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A feudo-clericalização, o domínio ideológico da Igreja e as relações

de poder na Alta Idade Média Ocidental

Keila Fernandes da Silva1

Resumo

Com o presente artigo, pretende-se refletir sobre o que os historiadores chamaram de


feudo-clericalização no período da Alta Idade Média Ocidental, bem como analisar o
alcance do discurso ideológico da Igreja, ressaltando sua influência sobre todos os
setores da vida social, na educação e sobretudo nas relações de poder.

Palavras-chave: Feudalismo, Igreja, Ideologia, Poder, Clero.

Introdução

Compreender esse período denominado Alta idade Média Ocidental, é,


sobretudo, buscar uma visão panorâmica do que foi o processo de feudo-
clericalização, visando analisar o domínio ideológico da Igreja em todos os setores da
vida social, especialmente nos séculos XI e XII, a fim de compreendermos como se
pautavam as relações de poder.
A proposição deste estudo remete-nos a uma profunda análise das relações na
Idade Média Central, que constantemente incorre em uma polêmica historiográfica
contemporânea que se trata do feudalismo. De uma maneira mais ampla tal conflito
gira em torno de um duplo significado do termo.
Em um âmbito mais estrito, tal polêmica refere-se aos vínculos feudo-
vassálicos, ou seja, as relações político-militares entre membros da aristocracia. Em
sentido mais amplo, designa um tipo de sociedade com características próprias de
organização, tal como demonstra Franco, Junior Hilário 1948 – A idade Média:
Nascimento do Ocidente. – 2ª ed. São Paulo: Brasiliense, 2001.
Por muito tempo, na historiografia, não houve consenso quanto o uso do termo,
tal discordância, por conseguinte, fez com que importantes autores se levantassem

1
Graduando em História pela Universidade Estadual de Goiás- Unidade Universitária de Uruaçu
contra a predominância do “strict sensu”, dentre eles autores como François Guizot,
Jacque Flach e Karl Marx.
Segundo (Franco,2001 pag. 88), Guizot chamou a atenção para o fato de que
o feudalismo representar apenas uma forma passageira e instável de equilíbrio social,
que por sua vez, não era relevante descrever, mas compreendê-lo em sua dinâmica.
Flach, no entanto, afirmava que os historiadores provocaram uma grande distração
em consequência de uma excessiva atenção ao feudo.
Essa postura dos historiadores incorreu em um fenômeno para o qual Flach
usou uma metáfora a fim de defini-lo “a árvore de ampla ramagem escondeu a floresta”
em que se chegou a um sistema jurídico que embora alguns afirmem ser completo,
este alega nunca ter existido.
Marx, contudo, vislumbra uma outra perspectiva, na qual o feudo é secundário,
enfatizando sobretudo a questão da posse da terra por parte do senhor, e a
expropriação que realizava de parte do produto do trabalho dos camponeses
instalados em lotes daquela terra,
Franco pontua ainda que tal postura prevaleceu por um longo tempo,
demasiadamente centrada sobre o feudo produzindo vastos estudos sobre seu
sistema político, de acordo com o autor, apenas a proposta marxista prevaleceu,
embora, apresente certos pontos falhos, sobretudo por dar ênfase a uma análise
econômica, ignorando o superestrutural (ideológico, político, cultural, religiosa, etc.)
Frente aos aspectos apontados na abordagem marxista, Franco ressalta que
tal postura de Marx, limitou a sua análise, uma vez que relevantes elementos
metodológicos essenciais como a dialética, o jogo interpretativo de infra e
superestrutura, restringindo o alcance de sua análise sobre o assunto.
Sequencialmente, em (Franco 2001, pag. 58) enfatiza que, o que se deve
chamar de feudalismo, ou termo correlato, dentre eles, modo de produção feudal,
sistema feudal, etc.; seria o conjunto da formação social dominante no Ocidente da
Idade Média Central, com suas facetas política, econômica, ideológica, institucional,
social, cultural e religiosa. Enfim, toda uma gama de elementos anteriormente citados
para que não se perca de vista essa globalidade, examinando cada um dos elementos
históricos daquela faceta, considerando, sobretudo, os aspectos sociais do feudo-
clericalismo.
O autor sugere ainda, que o termo feudo-clericalismo que lhe parece ideal, já
que enfatiza o papel central daquela sociedade, fato este, por ele considerado
fundamental, embora seja constantemente ignorado.
Nesse sentido, percebe-se que a Igreja foi um elemento de conexão entre os
aspectos ou facetas citadas anteriormente, que compuseram a tessitura social do
período. Quanto ao seu papel econômico, a Igreja foi a grande detentora de terras em
uma sociedade essencialmente agrária, o que lhe assegurava uma posição favorável
quanto à concessão e recepção de feudos.

