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TRATAMENTOS TÉRMICOS

TRATAMENTOS TÉRMICOS

Prof. M.Sc.: Anael Krelling

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TRATAMENTOS TÉRMICOS

RECOZIMENTO

Visa reduzir a dureza do aço, aumentar a usinabilidade, facilitar o


trabalho a frio ou atingir a microestrutura ou as propriedades desejadas.
Existem, basicamente, três tipos principais de recozimento:

•Recozimento pleno ou supercrítico;

•Recozimento subcrítico;

•Esferoidização ou recozimento intercrítico.

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RECOZIMENTO OU RECOZIMENTO PLENO

Consiste em austenitizar o aço, resfriando-o lentamente a seguir.


A temperatura de recozimento é de mais ou menos 50°C acima da linha
A3 para aços hipoeutetóides e 50°C acima de A1 para aços
hipereutetóides. Nos Hipereutetóides não se deve ultrapassar a Acm,
porque, no resfriamento posterior, ao ser atravessada novamente esta
linha, formar-se-ia cementita nos contornos de grão da austenita, o que
iria fragilizar posteriormente a peça tratada.
O resfriamento deve ser feito dentro do forno ou ainda em
campânulas isoladas, cal em pó, areia bem seca, cinzas ou qualquer
meio que assegure um resfriamento lento.

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RECOZIMENTO SUBCRÍTICO

É aquele em que o aquecimento se dá a uma temperatura abaixo


de A1. É usado para recuperar a ductilidade do aço trabalhado a frio
(encruado). O recozimento subcrítico é realizado antes de novas
deformações nos produtos que sofreram deformação a frio.
Normalmente, o aquecimento do aço carbono na faixa de 595 a 675°C,
seguido de resfriamento ao ar, é suficiente.
As principais transformações são a recuperação e a
recristalização das fases encruadas. Não há formação de austenita, não
fazendo sentido, portanto a utilização de diagramas TTT.

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Alívio de Tensões em Aço Carbono

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RECOZIMENTO DE ESFEROIDIZAÇÃO

No recozimento de esferoidização se objetiva alterar a


distribuição dos carbonetos na microestrutura (especialmente aqueles
presentes na perlita), transformando-os em pequenos glóbulos ou
esferas, dispersos na matriz.
Em diversos casos, especialmente aços de médio a alto carbono,
esta estrutura é muito favorável para a usinabilidade.
Há várias maneiras de se obter uma estrutura de carbonetos
esferoidizados em matriz ferrítica após uma austenitização total ou
parcial: manutenção por tempo prolongado à temperatura pouco abaixo
de A1, resfriar lentamente ao passar por A1 ou ciclar acima e abaixo de
A1.

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Esferoidização

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NORMALIZAÇÃO

A normalização consiste na austenitização completa do aço,


seguida de resfriamento ao ar parado ou agitado. É indicada para a
homogeneização da estrutura após o forjamento e antes da têmpera ou
revenimento. Aços ligados que temperam ao ar não são normalizados.
Pode ser usada para as seguintes aplicações:

•Refino de grão (por meio de recristalização) e homogeneização da


estrutura visando a obter uma melhor resposta na têmpera ou no
revenimento posterior;
•Melhoria da usinabilidade;
•Refino de estruturas brutas de fusão (peças fundidas)
•Obter propriedades mecânicas desejadas.

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TÊMPERA

ENDURECIBILIDADE

Endurecibilidade é um termo usado para descrever a habilidade


de uma liga em ser endurecida pela formação de martensita como
resultado de um dado tratamento térmico.
A endurecibilidade representa uma medida qualitativa da taxa
segundo a qual a dureza cai em função da distância ao se penetrar no
interior de uma amostra como resultado de um menor teor de
martensita.
Uma liga de aço que possui uma endurecibilidade elevada é uma
que endurece, ou que forma martensita, não apenas na superfície, mas
em elevado grau também ao longo de todo o seu interior.

