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Elaine Ferrez

MERITÍSSIMO JUÍZO DA VARA DE FAZENDA PÚBLICA E DE REGISTROS


PÚBLICOS DA COMARCA DE ANÁPOLIS, ESTADO DE GOIÁS.

ROGÉRIO DE CARVALHO DIAS, brasileiro, casado, empresário,


portadora da Carteira de identidade nº. 3893732, expedida pela DGPC/GO,
inscrita no CPF/MF n. 915.974.471-53, nascido(a) aos 14.11.1981, residente e
domiciliada na Rua P-026, Quadra 10, Lote 23, sem nº, Jardim Progresso, Anápolis
– Goiás, (rogeriocarvalhorcd@hotmail,com);
RODRIGO CARVALHO DIAS, brasileiro, solteiro, empresário, portador
da Carteira de identidade RG nº. 4872078, expedida pela DGPC/GO, inscrito no
CPF/MF nº 011.059.581-59, nascido(a) aos 25.09.1985, residente e domiciliada
na Rua 04, quadra 45, Lote 15, sem nº, Ap. 1001, Residencial San Gallen,
Residencial Vale Sol, Anápolis - Goiás (renatocarvalhorcd@hotmail.com);
RICARDO CARVALHO DIAS, brasileiro, solteiro, empresário, portador
da Carteira de identidade RG nº. 4972257, expedida pela SSP/GO, inscrito no
CPF/MF nº 016.826.371-82, nascido(a) aos 13.06.1987, residente e domiciliada
na Rua 04, quadra 45, Lote 15, sem nº, Ap. 1001, Residencial San Gallen,
Residencial Vale Sol, Anápolis - Goiás (renatocarvalhorcd@hotmail.com); e
RENATO CARVALHO DIAS, brasileiro, solteiro, empresário, portador da
Carteira de identidade RG nº. 5100755, expedida pela SPTC/GO, inscrito no
CPF/MF nº 020.952..791-90, nascido(a) aos 17.06.1989, residente e domiciliada
na Rua 04, quadra 45, Lote 15, sem nº, Ap. 1001, Residencial San Gallen,
Residencial Vale Sol, Anápolis - Goiás (renatocarvalhorcd@hotmail.com), todos
representados por sua advogada, Elaine Ferrez Barbosa, inscrita na OAB/GO
20.714, conforme procuração em anexo, que para os efeitos do artigo 106,
inciso I, do Código de Processo Civil – CPC, receberá suas intimações em seu
escritório situado na Avenida Belo Horizonte, Quadra 04, Lotes 06 a 08, Anápolis
- Goiás ou na Rua 12, nº 688, Centro, Minaçu - Goiás, Fone:06233330372,
endereço eletrônico: draelaine@ferrezadvocacia.com.br, vêm à ínclita presença
de Vossa Excelência, com fundamento nos dispositivos do Diploma Substantivo
Civil,, propor a presente:


Rua 12, nº 688, Setor Central, Minaçu - Goiás.


Avenida Belo Horizonte, Qd. 04, Lt. 6 a 8, Setor Aeroporto, Anápolis - Goiás. Página !1 de !22
AÇÃO DE RETIFICAÇÃO
DE REGISTRO CIVIL,

com fulcro no com fundamento nas Leis Federais 6.015/73, 9.708/98, 12.100/09, artigo 126
do Código de Processo Civil, inciso XXXV, artigo 5º, da Constituição Federal, além das
Normas da Corregedoria Geral da Justiça do Estado de São Paulo, bem como a
Jurisprudência pertinente ao caso, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.

Protesta, ainda, provar o alegado, por todos os meios de prova em direito permitido, sem
exceção de nenhum, e, em especial, por juntada de documentos, depoimentos de
testemunhas que serão arroladas “oportuno tempore“ perícias, vistorias e demais meios que se
fizerem necessários, provas estas que desde já ficam requeridas.

Sumário
1- Da Justiça Gratuita;
2- Da Competência;
3- Do Escopo;
4- Do Direito Constitucional;
5- Dos Fatos;
5.1- Da Genealogia da família;
5.2- Da Trisavó Italiana: MARIA ROSA CHIOATO
5.3- Do Tetravô Italaiano e Trisavô: ANTÔNIO LORENZO PELEGRINI e ANGELO
PELEGRINI;
5.4- Das Irregularidades;
5.4.1- Certidão de Casamento de MARIA ROSA CHIOATO E ANGELO PELEGRINI
5.4.1.1- Ref. MARIA ROSA CHIOATO;
5.4.1.2- Ref. ANGELO PELEGRINI;
5.4.2- Certidão de ÓBITO de MARIA ROSA CHIOATO;
5.4.3- Registro de Casamento de Vicentina Pelegrini e José Moreira de Carvalho;
5.4.4- Certidão de óbito de Vicentina Pelegrini;
5.4.5- Registro de Nascimento de José Moreira de Carvalho;
5.4.6- Certidão de Casamento de de José Moreira de Carvalho;
5.4.7- Certidão de óbito de Antônio Lorenzo Pelegrini;
5.4.8- Certidão de óbito de Angelo Pelegrini;
6- Da Fundamentação Jurídica;
7- Dos pedidos.

I- DA JUSTIÇA GRATUITA

Gratuita, nos termos da Lei n.º 1.060/50 c/c artigo 5º. LXXIV da Constituição Federal, por não
dispor de recursos financeiros para arcar com o pagamento das custas e demais despesas processuais e
honorários advocatícios sem comprometer o sustento próprio e de sua família, conforme faz prova
declaração de imposto de renda em anexo.

