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27/01/2019 Astronomia – Wikipédia, a enciclopédia livre

Astronomia
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Astronomia é uma ciência natural que estuda corpos celestes (como
estrelas, planetas, cometas, nebulosas, aglomerados de estrelas, galáxias) e
fenômenos que se originam fora da atmosfera da Terra (como a radiação
cósmica de fundo em micro-ondas). Preocupada com a evolução, a física, a
química e o movimento de objetos celestes, bem como a formação e o
desenvolvimento do universo.

A astronomia é uma das mais antigas ciências. Culturas pré-históricas


deixaram registrados vários artefatos astronômicos, como Stonehenge, os Formação estrelar na Grande
Nuvem de Magalhães, uma galáxia
montes de Newgrange e os menires. As primeiras civilizações, como os
irregular.
babilônios, gregos, chineses, indianos, iranianos e maias realizaram
observações metódicas do céu noturno. No entanto, a invenção do
telescópio permitiu o desenvolvimento da astronomia moderna.
Historicamente, a astronomia incluiu disciplinas tão diversas como
astrometria, navegação astronômica, astronomia observacional e a
elaboração de calendários. Durante o período medieval, seu estudo era
obrigatório e estava incluído no Quadrivium que, junto com o Trivium,
compunha a metodologia de ensino das sete Artes liberais.[1]

Durante o século XX, o campo da astronomia profissional dividiu-se em


dois ramos: a astronomia observacional e a astronomia teórica.[2] A
primeira está focada na aquisição de dados a partir da observação de
objetos celestes, que são então analisados utilizando os princípios básicos
da física. Já a segunda é orientada para o desenvolvimento de modelos Mosaico da Nebulosa do
analíticos que descrevem objetos e fenômenos astronômicos. Os dois Caranguejo, remanescente de uma
supernova.
campos se complementam, com a astronomia teórica procurando explicar
os resultados observacionais, bem com as observações sendo usadas para
confirmar (ou não) os resultados teóricos.

Os astrônomos amadores têm contribuído para muitas e importantes descobertas astronômicas. A astronomia é uma
das poucas ciências onde os amadores podem desempenhar um papel ativo, especialmente na descoberta e observação
de fenômenos transitórios.[3][4]

A Astronomia não deve ser confundida com a astrologia, sistema de crença que afirma que os assuntos humanos estão
correlacionados com as posições dos objetos celestes. Embora os dois campos compartilhem uma origem comum,
atualmente eles estão totalmente distintos.[5]

Índice
História
Campos
Astronomia observacional
Radioastronomia
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Astronomia infravermelha
Astronomia óptica
Astronomia ultravioleta
Astronomia de raios-X
Astronomia de raios gama
Campos não baseados no espectro eletromagnético
Astrometria e mecânica celeste
Subcampos específicos
Astronomia solar
Ciência planetária
Astronomia estelar
Astronomia galáctica
Astronomia extragaláctica
Cosmologia
Astronomia teórica
Campos interdisciplinares
Atuação profissional
No Brasil
Dia do astrônomo
Ferramentas astronômicas
Ver também
Referências
Ligações externas

História
Inicialmente, a astronomia envolveu somente a observação e a
previsão dos movimentos dos objetos no céu que podiam ser vistos a
olho nu. O Rigveda refere-se aos 27 asterismos ou nakshatras
associados aos movimentos do Sol e também às doze divisões
zodiacais do céu. Durante milhares de anos, as pessoas investigaram o
espaço e a situação da Terra. No ano 4.000 a.C., os egípcios
desenvolveram um calendário baseado no movimento dos objetos
celestes. A observação dos céus levou à previsão de eventos como os
eclipses. Os antigos gregos fizeram importantes contribuições para a
astronomia, entre elas a definição de magnitude aparente. A Bíblia
Pôr do sol no dia do equinócio no sítio
contém um número de afirmações sobre a posição da Terra no
pré-histórico de Pizzo Vento em
universo e sobre a natureza das estrelas e dos planetas, a maioria das
Fondachelli Fantina, Sicília
quais são poéticas e não devem ser interpretadas literalmente; ver
Cosmologia bíblica. Nos anos 500, Aryabhata apresentou um sistema
matemático que considerava que a Terra rodava em torno do seu eixo e que os planetas se deslocavam em relação ao
Sol.

