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Esse é um trecho do livro Predestination do Dr. Gordon H.

Clark publicado pela


The Trinity Foundation

Fonte: Gordon H. Clark. Predestination (Kindle Locations 2375-2492). The Trinity


Foundation. Kindle Edition.

1ª Edição 15/01/19

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Tradução: Luan Tavares


Revisão: Daniel Gomide
Capa: Natanael Benvindo
ISAÍAS 45 e
A
SOBERANIA
AVASSALADORA
DE
DEUS

GORDON H. CLARK
Que diz a Escritura em outro lugar? ‘Os filhos de Eli não obedeceram ao pai,
porque Deus os queria matar’ [1Sm 2.25]. Proclama ainda outro Profeta: ‘Deus,
que habita no céu, faz tudo quanto quer’ [Sl 115.3]. E, com clareza suficiente, já
mostrei que todas essas coisas que esses censores querem que aconteçam somente
por sua permissão passiva, Deus é chamado o autor de todas elas. Ele testifica que
cria a luz e as trevas, que ‘forma o bem e o mal’ [Is 45.7]; que nada de mau
acontece que ele mesmo não o tenha feito [Am 3.6].

CALVINO, João. As Institutas: edição clássica. São Paulo: Cultura Cristã, v. I, 233
p.
1

ISAÍAS

Isaías 45 é uma afirmação avassaladora da soberania de Deus. O capítulo


começa com Ciro, o ungido do Senhor, e uma declaração do que Deus fará por ele
e para ele. Então vem o que é provavelmente a declaração mais exaltada na Bíblia
sobre a soberania de Deus. Ela é totalmente destrutiva do arminianismo. Os
versículos posteriores, claros em si mesmos, não devem ser ignorados; mas a seção
intermediária pede elogios. O versículo 5 é apenas um lembrete do todo: “Eu sou o
SENHOR, e não há outro; fora de mim não há Deus; eu te cingirei, ainda que tu
não me conheças”.

É uma vergonha interromper até mesmo uma citação incompleta, mas a


tarefa atual é chamar atenção para o seu significado. Deus cingiu Ciro, embora
Ciro não soubesse disso. Não se deve supor que, quando Deus cinge, guia e
controla alguém, a pessoa está ciente disso. Até mesmo a regeneração, como os
puritanos apontaram, não é uma experiência consciente; muito menos o controle
de Deus do Faraó, Absalão ou Ciro. O conhecimento deles vem depois, se é que
acontece. Então o texto continua: “Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz,
e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas”.
As duas teses mais inaceitáveis para os arminianos são que Deus é a causa
do pecado e que Deus é a causa da salvação. Em ambos os casos, os arminianos
imploram para o livre-arbítrio. O homem é a primeira causa de seu pecado e,
ainda independente de Deus, o homem é a primeira causa de sua conversão. Isaías
neste versículo torna o arminianismo biblicamente impossível.
A Bíblia Scofield é um bom exemplo de como os arminianos tentam fugir
do significado claro do versículo. Scofield diz: “A palavra hebraica ‫[ ַרע‬é]
traduzida como ‘tristeza’, ‘miséria’, ‘adversidade’, ‘aflições’, ‘calamidades’, mas
nunca [é] traduzida como pecado. Deus criou o mal somente no sentido de que ele
fez a tristeza, a miséria, etc., para ser os frutos certos do pecado”.
Agora, o ponto mais notável sobre a nota de Scofield é que ele declarou a
verdade quando disse: “ ‫רע‬...
ַ nunca [é] traduzida como pecado”. Como ele poderia
ter feito tal declaração, sabendo que era verdade? A única resposta é que ele deve
ter examinado todos os exemplos de ‫ ַרע‬no texto hebraico e, em seguida, ele deve
ter determinado que em nenhum caso a King James traduziu como pecado. E isso
2