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Assim, nos termos do disposto nos incisos XXXV e LXXIV do artigo 5º. Da Constituição Federal,
artigo 2.º, § único e artigo 4.º da Lei n.º 1.060/50, requer o deferimento de concessão dos benefícios da
gratuidade judicial.
“Art. 1º. Os poderes públicos federal e estadual, independente da colaboração que possam
receber dos municípios e da Ordem dos Advogados do Brasil, – OAB, concederão
assistência judiciária aos necessitados nos termos da presente Lei. (Redação dada pela Lei
nº 7.510, de 1986)”
“Art. 2º. Gozarão dos benefícios desta Lei os nacionais ou estrangeiros residentes no país, que
necessitarem recorrer à Justiça penal, civil, militar ou do trabalho.
Aduz o artigo 4º da Lei 1.060:
“A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante simples afirmação, na
própria petição inicial, de que não está me condições de pagar as custas do processo e os
honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família.”
Assim, declarou o TST -SP:
“Com o advento da Lei n. 7115/83, a simples declaração do estado de pobreza, feita
pessoalmente ou por meio de procurador legalmente constituído, basta à outorga dos
benefícios da gratuidade de justiça conferidos por lei.” (Brasília, 14.4.87, Ministro Marcelo
Pimentel, TST-SP 3.115/87, RR 327/86, AI ao STF, DJU de 11.5.87, p. 8558).
Aduz a CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988:
“Art. 5º (…) LXXIV. O Estado prestará assistência judiciária integral e gratuita aos que
comprovarem insuficiência de recursos.”
Nesse diapasão é o entendimento do C. Superior Tribunal de Justiça ao apreciar hipótese
assemelhada, nestes termos:
“Se a parte indicou o advogado, nem por isso deixa de ter direito à assistência judiciária,
não sendo obrigada, para gozar dos benefícios desta, a recorrer aos serviços da defensoria
pública.”

II- DA COMPETÊNCIA


Trata-se de situação que vem ocorrendo em vários Municípios, devido ao elevado
contingente de descendentes de imigrantes europeus em nosso País, e que por estar se repetindo
bastante frequência, necessita de uma maior análise, a fim de não se incorrer em equívocos
processuais.
É cediço que tais brasileiros descendentes de imigrantes europeus têm formulado
requerimentos administrativos às representações diplomáticas dos países europeus no Brasil,
mormente Espanha e Itália, pleiteando direito à cidadania italiana, o que é, geralmente, garantido
pela legislação alienígena. Todavia, as referidas representações exigem que as certidões referentes
ao estado de pessoa (nascimento e casamento) contenham a grafia original do nome do cidadão
europeu, o que na maior parte dos casos não ocorre.

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Em virtude disso, a maioria dos requerentes é forçada a ajuizar ação com pedido de
retificação de registro público, a fim de corrigir a grafia de seus nomes, retificando prenomes e
patronímicos constantes de suas certidões e adequando-as àquelas de seu ascendente comum.
"Quem pretender que se restaure, supra ou retifique assentamento no Registro Civil,
requererá, em petição fundamentada e instruída com documentos ou com indicação
de testemunhas, que o juiz o ordene, ouvido o órgão do Ministério Público e os
interessados, no prazo de 5 (cinco) dias".
No tocante à competência de justiça (também chamada de competência de
jurisdição), não há dúvidas, pois o entendimento pacificado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) é
o de que compete à Justiça Estadual processar e julgar pedido de retificação de assentamento do
registro civil, ainda que o objetivo último do requerente seja o de fazer prova perante o INSS
(Autarquia Federal) a fim de instruir pedido de aposentadoria (CC 29.890, DJU, 26.10.2001 e CC
24.808, DJU, 20.09.1999) ou qualquer outro.
Quanto à competência de foro, assim pronuncia a L. 6015/73, art. 109, §5º.:
"Se houver de ser cumprido em jurisdição diversa, o mandado será remetido, por
ofício, ao juiz sob cuja jurisdição estiver o cartório do Registro Civil e com o seu
"cumpra-se", executar-se-á".
Sobre o dispositivo legal acima, a jurisprudência pátria sufragou o entendimento de
que se abria ali a possibilidade de a ação de retificação do registro civil ser proposta em foro
diverso daquele em que assentado o registro. Nesse sentido, a decisão do STJ no CC 10861-6/SC,
DJU 10.03.95, in verbis:
"Tal como fazia o CPC de 1939, a vigente Lei de registros públicos (Lei 6.015, de
31.12.73) prevê a hipótese de averbação ou retificação do registro civil em jurisdição
diversa da Comarca dominante a respeito: o pedido pode ser formulado no foro do
domicílio da pessoa interessada (Rev. dos Tribunais, 413/371).
Walter Ceneviva, em sua obra "Lei dos Registros Públicos Comentada", aplaude esse
entendimento, considerando-o "afinado com a melhor doutrina. Além disso, consoante bem
evidenciou o ilustre representante do ministério Público de Minas Gerais, é este o critério que confere
maior comodidade aos requerentes do pedido, permitindo-lhes que melhor acompanhem a
tramitação do feito".
Destarte, percebe-se que os tribunais superiores já uniformizaram a posição no sentido
de que a L. 6015/73 estabelece dois foros legítimos para a propositura da ação de retificação: o
do assentamento do registro e o do domicílio do interessado. Logo, foram utilizados dois critérios
para a determinação do foro competente para o ajuizamento da ação devida: um legal
(assentamento do registro) e outro territorial (domicílio do interessado). Diante de tais argumentos,
tem-se pela competência o presente juízo.

III- DO ESCOPO

A retificação de registro civil, nada mais é do que um procedimento, judicial ou


administrativo, que tem o objeto a retificação ou correção de registros feitos de maneira
equivocada, sejam eles de nascimento, casamento ou assento de óbito.