1 – Uma breve definição do conceito de Ideologia

Para uma melhor compreensão dessa faceta ideológica da Igreja, torna-se


imprescindível que consideremos o discurso da Igreja, pois conforme demonstra
(Fiorin, José Luiz. Linguagem e Ideologia, 6ª ed. 1998), a sintaxe discursiva goza de
certa autonomia em relação às formações sociais ao passo que a semântica depende
mais diretamente de fatores sociais. Assim sendo, mecanismos, como por exemplo o
discurso direto, pode receber e veicular quaisquer conteúdos, estes, no entanto, são
determinados pela estrutura social.
Para (Fiorin 1998, pag.18), está contido no discurso um campo da manipulação
consciente e o da determinação inconsciente, sendo que, sintaxe discursiva constitui
o campo da manipulação consciente, e o campo das determinações inconscientes é
próprio da semântica discursiva.
Por conseguinte, o autor ressalta que o discurso é a materialização das
formações ideológicas, sendo por isso, determinando por eles, nesse sentido, o texto
constituirá sobretudo, um lugar de manipulação consciente em que homem organiza
da melhor forma possível os elementos de expressão que estão à sua disposição, a
fim de consolidar seu discurso. Assim, de acordo com (Fiorin 1998, pag. 41), o texto
é, pois, individual, enquanto o discurso é social.
Nesse contexto, deve-se pensar de fato o que é ideologia, ao passo que sugere
que consideremos, numa formação social, dois níveis de realidade, sendo de essência
e outro de aparência, ou seja, um profundo e um superficial.
Fiorin, propõe ainda que consideremos esses dois níveis a partir de uma
análise que Marx faz do salário, para o qual, no nível da aparência, o salário
apresenta-se como o pagamento de um trabalho realizado, com base numa relação
de troca entre indivíduos livres e iguais. O termo “livre” refere-se ao sentido de não
se sujeitar a outros homens por laços de dependência pessoal, como ocorre no modo
de produção escravista, possibilitando assim, venderem seu trabalho a quem quiser,
estabelecendo uma relação de troca em que uns vendem seu trabalho e outros o
compram.
Entretanto, se sairmos do nível da circulação de bens (aparência), e passarmos
para o da produção (essência), percebe-se a impossibilidade de uma troca igualitária,
já que o operário não vende seu trabalho, mas sua força de trabalho.
Frente ao que foi exposto, esse conjunto de ideias ou representações que
servem para justificar e explicar a ordem social, as condições de vida do homem bem
como as relações que ele mantém com outros homens, é comumente definida como
ideologia, cuja elaboração se dá por meio das formas fenomênicas da realidade que
ocultam a essência da ordem social, sendo que a ideologia nada mais é do que uma
falsa consciência.
Fiorin (1998, pag. 29), sugere que para avançar mais nessa reflexão, contudo,
é necessário que compreendamos que não há um conhecimento neutro, já que
expressa sempre o ponto de vista de uma classe a respeito da realidade. O autor
enfatiza ainda que todo conhecimento está comprometido com os interesses sociais,
o que dá uma visão mais ampla ao conceito de ideologia, já que ela é uma visão de
mundo ou ponto de vista de uma classe a respeito da realidade, ou seja, a maneira
pela qual uma classe ordena, justifica e explica a ordem social vigente.
O fato de que cada uma das visões de mundo se apresenta num discurso
próprio, permite-nos compreender que a ideologia é constituída pela realidade e
constituinte da realidade, por essa razão, diz-se que ela é determinada em última
instância pelo nível econômico, embora o elemento econômico não seja a único
determinante no seguimento das ideologias.

