de Dança Inclusiva – Plural

O Núcleo de Dança Contemporânea “Plural” é uma companhia de dança inclusiva


que tem como principal objetivo a pesquisa, formação e criação artística na área da
dança, promovendo a integração e interação de intérpretes com e sem deficiência,
numa abordagem multicultural e pluridisciplinar do movimento.

O espectáculo “Um Qualquer…” nasceu de uma parceria artística entre a Fundação


LIGA e a Escola Superior de Dança, envolvendo profissionais das áreas da dança e
da reabilitação num processo criativo com vista à investigação e desenvolvimento
sobre o cruzamento entre as artes performativas e a reabilitação. Tratou-se de uma
iniciativa no âmbito das atividades de promoção de oportunidades de valorização e
de otimização das potencialidades das pessoas com deficiência, que contou com
o apoio financeiro do Grupo Parque EXPO.

Donativos e apoios financeiros

Ao longo de 2009, o Grupo Parque EXPO apoiou através da atribuição de donativos


financeiros um conjunto de projetos, ações e instituições de cariz social e cultural.
A verba dirigida a este tipo de apoios totalizou 72 mil euros.

199 Relatório de Sustentabilidade 2009


Instituição Ação Valor
Fundação do Gil Donativo 25 000
Fundação Calouste Gulbenkian Galardão “Governação Sustantável dos Oceanos” 15 000
Universidade do Algarve Projeto “Gestão Integrada de Tartarugas Marinhas 12 000
em Santiago – Cabo Verde”
Zoological Society Of London Projeto de Investigação/Conservação 10 000
de Cavalos-Marinhos
Famílias AMI Oferta de cabazes de Natal 4 644
Fundação Rotária Portuguesa Concurso de Canto Lírico – Prémio Parque EXPO 2 500
Acordarte – Associação Promotora Bolsa de Mérito Artístico 1 500
da Educação Cultural e Artistica
Ajuda e Colo – Associação de Solidariedade Donativo 400
Associação Nacional de Combate À Pobreza Donativo 400
Associação Rumus da Criança Donativo 400
Fundação LIGA – Companhia de dança inclusiva Espetáculo “Um qualquer” 400
Centro de Recuperação de Animais Selvagens Oferta de alimentos para animais 124
do Parque Ecológico de Monsanto
Total 72 367
valores em euros

Relatório de Sustentabilidade 2009 200


:10
DESEMPENHO ECONÓMICO

201 Relatório de Sustentabilidade 2009


:10
DESEMPENHO ECONÓMICO

Apresenta-se neste capítulo informação de síntese sobre o desempenho


económico e a situação patrimonial e financeira das várias empresas do Grupo
Parque EXPO em 2009, realçando-se os indicadores que relevam na perspetiva
da sustentabilidade, nomeadamente o valor económico gerado e distribuído,
remuneração de colaboradores, donativos e outros investimentos na comunidade,
lucros acumulados e pagamentos para provedores de capital, apoios recebidos e
pagamentos feitos ao Estado.

Para uma análise mais detalhada da informação financeira de cada uma das
empresas do Grupo Parque EXPO, deverão ser consultados os respetivos Relatórios
e Contas.

A Parque EXPO obteve, no exercício de 2009, um resultado líquido negativo no


valor de 14 661 milhares de euros, representando porém uma melhoria de 5% face
ao ano anterior. Importa salientar que o resultado operacional ajustado (EBITDA) foi
positivo em 1791 milhares de euros.

Representando um aumento de 34% face a 2008, os proveitos operacionais


excluindo a reversão de ajustamentos atingiram o montante de 32 966 milhares
de euros, sendo 64% respeitantes à rentabilização de ativos e venda de terrenos
no Parque das Nações e 27% à prestação de serviços de conceção e gestão
de projetos de requalificação urbana, atividade que gerou um aumento de 1471
milhares de euros de proveitos face ao ano anterior. Os custos operacionais,
excluindo os custos inerentes à alienação de terrenos, amortizações, ajustamentos
e provisões, aumentaram também em termos homólogos cerca de 11% face a
2008, para o qual contribuiu o aumento dos custos com pessoal (+379 milhares
de euros) e dos custos com fornecimentos e serviços externos (+2072 milhares de
euros). Contribuiu também significativamente para o resultado líquido da Empresa
o impacte negativo de 6219 milhares de euros dos resultados financeiros, explicado
pelo ainda elevado nível de endividamento bancário da Empresa, apesar da

Relatório de Sustentabilidade 2009 202


significativa redução realizada em 2009. Saliente-se que, o endividamento bancário
da Parque EXPO tem diminuído de forma progressiva e consistente desde 1998
e que nos exercícios de 2005 a 2009 a dívida bancária registou uma diminuição
superior a 256 milhões de euros. Em 2009, a redução foi de 22,7 milhões de euros,
correspondente a uma diminuição de 18% face ao ano anterior, apresentando no
final de 2009 o valor de 216 milhões de euros.

Destaca-se ainda os investimentos realizados ao longo do ano, no montante de


572 milhares de euros, que se referem essencialmente a obras de beneficiação
realizadas no Pavilhão de Portugal e ao projeto de expansão do Oceanário.