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Ciente de tal finalidade, urge trazer à ilação um epítome de circunstâncias fáticas
ocorridas no interstício do século IX e XX, qual seja, a imigração italiana no Brasil, sendo que sua
grande maioria não detinha alfabetização ou melhores condições de estudo, cabendo-lhes a lida
na roça como destino primordial. Aliado à intensa imigração que gerou uma grande sobrecarga
na estrutura estatal, os oficiais de imigração e os cartórios do Brasil não atentaram à regularidade
e adequação dos nomes, tanto do pré nome quanto aos sobrenomes.
Foi comum naquela conjuntura, a alteração dos nomes de forma a aportuguesá-los,
ensejando a criação de NOVOS NOMES e SOBRENOMES, retirando outros, e às vezes
colocando como sobrenome o local de origem do italiano. Tais equívocos são públicos e notórios,
conforme vasta jurisprudência disponível na rede mundial de computadores.
O Requerente, na condição de sua estendia italiana, devem apresentar a
integralidade das certidões brasileiras diretamente na Itália, e este não aceita qualquer
irregularidade no conteúdo de quaisquer dos Registros. Enfim, os dados entre as certidões
brasileiras não devem ter distorções relevantes entre elas e muito menos entre elas e os documentos
fonte causa italiano, visto que, estas distorções ensejam rotineiramente a paralisação e negação
do requerimento do reconhecimento de cidadania italiana.
É de conhecimento público que os erros, mesmo que simples e perceptíveis, ensejam
a improcedência do pleito do Requerente e de qualquer outro descente ou ascendente,
causando prejuízo incomensurável ao Autor que por vasta motivação, que desmerece ser
elucidada de forma minuciosa nesta petição, tem enfrentado óbice na obtenção de sua
cidadania italiana, conforme limites e parâmetros vigentes naquele país.
Diante de tais fatores, e interesse do Autor na busca do reconhecimento da
cidadania italiana, a retificação das certidões de seus antecedentes, é obrigatória neste caso,
conforme será objeto de vasta elucidação em tópico posterior.
A jurisprudência brasileira, demonstra que é considerável o quantitativo de
Descendentes de imigrantes que buscam, além da retificações de inúmeros irregularidades nos
registros civis, a alteração de seus nomes para ganhar dupla cidadania. Para tanto é dispensável
o comparecimento em juízo de todos os integrantes da família para que se proceda à retificação
de erros gráficos nos registros civis dos ancestrais. Foi o que decidiu a Quarta Turma do Superior
Tribunal de Justiça (STJ), vez que tais falhas no momento do registro impedia a concessão da
pretendida cidadania italiana.
Não é necessário exegese profunda, para constatar que o caso em respaldo é uma
exceção e que deve ser amparada pelo ordenamento jurídico brasileiro com bom senso.

IV- DIREITO CONSTITUCIONAL


Direito da personalidade

Depois de lembrar que a dupla cidadania é um direito assegurado pela Constituição,


nos casos de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira,
e que muitos nomes de imigrantes sofreram alterações por ocasião de sua chegada ao Brasil ou
mesmo com o passar do tempo, especialmente em virtude do desconhecimento dos idiomas de
origem por parte dos serventuários dos cartórios. Conforme será elucidado pela fundamentação

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jurídica abaixo, cabe ao juiz autorizar a retificação do sobrenome diante de motivo justo e a
ausência de prejuízos a terceiros.

É sabido que haveria prejuízo a terceiros caso, por exemplo, se os ancestrais que
tivesses alteração estivessem respondendo a ações civis ou penais ou se tivessem no rol de
inadimplentes junto ao serviço de proteção ao crédito, documentação acostada demonstra a real
inexistência de tais intercorrências que pudessem.

No direito pátrio, a regra predominante é a da imutabilidade do nome civil, no


entanto, é possível que seja modificado, dentre as hipóteses estão: a adoção, erro gráfico (art. 110,
da Lei n. 6.015/73 – LRP), programa de proteção à testemunha (parágrafo único do art. 58 da LRP),
nome vexatório (art. 55, da Lei n. 6.015/73 – LRP); homonímia; art. 56, da LRP – dos 18 aos 19 anos;
art. 57 da LRP; casamento, separação ou divórcio (art. 1.565, §§ 1º e 2º, do CC); e substituições por
apelidos públicos notórios (art. 58 da LRP). Nesse diapasão:

DIREITO CIVIL. ALTERAÇÃO DE REGISTRO CIVIL APÓS AQUISIÇÃO DE DUPLA


CIDADANIA. O brasileiro que adquiriu dupla cidadania pode ter seu nome
retificado no registro civil do Brasil, desde que isso não cause prejuízo a
terceiros, quando vier a sofrer transtornos no exercício da cidadania por força
da apresentação de documentos estrangeiros com sobrenome imposto por lei
estrangeira e diferente do que consta em seus documentos brasileiros. Isso
porque os transtornos que vem sofrendo ao exercitar sua cidadania em razão de a
sua documentação oficial estar com nomes distintos constitui justo motivo para se
flexibilizar a interpretação dos arts. 56 e 57 da Lei n. 6.015/1973 (Lei dos Registros
Públicos), na linha da sedimentada jurisprudência do STJ. Ressalte-se que, se o STJ
flexibiliza a imutabilidade do nome para a hipótese de requerimento de obtenção de
dupla cidadania, com mais razão vislumbra-se a necessidade de se flexibilizar para
hipótese em que já se obteve a dupla nacionalidade, prestigiando, assim, o princípio
da simetria, da uniformidade, da verdade real e da segurança jurídica, que norteiam o
sistema registral brasileiro. Essa flexibilização, na interpretação dos artigos da Lei de
Registros Públicos, visa, sobretudo, assegurar o exercício da cidadania, ou seja, o
próprio papel que o nome desempenha na formação e consolidação da
personalidade de uma pessoa (REsp 1.412.260-SP, Terceira Turma, DJe 22/5/2014).
Além disso, “não se pode negar que a apresentação de documentos contendo
informações destoantes nos assentamentos registrais dificulta, na prática, a realização
dos atos da vida civil, além de gerar transtornos e aborrecimentos
desnecessários” (REsp 1.279.952-MG, Terceira Turma, DJe 12/2/2015). Por fim,
inexistentes prejuízos a terceiros em razão do deferimento da retificação, claro que, em
razão do princípio da segurança jurídica e da necessidade de preservação dos atos
jurídicos até então praticados, o nome não deve ser suprimido dos assentamentos,
procedendo-se, tão somente, à averbação da alteração requerida com a respectiva
autorização para emissão dos documentos atualizados com o nome uniforme. REsp
1.310.088-MG, Rel. Min. João Otávio de Noronha, Rel. para acórdão Min. Paulo de
Tarso Sanseverino, julgado em 17/5/2016, DJe 19/8/2016. (Inf. 585)

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V- DOS FATOS:
5.1 - Da genealogia da Família