O estudo da astronomia quase parou durante a Idade Média, à exceção do trabalho dos astrónomos árabes. No final do
século IX, o astrónomo árabe al-Farghani (Abu'l-Abbas Ahmad ibn Muhammad ibn Kathir al-Farghani) escreveu
extensivamente sobre o movimento dos corpos celestes. No século XII, os seus trabalhos foram traduzidos para o
latim, e diz-se que Dante aprendeu astronomia pelos livros de al-Farghani.

No final do século X, um observatório enorme foi construído perto de Teerã, Irã, pelo astrônomo al-Khujandi, que
observou uma série de trânsitos meridianos do Sol, que permitiu-lhe calcular a obliquidade da eclíptica, também
conhecida como a inclinação do eixo da Terra relativamente ao Sol. Como sabe-se hoje, a inclinação da Terra é de
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aproximadamente 23°34', e al-Khujandi mediu-a como sendo 23°32'19". Usando esta informação, compilou também
uma lista das latitudes e das longitudes de cidades principais.

Omar Khayyam (Ghiyath al-Din Abu'l-Fath Umar ibn Ibrahim al-Nisaburi al-Khayyami) foi um grande cientista,
filósofo e poeta persa que viveu de 1048 a 1131. Compilou muitas tabelas astronômicas e executou uma reforma do
calendário que era mais exato do que o Calendário Juliano e se aproximava do Calendário Gregoriano. Um feito
surpreendente era seu cálculo do ano como tendo 365,24219858156 dias, valor esse considerando a exatidão até a
sexta casa decimal se comparado com os números de hoje, indica que nesses 1000 anos pode ter havido algumas
alterações na órbita terrestre.

Durante o Renascimento, Copérnico propôs um modelo heliocêntrico do Sistema Solar. No século XIII, o imperador
Hulagu, neto de Gengis Khan e um protetor das ciências, havia concedido ao conselheiro Nasir El Din Tusi autorização
para edificar um observatório considerado sem equivalentes na época. Entre os trabalhos desenvolvidos no
observatório de Maragheh e a obra "De Revolutionibus Orbium Caelestium" de Copérnico, há algumas semelhanças
que levam os historiadores a admitir que este teria tomado conhecimento dos estudos de Tusi, através de cópias de
trabalhos deste existentes no Vaticano.

O modelo heliocêntrico do Sistema Solar foi defendido, desenvolvido e corrigido por Galileu Galilei e Johannes Kepler.
Kepler foi o primeiro a desenvolver um sistema que descrevesse corretamente os detalhes do movimento dos planetas
com o Sol no centro. No entanto, Kepler não compreendeu os princípios por detrás das leis que descobriu. Estes
princípios foram descobertos mais tarde por Isaac Newton, que mostrou que o movimento dos planetas se podia
explicar pela Lei da gravitação universal e pelas leis da dinâmica.

Constatou-se que as estrelas são objetos muito distantes. Com o advento da Espectroscopia provou-se que são
similares ao nosso próprio Sol, mas com uma grande variedade de temperaturas, massas e tamanhos. A existência de
nossa galáxia, a Via Láctea, como um grupo separado das estrelas foi provada somente no século XX, bem como a
existência de galáxias "externas", e logo depois, a expansão do universo dada a recessão da maioria das galáxias de
nós. A Cosmologia fez avanços enormes durante o século XX, com o modelo do Big Bang fortemente apoiado pelas
evidências fornecidas pela Astronomia e pela Física, tais como a radiação cósmica de micro-ondas de fundo, a Lei de
Hubble e a abundância cosmológica dos elementos.