2007 2008 2009 Variação
08/09
Volume de Negócios 30 855 21 851 30 022 37%
Fornecimentos e Serviços Externos 9 198 7 511 9 583 28%
Custos com Pessoal 11 486 9 786 10 166 4%
Juros 16 410 21 138 8 556 -60%
Donativos 91 80 34 -57%
Resultado Operacional -7 987 -3 086 8 878 -388%
EBITDA 2 974 2 002 8 986 349%
Resultado Líquido do Exercício -2 877 -15 504 -14 661 -5%
Activo Líquido 363 245 330 205 287 102 -13%
Investimento 577 107 572 433%
Pagamentos ao Estado 6 922 8 173 8 892 9%
Apoio financeiro recebido do Governo 0 0 0%
Endividamento bancário 292 930 238 911 216 196 -10%
valores em milhares de euros

A Parque Expo — Gestão Urbana do Parque das Nações, S.A. foi constituída, em
julho de 2008, pela Parque EXPO, expressamente para gerir o Parque das Nações

203 Relatório de Sustentabilidade 2009


até que seja encontrada com os municípios de Lisboa e Loures uma solução
definitiva para a gestão deste território, que corresponderá idealmente à entrada
dos Municípios no capital social da Empresa, o que significará a materialização da
sociedade tripartida prevista há alguns anos.

Neste contexto, os custos incorridos e os proveitos realizados no ano foram


diferidos e diretamente imputados a cada um dos municípios, não tendo sido
apurados resultados no exercício de 2009. No entanto, de forma a ilustrar o valor
e a natureza dos resultados, caso tivessem sido apurados, apresentam-se os
principais indicadores no quadro abaixo.

O resultado líquido negativo no valor de 6380 milhares de euros corresponde aos


valores a suportar pelas Autarquias de Lisboa e de Loures, nos montantes de 5075
e 1305 milhares de euros, respetivamente.

2008 2009
Lisboa Loures Total Lisboa Loures Total
Proveitos Operacionais 764 339 1 103 1 482 804 2 286
Fornecimentos e Serviços Externos 1 438 504 1 942 5 528 1 811 7 339
Custos com Pessoal 699 131 830 1.511 284 1 795
Juros suportados 0 0 0 51 13 64
Resultado Operacional -1 373 -296 -1 669 -5 557 -1 291 -6 848
Resultado Líquido do Exercício -1 367 -295 -1 662 -5 075 -1 305 -6 380
Activo Líquido 11 072
Investimento 44
Dividendos 0
Pagamentos ao Estado 724
Apoio financeiro recebido 0
do Governo
Endividamento bancário 0
valores em milhares de euros

Relatório de Sustentabilidade 2009 204


A principal atividade da Parque Expo – Imobiliária consistiu, em 2009, na gestão
e administração do Edifício EXPO ’98, propriedade da empresa Dois Zero Um.
Decorrente da atividade realizada, o resultado operacional ascendeu a 34 milhares de
euros, suportado num volume de negócios de 612 milhares de euros, correspondente
à faturação dos consumos de utilidades e aos serviços de gestão de condomínio
prestados aos arrendatários do Edifício. Os custos com fornecimentos e serviços
externos são fundamentalmente inerentes à gestão, manutenção e conservação
dos espaços comuns do edifício. No âmbito da transferência de competências
da Parque EXPO para a Parque Expo – Imobiliária, a Empresa passou a ter dois
colaboradores e um administrador, o que representou custos com pessoal de 105
milhares de euros, que anteriormente não se verificavam. O resultado líquido do
exercício totalizou, assim, 27 milhares de euros, representando um decréscimo 97
milhares de euros face ao ano anterior.

2008 2009 Variação 08/09


Volume de Negócios 613 612 0%
Fornecimento e Serviços Externos 430 477 11%
Custos com Pessoal 0 105 n.a.
Juros suportados 0 0 0%
Resultado Operacional 169 34 -80%
EBITDA 169 34 -80%
Resultado Líquido do Exercício 124 27 -78%
Ativo Líquido 476 677 42%
Investimento 0 0 0%
Dividendos 120 25 -79%
Pagamentos ao Estado 80 58 -28%
Apoio financeiro recebido do Governo 0 0 0%
Endividamento bancário 0 0 0%
valores em milhares de euros

205 Relatório de Sustentabilidade 2009


Apesar da conjuntura nacional e internacional desfavorável, com efeitos diretos nos
fluxos de turistas à cidade de Lisboa e consequentemente ao Oceanário, ainda
assim a Oceanário de Lisboa, S.A. continuou em 2009 a registar bons resultados
económico-financeiros. Com uma redução de 13%, quando comparado com 2008,
o resultado operacional ajustado (EBITDA) foi positivo em 1834 milhares de euros.
O resultado líquido de 2009, positivo em 1019 milhares de euros, teve como base
num volume de negócios de 10 265 milhares de euros e uma afluência global de
968 873 visitantes anuais.

