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Os novos canais de vendas criados pela Internet estão pressionando a logística tradicional a se
desenvolver e a se adaptar às mudanças.A grande capilaridade da entrega em domicílios
constitui-se no grande desafio da logística e de toda a Cadeia (SCM). É na chamada “última
milha”, a entrega final onde a complexidade logística provoca os maiores custos e fracassos no
Comércio Eletrônico. Agora a onda da Internet sem fio, via celular (WAP), e a onda da TV
interativa, converterão a Internet em um poderoso meio de massas em um futuro muito próximo
de nós brasileiros.Com isso, a Cadeia será ainda maior e mais complexa.No Japão isso já é
uma realidade.
Nesta nova economia mudam, com velocidade, os modelos de negócios, onde a disponibilidade
da informação e seu uso rápido e compartilhado se convertem em um fator diferenciador e
estratégico dentro da Cadeia. Por isso, a obtenção de dados, em tempo real e sua correta e
oportuna interpretação, serão fatores chaves para uma gestão eficiente. Ademais, a
complexidade que tem a Cadeia de Suprimentos faz com que seja impossível o seu
planejamento e o seu controle sem o suporte da tecnologia em cada um de seus elos para
funcionar como um todo. Por essa razão dizemos que a informação substituiu, nas fábricas, os
inventários como um meio para satisfazer as flutuações da demanda do consumidor.
Com o horizonte cada vez mais amplo, o Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos (SCM )
requer uma integração contínua de suas partes, criando o que poderíamos chamar “uma
empresa ampliada”, que não termina nas portas de uma fábrica ou na carroceria de um
caminhão.
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O Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos (SCM) requer, então, que os recursos envolvidos
se encontrem alinhados, incluindo todos os passos que realizam no dia-a-dia os departamentos
de administração, operação e logística das empresas, para gerar as condições que permitam
produzir e entregar produtos e serviços com qualidade.
TECNOLOGIA:
Para se conseguir os benefícios de um bom Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, existe
um agente que não se pode esquecer que é a tecnologia da informação aplicada ao “SCM”.
A empresa que conta com tecnologia apropriada obtém fácil acesso à grande quantidade de
dados que são produzidos, captados e distribuídos em tempo real, possibilitando um melhor
gerenciamento de seus processos internos e externos.
Como exemplo de tecnologia aplicada ao “SCM”, podemos citar soluções de planejamento
integradas com forte base analítica para funções que vão, desde a gestão colaborativa da
demanda, passando pelo planejamento de inventário, otimização dos recursos, programação
finita da produção e disponível para entrega (ATP – Available To Promise, em português -
Disponível para Entrega). Essas tecnologias permitem criar e gerenciar um único plano de
operações para toda a Cadeia de Suprimentos de forma colaborativa, respeitando e
representando as diferentes visões dos departamentos envolvidos no negócio.
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CONCLUSÃO: Podemos notar que, no Brasil e nos países em desenvolvimento, as empresas
ainda não perceberam todas as vantagens associadas ao Gerenciamento da Cadeia de
Suprimentos. Isto porque a maioria delas gerencia um mix de produtos, clientes e de
fornecedores restritos, o que lhes permite desenvolver as atividades dentro da empresa, sem
maiores modificações e também porque pensam que a implementação da filosofia do conceito
“SCM” representa um alto custo - aspecto que também se constitui em fator determinante - sem
contar que muitas vezes as empresas estão tão envolvidas com suas operações que não têm
capacidade para analisar esta nova realidade. É aqui, onde começam a atuar as empresas de
consultoria especializadas em logística, que devem contar com metodologias e ferramentas
com capacidade analítica capaz de revelar, rapidamente, o retorno do investimento(ROI) e
outros benefícios específicos para cada etapa do projeto.
Atualmente, nos países mais avançados, encontramos ferramentas (programas de software em
“SCM”) que podem ser implementadas em etapas num curto espaço de tempo, em geral,
menos de 6 meses. A vantagem é que podemos, ao final de cada etapa, medir os benefícios
alcançados. Feito isso, passamos para a próxima etapa, e assim sucessivamente.
Como exemplo, podemos implementar, numa primeira fase, ferramentas para planejamento da
demanda da empresa. Conseguidos os benefícios projetados, podemos partir para a
implementação de uma segunda fase para gerenciamento do inventário / estoque. Como
terceira fase, podemos implementar um “Balanced Scorecard” – Sistema de controle, baseado
em indicadores e estratégias para monitoramento do desempenho das metas estratégicas no
tempo (métricas).
Já temos, inclusive, sistemas que permitem medir o desempenho atual e estatisticamente
determinar a tendência do desempenho futuro da empresa. Esta é uma enorme vantagem, pois
possibilita que os executivos tomem as decisões corretivas, antes de acontecer à catástrofe.
Correções que podem ser ainda automatizadas através do próprio sistema, uma vez que a idéia
é gerenciar apenas as exceções. Conseguidos os benefícios desejados nesta etapa, podemos
partir para a próxima, e assim por diante.
Outra enorme vantagem é a visibilidade que estes programas possibilitam tanto da empresa
como de toda a sua Cadeia de Suprimentos. Hoje em dia, esta visibilidade é vital pois as
empresas começam a estar conscientes de que uma eficiente gestão da Cadeia de
Suprimentos requer desafios externos e internos.
Infelizmente, o que a maioria dos executivos brasileiros ainda não sabe, é que já existem
soluções cujo investimento pode ser considerado de baixo custo e baixo risco, sendo que
alguns custam menos que o preço de um carro importado, mas os benefícios resultantes de
uma maior eficiência das suas empresas são infinitamente superiores ao custo de aquisição.
Para as empresas que já possuem um sistema de “ERP” – Enterprise Resource Planning ou
Planejamento dos Recursos Empresariais, fica ainda mais fácil, pois estes sistemas possuem
conectores com o “ERP”, tirando deste sistema grande parte dos dados transacionais
necessários para a sua implantação.
Na economia atual, cada vez mais globalizada, onde as grandes empresas compram seus
concorrentes menores para aumentar economias de escala, surge o grande desafio que é a
fusão das respectivas Cadeias de Suprimentos com diversas fábricas e em vários países.
O cenário desta década fica cada dia mais claro: A competição não acontece apenas entre as
grandes corporações, mas sim entre as fusões de suas Cadeias de Suprimentos. Os grupos
que apresentarem as Cadeias de Suprimentos mais “afinadas”, serão os vencedores desta
“guerra” que assistiremos nos próximos anos.O “SCM” vai, sim, mudar o mundo corporativo
como o conhecemos hoje. Disto eu não tenho dúvida.
* Eng. J. L. Amaral - Consultor em logística, Chairman da Câmara Americana de Comércio (Regional
Campinas) no departamento de Logística INBOUND e Vencedor do Prêmio ABML de Logística/2000 -
categoria Movimentação e Armazenagem.
e-mail : amaral@qualilog.com – Tels. + 55 (11) 3772-3194 / + 55 (11) 3815-6840
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