Campos
Por ter um objeto de estudo tão vasto, a astronomia é dividida em
muitas áreas. Uma distinção principal é entre a astronomia teórica e a
observacional. Observadores usam vários meios para obter dados
sobre diversos fenômenos, que são usados pelos teóricos para criar e
testar teorias e modelos, para explicar observações e para prever
novos resultados. O observador e o teórico não são necessariamente
pessoas diferentes e, em vez de dois campos perfeitamente
delimitados, há um contínuo de cientistas que põem maior ou menor
ênfase na observação ou na teoria.
Nebulosa planetária de Formiga. A
Os campos de estudo podem também ser categorizados quanto: ejecção de gás da estrela no centro da
imagem tem padrões de simetria
ao assunto: em geral de acordo com a região do espaço (ex. diferentes dos padrões caóticos
Astronomia galáctica) ou aos problemas por resolver (tais como esperados para uma explosão ordinária.
formação das estrelas ou cosmologia).
à forma como se obtém a informação (essencialmente, que faixa
do espectro eletromagnético é usada).

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Enquanto a primeira divisão se aplica tanto a observadores como também a teóricos, a segunda se aplica a
observadores, pois os teóricos tentam usar toda informação disponível, em todos os comprimentos de onda, e
observadores frequentemente observam em mais de uma faixa do espectro.

Astronomia observacional
Na astronomia, a principal forma de obter informação é através da
detecção e análise da luz visível ou outras regiões da radiação
eletromagnética. Mas a informação é adquirida também por raios
cósmicos, neutrinos, e, no futuro próximo, ondas gravitacionais (veja
LIGO e LISA).

Uma divisão tradicional da astronomia é dada pela faixa do espectro


eletromagnético observado. Algumas partes do espectro podem ser
observadas da superfície da Terra, enquanto outras partes só são
observáveis de grandes altitudes ou no espaço.

Radioastronomia
A radioastronomia estuda a radiação com comprimento de onda Astronomia extragaláctica: exemplo de
maior que aproximadamente 1 milímetro.[6] A radioastronomia é lente gravitacional. Esta imagem,
diferente da maioria das outras formas de astronomia observacional captada pelo telescópio espacial Hubble,
mostra vários objetos azuis em forma de
pelo fato de as ondas de rádio observáveis poderem ser tratadas como
espiral que, na verdade, são imagens
ondas ao invés de fótons discretos. Com isso, é relativamente mais
múltiplas de uma mesma galáxia. A
fácil de medir a amplitude e a fase das ondas de rádio.[6] imagem original da galáxia é multiplicada
pelo efeito de lente gravitacional causado
Apesar de algumas ondas de rádio serem produzidas por objetos pelo aglomerado de galáxias elípticas e
astronômicos na forma de radiação térmica, a maior parte das espirais de cor amarela que aparecem no
emissões de rádio que são observadas da Terra são vistas na forma de centro da fotografia. A lente gravitacional
radiação síncrotron, que é produzida quando elétrons ou outras deve-se ao campo gravitacional gerado
partículas eletricamente carregadas descrevem uma trajetória curva pelo aglomerado, que curva e distorce a
luz de objetos mais distantes.
em um campo magnético.[6] Adicionalmente, diversas linhas
espectrais produzidas por gás interestelar, notadamente a linha
espectral do hidrogênio de 21 cm, são observáveis no comprimento de onda de rádio.[6][7]

Uma grande variedade de objetos são observáveis no comprimento de onda de rádio, incluindo supernovas, gás
interestelar, pulsares e núcleos de galáxias ativas.[6][7]

Astronomia infravermelha
A astronomia infravermelha lida com a detecção e análise da radiação infravermelha (comprimentos de onda maiores
que a luz vermelha). Exceto por comprimentos de onda mais próximas à luz visível, a radiação infravermelha é na
maior parte absorvida pela atmosfera, e a atmosfera produz emissão infravermelha numa quantidade significante.
Consequentemente, observatórios de infravermelho precisam estar localizados em lugares altos e secos, ou no espaço.