Os investimentos realizados ao longo de 2009 totalizaram 492 mil euros, dos


quais se destaca a reformulação da 4ª Galeria Multimédia, que deu origem à
nova exposição “A Casa do Vasco”; os projetos de conceção para a exposição
temporária a abrir ao público em 2011, aquando da inauguração da expansão do
Oceanário; e a aquisição de uma nova viatura para o projeto Vaivém, além de um
conjunto de investimentos realizados em benfeitorias nas instalações do edifício.

Relatório de Sustentabilidade 2009 206


2007 2008 2009 Variação 08/09
Nº Visitantes 1 037 750 1 019 684 968 873 -5%
Nº Participantes no Programa Educação 46 353 52 244 53 006 1%
Preço médio bilhete (em euros) 7,70 8,01 7,95 -1%
Volume de Negócios 10 237 10 781 10 265 -5%
Fornecimentos e Serviços Externos 5 964 6 335 6 244 -1%
Custos com Pessoal 1 697 1 922 1 938 1%
Custos financeiros 39 55 54 -1%
Donativos 10 58 37 -36%
Resultado Operacional 1 738 1 633 1 379 -16%
EBITDA 2 146 2 096 1 834 -13%
Resultado Líquido do Exercício 1 271 1 300 1 019 -22%
Activo Líquido 5 296 5 924 5 591 -6%
Investimento 741 368 492 34%
Dividendos 500 1 085 750 -31%
Pagamentos ao Estado 669 709 720 2%
Apoio financeiro recebido do Governo 148 2% 10 336%
(nacional e comunitário)
Endividamento bancário 0 0 0 0%
valores em milhares de euros

O ano de 2009 da Atlântico, S.A. foi marcado pela retração do mercado. Por força
da conjuntura nacional desfavorável, a redução de atividade, traduzida em menos
dias de ocupação dos vários espaços geridos pela Atlântico, tanto no segmento dos
espetáculos, como no dos eventos corporate, originou um volume de negócios que
ficou aquém do registado no ano anterior. Importa referir, no entanto, que a Atlântico
obteve em 2009 uma melhoria significativa do seu desempenho operacional, que
permitiu terminar o exercício com um acréscimo de 135 milhares de euros no
resultado operacional. É assim que, apesar da conjuntura desfavorável, a Atlântico
apresenta, em 2009, resultados líquidos positivos, superiores aos do ano anterior
em 188%.

207 Relatório de Sustentabilidade 2009


Os investimentos realizados ao longo de 2009 atingiram 128 mil euros. O ano foi
marcado por investimentos de beneficiação do Pavilhão Atlântico, com reflexos
positivos diretos na qualidade dos serviços prestados, nomeadamente: o
investimento realizado na colocação de um novo piso na arena da Sala Atlântico,
manutenção corretiva e preventiva da cobertura, aquisição de cortinas e pintura
das paredes interiores do Pavilhão.

2007 2008 2009 Variação
08/09
Nº de espetadores 454 092 418 001 409 603 -2%
Nº de dias de ocupação 802 483 439 -9%
Nº de Eventos 55 82 151 84%
Volume de Negócios 7 784 5 821 5 753 -1%
Fornecimentos e Serviços Externos 4 506 4 596 4 831 5%
Custos com Pessoal 2 083 1 478 1 510 2%
Juros 82 36 13 -64%
Donativos 1 1 1 -20%
Resultado Operacional 1 365 82 217 165%
EBITDA 1 754 195 304 56%
Resultado Líquido do Exercício 913 44 127 189%
Ativo Líquido 5 833 4 463 5 043 13%
Investimento 93 336 128 -62%
Dividendos 550 20 370 1 751%
Pagamentos ao Estado 1 732 1 222 981 -20%
Apoio financeiro recebido do Governo 0 0 0 0%
Endividamento bancário 0 0 0 0%
valores em milhares de euros

Relatório de Sustentabilidade 2009 208


Tendo iniciado a sua atividade em agosto de 2008, a sociedade Blueticket —
Serviços de Bilhética, S.A. registou em 2009, no seu primeiro exercício completo
de atividade, um resultado líquido positivo de 57 milhares de euros. O volume
de negócios atingiu os 730 milhares, sendo que 95% desse valor corresponde
às receitas de 385 espetáculos e eventos que contaram com a intervenção da
Blueticket para a venda de bilhetes e 5% à prestação de serviços de conceção de
soluções integradas de ticketing para clientes externos. Note-se que os bilhetes
vendidos pela Blueticket, em 2009, para eventos realizados no Pavilhão Atlântico
representam 65% do total de 448.818 bilhetes vendidos.

O investimento realizado, no montante de 13 milhares de euros, correspondeu ao


desenvolvimento do website, para a otimização e criação de novas funcionalidades
e à dotação dos equipamentos informáticos de base necessários.