Os Requerentes, em razão de descendência materna italiana promoveu pedido de reconhecimento


de sua cidadania italiana junto ao Departamento de Estrangeiros da Secretaria Nacional de Justiça, o qual
foi negado pela inexistência de registros corretos, no caso sua trisavó e Tetravós..
Restou provado que os Requerente são descendentes em linha direta de Maria Rosa
Chioato (Trisavó) e de Antônio Lorenzo Pelegrini e Maria Staffuzza (Tetraavó), e todos naturais da Itália,
conforme diagrama abaixo:

Rogério Carvalho Dias


Ricardo Carvalho Dias
Renato Carvalho Dias
Rodrigo Carvalho Dias
Requerentes

Filhos de:
Maria Das Graças de Carvalho
João Jacinto dias Filho

Netos de:
Jose Moreira de Carvalho
Marias das Dores de Carvalho

Bisnetos de:
Vicentina Pelegrini
José Moreira de Carvalho

Trinetos de:
Maria Rosa Ghioato
Angelo Pelegrini

Tetranetos de: Tetranetos de:


Chioato Luigi (Luigi Chioato) Antônio Lorenzo Pelegrini
Isabella Mason Rua 12, nº 688, Setor Central, Minaçu - Goiás.
Maria Staffuzza
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Frente a negativa iniciou a coleta de informações acerca do nome e origem de sues
ancestrais. Após longo caminho descobriu que o nome correto de sua trisavó era MARIA ROSA CHIOATO,
filha de LUIGI CHIOATO e ISABELLA MASON, conforme consta no certificado di nascida anexo emitido
pelo I ufficale di tato civil da província Di Pandova, na Itália. Verificou também que sobrenome de seu
TRISAVÔ seria ANGELO PELEGRINI, filho de ANTÔNIO LORENZO PELEGRINI e MARIA STAFFUZZA.
Ocorre que para obter a almejada cidadania italiana o autor necessita retificar a cadeia
sucessória de registro civis de seus familiares para constar nos documentos pertinentes a correta grafia de
seu ancestrais, MARIA ROSA CHIOATO (LUIGI CHIOATO e ISABELLA MASON) e ANGELO
PELEGRINI(ANTÔNIO LORENZO PELEGRINI).
Além da correta grafia do patronímico de seus trisavós e Tetravós, necessitam ser corrigidos
outros equívocos perpetrados ao lançar o nome de outros parentes seus em certidões de nascimento,
casamento e óbito, sendo estes decorrentes de mero erros de escrita, conforme se demonstrará ao final
quando do requerimento.
Elucidando a questão de direito traz-se excerto do voto lavrado pelo Desembargador
HENRY PETRY JUNIOR nos autos da apelação cível nº 2012.076047-1, da Capital, que em situação
similar, senão idêntica, esclareceu de forma sem igual a situação:

“P”or essas razões, firmando também o caráter constitucional à aquisição da cidadania


estrangeiro, o Superior Tribunal de Justiça tem precedente recente a assentar a
possibilidade de retificação dos registros dos ascendentes por erro de grafia,
esclarecendo, ainda, a desnecessidade da presença de todos os integrantes da
família no polo ativo da demanda: DIREITO CIVIL. REGISTRO PÚBLICO. NOME CIVIL.
RETIFICAÇÃO DO PATRONÍMICO. ERRO DE GRAFIA. PRETENSÃO DE OBTENÇÃO DE
DUPLA CIDADANIA. POSSIBILIDADE. DESNECESSIDADE DA PRESENÇA EM JUÍZO DE
TODOS OS INTEGRANTES DA FAMÍLIA. 1. A regra da inalterabilidade relativa do nome
civil preconiza que o nome (prenome e sobrenome), estabelecido por ocasião do
nascimento, reveste-se de definitividade, admitindo-se sua modificação,
excepcionalmente, nas hipóteses expressamente previstas em lei ou reconhecidas como
excepcionais por decisão judicial (art. 57, Lei 6.105/75), exigindo-se, para tanto, justo
motivo e ausência de prejuízo a terceiros. 2. No caso em apreço, o justo motivo revela-
se presente na necessidade de suprimento de incorreções na grafia do patronímico
para a obtenção da cidadania italiana, sendo certo que o direito à dupla cidadania
pelo jus sanguinis tem sede constitucional (art. 12, § 4º, II, a , da Constituição da
República). 3. A ausência de prejuízo a terceiro advém do provimento do pedido dos
recorridos tanto pelo magistrado singular quanto pelo tribunal estadual -, sem que
fosse feita menção à existência de qualquer restrição. Reexame vedado pela Súmula 7
do STJ. 4. Desnecessária a inclusão de todos os componentes do tronco familiar no
pólo ativo da ação, uma vez que, sendo, via de regra, um procedimento de jurisdição
voluntária, no qual não há lide nem partes, mas tão somente interessados, incabível
falar-se em litisconsórcio necessário, máxime no pólo ativo, em que sabidamente o
litisconsórcio sempre se dá na forma facultativa [sic].

Corolário do aqui exposto e da prova documental acostada é o acatamento do


pedido dos interessados no sentido de retificar o erro de grafia do nome de MARIA ROSA CHIOATO
e ANTÔNIO PELEGRINI, bem como os demais assentamentos pertinentes e necessários a obtenção
da cidadania italiana pelo peticionário.
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È incontroverso a cidadania italiana dos antepassados dos Requerentes que imigraram
para o Brasil no fim do século XIX e preambulo do século passado. Ocorre que, inúmeros equívocos e
irregularidades - alguns grosseiros e perceptíveis - que podem ser constatados mediante simples
observação nos registros civis de nascimento, de casamento e de óbito, ocorreram durante esse lapso
temporal, senão vejamos:

5.2- Da Trisavó Italiana: MARIA ROSA CHIOATO

A Trisavó Maria Rosa Chioato, que era totalmente analfabeta, nascida no Município
de Piombino Dese, foi devidamente registrada na Província de Padova, Município de Piombino
Dese - Itália, conforme extrato simplificado do ato de nascimento nº 56, folha 1 junto ao Registro
Civil daquele, senão vejamos:

A certidão de nascimento expedida e atestada pela oficial de Registro Civil Virna