O espectro infravermelho é útil para estudar objetos que são muito frios para emitir luz visível, como os planetas e
discos circunstrelares. Comprimentos de onda infravermelha maior podem também penetrar nuvens de poeira que
bloqueiam a luz visível, permitindo a observação de estrelas jovens em nuvens moleculares e o centro de galáxias.[8]
Algumas moléculas radiam fortemente no infravermelho, e isso pode ser usado para estudar a química no espaço,
assim como detectar água em cometas.[9]

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Astronomia óptica
Historicamente, a astronomia óptica (também chamada de astronomia da luz visível) é a forma mais antiga da
astronomia.[10] Imagens ópticas eram originalmente desenhadas à mão. No final do século XIX e na maior parte do
século XX as imagens eram criadas usando equipamentos fotográficos. Imagens modernas são criadas usando
detectores digitais, principalmente detectores usando dispositivos de cargas acoplados (CCDs). Apesar da luz visível
estender de aproximadamente 4000 Å até 7000 Å (400 nm até 700 nm),[10] o mesmo equipamento usado nesse
comprimento de onda é também usado para observar radiação de luz visível próxima a ultravioleta e infravermelho.

Astronomia ultravioleta
A astronomia ultravioleta é normalmente usada para se referir a observações no comprimento de onda ultravioleta,
aproximadamente entre 100 e 3200 Å (10 e 320 nm).[6] A luz nesse comprimento de onda é absorvida pela atmosfera
da Terra, então as observações devem ser feitas na atmosfera superior ou no espaço.

A astronomia ultravioleta é mais utilizada para o estudo da radiação térmica e linhas de emissão espectral de estrelas
azul quente (Estrela OB) que são muito brilhantes nessa banda de onda. Isso inclui estrelas azuis em outras galáxias,
que têm sido alvos de várias pesquisas nesta área. Outros objetos normalmente observados incluem a nebulosa
planetária, remanescente de supernova, e núcleos de galáxias ativas.[6] Entretanto, a luz ultravioleta é facilmente
absorvida pela poeira interestelar, e as medições da luz ultravioleta desses objetos precisam ser corrigidas.[6]

Astronomia de raios-X
A astronomia de raio-X é o estudo de objetos astronômicos no comprimento de onda de raio-X. Normalmente os
objetos emitem radiação de raio-X como radiação síncrotron (produzida pela oscilação de elétrons em volta de campos
magnéticos), emissão termal de gases finos (chamada de radiação Bremsstrahlung) maiores que 107 kelvin, e emissão
termal de gases grossos (chamada radiação de corpo negro) maiores que 107 kelvin.[6] Como os raio-X são absorvidos
pela atmosfera terrestre todas as observações devem ser feitas de balões de grande altitude, foguetes, ou naves
espaciais.

Fontes de raio-X notáveis incluem binário de raio X, pulsares, remanescentes de supernovas, galáxias elípticas,
aglomerados de galáxias e núcleos galácticos ativos.[6]

Astronomia de raios gama


A astronomia de raios gama é o estudo de objetos astronômicos que usam os menores comprimentos de onda do
espectro eletromagnético. Os raios gama podem ser observados diretamente por satélites como o observatório de raios
Gama Compton ou por telescópios especializados chamados Cherenkov.[6] Os telescópios Cherenkov não detectam os
raios gama diretamente mas detectam flasses de luz visível produzidos quando os raios gama são absorvidos pela
atmosfera da Terra.[11]

A maioria das fontes emissoras de raio gama são na verdade Erupções de raios gama, objetos que produzem radiação
gama apenas por poucos milisegundos a até milhares de segundos antes de desaparecerem. Apenas 10% das fontes de
raio gama são fontes não-transendentes, incluindo pulsares, estrelas de nêutrons, e candidatos a buracos negros como
núcleos galácticos ativos.[6]

Campos não baseados no espectro eletromagnético


Além da radiação eletromagnética outras coisas podem ser observadas da Terra que se originam de grandes distâncias.