2008 (5 meses de atividade) 2009


Nº Bilhetes Vendidos 296 616 448 818
Nº Eventos 43 385
Volume de Negócios 212 730
Fornecimentos e Serviços Externos 210 611
Custos com Pessoal 51 110
Juros 3 57
Resultado Operacional -40 148
EBITDA -40 160
Resultado Líquido do Exercício -32 57
Ativo Líquido 262 4 146
Investimento 49 13
Dividendos 0 11
Pagamentos ao Estado 10 98
Apoio financeiro recebido do Governo 0 0
Endividamento bancário 0 0
valores em milhares de euros

209 Relatório de Sustentabilidade 2009


Após a conclusão da obra de reoperacionalização da bacia Sul, reabriu, a 15 de
agosto de 2009, a Marina do Parque das Nações. Com a reabertura da Marina
foram iniciadas as negociações para o retorno dos 148 nautas detentores de direito
de utilização de posto de amarração na Marina do Parque das Nações. Até ao final
do ano foi possível contratualizar a utilização futura dos postos de amarração com
81 desses antigos amarristas e com 7 novos nautas.

Com quatro meses e meio de atividade a Marina do Parque das Nações registou
em 2009 proveitos operacionais de 99 milhares de euros. Os custos suportados
com fornecimentos e serviços externos e o seu aumento face a 2008 encontram-se
fundamentalmente relacionados com o início da atividade operacional da Marina. A
Marina do Parque das Nações registou, assim, no exercício de 2009, um resultado
líquido negativo no valor de 635 milhares de euros.

Para financiar o investimento realizado, a Marina do Parque das Nações contraiu,


em novembro de 2007, um empréstimo de longo prazo no valor de 14,5 milhões
de euros, o qual se encontrava utilizado no final de 2009 cerca de 12,4 milhões de
euros, tendo também recorrido a financiamento comunitário, através do Programa
SIVETUR.
2008 2009 Variação 08/09
Proveitos Operacionais 78 99 27%
Fornecimento e Serviços Externos 247 366 48%
Custos com Pessoal 232 276 19%
Juros suportados 24 93 290%
Resultado Operacional -2 231 -856 -62%
EBITDA -410 -566 38%
Resultado Líquido do Exercício -2 245 -635 -72%
Activo Líquido 19 991 25 030 25%
Investimento 7 078 5 882 -17%
Pagamentos ao Estado 91 107 18%
Apoio financeiro comunitário | Programa SIVETUR 0 481 n.a.
Endividamento bancário 4 497 12 920 187%
valores em milhares de euros

Relatório de Sustentabilidade 2009 210


:11
PERFIL DO RELATÓRIO

211 Relatório de Sustentabilidade 2009


:11
PERFIL DO RELATÓRIO

ÂMBITO E PERÍODO

Com uma periodicidade anual, este constitui o 4.º Relatório de Sustentabilidade do


Grupo Parque EXPO. Nele pretende-se divulgar informação sobre o desempenho
integrado do Grupo, analisando os aspetos económicos, ambientais e sociais
relevantes para a organização e para as suas principais partes interessadas. Insere-
-se no âmbito deste relatório a atividade desenvolvida durante o ano de 2009 pelo
conjunto das seguintes empresas:

▪▪ Parque EXPO 98, S.A.


▪▪ Parque Expo — Gestão Urbana do Parque das Nações, S.A.
▪▪ Parque Expo Imobiliária, S.A.
▪▪ Oceanário de Lisboa, S.A.
▪▪ Atlântico — Pavilhão Multiusos de Lisboa, S.A.
▪▪ Blueticket — Serviços de Bilhética, S.A.
▪▪ Marina do Parque das Nações — Sociedade Concessionária da Marina do
Parque das Nações, S.A.

Salienta-se, face ao relatório anterior, a integração da Parque Expo Imobiliária, S.A


no conjunto das empresas abrangidas no âmbito do Relatório.

APLICAÇÃO DAS DIRETRIZES DA GLOBAL REPORTING


INITIATIVE

O Relatório de Sustentabilidade foi elaborado com base nas Diretrizes da Global


Reporting Initiative (GRI G3), tendo-se adotado, sempre que possível, os princípios,
critérios e recomendações constantes das mesmas.
A concordância com os requisitos da GRI pode avaliar-se através do índice
constante no final do relatório.
Este relatório não foi objeto de verificação por entidade externa.

Relatório de Sustentabilidade 2009 212


NOTA METODOLÓGICA

A estrutura e os conteúdos deste relatório foram definidos com o objetivo de


responder às expectativas das principais partes interessadas destinatárias (clientes,
colaboradores, fornecedores, parceiros, acionista e comunidade em geral). Os
indicadores de desempenho ambientais, económicos e sociais foram, assim,
selecionados procurando conciliar a experiência da Grupo Parque EXPO e as
diretrizes GRI com essas expectativas.

O relatório foi elaborado com base em critérios de transparência, comparabilidade,


materialidade e flexibilidade, de forma a garantir o equilíbrio, a comparabilidade,
o rigor e a clareza da informação disponibilizada, assegurando a qualidade e a
relevância dos temas e indicadores que melhor refletem os impactes da atividade
do Grupo Parque EXPO na sociedade em que se insere.