Trivellato, em 01 de dezembro de 2017, comprova que a trisavó do Requerente realmente gozava
de naturalidade italiana, atestando ser filha de Chioato Luigi e Mason Isabella..
Ao imigrar para o Brasil, os pais da trisavó (Maria Rosa Chioato) do Requerente,
assim como inúmeros outros, vieram sem acompanhamento de documentação e eram totalmente
analfabetos, fato que colaborou com o quantitativo incomensurável de irregularidades junto ao
assentamento de registros civis tanto de nascimento, casamento e óbito.
Para maior compreensão dos fatos aqui salientados, insta demonstrar por meio da
documentação acostada as inúmeras irregularidades com relação aos dados da falecida Maria
Rosa Chioato, nos seguintes documentos:

Certidão de Casamento de Maria Rosa Chioato;


Certidão de Óbito de Maria Rosa Chioato;
Certidão de Casamento de Vicentina Pelegrini;
Certidão de Óbito de Vicentina Pelegrini;
Certidão de Casamento de José Moreira de Carvalho

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5.3- Do Tetravô Italiano: ANTÔNIO LORENZO PELEGRINI

O Trisavô dos Requerentes, Angelo Pelegrini, era filho de Antônio Lorenzo Pelegrini e
Maria Staffuzza, sendo aquele italiano, conforme faz prova documentação em anexo. Diante de
erro em seu sobrenome e na grafia do nome de seus pais, é necessária retificação nos seguintes
documentos:

Certidão de Casamento de Angelo Pelegrini e Mª Rosa Chioato;


Certidão de Óbito de Angelo Pelegrini;
Certidão de Casamento de Vicentina Pelegrini;
Certidão de Óbito de Vicentina Pelegrini;
Certidão de Casamento de José Moreira de Carvalho

5.4- Das Irregularidades


Face à quantidade considerável e absurda de erros em diversos documentos de
vários ancestrais, a demonstração dos mesmos serão individualizados por documento e não por
ancestral:

Quando Sinóptico das Irregularidades


Documento Matrícula
IRREGULARIDADES

Certidão Cód da Acervo RCPN Ano do Ato Livro fl. Termo


Serventia registro
Cartório

Casamento ROSA GIOVATTA/ ROZA GIOVATTA


Angelo
Pelegrini e
ANGELO PELEGRINO;
Mª Rosa
Chioato
LUIZ GIOVATTO
059253 01 55 1909 2 00009 143 000000069
CRI Araguaria - LIZSABETTE MAZANNA
MG
ANTONIO PELEGRINO

MARIA STAFUZA

ÓBITO ROSA CHIOVATTO


Mª Rosa
Chioato
NÃO CONSTA O NOE DA MÂE:
025635 01 55 1969 4 00030 087 0021508 40
1ª Ciscuns. NÃO CONSTA O NOME DO PAI:
Anápolis

Rua 12, nº 688, Setor Central, Minaçu - Goiás.


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Registro de
Casamento ROZA CHIOVATTI PELEGRINI
Vicentina e
José 025635 01 55 1927 2 00004 107 00000011 55
1ª Ciscuns.
Anápolis NATURAL DE TRISTE - ITALIA

ÓBITO
Vicentina
025635 01 55 2001 4 00006 282 0022610 13 ROSA CHIOVATTI PELEGRINI
1ª Ciscuns.
Anápolis

Nascimento
VICENTINA PELEGRINA
Jose Moreira
1ª Ciscuns. 025635 01 55 1941 1 00015 081 0006396 93 ANGELO PELEGRINO
Anápolis

ROSA GUIOVADES

Casamento
VICENTINA PELEGRINA
José Moreira
026443 01 55 1962 2 00004 083 0000736 52
CRI Ouro
Verde

ÓBITO
ANTONIO ANTONIO PELLEGRINI
PELEGRINI 59253 1 55 1935 4 15 193 0002352 83
CRI- Araguaria

5.4.1- Certidão de Casamento de Maria Rosa Chioato e


Angelo Pelegrini, matrícula nº 0592530155 1909 00009 143 0000000 69,
constante no Livro 009B, folha 143V, Município e Comarca de Araguari, Minas Gerais,
é possível verificar inúmeros erros, quais sejam:

5.4.1.1 - Referência às irregularidades pertinentes à MARIA ROSA


CHIOATO;

Rua 12, nº 688, Setor Central, Minaçu - Goiás.


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É de fácil percepção as incorreções acima elucidadas, máxime pela necessidade de
retificações em diversos outros documentos.

5.4.1.2 - Referência às irregularidades pertinentes à ANGELO


PELEGRINI:

5.4.2- Certidão de Óbito de Maria Rosa Chioato, matrícula nº


025635 01 55 1969 4 00030 087 0021508 40 , Cartório de Registro Civil de
Anápolis, é possível verificar inúmeros erros, quais sejam:

5.4.3- Registro de Casamento de Vicentina Pelegrini e José


Moreira de Carvalho, matrícula nº 025635 01 55 1927 2 00004 107
0000011 55, Cartório de Registro Civil de Anápolis, é possível verificar inúmeros erros,
quais sejam:

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5.4.4- Certidão de ÓBITO de Vicentina Pelegrini, matrícula nº
025635 01 55 2001 4 00063 282 0022610 13, Cartório de Registro Civil de
Anápolis, é possível verificar inúmeros erros, quais sejam:

5.4.5- Registro de NASCIMENTO de José Moreira de Carvalho,


matrícula nº 025635 01 55 1941 1 00015 081 0006396 93, Cartório de Registro
Civil de Anápolis, é possível verificar inúmeros erros, quais sejam:

5.4.6- Certidão de Casamento José Moreira de Carvalho,


matrícula nº 026443 01 1962 2 00004 083 0000736 52, Cartório de Registro Civil
de Ouro Verde, é possível verificar inúmeros erros, quais sejam:

5.4.7- Certidão de Óbito de Antônio Lorenzo Pelegrini ,


matrícula nº 059253001 55 1935 4 00015 193 0002352 83, Cartório de Registro
Civil de Araguari - MG, é possível verificar inúmeros erros, quais sejam:

