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GOIÂNIA-GO
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
JL001-2018
DADOS DA OBRA
• Língua Portuguesa
• Matemática
• Informática
• Legislação Específica
• Conhecimentos Específicos
Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza
Produção Editoral
Suelen Domenica Pereira
Julia Antoneli
Capa
Joel Ferreira dos Santos
APRESENTAÇÃO
CURSO ONLINE
PASSO 1
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SUMÁRIO
Língua Portuguesa
1. Leitura e interpretação de textos de diferentes gêneros: efeitos de sentido, hierarquia dos sentidos do texto, situação
comunicativa, pressuposição, inferência, ambiguidade, ironia, figurativização, polissemia, intertextualidade, linguagem
não verbal. .................................................................................................................................................................................................................. 83
2. Modos de organização do texto: descrição, narração, exposição, argumentação, diálogo e esquemas retóricos
(enumeração de ideias, relações de causa e consequência, comparação, gradação, oposição, etc.)..................................... 83
3. Estrutura textual: progressão temática, parágrafo, período, oração, pontuação, tipos de discurso, mecanismos de
estabelecimento da coerência, coesão lexical e conexão sintática. .................................................................................................... 86
4. Gêneros textuais: análise das características composicionais de editorial, notícia, reportagem, resenha, crônica, carta,
artigo de opinião, relatório, parecer, ofício, charge, tira, pintura, placa, propaganda institucional/educacional, etc...... 86
5. Estilo e registro: variedades linguísticas, formalidade e informalidade, formas de tratamento, propriedade lexical,
adequação comunicativa. ...................................................................................................................................................................................101
6. Língua padrão: ortografia, formação de palavras, pronome, advérbio, adjetivo, conjunção, preposição, regência,
concordância nominal e verbal........................................................................................................................................................................... 07
Matemática
1. Conjuntos Numéricos: Números naturais e números inteiros: operações, relação de ordem, divisibilidade, máximo
divisor comum, mínimo múltiplo comum e decomposição em fatores primos; Números racionais e irracionais:
operações, relação de ordem, propriedades e valor absoluto; Números complexos: conceito, operações e representação
geométrica; Situações-problema envolvendo conjuntos numéricos................................................................................................... 01
2. Progressão Aritmética e Progressão Geométrica: Razão, termo geral e soma dos termos; Situações-problema
envolvendo progressões. ..................................................................................................................................................................................... 70
3. Noções de Matemática Financeira: Razão e Proporção; Porcentagem; Juros simples e composto. Situações-problema
envolvendo matemática financeira. ................................................................................................................................................................. 11
4. Equações e Inequações: Conceito; Resolução e discussão. Situações-problema envolvendo equações e
inequações. ...........................................................................................................................................................................................................23
5. Sistemas de equações: Conceito; Resolução, discussão e representação geométrica; Situações – problema envolvendo
sistemas de equações............................................................................................................................................................................................. 23
Informática
1. Sistemas operacionais Windows: recursos básicos de utilização: janelas, menus, atalhos, ajuda esuporte
gerenciamento de pastas e arquivos; pesquisas e localização de conteúdo; gerenciamento de impressão; instalação e
remoção de programas; configuração no Painel de Controle; configuração de dispositivos de hardware; configuração
de aplicativos.............................................................................................................................................................................................................. 01
2. Aplicativos para edição de textos, planilha eletrônica e editor de apresentação por meio de software livre e de software
comercial: ambiente do software; operações básicas com documentos; edição e formatação do texto; tratamento de
fontes de texto; verificação ortográfica e gramatical; impressão; utilização de legendas, índices e figuras. ..................... 21
3. Navegadores de Internet e serviços de busca na Web: redes de computadores e Internet; elementos da interface
dos principais navegadores de Internet; navegação e exibição de sítios Web; utilização e gerenciamento dos principais
navegadores de Internet. ..................................................................................................................................................................................... 55
4. Hardware, periféricos e conhecimentos básicos de informática: tipos de computador; tipos de conectores para
dispositivos externos; dispositivos de entrada, saída, armazenamento e comunicação de dados. ...................................... 01
5. Conhecimentos básicos de segurança da informação e segurança na Internet: princípios da segurança da informação;
ameaças e ativos alvos de ameaças; riscos, medidas e ciclo de segurança; principais políticas, segurança da informação
em transações pela internet; ferramentas e mecanismos para garantir a segurança da informação..................................... 64
SUMÁRIO
Legislação Específica
Conhecimentos Específicos
Letra e Fonema.......................................................................................................................................................................................................... 01
Estrutura das Palavras............................................................................................................................................................................................. 04
Classes de Palavras e suas Flexões..................................................................................................................................................................... 07
Ortografia.................................................................................................................................................................................................................... 44
Acentuação................................................................................................................................................................................................................. 47
Pontuação.................................................................................................................................................................................................................... 50
Concordância Verbal e Nominal......................................................................................................................................................................... 52
Regência Verbal e Nominal................................................................................................................................................................................... 58
Frase, oração e período.......................................................................................................................................................................................... 63
Sintaxe da Oração e do Período......................................................................................................................................................................... 63
Termos da Oração.................................................................................................................................................................................................... 63
Coordenação e Subordinação............................................................................................................................................................................. 63
Crase.............................................................................................................................................................................................................................. 71
Colocação Pronominal............................................................................................................................................................................................ 74
Significado das Palavras......................................................................................................................................................................................... 76
Interpretação Textual............................................................................................................................................................................................... 83
Tipologia Textual....................................................................................................................................................................................................... 85
Gêneros Textuais....................................................................................................................................................................................................... 86
Coesão e Coerência................................................................................................................................................................................................. 86
Reescrita de textos/Equivalência de Estruturas............................................................................................................................................ 88
Estrutura Textual........................................................................................................................................................................................................ 90
Redação Oficial.......................................................................................................................................................................................................... 91
Funções do “que” e do “se”................................................................................................................................................................................100
Variação Linguística...............................................................................................................................................................................................101
O processo de comunicação e as funções da linguagem......................................................................................................................103
LÍNGUA PORTUGUESA
Graduada pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Adamantina. Especialista pela Universidade Estadual Paulista
– Unesp
LETRA E FONEMA
A palavra fonologia é formada pelos elementos gregos fono (“som, voz”) e log, logia (“estudo”, “conhecimento”). Significa
literalmente “estudo dos sons” ou “estudo dos sons da voz”. Fonologia é a parte da gramática que estuda os sons da lín-
gua quanto à sua função no sistema de comunicação linguística, quanto à sua organização e classificação. Cuida, também,
de aspectos relacionados à divisão silábica, à ortografia, à acentuação, bem como da forma correta de pronunciar certas
palavras. Lembrando que, cada indivíduo tem uma maneira própria de realizar estes sons no ato da fala. Particularidades na
pronúncia de cada falante são estudadas pela Fonética.
Na língua falada, as palavras se constituem de fonemas; na língua escrita, as palavras são reproduzidas por meio de
símbolos gráficos, chamados de letras ou grafemas. Dá-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro capaz de esta-
belecer uma distinção de significado entre as palavras. Observe, nos exemplos a seguir, os fonemas que marcam a distinção
entre os pares de palavras:
amor – ator / morro – corro / vento - cento
Cada segmento sonoro se refere a um dado da língua portuguesa que está em sua memória: a imagem acústica que
você - como falante de português - guarda de cada um deles. É essa imagem acústica que constitui o fonema. Este forma
os significantes dos signos linguísticos. Geralmente, aparece representado entre barras: /m/, /b/, /a/, /v/, etc.
Fonema e Letra
- O fonema não deve ser confundido com a letra. Esta é a representação gráfica do fonema. Na palavra sapo, por
exemplo, a letra “s” representa o fonema /s/ (lê-se sê); já na palavra brasa, a letra “s” representa o fonema /z/ (lê-se zê).
- Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do fonema /z/, que
pode ser representado pelas letras z, s, x: zebra, casamento, exílio.
- Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra “x”, por exemplo, pode representar:
- o fonema /sê/: texto
- o fonema /zê/: exibir
- o fonema /che/: enxame
- o grupo de sons /ks/: táxi
- As letras “m” e “n”, em determinadas palavras, não representam fonemas. Observe os exemplos: compra, conta. Nestas
palavras, “m” e “n” indicam a nasalização das vogais que as antecedem: /õ/. Veja ainda: nave: o /n/ é um fonema; dança: o
“n” não é um fonema; o fonema é /ã/, representado na escrita pelas letras “a” e “n”.
1) Vogais
As vogais são os fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que passa livremente pela boca. Em nossa língua,
desempenham o papel de núcleo das sílabas. Isso significa que em toda sílaba há, necessariamente, uma única vogal.
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Átonas: pronunciadas com menor intensidade: até, É a sequência formada por uma semivogal, uma vo-
bola. gal e uma semivogal, sempre nesta ordem, numa só sílaba.
Pode ser oral ou nasal: Paraguai - Tritongo oral, quão - Tri-
- Tônicas: pronunciadas com maior intensidade: até, tongo nasal.
bola.
3) Hiato
Quanto ao timbre, as vogais podem ser:
- Abertas: pé, lata, pó É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que
- Fechadas: mês, luta, amor pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca há mais
- Reduzidas - Aparecem quase sempre no final das pa- de uma vogal numa mesma sílaba: saída (sa-í-da), poesia
lavras: dedo (“dedu”), ave (“avi”), gente (“genti”). (po-e-si-a).
Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais. O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vo-
Aparecem apoiados em uma vogal, formando com ela uma gal intermediária, recebe o nome de encontro consonantal.
só emissão de voz (uma sílaba). Neste caso, estes fonemas Existem basicamente dois tipos:
são chamados de semivogais. A diferença fundamental en- 1-) os que resultam do contato consoante + “l” ou “r”
tre vogais e semivogais está no fato de que estas não de- e ocorrem numa mesma sílaba, como em: pe-dra, pla-no,
sempenham o papel de núcleo silábico. a-tle-ta, cri-se.
Observe a palavra papai. Ela é formada de duas sílabas: 2-) os que resultam do contato de duas consoantes
pa - pai. Na última sílaba, o fonema vocálico que se destaca pertencentes a sílabas diferentes: por-ta, rit-mo, lis-ta.
é o “a”. Ele é a vogal. O outro fonema vocálico “i” não é tão Há ainda grupos consonantais que surgem no início
forte quanto ele. É a semivogal. Outros exemplos: saudade, dos vocábulos; são, por isso, inseparáveis: pneu, gno-mo,
história, série. psi-có-lo-go.
3) Consoantes Dígrafos
Para a produção das consoantes, a corrente de ar expi- De maneira geral, cada fonema é representado, na es-
rada pelos pulmões encontra obstáculos ao passar pela ca- crita, por apenas uma letra: lixo - Possui quatro fonemas e
vidade bucal, fazendo com que as consoantes sejam verda- quatro letras.
deiros “ruídos”, incapazes de atuar como núcleos silábicos.
Seu nome provém justamente desse fato, pois, em portu- Há, no entanto, fonemas que são representados, na es-
guês, sempre consoam (“soam com”) as vogais. Exemplos: crita, por duas letras: bicho - Possui quatro fonemas e cinco
/b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/, etc. letras.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Dígrafos Consonantais
Dígrafos Vocálicos
* Observação: “gu” e “qu” são dígrafos somente quando seguidos de “e” ou “i”, representam os fonemas /g/ e /k/:
guitarra, aquilo. Nestes casos, a letra “u” não corresponde a nenhum fonema. Em algumas palavras, no entanto, o “u” repre-
senta um fonema - semivogal ou vogal - (aguentar, linguiça, aquífero...). Aqui, “gu” e “qu” não são dígrafos. Também não há
dígrafos quando são seguidos de “a” ou “o” (quase, averiguo) .
** Dica: Conseguimos ouvir o som da letra “u” também, por isso não há dígrafo! Veja outros exemplos: Água = /agua/ nós
pronunciamos a letra “u”, ou então teríamos /aga/. Temos, em “água”, 4 letras e 4 fonemas. Já em guitarra = /gitara/ - não
pronunciamos o “u”, então temos dígrafo [aliás, dois dígrafos: “gu” e “rr”]. Portanto: 8 letras e 6 fonemas).
Dífonos
Assim como existem duas letras que representam um só fonema (os dígrafos), existem letras que representam dois
fonemas. Sim! É o caso de “fixo”, por exemplo, em que o “x” representa o fonema /ks/; táxi e crucifixo também são exemplos
de dífonos. Quando uma letra representa dois fonemas temos um caso de dífono.
Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono1.php
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Questões
ESTRUTURA DAS PALAVRAS
1-) (PREFEITURA DE PINHAIS/PR – INTÉRPRETE DE LI-
BRAS – FAFIPA/2014) Em todas as palavras a seguir há um
dígrafo, EXCETO em
(A) prazo. As palavras podem ser analisadas sob o ponto de vista
(B) cantor. de sua estrutura significativa. Para isso, nós as dividimos
(C) trabalho. em seus menores elementos (partes) possuidores de sen-
(D) professor. tido. A palavra inexplicável, por exemplo, é constituída por
três elementos significativos:
1-)
(A) prazo – “pr” é encontro consonantal In = elemento indicador de negação
(B) cantor – “an” é dígrafo Explic – elemento que contém o significado básico da
(C) trabalho – “tr” encontro consonantal / “lh” é dígrafo palavra
(D) professor – “pr” encontro consonantal q “ss” é dí- Ável = elemento indicador de possibilidade
grafo
RESPOSTA: “A”. Estes elementos formadores da palavra recebem o
nome de morfemas. Através da união das informações
2-) (PREFEITURA DE PINHAIS/PR – INTÉRPRETE DE LI- contidas nos três morfemas de inexplicável, pode-se en-
BRAS – FAFIPA/2014) Assinale a alternativa em que os itens tender o significado pleno dessa palavra: “aquilo que não
destacados possuem o mesmo fonema consonantal em to- tem possibilidade de ser explicado, que não é possível tornar
das as palavras da sequência. claro”.
(A) Externo – precisa – som – usuário.
MORFEMAS = são as menores unidades significativas
(B) Gente – segurança – adjunto – Japão.
que, reunidas, formam as palavras, dando-lhes sentido.
(C) Chefe – caixas – deixo – exatamente.
(D) Cozinha – pesada – lesão – exemplo.
Classificação dos morfemas:
2-) Coloquei entre barras ( / / ) o fonema representado
Radical, lexema ou semantema – é o elemento por-
pela letra destacada:
tador de significado. É através do radical que podemos for-
(A) Externo /s/ – precisa /s/ – som /s/ – usuário /z/
mar outras palavras comuns a um grupo de palavras da
(B) Gente /j/ – segurança /g/ – adjunto /j/ – Japão /j/ mesma família. Exemplo: pequeno, pequenininho, pequenez.
(C) Chefe /x/ – caixas /x/ – deixo /x/ – exatamente O conjunto de palavras que se agrupam em torno de um
/z/ mesmo radical denomina-se família de palavras.
(D) cozinha /z/ – pesada /z/ – lesão /z/– exemplo /z/
RESPOSTA: “D”. Afixos – elementos que se juntam ao radical antes (os
prefixos) ou depois (sufixos) dele. Exemplo: beleza (sufi-
3-) (CORPO DE BOMBEIROS MILITAR/PI – CURSO DE xo), prever (prefixo), infiel.
FORMAÇÃO DE SOLDADOS – UESPI/2014) “Seja Sangue
Bom!” Na sílaba final da palavra “sangue”, encontramos Desinências - Quando se conjuga o verbo amar, ob-
duas letras representando um único fonema. Esse fenôme- têm-se formas como amava, amavas, amava, amávamos,
no também está presente em: amáveis, amavam. Estas modificações ocorrem à medida
A) cartola. que o verbo vai sendo flexionado em número (singular e
B) problema. plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). Também
C) guaraná. ocorrem se modificarmos o tempo e o modo do verbo
D) água. (amava, amara, amasse, por exemplo). Assim, podemos
E) nascimento. concluir que existem morfemas que indicam as flexões das
palavras. Estes morfemas sempre surgem no fim das pala-
3-) Duas letras representando um único fonema = dí- vras variáveis e recebem o nome de desinências. Há desi-
grafo nências nominais e desinências verbais.
A) cartola = não há dígrafo
B) problema = não há dígrafo • Desinências nominais: indicam o gênero e o número
C) guaraná = não há dígrafo (você ouve o som do “u”) dos nomes. Para a indicação de gênero, o português cos-
D) água = não há dígrafo (você ouve o som do “u”) tuma opor as desinências -o/-a: garoto/garota; menino/
E) nascimento = dígrafo: sc menina. Para a indicação de número, costuma-se utilizar
RESPOSTA: “E”. o morfema –s, que indica o plural em oposição à ausência
de morfema, que indica o singular: garoto/garotos; garota/
garotas; menino/meninos; menina/meninas. No caso dos
nomes terminados em –r e –z, a desinência de plural assu-
me a forma -es: mar/mares; revólver/revólveres; cruz/cruzes.
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LÍNGUA PORTUGUESA
• Desinências verbais: em nossa língua, as desinências Palavras primitivas: aquelas que, na língua portugue-
verbais pertencem a dois tipos distintos. Há desinências sa, não provêm de outra palavra: pedra, flor.
que indicam o modo e o tempo (desinências modo-tem-
porais) e outras que indicam o número e a pessoa dos ver- Palavras derivadas: aquelas que, na língua portugue-
bos (desinência número-pessoais): sa, provêm de outra palavra: pedreiro, floricultura.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Abreviação – é a redução de palavras até o limite per- 2-) en + triste + ido (com consoante de ligação “c”) =
mitido pela compreensão: moto (motocicleta), pneu (pneu- ao radical “triste” foram acrescidos o prefixo “en” e o sufixo
mático), metrô (metropolitano), foto (fotografia). “ido”, ou seja, “entristecido” é palavra derivada do processo
de formação de palavras chamado de: prefixação e sufixa-
* Observação: ção. Para o exercício, basta “derivada”!
- Abreviatura: é a redução na grafia de certas palavras,
limitando-as quase sempre à letra inicial ou às letras ini- RESPOSTA: “C”.
ciais: p. ou pág. (para página), sr. (para senhor).
- Sigla: é um caso especial de abreviatura, na qual se
reduzem locuções substantivas próprias às suas letras ini-
ciais (são as siglas puras) ou sílabas iniciais (siglas impuras),
que se grafam de duas formas: IBGE, MEC (siglas puras);
DETRAN ou Detran, PETROBRAS ou Petrobras (siglas impu-
ras).
- Hibridismo: é a palavra formada com elementos
oriundos de línguas diferentes.
automóvel (auto: grego; móvel: latim)
sociologia (socio: latim; logia: grego)
sambódromo (samba: dialeto africano; dromo: grego)
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LÍNGUA PORTUGUESA
de lago lacustre
CLASSES DE PALAVRAS E SUAS FLEXÕES
de leão leonino
de lebre leporino
de lua lunar ou selênico
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou
característica do ser e se relaciona com o substantivo, con- de madeira lígneo
cordando com este em gênero e número. de mestre magistral
de ouro áureo
As praias brasileiras estão poluídas.
de paixão passional
Praias = substantivo; brasileiras/poluídas = adjetivos de pâncreas pancreático
(plural e feminino, pois concordam com “praias”).
de porco suíno ou porcino
Locução adjetiva dos quadris ciático
de rio fluvial
Locução = reunião de palavras. Sempre que são ne-
cessárias duas ou mais palavras para falar sobre a mesma de sonho onírico
coisa, tem-se uma locução. Às vezes, uma preposição + de velho senil
substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Locu- de vento eólico
ção Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo). Por
exemplo: aves da noite (aves noturnas), paixão sem freio de vidro vítreo ou hialino
(paixão desenfreada). de virilha inguinal
de visão óptico ou ótico
Observe outros exemplos:
* Observação: nem toda locução adjetiva possui um
de águia aquilino adjetivo correspondente, com o mesmo significado. Por
de aluno discente exemplo: Vi as alunas da 5ª série. / O muro de tijolos caiu.
de anjo angelical Morfossintaxe do Adjetivo (Função Sintática):
de ano anual
de aranha aracnídeo O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função
dentro de uma oração) relativas aos substantivos, atuando
de boi bovino como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito
de cabelo capilar ou do objeto).
de cabra caprino
Adjetivo Pátrio (ou gentílico)
de campo campestre ou rural
de chuva pluvial Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser.
Observe alguns deles:
de criança pueril
de dedo digital Estados e cidades brasileiras:
de estômago estomacal ou gástrico
de falcão falconídeo Alagoas alagoano
de farinha farináceo Amapá amapaense
de fera ferino Aracaju aracajuano ou aracajuense
de ferro férreo Amazonas amazonense ou baré
de fogo ígneo Belo Horizonte belo-horizontino
de garganta gutural Brasília brasiliense
de gelo glacial Cabo Frio cabo-friense
de guerra bélico Campinas campineiro ou campinense
de homem viril ou humano
de ilha insular
de inverno hibernal ou invernal
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LÍNGUA PORTUGUESA
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita.
Observe alguns exemplos:
Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos subs-
tantivos, classificam-se em:
Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino: ativo e ativa, mau e má.
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o último elemento: o moço norte-americano, a
moça norte-americana.
Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino: homem feliz e mulher feliz.
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no feminino: conflito político-social e desavença político-social.
Os adjetivos simples se flexionam no plural de acordo com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos substan-
tivos simples: mau e maus, feliz e felizes, ruim e ruins, boa e boas.
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que
estiver qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a palavra
cinza é, originalmente, um substantivo; porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, en-
tão, invariável. Logo: camisas cinza, ternos cinza.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
2) O superlativo absoluto sintético se apresenta sob - de inferioridade: menos + advérbio + que (do que):
duas formas: uma erudita - de origem latina - outra po- Renato fala menos alto do que João.
pular - de origem vernácula. A forma erudita é constituída - de superioridade:
pelo radical do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, 1-) Analítico: mais + advérbio + que (do que): Renato
-imo ou érrimo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. A forma fala mais alto do que João.
popular é constituída do radical do adjetivo português + o 2-) Sintético: melhor ou pior que (do que): Renato fala
sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo. melhor que João.
3-) Os adjetivos terminados em –io fazem o superlativo
com dois “ii”: frio – friíssimo, sério – seriíssimo; os termi- Grau Superlativo
nados em –eio, com apenas um “i”: feio - feíssimo, cheio
– cheíssimo. O superlativo pode ser analítico ou sintético:
- Analítico: acompanhado de outro advérbio: Renato
Fontes de pesquisa: fala muito alto.
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf32. muito = advérbio de intensidade / alto = advérbio de
php modo
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: - Sintético: formado com sufixos: Renato fala altíssimo.
Saraiva, 2010.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- * Observação: as formas diminutivas (cedinho, perti-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. nho, etc.) são comuns na língua popular.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- Maria mora pertinho daqui. (muito perto)
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. A criança levantou cedinho. (muito cedo)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Há palavras como muito, bastante, que podem apare- - Usam-se, de preferência, as formas mais bem e mais
cer como advérbio e como pronome indefinido. mal antes de adjetivos ou de verbos no particípio:
Advérbio: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro Essa matéria é mais bem interessante que aquela.
advérbio e não sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muito. Nosso aluno foi o mais bem colocado no concurso!
Pronome Indefinido: relaciona-se a um substantivo e - O numeral “primeiro”, ao modificar o verbo, é advér-
sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muitos quilômetros. bio: Cheguei primeiro.
* Dica: Como saber se a palavra bastante é advérbio - Quanto a sua função sintática: o advérbio e a locução
(não varia, não se flexiona) ou pronome indefinido (varia, adverbial desempenham na oração a função de adjunto
sofre flexão)? Se der, na frase, para substituir o “bastante” adverbial, classificando-se de acordo com as circunstân-
por “muito”, estamos diante de um advérbio; se der para cias que acrescentam ao verbo, ao adjetivo ou ao advérbio.
substituir por “muitos” (ou muitas), é um pronome. Veja: Exemplo:
Meio cansada, a candidata saiu da sala. = adjunto ad-
1-) Estudei bastante para o concurso. (estudei muito, verbial de intensidade (ligado ao adjetivo “cansada”)
pois “muitos” não dá!). = advérbio Trovejou muito ontem. = adjunto adverbial de intensi-
dade e de tempo, respectivamente.
2-) Estudei bastantes capítulos para o concurso. (estudei
muitos capítulos) = pronome indefinido Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf75.
Advérbios Interrogativos php
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
São as palavras: onde? aonde? donde? quando? como? ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
por quê? nas interrogações diretas ou indiretas, referentes Saraiva, 2010.
às circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa. Veja: Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Interrogação Direta Interrogação Indireta SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Como aprendeu? Perguntei como aprendeu.
Onde mora? Indaguei onde morava. Artigo
Por que choras? Não sei por que choras.
O artigo integra as dez classes gramaticais, definindo-
Aonde vai? Perguntei aonde ia. se como o termo variável que serve para individualizar ou
Donde vens? Pergunto donde vens. generalizar o substantivo, indicando, também, o gênero
Quando voltas? Pergunto quando voltas. (masculino/feminino) e o número (singular/plural).
Os artigos se subdividem em definidos (“o” e as va-
riações “a”[as] e [os]) e indefinidos (“um” e as variações
“uma”[s] e “uns”).
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Artigos definidos – São aqueles usados para indicar Mas, se o nome apresentar um caracterizador, a pre-
seres determinados, expressos de forma individual: sença do artigo será obrigatória: O professor visitará a bela
O concurseiro estuda muito. Os concurseiros estudam Roma.
muito.
- antes de pronomes de tratamento:
Artigos indefinidos – São aqueles usados para indicar Vossa Senhoria sairá agora?
seres de modo vago, impreciso: Exceção: O senhor vai à festa?
Uma candidata foi aprovada! Umas candidatas foram
aprovadas! - após o pronome relativo “cujo” e suas variações:
Esse é o concurso cujas provas foram anuladas?
Circunstâncias em que os artigos se manifestam: Este é o candidato cuja nota foi a mais alta.
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O preço fica mais caro à medida que os produtos escas- Fontes de pesquisa:
seiam. http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf84.
php
* Observação: são incorretas as locuções proporcio- SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
nais à medida em que, na medida que e na medida em que. coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
g) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração Saraiva, 2010.
principal. São elas: quando, enquanto, antes que, depois que, Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
que, agora que, mal (= assim que), etc. Interjeição
A briga começou assim que saímos da festa.
Interjeição é a palavra invariável que exprime emo-
h) Comparativas: introduzem uma oração que expres- ções, sensações, estados de espírito. É um recurso da lin-
sa ideia de comparação com referência à oração principal. guagem afetiva, em que não há uma ideia organizada de
São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, maneira lógica, como são as sentenças da língua, mas sim
a manifestação de um suspiro, um estado da alma decor-
tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual,
rente de uma situação particular, um momento ou um con-
que nem, que (combinado com menos ou mais), etc.
texto específico. Exemplos:
O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem.
Ah, como eu queria voltar a ser criança!
ah: expressão de um estado emotivo = interjeição
i) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa Hum! Esse pudim estava maravilhoso!
a consequência da principal. São elas: de sorte que, de modo hum: expressão de um pensamento súbito = interjei-
que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que ção
(tendo como antecedente na oração principal uma palavra
como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc. O significado das interjeições está vinculado à maneira
Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do como elas são proferidas. O tom da fala é que dita o senti-
exame. do que a expressão vai adquirir em cada contexto em que
for utilizada. Exemplos:
Atenção: Muitas conjunções não têm classificação úni- Psiu!
ca, imutável, devendo, portanto, ser classificadas de acor- contexto: alguém pronunciando esta expressão na rua
do com o sentido que apresentam no contexto (grifo ; significado da interjeição (sugestão): “Estou te chamando!
da Zê!). Ei, espere!”
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- Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação - Para designar papas, reis, imperadores, séculos e par-
dos seres, indicando quantas vezes a quantidade foi au- tes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até
mentada: dobro, triplo, quíntuplo, etc. décimo e, a partir daí, os cardinais, desde que o numeral
venha depois do substantivo;
Flexão dos numerais
Ordinais Cardinais
Os numerais cardinais que variam em gênero são um/
uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/du- João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
zentas em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatro- D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
centas, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, variam
em número: milhões, bilhões, trilhões. Os demais cardinais Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
são invariáveis. Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)
Os numerais ordinais variam em gênero e número:
- Se o numeral aparece antes do substantivo, será lido
primeiro segundo milésimo como ordinal: XXX Feira do Bordado. (trigésima)
primeira segunda milésima
** Dica: Ordinal lembra ordem. Memorize assim, por
primeiros segundos milésimos associação. Ficará mais fácil!
primeiras segundas milésimas - Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o
ordinal até nono e o cardinal de dez em diante:
Os numerais multiplicativos são invariáveis quando
atuam em funções substantivas: Fizeram o dobro do esforço Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
e conseguiram o triplo de produção. Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)
Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais
flexionam-se em gênero e número: Teve de tomar doses tri- - Ambos/ambas = numeral dual, porque sempre se
plas do medicamento. refere a dois seres. Significam “um e outro”, “os dois” (ou
Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e “uma e outra”, “as duas”) e são largamente empregados
número. Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/ para retomar pares de seres aos quais já se fez referência.
duas terças partes. Sua utilização exige a presença do artigo posposto: Ambos
Os numerais coletivos flexionam-se em número: uma os concursos realizarão suas provas no mesmo dia. O arti-
dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros. go só é dispensado caso haja um pronome demonstrativo:
É comum na linguagem coloquial a indicação de grau Ambos esses ministros falarão à imprensa.
nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização de
sentido. É o que ocorre em frases como: Função sintática do Numeral
“Me empresta duzentinho...”
É artigo de primeiríssima qualidade! O numeral tem mais de uma função sintática:
O time está arriscado por ter caído na segundona. (= - se na oração analisada seu papel é de adjetivo, o
segunda divisão de futebol) numeral assumirá a função de adjunto adnominal; se fizer
papel de substantivo, pode ter a função de sujeito, objeto
Emprego e Leitura dos Numerais direto ou indireto.
- Os numerais são escritos em conjunto de três alga- Visitamos cinco casas, mas só gostamos de duas.
rismos, contados da direita para a esquerda, em forma de Objeto direto = cinco casas
centenas, dezenas e unidades, tendo cada conjunto uma Núcleo do objeto direto = casas
separação através de ponto ou espaço correspondente a Adjunto adnominal = cinco
um ponto: 8.234.456 ou 8 234 456. Objeto indireto = de duas
- Em sentido figurado, usa-se o numeral para indicar
Núcleo do objeto indireto = duas
exagero intencional, constituindo a figura de linguagem
conhecida como hipérbole: Já li esse texto mil vezes.
- No português contemporâneo, não se usa a conjun-
ção “e” após “mil”, seguido de centena:
Nasci em mil novecentos e noventa e dois.
Seu salário será de mil quinhentos e cinquenta reais.
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Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da nos- Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sen-
sa escola neste ano. tença, exerce a função de complemento verbal (objeto
[nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância direto ou indireto): Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)
adequada]
[neste: pronome que determina “ano” = concordância * Observação: o pronome oblíquo é uma forma va-
adequada] riante do pronome pessoal do caso reto. Essa variação in-
[ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concor- dica a função diversa que eles desempenham na oração:
dância inadequada] pronome reto marca o sujeito da oração; pronome oblíquo
marca o complemento da oração.
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos,
a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
tônicos.
Pronomes Pessoais Pronome Oblíquo Átono
São aqueles que substituem os substantivos, indicando São chamados átonos os pronomes oblíquos que não
diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve são precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica
assume os pronomes “eu” ou “nós”; usa-se os pronomes fraca: Ele me deu um presente.
“tu”, “vós”, “você” ou “vocês” para designar a quem se di- Tabela dos pronomes oblíquos átonos
rige, e “ele”, “ela”, “eles” ou “elas” para fazer referência à - 1.ª pessoa do singular (eu): me
pessoa ou às pessoas de quem se fala. - 2.ª pessoa do singular (tu): te
Os pronomes pessoais variam de acordo com as fun- - 3.ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe
ções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto - 1.ª pessoa do plural (nós): nos
ou do caso oblíquo. - 2.ª pessoa do plural (vós): vos
- 3.ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes
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- 3.ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo. - Os pronomes de tratamento representam uma for-
Eles se conheceram. ma indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao
Elas deram a si um dia de folga. tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo,
estamos nos endereçando à excelência que esse deputado
* O pronome é reflexivo quando se refere à mesma supostamente tem para poder ocupar o cargo que ocupa.
pessoa do pronome subjetivo (sujeito): Eu me arrumei e saí.
** É pronome recíproco quando indica reciprocidade - 3.ª pessoa: embora os pronomes de tratamento diri-
de ação: jam-se à 2.ª pessoa, toda a concordância deve ser feita
Nós nos amamos. com a 3.ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessi-
Olhamo-nos calados. vos e os pronomes oblíquos empregados em relação a eles
devem ficar na 3.ª pessoa.
Pronomes de Tratamento Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas pro-
messas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos.
São pronomes utilizados no tratamento formal, ceri-
- Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou
monioso. Apesar de indicarem nosso interlocutor (portan-
nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo
to, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pes-
do texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente.
soa. Alguns exemplos:
Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de
Vossa Alteza (V. A.) = príncipes, duques
“você”, não poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto
Vossa Eminência (V. E.ma) = cardeais
exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa.
Vossa Reverendíssima (V. Ver.ma) = sacerdotes e religio-
sos em geral
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
Vossa Excelência (V. Ex.ª) = oficiais de patente superior
teus cabelos. (errado)
à de coronel, senadores, deputados, embaixadores, profes-
sores de curso superior, ministros de Estado e de Tribunais, Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos
governadores, secretários de Estado, presidente da Repú- seus cabelos. (correto) = terceira pessoa do singular
blica (sempre por extenso) ou
Vossa Magnificência (V. Mag.ª) = reitores de universi-
dades Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
Vossa Majestade (V. M.) = reis, rainhas e imperadores teus cabelos. (correto) = segunda pessoa do singular
Vossa Senhoria (V. S.a) = comerciantes em geral, oficiais
até a patente de coronel, chefes de seção e funcionários de Pronomes Possessivos
igual categoria São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical
Vossa Meritíssima (sempre por extenso) = para juízes (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo
de direito (coisa possuída).
Vossa Santidade (sempre por extenso) = tratamento Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do
cerimonioso singular)
Vossa Onipotência (sempre por extenso) = Deus
NÚMERO PESSOA PRONOME
Também são pronomes de tratamento o senhor, a se-
nhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empre- singular primeira meu(s), minha(s)
gados no tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no tra- singular segunda teu(s), tua(s)
tamento familiar. Você e vocês são largamente empregados
singular terceira seu(s), sua(s)
no português do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é
de uso frequente; em outras, pouco empregada. Já a forma plural primeira nosso(s), nossa(s)
vós tem uso restrito à linguagem litúrgica, ultraformal ou plural segunda vosso(s), vossa(s)
literária.
plural terceira seu(s), sua(s)
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São utilizados para explicitar a posição de certa palavra - Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou
em relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode ser invariáveis, observe:
de espaço, de tempo ou em relação ao discurso. Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aque-
la(s).
*Em relação ao espaço: Invariáveis: isto, isso, aquilo.
- Este(s), esta(s) e isto = indicam o que está perto da
* Também aparecem como pronomes demonstrativos:
pessoa que fala:
- o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e
Este material é meu.
puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
- Esse(s), essa(s) e isso = indicam o que está perto da Essa rua não é a que te indiquei. (não é aquela que te
pessoa com quem se fala: indiquei.)
Esse material em sua carteira é seu?
- mesmo(s), mesma(s), próprio(s), própria(s): variam em
- Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam o que está dis- gênero quando têm caráter reforçativo:
tante tanto da pessoa que fala como da pessoa com quem Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem.
se fala: Eu mesma refiz os exercícios.
Aquele material não é nosso. Elas mesmas fizeram isso.
Vejam aquele prédio! Eles próprios cozinharam.
Os próprios alunos resolveram o problema.
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- semelhante(s): Não tenha semelhante atitude. Os pronomes indefinidos podem ser divididos em va-
riáveis e invariáveis. Observe:
- tal, tais: Tal absurdo eu não comenteria.
Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário,
* Note que: tanto, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca,
- Em frases como: O referido deputado e o Dr. Alcides vária, tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer*, alguns, ne-
eram amigos íntimos; aquele casado, solteiro este. (ou en- nhuns, todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros, quantos,
tão: este solteiro, aquele casado) - este se refere à pessoa algumas, nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas,
mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em outras, quantas.
primeiro lugar.
Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada,
- O pronome demonstrativo tal pode ter conotação algo, cada.
irônica: A menina foi a tal que ameaçou o professor?
*
Qualquer é composto de qual + quer (do verbo que-
- Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em rer), por isso seu plural é quaisquer (única palavra cujo plu-
com pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta, ral é feito em seu interior).
disso, nisso, no, etc: Não acreditei no que estava vendo. (no
= naquilo) - Todo e toda no singular e junto de artigo significa
inteiro; sem artigo, equivale a qualquer ou a todas as:
Pronomes Indefinidos Toda a cidade está enfeitada. (= a cidade inteira)
Toda cidade está enfeitada. (= todas as cidades)
São palavras que se referem à 3.ª pessoa do discurso, Trabalho todo o dia. (= o dia inteiro)
dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quan- Trabalho todo dia. (= todos os dias)
tidade indeterminada.
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém- São locuções pronominais indefinidas: cada qual,
-plantadas. cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que),
seja quem for, seja qual for, todo aquele (que), tal qual (=
Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa
certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma ou outra, etc.
de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma
Cada um escolheu o vinho desejado.
imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser hu-
mano que seguramente existe, mas cuja identidade é des-
Indefinidos Sistemáticos
conhecida ou não se quer revelar. Classificam-se em:
Ao observar atentamente os pronomes indefinidos,
- Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lu-
percebemos que existem alguns grupos que criam oposi-
gar do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase.
São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, nin- ção de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm
guém, outrem, quem, tudo. sentido afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm
sentido negativo; todo/tudo, que indicam uma totalidade
Algo o incomoda? afirmativa, e nenhum/nada, que indicam uma totalidade
Quem avisa amigo é. negativa; alguém/ninguém, que se referem à pessoa, e
algo/nada, que se referem à coisa; certo, que particulariza,
- Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser e qualquer, que generaliza.
expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade Essas oposições de sentido são muito importantes na
aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s). construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas
vezes dependem a solidez e a consistência dos argumen-
Cada povo tem seus costumes. tos expostos. Observe nas frases seguintes a força que os
Certas pessoas exercem várias profissões. pronomes indefinidos destacados imprimem às afirmações
de que fazem parte:
* Note que: Ora são pronomes indefinidos substanti- Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado
vos, ora pronomes indefinidos adjetivos: prático.
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são
demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns, pessoas quaisquer.
nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer,
quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s), *Nenhum é contração de nem um, forma mais enfática,
tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias. que se refere à unidade. Repare:
Nenhum candidato foi aprovado.
Menos palavras e mais ações. Nem um candidato foi aprovado. (um, nesse caso, é nu-
Alguns se contentam pouco. meral)
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Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, ou- júri jurados
tra abelha, mais outra abelha. legião soldados, anjos, demônios
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas. leva presos, recrutas
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
malta malfeitores ou desordeiros
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi ne- manada búfalos, bois, elefantes,
cessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, matilha cães de raça
mais outra abelha. No segundo caso, utilizaram-se duas
palavras no plural. No terceiro, empregou-se um substan- molho chaves, verduras
tivo no singular (enxame) para designar um conjunto de multidão pessoas em geral
seres da mesma espécie (abelhas).
insetos (gafanhotos,
nuvem
mosquitos, etc.)
O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
penca bananas, chaves
Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, pinacoteca pinturas, quadros
mesmo estando no singular, designa um conjunto de seres
quadrilha ladrões, bandidos
da mesma espécie.
ramalhete flores
Substantivo coletivo Conjunto de: rebanho ovelhas
assembleia pessoas reunidas repertório peças teatrais, obras musicais
alcateia lobos réstia alhos ou cebolas
acervo livros romanceiro poesias narrativas
antologia trechos literários selecionados revoada pássaros
arquipélago ilhas sínodo párocos
banda músicos talha lenha
bando desordeiros ou malfeitores tropa muares, soldados
banca examinadores turma estudantes, trabalhadores
batalhão soldados vara porcos
cardume peixes
caravana viajantes peregrinos
cacho frutas
cancioneiro canções, poesias líricas
colmeia abelhas
concílio bispos
congresso parlamentares, cientistas
elenco atores de uma peça ou filme
esquadra navios de guerra
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Substantivos Biformes (= duas formas): apresentam - Substantivos que formam o feminino de maneira es-
uma forma para cada gênero: gato – gata, homem – mulher, pecial, isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores:
poeta – poetisa, prefeito - prefeita czar – czarina, réu - ré
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LÍNGUA PORTUGUESA
Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes Femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a omoplata, a
cataplasma, a pane, a mascote, a gênese, a entorse, a libido,
Epicenos: a cal, a faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa).
Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.
- São geralmente masculinos os substantivos de ori-
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso gem grega terminados em -ma: o grama (peso), o quilo-
ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma grama, o plasma, o apostema, o diagrama, o epigrama, o
para indicar o masculino e o feminino. telefonema, o estratagema, o dilema, o teorema, o trema, o
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma
eczema, o edema, o magma, o estigma, o axioma, o traco-
para designar os dois sexos. Esses substantivos são cha-
ma, o hematoma.
mados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver
a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se palavras
macho e fêmea. * Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc.
A cobra macho picou o marinheiro.
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira. Gênero dos Nomes de Cidades: Com raras exceções,
nomes de cidades são femininos.
Sobrecomuns: A histórica Ouro Preto.
Entregue as crianças à natureza. A dinâmica São Paulo.
A acolhedora Porto Alegre.
A palavra crianças se refere tanto a seres do sexo mas- Uma Londres imensa e triste.
culino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.
o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar o
sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja: Gênero e Significação
A criança chorona chamava-se João.
A criança chorona chamava-se Maria. Muitos substantivos têm uma significação no masculi-
no e outra no feminino. Observe:
Outros substantivos sobrecomuns: o baliza (soldado que, que à frente da tropa, indica os
a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa
movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai à
criatura.
frente de um bloco carnavalesco, manejando um bastão), a
o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de
Marcela faleceu baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou proibi-
ção de trânsito), o cabeça (chefe), a cabeça (parte do cor-
Comuns de Dois Gêneros: po), o cisma (separação religiosa, dissidência), a cisma (ato
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois. de cismar, desconfiança), o cinza (a cor cinzenta), a cinza
(resíduos de combustão), o capital (dinheiro), a capital (ci-
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher? dade), o coma (perda dos sentidos), a coma (cabeleira), o
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro), a coral (cobra
vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme. venenosa), o crisma (óleo sagrado, usado na administração
A distinção de gênero pode ser feita através da análise da crisma e de outros sacramentos), a crisma (sacramento
do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substanti- da confirmação), o cura (pároco), a cura (ato de curar), o
vo: o colega - a colega; o imigrante - a imigrante; um jovem estepe (pneu sobressalente), a estepe (vasta planície de vege-
- uma jovem; artista famoso - artista famosa; repórter fran- tação), o guia (pessoa que guia outras), a guia (documento,
cês - repórter francesa pena grande das asas das aves), o grama (unidade de peso),
a grama (relva), o caixa (funcionário da caixa), a caixa (re-
- A palavra personagem é usada indistintamente nos cipiente, setor de pagamentos), o lente (professor), a lente
dois gêneros. (vidro de aumento), o moral (ânimo), a moral (honestidade,
a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada
bons costumes, ética), o nascente (lado onde nasce o Sol), a
preferência pelo masculino: O menino descobriu nas nuvens
nascente (a fonte), o maria-fumaça (trem como locomotiva
os personagens dos contos de carochinha.
b) Com referência a mulher, deve-se preferir o femini- a vapor), maria-fumaça (locomotiva movida a vapor), o pala
no: O problema está nas mulheres de mais idade, que não (poncho), a pala (parte anterior do boné ou quepe, antepa-
aceitam a personagem. ro), o rádio (aparelho receptor), a rádio (emissora), o voga
(remador), a voga (moda).
- Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo
fotográfico Ana Belmonte. Flexão de Número do Substantivo
Observe o gênero dos substantivos seguintes: Em português, há dois números gramaticais: o singular,
Masculinos: o tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dó que indica um ser ou um grupo de seres, e o plural, que
(pena), o sanduíche, o clarinete, o champanha, o sósia, o indica mais de um ser ou grupo de seres. A característica
maracajá, o clã, o herpes, o pijama, o suéter, o soprano, o do plural é o “s” final.
proclama, o pernoite, o púbis.
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- Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de - Permanecem invariáveis, quando formados de:
duas maneiras: verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora
1- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os sa-
acréscimo de “es”: ás – ases / retrós - retroses ca-rolhas
2- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam inva-
riáveis: o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus. * Casos Especiais
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* Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer,
escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, “Amanheci cansado”, usa-se o verbo “amanhecer” em sentido figurado. Qual-
quer verbo impessoal, empregado em sentido figurado, deixa de ser impessoal para ser pessoal, ou seja, terá conjugação
completa.
Amanheci cansado. (Sujeito desinencial: eu)
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
- os verbos estar e ficar em orações como “Está bem, Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal”, sem referência a
sujeito expresso anteriormente (por exemplo: “ele está mal”). Podemos, nesse caso, classificar o sujeito como hipotético,
tornando-se, tais verbos, pessoais.
- o verbo dar + para da língua popular, equivalente de “ser possível”. Por exemplo:
Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uma apostila?
- Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural. São
unipessoais os verbos constar, convir, ser (= preciso, necessário) e todos os que indicam vozes de animais (cacarejar, cricrilar,
miar, latir, piar).
* Observação: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos pessoais na linguagem figurada:
Teu irmão amadureceu bastante.
O que é que aquela garota está cacarejando?
2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da conjunção que.
Faz dez anos que viajei à Europa. (Sujeito: que viajei à Europa)
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não a vejo. (Sujeito: que não a vejo)
- Abundantes: são aqueles que possuem duas ou mais formas equivalentes, geralmente no particípio, em que, além
das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas (particípio irregular).
O particípio regular (terminado em “–do”) é utilizado na voz ativa, ou seja, com os verbos ter e haver; o irregular é em-
pregado na voz passiva, ou seja, com os verbos ser, ficar e estar. Observe:
32
LÍNGUA PORTUGUESA
* Importante:
- estes verbos e seus derivados possuem, apenas, o particípio irregular: abrir/aberto, cobrir/coberto, dizer/dito, escrever/
escrito, pôr/posto, ver/visto, vir/vindo.
- Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Existem apenas dois: ser (sou, sois, fui) e
ir (fui, ia, vades).
- Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal
(aquele que exprime a ideia fundamental, mais importante), quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das
formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
* Observação: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na
mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no
próprio sentido do verbo (pronominais essenciais). Veja:
1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos:
abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a reflexibilidade já
está implícita no radical do verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá.
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mes-
ma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante
do verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia refle-
xiva expressa pelo radical do próprio verbo.
Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respectivos pronomes):
Eu me arrependo
Tu te arrependes
Ele se arrepende
Nós nos arrependemos
Vós vos arrependeis
Eles se arrependem
2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto repre-
sentado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em
geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os pronomes mencionados,
formando o que se chama voz reflexiva. Por exemplo: A garota se penteava.
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo: A garota
penteou-me.
* Observações:
- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função
sintática.
- Há verbos que também são acompanhados de pronomes oblíquos átonos, mas que não são essencialmente prono-
minais - são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à do
sujeito, exercem funções sintáticas. Por exemplo:
Eu me feri. = Eu (sujeito) – 1.ª pessoa do singular; me (objeto direto) – 1.ª pessoa do singular
Modos Verbais
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo na expressão de um fato certo, real, verdadeiro. Existem
três modos:
Formas Nominais
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas que podem exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo,
advérbio), sendo por isso denominadas formas nominais. Observe:
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LÍNGUA PORTUGUESA
1-) Infinitivo
1.1-) Impessoal: exprime a significação do verbo de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de substan-
tivo. Por exemplo:
Viver é lutar. (= vida é luta)
É indispensável combater a corrupção. (= combate à)
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma simples) ou no passado (forma composta). Por exemplo:
É preciso ler este livro.
Era preciso ter lido este livro.
1.2-) Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na 1.ª e 3.ª pessoas do singular, não
apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira:
2.ª pessoa do singular: Radical + ES = teres (tu)
1.ª pessoa do plural: Radical + MOS = termos (nós)
2.ª pessoa do plural: Radical + DES = terdes (vós)
3.ª pessoa do plural: Radical + EM = terem (eles)
Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação.
2-) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou advérbio. Por exemplo:
Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de advérbio)
Água fervendo, pele ardendo. (função de adjetivo)
Na forma simples (1), o gerúndio expressa uma ação em curso; na forma composta (2), uma ação concluída:
Trabalhando (1), aprenderás o valor do dinheiro.
Tendo trabalhado (2), aprendeu o valor do dinheiro.
* Quando o gerúndio é vício de linguagem (gerundismo), ou seja, uso exagerado e inadequado do gerúndio:
1- Enquanto você vai ao mercado, vou estar jogando futebol.
2 – Sim, senhora! Vou estar verificando!
Em 1, a locução “vou estar” + gerúndio é adequada, pois transmite a ideia de uma ação que ocorre no momento da
outra; em 2, essa ideia não ocorre, já que a locução verbal “vou estar verificando” refere-se a um futuro em andamento,
exigindo, no caso, a construção “verificarei” ou “vou verificar”.
3-) Particípio: quando não é empregado na formação dos tempos compostos, o particípio indica, geralmente, o resul-
tado de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. Por exemplo: Terminados os exames, os candidatos
saíram.
Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a função de
adjetivo. Por exemplo: Ela é a aluna escolhida pela turma.
(Ziraldo)
Tempos Verbais
Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Observação: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou de-
sejo. Por exemplo: Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.
- Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual: Quando ele vier
à loja, levará as encomendas.
Observação: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se
ele vier à loja, levará as encomendas.