Na ausência de dados reais relativamente às emissões de CO2, originadas pelo


consumo de combustíveis associado à frota automóvel e na produção de energia
elétrica consumida nas instalações do Grupo Parque EXPO, os cálculos efetuados
para a aferição das emissões foram feitos com recurso à utilização de fatores de
conversão, existentes no “Greenhouse Gas Protocol” (www.ghgprotocol.org). Estes
transformam consumos de combustível e de eletricidade em emissões de CO2.

Relativamente aos consumos de energia e água do Edifício EXPO ’98 (sede da


Parque EXPO), não sendo possível obter os dados reais de consumo realizado pela
Parque EXPO nos seus escritórios, optou-se por utilizar como fator de ponderação
a área ocupada pela empresa naquele edifício.

213 Relatório de Sustentabilidade 2009


No consumo de energia no âmbito das atividades de gestão urbana do Parque das
Nações, de forma a garantir a comparabilidade da informação, foram expurgados
dos dados de 2006 e 2007 os consumos referentes à atividade de recolha de
resíduos sólidos urbanos, uma vez que esta atividade foi transferida em 2008 para
empresa externa.

De forma a apurar as quantidades de resíduos produzidos com base na unidade


peso, foram utilizados como fatores de conversão: 1 Litro equivalente a 1 kg;
6 m3 equivalente a 1 contentor equivalente a 1 Tonelada.

Relatório de Sustentabilidade 2009 214


ÍNDICE GRI

215 Relatório de Sustentabilidade 2009


Indicador GRI Referência / Resposta

DIVULGAÇÕES GERAIS
1 Estratégia e Análise
1.1 Declaração do Presidente ou do Diretor-geral da organização sobre a relevância Ver Cap. “Mensagem da Administração”
da sustentabilidade para a organização e a sua estratégia
1.2 Descrição dos Principais Riscos e Oportunidades Ver Cap. “Visão Estratégica e Princípios
Orientadores e Modelo de Governo”

2 Perfil Organizacional
2.1 Denominação da organização relatora Ver Cap. “Perfil do Relatório”
2.2 Principais marcas, produtos e/ou serviços, incluindo o volume ou a quantidade Ver Cap. “Sustentabilidade
de produtos/serviços disponibilizados nos Negócios”
2.3 Estrutura operacional da organização e principais divisões, unidades operacionais, subsidiárias e joint ventures Ver Cap. “Modelo de Governo”
2.4 Localização da sede da organização Ver p.142
2.5 Países em que as operações da organização se situam
2.6 Tipo e natureza jurídica da propriedade
2.7 Mercados abrangidos
2.8 Dimensão da organização Ver Cap. “Grupo Parque EXPO”
2.9 Principais decisões durante o período abrangido pelo relatório referentes à localização ou a mudanças nas
operações, inclusive abertura, encerramento e expansão de unidades operacionais
2.10 Prémios recebidos no período abrangido pelo relatório

3 Estrutura de Governação e Sistemas de Gestão


3.1 Período abrangido pelo relatório
3.2 Data do relatório anterior mais recente
3.3 Período de reporting (anual, bienal, etc.)
3.4 Ponto de contacto para perguntas relativas ao relatório ou ao seu conteúdo
3.5 Processo para a definição do conteúdo do relatório, incluindo o processo para determinar a materialidade e a
definição de prioridades relativas a questões do relatório e à identificação das partes interessadas potenciais
utilizadoras do relatório
3.6 Limite do relatório
3.7 Limitações específicas relativas ao âmbito do relatório
3.8 Base para a elaboração do relatório, no que se refere a joint ventures , subsidiárias não-integrais, instalações Ver Cap. “Perfil do Relatório”
arrendadas, operações atribuídas a colaboradores externos e situações adicionais, passíveis de afetar significa-
tivamente o benchmark entre períodos e/ou entre organizações relatoras
3.9 Técnicas de medição de dados e bases de cálculo, incluindo hipóteses e técnicas que conferem uma base às
estimativas, aplicadas à compilação dos indicadores, e informações adicionais do relatório
3.10 Explicação da natureza e das consequências de quaisquer reformulações de informações fornecidas em relató-
rios anteriores e os fatores para tais reformulações
3.11 Alterações significativas na dimensão, na estrutura, na propriedade ou nos produtos/serviços registados desde
o relatório anterior
3.12 Tabela que identifica o local das informações-padrão no relatório
3.13 Política e atual prática relativa à procura de verificação independente para o relatório
Indicador GRI Referência / Resposta