Na Astronomia de neutrinos, astrônomos usam laboratórios especiais subterrâneos como o SAGE, GALLEX e
Kamioka II/III para detectar neutrinos. Esses neutrinos se originam principalmente do Sol, mas também de
supernovas.[6]

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Raios cósmicos consistindo de partículas de energia muito elevada podem ser observadas chocando-se com a
atmosfera da terra.[12] No futuro, detectores de neutrino poderão ser sensíveis aos neutrinos produzidos quando raios
cósmicos atingem a atmosfera da Terra.[6]

Foram construídos alguns observatórios de ondas gravitacionais como o Laser Interferometer Gravitational
Observatory (LIGO) mas as ondas gravitacionais são extremamente difíceis de detectar.[13] No final de 2015,
pesquisadores do projeto LIGO (Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory) observaram "distorções no
espaço e no tempo" causadas por um par de buracos negros com trinta massas solares em processo de
fusão.[14][15][16][17]

A astronomia planetária tem se beneficiado da observação direta pelos foguetes espaciais e amostras no retorno das
missões. Essas missões incluem fly-by missions com sensores remotos; veículos de aterrissagem que podem realizar
experimentos no material da superfície; missões que permitem ver remotamente material enterrado; e missões de
amostra que permitem um exame laboratorial direto.

Astrometria e mecânica celeste


Um dos campos mais antigos da astronomia e de todas as ciências, é a medição da posição dos objetos celestiais.
Historicamente, o conhecimento preciso da posição do Sol, Lua, planetas e estrelas era essencial para a navegação
celestial.

A cuidadosa medição da posição dos planetas levou a um sólido entendimento das perturbações gravitacionais, e a
capacidade de determinar as posições passadas e futuras dos planetas com uma grande precisão, um campo conhecido
como mecânica celestial. Mais recentemente, o monitoramento de Objectos Próximos da Terra vai permitir a predição
de encontros próximos, e possivelmente colisões, com a Terra.[18]

A medição do paralaxe estelar de estrelas próximas provêm uma linha de base fundamental para a medição de
distâncias na astronomia que é usada para medir a escala do universo. Medições paralaxe de estrelas próximas provêm
uma linha de base absoluta para as propriedades de estrelas mais distantes, porque suas propriedades podem ser
comparadas. A medição da velocidade radial e o movimento próprio mostra a cinemática desses sistemas através da
Via Láctea. Resultados astronômicos também são usados para medir a distribuição de matéria escura na galáxia.[19]

Durante a década de 1990, as técnicas de astrometria para medir as stellar wobble foram usados para detectar
planetas extrasolares orbitando a estrelas próximas.[20]

Subcampos específicos

Astronomia solar
A uma distância de oito minutos-luz, a estrela mais frequentemente estudada é o Sol, uma típica estrela anã da
sequência principal da classe estrelar G2 V, com idade de aproximadamente 4,6 Gyr. O Sol não é considerado uma
estrela variável, mas passa por mudanças periódicas em atividades conhecidas como ciclo solar. Isso é uma flutuação
de 11 anos nos números de mancha solares. Manchas solares são regiões de temperatura abaixo da média que estão
associadas a uma intensa atividade magnética.[21]

O Sol tem aumentado constantemente de luminosidade no seu curso de vida, aumentando em 40% desde que se
tornou uma estrela da sequência principal. O Sol também passa por mudanças periódicas de luminosidade que podem
ter um impacto significativo na Terra.[22] Por exemplo, se acredita que o mínimo de Maunder tenha causado a
Pequena Idade do Gelo.[23]

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A superfície externa visível do Sol é chamada fotosfera.


Acima dessa camada há uma fina região conhecida como
cromosfera. Essa é envolvida por uma região de transição de
temperaturas cada vez mais elevadas, e então pela super-
quente corona.

No centro do Sol está a região do núcleo, um volume com


temperatura e pressão suficientes para uma fusão nuclear
ocorrer. Acima do núcleo está a zona de radiação, onde o
Astronomia planetária ou ciências planetárias: um
plasma se converte o fluxo de energia através da radiação. As
"dust devil" (literalmente, demônio da poeira)
camadas externas formam uma zona de convecção onde o gás marciano. A fotografia foi captada pela NASA
material transporta a energia através do deslocamento físico Global Surveyor em órbita à volta de Marte. A
do gás. Se acredita que essa zona de convecção cria a faixa escura e longa é formada pelos movimentos
atividade magnética que gera as manchas solares.[21] em espiral da atmosfera marciana (um fenómeno
semelhante ao tornado). O "dust devil" (o ponto
Um vento solar de partículas de plasma corre preto) está a subir a encosta da cratera. Os "dust
constantemente para fora do Sol até que atinge a heliosfera. devils" formam-se quando a atmosfera é
aquecida por uma superfície quente e começa a
Esse vento solar interage com a magnetosfera da Terra para
rodar ao mesmo tempo que sobe. As linhas no
criar os cinturões de Van Allen, assim como a aurora onde as
lado direito da figura são dunas de areia no leito
linhas dos campos magnéticos da Terra descendem até a da cratera.
atmosfera da Terra.[24]

Ciência planetária

Ciência planetária: Estuda os planetas.