é absolutamente verdade. Mas se ele comparou cada ocorrência de ‫ ַרע‬com sua


tradução em todos os casos, ele não poderia deixar de notar que ‫ ַרע‬em Gênesis
6:5 e em vários outros lugares é traduzido como maldade. De fato, ‫ ַרע‬é traduzido
como maldade cerca de cinquenta vezes. Scofield não poderia deixar de notar
isso; então ele diz apenas com verdade, ‫ ַרע‬nunca é traduzido como pecado. Já que
Scofield favorece a palavra mal, uma lista parcial dos versículos em que esta
tradução ocorre será dada; e em segundo lugar, haverá uma lista parcial em que
mal ou maldade é usada.
Percorrendo a Bíblia, Scofield deve ter lido até Gênesis 2:9, 17; 3:5, 22;
6:5; 8:21; 44:4; 48:16; 50:15,17,20. “O conhecimento do bem e do mal” não é
simplesmente um conhecimento de tristeza ou calamidade; é principalmente um
conhecimento de desobediência e pecado. Similarmente, Gênesis 3:5, 22 se refere
tanto ao pecado quanto à sua punição. De fato, Gênesis 3:22 dificilmente se refere
apenas à punição. É verdade que Adão foi banido do jardim; mas a palavra mal no
versículo refere-se a sua desobediência e pecado.
Qualquer desculpa esfarrapada pode ser dada para excluir o pecado e reter
apenas a punição nos quatro versículos anteriores, Gênesis 6:5 é clara e
incontestavelmente uma referência ao pecado. Deus não viu “adversidade” ou
“aflições”; ele viu pensamentos pecaminosos. ‫רע‬,ַ neste versículo de qualquer
forma, significa pecado. O mesmo é verdade em Gênesis 8:21. De fato, o pecado e
sua punição estão separados aqui. Deus não mais amaldiçoará ou ferirá, como
acabara de fazer, pois o coração do homem é mau. O dilúvio foi um castigo, mas o
mal era o coração pecador do homem.
Perto do final de Gênesis, ‫ ַרע‬refere-se a um suposto roubo, muitos pecados
dos quais o anjo redimiu Jacó, e três vezes aos pecados dos irmãos contra José.
Em 50:17 novamente o pecado é facilmente distinguível da punição temida.
É necessário percorrer todo o Antigo Testamento para mostrar que ‫ַרע‬
frequentemente significa pecado como distinto de sua punição? Não deveria ser
necessário; mas para mostrar a difusão da doutrina e da perversidade do
arminianismo, algo de 2 Crônicas será listado: 22:4; 29:6; 33:2, 6; 36:5, 9, 12.
Acabe fez o que era mau aos olhos do Senhor. Nossos pais transgrediram e
fizeram o mal aos olhos do Senhor. Manassés fez o mal aos olhos do Senhor. Ele
fez muito mal aos olhos do Senhor. Jeoaquim fez mal aos olhos do Senhor. Ele fez
o mal aos olhos do Senhor.
O mal, ‫רע‬,ַ não é traduzido uma única vez como pecado. Muito estranho,
porém verdade.
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Então há Isaías 56:2; 57:1; 59:7, 15; 65:12; 66:4. Todos exemplos de ‫רע‬,ַ ou
mal.