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5.4.8- Certidão de Óbito de Angelo Pelegrini, matrícula nº
0024770155 1956 4 00003 197 0001187 98, Cartório de Registro Civil de
Araguari - MG, é possível verificar inúmeros erros, quais sejam:

Se demonstração no documento a seguir a quantidade de erros de grafia:

Documentos Paradigmas:

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VI- DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA

Com efeito, as retificações de Registro Civil são objeto de ações, onde se adota o
procedimento de Jurisdição Voluntária, vez que, nestes casos, inexiste conflito de interesses, mas
apenas procura-se adequar a realidade jurídica à realidade fática.
Ciente da garantia dos direitos da personalidade, urge destacar que o Brasil é um
país de pluralidade racial, diga-se um país miscigenado, há uma mistura de etnias. Desse modo, os
descendentes brasileiros por ter sua origem em outros países, buscam a dupla cidadania, como uma
forma de resgatar a história do tronco ancestral. Mas para obtenção da cidadania italiana, in casu,
que decorre do jus sanguinis , é necessário o cumprimento de requisitos sine qua nom, qual seja:
demonstração de laço sanguíneo, em linha reta, entre o ascendente e o descendente.
A lei 6.0156/73, a partir do artigo 109, traça com perfeição todo o rito necessário
para retificação. Assim, havendo erro no registro civil, deve ser corrigido, para que se ponha em
harmonia com o que é certo.
E é dentro desse contexto que se insere a questão em apreço. Em vista do que foi
salientado anteriormente, o presente caso trata-se de um erro na certidão do requerente quanto ao
seu próprio nome que deveria estar grafado MARIA ROSA CHIOATO e ANTÔNIO LORENZO
PELEGRINI e ANGELO PELEGRINI, quando, em verdade, encontra-se ROZA OU ROSA GIOVATTA/
ROSA CHIOVATTO/ ROZA GUIOVATTI; ANTONIO PELLEGRINI/PELEGRIM e ANGELO PELEGRIM/
PELLEGRINE.
Preceitua da seguinte forma o art. 720, do C. P. C.:
“Art. 1.104. O procedimento terá início por provocação do interessado ou do
Ministério Público, cabendo-lhes formular o pedido em requerimento dirigido ao juiz,
devidamente instruído com os documentos necessários e com indicação da
providência judicial.”
Especificamente, o pedido do requerente encontra amparo Legal na Lei de Registros
Publicos, Lei n.º 6.015/1.973, que dispõe em seu artigo 109:
Art. 109. Quem pretender que se restaure, supra ou retifique assentamento no Registro
Civil, requererá, em petição fundamentada e instruída com documentos ou com
indicação de testemunhas, que o Juiz o ordene, ouvido o órgão do Ministério Público
e os interessados, no prazo de cinco dias, que correrá em cartório.” (remunerado do
art. 110 pela Lei n.º 6.216, de 1975)
Não é ocioso contestar que é esse simples erro que está impedindo-o de postular um
direito seu, qual seja? Seu casamento civil. A despeito de ser possível a devida retificação ante a
existência de erro de grafia, clara e incontroversa é a jurisprudência dos tribunais pátrios:

"Ementa: Apelação Cível. Registro Civil. Retificação E Inscrição De Registro Civil.


Aquisição De Cidadania Italiana. A Decisão Recorrida Se Manifestou Sobre A
Postulação Feita Pelo Recorrente Na Inicial, Razão Pela Qual Esta Pode Ser
Enfrentada Pela Corte. Por Outro Lado, Assiste Ao Apelante O Direito De Ver Seus

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Ancestrais Registrados, Quando À Época Do Nascimento Não Havia Registro Civil
Das Pessoas Naturais, Bem Como A Constituição Federal Não Veda A Prerrogativa De
Aquisição De Dupla Cidadania Pelo Princípio Jus Sanguinis, Motivo Excepcional E
Suficiente Para Autorizar A Retificação Do Registro. Recurso Parcialmente Provido. (Tjrs,
Apelação Cível: Nº 70008780348, Oitava Câmara Cível, Relator: José Ataídes
Siqueira Trindade, Julgado Em 24/08/2004)”

"Ementa: Duplo Grau De Jurisdição. Acao De Retificação De Assento De Nascimento.


Estando Cabalmente Comprovado Nos Autos Que Houve Erro No Lançamento Do
Nome Do Pai Do Autor Na Oportunidade Da Lavratura Do Assento De Seu
Nascimento No Registro Competente, Impoe-Se A Procedência Do Pedido
Consubstanciado Na Retificação Do Assentamento Junto Ao Registro Civil Respectivo
(Art. 109, Da Lei 6015/73). Remessa Conhecida E Improvida. (Tjgo, 7231-0/195 -
Duplo Grau De Jurisdição, Segunda Câmara Cível, Relator: Des. Aluizio Ataides De
Sousa, Julgado Em: 16/10/2001, Dj 13655 De 06/11/2001, Conhecido E Improvido, A
Unanimidade)

Ementa: Processual Civil. Apelação. Retificação De Registro De Nascimento.


Configuração Do Erro. Art. 109, E Seguintes Da Lei N.º6.015/73. Havendo Provas Que
Apontem Um Erro Nos Dados Do Registro De Nascimento Da Apelante, Não Há Que
Se Negar Sua Retificação. Inteligência Do Art. 109, E Seguintes Da Lei N.º 6.015/73.
Recurso Provido. Unanimidade. (Tjma, Apelação Cível: 68162002, Relator: Cleonice
Silva Freire, Data Da Publicação: 20/06/02, Terceira Câmara Cível)”

"Ementa: Retificação De Registro Civil. Certidão De Nascimento. Nome. Genitora. Prova.