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ENSAIO JOMINY DA EXTREMIDADE TEMPERADA (ASTM A 255)

Um corpo de prova cilíndrico com 25,4mm de diâmetro e 100mm de


comprimento é austenitizado em uma temperatura predeterminada durante um
período de tempo predeterminado.
Após a remoção do forno ele é montado rapidamente sobre um suporte. A
extremidade inferior é resfriada rapidamente pela ação de um jato de água com vazão
e temperatura específicas.
Após a peça ter sido resfriada até a temperatura ambiente, chanfros finos e
chatos com 0,4mm de profundidade são feitos e polidos ao longo do comprimento do
CDP e são realizadas medições da dureza Rockwell para os primeiros 50mm ao longo
de cada chanfro; para os primeiros 12,8mm as leituras de dureza são tiradas em
intervalos de 1,6mm, enquanto para os demais 38,4mm as leituras são tomadas a cada
3,2mm.
Uma curva de endurecibilidade é produzida quando a dureza é plotada como
uma função da posição a partir da extremidade temperada.

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Água Óleo
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Determinar o perfil radial da dureza para uma amostra


cilíndrica de um aço 1040 com 2 pol de diâmetro que
foi temperada em água moderadamente agitada.

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TÊMPERA

Quando empregado sem qualificativo, o termo “têmpera” indica


um tratamento visando a formação de martensita.
A têmpera consiste em resfriar o aço, após austenitização, a uma
velocidade suficientemente rápida para evitar as transformações
perlíticas e bainíticas na peça em questão. Deste modo, obtém-se
estrutura metaestável martensítica.
Como diferentes aços apresentam curvas TTT distintas, a taxa
mínima de resfriamento necessário para evitar as transformações
perlítica e bainítica varia em uma faixa bastante larga.
Deve-se observar ainda que, com o aumento do teor de carbono,
diminui-se a temperatura para MI e MF. A dureza martensítica aumenta
com o teor de carbono.

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Curva TTT do aço AISI ABNT 1050 21


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Curva TTT do aço AISI ABNT 4340 22


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Pode gerar austenita retida:


•Heterogeneidade
•Redução de propriedades
•Variação dimensional

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Para o controle da taxa de resfriamento, utilizam-se diversos


meios de têmpera, com diferentes capacidades de extração de calor
(severidade). Os meios de têmpera mais comuns são: água (pura, com
adição de sal ou com adição de polímeros solúveis em água como
poliacrilato de sódio (PA) e polivinil álcool (PVA)), óleo e ar, embora
outros meios gasosos possam der empregados (nitrogênio, hélio,
argônio, etc.).

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REVENIMENTO

Para atingir os valores adequados de resistência mecânica e


tenacidade, deve-se, logo após a têmpera, proceder ao revenimento.
O revenimento consiste no aquecimento a temperaturas
inferiores a temperatura Ac1 para aumentar a ductilidade e tenacidade e
ajustar a resistência mecânica ao nível desejado e promover alívio de
tensões.

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Variação das propriedades


mecânicas do aço 4340 em função
da temperatura de revenimento.

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TÊMPERA SUPERFICIAL

É um processo de têmpera convencional aplicado somente na


região superficial da peça. Ideal para produzir peças com alta dureza
superficial e, por consequência, com maior resistência ao desgaste, com
um núcleo mais mole e dúctil.
É o caso de engrenagens, em que se deseja alta resistência ao
desgaste na superfície para suportar o atrito de metais, e um núcleo
dúctil, para acomodar os impactos recebidos.
Para se promover um aquecimento rápido da superfície da peça,
utiliza-se o aquecimento indutivo (corrente alternada em bobinas
gerando um campo eletromagnético) ou por chama (processo mais
lento do que o indutivo, porém mais barato).

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Diferentes tipos de espiras para o aquecimento indutivo, em função da região a ser aquecida.
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Diferentes dispositivos para


têmpera superficial por chama.