Agora, se Scofield soubesse que ‫ ַרע‬nunca foi traduzido como pecado, ele
deve ter sabido que muitas vezes era traduzido como maldade. Maldade ou mau,
como a tradução de ‫רע‬,ַ ocorre em Gênesis 6:5; 13:13; 38:7; 39:9. Também em
Deuteronômio 13:11 e 17:2. Também em 1 Samuel 30:22; 2 Samuel 3:39; 1 Reis
2:44; Neemias 9:35; Ester 7:6, 9, 25; e Provérbios 21:12; 26:23, 26. Esses não são
os únicos exemplos.
Scofield disse a verdade literal quando afirmou que ‫ ַרע‬nunca é traduzido
como pecado. Mas nada poderia ser mais falso do que a afirmação dele de que
“Deus criou o mal apenas no sentido de que ele fez com que a tristeza, a desgraça,
etc. fossem os frutos certos do pecado”.
O significado bíblico da palavra ‫ ַרע‬já foi abundantemente esclarecido. Mas
há outro ponto também. Se ‫ ַרע‬significa simplesmente calamidades externas, então
a palavra paz, que Deus também cria, só pode significar paz militar. As frases são
paralelas. Mas esta interpretação reduz o versículo, ou esta parte do versículo, à
trivialidade. Até mesmo o versículo 1 dificilmente pode ser restrito a assuntos
puramente políticos. O versículo 3 fala de tesouros das trevas, riquezas ocultas e
conhecimento de Deus. Jacó, meu servo, e Israel, meus eleitos, não são frases que
se restringem à política e à economia. O versículo 6 fala da extensão do
conhecimento de Deus em todo o mundo. Então vem “eu faço a paz e crio o mal”.
Meramente paz militar? Não é paz com Deus? O versículo seguinte fala da justiça
caindo do céu, não como orvalho, mas como chuva torrencial: “Produza a
salvação, e ao mesmo tempo frutifique a justiça; eu, o SENHOR, as criei”.
Ó Arminiano, arminiano, que distorces os profetas e interpretas mal os que
te são enviados; Quantas vezes eu contei a teus filhos a pura verdade... e tu não os
deixastes entender!
Ainda há mais neste capítulo de Isaías. Mais uma vez encontramos o
Oleiro e o barro. Isso indica que Deus não é responsável pelo homem. Ai do
homem que reclama que Deus fez dele ou de qualquer outra pessoa um vaso de
desonra. O barro não tem “direitos” contra o Oleiro. Nem tem livre-arbítrio para
decidir que tipo de taça ou jarro deve ser.
O lado sombrio e desagradável da doutrina, precisamente porque é
desagradável, é ofensivo ao orgulho humano. Mas os dois lados são lados da
mesma moeda. Deus é soberano em misericórdia também. Depois de enfatizar o
poder criativo de Deus em 45:12, Isaías continua: “Eu o despertei [Ciro] em
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justiça, e todos os seus caminhos endireitarei”. Isso se aplica a tudo o que Ciro
fez. É claro que Isaías, que fez a previsão, e os judeus devotos que a cumpriram
estavam principalmente interessados no tratamento dado por Ciro a eles; mas
Deus dirigiu Ciro em todos os detalhes de seu império e em todos os detalhes de
sua vida privada.
O que a Bíblia afirma tão claramente, o Dr. Clines nega. Na página 122,
ele escreve:
Não se pode mostrar que os profetas acreditavam em um plano
fixo que se estendia desde o início até o fim da história mundial
[...]. As previsões proféticas [...] não significam que todos os
eventos da história se movem em direção a um objetivo divino.
Eles são, antes, uma afirmação de que, dentro da história, Deus
está trabalhando com seus propósitos.

Agora, Isaías 45:13 não menciona todas as ações dos juízes ou dos últimos
reis de Judá e Israel. No entanto, de forma clara e explícita, menciona todos os
caminhos de Ciro. Mas então o Dr. Clines, em sua Predestination in the Old
Testament [Predestinação no Antigo Testamento] não apenas pula sobre Juízes e
Reis, ele também não tem nenhuma seção sobre Isaías. É certo que há dois, ou
talvez três, versículos citados; e há quatro ou cinco versículos referidos por
número; mas a grande quantidade de material decisivo, como é dado aqui, o Dr.
Clines omite. O calvinista não quer “deixar de ver toda a gama de revelação
bíblica sobre o assunto” (p. 110).
O próximo capítulo é igualmente vigoroso. Isaías 46:10,11 diz: “Anuncio o
fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam;
que digo: O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade. [...]; porque
assim o disse, e assim o farei vir; eu o formei, e também o farei”.
Desde o princípio, Deus se propôs a usar Ciro, e ele o fez. Deus
determinou que Daniel fizesse isto e aquilo, e Deus fez acontecer. Deus predisse
que um dos discípulos de Cristo deveria traí-lo, e Deus executou seu decreto
eterno em Judas. Deus se propôs a regenerar Pedro, João e Paulo. Também
agradou a Deus que Hank1 Aaron fizesse mais home runs do que Babe Ruth, e o
arremessador não poderia ter feito melhor nem o batedor pior. O que Deus propõe,
ele faz. Que ninguém erga as sobrancelhas com a menção de Hank Aaron. Se este

1 Nota do Tradutor: Henry Louis “Hank” Aaron é um jogador do beisebol norte-americano


aposentado e membro do Salão da fama do Beisebol. Em sua carreira fez 755 home runs,
passando a marca anterior de 714 feitos por Babe Ruth, apesar dele ter uma carreira mais longa.
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capítulo abrangesse o Novo Testamento, ficaria claro que Deus determinou o