Defere-Se A Retificação De Registro Civil, Quando As Provas Dos Autos Evidenciam A
Existência De Erro Nele Apontado. Dá-Se Provimento Ao Recurso. (Tjmg, Processo Nº:
1.0024.02.837115-1/001(1), Relator: Almeida Melo, Data Da Publicação
28/10/2004, Deram Provimento)”

"Ementa: Retificação De Registro Civil - Nome Do Pai Incorreto - Confusão Sobre O


Nome Dos Avós Paternos - Clara Identificação Do Nome Correto Do Pai - Provas Do
Erro - Alteração Do Nome Do Pai. A Confusão Sobre O Nome Dos Avós Paternos, Que
Apresentam Algumas Variações, Não Impede O Reconhecimento Do Nome Do Pai
Dos Apelantes, Se Presente Nos Autos Elementos Que Confiram A Certeza De
Existência De Erro De Grafia Quando Do Registro De Nascimento, Que Deve Ser
Corrigido Pelo Poder Judiciário, No Cumprimento De Sua Função Precípua De Corrigir
Os Erros E As Injustiças Geradas No Meio Social. (Tjmg, Relator: Vanessa Verdolim
Hudson Andrade, Processo: 1.0672.01.072616-0/001(1), Data Da Publicação:
13/08/2004)”

"Ementa: Apelação Cível. Alteração De Registro Civil. Sobrenome Materno. Erro Gráfico
Comprovado Através Da Certidão De Nascimento Dos Antepassados. Admissibilidade.
Recurso Provido. (Tjsc, Apelação Cível: 2002.020288-1, Relator: Des. Carlos Prudêncio,
Data Da Decisão: 29/04/2003)”

"Ementa: Apelação Cível - Retificação De Registro Público Prenome - Erro De Grafia -


Possibilidade - Art. 58, Da Lei 6.015/73 Princípio Da Razoabilidade - Sentença
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Mantida. É Perfeitamente Admissível A Alteração Do Prenome Lançado Erroneamente
Pelo Oficial Do Registro Público, Nos Termos Do Art. 58, Da Lei 6.015/73, Quando
Houver Justificativa Para Tal Alteração. (Tjes - Número Do Processo: 014019003053 -
Apelação Civel - Quarta Câmara Cível - Data De Julgamento: 24/4/2003 -
Desembargador Titular: Manoel Alves Rabelo Desembargador Substituto: Fabio Clem
De Oliveira - Vara De Origem: Comarca De Colatina - Informa Jurídico. Prolink
Publicações. Ed. 31. “I
Ora, no caso em análise, está patente a necessidade de regularização das certidões
acima identificadas, em virtude das perceptíveis incorreções.

VII- DOS PEDIDOS

Diante do todo exposto, requer a Vossa Excelência:


7.1- Pela PROCEDÊNCIA da presente ação para retificar o apontamento relativo ao
nome de seus ancestrais da seguinte forma:
a) Proceder as correções na Certidão de Casamento matrícula 0592530155 1909
2 00009 143 0000000 69, Cartório de Registro Civil de Araguaria - Minas Gerais, das
seguintes irregularidades, quais sejam::
Aonde consta ROSA GIOVATTA e/ou ROZA GIOVATTA, para passar a
constar MARIA ROSA CHIOATO;
Aonde consta ANGELO PELEGRINO para passar a constar ANGELO
PELEGRINI;
Aonde consta: .... filha legítima de LUIZ GIOVATTO e dona LIZSABETTE
MAZANNA, retifique-se para: Filho legítimo de LUIGI CHIOATO e ISABELLA
MASON;
Aonde consta: .... filho legítimo de ANTONIO PELEGRINO e dona MARIA
STAFUZA, retifique-se para: Filho legítimo de ANTÔNIO LORENZO PELEGRINI e
MARIA STAFFUZZA;

Grafia errada: Grafia correta:

“ROSA GIOVATTA e/ou ROZA GIOVATTA” MARIA ROSA CHIOATO

“ANGELO PELEGRINO” ANGELO PELEGRINI

“LUIZ GIOVATTO” LUIGI CHIOATO

“LIZSABETTE MAZANNA” ISABELLA MASON

“ANTONIO PELEGRINO” ANTONIO LORENZO PELEGRINI

“MARIA STAFUZA” MARIA STAFFUZZA

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b) Proceder as correções na Certidão de ÒBITO, matrícula 025635 01 55 1969 4
00030 087 0021508 40, Cartório de Registro Civil da Primeira Circunscrição de
Anápolis-GO, das seguintes irregularidades, quais sejam::
Aonde consta ROSA CHIOVATTO, para passar a constar MARIA ROSA
CHIOATO;
Aonde consta PAI E MÃE IGNORADOS para passar a constar pai:LUIGI
CHIOATO e mãe: ISABELLA MASON;

Grafia errada: Grafia correta:

“ROSA CHIOVATTO” MARIA ROSA CHIOATO

“LUIZ GIOVATTO” LUIGI CHIOATO

“LIZSABETTE MAZANNA” ISABELLA MASON

c) Proceder as correções no Registro de CASAMENTO, matrícula 025635 01 55


1927 2 00004 107 00000011 55, Cartório de Registro Civil da Primeira Circunscrição
de Anápolis-GO, das seguintes irregularidades, quais sejam::
Aonde consta ROZA GHIOVATTI PELEGRINI, ..., natural de Trieste, Itália
para passar a constar MARIA ROSA CHIOATO, doméstica, natural de Comune
Di Piombino Deve (Província di Padova);

Grafia errada: Grafia correta:

“ROSA GHIOVATTI PELEGRINI” MARIA ROSA CHIOATO

natural de TRISTE, ITÁLIA natural de Comune Di Piombino Deve (Província


di Padova)

d) Proceder as correções no Registro de ÓBITO, matrícula 025635 01 55 2001 4


00063 282 0022610 13, Cartório de Registro Civil da Primeira Circunscrição de
Anápolis-GO, das seguintes irregularidades, quais sejam::
Aonde consta ROSA CHIOVATTI PELEGRINI, para passar a constar MARIA
ROSA CHIOATO;

Grafia errada: Grafia correta:

“ROSA GHIOVATTI PELEGRINI” MARIA ROSA CHIOATO

e) Proceder as correções no Registro de NASCIMENTO, matrícula 025635 01 55


1941 1 0015 081 0006396 93, Cartório de Registro Civil da Primeira Circunscrição de
Anápolis-GO, das seguintes irregularidades, quais sejam::