** Há casos em que formas verbais de um determinado tempo podem ser utilizadas para indicar outro.
Em 1500, Pedro Álvares Cabral descobre o Brasil.
descobre = forma do presente indicando passado ( = descobrira/descobriu)
Modo Indicativo
Presente do Indicativo
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Desinência pessoal
CANTAR VENDER PARTIR
cantO vendO partO O
cantaS vendeS parteS S
canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M
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LÍNGUA PORTUGUESA
Pretérito mais-que-perfeito
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal
1.ª/2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M
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LÍNGUA PORTUGUESA
Presente do Subjuntivo
Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1.ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2.ª e 3.ª conjugação).
1.ª conjug. 2.ª conjug. 3.ª conju. Desinên. pessoal Des. temporal Des.temporal
1.ª conj. 2.ª/3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantE vendA partA E A Ø
cantES vendAS partAS E A S
cantE vendA partA E A Ø
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M
Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito,
obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de nú-
mero e pessoa correspondente.
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M
Futuro do Subjuntivo
Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número e
pessoa correspondente.
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR R Ø
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantaREM vendeREM partiREM R EM
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LÍNGUA PORTUGUESA
Modo Imperativo
Imperativo Afirmativo
Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2.ª pessoa do singular (tu) e a segunda
pessoa do plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:
Imperativo Negativo
Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.
Infinitivo Pessoal
* Observações:
- o verbo parecer admite duas construções:
Elas parecem gostar de você. (forma uma locução verbal)
Elas parece gostarem de você. (verbo com sujeito oracional, correspondendo à construção: parece gostarem de você).
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
* Observação: não confundir o emprego reflexivo do Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar subs-
verbo com a noção de reciprocidade: tancialmente o sentido da frase.
Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
Nós nos amamos. (um ama o outro) O concurseiro comprou a apostila. (Voz Ativa)
Sujeito da Ativa objeto Direto
Formação da Voz Passiva
A apostila foi comprada pelo concurseiro.
A voz passiva pode ser formada por dois processos: (Voz Passiva)
analítico e sintético. Sujeito da Passiva Agente da Passi-
va
1- Voz Passiva Analítica = Constrói-se da seguinte ma-
neira: Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva; o
sujeito da ativa passará a agente da passiva, e o verbo ativo
Verbo SER + particípio do verbo principal. Por exemplo: assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo.
A escola será pintada pelos alunos. (na ativa teríamos: os Observe:
alunos pintarão a escola) - Os mestres têm constantemente aconselhado os alu-
O trabalho é feito por ele. (na ativa: ele faz o trabalho) nos.
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos
* Observação: o agente da passiva geralmente é acom- mestres.
panhado da preposição por, mas pode ocorrer a constru-
ção com a preposição de. Por exemplo: A casa ficou cercada - Eu o acompanharei.
de soldados. Ele será acompanhado por mim.
- Pode acontecer de o agente da passiva não estar ex- * Observação: quando o sujeito da voz ativa for inde-
plícito na frase: A exposição será aberta amanhã. terminado, não haverá complemento agente na passiva.
Por exemplo: Prejudicaram-me. / Fui prejudicado.
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar
(SER), pois o particípio é invariável. Observe a transforma-
** Saiba que:
ção das frases seguintes:
- com os verbos neutros (nascer, viver, morrer, dormir,
acordar, sonhar, etc.) não há voz ativa, passiva ou reflexiva,
a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do Indicativo)
porque o sujeito não pode ser visto como agente, paciente
O trabalho foi feito por ele. (verbo ser no pretérito per-
ou agente-paciente.
feito do Indicativo, assim como o verbo principal da voz
ativa)
Fontes de pesquisa:
b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo) http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf54.
O trabalho é feito por ele. (ser no presente do indica- php
tivo) SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente) Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente) ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa. ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Observe a transformação da frase seguinte:
O vento ia levando as folhas. (gerúndio)
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio) Questões
2- Voz Passiva Sintética = A voz passiva sintética - ou 1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA/GO – ANALISTA JUDICIÁ-
pronominal - constrói-se com o verbo na 3.ª pessoa, segui- RIO – FGV/2014 - adaptada) A frase “que foi trazida pelo
do do pronome apassivador “se”. Por exemplo: instituto Endeavor” equivale, na voz ativa, a:
Abriram-se as inscrições para o concurso. (A) que o instituto Endeavor traz;
Destruiu-se o velho prédio da escola. (B) que o instituto Endeavor trouxe;
(C) trazida pelo instituto Endeavor;
* Observação: o agente não costuma vir expresso na (D) que é trazida pelo instituto Endeavor;
voz passiva sintética. (E) que traz o instituto Endeavor.
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LÍNGUA PORTUGUESA
1-) Se na voz passiva temos dois verbos, na ativa tere- Regras ortográficas
mos um: “que o instituto Endeavor trouxe” (manter o tem-
po verbal no pretérito – assim como na passiva). O fonema s
RESPOSTA: “B”.
S e não C/Ç
2-) (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014 - palavras substantivadas derivadas de verbos com radi-
adaptada) Ao passarmos a frase “...e É CONSIDERADO por cais em nd, rg, rt, pel, corr e sent: pretender - pretensão /
muitos o maior maratonista de todos os tempos” para a expandir - expansão / ascender - ascensão / inverter - inver-
voz ativa, encontramos a seguinte forma verbal: são / aspergir - aspersão / submergir - submersão / divertir
A) consideravam. - diversão / impelir - impulsivo / compelir - compulsório /
B) consideram. repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso /
C) considerem. sentir - sensível / consentir – consensual.
D) considerarão.
E) considerariam.
SS e não C e Ç
2-) É CONSIDERADO por muitos o maior maratonista
nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem
de todos os tempos = dois verbos na voz passiva, então na
em gred, ced, prim ou com verbos terminados por tir ou
ativa teremos UM: muitos o consideram o maior marato-
nista de todos os tempos. -meter: agredir - agressivo / imprimir - impressão / admitir
RESPOSTA: “B”. - admissão / ceder - cessão / exceder - excesso / percutir -
percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão / com-
prometer - compromisso / submeter – submissão.
3-) (TRT-16ª REGIÃO/MA - ANALISTA JUDICIÁRIO –
ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC/2014) *quando o prefixo termina com vogal que se junta com
Transpondo-se para a voz passiva a frase “vou glosar a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a + simétrico - assimé-
uma observação de Machado de Assis”, a forma verbal re- trico / re + surgir – ressurgir.
sultante deverá ser *no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exem-
(A) terei glosado plos: ficasse, falasse.
(B) seria glosada
(C) haverá de ser glosada C ou Ç e não S e SS
(D) será glosada
(E) terá sido glosada vocábulos de origem árabe: cetim, açucena, açúcar.
vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó, Ju-
3-) “vou glosar uma observação de Machado de Assis” çara, caçula, cachaça, cacique.
– “vou glosar” expressa “glosarei”, então teremos na pas- sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu,
siva: uma observação de Machado de Assis será glosada uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço,
por mim. esperança, carapuça, dentuço.
RESPOSTA: “D”. nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção / de-
ter - detenção / ater - atenção / reter – retenção.
após ditongos: foice, coice, traição.
palavras derivadas de outras terminadas em -te, to(r):
ORTOGRAFIA marte - marciano / infrator - infração / absorto – absorção.
O fonema z
A ortografia é a parte da Fonologia que trata da correta
S e não Z
grafia das palavras. É ela quem ordena qual som devem
ter as letras do alfabeto. Os vocábulos de uma língua são
grafados segundo acordos ortográficos. sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é subs-
tantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos: freguês,
A maneira mais simples, prática e objetiva de apren- freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa.
der ortografia é realizar muitos exercícios, ver as palavras, sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, metamor-
familiarizando-se com elas. O conhecimento das regras é fose.
necessário, mas não basta, pois há inúmeras exceções e, formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis, qui-
em alguns casos, há necessidade de conhecimento de eti- seste.
mologia (origem da palavra). nomes derivados de verbos com radicais terminados
em “d”: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender -
empresa / difundir – difusão.
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LÍNGUA PORTUGUESA
G e não J * Dica:
- Se o dicionário ainda deixar dúvida quanto à orto-
palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa, ges- grafia de uma palavra, há a possibilidade de consultar o
so. Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), ela-
estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, gim. borado pela Academia Brasileira de Letras. É uma obra de
terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com pou- referência até mesmo para a criação de dicionários, pois
cas exceções): imagem, vertigem, penugem, bege, foge. traz a grafia atualizada das palavras (sem o significado). Na
Internet, o endereço é www.academia.org.br.
Exceção: pajem.
Informações importantes
terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio, - Formas variantes são formas duplas ou múltiplas,
litígio, relógio, refúgio. equivalentes: aluguel/aluguer, relampejar/relampear/re-
verbos terminados em ger/gir: emergir, eleger, fugir, lampar/relampadar.
mugir. - Os símbolos das unidades de medida são escritos
depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, sur- sem ponto, com letra minúscula e sem “s” para indicar plu-
gir. ral, sem espaço entre o algarismo e o símbolo: 2kg, 20km,
depois da letra “a”, desde que não seja radical termina- 120km/h.
do com j: ágil, agente. Exceção para litro (L): 2 L, 150 L.
- Na indicação de horas, minutos e segundos, não deve
J e não G haver espaço entre o algarismo e o símbolo: 14h, 22h30min,
14h23’34’’(= quatorze horas, vinte e três minutos e trinta e
palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje. quatro segundos).
palavras de origem árabe, africana ou exótica: jiboia, - O símbolo do real antecede o número sem espaço:
manjerona. R$1.000,00. No cifrão deve ser utilizada apenas uma barra
palavras terminadas com aje: ultraje. vertical ($).
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LÍNGUA PORTUGUESA
1. Em palavras compostas por justaposição que formam 1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo
uma unidade semântica, ou seja, nos termos que se unem termina em vogal e o segundo termo inicia-se em “r” ou
para formarem um novo significado: tio-avô, porto-ale- “s”. Nesse caso, passa-se a duplicar estas consoantes: antir-
grense, luso-brasileiro, tenente-coronel, segunda- -fei- religioso, contrarregra, infrassom, microssistema, minissaia,
ra, conta-gotas, guarda-chuva, arco-íris, primeiro-ministro, microrradiografia, etc.
azul-escuro.
2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudopre-
2. Em palavras compostas por espécies botânicas e fixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se com
zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, abóbora- vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coeducação, autoes-
-menina, erva-doce, feijão-verde. trada, autoaprendizagem, hidroelétrico, plurianual, autoes-
cola, infraestrutura, etc.
3. Nos compostos com elementos além, aquém, re-
cém e sem: além-mar, recém-nascido, sem-número, recém- 3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos
-casado. “dês” e “in” e o segundo elemento perdeu o “h” inicial: de-
sumano, inábil, desabilitar, etc.
4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algu-
mas exceções continuam por já estarem consagradas pelo 4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando o
uso: cor-de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-de- segundo elemento começar com “o”: cooperação, coobriga-
meia, água-de-colônia, queima-roupa, deus-dará. ção, coordenar, coocupante, coautor, coedição, coexistir, etc.
5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte Rio- 5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram noção
Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas combinações de composição: pontapé, girassol, paraquedas, paraquedis-
históricas ou ocasionais: Áustria-Hungria, Angola-Brasil, ta, etc.
etc.
6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: benfei-
6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e su- to, benquerer, benquerido, etc.
per- quando associados com outro termo que é iniciado
por “r”: hiper-resistente, inter-racial, super-racional, etc. - Os prefixos pós, pré e pró, em suas formas corres-
pondentes átonas, aglutinam-se com o elemento seguinte,
7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-diretor, não havendo hífen: pospor, predeterminar, predeterminado,
ex-presidente, vice-governador, vice-prefeito. pressuposto, propor.
- Escreveremos com hífen: anti-horário, anti-infeccio-
8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-: so, auto-observação, contra-ataque, semi-interno, sobre-
pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação, etc. -humano, super-realista, alto-mar.
- Escreveremos sem hífen: pôr do sol, antirreforma,
9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abra- antisséptico, antissocial, contrarreforma, minirrestaurante,
ça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc. ultrassom, antiaderente, anteprojeto, anticaspa, antivírus,
autoajuda, autoelogio, autoestima, radiotáxi.
10. Nas formações em que o prefixo tem como se-
gundo termo uma palavra iniciada por “h”: sub-hepático, Fontes de pesquisa:
geo--história, neo-helênico, extra-humano, semi-hospitalar, http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/or-
super-homem. tografia
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
11. Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
termina com a mesma vogal do segundo elemento: micro-
-ondas, eletro-ótica, semi-interno, auto-observação, etc.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
Proparoxítonas - São aquelas cuja sílaba tônica está ** Alerta da Zê! Cuidado: Se os ditongos abertos esti-
na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara – tímpano verem em uma palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu)
– médico – ônibus ainda são acentuados: dói, escarcéu.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
2- Separa partes de frases que já estão separadas por 4- Indica que o sentido vai além do que foi dito: Deixa,
vírgulas: Alguns quiseram verão, praia e calor; outros, mon- depois, o coração falar...
tanhas, frio e cobertor.
Vírgula (,)
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de mo-
tivos, decreto de lei, etc. Não se usa vírgula
Ir ao supermercado;
Pegar as crianças na escola; * separando termos que, do ponto de vista sintático,
Caminhada na praia; ligam-se diretamente entre si:
Reunião com amigos. - entre sujeito e predicado:
Todos os alunos da sala foram advertidos.
Sujeito predicado
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4) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou *Quando “um dos que” vem entremeada de substanti-
indefinido plural (quais, quantos, alguns, poucos, muitos, vo, o verbo pode:
quaisquer, vários) seguido por “de nós” ou “de vós”, o verbo a) ficar no singular – O Tietê é um dos rios que atravessa
pode concordar com o primeiro pronome (na terceira pes- o Estado de São Paulo. (já que não há outro rio que faça o
soa do plural) ou com o pronome pessoal. mesmo).
Quais de nós são / somos capazes? b) ir para o plural – O Tietê é um dos rios que estão
Alguns de vós sabiam / sabíeis do caso? poluídos (noção de que existem outros rios na mesma con-
Vários de nós propuseram / propusemos sugestões ino- dição).
vadoras.
8) Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o
Observação: veja que a opção por uma ou outra forma verbo fica na 3ª pessoa do singular ou plural.
indica a inclusão ou a exclusão do emissor. Quando alguém Vossa Excelência está cansado?
diz ou escreve “Alguns de nós sabíamos de tudo e nada fize- Vossas Excelências renunciarão?
mos”, ele está se incluindo no grupo dos omissos. Isso não
ocorre ao dizer ou escrever “Alguns de nós sabiam de tudo e 9) A concordância dos verbos bater, dar e soar faz-se de
nada fizeram”, frase que soa como uma denúncia. acordo com o numeral.
Nos casos em que o interrogativo ou indefinido estiver Deu uma hora no relógio da sala.
no singular, o verbo ficará no singular. Deram cinco horas no relógio da sala.
Qual de nós é capaz? Soam dezenove horas no relógio da praça.
Algum de vós fez isso. Baterão doze horas daqui a pouco.
5) Quando o sujeito é formado por uma expressão que Observação: caso o sujeito da oração seja a palavra re-
indica porcentagem seguida de substantivo, o verbo deve lógio, sino, torre, etc., o verbo concordará com esse sujeito.
concordar com o substantivo. O tradicional relógio da praça matriz dá nove horas.
25% do orçamento do país será destinado à Educação. Soa quinze horas o relógio da matriz.
85% dos entrevistados não aprovam a administração do
prefeito. 10) Verbos Impessoais: por não se referirem a nenhum
1% do eleitorado aceita a mudança. sujeito, são usados sempre na 3.ª pessoa do singular. São
1% dos alunos faltaram à prova. verbos impessoais: Haver no sentido de existir; Fazer indi-
cando tempo; Aqueles que indicam fenômenos da nature-
Quando a expressão que indica porcentagem não é za. Exemplos:
seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o nú- Havia muitas garotas na festa.
mero. Faz dois meses que não vejo meu pai.
25% querem a mudança. Chovia ontem à tarde.
1% conhece o assunto.
b) Sujeito Composto
Se o número percentual estiver determinado por artigo
ou pronome adjetivo, a concordância far-se-á com eles: 1) Quando o sujeito é composto e anteposto ao verbo,
Os 30% da produção de soja serão exportados. a concordância se faz no plural:
Esses 2% da prova serão questionados. Pai e filho conversavam longamente.
Sujeito
6) O pronome “que” não interfere na concordância; já o
“quem” exige que o verbo fique na 3.ª pessoa do singular. Pais e filhos devem conversar com frequência.
Fui eu que paguei a conta. Sujeito
Fomos nós que pintamos o muro.
És tu que me fazes ver o sentido da vida. 2) Nos sujeitos compostos formados por pessoas gra-
Sou eu quem faz a prova. maticais diferentes, a concordância ocorre da seguinte ma-
Não serão eles quem será aprovado. neira: a primeira pessoa do plural (nós) prevalece sobre a
segunda pessoa (vós) que, por sua vez, prevalece sobre a
7) Com a expressão “um dos que”, o verbo deve assu- terceira (eles). Veja:
mir a forma plural. Teus irmãos, tu e eu tomaremos a decisão.
Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais encan- Primeira Pessoa do Plural (Nós)
taram os poetas.
Este candidato é um dos que mais estudaram! Tu e teus irmãos tomareis a decisão.
Segunda Pessoa do Plural (Vós)
Se a expressão for de sentido contrário – nenhum dos
que, nem um dos que -, não aceita o verbo no singular: Pais e filhos precisam respeitar-se.
Nenhum dos que foram aprovados assumirá a vaga. Terceira Pessoa do Plural (Eles)
Nem uma das que me escreveram mora aqui.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Observação: quando o sujeito é composto, formado 5) Quando os núcleos do sujeito são unidos por “com”,
por um elemento da segunda pessoa (tu) e um da terceira o verbo fica no plural. Nesse caso, os núcleos recebem um
(ele), é possível empregar o verbo na terceira pessoa do mesmo grau de importância e a palavra “com” tem sentido
plural (eles): “Tu e teus irmãos tomarão a decisão.” – no muito próximo ao de “e”.
lugar de “tomaríeis”. O pai com o filho montaram o brinquedo.
O governador com o secretariado traçaram os planos
3) No caso do sujeito composto posposto ao verbo, para o próximo semestre.
passa a existir uma nova possibilidade de concordância: em O professor com o aluno questionaram as regras.
vez de concordar no plural com a totalidade do sujeito, o
verbo pode estabelecer concordância com o núcleo do su- Nesse mesmo caso, o verbo pode ficar no singular, se a
jeito mais próximo. ideia é enfatizar o primeiro elemento.
Faltaram coragem e competência. O pai com o filho montou o brinquedo.
Faltou coragem e competência. O governador com o secretariado traçou os planos para
o próximo semestre.
Compareceram todos os candidatos e o banca.
O professor com o aluno questionou as regras.
Compareceu o banca e todos os candidatos.
Observação: com o verbo no singular, não se pode
4) Quando ocorre ideia de reciprocidade, a concordân-
falar em sujeito composto. O sujeito é simples, uma vez
cia é feita no plural. Observe: que as expressões “com o filho” e “com o secretariado” são
Abraçaram-se vencedor e vencido. adjuntos adverbiais de companhia. Na verdade, é como se
Ofenderam-se o jogador e o árbitro. houvesse uma inversão da ordem. Veja:
“O pai montou o brinquedo com o filho.”
Casos Particulares “O governador traçou os planos para o próximo semes-
tre com o secretariado.”
1) Quando o sujeito composto é formado por núcleos “O professor questionou as regras com o aluno.”
sinônimos ou quase sinônimos, o verbo fica no singular.
Descaso e desprezo marca seu comportamento. *Casos em que se usa o verbo no singular:
A coragem e o destemor fez dele um herói. Café com leite é uma delícia!
O frango com quiabo foi receita da vovó.
2) Quando o sujeito composto é formado por núcleos
dispostos em gradação, verbo no singular: 6) Quando os núcleos do sujeito são unidos por ex-
Com você, meu amor, uma hora, um minuto, um segun- pressões correlativas como: “não só...mas ainda”, “não so-
do me satisfaz. mente”..., “não apenas...mas também”, “tanto...quanto”, o
verbo ficará no plural.
3) Quando os núcleos do sujeito composto são unidos Não só a seca, mas também o pouco caso castigam o
por “ou” ou “nem”, o verbo deverá ficar no plural, de acor- Nordeste.
do com o valor semântico das conjunções: Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a no-
Drummond ou Bandeira representam a essência da poe- tícia.
sia brasileira.
Nem o professor nem o aluno acertaram a resposta. 7) Quando os elementos de um sujeito composto são
resumidos por um aposto recapitulativo, a concordância é
Em ambas as orações, as conjunções dão ideia de “adi- feita com esse termo resumidor.
Filmes, novelas, boas conversas, nada o tirava da apatia.
ção”. Já em:
Trabalho, diversão, descanso, tudo é muito importante
Juca ou Pedro será contratado.
na vida das pessoas.
Roma ou Buenos Aires será a sede da próxima Olim-
píada.
Outros Casos
* Temos ideia de exclusão, por isso os verbos ficam no 1) O Verbo e a Palavra “SE”
singular. Dentre as diversas funções exercidas pelo “se”, há duas
de particular interesse para a concordância verbal:
4) Com as expressões “um ou outro” e “nem um nem a) quando é índice de indeterminação do sujeito;
outro”, a concordância costuma ser feita no singular. b) quando é partícula apassivadora.
Um ou outro compareceu à festa. Quando índice de indeterminação do sujeito, o “se”
Nem um nem outro saiu do colégio. acompanha os verbos intransitivos, transitivos indiretos e
de ligação, que obrigatoriamente são conjugados na ter-
Com “um e outro”, o verbo pode ficar no plural ou no ceira pessoa do singular:
singular: Um e outro farão/fará a prova. Precisa-se de funcionários.
Confia-se em teses absurdas.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Quando pronome apassivador, o “se” acompanha ver- c) Quando o sujeito indicar peso, medida, quantidade e
bos transitivos diretos (VTD) e transitivos diretos e indiretos for seguido de palavras ou expressões como pouco, muito,
(VTDI) na formação da voz passiva sintética. Nesse caso, o menos de, mais de, etc., o verbo SER fica no singular:
verbo deve concordar com o sujeito da oração. Exemplos: Cinco quilos de açúcar é mais do que preciso.
Construiu-se um posto de saúde. Três metros de tecido é pouco para fazer seu vestido.
Construíram-se novos postos de saúde. Duas semanas de férias é muito para mim.
Aqui não se cometem equívocos
Alugam-se casas. d) Quando um dos elementos (sujeito ou predicativo)
for pronome pessoal do caso reto, com este concordará o
** Dica: Para saber se o “se” é partícula apassivadora verbo.
ou índice de indeterminação do sujeito, tente transformar No meu setor, eu sou a única mulher.
a frase para a voz passiva. Se a frase construída for “com- Aqui os adultos somos nós.
preensível”, estaremos diante de uma partícula apassivado-
ra; se não, o “se” será índice de indeterminação. Veja: Observação: sendo ambos os termos (sujeito e pre-
Precisa-se de funcionários qualificados. dicativo) representados por pronomes pessoais, o verbo
Tentemos a voz passiva: concorda com o pronome sujeito.
Funcionários qualificados são precisados (ou precisos)? Eu não sou ela.
Não há lógica. Portanto, o “se” destacado é índice de inde- Ela não é eu.
terminação do sujeito.
Agora: e) Quando o sujeito for uma expressão de sentido par-
Vendem-se casas. titivo ou coletivo e o predicativo estiver no plural, o verbo
Voz passiva: Casas são vendidas. Construção correta! SER concordará com o predicativo.
Então, aqui, o “se” é partícula apassivadora. (Dá para eu A grande maioria no protesto eram jovens.
passar para a voz passiva. Repare em meu destaque. Per- O resto foram atitudes imaturas.
cebeu semelhança? Agora é só memorizar!).
2) O Verbo “Ser” 3) O Verbo “Parecer”
O verbo parecer, quando é auxiliar em uma locução
A concordância verbal dá-se sempre entre o verbo e o verbal (é seguido de infinitivo), admite duas concordâncias:
sujeito da oração. No caso do verbo ser, essa concordân- a) Ocorre variação do verbo PARECER e não se flexiona
cia pode ocorrer também entre o verbo e o predicativo do o infinitivo: As crianças parecem gostar do desenho.
sujeito.
b) A variação do verbo parecer não ocorre e o infinitivo
Quando o sujeito ou o predicativo for: sofre flexão:
As crianças parece gostarem do desenho.
a)Nome de pessoa ou pronome pessoal – o verbo SER (essa frase equivale a: Parece gostarem do desenho as
concorda com a pessoa gramatical: crianças)
Ele é forte, mas não é dois.
Fernando Pessoa era vários poetas. Atenção: Com orações desenvolvidas, o verbo PARE-
A esperança dos pais são eles, os filhos. CER fica no singular. Por Exemplo: As paredes parece que
têm ouvidos. (Parece que as paredes têm ouvidos = oração
b)nome de coisa e um estiver no singular e o outro no subordinada substantiva subjetiva).
plural, o verbo SER concordará, preferencialmente, com o
que estiver no plural: Concordância Nominal
Os livros são minha paixão!
Minha paixão são os livros! A concordância nominal se baseia na relação entre
nomes (substantivo, pronome) e as palavras que a eles se
Quando o verbo SER indicar ligam para caracterizá-los (artigos, adjetivos, pronomes
adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Lembre-se:
a) horas e distâncias, concordará com a expressão normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um
numérica: termo da oração, e o adjetivo, como adjunto adnominal.
É uma hora. A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as
São quatro horas. seguintes regras gerais:
Daqui até a escola é um quilômetro / são dois quilôme- 1) O adjetivo concorda em gênero e número quando
tros. se refere a um único substantivo: As mãos trêmulas denun-
ciavam o que sentia.
b) datas, concordará com a palavra dia(s), que pode
estar expressa ou subentendida: 2) Quando o adjetivo refere-se a vários substantivos, a
Hoje é dia 26 de agosto. concordância pode variar. Podemos sistematizar essa fle-
Hoje são 26 de agosto. xão nos seguintes casos:
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LÍNGUA PORTUGUESA
a) Adjetivo anteposto aos substantivos: ** Dica: Substitua o “só” por “apenas” ou “sozinho”. Se
- O adjetivo concorda em gênero e número com o a frase ficar coerente com o primeiro, trata-se de advérbio,
substantivo mais próximo. portanto, invariável; se houver coerência com o segundo,
Encontramos caídas as roupas e os prendedores. função de adjetivo, então varia:
Encontramos caída a roupa e os prendedores. Ela está só. (ela está sozinha) – adjetivo
Encontramos caído o prendedor e a roupa. Ele está só descansando. (apenas descansando) - ad-
vérbio
- Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de pa-
rentesco, o adjetivo deve sempre concordar no plural. ** Mas cuidado! Se colocarmos uma vírgula depois de
As adoráveis Fernanda e Cláudia vieram me visitar. “só”, haverá, novamente, um adjetivo:
Encontrei os divertidos primos e primas na festa. Ele está só, descansando. (ele está sozinho e descansan-
do)
b) Adjetivo posposto aos substantivos: 7) Quando um único substantivo é modificado por dois
- O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo ou mais adjetivos no singular, podem ser usadas as cons-
ou com todos eles (assumindo a forma masculina plural se truções:
houver substantivo feminino e masculino). a) O substantivo permanece no singular e coloca-se o
A indústria oferece localização e atendimento perfeito. artigo antes do último adjetivo: Admiro a cultura espanhola
A indústria oferece atendimento e localização perfeita. e a portuguesa.
A indústria oferece localização e atendimento perfeitos.
A indústria oferece atendimento e localização perfeitos. b) O substantivo vai para o plural e omite-se o artigo
antes do adjetivo: Admiro as culturas espanhola e portu-
Observação: os dois últimos exemplos apresentam guesa.
maior clareza, pois indicam que o adjetivo efetivamente se
refere aos dois substantivos. Nesses casos, o adjetivo foi Casos Particulares
flexionado no plural masculino, que é o gênero predomi-
nante quando há substantivos de gêneros diferentes. É proibido - É necessário - É bom - É preciso - É per-
mitido
- Se os substantivos possuírem o mesmo gênero, o ad-
jetivo fica no singular ou plural. a) Estas expressões, formadas por um verbo mais um
A beleza e a inteligência feminina(s). adjetivo, ficam invariáveis se o substantivo a que se referem
O carro e o iate novo(s). possuir sentido genérico (não vier precedido de artigo).
É proibido entrada de crianças.
3) Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo: Em certos momentos, é necessário atenção.
a) O adjetivo fica no masculino singular, se o substan- No verão, melancia é bom.
tivo não for acompanhado de nenhum modificador: Água É preciso cidadania.
é bom para saúde. Não é permitido saída pelas portas laterais.
b) O adjetivo concorda com o substantivo, se este for b) Quando o sujeito destas expressões estiver deter-
modificado por um artigo ou qualquer outro determinati- minado por artigos, pronomes ou adjetivos, tanto o verbo
vo: Esta água é boa para saúde. como o adjetivo concordam com ele.
É proibida a entrada de crianças.
4) O adjetivo concorda em gênero e número com os Esta salada é ótima.
pronomes pessoais a que se refere: Juliana encontrou-as A educação é necessária.
muito felizes. São precisas várias medidas na educação.
5) Nas expressões formadas por pronome indefinido Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso - Qui-
neutro (nada, algo, muito, tanto, etc.) + preposição DE + te
adjetivo, este último geralmente é usado no masculino sin-
gular: Os jovens tinham algo de misterioso. Estas palavras adjetivas concordam em gênero e nú-
mero com o substantivo ou pronome a que se referem.
6) A palavra “só”, quando equivale a “sozinho”, tem fun- Seguem anexas as documentações requeridas.
ção adjetiva e concorda normalmente com o nome a que A menina agradeceu: - Muito obrigada.
se refere: Muito obrigadas, disseram as senhoras.
Cristina saiu só. Seguem inclusos os papéis solicitados.
Cristina e Débora saíram sós. Estamos quites com nossos credores.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Estas palavras são invariáveis quando funcionam como 1-) (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA
advérbios. Concordam com o nome a que se referem quan- E COMÉRCIO EXTERIOR – ANALISTA TÉCNICO ADMINIS-
do funcionam como adjetivos, pronomes adjetivos, ou nu- TRATIVO – CESPE/2014) Em “Vossa Excelência deve estar
merais. satisfeita com os resultados das negociações”, o adjetivo
As jogadoras estavam bastante cansadas. (advérbio) estará corretamente empregado se dirigido a ministro de
Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho. (pro- Estado do sexo masculino, pois o termo “satisfeita” deve
nome adjetivo) concordar com a locução pronominal de tratamento “Vossa
Nunca pensei que o estudo fosse tão caro. (advérbio) Excelência”.
As casas estão caras. (adjetivo) ( ) CERTO ( ) ERRADO
Achei barato este casaco. (advérbio)
Hoje as frutas estão baratas. (adjetivo) 1-) Se a pessoa, no caso o ministro, for do sexo femi-
nino (ministra), o adjetivo está correto; mas, se for do sexo
Meio - Meia masculino, o adjetivo sofrerá flexão de gênero: satisfeito. O
pronome de tratamento é apenas a maneira de como tratar
a) A palavra “meio”, quando empregada como adjetivo, a autoridade, não concordando com o gênero (o pronome
concorda normalmente com o nome a que se refere: Pedi de tratamento, apenas).
meia porção de polentas. RESPOSTA: “ERRADO”.
b) Quando empregada como advérbio permanece in- 2-) (GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL – CADASTRO
variável: A candidata está meio nervosa. RESERVA PARA O METRÔ/DF – ADMINISTRADOR - IA-
DES/2014 - adaptada) Se, no lugar dos verbos destacados
** Dica! Dá para eu substituir por “um pouco”, assim no verso “Escolho os filmes que eu não vejo no elevador”,
saberei que se trata de um advérbio, não de adjetivo: “A
fossem empregados, respectivamente, Esquecer e gostar, a
candidata está um pouco nervosa”.
nova redação, de acordo com as regras sobre regência ver-
bal e concordância nominal prescritas pela norma-padrão,
Alerta - Menos
deveria ser
(A) Esqueço dos filmes que eu não gosto no elevador.
Essas palavras são advérbios, portanto, permanecem
(B) Esqueço os filmes os quais não gosto no elevador.
sempre invariáveis.
(C) Esqueço dos filmes aos quais não gosto no eleva-
Os concurseiros estão sempre alerta.
dor.
Não queira menos matéria!
(D) Esqueço dos filmes dos quais não gosto no eleva-
* Tome nota! dor.
Não variam os substantivos que funcionam como ad- (E) Esqueço os filmes dos quais não gosto no elevador.
jetivos:
Bomba – notícias bomba 2-) O verbo “esquecer” pede objeto direto; “gostar”, in-
Chave – elementos chave direto (com preposição): Esqueço os filmes dos quais não
Monstro – construções monstro gosto.
Padrão – escola padrão RESPOSTA: “E”.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos Os verbos transitivos indiretos são complementados
de acordo com sua transitividade. Esta, porém, não é um por objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exi-
fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes gem uma preposição para o estabelecimento da relação de
formas em frases distintas. regência. Os pronomes pessoais do caso oblíquo de ter-
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LÍNGUA PORTUGUESA
ceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são Informar
o “lhe”, o “lhes”, para substituir pessoas. Não se utilizam - Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto
os pronomes o, os, a, as como complementos de verbos indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa.
transitivos indiretos. Com os objetos indiretos que não re- Informe os novos preços aos clientes.
presentam pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos
de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos preços)
lhe, lhes.
- Na utilização de pronomes como complementos, veja
Os verbos transitivos indiretos são os seguintes: as construções:
- Consistir - Tem complemento introduzido pela prepo- Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços.
sição “em”: A modernidade verdadeira consiste em direitos Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou so-
iguais para todos.
bre eles)
- Obedecer e Desobedecer - Possuem seus complemen-
Observação: a mesma regência do verbo informar é
tos introduzidos pela preposição “a”:
Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais. usada para os seguintes: avisar, certificar, notificar, cientifi-
Eles desobedeceram às leis do trânsito. car, prevenir.
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter Custou-me (a mim) crer nisso.
como ambição: Aspirávamos a um emprego melhor. (Aspi- Objeto Indireto Oração Subordinada Subs-
rávamos a ele) tantiva Subjetiva Reduzida de Infinitivo
* Como o objeto direto do verbo “aspirar” não é pes- *A Gramática Normativa condena as construções que
soa, as formas pronominais átonas “lhe” e “lhes” não são atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado por
utilizadas, mas, sim, as formas tônicas “a ele(s)”, “a ela(s)”. pessoa: Custei para entender o problema. = Forma
Veja o exemplo: Aspiravam a uma existência melhor. (= As- correta: Custou-me entender o problema.
piravam a ela)
IMPLICAR
- Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
ASSISTIR
a) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes
- Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, pres-
implicavam um firme propósito.
tar assistência a, auxiliar.
b) ter como consequência, trazer como consequência,
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.
acarretar, provocar: Uma ação implica reação.
As empresas de saúde negam-se a assisti-los.
- Como transitivo direto e indireto, significa compro-
- Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presen- meter, envolver: Implicaram aquele jornalista em questões
ciar, estar presente, caber, pertencer. econômicas.
Assistimos ao documentário.
Não assisti às últimas sessões. * No sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo
Essa lei assiste ao inquilino. indireto e rege com preposição “com”: Implicava com quem
não trabalhasse arduamente.
*No sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é in-
transitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de NAMORAR
lugar introduzido pela preposição “em”: Assistimos numa - Sempre transitivo direto: Luísa namora Carlos há dois
conturbada cidade. anos.
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LÍNGUA PORTUGUESA
- No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como Se uma oração completar o sentido de um nome, ou
objetivo é transitivo indireto e rege a preposição “a”. seja, exercer a função de complemento nominal, ela será
O ensino deve sempre visar ao progresso social. completiva nominal (subordinada substantiva).
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar
público.
ESQUECER – LEMBRAR
- Lembrar algo – esquecer algo
- Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (pronomi-
nal)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Substantivos
Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por
Adjetivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agradável a Escasso de Parco em, de
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Curioso de, por Insensível a Sito em
Descontente com Liberal com Suspeito de
Desejoso de Natural de Vazio de
Advérbios
Longe de Perto de
Observação: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: para-
lela a; paralelamente a; relativa a; relativamente a.
Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Questões
1-) (PRODAM – AUXILIAR - MOTORISTA – FUNCAB/2014) Assinale a alternativa em que a frase segue a norma culta da
língua quanto à regência verbal.
A) Prefiro viajar de ônibus do que dirigir.
B) Eu esqueci do seu nome.
C) Você assistiu à cena toda?
D) Ele chegou na oficina pela manhã.
E) Sempre obedeço as leis de trânsito.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Os sujeitos são classificados a partir de dois elementos: 1-) com verbo na terceira pessoa do plural, desde que
o de determinação ou indeterminação e o de núcleo do o sujeito não tenha sido identificado anteriormente:
sujeito. Bateram à porta;
Um sujeito é determinado quando é facilmente iden- Andam espalhando boatos a respeito da queda do mi-
tificado pela concordância verbal. O sujeito determinado nistro.
pode ser simples ou composto.
A indeterminação do sujeito ocorre quando não é * Se o sujeito estiver identificado, poderá ser simples
possível identificar claramente a que se refere a concor- ou composto:
dância verbal. Isso ocorre quando não se pode ou não inte- Os meninos bateram à porta. (simples)
ressa indicar precisamente o sujeito de uma oração. Os meninos e as meninas bateram à porta. (composto)
Estão gritando seu nome lá fora.
Trabalha-se demais neste lugar. 2-) com o verbo na terceira pessoa do singular, acres-
cido do pronome “se”. Esta é uma construção típica dos
O sujeito simples é o sujeito determinado que apre- verbos que não apresentam complemento direto:
senta um único núcleo, que pode estar no singular ou no Precisa-se de mentes criativas.
plural; pode também ser um pronome indefinido. Abaixo, Vivia-se bem naqueles tempos.
sublinhei os núcleos dos sujeitos: Trata-se de casos delicados.
Nós estudaremos juntos. Sempre se está sujeito a erros.
A humanidade é frágil.
Ninguém se move. O pronome “se”, nestes casos, funciona como índice de
O amar faz bem. (“amar” é verbo, mas aqui houve uma indeterminação do sujeito.
derivação imprópria, transformando-o em substantivo)
As crianças precisam de alimentos saudáveis. As orações sem sujeito, formadas apenas pelo predi-
cado, articulam-se a partir de um verbo impessoal. A men-
O sujeito composto é o sujeito determinado que apre- sagem está centrada no processo verbal. Os principais ca-
sos de orações sem sujeito com:
senta mais de um núcleo.
Alimentos e roupas custam caro.
1-) os verbos que indicam fenômenos da natureza:
Ela e eu sabemos o conteúdo.
Amanheceu.
O amar e o odiar são duas faces da mesma moeda.
Está trovejando.
Além desses dois sujeitos determinados, é comum a
2-) os verbos estar, fazer, haver e ser, quando indicam
referência ao sujeito implícito na desinência verbal (o
fenômenos meteorológicos ou se relacionam ao tempo em
“antigo” sujeito oculto [ou elíptico]), isto é, ao núcleo do
geral:
sujeito que está implícito e que pode ser reconhecido pela Está tarde.
desinência verbal ou pelo contexto. Já são dez horas.
Abolimos todas as regras. = (nós) Faz frio nesta época do ano.
Falaste o recado à sala? = (tu) Há muitos concursos com inscrições abertas.
* Os verbos deste tipo de sujeito estão sempre na pri- Predicado é o conjunto de enunciados que contém a
meira pessoa do singular (eu) ou plural (nós) ou na segun- informação sobre o sujeito – ou nova para o ouvinte. Nas
da do singular (tu) ou do plural (vós), desde que os prono- orações sem sujeito, o predicado simplesmente enuncia
mes não estejam explícitos. um fato qualquer. Nas orações com sujeito, o predicado é
Iremos à feira juntos? (= nós iremos) – sujeito implícito aquilo que se declara a respeito deste sujeito. Com exceção
na desinência verbal “-mos” do vocativo - que é um termo à parte - tudo o que difere
Cantais bem! (= vós cantais) - sujeito implícito na desi- do sujeito numa oração é o seu predicado.
nência verbal “-ais” Chove muito nesta época do ano.
Houve problemas na reunião.
Mas:
Nós iremos à festa juntos? = sujeito simples: nós * Em ambas as orações não há sujeito, apenas predi-
Vós cantais bem! = sujeito simples: vós cado.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Para o estudo do predicado, é necessário verificar se No primeiro exemplo, o verbo amanheceu apresenta
seu núcleo é um nome (então teremos um predicado no- duas funções: a de verbo significativo e a de verbo de liga-
minal) ou um verbo (predicado verbal). Deve-se considerar ção. Este predicado poderia ser desdobrado em dois: um
também se as palavras que formam o predicado referem- verbal e outro nominal.
se apenas ao verbo ou também ao sujeito da oração. O dia amanheceu. / O dia estava ensolarado.
Os homens sensíveis pedem amor sincero às mulheres No segundo exemplo, é o verbo julgar que relaciona
de opinião. o complemento homens com o predicativo “inconstantes”.
Predicado
Termos integrantes da oração
O predicado acima apresenta apenas uma palavra que
se refere ao sujeito: pedem. As demais palavras ligam-se Os complementos verbais (objeto direto e indireto) e o
direta ou indiretamente ao verbo. complemento nominal são chamados termos integrantes da
A cidade está deserta. oração.
Os complementos verbais integram o sentido dos ver-
O nome “deserta”, por intermédio do verbo, refere-se bos transitivos, com eles formando unidades significativas.
ao sujeito da oração (cidade). O verbo atua como elemento Estes verbos podem se relacionar com seus complementos
de ligação (por isso verbo de ligação) entre o sujeito e a diretamente, sem a presença de preposição, ou indireta-
palavra a ele relacionada (no caso: deserta = predicativo mente, por intermédio de preposição.
do sujeito).
O objeto direto é o complemento que se liga direta-
O predicado verbal é aquele que tem como núcleo mente ao verbo.
significativo um verbo: Houve muita confusão na partida final.
Chove muito nesta época do ano. Queremos sua ajuda.
Estudei muito hoje!
O objeto direto preposicionado ocorre principalmen-
Compraste a apostila?
te:
- com nomes próprios de pessoas ou nomes comuns
Os verbos acima são significativos, isto é, não servem
referentes a pessoas:
apenas para indicar o estado do sujeito, mas indicam pro-
Amar a Deus; Adorar a Xangô; Estimar aos pais.
cessos.
(o objeto é direto, mas como há preposição, denomi-
na-se: objeto direto preposicionado)
O predicado nominal é aquele que tem como núcleo
significativo um nome; este atribui uma qualidade ou esta- - com pronomes indefinidos de pessoa e pronomes
do ao sujeito, por isso é chamado de predicativo do sujei- de tratamento: Não excluo a ninguém; Não quero cansar a
to. O predicativo é um nome que se liga a outro nome da Vossa Senhoria.
oração por meio de um verbo (o verbo de ligação).
Nos predicados nominais, o verbo não é significativo, - para evitar ambiguidade: Ao povo prejudica a crise.
isto é, não indica um processo, mas une o sujeito ao pre- (sem preposição, o sentido seria outro: O povo prejudica
dicativo, indicando circunstâncias referentes ao estado do a crise)
sujeito: Os dados parecem corretos.
O verbo parecer poderia ser substituído por estar, an- O objeto indireto é o complemento que se liga indi-
dar, ficar, ser, permanecer ou continuar, atuando como ele- retamente ao verbo, ou seja, através de uma preposição.
mento de ligação entre o sujeito e as palavras a ele rela- Gosto de música popular brasileira.
cionadas. Necessito de ajuda.
* A função de predicativo é exercida, normalmente, por
um adjetivo ou substantivo. O termo que integra o sentido de um nome chama-se
complemento nominal, que se liga ao nome que comple-
O predicado verbo-nominal é aquele que apresen- ta por intermédio de preposição:
ta dois núcleos significativos: um verbo e um nome. No A arte é necessária à vida. = relaciona-se com a palavra
predicado verbo-nominal, o predicativo pode se referir ao “necessária”
sujeito ou ao complemento verbal (objeto). Temos medo de barata. = ligada à palavra “medo”
O verbo do predicado verbo-nominal é sempre sig-
nificativo, indicando processos. É também sempre por in- Termos acessórios da oração e vocativo
termédio do verbo que o predicativo se relaciona com o
termo a que se refere. Os termos acessórios recebem este nome por serem
1- O dia amanheceu ensolarado; explicativos, circunstanciais. São termos acessórios o ad-
2- As mulheres julgam os homens inconstantes. junto adverbial, o adjunto adnominal, o aposto e o vocativo
– este, sem relação sintática com outros temos da oração.
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LÍNGUA PORTUGUESA
O adjunto adverbial é o termo da oração que indi- O aposto pode ser classificado, de acordo com seu va-
ca uma circunstância do processo verbal ou intensifica o lor na oração, em:
sentido de um adjetivo, verbo ou advérbio. É uma função a) explicativo: A linguística, ciência das línguas huma-
adverbial, pois cabe ao advérbio e às locuções adverbiais nas, permite-nos interpretar melhor nossa relação com o
exercerem o papel de adjunto adverbial: Amanhã voltarei a mundo.
pé àquela velha praça. b) enumerativo: A vida humana compõe-se de muitas
coisas: amor, arte, ação.
As circunstâncias comumente expressas pelo adjunto c) resumidor ou recapitulativo: Fantasias, suor e sonho,
adverbial são: tudo forma o carnaval.
- assunto: Falavam sobre futebol. d) comparativo: Seus olhos, indagadores holofotes, fixa-
- causa: As folhas caíram com o vento. ram-se por muito tempo na baía anoitecida.
- companhia: Ficarei com meus pais.
- concessão: Apesar de você, serei feliz. O vocativo é um termo que serve para chamar, invocar
- conformidade: Fez tudo conforme o combinado. ou interpelar um ouvinte real ou hipotético, não mantendo
- dúvida: Talvez ainda chova. relação sintática com outro termo da oração. A função de
- fim: Estudou para o exame. vocativo é substantiva, cabendo a substantivos, pronomes
- instrumento: Fez o corte com a faca. substantivos, numerais e palavras substantivadas esse pa-
- intensidade: Falava bastante.
pel na linguagem.
- lugar: Vou à cidade.
João, venha comigo!
- matéria: Este prato é feito de porcelana.
Traga-me doces, minha menina!
- meio: Viajarei de trem.
- modo: Foram recrutados a dedo.
- negação: Não há ninguém que mereça.
- tempo: Ontem à tarde encontrou o velho amigo. Questões
O adjunto adnominal é o termo acessório que deter- 1-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/
mina, especifica ou explica um substantivo. É uma função UFAL/2014 - adaptada)
adjetiva, pois são os adjetivos e as locuções adjetivas que
exercem o papel de adjunto adnominal na oração. Também
atuam como adjuntos adnominais os artigos, os numerais
e os pronomes adjetivos.
O poeta inovador enviou dois longos trabalhos ao seu
amigo de infância.
O poeta português deixou uma obra inacabada. O cartaz acima divulga a peça de teatro “Quem tem
O poeta deixou-a inacabada. medo de Virginia Woolf?” escrita pelo norte-americano
(inacabada precisou ser repetida, então: predicativo do Edward Albee. O termo “de Virginia Woolf”, do título em
objeto)
português da peça, funciona como:
A) objeto indireto.
Enquanto o complemento nominal se relaciona a um
B) complemento nominal.
substantivo, adjetivo ou advérbio, o adjunto adnominal se
relaciona apenas ao substantivo. C) adjunto adnominal.
D) adjunto adverbial.
O aposto é um termo acessório que permite ampliar, E) agente da passiva.
explicar, desenvolver ou resumir a ideia contida em um ter-
mo que exerça qualquer função sintática: Ontem, segunda- 1-) O termo complementa a palavra “medo”, que é
feira, passei o dia mal-humorado. substantivo (nome – nominal). Portanto é um complemen-
to nominal. O verbo “ter” tem como complemento verbal
Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo (objeto) a palavra “medo”, que exerce a função sintática de
“ontem”. O aposto é sintaticamente equivalente ao termo objeto direto.
que se relaciona porque poderia substituí-lo: Segunda-feira RESPOSTA: “B”.
passei o dia mal-humorado.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
Podemos modificar o período acima. Veja: * Atenção: Observe que a oração subordinada subs-
tantiva pode ser substituída pelo pronome “isso”. Assim,
Quero ser aprovado. temos um período simples:
Oração Principal Oração Subordinada É fundamental isso ou Isso é fundamental.
Desta forma, a oração correspondente a “isso” exercerá
A análise das orações continua sendo a mesma: “Que- a função de sujeito.
ro” é a oração principal, cujo objeto direto é a oração su- Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração
bordinada “ser aprovado”. Observe que a oração subordi- principal:
nada apresenta agora verbo no infinitivo (ser). Além disso,
a conjunção “que”, conectivo que unia as duas orações, - Verbos de ligação + predicativo, em construções do
desapareceu. As orações subordinadas cujo verbo surge tipo: É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo - É
numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particí- claro - Está evidente - Está comprovado
pio) chamamos orações reduzidas ou implícitas. É bom que você compareça à minha festa.
* Observação: as orações reduzidas não são introdu-
- Expressões na voz passiva, como: Sabe-se, Soube-se,
zidas por conjunções nem pronomes relativos. Podem ser,
Conta-se, Diz-se, Comenta-se, É sabido, Foi anunciado, Ficou
eventualmente, introduzidas por preposição.
provado.
Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.
1-) Orações Subordinadas Substantivas
A oração subordinada substantiva tem valor de subs- - Verbos como: convir - cumprir - constar - admirar -
tantivo e vem introduzida, geralmente, por conjunção inte- importar - ocorrer - acontecer
grante (que, se). Convém que não se atrase na entrevista.
Não sabemos quando ele virá. As orações subordinadas substantivas objetivas diretas
Oração Subordinada Substan- (desenvolvidas) são iniciadas por:
tiva - Conjunções integrantes “que” (às vezes elíptica) e
“se”: A professora verificou se os alunos estavam presentes.