número de cabelos da cabeça de Hank Aaron.
Poucos capítulos da Bíblia são tão sublimes quanto Isaías 53. Ele começa
com uma previsão da morte do Messias. Esta previsão e todas as outras previsões
pressupõem que Deus pode e controla todos os fatores que influenciam o
resultado. Essa previsão em particular pode não ser tão direta na escolha de algum
camponês chinês que viveu em 800 d.C.; mas certamente vale para Anás, Caifás, o
soldado que perfurou Jesus, e mais diretamente para José de Arimateia.
É provável que os arminianos digam que, se Caifás em sua liberdade não
quisesse exercer, algum outro sumo sacerdote teria feito isso. Mas se o outro
sacerdote também tivesse livre-arbítrio, talvez ele tivesse escolhido o vigésimo de
Nisã, e não o décimo quarto. E se os soldados tivessem livre-arbítrio, poderiam ter
quebrado as pernas de Jesus. Que eles não poderiam ter escolhido o que fazer é
garantido por Êxodo 12:46 e Números 9:12.
Há mais. Quando foi do agrado do Senhor feri-lo, e o Senhor faz tudo do
seu agrado, o Messias viu sua semente, os “muitos” que João chama seu povo; ele
viu a obra de sua alma e ficou satisfeito. Agora, se Jesus na cruz tivesse a intenção
de salvar os perversos habitantes de Sodoma e Gomorra, já condenados no
Inferno, suas intenções teriam sido derrotadas, e ele não teria ficado satisfeito.
Jesus não pretendia salvar a todos. Ele pretendia salvar sua semente.
Os arminianos geralmente tentam escapar da força desse argumento,
respondendo que Jesus nunca pretendeu salvar ninguém. Ele só pretendia tornar a
salvação possível para todos. Os calvinistas insistem que Cristo providenciou a
salvação, a salvação real, para aqueles que o Pai o deu. A salvação é real, não
apenas uma chance. Como um truque de publicidade, o supermercado pode
oferecer a todos uma chance em cinquenta libras de açúcar. Mas uma chance não é
açúcar. Que Cristo não pretendeu conceder salvação real a ninguém é amplamente
refutado pela escolha de Abraão por Deus. Certamente, Cristo pretendia aplicar
seus méritos aos amigos de Deus. O Cordeiro que foi morto desde a fundação do
mundo não tinha a intenção de salvar aqueles cujos nomes não estavam escritos
no livro da vida desde a fundação do mundo (Apocalipse 13:8 e 17:8), mas ele
certamente pretendia salvar as pessoas que seu Pai o havia dado.
Esta ideia principal é explicitamente expressa novamente em Isaías 55:11:
“Assim será a minha palavra, que sair da minha boca; ela não voltará para mim
vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei”. O
exemplo imediato disso é o seguinte versículo: “Porque com alegria saireis, e em
paz sereis guiados...”.
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Há, de fato, versículos sobre a reprovação, como Isaías 45:7; mas nesses
dois capítulos vemos a graça livre que impede as tragédias do livre-arbítrio. A
Palavra de Deus realiza sua intenção. Volte primeiro para Isaías 49, que acabamos
de passar em silêncio:
“Ouvi-me, [...] vós, povos de longe: O SENHOR me chamou
desde o ventre [...]. E fez a minha boca como uma espada aguda
[...] e me disse: Tu és meu servo; és Israel, aquele por quem hei
de ser glorificado. [...]. E agora diz o SENHOR, que me formou
desde o ventre para ser seu servo [...]; porém Israel não se deixará
ajuntar; contudo aos olhos do SENHOR serei glorificado [...].
Disse mais: Pouco é que sejas o meu servo [...]. Também te dei
para luz dos gentios [...].”
E o homem respondeu: “Oh, não! Não serei teu servo; Não serei
uma luz para os gentios; e tu não podes me obrigar, pois tenho
livre- arbítrio”.

Felizmente, essas últimas três linhas têm uma fraca atestação textual.

O ponto é que, quando Deus diz que fará alguma coisa, e por meio do
homem que ele escolhe, seja Ciro ou Judas, o agente não tem vontade própria de
resistir. Ele é barro e o Oleiro o moldou para o seu propósito. A profecia é um
importante testemunho da predestinação. Isaías 60 prediz:
Sobre ti o SENHOR virá surgindo, e os gentios caminharão à tua
luz [...], e publicarão os louvores do SENHOR. E os filhos dos
estrangeiros edificarão os teus muros, e os seus reis te servirão;
porque no meu furor te feri, mas na minha benignidade tive
misericórdia de ti. [...]. A glória do Líbano virá a ti [...]. Também
virão a ti, inclinando-se, os filhos dos que te oprimiram; e
prostrar- se-ão às plantas dos teus pés todos os que te
desprezaram; e chamar-te-ão a cidade do SENHOR [...]. E
saberás que eu sou o SENHOR [...]. Aos teus muros chamarás
Salvação, e às tuas portas Louvor. Nunca mais te servirá o sol
para luz do dia [...]; mas o SENHOR será a tua luz perpétua, e o
teu Deus a tua glória.