Planetologia: Estudo dos planetas do Sistema Solar e exoplanetas.

Astronomia estelar

Astronomia estelar: Estudo das estrelas, em geral.


Formação de estrelas: Estudo das condições e dos processos que conduziram à formação das estrelas no
interior de nuvens do gás, e o próprio processo da formação.
Evolução estelar: Estudo da evolução das estrelas, de sua formação a seu fim como um remanescente estelar.
Formação estelar: Estudo das condições e processos que levam à formação de estrelas no interior de nuvens de
gás.

Astronomia galáctica

Astronomia galáctica: Estudo da estrutura e componentes de nossa


galáxia, seja através de dados relativos a objetos de nossa galáxia,
seja através do estudo de galáxias próximas, que podem ser
observadas em detalhe e que podem ser usadas para comparação
com a nossa.
Formação e evolução de galáxias: Estudo da formação das galáxias e
sua evolução ao estado atual observado.

Astronomia extragaláctica

Astronomia extragaláctica: Estudo de objetos (principalmente


galáxias) fora de nossa galáxia.
Estrutura dos braços espirais da Via
Uranografia: Estudos das constelações e asterismos. Nome atual de
Láctea.
Uranometria.

Cosmologia
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Cosmologia: Estuda a origem e a evolução do universo.

Astronomia teórica
Tópicos estudados pelos astrônomos teóricos são: dinâmica e evolução estelar; formação e evolução de galáxias;
estrutura em grande escala da matéria no Universo; origem dos raios cósmicos; relatividade geral e cosmologia física,
incluindo Cosmologia das cordas e física de astropartículas.

Campos interdisciplinares
A astronomia e astrofísica desenvolveram links significantes de interdisciplinaridade com outros grandes campos
científicos. Arqueoastronomia é o estudo das antigas e tradicionais astronomias em seus contextos culturais,
utilizando evidências arqueológicas e antropológicas. Astrobiologia é o estudo do advento e evolução os sistemas
biológicos no universo, com ênfase particular na possibilidade de vida fora do planeta Terra.

O estudo da química encontrada no espaço, incluindo sua formação, interação e destruição, é chamada de
Astroquímica. Essas substâncias são normalmente encontradas em nuvens moleculares, apesar de também terem
aparecido em estrelas de baixa temperatura, anões marrons, e planetas. Cosmoquímica é o estudo de compostos
químicos encontrados dentro do Sistema Solar, incluindo a origem dos elementos e as variações na proporção de
isótopos. Esses dois campos representam a união de disciplinas de astronomia e química.

Atuação profissional

No Brasil
Segundo o censo realizado pela Sociedade Astronômica Brasileira, em maio de 2011 havia 340 doutores em
Astronomia atuando como pesquisadores no Brasil.[25]

Dia do astrônomo
Em 2006 foi instituída, no estado do Rio de Janeiro, a data de 2 de dezembro como o Dia do Astrônomo.[26] A data
coincide com o aniversário do imperador Dom Pedro II, que era um conhecido incentivador da Astronomia.

Ferramentas astronômicas
Luneta
Telescópio
Computador
Radiotelescópio
Calculadora
Observatório
Observatório espacial

Ver também
Astrofotografia
Cronologia da astronomia

Referências
1. Janotti, Aldo. Origens da universidade: a
https://pt.wikipedia.org/wiki/Astronomia 8/10
27/01/2019 Astronomia – Wikipédia, a enciclopédia livre

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Ligações externas
Sociedade Astronômica Brasileira (http://www.sab-astro.org.br/)

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