Classificação das Orações Subordinadas Substanti-
vas
- Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às ve-
zes regidos de preposição), nas interrogações indiretas: O
Conforme a função que exerce no período, a oração
pessoal queria saber quem era o dono do carro importado.
subordinada substantiva pode ser:
a) Subjetiva - exerce a função sintática de sujeito do
verbo da oração principal: - Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às ve-
zes regidos de preposição), nas interrogações indiretas: Eu
É fundamental o seu comparecimento à reu- não sei por que ela fez isso.
nião.
Sujeito c) Objetiva Indireta = atua como objeto indireto do
verbo da oração principal. Vem precedida de preposição.
É fundamental que você compareça à
reunião. Meu pai insiste em meu estudo.
Oração Principal Oração Subordinada Substan- Objeto Indireto
tiva Subjetiva
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LÍNGUA PORTUGUESA
Meu pai insiste em que eu estude. (Meu pai insiste 2-) Orações Subordinadas Adjetivas
nisso)
Oração Subordinada Substantiva Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui
Objetiva Indireta valor e função de adjetivo, ou seja, que a ele equivale. As
orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem
Observação: em alguns casos, a preposição pode estar a função de adjunto adnominal do antecedente.
elíptica na oração.
Marta não gosta (de) que a chamem de senhora. Esta foi uma redação bem-sucedida.
Oração Subordinada Substantiva Substantivo Adjetivo (Adjunto Adno-
Objetiva Indireta minal)
d) Completiva Nominal = completa um nome que O substantivo “redação” foi caracterizado pelo adjetivo
pertence à oração principal e também vem marcada por “bem-sucedida”. Neste caso, é possível formarmos outra
preposição. construção, a qual exerce exatamente o mesmo papel:
Sentimos orgulho de seu comportamento. Esta foi uma redação que fez sucesso.
Complemento Nominal Oração Principal Oração Subordinada
Adjetiva
Sentimos orgulho de que você se comportou. (Sen-
timos orgulho disso.) Perceba que a conexão entre a oração subordinada
Oração Subordinada Substantiva adjetiva e o termo da oração principal que ela modifica é
Completiva Nominal feita pelo pronome relativo “que”. Além de conectar (ou
relacionar) duas orações, o pronome relativo desempenha
Lembre-se: as orações subordinadas substantivas ob- uma função sintática na oração subordinada: ocupa o pa-
jetivas indiretas integram o sentido de um verbo, enquanto pel que seria exercido pelo termo que o antecede (no caso,
que orações subordinadas substantivas completivas nomi- “redação” é sujeito, então o “que” também funciona como
nais integram o sentido de um nome. Para distinguir uma sujeito).
da outra, é necessário levar em conta o termo complemen-
tado. Esta é a diferença entre o objeto indireto e o com-
Observação: para que dois períodos se unam num
plemento nominal: o primeiro complementa um verbo; o
período composto, altera-se o modo verbal da segunda
segundo, um nome.
oração.
e) Predicativa = exerce papel de predicativo do sujei-
Atenção: Vale lembrar um recurso didático para re-
to do verbo da oração principal e vem sempre depois do
conhecer o pronome relativo “que”: ele sempre pode ser
verbo ser.
substituído por: o qual - a qual - os quais - as quais
Nosso desejo era sua desistência. Refiro-me ao aluno que é estudioso. = Esta oração é
Predicativo do Sujeito equivalente a: Refiro-me ao aluno o qual estuda.
Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso desejo Forma das Orações Subordinadas Adjetivas
era isso)
Oração Subordinada Substantiva Quando são introduzidas por um pronome relativo e
Predicativa apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as
orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvi-
Observação: em certos casos, usa-se a preposição ex- das. Além delas, existem as orações subordinadas adjetivas
pletiva “de” para realce. Veja o exemplo: A impressão é de reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo
que não fui bem na prova. (podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o
verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou
f) Apositiva = exerce função de aposto de algum ter- particípio).
mo da oração principal.
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
Fernanda tinha um grande sonho: a felicidade! Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.
Aposto
No primeiro período, há uma oração subordinada ad-
Fernanda tinha um grande sonho: ser feliz! jetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome re-
Oração subordinada lativo “que” e apresenta verbo conjugado no pretérito per-
substantiva apositiva reduzida de infinitivo feito do indicativo. No segundo, há uma oração subordina-
(Fernanda tinha um grande sonho: isso) da adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome relativo
e seu verbo está no infinitivo.
* Dica: geralmente há a presença dos dois pontos! (:)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas Naquele momento, senti uma das maiores emoções de
minha vida.
Na relação que estabelecem com o termo que caracteri- Quando vi o mar, senti uma das maiores emoções de
zam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas minha vida.
maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou especifi-
cam o sentido do termo a que se referem, individualizando-o. No primeiro período, “naquele momento” é um adjun-
Nestas orações não há marcação de pausa, sendo chamadas to adverbial de tempo, que modifica a forma verbal “sen-
subordinadas adjetivas restritivas. Existem também orações ti”. No segundo período, este papel é exercido pela oração
que realçam um detalhe ou amplificam dados sobre o ante-
“Quando vi o mar”, que é, portanto, uma oração subordi-
cedente, que já se encontra suficientemente definido. Estas
nada adverbial temporal. Esta oração é desenvolvida, pois
orações denominam-se subordinadas adjetivas explicativas.
Exemplo 1: é introduzida por uma conjunção subordinativa (quando)
Jamais teria chegado aqui, não fosse um homem que e apresenta uma forma verbal do modo indicativo (“vi”, do
passava naquele momento. pretérito perfeito do indicativo). Seria possível reduzi-la,
Oração obtendo-se:
Subordinada Adjetiva Restritiva Ao ver o mar, senti uma das maiores emoções de minha
vida.
No período acima, observe que a oração em destaque
restringe e particulariza o sentido da palavra “homem”: tra- A oração em destaque é reduzida, apresentando uma
ta-se de um homem específico, único. A oração limita o uni- das formas nominais do verbo (“ver” no infinitivo) e não é
verso de homens, isto é, não se refere a todos os homens, introduzida por conjunção subordinativa, mas sim por uma
mas sim àquele que estava passando naquele momento. preposição (“a”, combinada com o artigo “o”).
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LÍNGUA PORTUGUESA
Nunca abandonou seus ideais, de sorte que acabou con- g) Final = indica a intenção, a finalidade daquilo que
cretizando-os. se declara na oração principal. Principal conjunção subordi-
Não consigo ver televisão sem bocejar. (Oração Reduzi- nativa final: a fim de. Outras conjunções finais: que, porque
da de Infinitivo) (= para que) e a locução conjuntiva para que.
Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigas.
c) Condicional = Condição é aquilo que se impõe Estudarei muito para que eu me saia bem na prova.
como necessário para a realização ou não de um fato. As
orações subordinadas adverbiais condicionais exprimem o h) Proporcional = exprime ideia de proporção, ou
que deve ou não ocorrer para que se realize - ou deixe de seja, um fato simultâneo ao expresso na oração principal.
se realizar - o fato expresso na oração principal. Principal locução conjuntiva subordinativa proporcional: à
Principal conjunção subordinativa condicional: se. Ou- proporção que. Outras locuções conjuntivas proporcio-
tras conjunções condicionais: caso, contanto que, desde que, nais: à medida que, ao passo que. Há ainda as estruturas:
salvo se, exceto se, a não ser que, a menos que, sem que, quanto maior...(maior), quanto maior...(menor), quanto me-
uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo). nor...(maior), quanto menor...(menor), quanto mais...(mais),
Se o regulamento do campeonato for bem elaborado, quanto mais...(menos), quanto menos...(mais), quanto me-
certamente o melhor time será campeão. nos...(menos).
Caso você saia, convide-me. À proporção que estudávamos mais questões acertáva-
mos.
d) Concessiva = indica concessão às ações do verbo À medida que lia mais culto ficava.
da oração principal, isto é, admitem uma contradição ou
um fato inesperado. A ideia de concessão está diretamente i) Temporal = acrescenta uma ideia de tempo ao fato
ligada ao contraste, à quebra de expectativa. Principal con- expresso na oração principal, podendo exprimir noções de
junção subordinativa concessiva: embora. Utiliza-se tam- simultaneidade, anterioridade ou posterioridade. Principal
bém a conjunção: conquanto e as locuções ainda que, ainda conjunção subordinativa temporal: quando. Outras con-
quando, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que. junções subordinativas temporais: enquanto, mal e locu-
Só irei se ele for. ções conjuntivas: assim que, logo que, todas as vezes que,
A oração acima expressa uma condição: o fato de “eu”
antes que, depois que, sempre que, desde que, etc.
ir só se realizará caso essa condição seja satisfeita.
Assim que Paulo chegou, a reunião acabou.
Compare agora com:
Terminada a festa, todos se retiraram. (= Quando termi-
Irei mesmo que ele não vá.
nou a festa) (Oração Reduzida de Particípio)
A distinção fica nítida; temos agora uma concessão:
Fontes de pesquisa:
irei de qualquer maneira, independentemente de sua ida. A
http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/fra-
oração destacada é, portanto, subordinada adverbial con-
se-periodo-e-oracao
cessiva.
Observe outros exemplos: SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
Embora fizesse calor, levei agasalho. coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Foi aprovado sem estudar (= sem que estudasse / em-
bora não estudasse). (reduzida de infinitivo)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Refiro-me a (a) funcionária antiga, e não a (a)quela con- * A letra “a” que acompanha locuções femininas (ad-
tratada recentemente. verbiais, prepositivas e conjuntivas) recebe o acento grave:
Após a junção da preposição com o artigo (destacados - locuções adverbiais: às vezes, à tarde, à noite, às pres-
entre parênteses), temos: sas, à vontade...
Refiro-me à funcionária antiga, e não àquela contratada - locuções prepositivas: à frente, à espera de, à procura
recentemente. de...
- locuções conjuntivas: à proporção que, à medida que.
O verbo referir, de acordo com sua transitividade, clas-
sifica-se como transitivo indireto, pois sempre nos referi- * Cuidado: quando as expressões acima não exerce-
mos a alguém ou a algo. Houve a fusão da preposição a + o rem a função de locuções não ocorrerá crase. Repare:
artigo feminino (à) e com o artigo feminino a + o pronome Eu adoro a noite!
demonstrativo aquela (àquela). Adoro o quê? Adoro quem? O verbo “adoro” requer
objeto direto, no caso, a noite. Aqui, o “a” é artigo, não
Observação importante: Alguns recursos servem de preposição.
ajuda para que possamos confirmar a ocorrência ou não da
crase. Eis alguns: Casos passíveis de nota:
a) Substitui-se a palavra feminina por uma masculina
equivalente. Caso ocorra a combinação a + o(s), a crase *a crase é facultativa diante de nomes próprios femini-
está confirmada. nos: Entreguei o caderno a (à) Eliza.
Os dados foram solicitados à diretora.
Os dados foram solicitados ao diretor. *também é facultativa diante de pronomes possessivos
femininos: O diretor fez referência a (à) sua empresa.
b) No caso de nomes próprios geográficos, substitui-se
o verbo da frase pelo verbo voltar. Caso resulte na expres- *facultativa em locução prepositiva “até a”: A loja ficará
são “voltar da”, há a confirmação da crase. aberta até as (às) dezoito horas.
Faremos uma visita à Bahia.
Faz dois dias que voltamos da Bahia. (crase confirmada) * Constata-se o uso da crase se as locuções preposi-
tivas à moda de, à maneira de apresentarem-se implícitas,
Não me esqueço da viagem a Roma.
mesmo diante de nomes masculinos: Tenho compulsão por
Ao voltar de Roma, relembrarei os belos momentos ja-
comprar sapatos à Luis XV. (à moda de Luís XV)
mais vividos.
* Não se efetiva o uso da crase diante da locução ad-
Atenção: Nas situações em que o nome geográfico se
verbial “a distância”: Na praia de Copacabana, observamos
apresentar modificado por um adjunto adnominal, a crase
a queima de fogos a distância.
está confirmada.
Atendo-me à bela Fortaleza, senti saudades de suas
praias. Entretanto, se o termo vier determinado, teremos uma
locução prepositiva, aí sim, ocorrerá crase: O pedestre foi
** Dica: Use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou arremessado à distância de cem metros.
A volto DE, crase PRA QUÊ?” Exemplo: Vou a Campinas. =
Volto de Campinas. (crase pra quê?) - De modo a evitar o duplo sentido – a ambiguidade -,
Vou à praia. = Volto da praia. (crase há!) faz-se necessário o emprego da crase.
ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especifica- Ensino à distância.
do, ocorrerá crase. Veja: Ensino a distância.
Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo
que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE” * Em locuções adverbiais formadas por palavras repeti-
Irei à Salvador de Jorge Amado. das, não há ocorrência da crase.
Ela ficou frente a frente com o agressor.
* A letra “a” dos pronomes demonstrativos aquele(s), Eu o seguirei passo a passo.
aquela(s) e aquilo receberão o acento grave se o termo re-
gente exigir complemento regido da preposição “a”. Casos em que não se admite o emprego da crase:
Entregamos a encomenda àquela menina.
(preposição + pronome demonstrativo) * Antes de vocábulos masculinos.
As produções escritas a lápis não serão corrigidas.
Iremos àquela reunião. Esta caneta pertence a Pedro.
(preposição + pronome demonstrativo)
* Antes de verbos no infinitivo.
Sua história é semelhante às que eu ouvia quando crian- Ele estava a cantar.
ça. (àquelas que eu ouvia quando criança) Começou a chover.
(preposição + pronome demonstrativo)
72
LÍNGUA PORTUGUESA
73
LÍNGUA PORTUGUESA
3-) (SABESP/SP – ADVOGADO – FCC/2014) 2) Orações iniciadas por palavras interrogativas: Quem
Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores fizeram lhe disse isso?
uma escavação arqueológica nas ruínas da antiga cidade
de Tikal, na Guatemala. 3) Orações iniciadas por palavras exclamativas: Quanto
O a empregado na frase acima, imediatamente depois se ofendem!
de chegar, deverá receber o sinal indicativo de crase caso o
segmento grifado seja substituído por: 4) Orações que exprimem desejo (orações optativas):
(A) Uma tal ilação. Que Deus o ajude.
(B) Afirmações como essa.
(C) Comprovação dessa assertiva. 5) A próclise é obrigatória quando se utiliza o pronome
(D) Emitir uma opinião desse tipo. reto ou sujeito expresso:
(E) Semelhante resultado. Eu lhe entregarei o material amanhã.
Tu sabes cantar?
3-)
(A) Uma tal ilação – chegar a uma (não há acento grave Mesóclise = É a colocação pronominal no meio do
antes de artigo) verbo. A mesóclise é usada:
(B) Afirmações como essa – chegar a afirmações (antes
de palavra no plural e o “a” no singular) Quando o verbo estiver no futuro do presente ou fu-
(C) Comprovação dessa assertiva – chegar à compro- turo do pretérito, contanto que esses verbos não estejam
vação precedidos de palavras que exijam a próclise. Exemplos:
(D) Emitir uma opinião desse tipo – chegar a emitir Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento
(verbo no infinitivo) em prol da paz no mundo.
(E) Semelhante resultado – chegar a semelhante (pala- Repare que o pronome está “no meio” do verbo “rea-
vra masculina) lizará”:
RESPOSTA: “C”. realizar – SE – á. Se houvesse na oração alguma palavra
que justificasse o uso da próclise, esta prevaleceria. Veja:
Não se realizará...
Não fossem os meus compromissos, acompanhar-te-ia
nessa viagem.
COLOCAÇÃO PRONOMINAL (com presença de palavra que justifique o uso de pró-
clise: Não fossem os meus compromissos, EU te acompanha-
ria nessa viagem).
Colocação Pronominal trata da correta colocação dos
Ênclise = É a colocação pronominal depois do verbo. A
pronomes oblíquos átonos na frase. ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não forem
possíveis:
* Dica: Pronome Oblíquo é aquele que exerce a função
de complemento verbal (objeto). Por isso, memorize: 1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo:
OBlíquo = OBjeto! Quando eu avisar, silenciem-se todos.
Embora na linguagem falada a colocação dos prono- 2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal: Não
mes não seja rigorosamente seguida, algumas normas de- era minha intenção machucá-la.
vem ser observadas na linguagem escrita.
3) Quando o verbo iniciar a oração. (até porque não se
Próclise = É a colocação pronominal antes do verbo. A inicia período com pronome oblíquo).
próclise é usada: Vou-me embora agora mesmo.
Levanto-me às 6h.
1) Quando o verbo estiver precedido de palavras que
atraem o pronome para antes do verbo. São elas: 4) Quando houver pausa antes do verbo: Se eu passo
a) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém, no concurso, mudo-me hoje mesmo!
jamais, etc.: Não se desespere!
b) Advérbios: Agora se negam a depor. 5-) Quando o verbo estiver no gerúndio: Recusou a pro-
c) Conjunções subordinativas: Espero que me expliquem posta fazendo-se de desentendida.
tudo!
d) Pronomes relativos: Venceu o concurseiro que se es- Colocação pronominal nas locuções verbais
forçou. - após verbo no particípio = pronome depois do verbo
e) Pronomes indefinidos: Poucos te deram a oportuni- auxiliar (e não depois do particípio):
dade. Tenho me deliciado com a leitura!
Eu tenho me deliciado com a leitura!
f) Pronomes demonstrativos: Isso me magoa muito. Eu me tenho deliciado com a leitura!
74
LÍNGUA PORTUGUESA
- não convém usar hífen nos tempos compostos e nas 1-) Primeiramente identifiquemos se temos objeto di-
locuções verbais: reto ou indireto. Reconhece o quê? Resposta: a informali-
Vamos nos unir! dade. Pergunta e resposta sem preposição, então: objeto
Iremos nos manifestar. direto. Não utilizaremos “lhe” – que é para objeto indireto.
Como temos a presença do “que” – independente de sua
- quando há um fator para próclise nos tempos com- função no período (pronome relativo, no caso!) – a regra
postos ou locuções verbais: opção pelo uso do pronome pede próclise (pronome oblíquo antes do verbo): que a re-
oblíquo “solto” entre os verbos = Não vamos nos preocupar conhecem.
(e não: “não nos vamos preocupar”). RESPOSTA: “A”.
75
LÍNGUA PORTUGUESA
b) Homófonas: são palavras iguais na pronúncia e di- Exemplos de variação no significado das palavras:
ferentes na escrita:
acender (atear) e ascender (subir); Os domadores conseguiram enjaular a fera. (sentido li-
concertar (harmonizar) e consertar (reparar); teral)
cela (compartimento) e sela (arreio); Ele ficou uma fera quando soube da notícia. (sentido
censo (recenseamento) e senso ( juízo); figurado)
paço (palácio) e passo (andar). Aquela aluna é fera na matemática. (sentido figurado)
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
As pessoas têm alimentação equilibrada porque são feli- Observação: toda metáfora é uma espécie de compa-
zes ou são felizes porque têm uma alimentação equilibrada. ração implícita, em que o elemento comparativo não apa-
rece.
De igual forma, quando uma palavra é polissêmica, ela Seus olhos são como luzes brilhantes.
pode induzir uma pessoa a fazer mais do que uma interpre- O exemplo acima mostra uma comparação evidente,
tação. Para fazer a interpretação correta é muito importan- através do emprego da palavra como.
te saber qual o contexto em que a frase é proferida. Observe agora: Seus olhos são luzes brilhantes.
Muitas vezes, a disposição das palavras na construção Neste exemplo não há mais uma comparação (note a
do enunciado pode gerar ambiguidade ou, até mesmo, co- ausência da partícula comparativa), e sim símile, ou seja,
micidade. Repare na figura abaixo: qualidade do que é semelhante.
Por fim, no exemplo: As luzes brilhantes olhavam-me.
Há substituição da palavra olhos por luzes brilhantes. Esta
é a verdadeira metáfora.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Trata-se de uma metáfora que, dado seu uso contínuo, Paradoxo ou oximoro
cristalizou-se. A catacrese costuma ocorrer quando, por
falta de um termo específico para designar um conceito, É a associação de ideias, além de contrastantes, contra-
toma-se outro “emprestado”. Assim, passamos a empregar ditórias. Seria a antítese ao extremo.
algumas palavras fora de seu sentido original. Exemplos: Era dor, sim, mas uma dor deliciosa.
“asa da xícara”, “batata da perna”, “maçã do rosto”, “pé da Ouvimos as vozes do silêncio.
mesa”, “braço da cadeira”, “coroa do abacaxi”.
Eufemismo
Perífrase ou Antonomásia
É o emprego de uma expressão mais suave, mais nobre
ou menos agressiva, para comunicar alguma coisa áspera,
Trata-se de uma expressão que designa um ser através
desagradável ou chocante.
de alguma de suas características ou atributos, ou de um
Depois de muito sofrimento, entregou a alma ao Senhor.
fato que o celebrizou. É a substituição de um nome por
(= morreu)
outro ou por uma expressão que facilmente o identifique: O prefeito ficou rico por meios ilícitos. (= roubou)
A Cidade Maravilhosa (= Rio de Janeiro) continua Fernando faltou com a verdade. (= mentiu)
atraindo visitantes do mundo todo. Faltar à verdade. (= mentir)
A Cidade-Luz (=Paris)
O rei das selvas (=o leão) Ironia
Observação: quando a perífrase indica uma pessoa, É sugerir, pela entoação e contexto, o contrário do que
recebe o nome de antonomásia. Exemplos: as palavras ou frases expressam, geralmente apresentando
O Divino Mestre (= Jesus Cristo) passou a vida pratican- intenção sarcástica. A ironia deve ser muito bem construí-
do o bem. da para que cumpra a sua finalidade; mal construída, pode
O Poeta dos Escravos (= Castro Alves) morreu muito jo- passar uma ideia exatamente oposta à desejada pelo emis-
vem. sor.
O Poeta da Vila (= Noel Rosa) compôs lindas canções. Como você foi bem na prova! Não tirou nem a nota mí-
nima.
Sinestesia Parece um anjinho aquele menino, briga com todos que
estão por perto.
Consiste em mesclar, numa mesma expressão, as sen- O governador foi sutil como um elefante.
sações percebidas por diferentes órgãos do sentido. É o
cruzamento de sensações distintas. Hipérbole
Um grito áspero revelava tudo o que sentia. (grito = au-
ditivo; áspero = tátil) É a expressão intencionalmente exagerada com o intui-
No silêncio escuro do seu quarto, aguardava os aconte- to de realçar uma ideia.
cimentos. (silêncio = auditivo; escuro = visual) Faria isso milhões de vezes se fosse preciso.
Tosse gorda. (sensação auditiva X sensação tátil) “Rios te correrão dos olhos, se chorares.” (Olavo Bilac)
O concurseiro quase morre de tanto estudar!
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LÍNGUA PORTUGUESA
É a atribuição de ações ou qualidades de seres anima- Consiste na omissão de um ou mais termos numa ora-
dos a seres inanimados, ou características humanas a seres ção e que podem ser facilmente identificados, tanto por
não humanos. Observe os exemplos: elementos gramaticais presentes na própria oração, quanto
As pedras andam vagarosamente. pelo contexto.
O livro é um mudo que fala, um surdo que ouve, um A catedral da Sé. (a igreja catedral)
cego que guia. Domingo irei ao estádio. (no domingo eu irei ao está-
A floresta gesticulava nervosamente diante da serra. dio)
Chora, violão.
Zeugma
Apóstrofe
Zeugma é uma forma de elipse. Ocorre quando é feita
Consiste na “invocação” de alguém ou de alguma coisa a omissão de um termo já mencionado anteriormente.
personificada, de acordo com o objetivo do discurso, que Ele gosta de geografia; eu, de português. (eu gosto de
pode ser poético, sagrado ou profano. Caracteriza-se pelo português)
chamamento do receptor da mensagem, seja ele imaginá- Na casa dela só havia móveis antigos; na minha, só mo-
rio ou não. A introdução da apóstrofe interrompe a linha de dernos. (só havia móveis)
pensamento do discurso, destacando-se assim a entidade Ela gosta de natação; eu, de vôlei. (gosto de)
a que se dirige e a ideia que se pretende pôr em evidên-
cia com tal invocação. Realiza-se por meio do vocativo. Silepse
Exemplos:
Moça, que fazes aí parada? A silepse é a concordância que se faz com o termo que
“Pai Nosso, que estais no céu” não está expresso no texto, mas, sim, subentendido. É uma
Deus, ó Deus! Onde estás? concordância anormal, psicológica, porque se faz com um
termo oculto, facilmente identificado. Há três tipos de si-
Gradação lepse: de gênero, número e pessoa.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Silepse de Pessoa - Três são as pessoas gramaticais: Observação: o pleonasmo só tem razão de ser quan-
eu, tu e ele (as três pessoas do singular); nós, vós, eles (as do confere mais vigor à frase; caso contrário, torna-se um
três do plural). A silepse de pessoa ocorre quando há um pleonasmo vicioso:
desvio de concordância. O verbo, mais uma vez, não con- Vi aquela cena com meus próprios olhos.
corda com o sujeito da oração, mas sim com a pessoa que Vamos subir para cima.
está inscrita no sujeito. Exemplos: Ele desceu pra baixo.
O que não compreendo é como os brasileiros persista-
mos em aceitar essa situação. Anáfora
Os agricultores temos orgulho de nosso trabalho.
“Dizem que os cariocas somos poucos dados aos jardins É a repetição de uma ou mais palavras no início de vá-
públicos.” (Machado de Assis) rias frases, criando, assim, um efeito de reforço e de coe-
rência. Pela repetição, a palavra ou expressão em causa é
Observe que os verbos persistamos, temos e somos não posta em destaque, permitindo ao escritor valorizar de-
concordam gramaticalmente com os seus sujeitos (brasilei- terminado elemento textual. Os termos anafóricos podem
ros, agricultores e cariocas, que estão na terceira pessoa), muitas vezes ser substituídos por pronomes.
mas com a ideia que neles está contida (nós, os brasileiros, Encontrei um amigo ontem. Ele me disse que te conhe-
os agricultores e os cariocas). cia.
“Tudo cura o tempo, tudo gasta, tudo digere, tudo aca-
Polissíndeto / Assíndeto ba.” (Padre Vieira)
Para estudarmos as duas figuras de construção é ne- Anacoluto
cessário recordar um conceito estudado em sintaxe sobre
período composto. No período composto por coordena- Consiste na mudança da construção sintática no meio
ção, podemos ter orações sindéticas ou assindéticas. A da frase, ficando alguns termos desligados do resto do pe-
oração coordenada ligada por uma conjunção (conectivo)
ríodo. É a quebra da estrutura normal da frase para a intro-
é sindética; a oração que não apresenta conectivo é assin-
dução de uma palavra ou expressão sem nenhuma ligação
dética. Recordado esse conceito, podemos definir as duas
sintática com as demais.
figuras de construção:
Esses alunos da escola, não se pode duvidar deles.
Morrer, todo haveremos de morrer.
1) Polissíndeto - É uma figura caracterizada pela repe-
Aquele garoto, você não disse que ele chegaria logo?
tição enfática dos conectivos. Observe o exemplo: O meni-
no resmunga, e chora, e grita, e ninguém faz nada.
A expressão “esses alunos da escola”, por exemplo,
2) Assíndeto - É uma figura caracterizada pela ausên- deveria exercer a função de sujeito. No entanto, há uma
cia, pela omissão das conjunções coordenativas, resultando interrupção da frase e esta expressão fica à parte, não exer-
no uso de orações coordenadas assindéticas. Exemplos: cendo nenhuma função sintática. O anacoluto também é
Tens casa, tens roupa, tens amor, tens família. chamado de “frase quebrada”, pois corresponde a uma in-
“Vim, vi, venci.” (Júlio César) terrupção na sequência lógica do pensamento.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Figuras de Som
Aliteração - Consiste na repetição de consoantes como recurso para intensificação do ritmo ou como efeito sonoro
significativo.
Três pratos de trigo para três tigres tristes.
Vozes veladas, veludosas vozes... (Cruz e Sousa)
Quem com ferro fere com ferro será ferido.
Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil8.php
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
Questões
1-) (DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO EM BIBLIOTECO-
NOMIA – FGV/2014 - adaptada) Ao dizer que os shoppings são “cidades”, o autor do texto faz uso de um tipo de linguagem
figurada denominada
(A) metonímia.
(B) eufemismo.
(C) hipérbole.
(D) metáfora.
(E) catacrese.
1-) A metáfora consiste em retirar uma palavra de seu contexto convencional (denotativo) e transportá-la para um novo
campo de significação (conotativa), por meio de uma comparação implícita, de uma similaridade existente entre as duas.
(Fonte:http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/metafora-figura-de-palavra-variacoes-e-exemplos.htm)
RESPOSTA: “D”.
A) metonímia
B) prosopopeia
C) hipérbole
D) eufemismo
E) onomatopeia
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LÍNGUA PORTUGUESA
2-) “Eufemismo = é o emprego de uma expressão mais Normalmente, numa prova, o candidato deve:
suave, mais nobre ou menos agressiva, para comunicar al-
guma coisa áspera, desagradável ou chocante”. No caso da 1- Identificar os elementos fundamentais de uma ar-
tirinha, é utilizada a expressão “deram suas vidas por nós” gumentação, de um processo, de uma época (neste caso,
no lugar de “que morreram por nós”. procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o
RESPOSTA: “D”. tempo).
2- Comparar as relações de semelhança ou de diferen-
3-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/ ças entre as situações do texto.
UFAL/2014) 3- Comentar/relacionar o conteúdo apresentado com
Está tão quente que dá para fritar um ovo no asfalto. uma realidade.
O dito popular é, na maioria das vezes, uma figura de 4- Resumir as ideias centrais e/ou secundárias.
linguagem. Entre as 14h30min e às 15h desta terça-feira, 5- Parafrasear = reescrever o texto com outras pala-
horário do dia em que o calor é mais intenso, a tempera- vras.
tura do asfalto, medida com um termômetro de contato,
chegou a 65ºC. Para fritar um ovo, seria preciso que o local Condições básicas para interpretar
alcançasse aproximadamente 90ºC.
Disponível em: http://zerohora.clicrbs.com.br. Acesso Fazem-se necessários:
em: 22 jan. 2014. - Conhecimento histórico-literário (escolas e gêneros
literários, estrutura do texto), leitura e prática;
O texto cita que o dito popular “está tão quente que - Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do
dá para fritar um ovo no asfalto” expressa uma figura de texto) e semântico;
linguagem. O autor do texto refere-se a qual figura de lin-
guagem? Observação – na semântica (significado das palavras)
A) Eufemismo. incluem-se: homônimos e parônimos, denotação e conota-
B) Hipérbole. ção, sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de lingua-
C) Paradoxo. gem, entre outros.
D) Metonímia.
E) Hipérbato. - Capacidade de observação e de síntese;
- Capacidade de raciocínio.
3-) A expressão é um exagero! Ela serve apenas para
representar o calor excessivo que está fazendo. A figura
Interpretar / Compreender
que é utilizada “mil vezes” (!) para atingir tal objetivo é a
hipérbole.
Interpretar significa:
RESPOSTA: “B”.
- Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
- Através do texto, infere-se que...
- É possível deduzir que...
- O autor permite concluir que...
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL - Qual é a intenção do autor ao afirmar que...
Compreender significa
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacio- - entendimento, atenção ao que realmente está escrito.
nadas entre si, formando um todo significativo capaz de - o texto diz que...
produzir interação comunicativa (capacidade de codificar - é sugerido pelo autor que...
e decodificar). - de acordo com o texto, é correta ou errada a afirma-
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. ção...
Em cada uma delas, há uma informação que se liga com - o narrador afirma...
a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a
estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interli- Erros de interpretação
gação dá-se o nome de contexto. O relacionamento entre
as frases é tão grande que, se uma frase for retirada de seu - Extrapolação (“viagem”) = ocorre quando se sai do
contexto original e analisada separadamente, poderá ter contexto, acrescentando ideias que não estão no texto,
um significado diferente daquele inicial. quer por conhecimento prévio do tema quer pela imagi-
Intertexto - comumente, os textos apresentam refe- nação.
rências diretas ou indiretas a outros autores através de cita- - Redução = é o oposto da extrapolação. Dá-se aten-
ções. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. ção apenas a um aspecto (esquecendo que um texto é um
Interpretação de texto - o objetivo da interpretação conjunto de ideias), o que pode ser insuficiente para o en-
de um texto é a identificação de sua ideia principal. A partir tendimento do tema desenvolvido.
daí, localizam-se as ideias secundárias - ou fundamenta- - Contradição = às vezes o texto apresenta ideias con-
ções -, as argumentações - ou explicações -, que levam ao trárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivo-
esclarecimento das questões apresentadas na prova. cadas e, consequentemente, errar a questão.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Observação - Muitos pensam que existem a ótica do - Observe as relações interparágrafos. Um parágrafo
escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa geralmente mantém com outro uma relação de continua-
prova de concurso, o que deve ser levado em consideração ção, conclusão ou falsa oposição. Identifique muito bem
é o que o autor diz e nada mais. essas relações.
- Sublinhe, em cada parágrafo, o tópico frasal, ou seja,
Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que a ideia mais importante.
relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. - Nos enunciados, grife palavras como “correto” ou
Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um “incorreto”, evitando, assim, uma confusão na hora da
pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um prono- resposta – o que vale não somente para Interpretação de
me oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se Texto, mas para todas as demais questões!
vai dizer e o que já foi dito. - Se o foco do enunciado for o tema ou a ideia princi-
pal, leia com atenção a introdução e/ou a conclusão.
Observação – São muitos os erros de coesão no dia - Olhe com especial atenção os pronomes relativos,
a dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc., cha-
do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do mados vocábulos relatores, porque remetem a outros vo-
verbo; aquele, do seu antecedente. Não se pode esquecer cábulos do texto.
também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor
semântico, por isso a necessidade de adequação ao ante- Fontes de pesquisa:
cedente. http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portu-
Os pronomes relativos são muito importantes na in- gues/como-interpretar-textos
terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de http://portuguesemfoco.com/pf/09-dicas-para-me-
coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que lhorar-a-interpretacao-de-textos-em-provas
existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, http://www.portuguesnarede.com/2014/03/dicas-pa-
a saber: ra-voce-interpretar-melhor-um.html
- que (neutro) - relaciona-se com qualquer anteceden- http://vestibular.uol.com.br/cursinho/questoes/ques-
te, mas depende das condições da frase. tao-117-portugues.htm
- qual (neutro) idem ao anterior.
- quem (pessoa) Questões
- cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois
o objeto possuído. 1-) (SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO PÚ-
- como (modo) BLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM ELETRÔ-
- onde (lugar) NICA – IADES/2014)
- quando (tempo)
- quanto (montante) Gratuidades
Exemplo: Crianças com até cinco anos de idade e adultos com
Falou tudo QUANTO queria (correto) mais de 65 anos de idade têm acesso livre ao Metrô-DF.
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria Para os menores, é exigida a certidão de nascimento e, para
aparecer o demonstrativo O). os idosos, a carteira de identidade. Basta apresentar um
documento de identificação aos funcionários posicionados
Dicas para melhorar a interpretação de textos no bloqueio de acesso.
Disponível em: <http://www.metro.df.gov.br/estacoes/
- Leia todo o texto, procurando ter uma visão geral do gratuidades.html> Acesso em: 3/3/2014, com adaptações.
assunto. Se ele for longo, não desista! Há muitos candidatos
na disputa, portanto, quanto mais informação você absorver Conforme a mensagem do primeiro período do texto,
com a leitura, mais chances terá de resolver as questões. assinale a alternativa correta.
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa (A) Apenas as crianças com até cinco anos de idade
a leitura. e os adultos com 65 anos em diante têm acesso livre ao
- Leia, leia bem, leia profundamente, ou seja, leia o tex- Metrô-DF.
to, pelo menos, duas vezes – ou quantas forem necessárias. (B) Apenas as crianças de cinco anos de idade e os
- Procure fazer inferências, deduções (chegar a uma adultos com mais de 65 anos têm acesso livre ao Metrô-DF.
conclusão). (C) Somente crianças com, no máximo, cinco anos de
- Volte ao texto quantas vezes precisar. idade e adultos com, no mínimo, 66 anos têm acesso livre
- Não permita que prevaleçam suas ideias sobre as ao Metrô-DF.
do autor. (D) Somente crianças e adultos, respectivamente, com
- Fragmente o texto (parágrafos, partes) para melhor cinco anos de idade e com 66 anos em diante, têm acesso
compreensão. livre ao Metrô-DF.
- Verifique, com atenção e cuidado, o enunciado de (E) Apenas crianças e adultos, respectivamente, com
cada questão. até cinco anos de idade e com 65 anos em diante, têm
- O autor defende ideias e você deve percebê-las. acesso livre ao Metrô-DF.
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LÍNGUA PORTUGUESA
1-) Dentre as alternativas apresentadas, a única que 3-) Recorramos ao texto: “Localizada às margens do
condiz com as informações expostas no texto é “Somente Lago Paranoá, no Setor de Clubes Esportivos Norte (ao
crianças com, no máximo, cinco anos de idade e adultos lado do Museu de Arte de Brasília – MAB), está a Concha
com, no mínimo, 66 anos têm acesso livre ao Metrô-DF”. Acústica do DF. Projetada por Oscar Niemeyer”. As infor-
RESPOSTA: “C”. mações contidas nas demais alternativas são incoerentes
com o texto.
2-) (SUSAM/AM – TÉCNICO (DIREITO) – FGV/2014 - RESPOSTA: “A”.
adaptada) “Se alguém que é gay procura Deus e tem boa
vontade, quem sou eu para julgá‐lo?” a declaração do
Papa Francisco, pronunciada durante uma entrevista à im-
prensa no final de sua visita ao Brasil, ecoou como um TIPOLOGIA TEXTUAL
trovão mundo afora. Nela existe mais forma que substância
– mas a forma conta”. (...)
(Axé Silva, O Mundo, setembro 2013)
A todo o momento nos deparamos com vários textos,
O texto nos diz que a declaração do Papa ecoou como sejam eles verbais ou não verbais. Em todos há a presença
um trovão mundo afora. Essa comparação traz em si mes- do discurso, isto é, a ideia intrínseca, a essência daquilo
ma dois sentidos, que são que está sendo transmitido entre os interlocutores. Estes
(A) o barulho e a propagação. interlocutores são as peças principais em um diálogo ou
(B) a propagação e o perigo. em um texto escrito.
(C) o perigo e o poder. É de fundamental importância sabermos classificar os
(D) o poder e a energia. textos com os quais travamos convivência no nosso dia a
(E) a energia e o barulho. dia. Para isso, precisamos saber que existem tipos textuais
e gêneros textuais.
Comumente relatamos sobre um acontecimento, um
2-) Ao comparar a declaração do Papa Francisco a um
fato presenciado ou ocorrido conosco, expomos nossa opi-
trovão, provavelmente a intenção do autor foi a de mostrar
nião sobre determinado assunto, descrevemos algum lugar
o “barulho” que ela causou e sua propagação mundo afora.
que visitamos, fazemos um retrato verbal sobre alguém
Você pode responder à questão por eliminação: a segun-
que acabamos de conhecer ou ver. É exatamente nessas
da opção das alternativas relaciona-se a “mundo afora”, ou
situações corriqueiras que classificamos os nossos textos
seja, que se propaga, espalha. Assim, sobraria apenas a al- naquela tradicional tipologia: Narração, Descrição e Dis-
ternativa A! sertação.
RESPOSTA: “A”.
As tipologias textuais caracterizam-se pelos aspec-
3-) (SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO PÚ- tos de ordem linguística
BLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM CONTABI-
LIDADE – IADES/2014 - adaptada) Os tipos textuais designam uma sequência definida
Concha Acústica pela natureza linguística de sua composição. São observa-
Localizada às margens do Lago Paranoá, no Setor de dos aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações
Clubes Esportivos Norte (ao lado do Museu de Arte de lógicas. Os tipos textuais são o narrativo, descritivo, argu-
Brasília – MAB), está a Concha Acústica do DF. Projetada mentativo/dissertativo, injuntivo e expositivo.
por Oscar Niemeyer, foi inaugurada oficialmente em 1969
e doada pela Terracap à Fundação Cultural de Brasília (hoje - Textos narrativos – constituem-se de verbos de ação
Secretaria de Cultura), destinada a espetáculos ao ar livre. demarcados no tempo do universo narrado, como também
Foi o primeiro grande palco da cidade. de advérbios, como é o caso de antes, agora, depois, entre
Disponível em: <http://www.cultura.df.gov.br/nossa- outros: Ela entrava em seu carro quando ele apareceu. De-
cultura/concha- acustica.html>. Acesso em: 21/3/2014, pois de muita conversa, resolveram...
com adaptações.
- Textos descritivos – como o próprio nome indica,
Assinale a alternativa que apresenta uma mensagem descrevem características tanto físicas quanto psicológicas
compatível com o texto. acerca de um determinado indivíduo ou objeto. Os tempos
(A) A Concha Acústica do DF, que foi projetada por Os- verbais aparecem demarcados no presente ou no pretérito
car Niemeyer, está localizada às margens do Lago Paranoá, imperfeito: “Tinha os cabelos mais negros como a asa da
no Setor de Clubes Esportivos Norte. graúna...”
(B) Oscar Niemeyer projetou a Concha Acústica do DF
em 1969. - Textos expositivos – Têm por finalidade explicar um
(C) Oscar Niemeyer doou a Concha Acústica ao que assunto ou uma determinada situação que se almeje de-
hoje é a Secretaria de Cultura do DF. senvolvê-la, enfatizando acerca das razões de ela aconte-
(D) A Terracap transformou-se na Secretaria de Cultura cer, como em: O cadastramento irá se prorrogar até o dia 02
do DF. de dezembro, portanto, não se esqueça de fazê-lo, sob pena
(E) A Concha Acústica foi o primeiro palco de Brasília. de perder o benefício.
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c) Outras frases são construídas com verbos intransiti- Neste caso, há uma oração adjetiva intercalada.
vos, que não têm complemento: As orações adjetivas explicativas desempenham fre-
O menino morreu na Alemanha. (sujeito + verbo + ad- quentemente um papel semelhante ao do aposto explicati-
junto adverbial) vo, por isto são também isoladas por vírgula.
A globalização nasceu no século XX. (idem)
d) Há ainda frases nominais que não possuem verbos: A globalização causa, caro leitor, desemprego no Brasil…
cada macaco no seu galho. Nestes tipos de frase, a ordem Neste outro caso, há um vocativo entre o verbo e o seu
direta faz-se naturalmente. Usam-se apenas os termos complemento.
existentes nelas.
A globalização causa desemprego, e isto é lamentável,
Levando em consideração a ordem direta, podemos no Brasil…
estabelecer três regras básicas para o uso da vírgula: Aqui, há uma oração intercalada (note que ela não per-
1)Se os termos estão colocados na ordem direta não tence ao assunto: globalização, da frase principal, tal ora-
haverá a necessidade de vírgulas. A frase (2) é um exemplo ção é apenas um comentário à parte entre o complemento
disto: verbal e os adjuntos).
A globalização está causando desemprego no Brasil e na
América Latina. Observação: a simples negação em uma frase não exi-
ge vírgula: A globalização não causou desemprego no Brasil
Todavia, ao repetir qualquer um dos termos da oração e na América Latina.
por três vezes ou mais, então é necessário usar a vírgula,
mesmo que estejamos usando a ordem direta. Esta é a re- 3)Quando “quebramos” a ordem direta, invertendo-a,
gra básica nº1 para a colocação da vírgula. Veja: tal quebra torna a vírgula necessária. Esta é a regra nº3 da
A globalização, a tecnologia e a “ciranda financeira” colocação da vírgula.
causam desemprego…
(três núcleos do sujeito) No Brasil e na América Latina, a globalização está cau-
sando desemprego…
A globalização causa desemprego no Brasil, na América No fim do século XX, a globalização causou desemprego
Latina e na África. no Brasil…
(três adjuntos adverbiais)
Nota-se que a quebra da ordem direta frequentemente
A globalização está causando desemprego, insatisfação se dá com a colocação das circunstâncias antes do sujeito.
e sucateamento industrial no Brasil e na América Latina. Trata-se da ordem inversa. Estas circunstâncias, em gramá-
(três complementos verbais) tica, são representadas pelos adjuntos adverbiais. Muitas
vezes, elas são colocadas em orações chamadas adverbiais
2)Em princípio, não devemos, na ordem direta, sepa- que têm uma função semelhante a dos adjuntos adverbiais,
rar com vírgula o sujeito e o verbo, nem o verbo e o seu isto é, denotam tempo, lugar, etc. Exemplos:
complemento, nem o complemento e as circunstâncias, ou
seja, não devemos separar com vírgula os termos da ora- Quando o século XX estava terminando, a globalização
ção. Veja exemplos de tal incorreção: começou a causar desemprego.
Enquanto os países portadores de alta tecnologia de-
O Brasil, será feliz. A globalização causa, o desemprego. senvolvem-se, a globalização causa desemprego nos países
pobres.
Ao intercalarmos alguma palavra ou expressão entre Durante o século XX, a Globalização causou desempre-
os termos da oração, cabe isolar tal termo entre vírgulas, go no Brasil.
assim o sentido da ideia principal não se perderá. Esta é
a regra básica nº 2 para a colocação da vírgula. Dito em Observação: quanto à equivalência e transformação de
outras palavras: quando intercalamos expressões e frases estruturas, um exemplo muito comum cobrado em provas
entre os termos da oração, devemos isolar os mesmos com é o enunciado trazer uma frase no singular e pedir a passa-
vírgulas. Vejamos: gem para o plural, mantendo o sentido. Outro exemplo é a
A globalização, fenômeno econômico deste fim de sécu- mudança de tempos verbais.
lo XX, causa desemprego no Brasil.
Fonte de pesquisa:
Aqui um aposto à globalização foi intercalado entre o http://ricardovigna.wordpress.com/2009/02/02/estu-
sujeito e o verbo. dos-de-linguagem-1-estrutura-frasal-e-pontuacao/
Outros exemplos:
A globalização, que é um fenômeno econômico e cultu-
ral, está causando desemprego no Brasil e na América Lati-
na.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Questões
ESTRUTURA TEXTUAL
1-) (TRF/3ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014
- adaptada)
Reunir-se para ouvir alguém ler tornou-se uma prática
necessária e comum no mundo laico da Idade Média. Até Primeiramente, o que nos faz produzir um texto é a ca-
a invenção da imprensa, a alfabetização era rara e os livros, pacidade que temos de pensar. Por meio do pensamento,
propriedade dos ricos, privilégio de um pequeno punhado elaboramos todas as informações que recebemos e orien-
de leitores. tamos as ações que interferem na realidade e organização
Embora alguns desses senhores afortunados ocasional- de nossos escritos. O que lemos é produto de um pensa-
mente emprestassem seus livros, eles o faziam para um nú- mento transformado em texto.
mero limitado de pessoas da própria classe ou família. Logo, como cada um de nós tem seu modo de pen-
(Adaptado de: MANGUEL, Alberto, op.cit.) sar, quando escrevemos sempre procuramos uma maneira
organizada do leitor compreender as nossas ideias. A fina-
Mantêm-se a correção e as relações de sentido estabe- lidade da escrita é direcionar totalmente o que você quer
lecidas no texto, substituindo-se Embora (2.º parágrafo) por dizer, por meio da comunicação.
(A) Contudo. Para isso, os elementos que compõem o texto se sub-
(B) Desde que. dividem em: introdução, desenvolvimento e conclusão. To-
(C) Porquanto. dos eles devem ser organizados de maneira equilibrada.
(D) Uma vez que.
(E) Conquanto. Introdução
1-) “Embora” é uma conjunção concessiva (apresenta Caracterizada pela entrada no assunto e a argumenta-
uma exceção à regra). A outra conjunção concessiva é “con- ção inicial. A ideia central do texto é apresentada nessa eta-
quanto”. pa. Essa apresentação deve ser direta, sem rodeios. O seu
RESPOSTA: “E”. tamanho raramente excede a 1/5 de todo o texto. Porém,
em textos mais curtos, essa proporção não é equivalente.
2-) (PRODEST/ES – ASSISTENTE ORGANIZACIONAL – Neles, a introdução pode ser o próprio título. Já nos textos
VUNESP/2014 - adaptada) Considere o trecho: “Se o senhor mais longos, em que o assunto é exposto em várias pági-
não se importa, vou levar minha sobrinha ao dentista, mas nas, ela pode ter o tamanho de um capítulo ou de uma par-
posso quebrar o galho e fazer sua corrida”. Esse trecho está te precedida por subtítulo. Nessa situação, pode ter vários
corretamente reescrito e mantém o sentido em: parágrafos. Em redações mais comuns, que em média têm
(A) Uma vez que o senhor não se importe, vou levar mi- de 25 a 80 linhas, a introdução será o primeiro parágrafo.
nha sobrinha ao dentista, assim que possa quebrar o galho
e fazer sua corrida. Desenvolvimento
(B) Já que o senhor não se importa, vou levar minha so-
brinha ao dentista, porque posso quebrar o galho e fazer A maior parte do texto está inserida no desenvol-
sua corrida. vimento, que é responsável por estabelecer uma ligação
(C) À medida que o senhor não se importe, vou levar entre a introdução e a conclusão. É nessa etapa que são
minha sobrinha ao dentista, logo que possa quebrar o galho elaboradas as ideias, os dados e os argumentos que sus-
e fazer sua corrida. tentam e dão base às explicações e posições do autor. É ca-
(D) Caso o senhor não se importe, vou levar minha so- racterizado por uma “ponte” formada pela organização das
brinha ao dentista, no entanto posso quebrar o galho e fazer ideias em uma sequência que permite formar uma relação
sua corrida. equilibrada entre os dois lados.
(E) Para que o senhor não se importe, vou levar minha O autor do texto revela sua capacidade de discutir um
sobrinha ao dentista, todavia posso quebrar o galho e fazer determinado tema no desenvolvimento, e é através desse
sua corrida. que o autor mostra sua capacidade de defender seus pon-
tos de vista, além de dirigir a atenção do leitor para a con-
2-) “Se o senhor não se importa, vou levar minha so- clusão. As conclusões são fundamentadas a partir daqui.
brinha ao dentista, mas posso quebrar o galho e fazer sua Para que o desenvolvimento cumpra seu objetivo, o es-
corrida” critor já deve ter uma ideia clara de como será a conclusão.