2- O domínio ideológico da Igreja

Ao considerarmos a Igreja como produtora de ideologia, traçava-se uma


imagem que a sociedade deveria ter de sí mesma. Nesse intuito, a Igreja construiu
elaborações partindo de material antigo, tais como: textos bíblicos, autoridades
eclesiásticas, cronistas, etc.; chegando à formulação de que “o domínio da fé é una,
mas há um triplo estatuto da ordem, para os quais a lei humana impõe algumas
condições.
Tal formulação rezava que o nobre e o servo não estavam submetidos ao
mesmo regime. Assim, os guerreiros eram considerados protetores das igrejas,
defensores dos fracos e dos poderosos, bem como de si mesmos. Ao passo que os
servos numa condição de jugo, tinham por função fornecer alimentos e vestimenta
aos demais.
Por conseguinte, a mentalidade operante na época era, a de que a casa de
Deus que parecia una, era tripartida, já que uns rezavam, outros combatiam e outros
trabalhavam. Percebe-se dessa forma que o clero foi colocado fora da lei humana,
pois estando mais próximo de Deus, a quem servia, adquiriram uma inquestionável
superioridade.
Enquanto o clero sustentava sua posição privilegiada por constituírem um elo
de ligação entre Deus e os homens, os nobres, por sua vez não constituíam uma
categoria celeste, assim sendo, se definiam pelo nascimento assegurando pela
genética boas condições de força e beleza. Em virtude disso, o clero, grupo social que
não se auto reproduz em decorrência do celibato, requisitava seus membros na
nobreza, toda ela de sangue de reis, portanto com um caráter sagrado, tal como
mostra (Franco 2001, pag. 89).
Aos servos, por sua vez, foi relegado o trabalho e por meio de seu esforço
alimentar as duas outras camadas sociais. Assim, considerados feios e grosseiros, na
ideologia dominante, estes expressavam por suas características físicas a condição
de pecadores. Nessas condições, o trabalho a eles imposto era, na mentalidade
dominante, uma forma de penitência ou resgate de suas faltas.
Conforme esclarece (Franco 2001, p. 90), o discurso clerical não negava a
desigualdade social reinante, contudo, justificava-a por meio do argumento da
reciprocidade de obrigações. Tal ideia, fica explícita nos registros de Aldebaron, que
um bispo hagiográfico, seu contemporâneo, Eadmer de Catenbury, que por meio de
metáfora, explicitou de modo enfático a ideologia dominante, pela qual dizia “A razão
de ser dos carneiros é fornecer leite e lã a todos, a dos bois, trabalhar a terra, a dos
cães defender os carneiros e os bois dos lobos.
Assim sendo, pela terminologia dominante no período, oradores, (os clérigos,
os que na imagem de Eadmer saciam com leite da prédica e a lã do bom exemplo);
bellatores, (guerreiros, os que defendem de todos os inimigos, como os lobos)
laboratores (trabalhadores que pelos seus esforços, como bois fazem outros viver).
Frente aos fatos expostos, nota-se uma sociedade com classes testamentais,
composta por três principais ordens, investidos de responsabilidades específicas, que
na ideologia dominante deveriam ser mantidas pela moral e pelo poder.
A Igreja, por sua vez, teve um papel fundamental na tarefa de consolidar essas
mentalidades, dividindo a sociedade em três camadas de relativa fixidez, para as
quais, a classificação do indivíduo estava consolidada a partir de uma ordem divina e
imutável.
Tal pensamento, serviu bem às classes dominantes, cuja ordem celeste
assegurou a eternidade dos meios de produção da época, sobretudo, a terra, por parte
dos clérigos e guerreiros bem como a expropriação do trabalho camponês.
Frente aos aspectos abordados, (Fiorin 1998, pag. 45), reitera que o discurso
constitui uma arena de conflitos, que por não ser fechado em sí mesmo, representa
um lugar de trocas em que a História pode inscrever-se, por ser um espaço conflitual
e heterogêneo de reprodução.
Via de regra, o discurso religioso do período medieval, segundo o qual o homem
deveria conformar-se com a sua situação na Terra para ganhar o reino de Deus,
constitui uma relação polêmica com o outro para o qual o reino de Deus deveria ser
construído aqui na Terra, pela implantação da justiça. Ideia esta, que só foi ganhando
ênfase bem mais tardiamente.
Ao longo do que foi exposto, percebe-se que os componentes semânticos
sofrem determinações sociais, ou seja, são regidos por formações ideológicas, ao
passo, porém, que se torna determinada e também determinante, pois reduz uma
visão de mundo na medida em que impõe ao indivíduo uma certa maneira de ver a
realidade.