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CEMENTAÇÃO

Consiste na introdução de C na superfície do aço, de modo que este, depois


de temperado, apresente uma superfície mais dura. Para se produzir uma combinação
de uma superfície mais dura com núcleo tenaz, deve-se partir de um aço com baixo
carbono (C < 0,30%) e aquecê-lo, geralmente, entre 815 e 950°C.
Aços como AISI 5120, 8620, 4118, 4620 e 4023 são alguns dos mais
comumente empregados para engrenagens, por viabilizarem têmpera posterior em
óleo. AISI 9310 e 4320 podem ser empregados em aplicações com solicitações
rigorosas.
Pode ser feita por via:
•Sólida;
•Gasosa;
•Líquida;
•Vácuo;
•Plasma.

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CEMENTAÇÃO SÓLIDA

As peças de aço são acondicionadas em caixas metálicas, a que


se adiciona carvão de madeira ou coque, catalisador constituído de uma
mistura de 50 a 70% de carbonato de bário com outros carbonatos
(cálcio, potássio e sódio) e um óleo ligante ou alcatrão.

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VANTAGENS

•Pode utilizar uma grande variedade de fornos, pois produz sua própria atmosfera
cementante;
•É ideal para peças que precisam de resfriamento lento após a cementação, como as
que serão usinadas antes do tratamento de têmpera.

DESVANTAGENS

•Não é indicada para camadas que devem ser controladas dentro de uma tolerância
estreita;
•Não permite controle do potencial de carbono na superfície da peça;
•Não é recomendada para têmpera direta após cementação, devido à dificuldade de
desempacotar as peças;
•É mais lenta que os outros processos de cementação, pois é preciso aquecer e resfriar
a peça junto com a caixa que a contém.

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Efeito do tempo de cementação na


profundidade da camada cementada e na
distribuição do carbono, para um aço 3115,
cementado a 925°C com carvão de
madeira, coque e carbonato de sódio

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CEMENTAÇÃO GASOSA

Consiste em se colocar a peça a ser cementada em um forno


com atmosfera de potencial de carbono controlado.
A cementação gasosa é muito empregada industrialmente. A
limpeza inicial da superfície é muito importante para a obtenção de
resultados uniformes.

Reversível! Aço pode


receber (C) ou perder.

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VANTAGENS

•Processo mais limpo que por via sólida;


•Melhor controle do teor de carbono e da espessura da camada cementada;
•Processo rápido e para produção contínua;
•Possibilita a têmpera direta, evitando o resfriamento.

DESVANTAGENS

•Custo alto dos equipamentos, se comparados com os da cementação sólida;


•Requer pessoal habilitado.

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Gradiente de carbono no aço 1022 cementado a gás, a 920°C.

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CEMENTAÇÃO LÍQUIDA

Consiste em se manter o aço em um banho de sal fundido em


uma temperatura acima de A1. A profundidade da camada cementada
depende da composição do banho e, principalmente, da temperatura
utilizada
Como o sal fundido contém cianeto de sódio (NaCN) e cianato de
sódio (NaCNO), a camada endurecida contém apreciável quantidade de
nitrogênio, que pode formar nitretos. Os nitretos aumentam a
resistência ao desgaste e reduzem o amolecimento durante os
tratamentos térmicos, como o revenimento.

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VANTAGENS

•Obtenção de apreciáveis profundidades de penetração em tempo relativamente mais


curto que na cementação a gás, pois a peça entra em contato direto com a massa
líquida;
•Proteção efetiva contra descarbonetação;
•Possibilidade de operação contínua, pela colocação ou retirada das peças, enquanto
outras ainda estão em tratamento.

DESVANTAGENS

•Produz resíduos tóxicos de cianeto;


•Necessidade de limpeza posterior em alguns casos, como a têmpera em óleo.

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Perfil de distribuição do carbono após


cementação líquida, em barras de aço
1020, utilizando diferentes temperaturas
do banho.
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CEMENTAÇÃO A VÁCUO

O aço é austenitizado em uma câmara a vácuo (0,1 a 0,5 torr), com posterior
injeção de gás cementante (metano ou propano, puros ou misturados) em uma
pressão parcial entre 10 e 200 torr e mantido entre uma e três horas na temperatura
de austenitização para possibilitar a difusão do C. Em seguida, a câmara é evacuada e,
posteriormente, preenchida com gás nitrogênio, sendo o aço temperado diretamente
em óleo. A amônia pode ser adicionada ao gás cementante se for necessária a
introdução de nitrogênio na camada endurecida.