DIVULGAÇÕES GERAIS
4 Governação, Compromissos e Envolvimento
4.1 Estrutura de governação da organização, incluindo comités ao mais alto nível de governação, responsável
por tarefas específicas, tais como a definição da estratégia ou a supervisão da organização
4.2 Indicar se o Presidente da Direção é, simultaneamente, um diretor executivo
4.3 Número de membros da Direção independentes ou os membros não executivos
4.4 Mecanismos para acionistas e funcionários sugerirem recomendações ou indicarem
orientações à Direção
4.5 Relação entre a remuneração (incluindo acordos de tomada de decisão) e o desempenho da organização
(incluindo os desempenhos social e ambiental) para membros da administração, da gestão de topo e para
os executivos
4.6 Processo para a determinação das qualificações e competências exigidas aos membros da administração
para definir a estratégia da organização, incluindo questões relacionadas com os desempenhos
económico, ambiental e social
4.7 Processos da administração para assegurar a ausência de conflitos de interesse
4.8 Declarações da missão e dos valores, dos códigos de conduta e dos princípios desenvolvidos
internamente, considerados relevantes para os desempenhos económico, ambiental e social,
assim como o estágio da sua implementação
4.9 Processos da administração para supervisionar a identificação e a gestão por parte da organização Ver Cap. “Modelo de Go-
dos desempenhos económico, ambiental e social, incluindo a identificação e a gestão dos riscos e verno” e Cap. “Relacio-
das oportunidades relevantes, assim como a adesão ou a conformidade com os padrões aceites namento com as Partes
internacionalmente, códigos de conduta e princípios Interessadas”
4.10 Processos para a avaliação de desempenho da administração, especialmente no que diz respeito
aos desempenhos económico, ambiental e social
4.11 Explicação da forma como ou se a abordagem ou o princípio da precaução são utilizados pela organização
4.12 Cartas, conjuntos de princípios ou outras iniciativas voluntárias desenvolvidas externamente, de caráter
económico, ambiental e social, que a organização subscreve ou endossa
4.13 Participação significativa em associações (tais como associações industriais) e/ou organizações nacionais/
internacionais de defesa
4.14 Lista dos grupos de partes interessadas envolvidas pela organização
4.15 Base para a identificação e seleção das partes interessadas a serem envolvidas
4.16 Abordagens para o envolvimento das partes interessadas, incluindo a frequência do envolvimento
por tipo e por grupos da parte interessada
4.17 Principais questões e preocupações identificadas através do envolvimento das partes interessadas e as
medidas adotadas pela organização no tratamento das mesmas

Relatório de Sustentabilidade 2009


Indicador GRI Referência / Resposta

DESEMPENHO AMBIENTAL

Materiais
EN 1* Consumo total de materiais por tipo (exceto água)
EN 2* Percentagem de materiais utilizados que são resíduos

Energia
EN 3* Consumo direto de energia por fonte de energia primária
EN 4* Consumo indireto de energia por fonte de energia primária
EN 5** Total de poupança de energia devido a melhorias na conservação e eficiência
EN 6** Iniciativas para fornecer produtos e serviços com reduzido consumo de energia
EN 7** Iniciativas para reduzir o consumo indireto de energia

Água
EN 8* Consumo total de água por fonte
EN 9 Fontes hídricas e respetivos habitats significativamente afetados pelo consumo de água
EN 10 Percentagem e volume total de água reciclada e reutilizada

Biodiversidade
EN 11* Localização e dimensão da área detida, arrendada ou administrada, em áreas protegidas
ou adjacentes às mesmas
EN 12* Descrição dos impactes significativos de atividades em áreas protegidas
EN 13** Áreas de habitats protegidos ou recuperados
EN 14** Programas de gestão de impactes na biodiversidade
EN15** Nº de espécies na Lista Vermelha da IUCN com habitats em áreas afetadas por operações,
discriminadas pelo nível de risco de extinção

Emissões
EN 16* Total de emissões de GEE Ver Cap.
EN 17* Outras emissões indiretas relevantes de gases com efeito de estufa “Desempenho
EN 18* Iniciativas para reduzir as emissões de GEE e reduções alcançadas Ambiental”
EN 19* Emissões de substâncias destruidoras da camada de ozono, por peso
EN 20* NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas, por tipo e peso

Efluentes
EN 21* Descarga total de água, por destino e qualidade
EN 25** Fontes hídricas e os habitats significativamente afetados pela descarga e pelo escoamento
de água

Resíduos
EN 23* Quantidade total de resíduos por tipo e destino final
EN 24* Número e volume total de derrames significativos
EN 24** Peso dos resíduos transportados, importados ou exportados considerados perigosos
nos termos da Convenção de Basileia - Anexos I, II, III e VIII

Produtos e Serviços
EN 26* Iniciativas para gerir os impactes ambientais dos produtos e serviços e o grau de redução do impacte
EN 27* Percentagem recuperada de produtos vendidos no final do seu ciclo de vida por categoria
de produto

Conformidade
EN 28* Incidentes e multas ou sanções não-monetárias resultantes da não conformidade com
os regulamentos ambientais aplicáveis

Transporte
EN 29* Impactes ambientais significativos do transporte utilizado para fins de logística

Geral
EN 30* Total de custos com proteção ambiental por tipo
Indicador GRI Referência / Resposta

DESEMPENHO ECONÓMICO

Desempenho Económico
EC 1* Valor económico gerado e distribuído, incluindo receitas, custos opera-
cionais, remuneração de funcionários, doações e outros investimentos Ver Desempenho Económico
na comunidade, lucros acumulados e pagamentos para provedores de
capital e governos