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Aonde consta VICENTINA PELIGRINA, para constar “VICENTINA
PELEGRINI”;
Aonde se lê:
filho legítimo do Declarante e de sua mulher, VICENTINA
PELIGRINA; passe a contar: “filho legítimo do Declarante e de sua mulher,
VICENTINA PELEGRINI”;
são avós MATERNOS: ANGELO PELIGRINO e ROSA
GUIOVADES ; “passe a constar: e maternos: ANGELO PELEGRINI e
MARIA ROSA CHIOATO”;

Grafia errada: Grafia correta:

filho legítimo do Declarante e de sua “filho legítimo do Declarante e de sua mulher


mulher, VICENTINA PELIGRINA VICENTINA PELEGRINI

“são avós MATERNOS: ANGELO PELIGRINO e maternos: ANGELO PELEGRINI e MARIA ROSA
ROSA GUIOVADES” CHIOATO

f) Proceder as correções no Registro de CASAMENTO, matrícula 026443 01 1962


2 00004 083 0000736 52, Cartório de Registro Civil de Ouro Verde de Goiás -GO,
das seguintes irregularidades, quais sejam::
Aonde consta VICENTINA PELIGRINA, para constar “VICENTINA
PELEGRINI”;

Grafia errada: Grafia correta:

VICENTINA PELIGRINA VICENTINA PELEGRINI

g) Proceder as correções na Certidão de ÓBITO, matrícula 0592530155 1935 4


00015 193 0002352 83, Cartório de Registro Civil de ARAGUARI - MG, das seguintes
irregularidades, quais sejam::
Aonde consta: ANTONIO PELLEGRINI passe a constar “ANTONIO
LORENZO PELEGRINI”;

Grafia errada: Grafia correta:

ANTONIO PELLEGRINI ANTONIO LORENZO PELEGRINI

h) Proceder as correções na Certidão de ÓBITO, matrícula 0024770155 1956 4


00003 197 0001187 98, Cartório de Registro Civil de URUANA - GO, das seguintes
irregularidades, quais sejam::

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Aonde consta: ANGELO PELLEGRIM passe a constar “ANGELO
PELEGRINI”;
Aonde se lê: ..., filho de ANTONIO PELIGRINI e de dona MARIA STAFUZA,
naturais da Italia, já falecidos terá a seguinte grafia:“filho de ANTONIO PELIGRINI e
de dona MARIA STAFUZA, naturais da Italia, já falecidos, casado civilmente com
dona ROSA GUIOVATO, a qual ficou viúva com 9 filhos: VICENTINA MARIA
ANTONIA; JÚLIA; ALEIXO; LUCY; ANTONIO; ABADIO E ELIZIA PELEGRINI... passa-se
ao seguinte texto: “casado civilmente com dona MARIA ROSA CHIOATO, a qual
ficou viúva com 9 filhos: VICENTINA; MARIA; ANTÔNIA; JÚLIA ....”;

Grafia errada: Grafia correta:

“filho de ANTONIO PELIGRINI e de dona MARIA “filho de ANTONIO LORENZO PELEGRINI e de


STAFUZA, naturais da Italia, já falecidos, casado dona MARIA STAFFUZZA, naturais da Italia, já
civilmente com dona ROSA GUIOVATO, a qual falecidos, casado civilmente com dona MARIA
ficou viúva com 9 filhos: VICENTINA MARIA ROSA CHIOATO, a qual ficou viúva com 9 filhos:
ANTONIA; JÚLIA; ALEIXO; LUCY; ANTONIO; VICENTINA; MARIA; ANTONIA; JÚLIA; ALEIXO;
ABADIO E ELIZIA PELEGRINI...” LUCY; ANTONIO; ABADIO E ELIZIA PELEGRINI...”

7.2- Deferimento da Retificação do assento dos documentos acima discriminados:

Quando Sinóptico das Irregularidades-1


Documento Matrícula
IRREGULARIDADES

Certidão Cód da Acervo RCPN Ano do Ato Livro fl. Termo


Serventia registro
Cartório

Casamento ROSA GIOVATTA/ ROZA GIOVATTA


Angelo
Pelegrini e
ANGELO PELEGRINO;
Mª Rosa
Chioato
LUIZ GIOVATTO
059253 01 55 1909 2 00009 143 000000069
CRI Araguaria - LIZSABETTE MAZANNA
MG
ANTONIO PELEGRINO

MARIA STAFUZA

ÓBITO ROSA CHIOVATTO


Mª Rosa
Chioato
025635 01 55 1969 4 00030 087 0021508 40 NÃO CONSTA O NOE DA MÂE:

1ª Ciscuns.
Anápolis NÃO CONSTA O NOME DO PAI:

Registro de
Casamento
ROZA CHIOVATTI PELEGRINI
Vicentina e
José 025635 01 55 1927 2 00004 107 00000011 55
1ª Ciscuns.
Anápolis NATURAL DE TRISTE - ITALIA

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ÓBITO
Vicentina
025635 01 55 2001 4 00006 282 0022610 13 ROSA CHIOVATTI PELEGRINI
1ª Ciscuns.
Anápolis

Nascimento
VICENTINA PELEGRINA
Jose Moreira
1ª Ciscuns. 025635 01 55 1941 1 00015 081 0006396 93 ANGELO PELEGRINO
Anápolis
ROSA GUIOVADES

Casamento
VICENTINA PELEGRINA
José Moreira
026443 01 55 1962 2 00004 083 0000736 52
CRI Ouro
Verde

ÓBITO
ANTONIO ANTONIO PELLEGRINI
PELEGRINI 59253 1 55 1935 4 15 193 0002352 83
CRI- Araguaria

7.3- Requer-se ainda a expedição dos competentes mandados ao Cartório de


Registro Civil correspondente a cada documento, conforme tabela abaixo discriminada;
7.4- A intimação do nobre representante do Ministério Público, conforme
determinação do diploma adjetivo civil;
7.5- Não obstante entender o pedido encontra-se suficientemente instruído, protesta
provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente juntada de
novos documentos.
7.6- Requer pelos benefícios da justiça Gratuita.

Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (Um mil reais) para efeitos fiscais.

Nestes termos,
pede deferimento.

Anápolis, 10 de Abril de 2018.

Elaine Ferrez Barbosa


OAB/GO 20.714

Rua 12, nº 688, Setor Central, Minaçu - Goiás.


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