O processo oferece uma melhor uniformidade e um controle mais preciso da


camada cementada em relação á cementação gasosa. Como o processo todo é a
vácuo, as peças saem muito mais limpas que na cementação gasosa, não requerendo
limpeza posterior. A emissão de gases também é menor que na cementação gasosa,
reduzindo problemas ambientais. Em contrapartida, o custo do equipamento é maior.

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CEMENTAÇÃO A PLASMA

A cementação com plasma usa a tecnologia de descargas


luminescentes para fornecer íons de carbono para a superfície da peça.
O processo de cementação iônica é mais rápido que o de
cementação a gás. Se o metano for usado, por exemplo, na cementação
a gás, ocorrerão várias reações de decomposição desse gás. Na
cementação iônica a dissociação do metano forma diretamente o
carbono ativo, reduzindo o tempo do processo.
Temperaturas mais altas podem ser usadas, o que favorece a
difusão do C e aumenta o limite de solubilidade do C na austenita.
Também em relação à cementação a vácuo a cementação iônica
é um processo mais rápido.
A camada cementada é mais uniforme. O processo iônico é mais
seguro que o a gás, pois não utiliza gases tóxicos como o monóxido de
carbono. 44
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Perfil de distribuição do C em aço 8620 cementado por 30 minutos a 980°C com diferentes
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processos
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NITRETAÇÃO

Introdução superficial Temperaturas na faixa de Formação de camada


de nitrogênio no aço (500 – 570°C) dura de nitretos

Menores que a
cementação – menor Al, Cr, Mo, V – maior
distorção dureza em
comparação com
cementação

Até 70 HRC

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NITRETAÇÃO GASOSA

Peça em atmosfera - Entre os fatores mais importantes para o aumento


de amônia da vida útil das matrizes de extrusão a quente na
(500 – 565°C) indústria de alumínio.
- Processo mais utilizado (90 – 95%)

Acréscimo de pressão gera


acréscimo de dureza.

Dureza em diferentes posições da superfície nitretada a diferentes pressões.


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NITRETAÇÃO LÍQUIDA

O aquecimento é feito na mesma faixa de temperatura da


nitretação a gás (500 a 570°C), utilizando um banho a base de cianeto
ou cianato.
A grande vantagem sobre a nitretação a gás é que o tempo
utilizado é bem menor.
A desvantagem é que a camada nitretada também é menor
(máxima de 0,015mm contra 0,7mm da nitretação a gás).
Os aços empregados são: carbono, baixa liga, ferramenta,
inoxidável e resistente ao calor.

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Gradiente de nitrogênio no aço 1015 em função do tempo de nitretação líquida a 565°C.


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NITRETAÇÃO A PLASMA
Bombardeamento de -Aquecimento
íons de nitrogênio Formação da camada branca
-Limpeza
sobre a peça é melhor controlada
-Fornecer N ativo

ε(Fe2,3N) – Resistência ao
desgaste e fadiga, sem choque.
γ´(Fe4N) – Menor dureza e
resistência ao desgaste, maior
tenacidade.

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Efeito da composição do gás na camada nitretada a plasma.
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VANTAGENS

•Possibilidade de controle de fases na região branca: camada monofásica de γ’ (Fe4N),


camada monofásica de ε (Fe2-3N), camada bifásica de γ’ (Fe4N) + ε (Fe2-3N), ou ainda,
nenhuma formação destes nitretos;
•Melhor controle da camada nitretada;
•Menores temperaturas (tão baixas quanto 370°C);
•Menor distorção nas peças por trabalhar com menores temperaturas de processo;
•Não poluente (evita o uso de amônia);
•Menor consumo de energia;
•Maior facilidade de automação;
•Reduz tempo de nitretação.

DESVANTAGENS

•Alto custo do equipamento;


•Necessidade de fixar as peças com conectores para passagem de corrente elétrica;

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