3- As estruturas e áreas culturais como palco do domínio ideológico

Sob a égide do Cristianismo, está o ocidente da Alta Idade Média, marcando a


História da Cultura por séculos de um caráter elitista da História Social e Política.
Nesse contexto cultura, passa a representar, toda a criação intelectual produzida
consciente ou inconscientemente para se relacionar com outros homens, (idiomas,
instituições, normas, etc.)
Assim, convém pensar cultura como um complexo amálgama de três áreas
culturais e suas inter-relações. De acordo com (Franco 2001, pag. 102), o autor aborda
três áreas, sendo que, de um lado figura a cultura erudita, de elite, que até o século
XIII foi eclesiástica e latina do ponto de vista linguístico. Era formalmente transmitida
pelas escolas monásticas, escolas catedráticas e universidades, constituindo um
espaço conservador e fundamentado na autoridade.
Em um outro extremo oposto resistia as diversas manifestações da cultura
popular, também chamada laica, folclórica, ou ainda denominada vulgar. A cultura
vulgar partia da oralidade, transmitida informalmente nas casas, ruas, praças e
tavernas, etc.; por meio de dialetos e idiomas vernáculos.
Além da cultura vulgar, era possível identificar manifestações do que se
convencionou chamar de cultura intermediária, sendo a manifestação mais
significativa para o Cristianismo, que, como religião, sua função consistia, segundo a
própria etimologia da palavra, que vinha re-legere, que significa “reunir”, “religar”,
tendo, por sua vez, a função de reaproximar as instâncias divinas e humanas. A
primeira instância era conhecida por meio de mitos ao passo que, a segunda
possibilitava a comunicação entre ambas a partir do rito.
Franco reitera ainda, que no caso do cristianismo medieval, os mitos são na
origem, quase sempre produto da cultura vulgar, e os ritos, parte da cultura clerical,
com o tempo, oa limites ou fronteiras entre essas duas instâncias, foram atenuadas
pelas influências interculturais.
No âmago dessas manifestações, percebe-se uma desfiguração da cultura
vulgar, cuja tarefa do clero, pretendia uma adaptação cultural para ter sua missão
evangelizadora simplificada. Tal postura incorreu numa sobreposição de práticas,
manifestações e personagens pagãos em detrimento da cultura clerical.
É possível constatar, portanto, um monopólio da cultura intelectual por parte da
Igreja. A educação, nesse âmbito, era feita de clérigos para clérigos, sobretudo pela
necessidade do culto. Nas escolas catedráticas ou monásticas, ensinava-se as artes
liberais, compostas pelo trivium em que se estudava Gramática (latim e literatura),
Retórica (estilística e textos históricos) e Dialética, (iniciação filosófica).
Essa modalidade de ensino das chamadas artes liberais eram as únicas
consideradas dignas de homens livres, uma vez que, por oposição, as artes
mecânicas, constituíam manuais próprios dos escravos, já que o trabalho manual fora
estigmatizado e relegado a uma dimensão inferior em uma sociedade cuja
mentalidade via no trabalho braçal algo ignóbil, próprio do escravo, cujo valor era
semelhante ou à vez inferior ao de um animal.
Estabelecida uma sociedade marcada pelo pensamento religioso, torna-se
imperioso que tratemos de uma abordagem histórica da igreja medieval, o conceito
de Cristandade e Cristianismo. Nesse intuito, enquanto o Cristianismo se refere à
religião e um sistema religioso, a noção de Cristandade, que não chega a ser um
conceito final, contudo, trata da formalização das relações entre a Igreja e o Estado
na sociedade. Além disso, as modalidades de Cristandade promoveram uma relação
particular, em que o Estado assegurava à Igreja a presença privilegiada na sociedade,
possibilitando o monopólio daquela, sobre a produção dos bens simbólicos,
constituindo-a como um instrumento de hegemonia do sistema.
Em contrapartida, a Igreja garantia ao Estado e aos grupos ou classes
dominantes a legitimação de sua hegemonia e dominação. Hegemonia esta, que deve
ser entendida como pontos de vista de consenso para os quais o elemento dialético
da coerção é a hegemonia, que resultaria em uma direção intelectual e moral de toda
sociedade, segundo os desígnios de grupos ou classes dominantes.
A cultura clerical promoveu maior prestígio da Teologia, que apesar de toda a
laicização da sociedade, avançou num sentido mais amplo, aproximando-se da
Filosofia, buscando uma postura racional para elucidar a fé, fazendo da lógica um
instrumento útil à Teologia.
Estabelecida em uma sociedade marcada pelo pensamento religioso, a Igreja
se fez presente nos mais diferentes extratos da sociedade medieval. Sua organização
tripartida, era uma referência direta à Santíssima Trindade. Nesse sentido, o homem
desse período vivia o conflituoso dualismo de ter que desprezar a vida terrena em prol
da vida após a morte.
No âmbito das relações de poder, a Igreja passou a controlar grande parte dos
territórios feudais, o que lhe rendeu a influência necessária para a manutenção do
poder, nas tomadas de decisões do poder nobiliárquico, bem como, sob outro aspecto,
a Igreja assegurou o monopólio sob todo o mundo letrado do período.