O primeiro período é introduzido por uma conjunção Daí a importância em planejar o texto.
condicional (“se”); o segundo, conjunção adversativa. As Em média, o desenvolvimento ocupa 3/5 do texto, no
conjunções apresentadas que têm a mesma classificação, mínimo. Já nos textos mais longos, pode estar inserido em
respectivamente, e que, por isso, poderiam substituir ade- capítulos ou trechos destacados por subtítulos. Apresentar-
quadamente as destacadas no enunciado são “caso” e “no se-á no formato de parágrafos medianos e curtos.
entanto”. Acredito que, mesmo que você não saiba a clas- Os principais erros cometidos no desenvolvimento são
sificação das conjunções, conseguiria responder à questão o desvio e a desconexão da argumentação. O primeiro está
apenas utilizando a coerência: as demais alternativas não relacionado ao autor tomar um argumento secundário que
a têm. se distancia da discussão inicial, ou quando se concentra
RESPOSTA: “D”. em apenas um aspecto do tema e esquece o seu todo. O
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Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto é “Vossa - deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de
Excelência está atarefado”, “Vossa Senhoria deve estar satis- corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas
feito”; se for mulher, “Vossa Excelência está atarefada”, “Vossa de rodapé;
Senhoria deve estar satisfeita”. - para símbolos não existentes na fonte Times New Ro-
No envelope, o endereçamento das comunicações diri- man poder-se-á utilizar as fontes Symbol e Wingdings;
gidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência, terá a se- - é obrigatório constar a partir da segunda página o
guinte forma: número da página;
- os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser
A Sua Excelência o Senhor impressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as mar-
Fulano de Tal gens esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas
Ministro de Estado da Justiça páginas pares (“margem espelho”);
70.064-900 – Brasília. DF - o campo destinado à margem lateral esquerda terá,
no mínimo, 3,0 cm de largura;
A Sua Excelência o Senhor
- o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de
Senador Fulano de Tal
distância da margem esquerda;
Senado Federal
70.165-900 – Brasília. DF - o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5
cm;
Senhor Ministro, - deve ser utilizado espaçamento simples entre as li-
Submeto a Vossa Excelência projeto (...) nhas e de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor
de texto utilizado não comportar tal recurso, de uma linha
Fechos para Comunicações em branco;
O fecho das comunicações oficiais possui, além da fina- - não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sub-
lidade de arrematar o texto, a de saudar o destinatário. Os linhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bor-
modelos para fecho que vinham sendo utilizados foram re- das ou qualquer outra forma de formatação que afete a
gulados pela Portaria nº1 do Ministério da Justiça, de 1937, elegância e a sobriedade do documento;
que estabelecia quinze padrões. Com o fito de simplificá-los - a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em
e uniformiza-los, este Manual estabelece o emprego de so- papel branco. A impressão colorida deve ser usada apenas
mente dois fechos diferentes para todas as modalidades de para gráficos e ilustrações;
comunicação oficial: - todos os tipos de documentos do Padrão Ofício de-
a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente vem ser impressos em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7
da República: Respeitosamente, x 21,0 cm;
b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hie- - deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de
rarquia inferior: Atenciosamente, arquivo Rich Text nos documentos de texto;
- dentro do possível, todos os documentos elabora-
Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas dos devem ter o arquivo de texto preservado para consulta
a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradição pró- posterior ou aproveitamento de trechos para casos análo-
prios, devidamente disciplinados no Manual de Redação do gos;
Ministério das Relações Exteriores. - para facilitar a localização, os nomes dos arquivos de-
vem ser formados da seguinte maneira:
Identificação do Signatário
tipo do documento + número do documento + pala-
Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da
vras-chaves do conteúdo
República, todas as demais comunicações oficiais devem trazer
Ex.: “Of. 123 - relatório produtividade ano 2002”
o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local
de sua assinatura. A forma da identificação deve ser a seguinte:
Aviso e Ofício
(espaço para assinatura)
Nome Definição e Finalidade
Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial
praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que
(espaço para assinatura) o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado,
Nome para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofí-
Ministro de Estado da Justiça cio é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm
como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos ór-
Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assi- gãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofício,
natura em página isolada do expediente. Transfira para essa também com particulares.
página ao menos a última frase anterior ao fecho.
Forma e Estrutura
Forma de diagramação Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo
Os documentos do Padrão Ofício devem obedecer à do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o
seguinte forma de apresentação: destinatário, seguido de vírgula.
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A mensagem, como os demais atos assinados pelo Pre- Forma e Estrutura - Um dos atrativos de comunica-
sidente da República, não traz identificação de seu signa- ção por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não
tário. interessa definir forma rígida para sua estrutura. Entretanto,
deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma
Telegrama comunicação oficial.
O campo “assunto” do formulário de correio eletrôni-
Definição e Finalidade - Com o fito de uniformizar a co mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a
terminologia e simplificar os procedimentos burocráticos, organização documental tanto do destinatário quanto do
passa a receber o título de telegrama toda comunicação remetente.
oficial expedida por meio de telegrafia, telex, etc. Para os arquivos anexados à mensagem, deve ser utili-
Por tratar-se de forma de comunicação dispendiosa aos zado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem
cofres públicos e tecnologicamente superada, deve restringir- que encaminha algum arquivo deve trazer informações mí-
se o uso do telegrama apenas àquelas situações que não seja nimas sobre seu conteúdo.
possível o uso de correio eletrônico ou fax e que a urgência Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de con-
justifique sua utilização. Em razão de seu custo elevado, esta firmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar
forma de comunicação deve pautar-se pela concisão. na mensagem o pedido de confirmação de recebimento.
Forma e Estrutura - Não há padrão rígido, devendo- Valor documental - Nos termos da legislação em vi-
se seguir a forma e a estrutura dos formulários disponíveis gor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor
nas agências dos Correios e em seu sítio na Internet. documental, e para que possa ser aceito como documento
original, é necessário existir certificação digital que ateste
Fax a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei.
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O Presidente - regressou - (ontem). Certo: Não vejo mal em o Governo proceder assim.
2. Sujeito - verbo transitivo direto - objeto direto - (ad- Errado: Antes destes requisitos serem cumpridos, (...).
junto adverbial) Certo: Antes de estes requisitos serem cumpridos, (...).
O Chefe da Divisão - assinou - o termo de posse - (na
manhã de terça-feira). Errado: Apesar da Assessoria ter informado em tempo, (...).
Certo: Apesar de a Assessoria ter informado em tempo, (...).
3. Sujeito - verbo transitivo indireto - objeto indireto -
(adjunto adverbial). Frases Fragmentadas
O Brasil - precisa - de gente honesta - (em todos os se- A fragmentação de frases “consiste em pontuar uma
tores). oração subordinada ou uma simples locução como se fosse
uma frase completa”. Decorre da pontuação errada de uma
frase simples. Embora seja usada como recurso estilístico na
4. Sujeito - verbo transitivo direto e indireto - obj. dire-
literatura, a fragmentação de frases deve ser evitada nos
to - obj. indireto - (adj. Adv.)
textos oficiais, pois muitas vezes dificulta a compreensão.
Os desempregados - entregaram - suas reivindicações -
Exemplo:
ao Deputado - (no Congresso). Errado: O programa recebeu a aprovação do Congresso
5. Sujeito - verbo transitivo indireto - complemento ad- Nacional. Depois de ser longamente debatido.
verbial - (adjunto adverbial) Certo: O programa recebeu a aprovação do Congresso
A reunião do Grupo de Trabalho - ocorrerá - em Buenos Nacional, depois de ser longamente debatido.
Aires - (na próxima semana). Certo: Depois de ser longamente debatido, o programa re-
O Presidente - voltou - da Europa - (na sexta-feira) cebeu a aprovação do Congresso Nacional.
6. Sujeito - verbo de ligação - predicativo - (adjunto ad- Errado: O projeto de Convenção foi oportunamente sub-
verbial) metido ao Presidente da República, que o aprovou. Consultadas
O problema - será - resolvido - prontamente. as áreas envolvidas na elaboração do texto legal.
Certo: O projeto de Convenção foi oportunamente subme-
Estes seriam os padrões básicos para as orações, ou seja, tido ao Presidente da República, que o aprovou, consultadas as
as frases que possuem apenas um verbo conjugado. Na cons- áreas envolvidas na elaboração do texto legal.
trução de períodos, as várias funções podem ocorrer em or-
dem inversa à mencionada, misturando-se e confundindo-se. Erros de Paralelismo
Não interessa aqui análise exaustiva de todos os padrões exis- Uma das convenções estabelecidas na linguagem escrita
tentes na língua portuguesa. O que importa é fixar a ordem “consiste em apresentar ideias similares numa forma gramati-
normal dos elementos nesses seis padrões básicos. Acrescen- cal idêntica”, o que se chama de paralelismo. Assim, incorre-se
te-se que períodos mais complexos, compostos por duas ou em erro ao conferir forma não paralela a elementos paralelos.
mais orações, em geral podem ser reduzidos aos padrões bá- Vejamos alguns exemplos:
sicos (de que derivam).
Os problemas mais frequentemente encontrados na Errado: Pelo aviso circular recomendou-se aos Ministérios eco-
construção de frases dizem respeito à má pontuação, à am- nomizar energia e que elaborassem planos de redução de despesas.
biguidade da ideia expressa, à elaboração de falsos paralelis-
Na frase temos, nas duas orações subordinadas que com-
mos, erros de comparação, etc. Decorrem, em geral, do des-
pletam o sentido da principal, duas estruturas diferentes para
conhecimento da ordem das palavras na frase. Indicam-se, a
ideias equivalentes: a primeira oração (economizar energia) é
seguir, alguns desses defeitos mais comuns e recorrentes na
reduzida de infinitivo, enquanto a segunda (que elaborassem
construção de frases, registrados em documentos oficiais. planos de redução de despesas) é uma oração desenvolvida
introduzida pela conjunção integrante que. Há mais de uma
Sujeito possibilidade de escrevê-la com clareza e correção; uma seria
Como dito, o sujeito é o ser de quem se fala ou que exe- a de apresentar as duas orações subordinadas como desen-
cuta a ação enunciada na oração. Ele pode ter complemen- volvidas, introduzidas pela conjunção integrante que:
to, mas não ser complemento. Devem ser evitadas, portanto,
construções como: Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se aos Ministérios
que economizassem energia e (que) elaborassem planos para
Errado: É tempo do Congresso votar a emenda. redução de despesas.
Certo: É tempo de o Congresso votar a emenda.
Outra possibilidade: as duas orações são apresentadas
Errado: Apesar das relações entre os países estarem cor- como reduzidas de infinitivo:
tadas, (...). Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se aos Ministérios
Certo: Apesar de as relações entre os países estarem cor- economizar energia e elaborar planos para redução de despesas.
tadas, (...).
Nas duas correções respeita-se a estrutura paralela na
Errado: Não vejo mal no Governo proceder assim. coordenação de orações subordinadas.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Mais um exemplo de frase inaceitável na língua escrita culta: Certo: O salário de um professor é mais baixo do que o de
Errado: No discurso de posse, mostrou determinação, não um médico.
ser inseguro, inteligência e ter ambição.
Errado: O alcance do Decreto é diferente da Portaria.
O problema aqui decorre de coordenar palavras (subs- Novamente, a não repetição dos termos comparados
tantivos) com orações (reduzidas de infinitivo). confunde. Alternativas para correção:
Para tornar a frase clara e correta, pode-se optar ou por Certo: O alcance do Decreto é diferente do alcance da Por-
transformá-la em frase simples, substituindo as orações redu- taria.
zidas por substantivos: Certo: O alcance do Decreto é diferente do da Portaria.
Certo: No discurso de posse, mostrou determinação, segu- Errado: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas
rança, inteligência e ambição. do que os Ministérios do Governo.
No exemplo acima, a omissão da palavra “outros” (ou
Atentemos, ainda, para o problema inverso, o falso pa- “demais”) acarretou imprecisão:
ralelismo, que ocorre ao se dar forma paralela (equivalente) Certo: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas do
a ideias de hierarquia diferente ou, ainda, ao se apresentar, que os outros Ministérios do Governo.
de forma paralela, estruturas sintáticas distintas: Certo: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas do
Errado: O Presidente visitou Paris, Bonn, Roma e o Papa. que os demais Ministérios do Governo.
Ambiguidade
Nesta frase, colocou-se em um mesmo nível cidades (Pa-
ris, Bonn, Roma) e uma pessoa (o Papa). Uma possibilidade Ambígua é a frase ou oração que pode ser tomada em
de correção é transformá-la em duas frases simples, com o mais de um sentido. Como a clareza é requisito básico de
cuidado de não repetir o verbo da primeira (visitar): todo texto oficial, deve-se atentar para as construções que
Certo: O Presidente visitou Paris, Bonn e Roma. Nesta últi- possam gerar equívocos de compreensão.
ma capital, encontrou-se com o Papa. A ambiguidade decorre, em geral, da dificuldade de
identificar a qual palavra se refere um pronome que possui
Mencionemos, por fim, o falso paralelismo provocado mais de um antecedente na terceira pessoa. Pode ocorrer
pelo uso inadequado da expressão “e que” num período que com:
não contém nenhum “que” anterior.
Errado: O novo procurador é jurista renomado, e que tem - pronomes pessoais:
sólida formação acadêmica. Ambíguo: O Ministro comunicou a seu secretariado que
ele seria exonerado.
Para corrigir a frase, suprimimos o pronome relativo: Claro: O Ministro comunicou exoneração dele a seu se-
Certo: O novo procurador é jurista renomado e tem sólida cretariado.
formação acadêmica. Ou então, caso o entendimento seja outro:
Claro: O Ministro comunicou a seu secretariado a exo-
Outro exemplo de falso paralelismo com “e que”: neração deste.
Errado: Neste momento, não se devem adotar medidas
precipitadas, e que comprometam o andamento de todo o pro- - pronomes possessivos e pronomes oblíquos:
grama. Ambíguo: O Deputado saudou o Presidente da Repúbli-
Da mesma forma com que corrigimos o exemplo anterior, ca, em seu discurso, e solicitou sua intervenção no seu Esta-
aqui podemos suprimir a conjunção: do, mas isso não o surpreendeu.
Certo: Neste momento, não se devem adotar medidas pre- Observe a multiplicidade de ambiguidade no exemplo
cipitadas, que comprometam o andamento de todo o progra- acima, a qual torna incompreensível o sentido da frase.
ma. Claro: Em seu discurso o Deputado saudou o Presidente
da República. No pronunciamento, solicitou a intervenção
Erros de Comparação
federal em seu Estado, o que não surpreendeu o Presidente
da República.
A omissão de certos termos ao fazermos uma compara-
ção, omissão própria da língua falada, deve ser evitada na lín-
- pronome relativo:
gua escrita, pois compromete a clareza do texto: nem sempre
Ambíguo: Roubaram a mesa do gabinete em que eu
é possível identificar, pelo contexto, qual o termo omitido. A
costumava trabalhar.
ausência indevida de um termo pode impossibilitar o enten-
dimento do sentido que se quer dar a uma frase: Não fica claro se o pronome relativo da segunda ora-
ção faz referência “à mesa” ou “a gabinete”. Esta ambigui-
Errado: O salário de um professor é mais baixo do que um dade se deve ao pronome relativo “que”, sem marca de gê-
médico. nero. A solução é recorrer às formas o qual, a qual, os quais,
A omissão de termos provocou uma comparação indevi- as quais, que marcam gênero e número.
da: “o salário de um professor” com “um médico”. Claro: Roubaram a mesa do gabinete no qual eu costu-
Certo: O salário de um professor é mais baixo do que o mava trabalhar.
salário de um médico. Se o entendimento é outro, então:
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LÍNGUA PORTUGUESA
Claro: Roubaram a mesa do gabinete na qual eu costu- dos pronomes de tratamento apresentados nas alternati-
mava trabalhar. vas, o pronome demonstrativo será “sua”. Descartamos, en-
tão, os itens A, C e E. Agora recorramos ao pronome ade-
Há, ainda, outro tipo de ambiguidade, que decorre da quado a ser utilizado para deputados. Segundo o Manual
dúvida sobre a que se refere a oração reduzida: de Redação Oficial, temos:
Ambíguo: Sendo indisciplinado, o Chefe admoestou o Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
funcionário. b) do Poder Legislativo: Presidente, Vice–Presidente e
Para evitar o tipo de ambiguidade do exemplo acima, Membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal
deve-se deixar claro qual o sujeito da oração reduzida. (...).
Claro: O Chefe admoestou o funcionário por ser este RESPOSTA: “D”.
indisciplinado.
2-) (ANTAQ – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE SER-
Ambíguo: Depois de examinar o paciente, uma senhora VIÇOS DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS – CESPE/2014)
chamou o médico. Considerando aspectos estruturais e linguísticos das cor-
Claro: Depois que o médico examinou o paciente, foi respondências oficiais, julgue os itens que se seguem, de
chamado por uma senhora. acordo com o Manual de Redação da Presidência da Re-
pública.
O tratamento Digníssimo deve ser empregado para to-
Fontes de pesquisa:
das as autoridades do poder público, uma vez que a dig-
http://www.redacaooficial.com.br/redacao_oficial_pu-
nidade é tida como qualidade inerente aos ocupantes de
blicacoes_ver.php?id=2
cargos públicos.
http://portuguesxconcursos.blogspot.com.br/p/reda-
( ) CERTO ( ) ERRADO
cao-oficial-para-concursos.html
2-) Vamos ao Manual: O Manual ainda preceitua que a
Questões forma de tratamento “Digníssimo” fica abolida (...) afinal, a
dignidade é condição primordial para que tais cargos públi-
1-) (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) cos sejam ocupados.
Leia o seguinte fragmento de um ofício, citado do Manual Fonte: http://www.redacaooficial.com.br/redacao_ofi-
de Redação da Presidência da República, no qual expres- cial_publicacoes_ver.php?id=2
sões foram substituídas por lacunas. RESPOSTA: “ERRADO”.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Partícula apassivadora: ligada a verbo que pede ob- Quanto ao nível informal, por sua vez, representa o es-
jeto direto, caracteriza as orações que estão na voz passi- tilo considerado “de menor prestígio”, e isto tem gerado
va sintética. É também chamada de pronome apassivador. controvérsias entre os estudos da língua, uma vez que, para
Nesse caso, não exerce função sintática, seu papel é apenas a sociedade, aquela pessoa que fala ou escreve de maneira
apassivar o verbo. errônea é considerada “inculta”, tornando-se desta forma
um estigma.
Vendem-se casas. Compondo o quadro do padrão informal da lingua-
Aluga-se carro. gem, estão as chamadas variedades linguísticas, as quais
Compram-se joias. representam as variações de acordo com as condições so-
Índice de indeterminação do sujeito: vem ligando a ciais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada.
um verbo que não é transitivo direto, tornando o sujeito Dentre elas destacam-se:
indeterminado. Não exerce propriamente uma função sin-
tática, seu papel é o de indeterminar o sujeito. Lembre-se Variações históricas: Dado o dinamismo que a lín-
de que, nesse caso, o verbo deverá estar na terceira pessoa gua apresenta, a mesma sofre transformações ao longo do
do singular. tempo. Um exemplo bastante representativo é a questão
da ortografia, se levarmos em consideração a palavra far-
Trabalha-se de dia. mácia, uma vez que a mesma era grafada com “ph”, con-
Precisa-se de vendedores. trapondo-se à linguagem dos internautas, a qual se fun-
damenta pela supressão do vocábulos. Analisemos, pois, o
Pronome reflexivo: quando a palavra se é pronome fragmento exposto:
pessoal, ela deverá estar sempre na mesma pessoa do su-
jeito da oração de que faz parte. Por isso o pronome oblí-
quo se sempre será reflexivo (equivalendo a a si mesmo), Antigamente
podendo assumir as seguintes funções sintáticas:
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e
eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos:
* objeto direto
completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas,
Ele cortou-se com o facão.
mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arras-
* objeto indireto
tando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio.”
Ele se atribui muito valor.
Carlos Drummond de Andrade
* sujeito de um infinitivo
Comparando-o à modernidade, percebemos um voca-
“Sofia deixou-se estar à janela.”
bulário antiquado.
* Texto adaptado por Por Marina Cabral Variações regionais: São os chamados dialetos, que
são as marcas determinantes referentes a diferentes re-
Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/gramatica/classi- giões. Como exemplo, citamos a palavra mandioca que,
ficacao-das-palavras-que-e-se.htm em certos lugares, recebe outras nomenclaturas, tais como:
macaxeira e aipim. Figurando também esta modalidade es-
tão os sotaques, ligados às características orais da lingua-
gem.
101
LÍNGUA PORTUGUESA
Para telha dizem teia Releva considerar, assim, o momento do discurso, que
Para telhado dizem teiado pode ser íntimo, neutro ou solene. O momento íntimo é o
E vão fazendo telhados. das liberdades da fala. No recesso do lar, na fala entre ami-
Oswald de Andrade gos, parentes, namorados, etc., portanto, são consideradas
perfeitamente normais construções do tipo:
Fonte: http://www.brasilescola.com/gramatica/varia- Eu não vi ela hoje.
coes-linguisticas.htm Ninguém deixou ele falar.
Deixe eu ver isso!
Eu te amo, sim, mas não abuse!
Níveis de linguagem Não assisti o filme nem vou assisti-lo.
Sou teu pai, por isso vou perdoá-lo.
A língua é um código de que se serve o homem para
elaborar mensagens, para se comunicar. Existem basica- Nesse momento, a informalidade prevalece sobre a
mente duas modalidades de língua, ou seja, duas línguas norma culta, deixando mais livres os interlocutores.
funcionais: O momento neutro é o do uso da língua-padrão, que
1) a língua funcional de modalidade culta, língua culta é a língua da Nação. Como forma de respeito, tomam-se
ou língua-padrão, que compreende a língua literária, tem por base aqui as normas estabelecidas na gramática, ou
por base a norma culta, forma linguística utilizada pelo seja, a norma culta. Assim, aquelas mesmas construções se
segmento mais culto e influente de uma sociedade. Cons- alteram:
titui, em suma, a língua utilizada pelos veículos de comu- Eu não a vi hoje.
nicação de massa (emissoras de rádio e televisão, jornais, Ninguém o deixou falar.
revistas, painéis, anúncios, etc.), cuja função é a de serem Deixe-me ver isso!
aliados da escola, prestando serviço à sociedade, colabo- Eu te amo, sim, mas não abuses!
rando na educação; Não assisti ao filme nem vou assistir a ele.
2) a língua funcional de modalidade popular; língua po-
Sou seu pai, por isso vou perdoar-lhe.
pular ou língua cotidiana, que apresenta gradações as mais
diversas, tem o seu limite na gíria e no calão.
Considera-se momento neutro o utilizado nos veículos
Norma culta:
de comunicação de massa (rádio, televisão, jornal, revista,
etc.). Daí o fato de não se admitirem deslizes ou transgres-
A norma culta, forma linguística que todo povo civiliza-
sões da norma culta na pena ou na boca de jornalistas,
do possui, é a que assegura a unidade da língua nacional.
quando no exercício do trabalho, que deve refletir serviço
E justamente em nome dessa unidade, tão importante do
à causa do ensino.
ponto de vista político--cultural, que é ensinada nas esco-
las e difundida nas gramáticas. Sendo mais espontânea e O momento solene, acessível a poucos, é o da arte
criativa, a língua popular afigura-se mais expressiva e dinâ- poética, caracterizado por construções de rara beleza.
mica. Temos, assim, à guisa de exemplificação: Vale lembrar, finalmente, que a língua é um costume.
Estou preocupado. (norma culta) Como tal, qualquer transgressão, ou chamado erro, deixa
Tô preocupado. (língua popular) de sê-lo no exato instante em que a maioria absoluta o co-
Tô grilado. (gíria, limite da língua popular) mete, passando, assim, a constituir fato linguístico registro
de linguagem definitivamente consagrado pelo uso, ainda
Não basta conhecer apenas uma modalidade de lín- que não tenha amparo gramatical. Exemplos:
gua; urge conhecer a língua popular, captando-lhe a es- Olha eu aqui! (Substituiu: Olha-me aqui!)
pontaneidade, expressividade e enorme criatividade, para Vamos nos reunir. (Substituiu: Vamo-nos reunir.)
viver; urge conhecer a língua culta para conviver. Não vamos nos dispersar. (Substituiu: Não nos vamos
Podemos, agora, definir gramática: é o estudo das nor- dispersar e Não vamos dispersar-nos.)
mas da língua culta. Tenho que sair daqui depressinha. (Substituiu: Tenho de
sair daqui bem depressa.)
O conceito de erro em língua: O soldado está a postos. (Substituiu: O soldado está no
seu posto.)
Em rigor, ninguém comete erro em língua, exceto nos
casos de ortografia. O que normalmente se comete são As formas impeço, despeço e desimpeço, dos verbos im-
transgressões da norma culta. De fato, aquele que, num pedir, despedir e desimpedir, respectivamente, são exemplos
momento íntimo do discurso, diz: “Ninguém deixou ele fa- também de transgressões ou “erros” que se tornaram fatos
lar”, não comete propriamente erro; na verdade, transgride linguísticos, já que só correm hoje porque a maioria viu
a norma culta. tais verbos como derivados de pedir, que tem início, na sua
Um repórter, ao cometer uma transgressão em sua fala, conjugação, com peço. Tanto bastou para se arcaizarem as
transgride tanto quanto um indivíduo que comparece a um formas então legítimas impido, despido e desimpido, que
banquete trajando xortes ou quanto um banhista, numa hoje nenhuma pessoa bem-escolarizada tem coragem de
praia, vestido de fraque e cartola. usar.
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Canal de transmissão da mensagem: faz a ligação parte do emissor, nomeadamente com o fato de se tor-
entre o emissor e o receptor e representa o meio através narem impossíveis ou pelo menos difíceis as retificações e
do qual é transmitida a mensagem. Existe uma grande as novas explicações para melhor compreensão após a sua
variedade de canais de transmissão, cada um deles com transmissão. Assim, os principais cuidados a ter para que
vantagens e inconvenientes: destacam-se o ar (no caso do a mensagem seja perfeitamente recebida e compreendida
emissor e receptor estarem frente a frente), o telefone, os pelo(s) receptor(es) são o uso de caligrafia legível e unifor-
meios eletrônicos e informáticos, os memorandos, a rádio, me (se manuscrita), a apresentação cuidada, a pontuação
a televisão, entre outros. e ortografia corretas, a organização lógica das ideias, a ri-
queza vocabular e a correção frásica. O emissor deve ainda
- Receptor da mensagem: representa quem recebe e possuir um perfeito conhecimento dos temas e deve tentar
descodifica a mensagem. Aqui é necessário ter em atenção prever as reações/feedback à sua mensagem.
que a descodificação da mensagem resulta naquilo que Como principais vantagens da comunicação escrita,
efetivamente o emissor pretendia enviar (por exemplo, em podemos destacar o fato de ser duradoura e permitir um
diferentes culturas, um mesmo gesto pode ter significados registro e de permitir uma maior atenção à organização
diferentes). Podem existir apenas um ou numerosos recep- da mensagem sendo, por isso, adequada para a transmitir
tores para a mesma mensagem. políticas, procedimentos, normas e regras. Adequa-se tam-
bém a mensagens longas e que requeiram uma maior aten-
- Ruídos: representam obstruções mais ou menos in- ção e tempo por parte do receptor tais como relatórios e
tensas ao processo de comunicação e podem ocorrer em análises diversas. Como principais desvantagens destacam-
qualquer uma das suas fases. Denominam-se ruídos inter- se a já referida ausência do receptor o que impossibilita o
nos se ocorrem durante as fases de codificação ou desco- feedback imediato, não permite correções ou explicações
dificação e externos se ocorrerem no canal de transmissão. adicionais e obriga ao uso exclusivo da linguagem verbal.
Obviamente estes ruídos variam consoante o tipo de canal
de transmissão utilizado e consoante as características do Comunicação Oral
emissor e do(s) receptor(es), sendo, por isso, um dos crité-
rios utilizados na escolha do canal de transmissão quer do No caso da comunicação oral, a sua principal caracte-
tipo de codificação. rística é a presença do receptor (exclui-se, obviamente, a
comunicação oral que utilize a televisão, a rádio, ou as gra-
- Retro-informação (feedback): representa a resposta vações). Esta característica explica diversas das suas prin-
do(s) receptor(es) ao emissor da mensagem e pode ser cipais vantagens, nomeadamente o fato de permitir o fee-
utilizada como uma medida do resultado da comunicação. dback imediato, permitir a passagem imediata do receptor
Pode ou não ser transmitida pelo mesmo canal de trans- a emissor e vice-versa, permitir a utilização de comunica-
missão. ção não verbal como os gestos a mímica e a entoação, por
exemplo, facilitar as retificações e explicações adicionais,
Embora os tipos de comunicação sejam inúmeros, po- permitir observar as reações do receptor, e ainda a grande
dem ser agrupados em comunicação verbal e comunica- rapidez de transmissão. Contudo, e para que estas vanta-
ção não verbal. Como comunicação não verbal podemos gens sejam aproveitadas é necessário o conhecimento dos
considerar os gestos, os sons, a mímica, a expressão facial, temas, a clareza, a presença e naturalidade, a voz agradável
as imagens, entre outros. É frequentemente utilizada em e a boa dicção, a linguagem adaptada, a segurança e auto-
locais onde o ruído ou a situação impede a comunicação domínio, e ainda a disponibilidade para ouvir.
oral ou escrita como por exemplo as comunicações entre Como principais desvantagens da comunicação oral
“dealers” nas bolsas de valores. É também muito utilizada destacam-se o fato de ser efêmera, não permitindo qual-
como suporte e apoio à comunicação oral. quer registro e, consequentemente, não se adequando a
Quanto à comunicação verbal, que inclui a comunica- mensagens longas e que exijam análise cuidada por parte
ção escrita e a comunicação oral, por ser a mais utilizada na do receptor.
sociedade em geral e nas organizações em particular, por
ser a única que permite a transmissão de ideias complexas Gêneros Escritos e Orais
e por ser um exclusivo da espécie humana, é aquela que
mais atenção tem merecido dos investigadores, caracteri- Gêneros textuais são tipos específicos de textos de
zando-a e estudando quando e como deve ser utilizada. qualquer natureza, literários ou não. Modalidades discur-
sivas constituem as estruturas e as funções sociais (narra-
Comunicação Escrita tivas, discursivas, argumentativas) utilizadas como formas
de organizar a linguagem. Dessa forma, podem ser consi-
A comunicação escrita teve o seu auge, e ainda hoje derados exemplos de gêneros textuais: anúncios, convites,
predomina, nas organizações burocráticas que seguem atas, avisos, programas de auditórios, bulas, cartas, comé-
os princípios da Teoria da Burocracia enunciados por Max dias, contos de fadas, crônicas, editoriais, ensaios, entrevis-
Weber. A principal característica é o fato do receptor estar tas, contratos, decretos, discursos políticos, histórias, ins-
ausente tornando-a, por isso, num monólogo permanente truções de uso, letras de música, leis, mensagens, notícias.
do emissor. Esta característica obriga a alguns cuidados por São textos que circulam no mundo, que têm uma função
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LÍNGUA PORTUGUESA
específica, para um público específico e com características Exemplo de gêneros orais e escritos: Texto expositivo,
próprias. Aliás, essas características peculiares de um gêne- exposição oral, seminário, conferência, comunicação oral,
ro discursivo nos permitem abordar aspectos da textualida- palestra, entrevista de especialista, verbete, artigo enciclo-
de, tais como coerência e coesão textuais, impessoalidade, pédico, texto explicativo, tomada de notas, resumo de tex-
técnicas de argumentação e outros aspectos pertinentes tos expositivos e explicativos, resenha, relatório científico,
ao gênero em questão. relatório oral de experiência.
Gênero de texto então, refere-se às diferentes formas
de expressão textual. Nos estudos da Literatura, temos, por Domínios sociais de comunicação: Instruções e prescri-
exemplo, poesia, crônicas, contos, prosa, etc. ções.
Para a linguística, os gêneros textuais englobam estes Aspectos tipológicos: Descrever ações.
e todos os textos produzidos por usuários de uma língua. Capacidade de linguagem dominante: Regulação mú-
Assim, ao lado da crônica, do conto, vamos também iden- tua de comportamentos.
tificar a carta pessoal, a conversa telefônica, o email, e tan- Exemplo de gêneros orais e escritos: Instruções de mon-
tos outros exemplares de gêneros que circulam em nossa tagem, receita, regulamento, regras de jogo, instruções de
sociedade. uso, comandos diversos, textos prescritivos.
Quanto à forma ou estrutura das sequências linguís-
ticas encontradas em cada texto, podemos classificá-los
dentro dos tipos textuais a partir de suas estruturas e esti-
los composicionais. Funções da Linguagem
Domínios sociais de comunicação: Cultura Literária Fic-
cional. Quando se pergunta a alguém para que serve a lingua-
Aspectos tipológicos: Narrar. gem, a resposta mais comum é que ela serve para comuni-
Capacidade de linguagem dominante: Mimeses de ação car. Isso está correto. No entanto, comunicar não é apenas
através da criação da intriga no domínio do verossímil. transmitir informações. É também exprimir emoções, dar
Exemplo de gêneros orais e escritos: Conto de Fadas, fá- ordens, falar apenas para não haver silêncio. Para que serve
bula, lenda,narrativa de aventura, narrativa de ficção cien- a linguagem?
tífica, narrativa de enigma, narrativa mítica, sketch ou his- - A linguagem serve para informar: Função Referencial.
tória engraçada, biografia romanceada, romance, romance
histórico, novela fantástica, conto, crônica literária, adivi- “Estados Unidos invadem o Iraque”
nha, piada.
Domínios sociais de comunicação: Documentação e Essa frase, numa manchete de jornal, informa-nos so-
memorização das ações humana. bre um acontecimento do mundo.
Aspectos tipológicos: Relatar. Com a linguagem, armazenamos conhecimentos na
Capacidade de linguagem dominante: Representação memória, transmitimos esses conhecimentos a outras pes-
pelo discurso de experiências vividas, situadas no tempo. soas, ficamos sabendo de experiências bem-sucedidas, so-
Exemplo de gêneros orais e escritos: Relato de expe- mos prevenidos contra as tentativas mal sucedidas de fazer
riência vivida, relato de viagem, diário íntimo, testemunho, alguma coisa. Graças à linguagem, um ser humano recebe
anedota ou caso, autobiografia, curriculum vitae, notícia, de outro conhecimentos, aperfeiçoa-os e transmite-os.
reportagem, crônica social, crônica esportiva, histórico, re- Condillac, um pensador francês, diz: “Quereis aprender
lato histórico, ensaio ou perfil biográfico, biografia. ciências com facilidade? Começai a aprender vossa própria
língua!” Com efeito, a linguagem é a maneira como apren-
Domínios sociais de comunicação: Discussão de proble- demos desde as mais banais informações do dia a dia até
mas sociais controversos. as teorias científicas, as expressões artísticas e os sistemas
Aspectos tipológicos: Argumentar. filosóficos mais avançados.
Capacidade de linguagem dominante: Sustentação, re- A função informativa da linguagem tem importância
futação e negociação de tomadas de posição. central na vida das pessoas, consideradas individualmente
Exemplo de gêneros orais e escritos: Textos de opinião, ou como grupo social. Para cada indivíduo, ela permite co-
diálogo argumentativo, carta de leitor, carta de solicitação, nhecer o mundo; para o grupo social, possibilita o acúmulo
deliberação informal, debate regrado, assembleia, discurso de conhecimentos e a transferência de experiências. Por
de defesa (advocacia), discurso de acusação (advocacia), meio dessa função, a linguagem modela o intelecto.
resenha crítica, artigos de opinião ou assinados, editorial, É a função informativa que permite a realização do
ensaio. trabalho coletivo. Operar bem essa função da linguagem
possibilita que cada indivíduo continue sempre a aprender.
Domínios sociais de comunicação: Transmissão e cons- A função informativa costuma ser chamada também de
trução de saberes. função referencial, pois seu principal propósito é fazer com
Aspectos tipológicos: Expor. que as palavras revelem da maneira mais clara possível as
Capacidade de linguagem dominante: Apresentação coisas ou os eventos a que fazem referência.
textual de diferentes formas dos saberes.
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LÍNGUA PORTUGUESA
- A linguagem serve para influenciar e ser influenciado: insinuarem intimidade com ele e, portanto, de exprimirem
Função Conativa. a importância que lhes seria atribuída pela proximidade
com o poder. Inúmeras vezes, contamos coisas que fizemos
“Vem pra Caixa você também.” para afirmarmo-nos perante o grupo, para mostrar nossa
valentia ou nossa erudição, nossa capacidade intelectual ou
Essa frase fazia parte de uma campanha destinada a nossa competência na conquista amorosa.
aumentar o número de correntistas da Caixa Econômica Por meio do tipo de linguagem que usamos, do tom
Federal. Para persuadir o público alvo da propaganda a de voz que empregamos, etc., transmitimos uma imagem
adotar esse comportamento, formulou-se um convite com nossa, não raro inconscientemente.
uma linguagem bastante coloquial, usando, por exemplo, a Emprega-se a expressão função emotiva para designar
forma vem, de segunda pessoa do imperativo, em lugar de a utilização da linguagem para a manifestação do enuncia-
venha, forma de terceira pessoa prescrita pela norma culta dor, isto é, daquele que fala.
quando se usa você.
Pela linguagem, as pessoas são induzidas a fazer de- - A linguagem serve para criar e manter laços sociais:
terminadas coisas, a crer em determinadas ideias, a sen- Função Fática.
tir determinadas emoções, a ter determinados estados de
alma (amor, desprezo, desdém, raiva, etc.). Por isso, pode- __Que calorão, hein?
se dizer que ela modela atitudes, convicções, sentimentos, __Também, tem chovido tão pouco.
emoções, paixões. Quem ouve desavisada e reiteradamente __Acho que este ano tem feito mais calor do que nos
a palavra negro pronunciada em tom desdenhoso aprende outros.
a ter sentimentos racistas; se a todo momento nos dizem, __Eu não me lembro de já ter sentido tanto calor.
num tom pejorativo, “Isso é coisa de mulher”, aprendemos
os preconceitos contra a mulher. Esse é um típico diálogo de pessoas que se encontram
Não se interfere no comportamento das pessoas ape- num elevador e devem manter uma conversa nos poucos
nas com a ordem, o pedido, a súplica. Há textos que nos instantes em que estão juntas. Falam para nada dizer, ape-
influenciam de maneira bastante sutil, com tentações e nas porque o silêncio poderia ser constrangedor ou pare-
seduções, como os anúncios publicitários que nos dizem cer hostil.
como seremos bem sucedidos, atraentes e charmosos se Quando estamos num grupo, numa festa, não pode-
usarmos determinadas marcas, se consumirmos certos mos manter-nos em silêncio, olhando uns para os outros.
produtos. Por outro lado, a provocação e a ameaça expres- Nessas ocasiões, a conversação é obrigatória. Por isso,
sas pela linguagem também servem para fazer fazer. quando não se tem assunto, fala-se do tempo, repetem-se
Com essa função, a linguagem modela tanto bons ci- histórias que todos conhecem, contam-se anedotas velhas.
dadãos, que colocam o respeito ao outro acima de tudo, A linguagem, nesse caso, não tem nenhuma função que
quanto espertalhões, que só pensam em levar vantagem, não seja manter os laços sociais. Quando encontramos al-
e indivíduos atemorizados, que se deixam conduzir sem guém e lhe perguntamos “Tudo bem?”, em geral não que-
questionar. remos, de fato, saber se nosso interlocutor está bem, se
Emprega-se a expressão função conativa da linguagem está doente, se está com problemas.
quando esta é usada para interferir no comportamento A fórmula é uma maneira de estabelecer um vínculo
das pessoas por meio de uma ordem, um pedido ou uma social.
sugestão. A palavra conativo é proveniente de um verbo Também os hinos têm a função de criar vínculos, seja
latino (conari) que significa “esforçar-se” (para obter algo). entre alunos de uma escola, entre torcedores de um time
de futebol ou entre os habitantes de um país. Não importa
- A linguagem serve para expressar a subjetividade: que as pessoas não entendam bem o significado da letra
Função Emotiva. do Hino Nacional, pois ele não tem função informativa: o
importante é que, ao cantá-lo, sentimo-nos participantes
“Eu fico possesso com isso!” da comunidade de brasileiros.
Na nomenclatura da linguística, usa-se a expressão
Nessa frase, quem fala está exprimindo sua indignação função fática para indicar a utilização da linguagem para
com alguma coisa que aconteceu. Com palavras, objetiva- estabelecer ou manter aberta a comunicação entre um fa-
mos e expressamos nossos sentimentos e nossas emoções. lante e seu interlocutor.
Exprimimos a revolta e a alegria, sussurramos palavras de
amor e explodimos de raiva, manifestamos desespero, - A linguagem serve para falar sobre a própria lingua-
desdém, desprezo, admiração, dor, tristeza. Muitas ve- gem: Função Metalinguística.
zes, falamos para exprimir poder ou para afirmarmo-nos
socialmente. Durante o governo do presidente Fernando Quando dizemos frases como “A palavra ‘cão’ é um
Henrique Cardoso, ouvíamos certos políticos dizerem “A substantivo”; “É errado dizer ‘a gente viemos’”; “Estou usan-
intenção do Fernando é levar o país à prosperidade” ou “O do o termo ‘direção’ em dois sentidos”; “Não é muito elegan-
Fernando tem mudado o país”. Essa maneira informal de se te usar palavrões”, não estamos falando de acontecimen-
referirem ao presidente era, na verdade, uma maneira de tos do mundo, mas estamos tecendo comentários sobre a
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LÍNGUA PORTUGUESA
própria linguagem. É o que chama função metalinguística. Verifica-se que a linguagem pode ser usada utilitaria-
A atividade metalinguística é inseparável da fala. Falamos mente ou esteticamente. No primeiro caso, ela é utilizada
sobre o mundo exterior e o mundo interior e ao mesmo para informar, para influenciar, para manter os laços sociais,
tempo, fazemos comentários sobre a nossa fala e a dos etc. No segundo, para produzir um efeito prazeroso de des-
outros. Quando afirmamos como diz o outro, estamos co- coberta de sentidos. Em função estética, o mais importante
mentando o que declaramos: é um modo de esclarecer que é como se diz, pois o sentido também é criado pelo ritmo,
não temos o hábito de dizer uma coisa tão trivial como a pelo arranjo dos sons, pela disposição das palavras, etc.
que estamos enunciando; inversamente, podemos usar a Na estrofe abaixo, retirada do poema “A Cavalgada”, de
metalinguagem como recurso para valorizar nosso modo Raimundo Correia, a sucessão dos sons oclusivos /p/, /t/,
de dizer. É o que se dá quando dizemos, por exemplo, Paro-
/k/, /b/, /d/, /g/ sugere o patear dos cavalos:
diando o padre Vieira ou Para usar uma expressão clássica,
vou dizer que “peixes se pescam, homens é que se não
E o bosque estala, move-se, estremece...
podem pescar”.
Da cavalgada o estrépito que aumenta
- A linguagem serve para criar outros universos. Perde-se após no centro da montanha...
A linguagem não fala apenas daquilo que existe, fala Apud: Lêdo Ivo. Raimundo Correia: Poesia. 4ª ed.
também do que nunca existiu. Com ela, imaginamos novos Rio de Janeiro, Agir, p. 29. Coleção Nossos Clássi-
mundos, outras realidades. Essa é a grande função da arte: cos.
mostrar que outros modos de ser são possíveis, que outros
universos podem existir. O filme de Woody Allen “A rosa Observe-se que a maior concentração de sons oclu-
púrpura do Cairo” (1985) mostra isso de maneira bem ex- sivos ocorre no segundo verso, quando se afirma que o
pressiva. Nele, conta-se a história de uma mulher que, para barulho dos cavalos aumenta.
consolar-se do cotidiano sofrido e dos maus-tratos infligi- Quando se usam recursos da própria língua para acres-
dos pelo marido, refugia-se no cinema, assistindo inúmeras centar sentidos ao conteúdo transmitido por ela, diz-se
vezes a um filme de amor em que a vida é glamorosa, e o que estamos usando a linguagem em sua função poética.
galã é carinhoso e romântico. Um dia, ele sai da tela e am-
bos vão viver juntos uma série de aventuras. Nessa outra Para melhor compreensão das funções de linguagem,
realidade, os homens são gentis, a vida não é monótona, o torna-se necessário o estudo dos elementos da comuni-
amor nunca diminui e assim por diante.
cação.
Antigamente, tinha-se a ideia que o diálogo era de-
- A linguagem serve como fonte de prazer: Função
Poética. senvolvido de maneira “sistematizada” (alguém pergunta
- alguém espera ouvir a pergunta, daí responde, enquanto
Brincamos com as palavras. Os jogos com o sentido outro escuta em silêncio, etc).
e os sons são formas de tornar a linguagem um lugar de Exemplo:
prazer. Divertimo-nos com eles. Manipulamos as palavras
para delas extrairmos satisfação. Elementos da comunicação
Oswald de Andrade, em seu “Manifesto antropófago”,
diz “Tupi or not tupi”; trata-se de um jogo com a frase sha- - Emissor - emite, codifica a mensagem;
kespeariana “To be or not to be”. Conta-se que o poeta Emí- - Receptor - recebe, decodifica a mensagem;
lio de Menezes, quando soube que uma mulher muito gor- - Mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor;
da se sentara no banco de um ônibus e este quebrara, fez - Código - conjunto de signos usado na transmissão e
o seguinte trocadilho: “É a primeira vez que vejo um banco recepção da mensagem;
quebrar por excesso de fundos”. - Referente - contexto relacionado a emissor e recep-
A palavra banco está usada em dois sentidos: “móvel tor;
comprido para sentar-se” e “casa bancária”. Também está - Canal - meio pelo qual circula a mensagem.
empregado em dois sentidos o termo fundos: “nádegas” e Porém, com os estudos recentes dos linguistas, essa
“capital”, “dinheiro”.
teoria sofreu uma modificação, pois, chegou-se a conclu-
são que quando se trata da parole, entende-se que é um
Observe-se o uso do verbo bater, em expressões diver-
veículo democrático (observe a função fática), assim, admi-
sas, com significados diferentes, nesta frase do deputado
Virgílio Guimarães: te-se um novo formato de locução, ou, interlocução (diá-
logo interativo):
“ACM bate boca porque está acostumado a bater: bateu
continência para os militares, bateu palmas para o Collor e - locutor - quem fala (e responde);
quer bater chapa em 2002. Mas o que falta é que lhe bata - locutário - quem ouve e responde;
uma dor de consciência e bata em retirada.” - interlocução - diálogo
(Folha de S. Paulo)
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LÍNGUA PORTUGUESA
4-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011) 6-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011)
Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a Segundo o Manual de Redação da Presidência da Repú-
mesma regra que distribuídos. blica, NÃO se deve usar Vossa Excelência para
(A) sócio (A) embaixadores.
(B) sofrê-lo (B) conselheiros dos Tribunais de Contas estaduais.
(C) lúcidos (C) prefeitos municipais.
(D) constituí (D) presidentes das Câmaras de Vereadores.
(E) órfãos (E) vereadores.
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LÍNGUA PORTUGUESA
(...) O uso do pronome de tratamento Vossa Senhoria (D) As instituições fundamentais de um regime demo-
(abreviado V. Sa.) para vereadores está correto, sim. Numa crático não pode (podem) estar subordinado (subordina-
Câmara de Vereadores só se usa Vossa Excelência para o seu das) às ordens indiscriminadas de um único poder central.
presidente, de acordo com o Manual de Redação da Presi- (E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) vol-
dência da República (1991). tados (voltado) para o momento eleitoral, que expõem (ex-
(Fonte: http://www.linguabrasil.com.br/nao-tropece- põe) as diferentes opiniões existentes na sociedade.
-detail.php?id=393)
RESPOSTA: “A”.
RESPOSTA: “E”.
9-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010)
A frase que admite transposição para a voz passiva é:
7-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010)
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sa-
... valores e princípios que sejam percebidos pela so-
grado.
ciedade como tais. (B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma
Transpondo para a voz ativa a frase acima, o verbo grande diversidade de fenômenos.
passará a ser, corretamente, (C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da so-
(A) perceba. ciedade, a própria sociedade e seu instrumento de uni-
(B) foi percebido. ficação.
(C) tenham percebido. (D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto
(D) devam perceber. da vida (...).
(E) estava percebendo. (E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar ilu-
dido e da falsa consciência.
... valores e princípios que sejam percebidos pela so-
ciedade como tais = dois verbos na voz passiva, então te- (A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagra-
remos um na ativa: que a sociedade perceba os valores e do.
princípios... (B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma
grande diversidade de fenômenos.
RESPOSTA: “A” - Uma grande diversidade de fenômenos é unificada e
explicada pelo conceito...
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda-
8-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) A
de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação.
concordância verbal e nominal está inteiramente corre-
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da
ta na frase: vida (...).
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e (E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido
valores que determinam as escolhas dos governantes, e da falsa consciência.
para conferir legitimidade a suas decisões.
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes RESPOSTA: “B”.
devem ser embasados na percepção dos valores e prin-
cípios que regem a prática política. 10-) (MPE/AM - AGENTE DE APOIO ADMINISTRA-
(C) Eleições livres e diretas é garantia de um verda- TIVO - FCC/2013) “Quando a gente entra nas serrarias,
deiro regime democrático, em que se respeita tanto as vê dezenas de caminhões parados”, revelou o analista
liberdades individuais quanto as coletivas. ambiental Geraldo Motta.