EC 2* Implicações financeiras das mudanças climáticas Não avaliadas


EC 3* Cobertura das obrigações de fundos de pensão definida pela organização Não aplicável. O Grupo Parque EXPO não tem qualquer fundo de pensão.
EC 4* Apoio financeiro recebido do governo Ver Cap. “Desempenho Económico”

Presença no Mercado
EC 5* Salário mais baixo comparado com o salário mínimo Ver Cap. “Colaboradores”
local em unidades operacionais importantes
EC 6* Práticas e proporção de custos com fornecedores O Grupo Parque EXPO não pratica qualquer tipo de discriminação na seleção de
locais em unidades operacionais importantes fornecedores, encontrando-se ao abrigo da legislação sobre contratação pública,
realiza consultas e concursos públicos que abrangem quer fornecedores locais, quer
internacionais
EC 7* Procedimentos para a contratação local e proporção O Grupo Parque EXPO não pratica qualquer tipo de discriminação na seleção e
de cargos da gestão de topo em unidades operacionais importantes recrutamento de colaboradores. Todos os titulares de cargos de administração são
provenientes da comunidade local residentes em território nacional.

Impactes Económicos Indiretos


EC 8* Descrição dos investimentos em infraestruturas e apoio Sendo uma Organização do Setor Empresarial do Estado, as atividades desenvolvidas
a serviços que proporcionam benefício público pelas empresas do Grupo Parque EXPO, na sua generalidade, têm caráter de serviço e
benefício público.
Ver descrição das atividades em Cap. “Sustentabilidade nos Negócios”
EC 9** Impactes económicos indiretos Não avaliados

Indicador GRI Referência / Resposta

DESEMPENHO SOCIAL
Práticas de Trabalho e Trabalho Decente
LA 1* Público interno total por tipo de emprego e região
LA 2* Número total e taxa de rotatividade dos funcionários discriminados por faixa etária e por género Ver Cap. “Colaboradores”
LA 3** Benefícios mínimos garantidos aos funcionários a tempo inteiro que não são assegurados a funcionários
temporários ou a tempo parcial

Relações entre Funcionários e a Administração


LA 4* Percentagem de funcionários representados por organizações sindicais independentes ou abrangidos por A percentagem de colaboradores representados
acordos de negociação colectiva por organizações sindicais é inferior a 1%
LA 5* Prazos mínimos para aviso prévio e práticas de consulta e negociação com funcionários ou com os seus As previstas na Lei.
representantes relativamente a mudanças operacionais

Segurança e Saúde no Trabalho


LA 6* Percentagem do público interno representado em comités formais de segurança e saúde, compostos pela Ver Cap. “Colaboradores”
administração e pelos funcionários que ajudam na monitorização e no aconselhamento sobre programas de
segurança e de saúde ocupacional
LA 7* Taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absentismo e óbitos relacionados com o trabalho
LA 8* Programas de educação, formação, aconselhamento, prevenção e controlo de risco em curso para garantir Educação e aconselhamento abrangidos pelos
assistência aos funcionários, às suas famílias ou aos membros da comunidade afectados pelo HIV/SIDA ou serviços de Medicina do Trabalho e Medicina
outras doenças contagiosas graves Preventiva disponibizadoss aos colaboradores
LA 9** Tópicos relativos a saúde e segurança, abrangidos por acordos formais com sindicatos Não aplicável, uma vez que não existem acordos
formais com sindicato

Formação e Educação
LA 10* Média de horas de formação, por ano, por funcionário, discriminadas por categoria de funcionário
LA 11* Programas para a gestão de competências e aprendizagem contínua que apoiam a continuidade da
empregabilidade dos funcionários e para a gestão de carreira
LA 12** Percentagem de funcionários que recebem análises de desempenho e de desenvolvimento da carreira
regularmente Ver Cap. “Colaboradores”

Diversidade e Igualdade de Oportunidades


LA 13* Composição dos grupos responsáveis pela governação corporativa e discriminação dos funcionários por
categoria, de acordo com o género, a faixa etária, minorias e outros indicadores de diversidade
LA 14** Proporção de remuneração média entre homens e mulheres discriminada por categoria de funcionário