Nossos oponentes tentarão descartar tudo isso como irrelevante. Esses


versículos, eles dirão, referem-se a grandes grupos de pessoas, e Deus também
encontrará alguém para fazer o que ele prevê: se uma pessoa não o escolher
livremente, outra o fará. Entre um bilhão de pessoas, alguém também buscará o
Senhor e fará sua vontade.
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Mas o Salmo 14:1-3 já afirmou o contraditório: “Não há quem faça o


bem”. O Senhor olhou do céu — como dizem os arminianos, para aprender o que
os seres independentes estão aprontando — para ver se há aqueles que entenderam
e buscaram a Deus. [Mas, não]: “Desviaram-se todos [...]: não há quem faça o
bem, não há sequer um”. Mais tarde, Ezequiel irá vê-los como um vale de ossos
secos.
Agora, note que em Isaías 60:19-21 o importante não é poder político e
prestígio externo. Ali diz, o povo será justo. Esta é a predestinação em Cristo para
a vida eterna. Esta é “a obra das minhas mãos, para que eu seja glorificado”. Sem
dúvida, o Senhor usa meios no processo de santificação; mas os meios são
eficazes, ou então ele não poderia fazer todo o seu prazer e o Messias não estaria
satisfeito.
Note também que, embora existam grandes movimentos históricos e
sociais de massas de pessoas, esses movimentos de massa são realizados por
indivíduos que escolhem essa linha de ação. Deus pode abençoar uma era com um
Grande Despertar. Mas, para isso, um indivíduo após o outro deve ser
individualmente despertado de seu sono pecaminoso da morte.
Isaías 64:8 será o último da lista deste grande livro do Antigo Testamento.
Sem dúvida, alguns versículos dos dois últimos capítulos poderiam ser
acrescentados. Isaías 65:9 faz uma previsão; 65:15 fala daqueles a quem Deus
escolheu; 65:22 refere-se aos eleitos de Deus. O capítulo 66 começa com uma
expressão da soberania de Deus: “O céu é o meu trono, e a terra o escabelo dos
meus pés”. Então, vem a denúncia daqueles que “escolheram seus próprios
caminhos”; ao que se acrescenta: “Eu escolherei as suas calamidades”. Aqui está
novamente um caso de Deus controlando a mente de um homem. O homem deve
pensar no que Deus o faz pensar, mesmo quando esses pensamentos são delírios.
Da mesma forma, quando os pensamentos são bons pensamentos: “Abriria eu a
madre, e não geraria?”. Isto não é literal nascimento físico, mas: “Regozijai-vos
[...] que mameis, e vos farteis dos peitos das suas consolações; para que sugueis, e
vos deleiteis com a abundância da sua glória [...] e a glória dos gentios”.
Depois de passagens como estas, quem pode limitar o poder de Deus ou a
sua atividade efetiva?
Mas o último versículo a ser citado será Isaías 64:8. É o mesmo que
ouvimos antes. Aqui está expresso, não como declaração de Deus, mas como
atribuição do homem de louvor a Deus. “Mas agora, ó SENHOR, tu és nosso Pai;
nós o barro e tu o nosso Oleiro; e todos nós a obra das tuas mãos”.
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Tende o teu próprio caminho, Senhor, tende o teu próprio


caminho. Mantenhas sobre mim o teu domínio absoluto. 2

A essa altura, os arminianos, se pudessem continuar a ler até aqui,


reclamarão em voz alta que o escritor selecionou todos os versículos calvinistas e
nenhum dos versículos arminianos. Bem, o escritor não havia encontrado nenhum
versículo arminiano. No entanto, existem alguns versículos que os arminianos
usam, e Jeremias 4:4 pode ser um deles. É uma citação ou repetição de
Deuteronômio 10:16: “Circuncidai, pois, o prepúcio do vosso coração”. Isaías
1:16,17 são essencialmente semelhantes: “Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade
de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer mal”. Esses versículos
não afirmam que um malfeitor pode mudar seu coração, purificar e regenerar a si
mesmo?

2 Nota do Tradutor: Em inglês: “Have Thine own way, Lord, have Thine own way / Hold o’er my
being absolute sway”. É um hino cristão com letras de Adelaide A. Pollard e música de George C.
Stebbins. Foi publicado pela primeira vez em 1907.
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