(D) As instituições fundamentais de um regime de- Substituindo-se Quando por Se, os verbos subli-
mocrático não pode estar subordinado às ordens indis- nhados devem sofrer as seguintes alterações:
criminadas de um único poder central. (A) entrar − vira
(E) O interesse de todos os cidadãos estão voltados (B) entrava − tinha visto
para o momento eleitoral, que expõem as diferentes (C) entrasse − veria
opiniões existentes na sociedade. (D) entraria − veria
(E) entrava − teria visto
Fiz os acertos entre parênteses:
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores
Se a gente entrasse (verbo no singular) na serraria, ve-
que determinam as escolhas dos governantes, para confe-
ria = entrasse / veria.
rir legitimidade a suas decisões.
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes de- RESPOSTA: “C”.
vem (deve) ser embasados (embasada) na percepção dos
valores e princípios que regem a prática política.
(C) Eleições livres e diretas é (são) garantia de um ver-
dadeiro regime democrático, em que se respeita (respei-
tam) tanto as liberdades individuais quanto as coletivas.
110
LÍNGUA PORTUGUESA
A é igual a B.
A é igual a C.
Argumentação Então: C é igual a A.
O ato de comunicação não visa apenas transmitir uma Admitidos os dois postulados, a conclusão é, obrigato-
informação a alguém. Quem comunica pretende criar uma riamente, que C é igual a A.
imagem positiva de si mesmo (por exemplo, a de um sujeito Outro exemplo:
educado, ou inteligente, ou culto), quer ser aceito, deseja
que o que diz seja admitido como verdadeiro. Em síntese, Todo ruminante é um mamífero.
tem a intenção de convencer, ou seja, tem o desejo de que A vaca é um ruminante.
o ouvinte creia no que o texto diz e faça o que ele propõe. Logo, a vaca é um mamífero.
Se essa é a finalidade última de todo ato de comunica-
ção, todo texto contém um componente argumentativo. A Admitidas como verdadeiras as duas premissas, a con-
argumentação é o conjunto de recursos de natureza linguís- clusão também será verdadeira.
tica destinados a persuadir a pessoa a quem a comunica- No domínio da argumentação, as coisas são diferen-
ção se destina. Está presente em todo tipo de texto e visa a tes. Nele, a conclusão não é necessária, não é obrigatória.
promover adesão às teses e aos pontos de vista defendidos. Por isso, deve-se mostrar que ela é a mais desejável, a
As pessoas costumam pensar que o argumento seja mais provável, a mais plausível. Se o Banco do Brasil fi-
apenas uma prova de verdade ou uma razão indiscutível zer uma propaganda dizendo-se mais confiável do que
para comprovar a veracidade de um fato. O argumento é os concorrentes porque existe desde a chegada da família
mais que isso: como se disse acima, é um recurso de lin- real portuguesa ao Brasil, ele estará dizendo-nos que um
guagem utilizado para levar o interlocutor a crer naquilo banco com quase dois séculos de existência é sólido e, por
que está sendo dito, a aceitar como verdadeiro o que está isso, confiável. Embora não haja relação necessária entre
sendo transmitido. A argumentação pertence ao domínio a solidez de uma instituição bancária e sua antiguidade,
da retórica, arte de persuadir as pessoas mediante o uso de esta tem peso argumentativo na afirmação da confiabili-
recursos de linguagem. dade de um banco. Portanto é provável que se creia que
Para compreender claramente o que é um argumento, um banco mais antigo seja mais confiável do que outro
é bom voltar ao que diz Aristóteles, filósofo grego do sécu- fundado há dois ou três anos. Enumerar todos os tipos de
lo IV a.C., numa obra intitulada “Tópicos: os argumentos são argumentos é uma tarefa quase impossível, tantas são as
úteis quando se tem de escolher entre duas ou mais coisas”. formas de que nos valemos para fazer as pessoas prefe-
Se tivermos de escolher entre uma coisa vantajosa e rirem uma coisa a outra. Por isso, é importante entender
uma desvantajosa, como a saúde e a doença, não precisa- bem como eles funcionam.
mos argumentar. Suponhamos, no entanto, que tenhamos Já vimos diversas características dos argumentos. É
de escolher entre duas coisas igualmente vantajosas, a ri- preciso acrescentar mais uma: o convencimento do inter-
queza e a saúde. Nesse caso, precisamos argumentar sobre locutor, o auditório, que pode ser individual ou coletivo,
qual das duas é mais desejável. O argumento pode então será tanto mais fácil quanto mais os argumentos estive-
ser definido como qualquer recurso que torna uma coisa rem de acordo com suas crenças, suas expectativas, seus
mais desejável que outra. Isso significa que ele atua no do- valores. Não se pode convencer um auditório pertencente
mínio do preferível. Ele é utilizado para fazer o interlocutor a uma dada cultura enfatizando coisas que ele abomina.
crer que, entre duas teses, uma é mais provável que a ou- Será mais fácil convencê-lo valorizando coisas que ele
tra, mais possível que a outra, mais desejável que a outra, considera positivas. No Brasil, a publicidade da cerveja
é preferível à outra. vem com frequência associada ao futebol, ao gol, à paixão
O objetivo da argumentação não é demonstrar a ver- nacional. Nos Estados Unidos, essa associação certamente
dade de um fato, mas levar o ouvinte a admitir como ver- não surtiria efeito, porque lá o futebol não é valorizado
dadeiro o que o enunciador está propondo. da mesma forma que no Brasil. O poder persuasivo de um
Há uma diferença entre o raciocínio lógico e a argu- argumento está vinculado ao que é valorizado ou desvalo-
mentação. O primeiro opera no domínio do necessário, rizado numa dada cultura.
ou seja, pretende demonstrar que uma conclusão deriva
necessariamente das premissas propostas, que se deduz Tipos de Argumento
obrigatoriamente dos postulados admitidos. No raciocínio
lógico, as conclusões não dependem de crenças, de uma Já verificamos que qualquer recurso linguístico desti-
maneira de ver o mundo, mas apenas do encadeamento de nado a fazer o interlocutor dar preferência à tese do enun-
premissas e conclusões. ciador é um argumento. Exemplo:
111
LÍNGUA PORTUGUESA
“A imaginação é mais importante do que o conheci- É aquele que opera com base nas relações lógicas, como
mento.” causa e efeito, analogia, implicação, identidade, etc. Esses racio-
cínios são chamados quase lógicos porque, diversamente dos
Quem disse a frase aí de cima não fui eu... Foi Einstein. raciocínios lógicos, eles não pretendem estabelecer relações ne-
Para ele, uma coisa vem antes da outra: sem imaginação, cessárias entre os elementos, mas sim instituir relações prováveis,
não há conhecimento. Nunca o inverso. possíveis, plausíveis. Por exemplo, quando se diz “A é igual a B”,
“B é igual a C”, “então A é igual a C”, estabelece-se uma relação
Alex José Periscinoto. de identidade lógica. Entretanto, quando se afirma “Amigo de
In: Folha de S. Paulo, 30/8/1993, p. 5-2 amigo meu é meu amigo” não se institui uma identidade lógica,
mas uma identidade provável.
A tese defendida nesse texto é que a imaginação é Um texto coerente do ponto de vista lógico é mais facilmen-
mais importante do que o conhecimento. Para levar o te aceito do que um texto incoerente. Vários são os defeitos que
auditório a aderir a ela, o enunciador cita um dos mais concorrem para desqualificar o texto do ponto de vista lógico:
célebres cientistas do mundo. Se um físico de renome fugir do tema proposto, cair em contradição, tirar conclusões
mundial disse isso, então as pessoas devem acreditar que não se fundamentam nos dados apresentados, ilustrar afir-
que é verdade. mações gerais com fatos inadequados, narrar um fato e dele ex-
Argumento de Quantidade trair generalizações indevidas.
É aquele que valoriza mais o que é apreciado pelo maior Argumento do Atributo
número de pessoas, o que existe em maior número, o que tem
É aquele que considera melhor o que tem proprieda-
maior duração, o que tem maior número de adeptos, etc. O fun-
des típicas daquilo que é mais valorizado socialmente, por
damento desse tipo de argumento é que mais = melhor. A pu-
exemplo, o mais raro é melhor que o comum, o que é mais
blicidade faz largo uso do argumento de quantidade.
refinado é melhor que o que é mais grosseiro, etc.
Por esse motivo, a publicidade usa, com muita frequên-
Argumento do Consenso
cia, celebridades recomendando prédios residenciais, pro-
dutos de beleza, alimentos estéticos, etc., com base no fato
É uma variante do argumento de quantidade. Fundamen-
de que o consumidor tende a associar o produto anunciado
ta-se em afirmações que, numa determinada época, são aceitas
com atributos da celebridade.
como verdadeiras e, portanto, dispensam comprovações, a me- Uma variante do argumento de atributo é o argumento
nos que o objetivo do texto seja comprovar alguma delas. Parte da competência linguística. A utilização da variante culta e
da ideia de que o consenso, mesmo que equivocado, correspon- formal da língua que o produtor do texto conhece a norma
de ao indiscutível, ao verdadeiro e, portanto, é melhor do que linguística socialmente mais valorizada e, por conseguinte,
aquilo que não desfruta dele. Em nossa época, são consensuais, deve produzir um texto em que se pode confiar. Nesse sen-
por exemplo, as afirmações de que o meio ambiente precisa ser tido é que se diz que o modo de dizer dá confiabilidade ao
protegido e de que as condições de vida são piores nos países que se diz.
subdesenvolvidos. Ao confiar no consenso, porém, corre-se o Imagine-se que um médico deva falar sobre o estado de
risco de passar dos argumentos válidos para os lugares comuns, saúde de uma personalidade pública. Ele poderia fazê-lo das
os preconceitos e as frases carentes de qualquer base científica. duas maneiras indicadas abaixo, mas a primeira seria infini-
tamente mais adequada para a persuasão do que a segunda,
Argumento de Existência pois esta produziria certa estranheza e não criaria uma ima-
gem de competência do médico:
É aquele que se fundamenta no fato de que é mais fácil - Para aumentar a confiabilidade do diagnóstico e levan-
aceitar aquilo que comprovadamente existe do que aquilo que do em conta o caráter invasivo de alguns exames, a equipe
é apenas provável, que é apenas possível. A sabedoria popular médica houve por bem determinar o internamento do gover-
enuncia o argumento de existência no provérbio “Mais vale um nador pelo período de três dias, a partir de hoje, 4 de fevereiro
pássaro na mão do que dois voando”. de 2001.
112
LÍNGUA PORTUGUESA
- Para conseguir fazer exames com mais cuidado e por- de e certeza, autenticidade e verdade, o enunciador deve
que alguns deles são barrapesada, a gente botou o governa- construir um texto que revele isso. Em outros termos, essas
dor no hospital por três dias. qualidades não se prometem, manifestam-se na ação.
Como dissemos antes, todo texto tem uma função argu- A argumentação é a exploração de recursos para fazer
mentativa, porque ninguém fala para não ser levado a sério, parecer verdadeiro aquilo que se diz num texto e, com isso,
para ser ridicularizado, para ser desmentido: em todo ato de levar a pessoa a que texto é endereçado a crer naquilo que
comunicação deseja-se influenciar alguém. Por mais neutro ele diz.
que pretenda ser, um texto tem sempre uma orientação ar- Um texto dissertativo tem um assunto ou tema e ex-
gumentativa. pressa um ponto de vista, acompanhado de certa funda-
A orientação argumentativa é uma certa direção que o mentação, que inclui a argumentação, questionamento,
falante traça para seu texto. Por exemplo, um jornalista, ao com o objetivo de persuadir. Argumentar é o processo pelo
falar de um homem público, pode ter a intenção de criticá-lo, qual se estabelecem relações para chegar à conclusão, com
de ridicularizá-lo ou, ao contrário, de mostrar sua grandeza. base em premissas. Persuadir é um processo de conven-
O enunciador cria a orientação argumentativa de seu cimento, por meio da argumentação, no qual procura-se
texto dando destaque a uns fatos e não a outros, omitindo convencer os outros, de modo a influenciar seu pensamen-
to e seu comportamento.
certos episódios e revelando outros, escolhendo determina-
A persuasão pode ser válida e não válida. Na persua-
das palavras e não outras, etc. Veja:
são válida, expõem-se com clareza os fundamentos de
“O clima da festa era tão pacífico que até sogras e noras
uma ideia ou proposição, e o interlocutor pode questionar
trocavam abraços afetuosos.” cada passo do raciocínio empregado na argumentação. A
O enunciador aí pretende ressaltar a ideia geral de que persuasão não válida apoia-se em argumentos subjetivos,
noras e sogras não se toleram. Não fosse assim, não teria apelos subliminares, chantagens sentimentais, com o em-
escolhido esse fato para ilustrar o clima da festa nem teria prego de “apelações”, como a inflexão de voz, a mímica e
utilizado o termo até, que serve para incluir no argumento até o choro.
alguma coisa inesperada. Alguns autores classificam a dissertação em duas mo-
Além dos defeitos de argumentação mencionados dalidades, expositiva e argumentativa. Esta, exige argu-
quando tratamos de alguns tipos de argumentação, vamos mentação, razões a favor e contra uma ideia, ao passo que
citar outros: a outra é informativa, apresenta dados sem a intenção de
- Uso sem delimitação adequada de palavra de sentido convencer. Na verdade, a escolha dos dados levantados,
tão amplo, que serve de argumento para um ponto de vista a maneira de expô-los no texto já revelam uma “tomada
e seu contrário. São noções confusas, como paz, que, para- de posição”, a adoção de um ponto de vista na disserta-
doxalmente, pode ser usada pelo agressor e pelo agredido. ção, ainda que sem a apresentação explícita de argumen-
Essas palavras podem ter valor positivo (paz, justiça, ho- tos. Desse ponto de vista, a dissertação pode ser definida
nestidade, democracia) ou vir carregadas de valor negativo como discussão, debate, questionamento, o que implica a
(autoritarismo, degradação do meio ambiente, injustiça, liberdade de pensamento, a possibilidade de discordar ou
corrupção). concordar parcialmente. A liberdade de questionar é fun-
- Uso de afirmações tão amplas, que podem ser derru- damental, mas não é suficiente para organizar um texto
badas por um único contra exemplo. Quando se diz “Todos dissertativo. É necessária também a exposição dos funda-
os políticos são ladrões”, basta um único exemplo de políti- mentos, os motivos, os porquês da defesa de um ponto de
co honesto para destruir o argumento. vista.
- Emprego de noções científicas sem nenhum rigor, Pode-se dizer que o homem vive em permanente atitu-
fora do contexto adequado, sem o significado apropriado, de argumentativa. A argumentação está presente em qual-
vulgarizando-as e atribuindo-lhes uma significação subje- quer tipo de discurso, porém, é no texto dissertativo que
ela melhor se evidencia.
tiva e grosseira. É o caso, por exemplo, da frase “O imperia-
Para discutir um tema, para confrontar argumentos
lismo de certas indústrias não permite que outras crescam”,
e posições, é necessária a capacidade de conhecer ou-
em que o termo imperialismo é descabido, uma vez que, a
tros pontos de vista e seus respectivos argumentos. Uma
rigor, significa “ação de um Estado visando a reduzir outros discussão impõe, muitas vezes, a análise de argumentos
à sua dependência política e econômica”. opostos, antagônicos. Como sempre, essa capacidade
aprende-se com a prática. Um bom exercício para aprender
A boa argumentação é aquela que está de acordo com a argumentar e contra-argumentar consiste em desenvol-
a situação concreta do texto, que leva em conta os compo- ver as seguintes habilidades:
nentes envolvidos na discussão (o tipo de pessoa a quem - argumentação: anotar todos os argumentos a favor
se dirige a comunicação, o assunto, etc). de uma ideia ou fato; imaginar um interlocutor que adote a
Convém ainda alertar que não se convence ninguém posição totalmente contrária;
com manifestações de sinceridade do autor (como eu, - contra-argumentação: imaginar um diálogo-debate
que não costumo mentir...) ou com declarações de certeza e quais os argumentos que essa pessoa imaginária pos-
expressas em fórmulas feitas (como estou certo, creio fir- sivelmente apresentaria contra a argumentação proposta;
memente, é claro, é óbvio, é evidente, afirmo com toda a - refutação: argumentos e razões contra a argumen-
certeza, etc). Em vez de prometer, em seu texto, sincerida- tação oposta.
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LÍNGUA PORTUGUESA
A argumentação tem a finalidade de persuadir, portan- A indução percorre o caminho inverso ao da dedução,
to, argumentar consiste em estabelecer relações para tirar baseiase em uma conexão ascendente, do particular para
conclusões válidas, como se procede no método dialético. o geral. Nesse caso, as constatações particulares levam às
O método dialético não envolve apenas questões ideoló- leis gerais, ou seja, parte de fatos particulares conhecidos
gicas, geradoras de polêmicas. Trata-se de um método de para os fatos gerais, desconhecidos. O percurso do racio-
investigação da realidade pelo estudo de sua ação recípro- cínio se faz do efeito para a causa. Exemplo:
ca, da contradição inerente ao fenômeno em questão e da
mudança dialética que ocorre na natureza e na sociedade. O calor dilata o ferro (particular)
Descartes (1596-1650), filósofo e pensador francês, O calor dilata o bronze (particular)
criou o método de raciocínio silogístico, baseado na dedu- O calor dilata o cobre (particular)
ção, que parte do simples para o complexo. Para ele, ver- O ferro, o bronze, o cobre são metais
dade e evidência são a mesma coisa, e pelo raciocínio tor- Logo, o calor dilata metais (geral, universal)
na-se possível chegar a conclusões verdadeiras, desde que
o assunto seja pesquisado em partes, começando-se pelas Quanto a seus aspectos formais, o silogismo pode
proposições mais simples até alcançar, por meio de dedu- ser válido e verdadeiro; a conclusão será verdadeira se as
ções, a conclusão final. Para a linha de raciocínio cartesiana, duas premissas também o forem. Se há erro ou equívo-
é fundamental determinar o problema, dividi-lo em partes,
co na apreciação dos fatos, pode-se partir de premissas
ordenar os conceitos, simplificando-os, enumerar todos os
verdadeiras para chegar a uma conclusão falsa. Tem-se,
seus elementos e determinar o lugar de cada um no con-
desse modo, o sofisma. Uma definição inexata, uma divi-
junto da dedução.
são incompleta, a ignorância da causa, a falsa analogia são
A lógica cartesiana, até os nossos dias, é fundamental
algumas causas do sofisma. O sofisma pressupõe má fé,
para a argumentação dos trabalhos acadêmicos. Descartes
intenção deliberada de enganar ou levar ao erro; quando o
propôs quatro regras básicas que constituem um conjunto
sofisma não tem essas intenções propositais, costuma-se
de reflexos vitais, uma série de movimentos sucessivos e
chamar esse processo de argumentação de paralogismo.
contínuos do espírito em busca da verdade:
Encontra-se um exemplo simples de sofisma no seguinte
- evidência;
- divisão ou análise; diálogo:
- ordem ou dedução;
- enumeração. - Você concorda que possui uma coisa que não per-
deu?
A enumeração pode apresentar dois tipos de falhas: a - Lógico, concordo.
omissão e a incompreensão. Qualquer erro na enumeração - Você perdeu um brilhante de 40 quilates?
pode quebrar o encadeamento das ideias, indispensável - Claro que não!
para o processo dedutivo. - Então você possui um brilhante de 40 quilates...
A forma de argumentação mais empregada na reda- Exemplos de sofismas:
ção acadêmica é o silogismo, raciocínio baseado nas regras
cartesianas, que contém três proposições: duas premissas, Dedução
maior e menor, e a conclusão. As três proposições são enca- Todo professor tem um diploma (geral, universal)
deadas de tal forma, que a conclusão é deduzida da maior Fulano tem um diploma (particular)
por intermédio da menor. A premissa maior deve ser uni- Logo, fulano é professor (geral – conclusão falsa)
versal, emprega todo, nenhum, pois alguns não caracteriza
a universalidade. Indução
Há dois métodos fundamentais de raciocínio: a dedução O Rio de Janeiro tem uma estátua do Cristo Reden-
(silogística), que parte do geral para o particular, e a indu- tor. (particular)
ção, que vai do particular para o geral. A expressão formal Taubaté (SP) tem uma estátua do Cristo Redentor.
do método dedutivo é o silogismo. A dedução é o caminho (particular)
das consequências, baseia-se em uma conexão descenden- Rio de Janeiro e Taubaté são cidades.
te (do geral para o particular) que leva à conclusão. Segun- Logo, toda cidade tem uma estátua do Cristo Reden-
do esse método, partindo-se de teorias gerais, de verdades tor. (geral – conclusão falsa)
universais, pode-se chegar à previsão ou determinação de
fenômenos particulares. O percurso do raciocínio vai da Nota-se que as premissas são verdadeiras, mas a con-
causa para o efeito. Exemplo: clusão pode ser falsa. Nem todas as pessoas que têm di-
ploma são professores; nem todas as cidades têm uma
Todo homem é mortal (premissa maior = geral, univer- estátua do Cristo Redentor. Comete-se erro quando se faz
sal) generalizações apressadas ou infundadas. A “simples ins-
Fulano é homem (premissa menor = particular) peção” é a ausência de análise ou análise superficial dos
Logo, Fulano é mortal (conclusão) fatos, que leva a pronunciamentos subjetivos, baseados
nos sentimentos não ditados pela razão.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Tem-se, ainda, outros métodos, subsidiários ou não meio de um processo mais ou menos arbitrário, em que
fundamentais, que contribuem para a descoberta ou com- os caracteres comuns e diferenciadores são empregados
provação da verdade: análise, síntese, classificação e defi- de modo mais ou menos convencional. A classificação, no
nição. Além desses, existem outros métodos particulares reino animal, em ramos, classes, ordens, subordens, gêne-
de algumas ciências, que adaptam os processos de de- ros e espécies, é um exemplo de classificação natural, pelas
dução e indução à natureza de uma realidade particular. características comuns e diferenciadoras. A classificação
Pode-se afirmar que cada ciência tem seu método pró- dos variados itens integrantes de uma lista mais ou menos
prio demonstrativo, comparativo, histórico etc. A análise, a caótica é artificial.
síntese, a classificação a definição são chamadas métodos Exemplo: aquecedor, automóvel, barbeador, batata,
sistemáticos, porque pela organização e ordenação das caminhão, canário, jipe, leite, ônibus, pão, pardal, pintassil-
ideias visam sistematizar a pesquisa. go, queijo, relógio, sabiá, torradeira.
Análise e síntese são dois processos opostos, mas Aves: Canário, Pardal, Pintassilgo, Sabiá.
interligados; a análise parte do todo para as partes, a sín- Alimentos: Batata, Leite, Pão, Queijo.
tese, das partes para o todo. A análise precede a síntese, Mecanismos: Aquecedor, Barbeador, Relógio, Torra-
deira.
porém, de certo modo, uma depende da outra. A análise
Veículos: Automóvel, Caminhão, Jipe, Ônibus.
decompõe o todo em partes, enquanto a síntese recom-
põe o todo pela reunião das partes. Sabe-se, porém, que
Os elementos desta lista foram classificados por ordem
o todo não é uma simples justaposição das partes. Se al-
alfabética e pelas afinidades comuns entre eles. Estabele-
guém reunisse todas as peças de um relógio, não significa
cer critérios de classificação das ideias e argumentos, pela
que reconstruiu o relógio, pois fez apenas um amontoado
ordem de importância, é uma habilidade indispensável
de partes. Só reconstruiria todo se as partes estivessem or-
para elaborar o desenvolvimento de uma redação. Tanto
ganizadas, devidamente combinadas, seguida uma ordem
faz que a ordem seja crescente, do fato mais importante
de relações necessárias, funcionais, então, o relógio estaria
para o menos importante, ou decrescente, primeiro o me-
reconstruído. nos importante e, no final, o impacto do mais importante;
Síntese, portanto, é o processo de reconstrução do é indispensável que haja uma lógica na classificação. A ela-
todo por meio da integração das partes, reunidas e re- boração do plano compreende a classificação das partes e
lacionadas num conjunto. Toda síntese, por ser uma re- subdivisões, ou seja, os elementos do plano devem obede-
construção, pressupõe a análise, que é a decomposição. A cer a uma hierarquização. (Garcia, 1973, p. 302304.)
análise, no entanto, exige uma decomposição organizada, Para a clareza da dissertação, é indispensável que, logo
é preciso saber como dividir o todo em partes. As opera- na introdução, os termos e conceitos sejam definidos, pois,
ções que se realizam na análise e na síntese podem ser para expressar um questionamento, deve-se, de antemão,
assim relacionadas: expor clara e racionalmente as posições assumidas e os
argumentos que as justificam. É muito importante deixar
Análise: penetrar, decompor, separar, dividir. claro o campo da discussão e a posição adotada, isto é,
Síntese: integrar, recompor, juntar, reunir. esclarecer não só o assunto, mas também os pontos de
A análise tem importância vital no processo de cole- vista sobre ele.
ta de ideias a respeito do tema proposto, de seu desdo- A definição tem por objetivo a exatidão no emprego da
bramento e da criação de abordagens possíveis. A síntese linguagem e consiste na enumeração das qualidades pró-
também é importante na escolha dos elementos que farão prias de uma ideia, palavra ou objeto. Definir é classificar o
parte do texto. elemento conforme a espécie a que pertence, demonstra: a
Segundo Garcia (1973, p.300), a análise pode ser for- característica que o diferencia dos outros elementos dessa
mal ou informal. A análise formal pode ser científica ou mesma espécie.
experimental; é característica das ciências matemáticas, fí- Entre os vários processos de exposição de ideias, a de-
sico-naturais e experimentais. A análise informal é racional finição é um dos mais importantes, sobretudo no âmbito
ou total, consiste em “discernir” por vários atos distintos das ciências. A definição científica ou didática é denotativa,
da atenção os elementos constitutivos de um todo, os di- ou seja, atribui às palavras seu sentido usual ou consensual,
ferentes caracteres de um objeto ou fenômeno. enquanto a conotativa ou metafórica emprega palavras de
A análise decompõe o todo em partes, a classifica- sentido figurado. Segundo a lógica tradicional aristotélica,
ção estabelece as necessárias relações de dependência e a definição consta de três elementos:
hierarquia entre as partes. Análise e classificação ligam-se - o termo a ser definido;
intimamente, a ponto de se confundir uma com a outra, - o gênero ou espécie;
contudo são procedimentos diversos: análise é decompo- - a diferença específica.
sição e classificação é hierarquisação.
Nas ciências naturais, classificam-se os seres, fatos O que distingue o termo definido de outros elementos
e fenômenos por suas diferenças e semelhanças; fora da mesma espécie. Exemplo:
das ciências naturais, a classificação pode-se efetuar por
115
LÍNGUA PORTUGUESA
Na frase: O homem é um animal racional classifica-se: se tais elementos são verdadeiros ou falsos; em seguida,
avaliar se o argumento está expresso corretamente; se há
coerência e adequação entre seus elementos, ou se há
contradição. Para isso é que se aprende os processos de
Elemento especie diferença raciocínio por dedução e por indução. Admitindo-se que
a ser definido específica raciocinar é relacionar, conclui-se que o argumento é um
tipo específico de relação entre as premissas e a conclusão.
É muito comum formular definições de maneira defei-
tuosa, por exemplo: Análise é quando a gente decompõe o Procedimentos Argumentativos: Constituem os pro-
todo em partes. Esse tipo de definição é gramaticalmente cedimentos argumentativos mais empregados para com-
incorreto; quando é advérbio de tempo, não representa o provar uma afirmação: exemplificação, explicitação, enu-
gênero, a espécie, a gente é forma coloquial não adequa- meração, comparação.
da à redação acadêmica. Tão importante é saber formular
uma definição, que se recorre a Garcia (1973, p.306), para Exemplificação: Procura justificar os pontos de vista
determinar os “requisitos da definição denotativa”. Para ser por meio de exemplos, hierarquizar afirmações. São expres-
exata, a definição deve apresentar os seguintes requisitos: sões comuns nesse tipo de procedimento: mais importan-
- o termo deve realmente pertencer ao gênero ou classe te que, superior a, de maior relevância que. Empregam-se
em que está incluído: “mesa é um móvel” (classe em que também dados estatísticos, acompanhados de expressões:
‘mesa’ está realmente incluída) e não “mesa é um instru- considerando os dados; conforme os dados apresentados. Fa-
mento ou ferramenta ou instalação”; z-se a exemplificação, ainda, pela apresentação de causas e
- o gênero deve ser suficientemente amplo para incluir consequências, usando-se comumente as expressões: por-
todos os exemplos específicos da coisa definida, e suficiente- que, porquanto, pois que, uma vez que, visto que, por causa
mente restrito para que a diferença possa ser percebida sem de, em virtude de, em vista de, por motivo de.
dificuldade;
- deve ser obrigatoriamente afirmativa: não há, em ver- Explicitação: O objetivo desse recurso argumentativo
dade, definição, quando se diz que o “triângulo não é um é explicar ou esclarecer os pontos de vista apresentados.
prisma”; Pode-se alcançar esse objetivo pela definição, pelo teste-
- deve ser recíproca: “O homem é um ser vivo” não cons- munho e pela interpretação. Na explicitação por definição,
titui definição exata, porque a recíproca, “Todo ser vivo é um empregamse expressões como: quer dizer, denomina-se,
homem” não é verdadeira (o gato é ser vivo e não é homem); chama-se, na verdade, isto é, haja vista, ou melhor; nos tes-
- deve ser breve (contida num só período). Quando a temunhos são comuns as expressões: conforme, segundo,
definição, ou o que se pretenda como tal, é muito longa (sé- na opinião de, no parecer de, consoante as ideias de, no en-
ries de períodos ou de parágrafos), chama-se explicação, e tender de, no pensamento de. A explicitação se faz também
também definição expandida;d pela interpretação, em que são comuns as seguintes ex-
- deve ter uma estrutura gramatical rígida: sujeito (o ter- pressões: parece, assim, desse ponto de vista.
mo) + cópula (verbo de ligação ser) + predicativo (o gênero)
+ adjuntos (as diferenças). Enumeração: Faz-se pela apresentação de uma se-
quência de elementos que comprovam uma opinião, tais
como a enumeração de pormenores, de fatos, em uma se-
As definições dos dicionários de língua são feitas por quência de tempo, em que são frequentes as expressões:
meio de paráfrases definitórias, ou seja, uma operação me- primeiro, segundo, por último, antes, depois, ainda, em se-
talinguística que consiste em estabelecer uma relação de guida, então, presentemente, antigamente, depois de, antes
equivalência entre a palavra e seus significados. de, atualmente, hoje, no passado, sucessivamente, respecti-
A força do texto dissertativo está em sua fundamen- vamente. Na enumeração de fatos em uma sequência de
tação. Sempre é fundamental procurar um porquê, uma espaço, empregam-se as seguintes expressões: cá, lá, acolá,
razão verdadeira e necessária. A verdade de um ponto de ali, aí, além, adiante, perto de, ao redor de, no Estado tal, na
vista deve ser demonstrada com argumentos válidos. O capital, no interior, nas grandes cidades, no sul, no leste...
ponto de vista mais lógico e racional do mundo não tem
valor, se não estiver acompanhado de uma fundamentação Comparação: Analogia e contraste são as duas ma-
coerente e adequada. neiras de se estabelecer a comparação, com a finalidade
Os métodos fundamentais de raciocínio segundo a de comprovar uma ideia ou opinião. Na analogia, são
lógica clássica, que foram abordados anteriormente, auxi- comuns as expressões: da mesma forma, tal como, tanto
liam o julgamento da validade dos fatos. Às vezes, a ar- quanto, assim como, igualmente. Para estabelecer contras-
gumentação é clara e pode reconhecer-se facilmente seus te, empregam-se as expressões: mais que, menos que, me-
elementos e suas relações; outras vezes, as premissas e as lhor que, pior que.
conclusões organizam-se de modo livre, misturando-se
na estrutura do argumento. Por isso, é preciso aprender Entre outros tipos de argumentos empregados para
a reconhecer os elementos que constituem um argumen- aumentar o poder de persuasão de um texto dissertativo
to: premissas/conclusões. Depois de reconhecer, verificar encontram-se:
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LÍNGUA PORTUGUESA
Argumento de autoridade: O saber notório de uma Ataque ao argumento pelo testemunho de autori-
autoridade reconhecida em certa área do conhecimento dá dade: consiste em refutar um argumento empregando os
apoio a uma afirmação. Dessa maneira, procura-se trazer testemunhos de autoridade que contrariam a afirmação
para o enunciado a credibilidade da autoridade citada. Lem- apresentada;
bre-se que as citações literais no corpo de um texto cons-
tituem argumentos de autoridade. Ao fazer uma citação, o Desqualificar dados concretos apresentados: con-
enunciador situa os enunciados nela contidos na linha de siste em desautorizar dados reais, demonstrando que
raciocínio que ele considera mais adequada para explicar o enunciador baseou-se em dados corretos, mas tirou
ou justificar um fato ou fenômeno. Esse tipo de argumento conclusões falsas ou inconsequentes. Por exemplo, se
tem mais caráter confirmatório que comprobatório. na argumentação afirmou-se, por meio de dados esta-
tísticos, que “o controle demográfico produz o desenvol-
Apoio na consensualidade: Certas afirmações dispen- vimento”, afirma-se que a conclusão é inconsequente,
sam explicação ou comprovação, pois seu conteúdo é acei- pois baseia-se em uma relação de causa-feito difícil de
to como válido por consenso, pelo menos em determinado ser comprovada. Para contraargumentar, propõese uma
espaço sociocultural. Nesse caso, incluem-se relação inversa: “o desenvolvimento é que gera o controle
- A declaração que expressa uma verdade universal (o demográfico”.
homem, mortal, aspira à imortalidade);
- A declaração que é evidente por si mesma (caso dos Apresentam-se aqui sugestões, um dos roteiros pos-
postulados e axiomas); síveis para desenvolver um tema, que podem ser anali-
- Quando escapam ao domínio intelectual, ou seja, é de sadas e adaptadas ao desenvolvimento de outros temas.
natureza subjetiva ou sentimental (o amor tem razões que Elege-se um tema, e, em seguida, sugerem-se os proce-
a própria razão desconhece); implica apreciação de ordem dimentos que devem ser adotados para a elaboração de
estética (gosto não se discute); diz respeito a fé religiosa, um Plano de Redação.
aos dogmas (creio, ainda que parece absurdo).
Tema: O homem e a máquina: necessidade e riscos
Comprovação pela experiência ou observação: A ver- da evolução tecnológica
dade de um fato ou afirmação pode ser comprovada por
meio de dados concretos, estatísticos ou documentais. - Questionar o tema, transformá-lo em interroga-
ção, responder a interrogação (assumir um ponto de
Comprovação pela fundamentação lógica: A com- vista); dar o porquê da resposta, justificar, criando um
provação se realiza por meio de argumentos racionais, ba- argumento básico;
seados na lógica: causa/efeito; consequência/causa; condi- - Imaginar um ponto de vista oposto ao argumento
ção/ocorrência. básico e construir uma contra-argumentação; pensar a
forma de refutação que poderia ser feita ao argumento
Fatos não se discutem; discutem-se opiniões. As decla- básico e tentar desqualificá-la (rever tipos de argumen-
rações, julgamento, pronunciamentos, apreciações que ex- tação);
pressam opiniões pessoais (não subjetivas) devem ter sua - Refletir sobre o contexto, ou seja, fazer uma coleta
validade comprovada, e só os fatos provam. Em resumo de ideias que estejam direta ou indiretamente ligadas ao
toda afirmação ou juízo que expresse uma opinião pessoal tema (as ideias podem ser listadas livremente ou organi-
só terá validade se fundamentada na evidência dos fatos, zadas como causa e consequência);
ou seja, se acompanhada de provas, validade dos argu- - Analisar as ideias anotadas, sua relação com o tema
mentos, porém, pode ser contestada por meio da contra- e com o argumento básico;
-argumentação ou refutação. São vários os processos de - Fazer uma seleção das ideias pertinentes, escolhen-
contra-argumentação: do as que poderão ser aproveitadas no texto; essas ideias
transformam-se em argumentos auxiliares, que explicam
Refutação pelo absurdo: refuta-se uma afirmação de- e corroboram a ideia do argumento básico;
monstrando o absurdo da consequência. Exemplo clássico - Fazer um esboço do Plano de Redação, organizando
é a contraargumentação do cordeiro, na conhecida fábula uma sequência na apresentação das ideias selecionadas,
“O lobo e o cordeiro”; obedecendo às partes principais da estrutura do texto,
que poderia ser mais ou menos a seguinte:
Refutação por exclusão: consiste em propor várias hi-
póteses para eliminá-las, apresentando-se, então, aquela Introdução
que se julga verdadeira;
- função social da ciência e da tecnologia;
Desqualificação do argumento: atribui-se o argu- - definições de ciência e tecnologia;
mento à opinião pessoal subjetiva do enunciador, restrin- - indivíduo e sociedade perante o avanço tecnoló-
gindo-se a universalidade da afirmação; gico.
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LÍNGUA PORTUGUESA
“Quando o curso do rio São Francisco for mudado, será - Certos advérbios
resolvido o problema da seca no Nordeste.”
A produção automobilística brasileira está totalmente
O enunciador estabelece o pressuposto de que é certa nas mãos das multinacionais.
a mudança do curso do São Francisco e, por consequência, O advérbio totalmente pressupõe que não há no Brasil
a solução do problema da seca no Nordeste. O diálogo indústria automobilística nacional.
não teria continuidade se um interlocutor não admitisse Você conferiu o resultado da loteria?
ou colocasse sob suspeita essa certeza. Em outros termos, Hoje não.
haveria quebra da continuidade do diálogo se alguém in-
terviesse com uma pergunta deste tipo: A negação precedida de um advérbio de tempo de
âmbito limitado estabelece o pressuposto de que apenas
nesse intervalo (hoje) é que o interrogado não praticou o
“Mas quem disse que é certa a mudança do curso do
ato de conferir o resultado da loteria.
rio?”
- Orações adjetivas
A aceitação do pressuposto estabelecido pelo emissor
permite levar adiante o debate; sua negação comprome- Os brasileiros, que não se importam com a coletividade,
te o diálogo, uma vez que destrói a base sobre a qual se só se preocupam com seu bemestar e, por isso, jogam lixo na
constrói a argumentação, e daí nenhum argumento tem rua, fecham os cruzamentos, etc.
mais importância ou razão de ser. Com pressupostos dis- O pressuposto é que “todos” os brasileiros não se im-
tintos, o diálogo não é possível ou não tem sentido. portam com a coletividade.
A mesma pergunta, feita para pessoas diferentes,
pode ser embaraçosa ou não, dependendo do que está Os brasileiros que não se importam com a coletividade
pressuposto em cada situação. Para alguém que não faz só se preocupam com seu bemestar e, por isso, jogam lixo na
segredo sobre a mudança de emprego, não causa o menor rua, fecham os cruzamentos, etc.
embaraço uma pergunta como esta: Nesse caso, o pressuposto é outro: “alguns” brasileiros
não se importam com a coletividade.
“Como vai você no seu novo emprego?”
No primeiro caso, a oração é explicativa; no segundo,
é restritiva. As explicativas pressupõem que o que elas ex-
O efeito da mesma pergunta seria catastrófico se ela
pressam se refere à totalidade dos elementos de um con-
se dirigisse a uma pessoa que conseguiu um segundo em-
junto; as restritivas, que o que elas dizem concerne apenas
prego e quer manter sigilo até decidir se abandona o an- a parte dos elementos de um conjunto. O produtor do tex-
terior. O adjetivo novo estabelece o pressuposto de que o to escreverá uma restritiva ou uma explicativa segundo o
interrogado tem um emprego diferente do anterior. pressuposto que quiser comunicar.
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LÍNGUA PORTUGUESA
“Competência e mérito continuam não valendo nada Um repórter, ao cometer uma transgressão em sua
como critério de promoção nesta empresa...” fala, transgride tanto quanto um indivíduo que compare-
Esse comentário talvez suscitasse esta suspeita: ce a um banquete trajando xortes ou quanto um banhista,
“Você está querendo dizer que eu não merecia a promoção?” numa praia, vestido de fraque e cartola.
Releva considerar, assim, o momento do discurso, que
Ora, o funcionário preterido, tendo recorrido a um su- pode ser íntimo, neutro ou solene. O momento íntimo é o
bentendido, poderia responder: das liberdades da fala. No recesso do lar, na fala entre ami-
gos, parentes, namorados, etc., portanto, são consideradas
“Absolutamente! Estou falando em termos gerais.” perfeitamente normais construções do tipo:
Eu não vi ela hoje.
Ninguém deixou ele falar.
NÍVEIS DE LINGUAGEM. Deixe eu ver isso!
Eu te amo, sim, mas não abuse!
Não assisti o filme nem vou assisti-lo.
Sou teu pai, por isso vou perdoá-lo.
Níveis de linguagem
Nesse momento, a informalidade prevalece sobre a nor-
A língua é um código de que se serve o homem para ela- ma culta, deixando mais livres os interlocutores.
borar mensagens, para se comunicar. Existem basicamente O momento neutro é o do uso da língua-padrão, que é
duas modalidades de língua, ou seja, duas línguas funcionais: a língua da Nação. Como forma de respeito, tomam-se por
1) a língua funcional de modalidade culta, língua culta base aqui as normas estabelecidas na gramática, ou seja, a
ou língua-padrão, que compreende a língua literária, tem por norma culta. Assim, aquelas mesmas construções se alteram:
base a norma culta, forma linguística utilizada pelo segmento Eu não a vi hoje.
mais culto e influente de uma sociedade. Constitui, em suma, Ninguém o deixou falar.
a língua utilizada pelos veículos de comunicação de mas- Deixe-me ver isso!
sa (emissoras de rádio e televisão, jornais, revistas, painéis, Eu te amo, sim, mas não abuses!
Não assisti ao filme nem vou assistir a ele.
anúncios, etc.), cuja função é a de serem aliados da escola,
Sou seu pai, por isso vou perdoar-lhe.
prestando serviço à sociedade, colaborando na educação;
2) a língua funcional de modalidade popular; língua po-
Considera-se momento neutro o utilizado nos veículos
pular ou língua cotidiana, que apresenta gradações as mais
de comunicação de massa (rádio, televisão, jornal, revista,
diversas, tem o seu limite na gíria e no calão.
etc.). Daí o fato de não se admitirem deslizes ou transgres-
sões da norma culta na pena ou na boca de jornalistas, quan-
Norma culta:
do no exercício do trabalho, que deve refletir serviço à causa
do ensino.
A norma culta, forma linguística que todo povo civilizado O momento solene, acessível a poucos, é o da arte poé-
possui, é a que assegura a unidade da língua nacional. E jus- tica, caracterizado por construções de rara beleza.
tamente em nome dessa unidade, tão importante do ponto Vale lembrar, finalmente, que a língua é um costume.
de vista político--cultural, que é ensinada nas escolas e di- Como tal, qualquer transgressão, ou chamado erro, deixa de
fundida nas gramáticas. Sendo mais espontânea e criativa, a sê-lo no exato instante em que a maioria absoluta o come-
língua popular afigura-se mais expressiva e dinâmica. Temos, te, passando, assim, a constituir fato linguístico registro de
assim, à guisa de exemplificação: linguagem definitivamente consagrado pelo uso, ainda que
Estou preocupado. (norma culta) não tenha amparo gramatical. Exemplos:
Tô preocupado. (língua popular) Olha eu aqui! (Substituiu: Olha-me aqui!)
Tô grilado. (gíria, limite da língua popular) Vamos nos reunir. (Substituiu: Vamo-nos reunir.)
Não basta conhecer apenas uma modalidade de lín- Não vamos nos dispersar. (Substituiu: Não nos vamos dis-
gua; urge conhecer a língua popular, captando-lhe a es- persar e Não vamos dispersar-nos.)
pontaneidade, expressividade e enorme criatividade, para Tenho que sair daqui depressinha. (Substituiu: Tenho de
viver; urge conhecer a língua culta para conviver. sair daqui bem depressa.)
Podemos, agora, definir gramática: é o estudo das nor- O soldado está a postos. (Substituiu: O soldado está no
mas da língua culta. seu posto.)
O conceito de erro em língua: As formas impeço, despeço e desimpeço, dos verbos im-
pedir, despedir e desimpedir, respectivamente, são exemplos
Em rigor, ninguém comete erro em língua, exceto nos também de transgressões ou “erros” que se tornaram fatos
casos de ortografia. O que normalmente se comete são linguísticos, já que só correm hoje porque a maioria viu tais
transgressões da norma culta. De fato, aquele que, num verbos como derivados de pedir, que tem início, na sua conju-
momento íntimo do discurso, diz: “Ninguém deixou ele fa- gação, com peço. Tanto bastou para se arcaizarem as formas
lar”, não comete propriamente erro; na verdade, transgride então legítimas impido, despido e desimpido, que hoje ne-
a norma culta. nhuma pessoa bem-escolarizada tem coragem de usar.
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As gírias pertencem ao vocabulário específico de cer- Há diversas formas de se garantir a coesão entre os
tos grupos, como os surfistas, cantores de rap, tatuadores, elementos de uma frase ou de um texto:
entre outros. Os jargões estão relacionados ao profissiona- - Substituição de palavras com o emprego de sinôni-
lismo, caracterizando um linguajar técnico. Representando mos, ou de palavras ou expressões do mesmo campo as-
a classe, podemos citar os médicos, advogados, profissio- sociativo.
nais da área de informática, dentre outros. - Nominalização – emprego alternativo entre um ver-
Vejamos um poema sobre o assunto: bo, o substantivo ou o adjetivo correspondente (desgastar /
desgaste / desgastante).
Vício na fala - Repetição na ligação semântica dos termos, empre-
Para dizerem milho dizem mio gada como recurso estilístico de intenção articulatória, e
Para melhor dizem mió não uma redundância - resultado da pobreza de vocabulá-
Para pior pió rio. Por exemplo, “Grande no pensamento, grande na ação,
Para telha dizem teia grande na glória, grande no infortúnio, ele morreu desconhe-
Para telhado dizem teiado cido e só.” (Rocha Lima)
E vão fazendo telhados. - Uso de hipônimos – relação que se estabelece com
Oswald de Andrade base na maior especificidade do significado de um deles.
Por exemplo, mesa (mais específico) e móvel (mais gené-
Na construção de um texto, assim como na fala, usamos rico).
mecanismos para garantir ao interlocutor a compreensão - Emprego de hiperônimos - relações de um termo de
do que é dito, ou lido. Esses mecanismos linguísticos que sentido mais amplo com outros de sentido mais específico.
estabelecem a conectividade e retomada do que foi escrito Por exemplo, felino está numa relação de hiperonímia com
ou dito, são os referentes textuais, que buscam garantir gato.
a coesão textual para que haja coerência, não só entre os - Substitutos universais, como os verbos vicários (ver-
elementos que compõem a oração, como também entre a bos que substituem um outro empregado anteriormente).
sequência de orações dentro do texto. Ex.: Necessito viajar, porém só o farei no ano vindouro.
Essa coesão também pode muitas vezes se dar de
modo implícito, baseado em conhecimentos anteriores A coesão apoiada na gramática dá-se no uso de co-
que os participantes do processo têm com o tema. Por nectivos, como certos pronomes, certos advérbios e expres-
exemplo, o uso de uma determinada sigla, que para o pú- sões adverbiais, conjunções, elipses, entre outros. A elipse
blico a quem se dirige deveria ser de conhecimento geral, justifica-se quando, ao remeter a um enunciado anterior, a
evita que se lance mão de repetições inúteis. palavra elidida é facilmente identificável (Ex.: O jovem reco-
Numa linguagem figurada, a coesão é uma linha ima- lheu-se cedo. Sabia que ia necessitar de todas as suas forças.
ginária - composta de termos e expressões - que une os O termo o jovem deixa de ser repetido e, assim, estabelece
diversos elementos do texto e busca estabelecer relações a relação entre as duas orações.).
de sentido entre eles. Dessa forma, com o emprego de di-
ferentes procedimentos, sejam lexicais (repetição, substi- Dêiticos são elementos linguísticos que têm a proprie-
tuição, associação), sejam gramaticais (emprego de prono- dade de fazer referência ao contexto situacional ou ao pró-
mes, conjunções, numerais, elipses), constroem-se frases, prio discurso. Exercem, por excelência, essa função de pro-
orações, períodos, que irão apresentar o contexto – decor- gressão textual, dada sua característica: são elementos que
re daí a coerência textual. não significam, apenas indicam, remetem aos componentes
Um texto incoerente é o que carece de sentido ou o da situação comunicativa.
apresenta de forma contraditória. Muitas vezes essa incoe- Já os componentes concentram em si a significação. Eli-
rência é resultado do mau uso daqueles elementos de coe- sa Guimarães ensina-nos a esse respeito:
são textual. Na organização de períodos e de parágrafos, “Os pronomes pessoais e as desinências verbais indicam os
um erro no emprego dos mecanismos gramaticais e lexi- participantes do ato do discurso. Os pronomes demonstrativos,
cais prejudica o entendimento do texto. Construído com os certas locuções prepositivas e adverbiais, bem como os advér-
elementos corretos, confere-se a ele uma unidade formal. bios de tempo, referenciam o momento da enunciação, poden-
Nas palavras do mestre Evanildo Bechara, “o enunciado do indicar simultaneidade, anterioridade ou posterioridade. As-
não se constrói com um amontoado de palavras e orações. sim: este, agora, hoje, neste momento (presente); ultimamente,
Elas se organizam segundo princípios gerais de dependência recentemente, ontem, há alguns dias, antes de (pretérito); de
e independência sintática e semântica, recobertos por unida- agora em diante, no próximo ano, depois de (futuro).”
des melódicas e rítmicas que sedimentam estes princípios”.
Desta lição, extrai-se que não se deve escrever frases Somente a coesão, contudo, não é suficiente para que
ou textos desconexos – é imprescindível que haja uma uni- haja sentido no texto, esse é o papel da coerência, e coe-
dade, ou seja, que essas frases estejam coesas e coerentes rência relaciona--se intimamente a contexto.
formando o texto.
Além disso, relembre-se de que, por coesão, entende-
-se ligação, relação, nexo entre os elementos que compõem
a estrutura textual.