Relatório de Sustentabilidade 2009


Indicador GRI Referência / Resposta

DESEMPENHO SOCIAL

Direitos Humanos
HR 1* Percentagem de acordos de investimento significativos que incluam cláusulas Em todos os contratos celebrados com fornecedores e
referentes a direitos humanos ou que foram submetidos a avaliações referentes prestadores de serviços os direitos humanos são salva-
a direitos humanos guardados pela lei em vigor.
HR 2* Percentagem dos principais fornecedores e empresas contratadas que foram Em todos os contratos celebrados com fornecedores e
submetidos a avaliações relativas a direitos humanos prestadores de serviços os direitos humanos são salva-
guardados pela lei em vigor, não tendo sido considerado
necessário realizar qualquer avaliação específica.
HR 3* Tipo de formação disponibilizada a funcionários em políticas e procedimentos Não foram realizadas ações de formação específicas sobre
relativos a aspetos de direitos humanos relevantes para as operações, incluindo direitos humanos.
o número de funcionários que beneficiaram de formação
HR 4* Casos de discriminação (nº de incidentes e ações de correção implementadas) Não foi identificado qualquer caso de discriminação
HR 5* Casos de violação de liberdade de associação e de acordo de negociação coletiva Não existe nenhum impedimento ao livre exercício da
liberdade de associação e de realização de acordos de
negociação colectiva
HR 6* Casos de trabalho infantil (nº de casos e ações corretivas implementadas) Não existe trabalho infantil
HR 7* Casos de trabalho forçado ou escravo (nº de casos e ações corretivas Não existe trabalho esforçado ou escravo
implementadas)
HR 8* Procedimentos para gerir reclamações e queixas do trabalho feitas por clientes, funcio- O Código de Ética e de Conduta do Grupo Parque EXPO
nários e comunidades, relativas aos direitos humanos, incluindo dispositivos para não prevê que para a comunicação de qualquer irregularidade
retaliação ou para a resolução de eventuais problemas seja utilizada a
caixa de correio eletrónico codigoetica@parqueexpo.pt.
HR 9* Percentagem do pessoal de segurança submetido a formação em políticas Não foram realizadas ações de formação específicas sobre
ou procedimentos da organização relativos a direitos humanos direitos humanos
HR 10* Incidentes que envolvam direitos dos povos indígenas Não aplicável

Sociedade
SO 1* Programas e práticas para avaliar e gerir os impactes das operações nas comunidades, Ver Cap. “Relacionamento com as Partes Interessadas”
incluindo a entrada, operação e saída
SO 2* Percentagem e número total de unidades de negócio–alvo de análise sobre riscos Ver Cap. “Modelo de Governo”
relacionados com corrupção
SO 3* Percentagem de funcionários formados no que diz respeito às políticas Não foram realizadas ações de formação específicas sobre
e procedimentos anti-corrupção da organização anti-corrupção
SO 4* Medidas tomadas em resposta a casos de corrupção Não foram detectados casos de corrupção
SO 5* Participação na elaboração de políticas públicas e lobbies Ver Cap. “Sustentabilidade nos Negócios”
SO 6** Valor total das contribuições a partidos políticos ou a instalações relacionadas, Não se registaram contribuições a partidos políticos
discriminadas por país
SO 7** Ocorrência de ações judiciais por concorrência desleal, antitrust e práticas Não se registou qualquer ação judicial
de monopólio e dos seus resultados

Responsabilidade pelo Produto


PR 1* Procedimentos para melhorar a saúde e a segurança em todo o ciclo de vida dos produtos Ver Cap. “Sustentabilidade nos Negócios”
e serviços
PR 2** Número e tipo de casos de não conformidade com regulamentos relativos aos efeitos dos Não se registou qualquer não conformidade
produtos e serviços na saúde e segurança
PR 3* Procedimentos para informações e rotulagem dos produtos e serviços Ver Cap. “Relacionamento com as Partes Interessadas”
PR 4** Nº e tipo de casos de não conformidade com regulamentos relativos a informações e Não se registou qualquer não conformidade
rotulagem de produtos e serviços
PR 5** Procedimentos relacionados com a satisfação do cliente, incluindo resultados com a satis- Ver Cap. “Relacionamento com as Partes Interessadas”
fação do cliente, incluindo resultados de pesquisas que medem a satisfação do cliente
PR 6** Procedimentos e programas de adesão às leis, normas e códigos voluntários relacionados As ações de comunicação do Grupo Parque EXPO estão
com comunicações de marketing incluindo publicidade, promoção e patrocínio sujeitas ao Código de Ética e de Conduta que prevê: “No
Número e tipo de casos de não conformidade com regulamentos relativos a comunicações relacionamento com a comunicação social, as empresas
de marketing incluindo publicidade, promoção e patrocínio do Grupo Parque EXPO, através dos meios adequados,
assegurarão informação completa, coerente, verdadeira,
transparente e em tempo útil.”
PR 7** Número e tipo de casos de não conformidade com regulamentos relativos a comunicações Não se registou qualquer não conformidade
de marketing incluindo publicidade, promoção e patrocínio
PR 8** Número de reclamações registadas relativas a violação da privacidade de clientes e consu- Não foi registada qualquer reclamação
midores
PR 9* Valor monetário de multas por não conformidade com leis e regulamentos relativos com a Não foi aplicada qualquer multa
provisão e utilização de produtos e serviços
A sua opinião é importante.
Para colocar alguma questão ou apresentar a sua opinião sobre o Relatório de
Sustentabilidade do Grupo Parque EXPO, por favor, contacte:

Sílvia Ventura
Núcleo de Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social
Parque EXPO 98, S.A. | Av. D. João II, Lt. 1.07.2.1 | 1998-014 Lisboa
Tel. 218 919 264
info@parqueexpo.pt

221 Relatório de Sustentabilidade 2009


Av. D. João II, Lote 1.07.2.1
1998-014 Lisboa
Tel.: 00351 218 919 898
Fax: 00351 218 919 003
E-mail: info@parqueexpo.pt

Relatório de Sustentabilidade 2009 222

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