Considerações Finais

Em vista dos fatos expostos, nota-se que o feudalismo é o período no qual o


poder da Igreja se fez presente em todos os âmbitos da vida social, não apenas pela
sua estruturação política e econômica, mas sobretudo, com a eficácia com a qual
propagou a fé cristã, tornando-se responsável pelo controle da vida cultural e religiosa
da população.
Como herdeira da cultura clássica, no universo medieval, consolidou-se em seu
papel de evangelizadora, embora tenha se vinculado sobremaneira aos aspectos
temporais e materiais da época, além de exercer o monopólio sob o mundo letrado,
num ambiente em que a grande maioria da população era analfabeta.
Em suma, o poder material da Igreja não esteve pautado apenas em sua
capacidade do acúmulo de terras e bens, dessa forma, seu maior patrimônio, talvez
tenha sido o monopólio sobre um capital cultural e a manutenção da escrita, que era
exclusiva dos clérigos.
No campo da Teologia/filosofia, a Igreja legou ao mundo alguns nomes cuja
contribuição para a reinserção da Filosofia clássica no âmbito do pensamento cristão,
além de cristianizar o Aristotelismo, adequando-o às novas condições socioculturais
da época.
Por fim, nota-se que o clero que constituía a camada de intelectuais da época
e buscou na religião os instrumentos de dominação ideológicos necessários para
garantir o controle da população, bem como a exploração econômica do campesinato
pelo senhorio, enquanto educadora da população exerceu o domínio religioso e
espiritual para a manter o seu status quo, por meio da manutenção dos privilégios da
nobreza e a exploração das demais camadas sociais.

Referências Bibliográficas

FRANCO, Júnior Hilário, 1948 – A Idade Média: Nascimento do Ocidente – 2ª ed. São
Paulo: Brasiliense, 2001;

BACHET, Jerome – A civilização Feudal do ano 1000 a Colonização da América. São


Paulo: Globo, 2006;

FIORIN, José Luiz. Linguagem e Ideologia. São Paulo: 6ª ed, Ática, 1998.

GOFF, Jacques. A civilização do Oriente Medieval. Tradução de Monica Stahel –


Petrópolis- RJ, Vozes, 2016

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