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- Apenas o último elemento varia. Quando os ele- O feminino de elefante é elefanta , e não elefoa. Aliá é
mentos são adjetivos: hispano-americano − hispano-ame- correto, mas designa apenas uma espécie de elefanta. Ma-
ricanos. A exceção é surdo-mudo, em que os dois adjeti- mão, para alguns gramáticos, deve ser considerado epice-
vos se flexionam: surdos-mudos. Nos compostos em que no. É algo discutível.
aparecem os adjetivos grão, grã e bel: grão-duque − grão- Há substantivos de gênero duvidoso, que as pessoas
-duques; grã-cruz − grã-cruzes; bel-prazer − bel-prazeres. costumam trocar: champanha aguardente, dó, alface, eclip-
Quando o composto é formado por verbo ou qualquer se, calformicida, cataplasma, grama (peso), grafite, milhar
elemento invariável (advérbio, interjeição, prefixo etc.) mais libido, plasma, soprano, musse, suéter, preá, telefonema.
substantivo ou adjetivo: arranha-céu − arranha-céus; sem- Existem substantivos que admitem os dois gêneros:
pre-viva − sempre-vivas; super-homem − super-homens. diabetes (ou diabete), laringe, usucapião etc.
Quando os elementos são repetidos ou onomatopaicos (re-
presentam sons): reco-reco − reco-recos; pingue-pongue − Flexão de Grau:
pingue-pongues; bem-te-vi − bem-te-vis.
Como se vê pelo segundo exemplo, pode haver algu-
Grau do substantivo
ma alteração nos elementos, ou seja, não serem iguais. Se
- Normal ou Positivo: sem nenhuma alteração.
forem verbos repetidos, admite-se também pôr os dois no
- Aumentativo: Sintético: chapelão. Analítico: chapéu
plural: pisca-pisca − pisca-piscas ou piscas-piscas
grande, chapéu enorme etc.
- Nenhum elemento varia. Quando há verbo mais - Diminutivo: Sintético: chapeuzinho. Analítico: cha-
palavra invariável: O cola-tudo – os cola-tudo. Quando há péu pequeno, chapéu reduzido etc. Um grau é sintético
dois verbos de sentido oposto: o perde-ganha – os perde- quando formado por sufixo; analítico, por meio de outras
-ganha. Nas frases substantivas (frases que se transformam palavras.
em substantivos): O maria-vai-com-as-outras − os maria-
-vai-com-as-outras. Grau do adjetivo
- Normal ou Positivo: João é forte.
- São invariáveis arco-íris, louva-a-deus, sem-vergonha, - Comparativo: de superioridade: João é mais forte
sem-teto e sem-terra: Os sem-terra apreciavam os arco-íris. que André. (ou do que); de inferioridade: João é menos
Admitem mais de um plural: pai-nosso − pais-nossos ou pai- forte que André. (ou do que); de igualdade: João é tão for-
-nossos; padre-nosso − padres-nossos ou padre-nossos; ter- te quanto André. (ou como)
ra-nova − terras-novas ou terra-novas; salvo-conduto − sal- - Superlativo: Absoluto: sintético: João é fortíssimo;
vos-condutos ou salvo-condutos; xeque-mate − xeques-ma- analítico: João é muito forte (bastante forte, forte demais
tes ou xeques-mate; fruta-pão − frutas-pães ou frutas-pão; etc.); Relativo: de superioridade: João é o mais forte da tur-
guarda-marinha − guardas-marinhas ou guardas-marinha. ma; de inferioridade: João é o menos forte da turma.
Casos especiais: palavras que não se encaixam nas regras: o O grau superlativo absoluto corresponde a um aumento
bem-me-quer − os bem-me-queres; o joão-ninguém − os do adjetivo. Pode ser expresso por um sufixo (íssimo, érrimo
joões-ninguém; o lugar-tenente − os lugar-tenentes; o ma- ou imo) ou uma palavra de apoio, como muito, bastante,
pa-múndi − os mapas-múndi. demasiadamente, enorme etc. As palavras maior, menor,
melhor, e pior constituem sempre graus de superioridade:
Flexão de Gênero: Os substantivos e as palavras que O carro é menor que o ônibus; menor (mais pequeno): com-
o acompanham na frase admitem a flexão de gênero: mas- parativo de superioridade. Ele é o pior do grupo; pior (mais
culino e feminino: Meu amigo diretor recebeu o primeiro mau): superlativo relativo de superioridade.
salário. Minha amiga diretora recebeu a primeira prestação.
Alguns superlativos absolutos sintéticos que podem apre-
A flexão de feminino pode ocorrer de duas maneiras.
sentar dúvidas. acre – acérrimo, amargo – amaríssimo; amigo –
- Com a troca de o ou e por a: lobo – loba; mestre – mestra.
amicíssimo; antigo – antiqüíssimo; cruel – crudelíssimo; doce –
- Por meio de diferentes sufixos nominais de gênero,
dulcíssimo; fácil – facílimo; feroz – ferocíssimo; fiel – fidelíssimo;
muitas vezes com alterações do radical: ateu – atéia; bispo – epis-
copisa; conde – condessa; duque – duquesa; frade – freira; ilhéu geral – generalíssimo; humilde – humílimo; magro – macérrimo;
– ilhoa; judeu – judia; marajá – marani; monje – monja; pigmeu – negro – nigérrimo; pobre – paupérrimo; sagrado – sacratíssimo;
pigmeia; píton – pitonisa; sandeu – sandia; sultão – sultana. sério – seriíssimo; soberbo – superbíssimo.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Tempos do Futuro: Indicam processos que irão acon- 05. Mesma pronúncia de “bolos”:
tecer: a) tijolos
- Futuro do Presente: Exprime um processo que ainda b) caroços
não aconteceu: Farei essa viagem no fim do ano. c) olhos
- Futuro do Pretérito: Exprime um processo posterior d) fornos
e) rostos
a um processo que já passou: Eu faria essa viagem se não
tivesse comprado o carro.
06. Não varia no plural:
Modo Subjuntivo: Expressa incerteza, possibilidade ou
a) tique-taque
dúvida em relação ao processo verbal e não está ligado
b) guarda-comida
com a noção de tempo. Há três tempos: presente, imperfei- c) beija-flor
to e futuro. Quero que voltes para mim; Não pise na gra- d) para-lama
ma; É possível que ele seja honesto; Espero que ele fique e) cola-tudo
contente; Duvido que ele seja o culpado; Procuro alguém
que seja meu companheiro para sempre; Ainda que ele 07. Está mal flexionado o adjetivo na alternativa:
queira, não lhe será concedida a vaga; Se eu fosse bailari- a) Tecidos verde-olivas
na, estaria na Rússia; Quando eu tiver dinheiro, irei para as b) Festas cívico-religiosas
praias do nordeste. c) Guardas noturnos luso-brasileiros
Modo Imperativo: Exprime atitude de ordem, pedido d) Ternos azul-marinho
ou solicitação: Vai e não voltes mais. e) Vários porta-estandartes
Pessoa: A norma da língua portuguesa estabelece três
pessoas: Singular: eu , tu , ele, ela. Plural: nós, vós, eles, elas. 08. Na sentença “Há frases que contêm mais beleza do
No português brasileiro é comum o uso do pronome de que verdade”, temos grau:
tratamento você (s) em lugar do tu e vós. a) comparativo de superioridade
b) superlativo absoluto sintético
Exercícios c) comparativo de igualdade
d) superlativo relativo
01. Assinale o par de vocábulos que formam o plural e) superlativo por meio de acréscimo de sufixo
como órfão e mata-burro, respectivamente:
a) cristão / guarda-roupa 09. Assinale a alternativa em que a flexão do substanti-
b) questão / abaixo-assinado vo composto está errada:
c) alemão / beija-flor a) os pés-de-chumbo
d) tabelião / sexta-feira b) os corre-corre
e) cidadão / salário-família c) as públicas-formas
d) os cavalos-vapor
e) os vaivéns
02. Relativamente à concordância dos adjetivos com-
postos indicativos de cor, uma, dentre as seguintes, está
Respostas: 1-A / 2-D / 3-C / 4-D / 5-E / 6-E / 7-A / 8-A
errada. Qual?
/ 9-B /
126
MATEMÁTICA
Números inteiros e racionais: operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação); expressões numéricas;
Frações e operações com frações..................................................................................................................................................................... .01
Múltiplos e divisores, Máximo divisor comum e Mínimo divisor comum ........................................................................................ 07
Números e grandezas proprocionais: Razões e proporções; Divisão em partes proporcionais............................................... 11
Regra de três.............................................................................................................................................................................................................. 15
Sistema métrico decimal........................................................................................................................................................................................ 19
Equações e inequações.......................................................................................................................................................................................... 23
Funções ....................................................................................................................................................................................................................... 29
Gráficos e tabelas..................................................................................................................................................................................................... 37
Estatística Descritiva, Amostragem, Teste de Hipóteses e Análise de Regressão ........................................................................... 43
Geometria.................................................................................................................................................................................................................... 48
Matriz, determinantes e sistemas lineares...................................................................................................................................................... 62
Sequências, progressão aritmética e geométrica........................................................................................................................................ 70
Porcentagem.............................................................................................................................................................................................................. 74
Juros simples e compostos................................................................................................................................................................................... 77
Taxas de Juros, Desconto, Equivalência de Capitais, Anuidades e Sistemas de Amortização.................................................... 80
MATEMÁTICA
Exemplo 2
NÚMEROS INTEIROS E RACIONAIS:
OPERAÇÕES (ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, 40 – 9 x 4 + 23
MULTIPLICAÇÃO, DIVISÃO, 40 – 36 + 23
4 + 23
POTENCIAÇÃO); EXPRESSÕES
27
NUMÉRICAS; FRAÇÕES E OPERAÇÕES COM
FRAÇÕES. Exemplo 3
25-(50-30)+4x5
25-20+20=25
Números Racionais
Chama-se de número racional a todo número que
- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um pode ser expresso na forma , onde a e b são inteiros
antecessor (número que vem antes do número dado). quaisquer, com b≠0
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente São exemplos de números racionais:
de zero. -12/51
a) O antecessor do número m é m-1. -3
b) O antecessor de 2 é 1. -(-3)
c) O antecessor de 56 é 55. -2,333...
d) O antecessor de 10 é 9.
As dízimas periódicas podem ser representadas por
Expressões Numéricas fração, portanto são consideradas números racionais.
Como representar esses números?
Nas expressões numéricas aparecem adições, subtra- Representação Decimal das Frações
ções, multiplicações e divisões. Todas as operações podem
acontecer em uma única expressão. Para resolver as ex- Temos 2 possíveis casos para transformar frações em
pressões numéricas utilizamos alguns procedimentos: decimais
Se em uma expressão numérica aparecer as quatro 1º) Decimais exatos: quando dividirmos a fração, o nú-
operações, devemos resolver a multiplicação ou a divisão mero decimal terá um número finito de algarismos após a
primeiramente, na ordem em que elas aparecerem e so- vírgula.
mente depois a adição e a subtração, também na ordem
em que aparecerem e os parênteses são resolvidos primei-
ro.
Exemplo 1
10 + 12 – 6 + 7
22 – 6 + 7
16 + 7
23
1
MATEMÁTICA
Números Irracionais
Identificação de números irracionais
10x=3,333...
E então subtraímos:
10x-x=3,333...-0,333...
9x=3
X=3/9
X=1/3
2
MATEMÁTICA
Intervalo:[a,+ ∞[
Conjunto:{x∈R|x≥a}
INTERVALOS LIMITADOS
Intervalo fechado – Números reais maiores do que a ou
iguais a e menores do que b ou iguais a b. Intervalo:]a,+ ∞[
Conjunto:{x∈R|x>a}
Intervalo:[a,b] Potenciação
Conjunto: {x∈R|a≤x≤b} Multiplicação de fatores iguais
INTERVALOS IIMITADOS
4) Todo número negativo, elevado ao expoente ím-
Semirreta esquerda, fechada de origem b- números par, resulta em um número negativo.
reais menores ou iguais a b.
Intervalo:]-∞,b]
Conjunto:{x∈R|x≤b} 5) Se o sinal do expoente for negativo, devemos pas-
sar o sinal para positivo e inverter o número que está na
Semirreta esquerda, aberta de origem b – números base.
reais menores que b.
Intervalo:]-∞,b[
Conjunto:{x∈R|x<b}
3
MATEMÁTICA
6) Toda vez que a base for igual a zero, não importa o Técnica de Cálculo
valor do expoente, o resultado será igual a zero. A determinação da raiz quadrada de um número tor-
na-se mais fácil quando o algarismo se encontra fatorado
em números primos. Veja:
Propriedades
Exemplos:
24 . 23 = 24+3= 27
(2.2.2.2) .( 2.2.2)= 2.2.2. 2.2.2.2= 27
Observe: 1 1
1
n
a.b = n a .n b
4) E uma multiplicação de dois ou mais fatores eleva-
dos a um expoente, podemos elevar cada um a esse mes- O radical de índice inteiro e positivo de um produto
mo expoente. indicado é igual ao produto dos radicais de mesmo índice
(4.3)²=4².3² dos fatores do radicando.
a ∈ R+ , b ∈ R *+ , n ∈ N * ,
se
então:
a na
n =
b nb
4
MATEMÁTICA
O radical de índice inteiro e positivo de um quociente 1º Caso:Denominador composto por uma só parcela
indicado é igual ao quociente dos radicais de mesmo índi-
ce dos termos do radicando.
Operações
2º Caso: Denominador composto por duas parcelas.
Operações
Devemos multiplicar de forma que obtenha uma dife-
Multiplicação rença de quadrados no denominador:
Exemplo
QUESTÕES
5
MATEMÁTICA
03. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária - De acordo com esses dados, ao longo da existência
MSCONCURSOS/2017) O valor de √0,444... é: desse prédio comercial, a fração do total de situações de
(A) 0,2222... risco de incêndio geradas por descuidos ao cozinhar cor-
(B) 0,6666... responde à
(C) 0,1616... (A) 3/20.
(D) 0,8888... (B) 1/4.
(C) 13/60.
04. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU- (D) 1/5.
NESP/2017) Se, numa divisão, o divisor e o quociente são (E) 1/60.
iguais, e o resto é 10, sendo esse resto o maior possível,
então o dividendo é 07. (ITAIPU BINACIONAL - Profissional Nível Técni-
(A) 131. co I - Técnico em Eletrônica – NCUFPR/2017) Assinale a
(B) 121. alternativa que apresenta o valor da expressão
(C) 120.
(D) 110.
(E) 101.
6
MATEMÁTICA
RESPOSTAS
X=0,4444....
10x=4,444... Dos homens que saíram:
9x=4
Saíram no total
04. Resposta: A.
Como o maior resto possível é 10, o divisor é o número
11 que é igua o quociente.
11x11=121+10=131
05. Resposta: E.
A 7ª expressão será: 1234567x9+8=11111111
06. Resposta: D.
MÚLTIPLOS E DIVISORES, MÁXIMO
DIVISOR COMUM E MÍNIMO MÚLTIPLO
COMUM.
Gerado por descuidos ao cozinhar:
Múltiplos
Mas, que foram gerados por displicência é 12/13(1- Um número é múltiplo de outro quando ao dividirmos
1/13) o primeiro pelo segundo, o resto é zero.
Exemplo
07.Resposta: C.
O conjunto de múltiplos de um número natural não-
-nulo é infinito e podemos consegui-lo multiplicando-se o
número dado por todos os números naturais.
M(3)={0,3,6,9,12,...}
Divisores
7
MATEMÁTICA
D(12)={1,2,3,4,6,12}
D(15)={1,3,5,15} Assim, o mmc
Observações:
Exemplo
- Todo número natural é múltiplo de si mesmo.
- Todo número natural é múltiplo de 1. O piso de uma sala retangular, medindo 3,52 m × 4,16
- Todo número natural, diferente de zero, tem infinitos m, será revestido com ladrilhos quadrados, de mesma di-
múltiplos. mensão, inteiros, de forma que não fique espaço vazio
- O zero é múltiplo de qualquer número natural. entre ladrilhos vizinhos. Os ladrilhos serão escolhidos de
modo que tenham a maior dimensão possível.
Máximo Divisor Comum Na situação apresentada, o lado do ladrilho deverá
O máximo divisor comum de dois ou mais números medir
naturais não-nulos é o maior dos divisores comuns desses (A) mais de 30 cm.
números. (B) menos de 15 cm.
Para calcular o m.d.c de dois ou mais números, deve- (C) mais de 15 cm e menos de 20 cm.
mos seguir as etapas: (D) mais de 20 cm e menos de 25 cm.
• Decompor o número em fatores primos (E) mais de 25 cm e menos de 30 cm.
• Tomar o fatores comuns com o menor expoente
• Multiplicar os fatores entre si. Resposta: A.
Exemplo:
Resposta: E.
Mmc(20,30,44)=2².3.5.11=660
1h---60minutos
Para o mmc, fica mais fácil decompor os dois juntos. x-----660
Basta começar sempre pelo menor primo e verificar a x=660/60=11
divisão com algum dos números, não é necessário que os
dois sejam divisíveis ao mesmo tempo. Então será depois de 11horas que se encontrarão
Observe que enquanto o 15 não pode ser dividido, 7+11=18h
continua aparecendo.
8
MATEMÁTICA
9
MATEMÁTICA
05. Resposta: D.
RESPOSTAS
01. Resposta: E.
Mmc(5,6,7)=2⋅3⋅5⋅7=210
06. Resposta: C.
10
MATEMÁTICA
Mdc(90, 125)=2.3²=18
Então teremos
126/18 = 7 grupos de exatas
90/18 = 5 grupos de humanas
A diferença é de 7-5=2
Mmc(6,8)=24
- eles são múltiplos de 2, pois terminam com números
Mdc(30, 36, 72) =2x3=6 pares.
Portanto: 24/6=4 E são múltiplos de 3, lembrando que para ser múltiplo
de 3, basta somar os números e ser múltiplo de 3.
36=3+6=9
90=9+0=9
162=1+6+2=9
NÚMEROS E GRANDEZAS
PROPORCIONAIS: RAZÕES E
07. Resposta: E.
PROPORÇÕES; DIVISÃO EM PARTES
MDC(120,160)=8x5=40 PROPORCIONAIS
08. Resposta:B.
Razão
09. Resposta: A.
Proporção
10. Resposta: B.
O cálculo utilizado aqui será o MDC (Máximo Divisor
Comum) Os números A e D são denominados extremos enquan-
to os números B e C são os meios e vale a propriedade: o
produto dos meios é igual ao produto dos extremos, isto é:
AxD=BxC
11
MATEMÁTICA
ou
Exercício: Determinar o valor de X para que a razão X/3
esteja em proporção com 4/6.
Grandezas Diretamente Proporcionais
Solução: Deve-se montar a proporção da seguinte for-
Duas grandezas variáveis dependentes são diretamen-
ma:
te proporcionais quando a razão entre os valores da 1ª
grandeza é igual a razão entre os valores correspondentes
da 2ª, ou de uma maneira mais informal, se eu pergunto:
Quanto mais.....mais....
.
Exemplo
Distância percorrida e combustível gasto
Segunda propriedade das proporções
Qualquer que seja a proporção, a soma ou a diferença
dos dois primeiros termos está para o primeiro, ou para Distância(km) Combustível(litros)
o segundo termo, assim como a soma ou a diferença dos 13 1
dois últimos termos está para o terceiro, ou para o quarto
termo. Então temos: 26 2
39 3
52 4
Exemplo
velocidadextempo a tabela abaixo:
Ou Diretamente Proporcionais
Para decompor um número M em partes X1, X2, ..., Xn di-
retamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, deve-se montar um
sistema com n equações e n incógnitas, sendo as somas
X1+X2+...+Xn=M e p1+p2+...+pn=P.
12
MATEMÁTICA
QUESTÕES
13
MATEMÁTICA
04. (UNIRV/60 – Auxiliar de Laboratório – UNIRV- 09. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VU-
GO/2017) Em relação à prova de matemática de um con- NESP/2017) O transporte de 1980 caixas iguais foi total-
curso, Paula acertou 32 das 48 questões da prova. A razão mente repartido entre dois veículos, A e B, na razão direta
entre o número de questões que ela errou para o total de das suas respectivas capacidades de carga, em toneladas.
questões da prova é de Sabe-se que A tem capacidade para transportar 2,2 t, en-
(A) 2/3 quanto B tem capacidade para transportar somente 1,8 t.
(B) 1/2 Nessas condições, é correto afirmar que a diferença
(C) 1/3 entre o número de caixas carregadas em A e o número de
(D) 3/2 caixas carregadas em B foi igual a
(A) 304.
05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE- (B) 286.
GO/2017) José, pai de Alfredo, Bernardo e Caetano, de 2, 5 (C) 224.
e 8 anos, respectivamente, pretende dividir entre os filhos a (D) 216.
quantia de R$ 240,00, em partes diretamente proporcionais (E) 198.
às suas idades. Considerando o intento do genitor, é possí-
vel afirmar que cada filho vai receber, em ordem crescente 10. (EMDEC – Assistente Administrativo – IBFC/2016)
de idades, os seguintes valores: Paulo vai dividir R$ 4.500,00 em partes diretamente pro-
(A) R$ 30,00, R$ 60,00 e R$150,00. porcionais às idades de seus três filhos com idades de 4, 6
(B) R$ 42,00, R$ 58,00 e R$ 140,00. e 8 anos respectivamente. Desse modo, o total distribuído
(C) R$ 27,00, R$ 31,00 e R$ 190,00. aos dois filhos com maior idade é igual a:
(D) R$ 28,00, R$ 84,00 e R$ 128,00. (A) R$2.500,00
(E) R$ 32,00, R$ 80,00 e R$ 128,00. (B) R$3.500,00
(C) R$ 1.000,00
06. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU- (D) R$3.200,00
NESP/2017) Sabe-se que 16 caixas K, todas iguais, ou 40
caixas Q, todas também iguais, preenchem totalmente cer-
to compartimento, inicialmente vazio. Também é possível RESPOSTAS
preencher totalmente esse mesmo compartimento com-
pletamente vazio utilizando 4 caixas K mais certa quantida- 01. Resposta: C.
de de caixas Q. Nessas condições, é correto afirmar que o 30k+70k=140
número de caixas Q utilizadas será igual a 100k=140
(A) 10. K=1,4
(B) 28. 30⋅1,4=42
(C) 18. 70⋅1,4=98
(D) 22.
(E) 30. 02. Resposta: A.
Vamos dividir o prêmio pelas horas somadas
07. (IPRESB/SP – Agente Previdenciário – VU- 32+24+20+3⋅16+2⋅12=148
NESP/2017) A tabela, onde alguns valores estão substituí- 74000/148=500
dos por letras, mostra os valores, em milhares de reais, que O maior prêmio foi para quem fez 32 horas semanais
eram devidos por uma empresa a cada um dos três forne- 32⋅500=16000
cedores relacionados, e os respectivos valores que foram 12⋅500=6000
pagos a cada um deles. A diferença é: 16000-6000=10000
14
MATEMÁTICA
REGRA DE TRÊS
Q=30 caixas
07. Resposta: E.
Regra de três simples
15
MATEMÁTICA
Velocidade----------tempo QUESTÕES
400↓-----------------X↓
480↓---------------- 3↓ 01. (IPRESB/SP - Analista de Processos Previdenciá-
rios- VUNESP/2017) Para imprimir 300 apostilas destina-
480x=1200 das a um curso, uma máquina de fotocópias precisa traba-
X=25 lhar 5 horas por dia durante 4 dias. Por motivos administra-
tivos, será necessário imprimir 360 apostilas em apenas 3
Regra de três composta dias. O número de horas diárias que essa máquina terá que
Regra de três composta é utilizada em problemas com trabalhar para realizar a tarefa é
mais de duas grandezas, direta ou inversamente propor- (A) 6.
cionais. (B) 7.
(C) 8.
Exemplos: (D) 9.
(E) 10.
1) Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m³ de
areia. Em 5 horas, quantos caminhões serão necessários 02. (SEPOG – Analista em Tecnologia da Informação
para descarregar 125m³? e Comunicação – FGV/2017) Uma máquina copiadora A
faz 20% mais cópias do que uma outra máquina B, no mes-
Solução: montando a tabela, colocando em cada co- mo tempo.
luna as grandezas de mesma espécie e, em cada linha, as A máquina B faz 100 cópias em uma hora.
grandezas de espécies diferentes que se correspondem: A máquina A faz 100 cópias em
(A) 44 minutos.
Horas --------caminhões-----------volume (B) 46 minutos.
8↑----------------20↓----------------------160↑ (C) 48 minutos.
5↑------------------x↓----------------------125↑ (D) 50 minutos.
(E) 52 minutos.
A seguir, devemos comparar cada grandeza com aque-
la onde está o x. 03. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária
Observe que: - MSCONCURSOS/2017) Para a construção de uma ro-
Aumentando o número de horas de trabalho, pode- dovia, 12 operários trabalham 8 horas por dia durante 14
mos diminuir o número de caminhões. Portanto a relação dias e completam exatamente a metade da obra. Porém, a
é inversamente proporcional (seta para cima na 1ª coluna). rodovia precisa ser terminada daqui a exatamente 8 dias,
Aumentando o volume de areia, devemos aumentar o e então a empresa contrata mais 6 operários de mesma
número de caminhões. Portanto a relação é diretamente capacidade dos primeiros. Juntos, eles deverão trabalhar
proporcional (seta para baixo na 3ª coluna). Devemos igua- quantas horas por dia para terminar o trabalho no tempo
lar a razão que contém o termo x com o produto das outras correto?
razões de acordo com o sentido das setas. (A) 6h 8 min
Montando a proporção e resolvendo a equação temos: (B) 6h 50min
(C) 9h 20 min
Horas --------caminhões-----------volume (D) 9h 33min
8↑----------------20↓----------------------160↓
5↑------------------x↓----------------------125↓ 04. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-
NESP/2017 ) Um restaurante “por quilo” apresenta seus
Obs.: Assim devemos inverter a primeira coluna fican- preços de acordo com a tabela:
do:
Horas --------caminhões-----------volume
5----------------20----------------------160
8------------------x----------------------125 Rodolfo almoçou nesse restaurante na última sexta-fei-
ra. Se a quantidade de alimentos que consumiu nesse al-
moço custou R$ 21,00, então está correto afirmar que essa
quantidade é, em gramas, igual a
(A) 375.
Logo, serão necessários 25 caminhões (B) 380.
(C) 420.
(D) 425.
(E) 450.
16
MATEMÁTICA
05. . (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU- 10. (MPE/SP – Oficial de Promotoria I – VU-
NESP/2017 ) Um carregamento de areia foi total- NESP/2016) Para organizar as cadeiras em um auditório, 6
mente embalado em 240 sacos, com 40 kg em cada funcionários, todos com a mesma capacidade de produção,
saco. Se fossem colocados apenas 30 kg em cada trabalharam por 3 horas. Para fazer o mesmo trabalho, 20
saco, o número de sacos necessários para embalar funcionários, todos com o mesmo rendimento dos iniciais,
todo o carregamento seria igual a deveriam trabalhar um total de tempo, em minutos, igual a
(A) 420. (A) 48.
(B) 375. (B) 50.
(C) 370. (C) 46.
(D) 345. (D) 54.
(E) 320. (E) 52.
17
MATEMÁTICA
05. Resposta: E.
Sacos kg
240----40
x----30
30x=9600
X=320
06. Resposta: A.
↓Funcionários ↑ horas bolsas↓
48------------------------12-----------480
x-----------------------------15----------1200
Quanto mais funcionários, menos horas precisam
Quanto mais funcionários, mais bolsas feitas
X=96 funcionários
Precisam de mais 48 funcionários
07. Resposta: B.
Operários dias
12-----------90
x--------------60
Quanto mais operários, menos dias (inversamente proporcional)
60x=1080
X=18
08. Resposta: B.
V=1,5⋅1,2⋅0,7=1,26m³=1260litros
50litros-----3 min
1260--------x
X=3780/50=75,6min
0,6min=36s
75min=60+15=1h15min
09. Resposta: A.
↑Dias ↑ operários peças↑
6-------------5---------------600
8--------------7---------------x
30x=33600
X=1120
18
MATEMÁTICA
10. Resposta: D.
3x60=180 minutos
↑Funcionários minutos↓
6------------180
20-------------x
As Grandezas são inversamente proporcionais, pois quanto mais funcionários, menos tempo será gasto.
Vamos inverter os minutos
↑Funcionários minutos↑
6------------x
20-------------180
20x=6.180
20x=1040
X=54 minutos
Unidades de Comprimento
km hm dam m dm cm mm
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m
Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes distâncias, enquanto os submúltiplos, para pequenas distân-
cias. Para medidas milimétricas, em que se exige precisão, utilizamos:
Para distâncias astronômicas utilizamos o Ano-luz (distância percorrida pela luz em um ano):
Ano-luz = 9,5 · 1012 km
Exemplos de Transformação
1m=10dm=100cm=1000mm=0,1dam=0,01hm=0,001km
1km=10hm=100dam=1000m
Ou seja, para trasnformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 10 e para a esquerda divide por
10.
Superfície
A medida de superfície é sua área e a unidade fundamental é o metro quadrado(m²).
Para transformar de uma unidade para outra inferior, devemos observar que cada unidade é cem vezes maior que a
unidade imediatamente inferior. Assim, multiplicamos por cem para cada deslocamento de uma unidade até a desejada.
Unidades de Área
km 2
hm 2
dam 2
m2 dm2 cm2 mm2
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado
1000000m2 10000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2 0,000001m2
19
MATEMÁTICA
Exemplos de Transformação
1m²=100dm²=10000cm²=1000000mm²
1km²=100hm²=10000dam²=1000000m²
Ou seja, para trasnformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 100 e para a esquerda divide por
100.
Volume
Os sólidos geométricos são objetos tridimensionais que ocupam lugar no espaço. Por isso, eles possuem volume. Po-
demos encontrar sólidos de inúmeras formas, retangulares, circulares, quadrangulares, entre outras, mas todos irão possuir
volume e capacidade.
Unidades de Volume
km 3
hm 3
dam 3
m3 dm3 cm3 mm3
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico
1000000000m3 1000000m3 1000m3 1m3 0,001m3 0,000001m3 0,000000001m3
Capacidade
Para medirmos a quantidade de leite, sucos, água, óleo, gasolina, álcool entre outros utilizamos o litro e seus múltiplos
e submúltiplos, unidade de medidas de produtos líquidos.
Se um recipiente tem 1L de capacidade, então seu volume interno é de 1dm³
1L=1dm³
Unidades de Capacidade
kl hl dal l dl cl ml
Quilolitro Hectolitro Decalitro Litro Decilitro Centilitro Mililitro
1000l 100l 10l 1l 0,1l 0,01l 0,001l
Massa
Toda vez que andar 1 casa para direita, multiplica por 10 e quando anda para esquerda divide por 10.
E uma outra unidade de massa muito importante é a tonelada
1 tonelada=1000kg
Tempo
20
MATEMÁTICA
Deve-se saber:
1 dia=24horas
1hora=60minutos 5h 20 minutos :2
1 minuto=60segundos
1hora=3600s 1h 20 minutos, transformamos para minutos
:60+20=80minutos
Adição de tempo
Pedro pensou em estudar durante 2h 40 minutos, mas 04. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIR-
demorou o dobro disso. Quanto tempo durou o estudo? VGO/2017) Uma empresa farmacêutica distribuiu 14400
litros de uma substância líquida em recipientes de 72 cm3
cada um. Sabe-se que cada recipiente, depois de cheio,
tem 80 gramas. A quantidade de toneladas que representa
todos os recipientes cheios com essa substância é de
(A) 16
(B) 160
(C) 1600
(D) 16000
21
MATEMÁTICA
05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE- 09. (ANP – Técnico Administrativo – CESGRAN-
GO/2017) João estuda à noite e sua aula começa às RIO/2016) Um caminhão-tanque chega a um posto de abas-
18h40min. Cada aula tem duração de 45 minutos, e o tecimento com 36.000 litros de gasolina em seu reservatório.
intervalo dura 15 minutos. Sabendo-se que nessa escola Parte dessa gasolina é transferida para dois tanques de arma-
há 5 aulas e 1 intervalo diariamente, pode-se afirmar que zenamento, enchendo-os completamente. Um desses tanques
o término das aulas de João se dá às: tem 12,5 m3, e o outro, 15,3 m3, e estavam, inicialmente, vazios.
(A) 22h30min Após a transferência, quantos litros de gasolina resta-
(B) 22h40min ram no caminhão-tanque?
(C) 22h50min (A) 35.722,00
(D) 23h (B) 8.200,00
(E) Nenhuma das anteriores (C) 3.577,20
(D) 357,72
06. (IBGE – Agente Censitário Administrativo- (E) 332,20
FGV/2017) Quando era jovem, Arquimedes corria 15km
10. (DPE/RR – Auxiliar Administrativo – FCC/2015)
em 1h45min. Agora que é idoso, ele caminha 8km em
Raimundo tinha duas cordas, uma de 1,7 m e outra de 1,45
1h20min.
m. Ele precisava de pedaços, dessas cordas, que medissem
40 cm de comprimento cada um. Ele cortou as duas cordas
Para percorrer 1km agora que é idoso, comparado em pedaços de 40 cm de comprimento e assim conseguiu
com a época em que era jovem, Arquimedes precisa de obter
mais: (A) 6 pedaços.
(A) 10 minutos; (B) 8 pedaços.
(B) 7 minutos; (C) 9 pedaços.
(C) 5 minutos; (D) 5 pedaços.
(D) 3 minutos; (E) 7 pedaços.
(E) 2 minutos.
03. Resposta:A.
4500/3=1500 litros para as caixinhas
1500litros=1500000ml
1500000/300=5000 caixinhas por dia
5000.5=25000 caixinhas em 5 dias
22
MATEMÁTICA
05. Resposta: B.
5⋅45=225 minutos de aula EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES
225/60=3 horas 45 minutos nas aulas mais 15 minutos
de intervalo=4horas
18:40+4h=22h:40
Equação 1º grau
06. Resposta: D. Equação é toda sentença matemática aberta represen-
1h45min=60+45=105 minutos tada por uma igualdade, em que exista uma ou mais letras
que representam números desconhecidos.
15km-------105 Equação do 1º grau, na incógnita x, é toda equação
1--------------x redutível à forma ax+b=0, em que a e b são números reais,
X=7 minutos chamados coeficientes, com a≠0.
Uma raiz da equação ax+b =0(a≠0) é um valor numé-
1h20min=60+20=80min rico de x que, substituindo no 1º membro da equação, tor-
na-se igual ao 2º membro.
8km----80
1-------x Nada mais é que pensarmos em uma balança.
X=10minutos
A diferença é de 3 minutos
07. Resposta: B.
V------80min
V+20----48
Quanto maior a velocidade, menor o tempo(inversa-
mente)
23
MATEMÁTICA
Lembrando que:
Pi=Pa+3
Substituindo em Pe
Pe=2(Pa+3)+2Pa
Pe=2Pa+6+2Pa
Pe=4Pa+6
Equação 2º grau
A equação do segundo grau é representada pela fór- Relações entre Coeficientes e Raízes
mula geral:
Dada as duas raízes:
24
MATEMÁTICA
Inequação-Quociente
Na inequação-quociente, tem-se uma desigualdade
de funções fracionárias, ou ainda, de duas funções na qual
uma está dividindo a outra. Diante disso, deveremos nos
atentar ao domínio da função que se encontra no denomi-
nador, pois não existe divisão por zero. Com isso, a função
que estiver no denominador da inequação deverá ser dife-
Substituindo em A rente de zero.
A=44-26=18 O método de resolução se assemelha muito à resolu-
Ou A=44-18=26 ção de uma inequação-produto, de modo que devemos
analisar o sinal das funções e realizar a intersecção do sinal
Resposta: B. dessas funções.
25
MATEMÁTICA
Exemplo
Resolva a inequação a seguir:
x-2≠0
Portanto:
S = { x R | x ≤ - 1} ou S = ] - ∞ ; -1]
Inequação 2º grau
Chama-se inequação do 2º grau, toda inequação que
x≠2 pode ser escrita numa das seguintes formas:
ax²+bx+c>0
ax²+bx+c≥0
ax²+bx+c<0
Sistema de Inequação do 1º Grau ax²+bx+c<0
Um sistema de inequação do 1º grau é formado por ax²+bx+c≤0
duas ou mais inequações, cada uma delas tem apenas uma ax²+bx+c≠0
variável sendo que essa deve ser a mesma em todas as
outras inequações envolvidas. Exemplo
Veja alguns exemplos de sistema de inequação do 1º Vamos resolver a inequação 3x² + 10x + 7 < 0.
grau:
Resolvendo Inequações
Resolver uma inequação significa determinar os valo-
res reais de x que satisfazem a inequação dada.
Assim, no exemplo, devemos obter os valores reais de
x que tornem a expressão 3x² + 10x +7 negativa.
4x + 4 ≤ 0
4x ≤ - 4
x ≤ - 4 : 4
x ≤ - 1
S1 = {x R | x ≤ - 1}
S2 = { x R | x ≤ - 1}
Calculando agora o CONJUTO SOLUÇÃO da inequação S = {x ∈ R / –7/3 < x < –1}
temos:
S = S1 ∩ S2
26
MATEMÁTICA
27
MATEMÁTICA
10x+6x+40500=25x
9x=40500
X=4500
Como tem que ser natural, apenas o número 3 convém.
Salario fração
02. Resposta: C. y---------------1
4500---------4/5
Mmc(3,4)=12
4x+3x=336
7x=336
X=48
A distância entre A e B é 48km 08. Resposta: D.
Como já percorreu 28km
48-28=20 km entre P e Q. Idade atual: x
X+24=3x
03. Resposta:B. 2x=24
Sendo x o valor do material P X=12
10x=7x+600 Ele tem agora 12 anos, daqui a 5 anos: 17.
3x=600
X=200 09. Resposta: C.
∆=(-28)²-4.8.12
04. Resposta: E. ∆=784-384
2x²+12x+10=0 ∆=400
∆=12²-4⋅2⋅10
∆=144-80=64
06. Resposta: B
∆=-(-6)²-4⋅(2m-1) ⋅3=0
36-24m+12=0
-24m=-48
M=2
28
MATEMÁTICA
Exemplo
Com os conjuntos A={1, 4, 7} e B={1, 4, 6, 7, 8, 9, 12}
criamos a função f: A→B.definida por f(x) = x + 5 que tam-
bém pode ser representada por y = x + 5. A representação,
utilizando conjuntos, desta função, é:
Gráfico Cartesiano
29
MATEMÁTICA
Raiz da função
Função 1 grau Calcular o valor da raiz da função é determinar o valor
A função do 1° grau relacionará os valores numéricos em que a reta cruza o eixo x, para isso consideremos o
obtidos de expressões algébricas do tipo (ax + b), consti- valor de y igual a zero, pois no momento em que a reta
tuindo, assim, a função f(x) = ax + b. intersecta o eixo x, y = 0. Observe a representação gráfica
a seguir:
Estudo dos Sinais
Definimos função como relação entre duas grandezas
representadas por x e y. No caso de uma função do 1º grau,
sua lei de formação possui a seguinte característica: y = ax
+ b ou f(x) = ax + b, onde os coeficientes a e b pertencem
aos reais e diferem de zero. Esse modelo de função possui
como representação gráfica a figura de uma reta, portanto,
as relações entre os valores do domínio e da imagem cres-
cem ou decrescem de acordo com o valor do coeficiente a.
Se o coeficiente possui sinal positivo, a função é crescente, Podemos estabelecer uma formação geral para o cál-
e caso ele tenha sinal negativo, a função é decrescente. culo da raiz de uma função do 1º grau, basta criar uma ge-
neralização com base na própria lei de formação da função,
Função Crescente: a > 0 considerando y = 0 e isolando o valor de x (raiz da função).
De uma maneira bem simples, podemos olhar no grá- X=-b/a
fico que os valores de y vão crescendo.
Dependendo do caso, teremos que fazer um sistema
com duas equações para acharmos o valor de a e b.
Exemplo:
Dado que f(x)=ax+b e f(1)=3 e f(3)=5, ache a função.
F(1)=1a+b
3=a+b
F(3)=3a+b
5=3a+b
Isolando a em I
a=3-b
Função Decrescente: a < 0 Substituindo em II
Nesse caso, os valores de y, caem.
3(3-b)+b=5
9-3b+b=5
-2b=-4
b=2
30
MATEMÁTICA
Portanto, Raízes
a=3-b
a=3-2=1
Assim, f(x)=x+2
Concavidade
A concavidade da parábola é para cima se a>0 e para .
baixo se a<0
Veja os gráficos:
Discriminante(∆)
∆=b²-4ac
∆>0
A parábola y=ax²+bx+c intercepta o eixo x em dois
pontos distintos, (x1,0) e (x2,0), onde x1 e x2 são raízes da
equação ax²+bx+c=0
∆=0
Quando , a parábola y=ax²+bx+c é tangente ao
eixo x, no ponto
∆<0
31
MATEMÁTICA
Equação Exponencial
É toda equação cuja incógnita se apresenta no expoente de uma ou mais potências de bases positivas e diferentes de 1.
Exemplo
Resolva a equação no universo dos números reais.
Solução
Função exponencial
A expressão matemática que define a função exponencial é uma potência. Nesta potência, a base é um número real
positivo e diferente de 1 e o expoente é uma variável.
Função crescente
Se temos uma função exponencial crescente, qualquer que seja o valor real de x.
No gráfico da função ao lado podemos observar que à medida que x aumenta, também aumenta f(x) ou y. Graficamen-
te vemos que a curva da função é crescente.
Função decrescente
Se temos uma função exponencial decrescente em todo o domínio da função.
Neste outro gráfico podemos observar que à medida que x aumenta, y diminui. Graficamente observamos que a cur-
va da função é decrescente.
32
MATEMÁTICA
A Constante de Euler
É definida por :
e = exp(1)
O número e é um número irracional e positivo e em função da definição da função exponencial, temos que:
Ln(e) = 1
Este número é denotado por e em homenagem ao matemático suíço Leonhard Euler (1707-1783), um dos primeiros a
estudar as propriedades desse número.
O valor deste número expresso com 10 dígitos decimais, é:
e = 2,7182818284
Se x é um número real, a função exponencial exp(.) pode ser escrita como a potência de base e com expoente x, isto é:
ex = exp(x)
Logaritmo
Considerando-se dois números N e a reais e positivos, com a ≠1, existe um número c tal que:
Exemplo
Consequências da Definição
33
MATEMÁTICA
34
MATEMÁTICA
05. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) No 09. (IF/ES – Administrador – IFES/2017) O gráfico
sistema de coordenadas cartesianas da figura abaixo, en- que melhor representa a função y = 2x , para o domínio
contram-se representados o gráfico da função de segundo em R+ é:
grau f, definida por f(x), e o gráfico da função de primeiro
grau g, definida por g(x). (A)
(B)
(C)
35
MATEMÁTICA
90+0,4x=120
0,4x=30
X=75km
-2x=-12
02. Resposta: A. X=6
04.Resposta: B.
F(x)=12+25x
X=hora de trabalho
168,25=12+25x
25x=156,25
X=6,25 horas
1hora---60 minutos A base pode ser igual a 1:
0,25-----x X²-5x+5=1
X=15 minutos X²-5x+4=0
∆=25-16=9
Então ele trabalhou 6 horas e 15 minutos
05. Resposta: E.
Como a função do segundo grau, tem raízes -2 e 2:
(x-2)(x+2)=x²-4 A base for -1 desde que o expoente seja par:
X²-5x+5=-1
A função do primeiro grau, tem o ponto (0, -1) e (2,3) X²-5x+6=0
Y=ax+b
-1=b ∆=25-24=1
3=2a-1
2a=4
A=2
Y=2x-1
36
MATEMÁTICA
09. Resposta: A.
Um gráfico de função exponencial não começa do
zero, é é uma curva.
Barras- utilizam retângulos para mostrar a quantidade.
10. Resposta: E.
Kx=(x+3)² Barra vertical
Kx=x²+6x+9
X²+(6-k)x+9=0
Para ter uma raiz, ∆=0 Fonte: tecnologia.umcomo.com.br
∆=b²-4ac
, ∆=(6-k)²-36=0 Barra horizontal
36-12k+k²-36=0
k²-12k=0
k=0 ou k=12
11. Resposta:C.
GRÁFICOS E TABELAS
37
MATEMÁTICA
aparelho quantidade
televisão 3
celular 4
Geladeira 1
Fonte: educador.brasilescola.uol.com.br
Até as tabelas que vimos nos exercícios de raciocínio
Linhas- É um gráfico de grande utilidade e muito co- lógico
mum na representação de tendências e relacionamentos
de variáveis
38
MATEMÁTICA
39
MATEMÁTICA
05. (TCE/PR – Conhecimentos Básicos – CESPE/2016) 06. (BRDE – Assistente Administrativo – FUNDA-
TEC/2015) Assinale a alternativa que representa a no-
menclatura dos três gráficos abaixo, respectivamente.
40
MATEMÁTICA
xi fi
30-35 4
35-40 12
40-45 10
45-50 8
50-55 6 Ministério da Justiça — Departamento Penitenciário
TOTAL 40 Nacional
Assinale a alternativa em que o histograma é o que — Sistema Integrado de Informações Penitenciárias –
melhor representa a distribuição de frequência da tabela. InfoPen,
Relatório Estatístico Sintético do Sistema Prisional Bra-
sileiro,
dez./2013 Internet:<www.justica.gov.br> (com adap-
tações)
41
MATEMÁTICA
05. Resposta: B.
Analisando o primeiro quadrimestre, observamos que os
dois primeiros meses de receita diminuem e os dois meses
seguintes aumentam, o mesmo acontece com a despesa.
06. Resposta: C.
Como foi visto na teoria, gráfico de barras, de setores
ou pizza e de linha
07. Resposta: D.
(A) 1,8x10+2,5x8+3,0x5+5,0x4+8,0x2+15,0x1=104 sa-
lários
(B) 60% de 30=18 funcionários e se juntarmos quem
ganha mais de 3 salários (5+4+2+1=12)
(C)10% de 30=0,1x30=3 funcionários
E apenas 1 pessoa ganha
(D) 40% de 104=0,4x104= 41,6
20% de 30=0,2x30=6
5x3+8x2+15x1=46, que já é maior.
(E) 60% de 30=0,6x30=18
( ) Certo ( ) Errado 30% de 104=0,3x104=31,20da renda: 31,20
Referências
http://www.galileu.esalq.usp.br
42
MATEMÁTICA
Referências
Teste de Hipóteses Larson, Ron. Estatística Aplicada. 4ed – São Paulo: Pear-
Definição: Processo que usa estatísticas amostrais para son Prentice Hall, 2010.
testar a afirmação sobre o valor de um parâmetro popula-
cional. Frequências
A primeira fase de um estudo estatístico consiste em
Para testar um parâmetro populacional, você deve afir- recolher, contar e classificar os dados pesquisados sobre
mar cuidadosamente um par de hipóteses – uma que re- uma população estatística ou sobre uma amostra dessa
presente a afirmação e outra, seu complemento. Quando população.
uma é falsa, a outra é verdadeira.
Uma hipótese nula H0 é uma hipótese estatística que Frequência Absoluta
contém uma afirmação de igualdade, tal como ≤, =, ≥ É o número de vezes que a variável estatística assume
A hipótese alternativa Ha é o complemento da hipó- um valor.
tese nula. Se H0 for falsa, Ha deve ser verdadeira, e contém
afirmação de desigualdade, como <, ≠, >. Frequência Relativa
É o quociente entre a frequência absoluta e o número
Vamos ver como montar essas hipóteses de elementos da amostra.
Um caso bem simples. Na tabela a seguir, temos exemplo dos dois tipos:
43
MATEMÁTICA
Exemplo 1:
Classes Frequências Determinar a mediana do conjunto de dados:
41 |------- 45 7 {12, 3, 7, 10, 21, 18, 23}
45 |------- 49 3
Solução:
49 |------- 53 4 Escrevendo os elementos do conjunto em rol, tem-se:
53 |------- 57 1 (3, 7, 10, 12, 18, 21, 23). A mediana é o termo médio desse
rol. Logo: Md=12
57 |------- 61 5
Total 20 Resposta: Md=12.
Medidas de dispersão
Duas distribuições de frequência com medidas de ten-
dência central semelhantes podem apresentar característi-
Mediana (Md) cas diversas. Necessita-se de outros índices numéricas que
Sejam os valores escritos em rol: informem sobre o grau de dispersão ou variação dos dados
em torno da média ou de qualquer outro valor de concen-
tração. Esses índices são chamados medidas de dispersão.
44
MATEMÁTICA
Isto é:
Exemplo:
As estaturas dos jogadores de uma equipe de basque-
E para amostra tebol são: 2,00 m; 1,95 m; 2,10 m; 1,90 m e 2,05 m. Calcular:
a) A estatura média desses jogadores.
b) O desvio padrão desse conjunto de estaturas.
Solução:
Exemplo 1:
Em oito jogos, o jogador A, de bola ao cesto, apresen- Sendo a estatura média, temos:
tou o seguinte desempenho, descrito na tabela abaixo:
45
MATEMÁTICA
46
MATEMÁTICA
07. (COSANPA - Químico – FADESP/2017) Algumas O número de funcionários com pontuação acima da
Determinações do teor de sódio em água (em mg L-1) fo- média é:
ram executadas (em triplicata) paralelamente por quatro (A) 3;
laboratórios e os resultados são mostrados na tabela abai- (B) 4;
xo. (C) 5;
(D) 6;
Replicatas Laboratório (E) 7.
1 2 3 4
1 30,3 30,9 30,3 30,5 RESPOSTAS
2 30,4 30,8 30,7 30,4 01. Resposta: E.
3 30,0 30,6 30,4 30,7 S=cursam superior
Média 30,20 30,77 30,47 30,53 M=não tem curso superior
331546248
47
MATEMÁTICA
05.Resposta: B.
Como 24 é um número par, devemos fazer a segunda GEOMETRIA
regra:
Ângulos
15,15,22,25,28,30
07. Resposta: C.
Como o desvio padrão é maior no 3, o erro padrão é
proporcional, portanto também é maior em 3.
Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do
que 90º.
08. Resposta: C.
09. Resposta: C.
Vamos chamar de x a soma dos salários dos 13 funcio-
nários
x/13=1998
Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do
X=13.1998
que 90º.
X=25974
Vamos chamar de y o funcionário contratado com me-
nor valor e, portanto, 1,1y o com 10% de salário maior, pois
ele ganha y+10% de y
Y+0,1y=1,1y
(x+y+1,1y)/15=2013
25974+2,1y=15∙2013
2,1y=30195-25974
2,1y=4221
Y=2010
Ângulo Raso:
10. Resposta: A.
- É o ângulo cuja medida é 180º;
- É aquele, cujos lados são semi-retas opostas.
M=66,67
Apenas 3 funcionários estão acima da média.
48
MATEMÁTICA
Ângulo Reto:
Triângulo
Elementos
Mediana
Mediana de um triângulo é um segmento de reta que
liga um vértice ao ponto médio do lado oposto.
Na figura, é uma mediana do ABC.
Um triângulo tem três medianas.
Classificação
49
MATEMÁTICA
QUADRILÁTEROS
- Tem 4 lados.
- Tem 2 diagonais.
Quanto aos ângulos - A soma dos ângulos internos Si = 360º
- A soma dos ângulos externos Se = 360º
Triângulo acutângulo:tem os três ângulos agudos
Trapézio: É todo quadrilátero tem dois paralelos.
- é paralelo a
Triângulo retângulo:tem um ângulo reto - Losango: 4 lados congruentes
- Retângulo: 4 ângulos retos (90 graus)
- Quadrado: 4 lados congruentes e 4 ângulos retos.
50
MATEMÁTICA
Polígono
Chama-se polígono a união de segmentos que são
chamados lados do polígono, enquanto os pontos são cha-
mados vértices do polígono.
Ângulos Externos
Teorema de Tales
Se um feixe de retas paralelas tem duas transversais, en-
tão a razão de dois segmentos quaisquer de uma transversal
é igual à razão dos segmentos correspondentes da outra.
Dada a figura anterior, O Teorema de Tales afirma que
são válidas as seguintes proporções:
Número de Diagonais
Exemplo
51
MATEMÁTICA
Casos de Semelhança
1º Caso:AA(ângulo-ângulo)
Se dois triângulos têm dois ângulos congruentes de
vértices correspondentes, então esses triângulos são con-
gruentes.
Temos:
2º Caso: LAL(lado-ângulo-lado)
Se dois triângulos têm dois lados correspondentes
proporcionais e os ângulos compreendidos entre eles con-
gruentes, então esses dois triângulos são semelhantes.
Fórmulas Trigonométricas
52
MATEMÁTICA
Como
Todo triângulo que tem um ângulo reto é denominado -Duas retas concorrentes podem ser:
triangulo retângulo.
O triângulo ABC é retângulo em A e seus elementos 1. Perpendiculares: r e s formam ângulo reto.
são:
Retas Coplanares
a) Concorrentes: r e s têm um único ponto comum
53
MATEMÁTICA
(A) 100 m.
(B) 108 m.
(C) 112 m.
(D) 116 m. A área da região sombreada, da figura acima apresen-
(E) 120 m. tada, é
(A) 100 - 5π .
02. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) (B) 100 - 10π .
Considere um triângulo retângulo de catetos medindo (C) 100 - 15π .
3m e 5m. Um segundo triângulo retângulo, semelhante (D) 100 - 20π .
ao primeiro, cuja área é o dobro da área do primeiro, terá (E) 100 - 25π .
como medidas dos catetos, em metros:
(A) 3 e 10. 05. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) No
(B) 3√2 e 5√2 . cubo de aresta 10, da figura abaixo, encontra-se represen-
(C) 3√2 e 10√2 . tado um plano passando pelos vértices B e C e pelos pon-
(D) 5 e 6. tos P e Q, pontos médios, respectivamente, das arestas EF
(E) 6 e 10. e HG, gerando o quadrilátero BCQP.
(A) 25√5.
(B) 50√2.
(C) 50√5.
(D) 100√2 .
(E) 100√5.
54
MATEMÁTICA
06. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária 09. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervi-
- MSCONCURSOS/2017) O triângulo retângulo em B, a sor – FGV/2017) O proprietário de um terreno retangular
seguir, de vértices A, B e C, representa uma praça de uma resolveu cercá-lo e, para isso, comprou 26 estacas de ma-
cidade. Qual é a área dessa praça? deira. Colocou uma estaca em cada um dos quatro cantos
do terreno e as demais igualmente espaçadas, de 3 em 3
metros, ao longo dos quatro lados do terreno.
O número de estacas em cada um dos lados maiores
do terreno, incluindo os dois dos cantos, é o dobro do nú-
mero de estacas em cada um dos lados menores, também
incluindo os dois dos cantos.
A área do terreno em metros quadrados é:
(A) 240;
(A) 120 m² (B) 256;
(B) 90 m² (C) 324;
(C) 60 m² (D) 330;
(D) 30 m² (E) 372.
07. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU- 10. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário- VU-
NESP/2017) A figura, com dimensões indicadas em centíme- NESP/2017) A figura seguinte, cujas dimensões estão in-
tros, mostra um painel informativo ABCD, de formato retan- dicadas em metros, mostra as regiões R1 e R2 , ambas com
gular, no qual se destaca a região retangular R, onde x > y. formato de triângulos retângulos, situadas em uma praça
e destinadas a atividades de recreação infantil para faixas
etárias distintas.
Sabendo-se que a razão entre as medidas dos lados Se a área de R1 é 54 m², então o perímetro de R2 é, em
correspondentes do retângulo ABCD e da região R é igual metros, igual a
a 5/2 , é correto afirmar que as medidas, em centímetros,
dos lados da região R, indicadas por x e y na figura, são, (A) 54.
respectivamente, (B) 48.
(C) 36.
(A) 80 e 64. (D) 40.
(B) 80 e 62. (E) 42.
(C) 62 e 80.
(D) 60 e 80. 11. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária –
(E) 60 e 78. MSCONCURSOS/2017)
55
MATEMÁTICA
02. Resposta: B.
(A) 64,2 m
(B) 46,2 m
(C) 92,4 m
(D) 128,4 m
Lado=3√2
Outro lado =5√2
03. Resposta: D.
04. Resposta: E.
96h=1728
H=18 O ladao AF e AE medem 5, cada um, pois F e E é o
ponto Médio
56
MATEMÁTICA
10. Resposta: B.
A sombreada=100-25π
05. Resposta: C.
CQ é hipotenusa do triângulo GQC.
01. CQ²=10²+5²
CQ²=100+25
CQ²=125
CQ=5√5 9x=108
A área do quadrilátero seria CQ⋅BC X=12
A=5√5⋅10=50√5
Para encontrar o perímetro do triângulo R2:
06. Resposta: C
Para saber a área, primeiro precisamos descobrir o x.
17²=x²+8²
289=x²+64
X²=225
X=15
07. Resposta: A.
5y=320 Y²=16²+12²
Y²=256+144=400
Y=64 Y=20
Perímetro: 16+12+20=48
1-cos²x=sen²x
08. Resposta: B.
108/4=27m²
6x=27
X=27/6
12. Resposta: D.
O perímetro seria
57
MATEMÁTICA
Volume
X=6
Cones
Na figura, temos um plano α, um círculo contido em α,
um ponto V que não pertence ao plano.
A figura geométrica formada pela reunião de todos os
segmentos de reta que tem uma extremidade no ponto V
Y=10,2 e a outra num ponto do círculo denomina-se cone circular.
2 voltas=2(12+18+10,2+6+18)=128,4m
Cilindros
Considere dois planos, α e β, paralelos, um círculo de
centro O contido num deles, e uma reta s concorrente com
os dois.
Chamamos cilindro o sólido determinado pela reunião
de todos os segmentos paralelos a s, com extremidades no
círculo e no outro plano.
Classificação
Classificação
Reto: Um cilindro se diz reto ou de revolução quando
as geratrizes são perpendiculares às bases.
Quando a altura é igual a 2R(raio da base) o cilindro é
equilátero.
Oblíquo: faces laterais oblíquas ao plano da base.
Área Área
Área da base: Sb=πr² Área lateral:
Área da base:
Área total:
Volume
58
MATEMÁTICA
Classificação
Área e Volume
Área lateral:
Onde n= quantidade de lados
Prismas
Considere dois planos α e β paralelos, um polígono R
contido em α e uma reta r concorrente aos dois.
-Triangular
-Quadrangular
Paralelepípedos
Os prismas cujas bases são paralelogramos denomi-
nam-se paralelepípedos.
59
MATEMÁTICA
Prisma Regular
Se o prisma for reto e as bases forem polígonos regu-
lares, o prisma é dito regular. Em uma revisão do projeto, foi necessário aumentar
As faces laterais são retângulos congruentes e as bases em 1 m a medida da largura, indicada por x na figura, man-
são congruentes (triângulo equilátero, hexágono regular,...) tendo-se inalteradas as demais medidas. Desse modo, o
volume inicialmente previsto para esse reservatório foi au-
Área mentado em
Área cubo: (A) 1 m³ .
Área paralelepípedo: (B) 3 m³ .
A área de um prisma: (C) 4 m³ .
Onde: St=área total (D) 5 m³ .
Sb=área da base (E) 6 m³ .
Sl=área lateral, soma-se todas as áreas das faces late-
rais. 04. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU-
NESP/2017) A figura mostra cubinhos de madeira, todos
Volume de mesmo volume, posicionados em uma caixa com a for-
Paralelepípedo:V=a.b.c ma de paralelepípedo reto retângulo.
Cubo:V=a³
Demais:
QUESTÕES
60
MATEMÁTICA
05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE- Para completar o volume total desse recipiente, serão
GO/2017) Frederico comprou um aquário em formato de despejados dentro dele vários copos de água, com 200 mL
paralelepípedo, contendo as seguintes dimensões: cada um. O número de copos totalmente cheios necessá-
rios para completar o volume total do prisma será:
(A) 8 copos
(B) 9 copos
(C) 10 copos
(D) 12 copos
(E) 15 copos
61
MATEMÁTICA
Respostas
01. Resposta:
Volume cilindro=πr²h
09. Resposta: E.
V=2,5⋅2⋅1=5m³
Como foi retirado 3m³
02. Resposta: D 5+3=2,5⋅2⋅h
V= πr²h 8=5h
V=3⋅4²⋅20=960 cm³=960 ml H=1,6m
04. Resposta:E.
São 6 cubos no comprimento: 6⋅5=30 Cilindro
São 4 cubos na largura: 4⋅5=20 V=Ab⋅h
3 cubos na altura: 3⋅5=15 V=πr²h
V=30⋅20⋅15=9000 Como o volume do cone é 30% maior:
117πr²=1,3 πr²h
05. Resposta: C. H=117/1,3=90
V=20⋅15⋅20=6000cm³=6000ml==6 litros
06. Resposta:C.
VA=125cm³ MATRIZ, DETERMINANTES E SISTEMAS
LINEARES
VB=1000cm³
Matriz
Chama-se matriz do tipo m x n, m ∈N* e n∈N*, a toda
tabela de m.n elementos dispostos em m linhas e n colunas.
Indica-se a matriz por uma letra maiúscula e colocar seus
elementos entre parênteses ou entre colchetes como, por
180h=2250 exemplo, a matriz A de ordem 2x3.
H=12,5
62
MATEMÁTICA
Representação da matriz
Forma explicita (ou forma de tabela)
A matriz A é representada indicando-se cada um de seus
elementos por uma letra minúscula acompanhada de dois
índices: o primeiro indica a linha a que pertence o elemen-
to: o segundo indica a coluna a que pertence o elemento,
isto é, o elemento da linha i e da coluna j é indicado por ij.
Assim, a matriz A2 x 3 é representada por:
Matriz diagonal
Matriz identidade
Portanto,
Tipos de Matriz
Chama-se matriz linha a toda matriz que possui uma É chamada matriz nula se, e somente se, todos os ele-
única linha. mentos são iguais a zero.
Assim, [2 3 7] é uma matriz do tipo 1 x 3.
Matriz coluna
Chama-se matriz coluna a toda matriz que possui uma Matriz Transposta
única coluna.
Dada a matriz A=(aij) do tipo m x n, chama-se matriz
Assim, é uma matriz coluna do tipo 2 x 1. transposta de A a matriz do tipo n x m.
Matriz quadrada
63
MATEMÁTICA
Exemplo:
Determine a matriz inversa de A.
portanto
Solução
Propriedades da adição
Comutativa: A + B = B + A Seja
Associativa: (A + B) + C = A + (B + C)
Elemento neutro: A + O = O + A = A
Elemento Oposto: A + (-A) = (-A) + A = O
Transposta da soma: (A + B)t = At + Bt
Subtração de matrizes
Logo,
Determinante
Dada uma matriz quadrada, chama-se determinante o
Multiplicação de um número por uma matriz número real a ela associado.
Multiplicação de matrizes
Matriz Inversa
64
MATEMÁTICA
detA= a11 a22 a33 + a12 a23 a31 + a32 a21 a13 - a31 a22 a13 -a12
a21 a33 - a32 a23 a11
Classificação
Em que:
O par ordenado (2, 1) é solução da equação, pois
Sistema Linear 2 x 2 Como não existe outro par que satisfaça simultanea-
mente as duas equações, dizemos que esse sistema é SP-
Chamamos de sistema linear 2 x 2 o conjunto de equa- D(Sistema Possível e Determinado), pois possui uma única
ções lineares a duas incógnitas, consideradas simultanea- solução.
mente. 2. Sistema Possível e Indeterminado
Todo sistema linear 2 x 2 admite a forma geral abaixo:
a1 x + b1 y = c1
a2 + b2 y = c2 esse tipo de sistema possui infinitas soluções, os valo-
res de x e y assumem inúmeros valores. Observe o sistema
a seguir, x e y podem assumir mais de um valor, (0,4), (1,3),
Sistema Linear 3x3 (2,2), (3,1) e etc.
3. Sistema Impossível
Sistemas Lineares equivalentes
65
MATEMÁTICA
x + 3 y = 5
Sistema 2x3 2 x + ay = 1
Resolução
Resolução de um Sistema Linear por Escalonamento
1 3
Podemos transformar qualquer sistema linear em um
outro equivalente pelas seguintes transformações elemen- D= = a−6
tares, realizadas com suas equações: 2 a
-trocas as posições de duas equações
-Multiplicar uma das equações por um número real di- D = 0⇒ a−6 = 0⇒ a = 6
ferente de 0.
-Multiplicar uma equação por um número real e adi- Assim, para a ≠ 6, o sistema é possível e determinado.
cionar o resultado a outra equação. Para a ≠ 6, temos:
Exemplo
x + 3 y = 5
x + 3 y = 5
2 x + 6 y = 1 ~
← −2 0 x + 0 y = −9
Inicialmente, trocamos a posição das equações, pois é
conveniente ter o coeficiente igual a 1 na primeira equação. Que é um sistema impossível.
Assim, temos:
a ≠ 6 → SPD (Sistema possível e determinado)
a = 6 → SI (Sistema impossível)
66
MATEMÁTICA
Assim, .
indicado por Dx = ed – bf, obtemos , D ≠ 0. 04. (PREF. DE PIRAÚBA/MG – Agente Fiscal de Pos-
turas – MSCONCURSOS/2017)
Sejam as matrizes
QUESTÕES
67
MATEMÁTICA
07. (PREF. DE BIGUAÇU/SC – Professor – UNI- 11. (BRDE – Analista de Sistemas – FUNDATE/2015)
SUL/2016) A solução do seguinte sistema linear
Considere
é:
(A) S={(0,2,-5)}
(B) S={(1,4,1)}
Assinale a alternativa CORRETA: (C) S={(4,0,6)}
(D) S={(3/2 ,6, -7/2)}
(A) A + B = 20 (E) Sistema sem solução.
(B) A - 3B2 = -51
(C) √2A + 1- 5 = -2 12. (BRDE – Assistente Administrativo – FUNDA-
(D) A/B +1 =23 TEC/2015) A solução do sistema linear
(E) 3A -2B + 9 = 25
02. Resposta: E.
68
MATEMÁTICA
05. Resposta:C.
detA=15+10+4x+6+2x-50=-19
6x=0
X=0
a+2=9
detB=0+40-y-0-12y+6=72 a=7
-13y=26
Y=-2 11. Resposta: D.
Da II equação tiramos:
X²-2xy+y²=0²-0+4=4 X=5+z
(B) A-3B²=-51
24-3⋅(-5)²=-51
24-75=-51
-51=-51(V)
08. Resposta: A.
A12=0
A23=0 Somando as duas equações:
A33=7
A35=5 144y=36
09. Resposta: D.
-x+28y=3
-x+7=3
-x=3-7
X=4
13. Resposta: D.
Para ser possível e indeterminado, D=Dx=Dy=Dz=0
10. Resposta: A.
D=(3m+4m+3)-(3m+6m+2)=0
7m+3-9m-2=0
-2m=-1
69
MATEMÁTICA
Termo Geral da PA
(n-4+9)-(-3+6+2n)=0 Podemos escrever os elementos da PA(a1, a2, a3, ..., an,...)
n+5-2n-3=0 da seguinte forma:
-n=-2
n=2
Progressão Aritmética
Denomina-se progressão aritmética(PA) a sequência
em que cada termo, a partir do segundo, é obtido adicio-
nando-se uma constante r ao termo anterior. Essa constan-
te r chama-se razão da PA.
Exemplo Exemplo
A sequência (2,7,12) é uma PA finita de razão 5: Uma progressão aritmética finita possui 39 termos. O
último é igual a 176 e o central e igual a 81. Qual é o pri-
meiro termo?
Solução
Como esta sucessão possui 39 termos, sabemos que o
termo central é o a20, que possui 19 termos à sua esquerda
Classificação e mais 19 à sua direita. Então temos os seguintes dados
As progressões aritméticas podem ser classificadas de para solucionar a questão:
acordo com o valor da razão r.
r<0, PA decrescente
r>0, PA crescente
r=0 PA constante
Propriedades das Progressões Aritméticas Sabemos também que a soma de dois termos equidis-
-Qualquer termo de uma PA, a partir do segundo, é a tantes dos extremos de uma P.A. finita é igual à soma dos
média aritmética entre o anterior e o posterior. seus extremos. Como esta P.A. tem um número ímpar de
termos, então o termo central tem exatamente o valor de
metade da soma dos extremos.
70
MATEMÁTICA
2º Caso: q≠1
q=2
Classificação
As classificações geométricas são classificadas assim:
71
MATEMÁTICA
72
MATEMÁTICA
RESPOSTAS PA
(12,16,...)
01.Resposta: A. R=16-12=4
=48
05. Resposta: E.
08. Resposta: C.
Q=2
73
MATEMÁTICA
Acréscimo
(DPE/RR – Analista de Sistemas – FCC/2015) Em sala
Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% a um deter-
de aula com 25 alunos e 20 alunas, 60% desse total está
minado valor, podemos calcular o novo valor apenas multi-
com gripe. Se x% das meninas dessa sala estão com gripe,
plicando esse valor por 1,10, que é o fator de multiplicação.
o menor valor possível para x é igual a
Se o acréscimo for de 20%, multiplicamos por 1,20, e assim
(A) 8.
por diante. Veja a tabela abaixo:
(B) 15.
(C) 10.
Acréscimo ou Lucro Fator de (D) 6.
Multiplicação (E) 12.
10% 1,10
Resolução
15% 1,15 45------100%
20% 1,20 X-------60%
X=27
47% 1,47
O menor número de meninas possíveis para ter gripe
67% 1,67 é se todos os meninos estiverem gripados, assim apenas 2
meninas estão.
Exemplo: Aumentando 10% no valor de R$10,00 te-
mos:
Resposta: C.
Desconto
No caso de haver um decréscimo, o fator de multipli- QUESTÕES
cação será:
Fator de Multiplicação = 1 - taxa de desconto (na 01. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária
forma decimal) - MSCONCURSOS/2017) Um aparelho de televisão que
Veja a tabela abaixo: custa R$1600,00 estava sendo vendido, numa liquidação,
com um desconto de 40%. Marta queria comprar essa te-
Desconto Fator de levisão, porém não tinha condições de pagar à vista, e o
Multiplicação vendedor propôs que ela desse um cheque para 15 dias,
pagando 10% de juros sobre o valor da venda na liquida-
10% 0,90 ção. Ela aceitou e pagou pela televisão o valor de:
25% 0,75 (A) R$1120,00
(B) R$1056,00
34% 0,66 (C) R$960,00
60% 0,40 (D) R$864,00
90% 0,10
74
MATEMÁTICA
02. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) A equipe de 04. (UTFPR – Técnico de Tecnologia da Informação
segurança de um Tribunal conseguia resolver mensalmen- – UTFPR/2017) Um retângulo de medidas desconhecidas
te cerca de 35% das ocorrências de dano ao patrimônio foi alterado. Seu comprimento foi reduzido e passou a ser
nas cercanias desse prédio, identificando os criminosos e 2/ 3 do comprimento original e sua largura foi reduzida e
os encaminhando às autoridades competentes. Após uma passou a ser 3/ 4 da largura original.
reestruturação dos procedimentos de segurança, a mes- Pode-se afirmar que, em relação à área do retângulo
ma equipe conseguiu aumentar o percentual de resolução original, a área do novo retângulo:
mensal de ocorrências desse tipo de crime para cerca de (A) foi aumentada em 50%.
63%. De acordo com esses dados, com tal reestruturação, (B) foi reduzida em 50%.
a equipe de segurança aumentou sua eficácia no combate (C) aumentou em 25%.
ao dano ao patrimônio em (D) diminuiu 25%.
(A) 35%. (E) foi reduzida a 15%.
(B) 28%.
(C) 63%. 05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE-
(D) 41%. GO/2017) Paulo, dono de uma livraria, adquiriu em uma
(E) 80%. editora um lote de apostilas para concursos, cujo valor uni-
tário original é de R$ 60,00. Por ter cadastro no referido
03. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) Três ir- estabelecimento, ele recebeu 30% de desconto na compra.
mãos, André, Beatriz e Clarice, receberam de uma tia he- Para revender os materiais, Paulo decidiu acrescentar 30%
rança constituída pelas seguintes joias: um bracelete de sobre o valor que pagou por cada apostila. Nestas condi-
ouro, um colar de pérolas e um par de brincos de diamante. ções, qual será o lucro obtido por unidade?
A tia especificou em testamento que as joias não deveriam (A) R$ 4,20.
ser vendidas antes da partilha e que cada um deveria ficar (B) R$ 5,46.
com uma delas, mas não especificou qual deveria ser dada (C) R$ 10,70.
a quem. O justo, pensaram os irmãos, seria que cada um (D) R$ 12,60.
recebesse cerca de 33,3% da herança, mas eles achavam (E) R$ 18,00.
que as joias tinham valores diferentes entre si e, além disso,
tinham diferentes opiniões sobre seus valores. Então, deci- 06. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE-
diram fazer a partilha do seguinte modo: GO/2017) Joana foi fazer compras. Encontrou um vestido
− Inicialmente, sem que os demais vissem, cada um de R$ 150,00 reais. Descobriu que se pagasse à vista teria
deveria escrever em um papel três porcentagens, indican- um desconto de 35%. Depois de muito pensar, Joana pa-
do sua avaliação sobre o valor de cada joia com relação ao gou à vista o tal vestido. Quanto ela pagou?
valor total da herança. (A) R$ 120,00 reais
− A seguir, todos deveriam mostrar aos demais suas (B) R$ 112,50 reais
avaliações. (C) R$ 127,50 reais
− Uma partilha seria considerada boa se cada um deles (D) R$ 97,50 reais
recebesse uma joia que avaliou como valendo 33,3% da (E) R$ 90 reais
herança toda ou mais.
As avaliações de cada um dos irmãos a respeito das 07. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU-
joias foi a seguinte: NESP/2017) A empresa Alfa Sigma elaborou uma previsão
de receitas trimestrais para 2018. A receita prevista para o
primeiro trimestre é de 180 milhões de reais, valor que é
10% inferior ao da receita prevista para o trimestre seguin-
te. A receita prevista para o primeiro semestre é 5% inferior
à prevista para o segundo semestre. Nessas condições, é
correto afirmar que a receita média trimestral prevista para
Assim, uma partilha boa seria se André, Beatriz e Clari- 2018 é, em milhões de reais, igual a
ce recebessem, respectivamente, (A) 200.
(A) o bracelete, os brincos e o colar. (B) 203.
(B) os brincos, o colar e o bracelete. (C) 195.
(C) o colar, o bracelete e os brincos. (D) 190.
(D) o bracelete, o colar e os brincos. (E) 198.
(E) o colar, os brincos e o bracelete.
75
MATEMÁTICA
RESPOSTAS
Ou seja, ele pagou 70% do produto, o desconto foi de
01. Resposta:B. 30%.
Como teve um desconto de 40%, pagou 60% do pro-
duto. OBS: muito cuidado nesse tipo de questão, para não
errar conforme a pergunta feita.
1600⋅0,6=960
Como vai pagar 10% a mais: 09. Resposta: B.
960⋅1,1=1056 8,6(1+x)=10,75
8,6+8,6x=10,75
02. Resposta: E. 8,6x=10,75-8,6
63/35=1,80 8,6x=2,15
Portanto teve um aumento de 80%. X=0,25=25%
76
MATEMÁTICA
77
MATEMÁTICA
A maioria das operações envolvendo dinheiro uti- 03. (IFBAIANO – Técnico em Contabilidade –
liza juros compostos. Estão incluídas: compras a médio e FCM/2017) O montante acumulado ao final de 6 meses
longo prazo, compras com cartão de crédito, empréstimos e os juros recebidos a partir de um capital de 10 mil reais,
bancários, as aplicações financeiras usuais como Caderneta com uma taxa de juros de 1% ao mês, pelo regime de capi-
de Poupança e aplicações em fundos de renda fixa, etc. Ra- talização simples, é de
ramente encontramos uso para o regime de juros simples: (A) R$ 9.400,00 e R$ 600,00.
é o caso das operações de curtíssimo prazo, e do processo (B) R$ 9.420,00 e R$ 615,20.
de desconto simples de duplicatas. (C) R$ 10.000,00 e R$ 600,00.
O cálculo do montante é dado por: (D) R$ 10.600,00 e R$ 600,00.
(E) R$ 10.615,20 e R$ 615,20.
78
MATEMÁTICA
08. (PREF. DE NITERÓI/RJ – Agente Fazendário – 13. (FUNAPE – Analista em Gestão Previdenciária –
FGV/2016) Para pagamento de boleto com atraso em pe- FCC/2017) O montante de um empréstimo de 4 anos da
ríodo inferior a um mês, certa instituição financeira cobra, quantia de R$ 20.000,00, do qual se cobram juros compos-
sobre o valor do boleto, multa de 2% mais 0,4% de juros de tos de 10% ao ano, será igual a
mora por dia de atraso no regime de juros simples. Um bo- (A) R$ 26.000,00.
leto com valor de R$ 500,00 foi pago com 18 dias de atraso. (B) R$ 28.645,00.
O valor total do pagamento foi: (C) R$ 29.282,00.
(A) R$ 542,00; (D) R$ 30.168,00.
(B) R$ 546,00; (E) R$ 28.086,00.
(C) R$ 548,00;
(D) R$ 552,00; 14. (IFBAIANO - Técnico em Contabilidade-
(E) R$ 554,00. FCM/2017) A empresa Good Finance aplicou em uma
renda fixa um capital de 100 mil reais, com taxa de juros
09. (CASAN – Assistente Administrativo – INSTITUTO compostos de 1,5% ao mês, para resgate em 12 meses. O
AOCP/2016) Para pagamento um mês após a data da com- valor recebido de juros ao final do período foi de
pra, certa loja cobrava juros de 25%. Se certa mercadoria tem (A) R$ 10.016,00.
preço a prazo igual a R$ 1500,00, o preço à vista era igual a (B) R$ 15.254,24.
(A) R$ 1200,00. (C) R$ 16.361,26.
(B) R$ 1750,00. (D) R$ 18.000,00.
(C) R$ 1000,00. (E) R$ 19.561,82.
(D) R$ 1600,00.
(E) R$ 1250,00. 15. (POLICIA CIENTIFICA – Perito Criminal –
IBFC/2017) Assinale a alternativa correta. Uma empresa
10. (CASAN – Técnico de Laboratório – INSTITUTO recebeu um empréstimo bancário de R$ 120.000,00 por 1
AOCP/2016) A fatura de um certo cartão de crédito cobra ano, pagando o montante de R$ 180.000,00. A taxa anual
juros de 12% ao mês por atraso no pagamento. Se uma de juros desse empréstimo foi de:
fatura de R$750,00 foi paga com um mês de atraso, o valor (A) 0,5% ao ano
pago foi de (B) 5 % ao ano
(A) R$ 970,00. (C) 5,55 % ao ano
(B) R$ 777,00. (D) 150% ao ano
(C) R$ 762,00. (E) 50% ao ano
(D) R$ 800,00.
(E) R$ 840,00.
RESPOSTAS
11. (DPE/PR – Contador – INAZ DO PARÁ/2017) Em
15 de junho de 20xx, Severino restituiu R$ 2.500,00 do seu 01. Resposta: D.
imposto de renda. Como estava tranquilo financeiramente, J=500+1484-1900=84
resolveu realizar uma aplicação financeira para retirada em C=1900-500=1400
15/12/20xx, período que vai realizar as compras de natal. A J=Cin
uma taxa de juros de 3% a.m., qual é o montante do capital, 84=1400.i.2
sabendo-se que a capitalização é mensal: I=0,03=3%
(A) R$ 2.985,13
(B) R$ 2.898,19 02. Resposta: B.
(C) R$ 3.074,68 J=Cin
(D) R$ 2.537,36 J=23500⋅0,04⋅3
(E) R$ 2.575,00 J= 2820
79
MATEMÁTICA
80
MATEMÁTICA
81
MATEMÁTICA
Vamos encontrar uma relação entre as taxas de juros - o prazo a que se refere à taxa de juros; e
nominal e real. Para isto, vamos supor que um determinado - o prazo de capitalização (ocorrência) dos juros. (AS-
capital P é aplicado por um período de tempo unitário, a SAF NETO, 2001).
certa taxa nominal in
O montante S1 ao final do período será dado por S1 = Taxas Proporcionais: duas (ou mais) taxas de juro sim-
P(1 + in). ples são ditas proporcionais quando seus valores e seus
Consideremos agora que durante o mesmo período, a respectivos períodos de tempo, reduzidos a uma mesma
taxa de inflação (desvalorização da moeda) foi igual a j. O unidade, forem uma proporção. (PARENTE, 1996). Exem-
capital corrigido por esta taxa acarretaria um montante S2 plos
= P (1 + j).
A taxa real de juros, indicada por r, será aquela aplicada Prestação = amortização + juros
ao montante S2, produzirá o montante S1. Poderemos en-
tão escrever: S1 = S2 (1 + r) Há diferentes formas de amortização, conforme des-
Substituindo S1 e S2 , vem: critas a seguir.
P(1 + in) = (1+r). P (1 + j)
Daí então, vem que: Para os exemplos numéricos descritos nas tabelas, em
(1 + in) = (1+r). (1 + j), onde: todas as diferentes formas de amortização, utilizaremos o
in = taxa de juros nominal mesmo exercício: uma dívida de valor inicial de R$ 100 mil,
j = taxa de inflação no período prazo de três meses e juros de 3% ao mês.
r = taxa real de juros
Observe que se a taxa de inflação for nula no período, Pagamento único
isto é, j = 0, teremos que as taxas nominal e real são coin- É a quitação de toda a dívida (amortização + juros) em
cidentes. um único pagamento, ao final do período. Utilizamos a
Exemplo mesma fórmula do montante:
Numa operação financeira com taxas pré-fixadas, um
banco empresta $120.000,00 para ser pago em um ano Nos juros simples:
com $150.000,00. Sendo a inflação durante o período do M = C (1 + i×n)
empréstimo igual a 10%, pede-se calcular as taxas nominal M = montante
e real deste empréstimo. C = capital inicial
Teremos que a taxa nominal será igual a: i = taxa de juros
in = (150.000 – 120.000)/120.000 = 30.000/120.000 = n = período
0,25 = 25%
Portanto in = 25% Nos juros compostos:
Como a taxa de inflação no período é igual a j = 10% = M = C (1+i)n
0,10, substituindo na fórmula anterior, vem: M = montante
(1 + in) = (1+r). (1 + j) C = capital inicial
(1 + 0,25) = (1 + r).(1 + 0,10) i = taxa de juros
1,25 = (1 + r).1,10 n = período
1 + r = 1,25/1,10 = 1,1364
Portanto, r = 1,1364 – 1 = 0,1364 = 13,64% Nos juros simples:
Se a taxa de inflação no período fosse igual a 30%, te- Amortiza- Saldo de-
ríamos para a taxa real de juros: n Juros Prestação
ção vedor
(1 + 0,25) = (1 + r).(1 + 0,30)
1,25 = (1 + r).1,30 0 - - -
1 + r = 1,25/1,30 = 0,9615 100.000,00
Portanto, r = 0,9615 – 1 = -,0385 = -3,85% e, portanto
teríamos uma taxa real de juros negativa. 1 - -
3.000,00 103.000,00
Exemplo 2 - -
$100.000,00 foi emprestado para ser quitado por 3.000,00 106.000,00
$150.000,00 ao final de um ano. Se a inflação no período
3 -
foi de 20%, qual a taxa real do empréstimo? 3.000,00 100.000,00 109.000,00
Resposta: 25%
Taxas Proporcionais
Para se compreender mais claramente o significado
destas taxas deve-se reconhecer que toda operação envol-
ve dois prazos:
82
MATEMÁTICA
83
MATEMÁTICA
Exemplo:
Um empréstimo de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) a ser pago em 12 meses, a uma taxa de juros de 1% ao mês
(em juros simples). Aplicando a fórmula para obtenção do valor da amortização, iremos obter um valor igual a R$ 10.000,00
(dez mil reais). Essa fórmula é o valor do empréstimo solicitado divido pelo período, sendo nesse caso: R$ 120.000,00 / 12
meses = R$ 10.000,00. Logo, a tabela SAC fica:
Saldo
Nº Pres- Presta- Amortiza-
Juros Deve-
tação ção ção
dor
0 120000
1 11200 1200 10000 110000
2 11100 1100 10000 100000
3 11000 1000 10000 90000
4 10900 900 10000 80000
5 10800 800 10000 70000
6 10700 700 10000 60000
7 10600 600 10000 50000
8 10500 500 10000 40000
9 10400 400 10000 30000
10 10300 300 10000 20000
11 10200 200 10000 10000
12 10100 100 10000 0
84
MATEMÁTICA
Note que o juro é sempre 10% do saldo devedor do mês anterior, já a prestação é a soma da amortização e o juro.
Sendo assim, o juro é decrescente e diminui sempre na mesma quantidade, R$ 100,00. O mesmo comportamento tem as
prestações. A soma das prestações é de R$ 127.800,00, gerando juros de R$ 7.800,00.
Outra coisa a se observar é que as parcelas e juros diminuem em progressão aritmética (PA) de r=100.
Sistema Americano
O tomador do empréstimo paga os juros mensalmente e o principal, em um único pagamento final.
As várias formas de amortização utilizadas pelo mercado brasileiro, em sua maioria, consideram o regime de capitali-
zação por juros compostos. A comparação entre estas, por meio do VPL (vide item 6.2), demonstra que o custo entre elas
se equivale. Vejam: no nosso exemplo, todos, exceto no sistema alemão, os juros efetivos cobrados foram de 3% ao mês
(regime de juros compostos) ou 9,27% no acumulado dos três meses.
85
MATEMÁTICA
OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa ( juros compostos) de 3% ao mês.
Considerando o custo de oportunidade de 2% ao mês, isto é, abaixo do valor do empréstimo, teríamos a tabela abaixo.
Isso seria uma situação mais comum: juros do empréstimo mais caro que uma aplicação no mercado. Neste caso, quanto
menor (em módulo) o VPL, melhor para o tomador do empréstimo, ou seja, o sistema SAC seria o melhor sob o ponto de
vista financeiro.
OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa ( juros compostos) de 2% ao mês.
Outra situação seria considerarmos um empréstimo com taxa de juros abaixo do mercado. Neste exemplo a seguir,
teremos como custo de oportunidade a taxa de 4% ao mês. Isso, na vida real, não será comum: juros do empréstimo mais
barato do que uma aplicação no mercado. Assim, como no exemplo anterior, quanto maior o VPL, melhor para o tomador
do empréstimo, ou seja, o sistema de pagamento único, sob o ponto de vista financeiro, é o melhor, como no caso abaixo.
OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa ( juros compostos) de 4% ao mês.
Referências
Passei Direto. Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/1599335/exercicios_matematica_finaceiraexercicios_
matematica_finaceiraNos juros compostos:
M = C (1+i)n
M = montante
C = capital inicial
i = taxa de juros
n = período
86
MATEMÁTICA
Saldo deve-
n Juros Amortização Prestação
dor
0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 - - 103.000,00
2 3.000,00 - - 106.000,00
3 3.000,00 100.000,00 109.000,00 -
Foi elaborado para apresentar pagamentos iguais ao longo do período do desembolso das prestações. A fórmula para
encontrarmos a prestação é dada a seguir:
PMT = VP . _i.(1+i)n_
(1+i)n -1
A fórmula foi desenvolvida, considerando-se apenas a capitalização por juros compostos. O resultado é listado a seguir:
É a média aritmética das prestações calculadas nas duas formas anteriores (SAC e Price). É encontrado pela fórmula:
87
MATEMÁTICA
Sistema Alemão
Neste caso, a dívida é liquidada também em prestações iguais, exceto a primeira, onde no ato do empréstimo (momen-
to “zero”) já é feita uma cobrança dos juros da operação. As prestações, a primeira amortização e as seguintes são definidas
pelas três seguintes fórmulas:
PMT = _ Vp.i _
1- (1+i)n
PMT = valor da prestação
VP = valor inicial do empréstimo
i = taxa de juros
n = período
An = An-1 _
(1- i)
An = amortizações posteriores (2º, 3º, 4º, ...)
An-1 = amortização anterior
i = taxa de juros
n = período
88
MATEMÁTICA
Exemplo:
Um empréstimo de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) a ser pago em 12 meses, a uma taxa de juros de 1% ao mês
(em juros simples). Aplicando a fórmula para obtenção do valor da amortização, iremos obter um valor igual a R$ 10.000,00
(dez mil reais). Essa fórmula é o valor do empréstimo solicitado divido pelo período, sendo nesse caso: R$ 120.000,00 / 12
meses = R$ 10.000,00. Logo, a tabela SAC fica:
Saldo
Nº Prestação Prestação Juros Amortização
Devedor
0 120000
1 11200 1200 10000 110000
2 11100 1100 10000 100000
3 11000 1000 10000 90000
4 10900 900 10000 80000
5 10800 800 10000 70000
6 10700 700 10000 60000
7 10600 600 10000 50000
8 10500 500 10000 40000
9 10400 400 10000 30000
10 10300 300 10000 20000
11 10200 200 10000 10000
12 10100 100 10000 0
Note que o juro é sempre 10% do saldo devedor do mês anterior, já a prestação é a soma da amortização e o juro.
Sendo assim, o juro é decrescente e diminui sempre na mesma quantidade, R$ 100,00. O mesmo comportamento tem as
prestações. A soma das prestações é de R$ 127.800,00, gerando juros de R$ 7.800,00.
Outra coisa a se observar é que as parcelas e juros diminuem em progressão aritmética (PA) de r=100.
Sistema Americano
O tomador do empréstimo paga os juros mensalmente e o principal, em um único pagamento final.
89
MATEMÁTICA
90
MATEMÁTICA
Concessionária 1
07. Resposta: E.
Temos que transformar os 6% ao trimestre em capita-
lização mensal
Concessionária 2 6/3=2%a.m
1,02³=1,061208=6,1208%
91
MATEMÁTICA
09. Resposta: B.
10. Resposta: E.
8000/15 = 533,33
Portanto, a última parcela será de 533,33⋅1,025=546,66 Sabendo-se que o salário médio desses funcionários é
de R$ 1.490,00, pode-se concluir que o salário de cada um
dos dois gerentes é de
A) R$ 2.900,00.
B) R$ 4.200,00.
C) R$ 2.100,00.
D) R$ 1.900,00.
E) R$ 3.400,00.
2! + 8 ∙ 1700 + 10 ∙ 1200
!é!"# =
20
2! + 8 ∙ 1700 + 10 ∙ 1200
1490 =
20
RESPOSTA: “C”.
92
MATEMÁTICA
!" X1+x2+x3+x4+x5
= 4000!!!!" = 4000! + 40000 X1+x2=4000
!!!"
X3+x4+x5=12000
!"
! ! = 3500!!!!!" = 3500! x2+x3+x4=9000
RESPOSTA: “C”.
93
MATEMÁTICA
!"!!"!!"!!"!!"!!"!!!!!"
!é!"# = = 25
!
!
A mediana é a média entre o 4º e 5º termo:
25 + 25
!!!!!"#$%&% = = 25
2
!
Moda é o número que mais aparece: 25
RESPOSTA: “D”.
94
INFORMÁTICA BÁSICA
A Informática é um meio para diversos fins, com isso acaba atuando em todas as áreas do conhecimento. A sua utiliza-
ção passou a ser um diferencial para pessoas e empresas, visto que, o controle da informação passou a ser algo fundamen-
tal para se obter maior flexibilidade no mercado de trabalho. Logo, o profissional, que melhor integrar sua área de atuação
com a informática, atingirá, com mais rapidez, os seus objetivos e, consequentemente, o seu sucesso, por isso em quase
todos editais de concursos públicos temos Informática.
1.1. O que é informática?
Informática pode ser considerada como significando “informação automática”, ou seja, a utilização de métodos e téc-
nicas no tratamento automático da informação. Para tal, é preciso uma ferramenta adequada: O computador.
A palavra informática originou-se da junção de duas outras palavras: informação e automática. Esse princípio básico
descreve o propósito essencial da informática: trabalhar informações para atender as necessidades dos usuários de maneira
rápida e eficiente, ou seja, de forma automática e muitas vezes instantânea.
Nesse contexto, a tecnologia de hardwares e softwares é constantemente atualizada e renovada, dando origem a equi-
pamentos eletrônicos que atendem desde usuários domésticos até grandes centros de tecnologia.
1
INFORMÁTICA BÁSICA
Vamos observar agora, alguns pontos fundamentais com arquivos dos mais diferentes formatos de compressão,
para o entendimento de informática em concursos públi- tais como: ACE, ARJ, BZ2, CAB, GZ, ISO, JAR, LZH, RAR, TAR,
cos. UUEncode, ZIP, 7Z e Z. Também suporta arquivos de até
Hardware, são os componentes físicos do computador, 8.589 bilhões de Gigabytes!
ou seja, tudo que for tangível, ele é composto pelos peri- Chat é um termo da língua inglesa que se pode tra-
féricos, que podem ser de entrada, saída, entrada-saída ou duzir como “bate-papo” (conversa). Apesar de o conceito
apenas saída, além da CPU (Unidade Central de Processa- ser estrangeiro, é bastante utilizado no nosso idioma para
mento) fazer referência a uma ferramenta (ou fórum) que permite
Software, são os programas que permitem o funciona- comunicar (por escrito) em tempo real através da Internet.
mento e utilização da máquina (hardware), é a parte lógica Principais canais para chats são os portais, como Uol,
do computador, e pode ser dividido em Sistemas Operacio- Terra, G1, e até mesmo softwares de serviços mensageiros
nais, Aplicativos, Utilitários ou Linguagens de Programação. como o Skype, por exemplo.
O primeiro software necessário para o funcionamento Um e-mail hoje é um dos principais meios de comuni-
de um computador é o Sistema Operacional (Sistema Ope- cação, por exemplo:
racional). Os diferentes programas que você utiliza em um
computador (como o Word, Excel, PowerPoint etc) são os canaldoovidio@gmail.com
aplicativos. Já os utilitários são os programas que auxiliam
na manutenção do computador, o antivírus é o principal Onde, canaldoovidio é o usuário o arroba quer dizer
exemplo, e para finalizar temos as Linguagens de Progra- na, o gmail é o servidor e o .com é a tipagem.
mação que são programas que fazem outros programas, Para editarmos e lermos nossas mensagens eletrônicas
como o JAVA por exemplo. em um único computador, sem necessariamente estarmos
Importante mencionar que os softwares podem ser conectados à Internet no momento da criação ou leitura do
livres ou pagos, no caso do livre, ele possui as seguintes e-mail, podemos usar um programa de correio eletrônico.
características: Existem vários deles. Alguns gratuitos, como o Mozilla Thun-
• O usuário pode executar o software, para qualquer derbird, outros proprietários como o Outlook Express. Os dois
uso. programas, assim como vários outros que servem à mesma
• Existe a liberdade de estudar o funcionamento do finalidade, têm recursos similares. Apresentaremos os recur-
programa e de adaptá-lo às suas necessidades. sos dos programas de correio eletrônico através do Outlook
• É permitido redistribuir cópias. Express que também estão presentes no Mozilla Thunderbird.
• O usuário tem a liberdade de melhorar o progra- Um conhecimento básico que pode tornar o dia a dia
ma e de tornar as modificações públicas de modo que a com o Outlook muito mais simples é sobre os atalhos de
comunidade inteira beneficie da melhoria. teclado para a realização de diversas funções dentro do
Entre os principais sistemas operacionais pode-se des- Outlook. Para você começar os seus estudos, anote alguns
tacar o Windows (Microsoft), em suas diferentes versões, atalhos simples. Para criar um novo e-mail, basta apertar
o Macintosh (Apple) e o Linux (software livre criado pelo Ctrl + Shift + M e para excluir uma determinada mensagem
finlandês Linus Torvalds), que apresenta entre suas versões aposte no atalho Ctrl + D. Levando tudo isso em considera-
o Ubuntu, o Linux Educacional, entre outras. ção inclua os atalhos de teclado na sua rotina de estudos e
É o principal software do computador, pois possibilita vá preparado para o concurso com os principais na cabeça.
que todos os demais programas operem. Uma das funcionalidades mais úteis do Outlook para pro-
Android é um Sistema Operacional desenvolvido pelo fissionais que compartilham uma mesma área é o compartilha-
Google para funcionar em dispositivos móveis, como Smar- mento de calendário entre membros de uma mesma equipe.
tphones e Tablets. Sua distribuição é livre, e qualquer pessoa Por isso mesmo é importante que você tenha o conhe-
pode ter acesso ao seu código-fonte e desenvolver aplicati- cimento da técnica na hora de fazer uma prova de con-
vos (apps) para funcionar neste Sistema Operacional. curso que exige os conhecimentos básicos de informática,
iOS, é o sistema operacional utilizado pelos aparelhos pois por ser uma função bastante utilizada tem maiores
fabricados pela Apple, como o iPhone e o iPad. chances de aparecer em uma ou mais questões.
O calendário é uma ferramenta bastante interessante
2. Conhecimento e utilização dos principais softwares do Outlook que permite que o usuário organize de forma
utilitários (compactadores de arquivos, chat, clientes de completa a sua rotina, conseguindo encaixar tarefas, com-
e-mails, reprodutores de vídeo, visualizadores de imagem) promissos e reuniões de maneira organizada por dia, de
forma a ter um maior controle das atividades que devem
Os compactadores de arquivos servem para transfor- ser realizadas durante o seu dia a dia.
mar um grupo de arquivos em um único arquivo e ocu- Dessa forma, uma funcionalidade do Outlook permi-
pando menos memória, ficou muito famoso como o termo te que você compartilhe em detalhes o seu calendário ou
zipar um arquivo. parte dele com quem você desejar, de forma a permitir
Hoje o principal programa é o WINRAR para Windows, que outra pessoa também tenha acesso a sua rotina, o que
inclusive com suporte para outros formatos. Compacta em pode ser uma ótima pedida para profissionais dentro de
média de 8% a 15% a mais que o seu principal concorrente, uma mesma equipe, principalmente quando um determi-
o WinZIP. WinRAR é um dos únicos softwares que trabalha nado membro entra de férias.
2
INFORMÁTICA BÁSICA
Para conseguir utilizar essa função basta que você entre em Calendário na aba indicada como Página Inicial. Feito isso,
basta que você clique em Enviar Calendário por E-mail, que vai fazer com que uma janela seja aberta no seu Outlook.
Nessa janela é que você vai poder escolher todas as informações que vão ser compartilhadas com quem você deseja,
de forma que o Outlook vai formular um calendário de forma simples e detalhada de fácil visualização para quem você
deseja enviar uma mensagem.
Nos dias de hoje, praticamente todo mundo que trabalha dentro de uma empresa tem uma assinatura própria para
deixar os comunicados enviados por e-mail com uma aparência mais profissional.
Dessa forma, é considerado um conhecimento básico saber como criar assinaturas no Outlook, de forma que este con-
teúdo pode ser cobrado em alguma questão dentro de um concurso público.
Por isso mesmo vale a pena inserir o tema dentro de seus estudos do conteúdo básico de informática para a sua pre-
paração para concurso. Ao contrário do que muita gente pensa, a verdade é que todo o processo de criar uma assinatura é
bastante simples, de forma que perder pontos por conta dessa questão em específico é perder pontos à toa.
Para conseguir criar uma assinatura no Outlook basta que você entre no menu Arquivo e busque pelo botão de Opções.
Lá você vai encontrar o botão para E-mail e logo em seguida o botão de Assinaturas, que é onde você deve clicar. Feito isso,
você vai conseguir adicionar as suas assinaturas de maneira rápida e prática sem maiores problemas.
No Outlook Express podemos preparar uma mensagem através do ícone Criar e-mail, demonstrado na figura acima, ao
clicar nessa imagem aparecerá a tela a seguir:
Para: deve ser digitado o endereço eletrônico ou o contato registrado no Outlook do destinatário da mensagem. Cam-
po obrigatório.
Cc: deve ser digitado o endereço eletrônico ou o contato registrado no Outlook do destinatário que servirá para ter
ciência desse e-mail.
Cco: Igual ao Cc, porém os destinatários ficam ocultos.
Assunto: campo onde será inserida uma breve descrição, podendo reservar-se a uma palavra ou uma frase sobre o
conteúdo da mensagem. É um campo opcional, mas aconselhável, visto que a falta de seu preenchimento pode levar o
destinatário a não dar a devida importância à mensagem ou até mesmo desconsiderá-la.
Corpo da mensagem: logo abaixo da linha assunto, é equivalente à folha onde será digitada a mensagem.
A mensagem, após digitada, pode passar pelas formatações existentes na barra de formatação do Outlook:
Mozilla Thunderbird é um cliente de email e notícias open-source e gratuito criado pela Mozilla Foundation (mesma
criadora do Mozilla Firefox).
Webmail é o nome dado a um cliente de e-mail que não necessita de instalação no computador do usuário, já que
funciona como uma página de internet, bastando o usuário acessar a página do seu provedor de e-mail com seu login e
senha. Desta forma, o usuário ganha mobilidade já que não necessita estar na máquina em que um cliente de e-mail está
instalado para acessar seu e-mail.
3
INFORMÁTICA BÁSICA
A popularização da banda larga e dos serviços de e-mail com grande capacidade de armazenamento está aumentan-
do a circulação de vídeos na Internet. O problema é que a profusão de formatos de arquivos pode tornar a experiência
decepcionante.
A maioria deles depende de um único programa para rodar. Por exemplo, se a extensão é MOV, você vai necessitar do
QuickTime, da Apple. Outros, além de um player de vídeo, necessitam do “codec” apropriado. Acrônimo de “COder/DECo-
der”, codec é uma espécie de complemento que descomprime - e comprime - o arquivo. É o caso do MPEG, que roda no
Windows Media Player, desde que o codec esteja atualizado - em geral, a instalação é automática.
Com os três players de multimídia mais populares - Windows Media Player, Real Player e Quicktime -, você dificilmente
encontrará problemas para rodar vídeos, tanto offline como por streaming (neste caso, o download e a exibição do vídeo
são simultâneos, como na TV Terra).
Atualmente, devido à evolução da internet com os mais variados tipos de páginas pessoais e redes sociais, há uma
grande demanda por programas para trabalhar com imagens. E, como sempre é esperado, em resposta a isso, também há
no mercado uma ampla gama de ferramentas existentes que fazem algum tipo de tratamento ou conversão de imagens.
Porém, muitos destes programas não são o que se pode chamar de simples e intuitivos, causando confusão em seu
uso ou na manipulação dos recursos existentes. Caso o que você precise seja apenas um programa para visualizar imagens
e aplicar tratamentos e efeitos simples ou montar apresentações de slides, é sempre bom dar uma conferida em alguns
aplicativos mais leves e com recursos mais enxutos como os visualizadores de imagens.
Abaixo, segue uma seleção de visualizadores, muitos deles trazendo os recursos mais simples, comuns e fáceis de se
utilizar dos editores, para você que não precisa de tantos recursos, mas ainda assim gosta de dar um tratamento especial
para as suas mais variadas imagens.
O Picasa está com uma versão cheia de inovações que faz dele um aplicativo completo para visualização de fotos e
imagens. Além disso, ele possui diversas ferramentas úteis para editar, organizar e gerenciar arquivos de imagem do com-
putador.
As ferramentas de edição possuem os métodos mais avançados para automatizar o processo de correção de imagens.
No caso de olhos vermelhos, por exemplo, o programa consegue identificar e corrigir todos os olhos vermelhos da foto
automaticamente sem precisar selecionar um por um. Além disso, é possível cortar, endireitar, adicionar textos, inserir efei-
tos, e muito mais.
Um dos grandes destaques do Picasa é sua poderosa biblioteca de imagens. Ele possui um sistema inteligente de ar-
mazenamento capaz de filtrar imagens que contenham apenas rostos. Assim você consegue visualizar apenas as fotos que
contém pessoas.
Depois de tudo organizado em seu computador, você pode escolher diversas opções para salvar e/ou compartilhar
suas fotos e imagens com amigos e parentes. Isso pode ser feito gravando um CD/DVD ou enviando via Web. O programa
possui integração com o PicasaWeb, o qual possibilita enviar um álbum inteiro pela internet em poucos segundos.
O IrfanView é um visualizador de imagem muito leve e com uma interface gráfica simples porém otimizada e fácil
de utilizar, mesmo para quem não tem familiaridade com este tipo de programa. Ele também dispõe de alguns recursos
simples de editor. Com ele é possível fazer operações como copiar e deletar imagens até o efeito de remoção de olhos ver-
melhos em fotos. O programa oferece alternativas para aplicar efeitos como texturas e alteração de cores em sua imagem
por meio de apenas um clique.
Além disso sempre é possível a visualização de imagens pelo próprio gerenciador do Windows.
Pastas – são estruturas digitais criadas para organizar arquivos, ícones ou outras pastas.
Arquivos – são registros digitais criados e salvos através de programas aplicativos. Por exemplo, quando abrimos a
Microsoft Word, digitamos uma carta e a salvamos no computador, estamos criando um arquivo.
Ícones – são imagens representativas associadas a programas, arquivos, pastas ou atalhos. As duas figuras mostradas
nos itens anteriores são ícones. O primeiro representa uma pasta e o segundo, um arquivo criado no programa Excel.
Atalhos – são ícones que indicam um caminho mais curto para abrir um programa ou até mesmo um arquivo.
Clicando com o botão direito do mouse sobre um espaço vazio da área de trabalho, temos as seguintes opções, de
organização:
4
INFORMÁTICA BÁSICA
-Nome: Organiza os ícones por ordem alfabética de nomes, permanecendo inalterados os ícones padrão da área de
trabalho.
-Tamanho: Organiza os ícones pelo seu tamanho em bytes, permanecendo inalterados os ícones padrão da área de
trabalho.
-Tipo: Organiza os ícones em grupos de tipos, por exemplo, todas as pastas ficarão ordenadas em sequência, depois
todos os arquivos, e assim por diante, permanecendo inalterados os ícones padrão da área de trabalho.
-Modificado em: Organiza os ícones pela data da última alteração, permanecendo inalterados os ícones padrão da área
de trabalho.
-Organizar automaticamente: Não permite que os ícones sejam colocados em qualquer lugar na área de trabalho.
Quando arrastados pelo usuário, ao soltar o botão esquerdo, o ícone voltará ao seu lugar padrão.
-Alinhar à grade: estabelece uma grade invisível para alinhamento dos ícones.
-Mostrar ícones da área de trabalho: Oculta ou mostra os ícones colocados na área de trabalho, inclusive os ícones
padrão, como Lixeira, Meu Computador e Meus Documentos.
-Bloquear itens da Web na área de trabalho: Bloquea recursos da Internet ou baixados em temas da web e usados na
área de trabalho.
-Executar assistente para limpeza da área de trabalho:
Inicia um assistente para eliminar da área de trabalho ícones que não estão sendo utilizados.
Para acessar o Windows Explorer, basta clicar no botão Windows, Todos os Programas, Acessórios, Windows Explorer,
ou usar a tecla do Windows+E. O Windows Explorer é um ambiente do Windows onde podemos realizar o gerenciamento
de arquivos e pastas. Nele, temos duas divisões principais: o lado esquerdo, que exibe as pastas e diretórios em esquema
de hierarquia e o lado direito que exibe o conteúdo das pastas e diretórios selecionados do lado esquerdo.
Quando clicamos, por exemplo, sobre uma pasta com o botão direito do mouse, é exibido um menu suspenso com
diversas opções de ações que podem ser realizadas. Em ambos os lados (esquerdo e direito) esse procedimento ocorre,
mas do lado esquerdo, não é possível visualizar a opção “Criar atalho”, como é possível observar nas figuras a seguir:
5
INFORMÁTICA BÁSICA
A figura a cima mostra as opções exibidas no menu suspenso quando clicamos na pasta DOWNLOADS com o botão
direito do mouse, do lado esquerdo do Windows Explorer.
No Windows Explorer podemos realizar facilmente opções de gerenciamento como copiar, recortar, colar e mover,
pastas e arquivos.
-Copiar e Colar: consiste em criar uma cópia idêntica da pasta, arquivo ou atalho selecionado. Para essa tarefa, pode-
mos adotar os seguintes procedimentos:
1º) Selecione o item desejado;
2º) Clique com o botão direito do mouse e depois com o esquerdo em “copiar”. Se preferir, pode usar as teclas de
atalho CTRL+C. Esses passos criarão uma cópia do arquivo ou pasta na memória RAM do computador, mas a cópia ainda
não estará em nenhum lugar visível do sistema operacional.
3º) Clique com o botão direito do mouse no local onde deseja deixar a cópia e depois, com o esquerdo, clique em
“colar”. Também podem ser usadas as teclas CTRL + V, para efetivar o processo de colagem.
Dessa forma, teremos o mesmo arquivo ou pasta em mais de um lugar no computador.
-Recortar e Colar: Esse procedimento retira um arquivo ou pasta de um determinado lugar e o coloca em outro. É como
se recortássemos uma figura de uma revista e a colássemos em um caderno. O que recortarmos ficará apenas em um lugar
do computador.
Os passos necessários para recortar e colar, são:
1º) Selecione o item desejado;
2º) Clique com o botão direito do mouse e depois com o esquerdo em “recortar”. Se preferir, pode usar as teclas de
atalho CTRL+X. Esses passos criarão uma cópia do arquivo ou pasta na memória RAM do computador, mas a cópia ainda
não estará em nenhum lugar visível do sistema operacional.
3º) Clique com o botão direito do mouse no local onde deseja deixar a cópia e depois, com o esquerdo, clique em
“colar”. Também podem ser usadas as teclas CTRL + V, para efetivar o processo de colagem.
Lixeira: Contém os arquivos e pastas excluídos pelo usuário. Para excluirmos arquivos, atalhos e pastas, podemos clicar
com o botão direito do mouse sobre eles e depois usar a opção “Excluir”. Outra forma é clicar uma vez sobre o objeto
desejado e depois pressionar o botão delete, no teclado. Esses dois procedimentos enviarão para lixeira o que foi excluído,
sendo possível a restauração, caso haja necessidade. Para restaurar, por exemplo, um arquivo enviado para a lixeira, pode-
mos, após abri-la, restaurar o que desejarmos.
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INFORMÁTICA BÁSICA
A restauração de objetos enviados para a lixeira pode ser feita com um clique com o botão direito do mouse sobre o item de-
sejado e depois, outro clique com o esquerdo em “Restaurar”. Isso devolverá, automaticamente o arquivo para seu local de origem.
Outra forma de restaurar é usar a opção “Restaurar este item”, após selecionar o objeto.
Alguns arquivos e pastas, por terem um tamanho muito grande, são excluídos sem irem antes para a Lixeira. Sempre
que algo for ser excluído, aparecerá uma mensagem, ou perguntando se realmente deseja enviar aquele item para a Lixeira,
ou avisando que o que foi selecionado será permanentemente excluído. Outra forma de excluir documentos ou pastas sem
que eles fiquem armazenados na Lixeira é usar as teclas de atalho Shift+Delete.
No Linux a forma mais tradicional para se manipular arquivos é com o comando chmod que altera as permissões de
arquivos ou diretórios. É um comando para manipulação de arquivos e diretórios que muda as permissões para acesso
àqueles, por exemplo, um diretório que poderia ser de escrita e leitura, pode passar a ser apenas leitura, impedindo que
seu conteúdo seja alterado.
4. Backup de arquivos
O Backup ajuda a proteger os dados de exclusão acidentais, ou até mesmo de falhas, por exemplo se os dados originais
do disco rígido forem apagados ou substituídos acidentalmente ou se ficarem inacessíveis devido a um defeito do disco
rígido, você poderá restaurar facilmente os dados usando a cópia arquivada.
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INFORMÁTICA BÁSICA
para a mídia de backup, tendo modificações ou não. Esta O armazenamento deve ser sempre levado em con-
é a razão pela qual os backups completos não são feitos o sideração, onde o administrador desses backups deve
tempo todo Todos os arquivos seriam gravados na mídia se preocupar em encontrar um equilíbrio que atenda
de backup. Isto significa que uma grande parte da mídia adequadamente às necessidades de todos, e também
de backup é usada mesmo que nada tenha sido alterado. assegurar que os backups estejam disponíveis para a
Fazer backup de 100 gigabytes de dados todas as noites pior das situações.
quando talvez 10 gigabytes de dados foram alterados não Após todas as técnicas de backups estarem efetiva-
é uma boa prática; por este motivo os backups incremen- das deve-se garantir os testes para que com o passar
tais foram criados. do tempo não fiquem ilegíveis.
Já os backups incrementais primeiro verificam se o
horário de alteração de um arquivo é mais recente que o 4.3. Recomendações para proteger seus backups
horário de seu último backup, por exemplo, já atuei em
uma Instituição, onde todos os backups eram programa- Fazer backups é uma excelente prática de seguran-
dos para a quarta-feira. ça básica. Agora lhe damos conselhos simples para que
A vantagem principal em usar backups incrementais você esteja a salvo no dia em que precisar deles:
é que rodam mais rápido que os backups completos. A 1. Tenha seus backups fora do PC, em outro escri-
principal desvantagem dos backups incrementais é que tório, e, se for possível, em algum recipiente à prova
para restaurar um determinado arquivo, pode ser neces- de incêndios, como os cofres onde você guarda seus
sário procurar em um ou mais backups incrementais até documentos e valores importantes.
encontrar o arquivo. Para restaurar um sistema de arquivo 2. Faça mais de uma cópia da sua informação e as
completo, é necessário restaurar o último backup completo mantenha em lugares separados.
e todos os backups incrementais subsequentes. Numa ten- 3. Estabeleça uma idade máxima para seus backups,
tativa de diminuir a necessidade de procurar em todos os é melhor comprimir os arquivos que já sejam muito
backups incrementais, foi implementada uma tática ligeira- antigos (quase todos os programas de backup contam
mente diferente. Esta é conhecida como backup diferencial. com essa opção), assim você não desperdiça espaço
Os backups diferenciais, também só copia arquivos al- útil.
terados desde o último backup, mas existe uma diferen- 4. Proteja seus backups com uma senha, de manei-
ça, ele mapeia as alterações em relação ao último backup ra que sua informação fique criptografada o suficiente
completo, importante mencionar que essa técnica ocasio- para que ninguém mais possa acessá-la. Se sua infor-
na o aumento progressivo do tamanho do arquivo. mação é importante para seus entes queridos, imple-
Os backups delta sempre armazena a diferença entre mente alguma forma para que eles possam saber a se-
as versões correntes e anteriores dos arquivos, começan- nha se você não estiver presente.
do a partir de um backup completo e, a partir daí, a cada
novo backup são copiados somente os arquivos que foram 5. Conceitos básicos de Hardware (Placa mãe, me-
alterados enquanto são criados hardlinks para os arquivos mórias, processadores (CPU) e disco de armazenamen-
que não foram alterados desde o último backup. Esta é a to HDs, CDs e DVDs)
técnica utilizada pela Time Machine da Apple e por ferra- Os gabinetes são dotados de fontes de alimenta-
mentas como o rsync. ção de energia elétrica, botão de ligar e desligar, botão
de reset, baias para encaixe de drives de DVD, CD, HD,
4.2. Mídias saídas de ventilação e painel traseiro com recortes para
A fita foi o primeiro meio de armazenamento de dados encaixe de placas como placa mãe, placa de som, vídeo,
removível amplamente utilizado. Tem os benefícios de custo rede, cada vez mais com saídas USBs e outras.
baixo e uma capacidade razoavelmente boa de armazena- No fundo do gabinete existe uma placa de metal
mento. Entretanto, a fita tem algumas desvantagens. Ela está onde será fixada a placa mãe. Pelos furos nessa placa é
sujeita ao desgaste e o acesso aos dados na fita é sequen- possível verificar se será possível ou não fixar determi-
cial por natureza. Estes fatores significam que é necessário nada placa mãe em um gabinete, pois eles têm que ser
manter o registro do uso das fitas (aposentá-las ao atingirem proporcionais aos furos encontrados na placa mãe para
o fim de suas vidas úteis) e também que a procura por um parafusá-la ou encaixá-la no gabinete.
arquivo específico nas fitas pode ser uma tarefa longa. Placa-mãe, é a placa principal, formada por um con-
Ultimamente, os drives de disco nunca seriam usados junto de circuitos integrados (“chip set“) que reconhece
como um meio de backup. No entanto, os preços de ar- e gerencia o funcionamento dos demais componentes
mazenamento caíram a um ponto que, em alguns casos, do computador.
usar drives de disco para armazenamento de backup faz Se o processador pode ser considerado o “cérebro”
sentido. A razão principal para usar drives de disco como do computador, a placa-mãe (do inglês motherboard)
um meio de backup é a velocidade. Não há um meio de representa a espinha dorsal, interligando os demais pe-
armazenamento em massa mais rápido. A velocidade pode riféricos ao processador.
ser um fator crítico quando a janela de backup do seu cen- O disco rígido, do inglês hard disk, também conhe-
tro de dados é curta e a quantidade de dados a serem co- cido como HD, serve como unidade de armazenamento
piados é grande. permanente, guardando dados e programas.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Ele armazena os dados em discos magnéticos que mantêm a gravação por vários anos, se necessário.
Esses discos giram a uma alta velocidade e tem seus dados gravados ou acessados por um braço móvel composto por
um conjunto de cabeças de leitura capazes de gravar ou acessar os dados em qualquer posição nos discos.
Dessa forma, os computadores digitais (que trabalham com valores discretos) são totalmente binários. Toda informação
introduzida em um computador é convertida para a forma binária, através do emprego de um código qualquer de arma-
zenamento, como veremos mais adiante.
A menor unidade de informação armazenável em um computador é o algarismo binário ou dígito binário, conhecido
como bit (contração das palavras inglesas binarydigit). O bit pode ter, então, somente dois valores: 0 e 1.
Evidentemente, com possibilidades tão limitadas, o bit pouco pode representar isoladamente; por essa razão, as infor-
mações manipuladas por um computador são codificadas em grupos ordena- dos de bits, de modo a terem um significado
útil.
O menor grupo ordenado de bits representando uma informação útil e inteligível para o ser humano é o byte (leia-se
“baite”).
Como os principais códigos de representação de caracteres utilizam grupos de oito bits por caracter, os conceitos de
byte e caracter tornam-se semelhantes e as palavras, quase sinônimas.
É costume, no mercado, construírem memórias cujo acesso, armazenamento e recuperação de informações são efetua-
dos byte a byte. Por essa razão, em anúncios de computadores, menciona-se que ele possui “512 mega bytes de memória”;
por exemplo, na realidade, em face desse costume, quase sempre o termo byte é omitido por já subentender esse valor.
Para entender melhor essas unidades de memórias, veja a imagem abaixo:
Em resumo, a cada degrau que você desce na Figura 3 é só você dividir por 1024 e a cada degrau que você sobe basta
multiplicar por 1024. Vejamos dois exemplos abaixo:
A fonte de energia do computador ou, em inglês é responsável por converter a voltagem da energia elétrica, que chega
pelas tomadas, em voltagens menores, capazes de ser suportadas pelos componentes do computador.
Monitor de vídeo
Normalmente um dispositivo que apresenta informações na tela de LCD, como um televisor atual.
Outros monitores são sensíveis ao toque (chamados de touchscreen), onde podemos escolher opções tocando em
botões virtuais, apresentados na tela.
Impressora
Muito popular e conhecida por produzir informações impressas em papel.
Atualmente existem equipamentos chamados impressoras multifuncionais, que comportam impressora, scanner e fo-
tocopiadoras num só equipamento.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Pen drive é a mídia portátil mais utilizada pelos usuá- ... RISC são arquiteturas de carga-armazenamento, en-
rios de computadores atualmente. quanto que a maior parte das arquiteturas CISC permite
Ele não precisar recarregar energia para manter os da- que outras operações também façam referência à memória.
dos armazenados. Isso o torna seguro e estável, ao contrá- Possuem um clock interno de sincronização que define
rio dos antigos disquetes. É utilizado através de uma porta a velo- cidade com que o processamento ocorre. Essa velo-
USB (Universal Serial Bus). cidade é medida em Hertz. Segundo Amigo (2008):
Em um computador, a velocidade do clock se refere ao
Cartões de memória, são baseados na tecnologia flash, número de pulsos por segundo gerados por um oscilador
semelhante ao que ocorre com a memória RAM do com- (dispositivo eletrônico que gera sinais), que determina o
putador, existe uma grande variedade de formato desses tempo necessário para o processador executar uma instru-
cartões. ção. Assim para avaliar a performance de um processador,
São muito utilizados principalmente em câmeras foto- medimos a quantidade de pulsos gerados em 1 segundo e,
gráficas e telefones celulares. Podem ser utilizados também para tanto, utilizamos uma unidade de medida de frequên-
em microcomputadores. cia, o Hertz.
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INFORMÁTICA BÁSICA
dade. Além dessa velocidade, existem outros itens importantes de serem observados em uma placa de vídeo: aceleração
gráfica 3D, resolução, quantidade de cores e, como não poderíamos esquecer, qual o padrão de encaixe na placa mãe que
ela deverá usar (atualmente seguem opções de PCI ou AGP). Vamos ver esses itens um a um:
Placas de som são hardwares específicos para trabalhar e projetar a sons, seja em caixas de som, fones de ouvido ou
microfone. Essas placas podem ser onboard, ou seja, com chipset embutido na placa mãe, ou offboard, conectadas em slots
presentes na placa mãe. São dispositivos de entrada e saída de dados, pois tanto permitem a inclusão de dados (com a entrada
da voz pelo microfone, por exemplo) como a saída de som (através das caixas de som, por exemplo).
Placas de rede são hardwares específicos para integrar um computador a uma rede, de forma que ele possa enviar e
receber informações. Essas placas podem ser onboard, ou seja, com chipset embutido na placa mãe, ou offboard, conecta-
das em slots presentes na placa mãe.
Alguns dados importantes a serem observados em uma placa de rede são: a arquitetura de rede que atende os tipos
de cabos de rede suportados e a taxa de transmissão.
6. Periféricos de computadores
Para entender o suficiente sobre periféricos para concurso público é importante entender que os periféricos são os
componentes (hardwares) que estão sempre ligados ao centro dos computadores.
Os periféricos são classificados como:
Dispositivo de Entrada: É responsável em transmitir a informação ao computador. Exemplos: mouse, scanner, microfo-
ne, teclado, Web Cam, Trackball, Identificador Biométrico, Touchpad e outros.
Dispositivos de Saída: É responsável em receber a informação do computador. Exemplos: Monitor, Impressoras, Caixa
de Som, Ploter, Projector de Vídeo e outros.
Dispositivo de Entrada e Saída: É responsável em transmitir e receber informação ao computador. Exemplos: Drive de Dis-
quete, HD, CD-R/RW, DVD, Blu-ray, modem, Pen-Drive, Placa de Rede, Monitor Táctil, Dispositivo de Som e outros.
Windows assim como tudo que envolve a informática passa por uma atualização constante, os concursos públicos em
seus editais acabam variando em suas versões, por isso vamos abordar de uma maneira geral tanto as versões do Windows
quanto do Linux.
O Windows é um Sistema Operacional, ou seja, é um software, um programa de computador desenvolvido por pro-
gramadores através de códigos de programação. Os Sistemas Operacionais, assim como os demais softwares, são consi-
derados como a parte lógica do computador, uma parte não palpável, desenvolvida para ser utilizada apenas quando o
computador está em funcionamento. O Sistema Operacional (SO) é um programa especial, pois é o primeiro a ser instalado
na máquina.
Quando montamos um computador e o ligamos pela primeira vez, em sua tela serão mostradas apenas algumas rotinas
presentes nos chipsets da máquina. Para utilizarmos todos os recursos do computador, com toda a qualidade das placas
de som, vídeo, rede, acessarmos a Internet e usufruirmos de toda a potencialidade do hardware, temos que instalar o SO.
Após sua instalação é possível configurar as placas para que alcancem seu melhor desempenho e instalar os demais
programas, como os softwares aplicativos e utilitários.
O SO gerencia o uso do hardware pelo software e gerencia os demais programas.
A diferença entre os Sistemas Operacionais de 32 bits e 64 bits está na forma em que o processador do computador
trabalha as informações. O Sistema Operacional de 32 bits tem que ser instalado em um computador que tenha o proces-
sador de 32 bits, assim como o de 64 bits tem que ser instalado em um computador de 64 bits.
Os Sistemas Operacionais de 64 bits do Windows, segundo o site oficial da Microsoft, podem utilizar mais memória que
as versões de 32 bits do Windows. “Isso ajuda a reduzir o tempo despendi- do na permuta de processos para dentro e para
fora da memória, pelo armazenamento de um número maior desses processos na memória de acesso aleatório (RAM) em
vez de fazê-lo no disco rígido. Por outro lado, isso pode aumentar o desempenho geral do programa”.
Windows XP
O Windows XP foi lançado em 2001 e ele era um sistema operacional bastante completo e confiável, por isso pode-se
dizer que ele foi uma versão muito bem sucedida, importante mencionar que o encerramento do seu suporte foi em abril
de 2014.
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INFORMÁTICA BÁSICA
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INFORMÁTICA BÁSICA
Ele foi sucessor de uma versão considerada fracassada Comparando o Windows XP com o Windows 7
que foi o Windows Me (Millennium Edition), lançado em
2000, e é considerado por muitos o principal responsável Estabilidade
em recuperar a confiança dos clientes Microsoft. Seu lança-
mento foi dia 25 de outubro de 2001 e chamou a atenção O Windows 7 é muito mais estável do que o Windo-
por trazer uma nova interface gráfica e eliminar os proble- ws XP, e isso acontece por diversos motivos. Inicialmente
mas de estabilidade encontrados no ME. ele foi desenvolvido para dar maior proteção à memória,
A interface gráfica do Windows XP ficou conhecida por isolando-a de problemas externos. Exemplo clássico: você
ser muito mais intuitiva e agradável, afinal as janelas cinzas, instala um novo driver de placa de vídeo, e ele trava pois
e barras quadradas foram substituídas por uma interface tem um bug. Enquanto o Windows XP trava por completo
colorida, com padrão azul, e botões mais arredondados e (ou o computador é reiniciado), o Windows 7 se recupera
visíveis. Outra grande novidade foi o botão iniciar, que fi- normalmente do travamento utilizando um driver padrão
cou maior, com mais atalhos e possibilidades de fixar pro- de vídeo, e isso não afeta os demais programas abertos.
gramas, mudança essa que permaneceu até o Windows 7. O Windows 7 vem com o Monitor de Confiabilidade.
Outros aspectos visuais trazidos pelo Windows XP, fo- Ele monitora constantemente o computador, salvando in-
ram as novas camadas e efeitos para o desktop, além de formações importantes quando há alguma falha de aplica-
apresentar um papel de parede padrão que viria a se tor- tivo ou do Windows, e com isso o usuário tem um pano-
nar icônico. Os usuários poderiam ainda travar a barra de rama geral que permite concluir que aplicativo ou driver
tarefas e evitar que houvesse mudanças das configurações está causando problemas. Isso é possível pois ele monitora
no espaço. a data de instalação de drivers e programas, execução de
O XP foi apresentado ainda em diferentes edições, aplicativos, updates do Windows, travamento de progra-
além de estar disponível em 32 e 64 bits. A versão Home mas, e tudo mais que possa afetar a estabilidade do sis-
Edition era voltada para o uso doméstico e trazia ferra- tema operacional - e com isso é fácil concluir quando um
mentas mais simples para o usuário comum. Já a edição novo programa ou driver está causando problemas no sis-
Professional tinha como público empresas e usuários com tema operacional. O Monitor de Confiabilidade também
conhecimentos avançados. Houve ainda uma versão Media tem a opção de verificar soluções para todos os problemas
Center Edition, mas esta nunca foi colocada à venda e era listados.
entregue somente sob encomenda. Além disso, o Windows 7 também vem com a opção
Em relação as funcionalidades, o grande destaque foi o de restauração de sistema e drivers, permitindo que você
suporte a dispositivos Plug and Play, famoso plugar e usar retorne a um status ou driver anterior ao atual caso este
que acabou com etapas burocráticas de instalação, não exi- apresente algum problema.
gindo que o computador fosse desligado ao remover um Por fim, o NTFS (tipo de partição) do Windows 7 é mais
dispositivo externo, como um pendrive. completo e avançado do que o do Windows XP, pois é o
Outra novidade na funcionalidade foi a tecnologia mesmo utilizado no Windows Server 2008. Quando ocorre
ClearType, que facilitava a visualização de textos em tela algum problema em disco ou na partição do Windows XP,
LCD, novidades na época. Além disso, ele melhorou o con- por exemplo, o sistema operacional tenta corrigi-lo (às ve-
sumo de energia para a utilização em dispositivos móveis zes durante horas) via chkdsk no próximo boot. O NTFS do
como notebook e tablets, e incluiu a possibilidade de ini- Windows 7, por outro lado, utiliza o self-healing (auto-cor-
cializar a máquina mais rapidamente e hibernar. reção) e o problema é reparado imediatamente sem que o
Além disso, passou a dar suporte às redes Wireless e usuário sequer saiba disso. Além disso, ele permite corrigir
DSL, melhorando a alternância entre contas de usuários, problemas em arquivos de sistema (como o Win32k.sys) -
permitindo que o indivíduo acesse outra conta sem fechar algo que o Windows XP não consegue. Neste item Windo-
seus programas abertos. Além disso, introduziu a funcio- ws 7 x Windows XP, o Windows 7 ganha.
nalidade de assistência remota, o que possibilitou que pes-
soas conectadas à Internet pudessem assumir o controle Usabilidade
da máquina para realizar suporte técnico ou auxiliar uma
tarefa. O Windows 7 facilita o dia-a-dia das pessoas com novi-
Quanto as atualizações e até mesmo o encerramen- dades que tornam as tarefas mais rápidas e eficientes. Entre
to do suporte, pode-se dizer que o XP teve três grandes elas estão:
atualizações, que ficaram conhecidas como Service Packs. - Central de Contas do Usuário (UAC) que protege o
O primeiro foi lançado no dia 9 de setembro de 2002, adi- usuário sem incomodá-lo
cionando o suporte ao formato USB 2.0 e a possibilidade - Pesquisa integrada ao sistema operacional
de definir padrões de programas. O SP2 chegou em 6 de - Bibliotecas, que organizam os arquivos e facilitam o
agosto de 2004 com foco na segurança do sistema. Já o seu uso em rede local
SP3 foi distribuído em 6 de maio de 2008 com correções de - Aero Snap, que ao arrastar uma janela para a lateral
segurança e melhoras no desempenho. da tela, esta é automaticamente expandida e ocupa meta-
No dia 8 de abril de 2014, a Microsoft encerrou o su- de da tela (ou tela cheia se for arrastada para cima)
porte ao Windows XP SP3, não oferecendo mais atualiza- - Aero Peek, que torna as janelas transparentes para
ções ou correções de segurança para o sistema. você visualizar ou acessar rapidamente o desktop
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INFORMÁTICA BÁSICA
- Aero Shake, que ao chacoalhar uma janela faz com Custo Benefício
que todas as demais sejam automaticamente minimizadas
O Windows XP foi inaugurado em 2001, ou seja, para
Essas melhorias na usabilidade não devem ser descon- hardwares equivalentes da época, os requisitos mínimos
sideradas ou vistas como “frescura”, pois elas podem eco- do Windows XP são inferiores até mesmo aos smartpho-
nomizar dezenas de horas de trabalho por ano! Mais uma nes mais simples de hoje em dia: Pentium 233 MHz, 64MB
vantagem para o Windows 7 na comparação Windows 7 x RAM e 1,5GB de espaço em disco! É preciso dizer mais?
Windows XP. O Windows 7 funciona muito bem até mesmo em
hardware limitado, como netbooks com 1GB RAM e pro-
Segurança cessador de 1GHz, além de estar preparado para utilizar
todo potencial das tecnologias atuais: processadores
Há um mundo de diferença entra a segurança do multi-core, muita memória RAM, discos SSD, drive de
Windows XP e a do Windows 7. Embora algumas pessoas Blu-Ray, USB 3.0, placas de vídeo caseiras que processam
achem que basta instalar um navegador atual para se man- 3 trilhões de cálculos por segundo (quatro placas dessas
ter seguro na web, nada mais ilusório: estes mesmos nave- trabalhando juntas superam o total de cálculos por se-
gadores não conseguem proteger o usuário se eles estão gundo do supercomputador mais rápido do planeta de
sendo executados em um sistema operacional com capaci- 2001 - e ele tinha 8.192 processadores!), e tecnologias
dade de proteção limitada. O navegador não impede ata- que utilizamos atualmente e que seriam consideradas
ques remotos nem ataques que utilizam vulnerabilidades coisas de ficção científica quando o Windows XP foi cria-
existentes no sistema operacional. do.
Além disso, vulnerabilidades no Windows 7 são muito Na prática não existem motivos razoáveis para um
menos perigosas do que a mesma vulnerabilidade no Win- computador utilizar o Windows XP ao invés do Windows
dows XP, pois o Windows 7 tem diversas proteções adicio- 7.
nais que diminuem o poder de ação dos malwares. Entre
elas estão ASLR, PatchGuard, UAC, PMIE e outras tecnolo-
gias que bloqueiam e impedem ataques externos por vias Windows 7
desconhecidas. Além disso, o antivírus gratuito da Micro-
soft (MSE – Microsoft Security Essentials) pode ser utilizado
por qualquer pessoa que tenha Windows Original, prote- Para saber se o Windows é de 32 ou 64 bits, basta:
gendo-a contra malwares. 1. Clicar no botão Iniciar , clicar com o botão direito
em computador e clique em Propriedades.
Hardware e performance 2. Em sistema, é possível exibir o tipo de sistema.
“Para instalar uma versão de 64 bits do Windows 7,
Atualmente muitos computadores e notebooks vêm você precisará de um processador capaz de executar uma
com 4GB de memória RAM ou mais - e o Windows XP não versão de 64 bits do Windows. Os benefícios de um siste-
aproveita isso. ma operacional de 64 bits ficam mais claros quando você
Tanto o Windows XP quanto o Windows 7 “enxergam” tem uma grande quantidade de RAM (memória de acesso
até 4GB RAM nas suas versões 32-bits - mas ao contrário aleatório) no computador, normalmente 4 GB ou mais.
do XP, o Windows 7 tem versões 64-bits perfeitamente uti- Nesses casos, como um sistema operacional de 64 bits
lizáveis, isto é, o mercado lançou programas e periféricos pode processar grandes quantidades de memória com
que funcionam perfeitamente no Windows 7, mas não para mais eficácia do que um de 32 bits, o sistema de 64 bits
o Windows XP. poderá responder melhor ao executar vários programas
Embora exista uma versão 64-bits do Windows XP, pra- ao mesmo tempo e alternar entre eles com frequência”.
ticamente ninguém a usa pois não há drivers para periféri- Uma maneira prática de usar o Windows 7 (Win 7) é
cos nem programas que aproveitam o seu potencial. reinstalá-lo sobre um SO já utilizado na máquina. Nesse
E um detalhe que poucos sabem é que o limite de 4GB caso, é possível instalar:
de memória se aplica à soma da memória RAM + memória - Sobre o Windows XP;
da placa de vídeo + memória dos periféricos PCI + ACPI + - Uma versão Win 7 32 bits, sobre Windows Vista
tudo mais que esteja instalado no computador que utilize (Win Vista), também 32 bits;
memória (exceto pendrive, disco rígido e cartões de me- - Win 7 de 64 bits, sobre Win Vista, 32 bits;
mória, obviamente). - Win 7 de 32 bits, sobre Win Vista, 64 bits;
Isso significa que se você utiliza uma poderosa placa - Win 7 de 64 bits, sobre Win Vista, 64 bits;
de vídeo de 2GB de memória (algo relativamente comum) - Win 7 em um computador e formatar o HD durante
no Windows XP, este acessará menos de 2GB de memória a insta- lação;
RAM independentemente da quantidade de memória RAM - Win 7 em um computador sem SO;
instalada no computador. E quanto menos memória RAM, Antes de iniciar a instalação, devemos verificar qual
menos performance o computador terá. A solução é utili- tipo de instalação será feita, encontrar e ter em mãos a
zar um sistema operacional completo de 64-bits como o chave do produto, que é um código que será solicitado
Windows 7. durante a instalação.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Pastas – são estruturas digitais criadas para organizar Figura 9: Criamos aqui uma pasta chamada “Trabalho”.
arquivos, ícones ou outras pastas.
Arquivos– são registros digitais criados e salvos atra-
vés de programas aplicativos. Por exemplo, quando abri-
mos o Microsoft Word, digitamos uma carta e a salvamos
no computador, estamos criando um arquivo.
Ícones– são imagens representativas associadas a pro-
gramas, arquivos, pastas ou atalhos.
Atalhos–são ícones que indicam um caminho mais
curto para abrir um programa ou até mesmo um arquivo.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Área de trabalho:
A figura acima mostra a primeira tela que vemos quando o Windows 7 é iniciado. A ela damos o nome de área de
trabalho, pois a ideia original é que ela sirva como uma prancheta, onde abriremos nossos livros e documentos para dar
início ou continuidade ao trabalho.
Em especial, na área de trabalho, encontramos a barra de tarefas, que traz uma série de particularidades, como:
1) Botão Iniciar: é por ele que entramos em contato com todos os outros programas instalados, programas que fazem
parte do sistema operacional e ambientes de configuração e trabalho. Com um clique nesse botão, abrimos uma lista, cha-
mada Menu Iniciar, que contém opções que nos permitem ver os programas mais acessados, todos os outros programas
instalados e os recursos do próprio Windows. Ele funciona como uma via de acesso para todas as opções disponíveis no
computador.
Através do botão Iniciar, também podemos:
-desligar o computador, procedimento que encerra o Sistema Operacional corretamente, e desliga efetivamente a
máquina;
-colocar o computador em modo de espera, que reduz o consumo de energia enquanto a máquina estiver ociosa, ou
seja, sem uso. Muito usado nos casos em que vamos nos ausentar por um breve período de tempo da frente do compu-
tador;
-reiniciar o computador, que desliga e liga automaticamente o sistema. Usado após a instalação de alguns programas
que precisam da reinicialização do sistema para efetivarem sua insta- lação, durante congelamento de telas ou travamentos
da máquina.
-realizar o logoff, acessando o mesmo sistema com nome e senha de outro usuário, tendo assim um ambiente com
características diferentes para cada usuário do mesmo computador.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Na figura a cima temos o menu Iniciar, acessado com um clique no botão Iniciar.
2) Ícones de inicialização rápida: São ícones colocados como atalhos na barra de tarefas para serem acessados com
facilidade.
3) Barra de idiomas: Mostra qual a configuração de idioma que está sendo usada pelo teclado.
4) Ícones de inicialização/execução: Esses ícones são configurados para entrar em ação quando o computador é
iniciado. Muitos deles ficam em execução o tempo todo no sistema, como é o caso de ícones de programas antivírus que
monitoram constante- mente o sistema para verificar se não há invasões ou vírus tentando ser executados.
5) Propriedades de data e hora: Além de mostra o relógio constantemente na sua tela, clicando duas vezes, com o
botão esquerdo do mouse nesse ícone, acessamos as Propriedades de data e hora.
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INFORMÁTICA BÁSICA
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INFORMÁTICA BÁSICA
Painel de controle
Computador
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INFORMÁTICA BÁSICA
Redimensionar as tiles
Na tela esses mosaicos ficam uns maiores que os ou-
tros, mas isso pode ser alterado clicando com o botão di-
reito na divisão entre eles e optando pela opção menor.
Você pode deixar maior os aplicativos que você quiser des-
Figura 20: Computador tacar no computador.
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INFORMÁTICA BÁSICA
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INFORMÁTICA BÁSICA
Também é possível personalizar a sua barra de ferramentas clicando com o botão direito e selecionando novos painéis,
que vão desde Contagem de Palavras e Desenho até Visual Basic e Formulários. O problema é que, conforme você adiciona
novas funções, a interface começa a ficar cada vez mais carregada e desorganizada.
Uma das características foi a mudança do logotipo do Office duas ferramentas que estrearam no Office 2003, foram: In-
foPath e o OneNote. O OneNote é uma caderneta eletrônica de anotações e organizador que toma notas como aplicação
do texto, notas manuscritas ou diagramas, gráficos e de áudio gravado, o Office 2003 foi a primeira versão a usar cores e
ícones do Windows XP.
O Word 2007 certamente é um marco nas atualizações, pois ele trouxe a grande novidade das abas, e consequente-
mente o fim dos menus, e ao clicar em cada aba, abre uma barra de ferramenta pertinente a aquela aba, a figura 29 mostra
a guia início e suas respectivas ferramentas, diferente de antes que tínhamos uma barra de ferramentas fixa. Devido ao cos-
tume das outras versões no início a versão 2007 foi muito criticada, outra mudança significativa foi a mudança da extensão
do arquivo que passou de DOC para DOCX.
Na guia início é onde se encontra a maioria das funções da antiga interface do Microsoft Word. Ou seja, aqui você pode
mudar a fonte, o tamanho dela, modificar o texto selecionado (com negrito, itálico, sublinhado, riscado, sobreposto etc.),
deixar com outra cor, criar tópicos, alterar o espaçamento, mudar o alinhamento e dar estilo. Tudo isso agora é dividido
em grandes painéis.
Definitivamente, a versão do Microsoft Word 2007 trouxe muito mais organização e padrões em relação as ver-
sões anteriores. Todas as ficaram categorizadas e mais fáceis de encontrar, bastando se acostumar com a interface.
A melhor parte é que não fica tudo bagunçado, e que as ferramentas mudam conforme as escolhas das abas.
22
INFORMÁTICA BÁSICA
As guias foram criadas para serem orientadas por tarefas, já os grupos dentro de cada guia criam subtarefas para as
tarefas, e os botões de comando em cada grupo possui um comando.
As extensões são fundamentais, desde a versão 2007 passou a ser DOCX, mas vamos analisar outras extensões que
podem ser abordadas em questões de concursos na Figura 27.
As guias envolvem grupos e botões de comando, e são organizadas por tarefa. Os Grupos dentro de cada guia que-
bram uma tarefa em subtarefas. Os Botões de comando em cada grupo possuem um comando ou exibem um menu de
comandos.
Existem guias que vão aparecer apenas quando um determinado objeto aparecer para ser formatado. No exemplo da
imagem, foi selecionada uma figura que pode ser editada com as opções que estiverem nessa guia.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Indicadores de caixa de diálogo – aparecem em alguns grupos para oferecer a abertura rápida da caixa de diálogo do
grupo, contendo mais opções de formatação.
Permite localizar palavras em um documento, substituir palavras localizadas por outras ou aplicar formatações e sele-
cionar textos e objetos no documento.
Para localizar uma palavra no texto, basta clicar no ícone Localizar , digitar a palavra na linha do localizar e clicar no
botão Localizar Próxima.
A cada clique será localizada a próxima palavra digitada no texto. Temos também como realçar a palavra que deseja-
mos localizar para facilitar a visualizar da palavra localizada.
Na janela também temos o botão “Mais”. Neste botão, temos, entre outras, as opções:
- Diferenciar maiúscula e minúscula: procura a palavra digitada na forma que foi digitada, ou seja, se foi digitada em
minúscula, será localizada apenas a palavra minúscula e, se foi digitada em maiúscula, será localizada apenas e palavra
maiúscula.
- Localizar palavras inteiras: localiza apenas a palavra exatamente como foi digitada. Por exemplo, se tentarmos localizar
a palavra casa e no texto tiver a palavra casaco, a parte “casa” da palavra casaco será localizada, se essa opção não estiver
marcada. Marcando essa opção, apenas a palavra casa, completa, será localizada.
- Usar caracteres curinga: com esta opção marcada, usamos caracteres especiais. Por exemplo, é possível usar o carac-
tere curinga asterisco (*) para procurar uma sequência de caracteres (por exemplo, “t*o” localiza “tristonho” e “término”).
Veja a lista de caracteres que são considerados curinga, retirada do site do Microsoft Office:
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INFORMÁTICA BÁSICA
O grupo tabela é muito utilizado em editores de texto, como por exemplo a definição de estilos da tabela.
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INFORMÁTICA BÁSICA
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INFORMÁTICA BÁSICA
Guia revisão:
Grupo revisão de texto:
Figura 39: Verificar ortografia e gramática
Figura 38: Grupo revisão de texto
A verificação ortográfica e gramatical do Word, já bus-
1 – Pesquisar: abre o painel de tarefas viabilizando pes- ca trechos do texto ou palavras que não se enquadrem
quisas em materiais de referência como jornais, enciclopé- no perfil de seus dicionários ou regras gramaticais e or-
dias e serviços de tradução. tográficas. Na parte de cima da janela “Verificar ortografia
2 – Dica de tela de tradução: pausando o cursor sobre e gramática”, aparecerá o trecho do texto ou palavra con-
algumas palavras é possível realizar sua tradução para ou- siderada inadequada. Em baixo, aparecerão as sugestões.
tro idioma. Caso esteja correto e a sugestão do Word não se aplique,
3 – Definir idioma: define o idioma usado para realizar podemos clicar em “Ignorar uma vez”; caso a regra apre-
a correção de ortografia e gramática. sentada esteja incorreta ou não se aplique ao trecho do
4 – Contar palavras: possibilita contar as palavras, os texto selecionado, podemos clicar em “Ignorar regra”; caso
caracteres, parágrafos e linhas de um documento. a sugestão do Word seja adequada, clicamos em “Alterar” e
5 – Dicionário de sinônimos: oferece a opção de alte- podemos continuar a verificação de ortografia e gramática
rar a palavra selecionada por outra de significado igual ou clicando no botão “Próxima sentença”.
semelhante.
6 – Traduzir: faz a tradução do texto selecionado para Se tivermos uma palavra sublinhada em vermelho, indi-
outro idioma. cando que o Word a considera incorreta, podemos apenas
7 – Ortografia e gramática: faz a correção ortográfica clicar com o botão direito do mouse sobre ela e verificar se
e gramatical do documento. Assim que clicamos na opção uma das sugestões propostas se enquadra.
“Ortografia e gramática”, a seguinte tela será aberta: Por exemplo, a palavra informática. Se clicarmos com
o botão direito do mouse sobre ela, um menu suspenso
nos será mostrado, nos dando a opção de escolher a pala-
vra informática. Clicando sobre ela, a palavra do texto será
substituída e o texto ficará correto.
Grupo comentário:
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INFORMÁTICA BÁSICA
Grupo controle:
Grupo alterações:
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INFORMÁTICA BÁSICA
Além de utilizar a setas do teclado (ou o toque do dedo nas telas sensíveis ao toque) para a troca e rolagem da página
durante a leitura, basta o usuário dar um duplo clique sobre uma imagem, tabela ou gráfico e o mesmo será ampliado,
facilitando sua visualização. Como se não bastasse, clicando com o botão direito do mouse sobre uma palavra desco-
nhecida, é possível ver sua definição através do dicionário integrado do Word.
Documentos em PDF: agora é possível editar um documento PDF no Word, sem necessitar recorrer ao Adobe Acro-
bat. Em seu novo formato, o Word é capaz de converter o arquivo em uma extensão padrão e, depois de editado, sal-
vá-lo novamente no formato original. Esta façanha, contudo, passou a ser de extensa utilização, pois o uso de arquivos
PDF está sendo cada vez mais corriqueiro no ambiente virtual.
Interação de maneira simplificada: o Word trata normalmente a colaboração de outras pessoas na criação de um
documento, ou seja, os comentários realizados neste, como se cada um fosse um novo tópico. Com o Word 2013 é
possível responder diretamente o comentário de outra pessoa clicando no ícone de uma folha, presente no campo de
leitura do mesmo. Esta interação de usuários, realizada através dos comentários, aparece em forma de pequenos balões
à margem documento.
Compartilhamento Online: compartilhar seus documentos com diversos usuários e até mesmo enviá-lo por e-mail
tornou-se um grande diferencial da nova plataforma Office 2013. O responsável por esta apresentação online é o Office
Presentation Service, porém, para isso, você precisa estar logado em uma Conta Microsoft para acessá-lo. Ao terminar
o arquivo, basta clicar em Arquivo / Compartilhar / Apresentar Online / Apresentar Online e o mesmo será enviado para
a nuvem e, com isso, você irá receber um link onde poderá compartilhá-lo também por e-mail, permitindo aos demais
usuários baixá-lo em formato PDF.
Ocultar títulos em um documento: apontado como uma dificuldade por grande parte dos usuários, a rolagem e
edição de determinadas partes de um arquivo muito extenso, com vários títulos, acabou de se tornar uma tarefa mais
fácil e menos desconfortável. O Word 2013 permite ocultar as seções e/ou títulos do documento, bastando os mesmos
estarem formatados no estilo Títulos (pré-definidos pelo Office). Ao posicionar o mouse sobre o título, é exibida uma
espécie de triângulo a sua esquerda, onde, ao ser clicado, o conteúdo referente a ele será ocultado, bastando repetir a
ação para o mesmo reaparecer.
Enfim, além destas novidades apresentadas existem outras tantas, como um layout totalmente modificado, focado
para a utilização do software em tablets e aparelhos com telas sensíveis ao toque. Esta nova plataforma, também, abre
um amplo leque para a adição de vídeos online e imagens ao documento. Contudo, como forma de assegurar toda esta
relação online de compartilhamento e boas novidades, a Microsoft adotou novos mecanismos de segurança para seus
aplicativos, retornando mais tranquilidade para seus usuários.
O grande trunfo do Office 2013 é sua integração com a nuvem. Do armazenamento de arquivos a redes sociais, os
softwares dessa versão são todos conectados. O ponto de encontro deles é o SkyDrive, o HD na internet da Microsoft.
A tela de apresentação dos principais programas é ligada ao serviço, oferecendo opções de login, upload e download
de arquivos. Isso permite que um arquivo do Word, por exemplo, seja acessado em vários dispositivos com seu conteúdo
sincronizado. Até a página em que o documento foi fechado pode ser registrada.
Da mesma maneira, é possível realizar trabalhos em conjunto entre vários usuários. Quem não tem o Office instalado
pode fazer edições na versão online do sistema. Esses e outros contatos podem ser reunidos no Outlook.
As redes sociais também estão disponíveis nos outros programas. É possível fazer buscas de imagens no Bing ou baixar
fotografias do Flickr, por exemplo. Outro serviço de conectividade é o SharePoint, que indica arquivos a serem acessados e
contatos a seguir baseado na atividade do usuário no Office.
O Office 365 é um novo jeito de usar os tão conhecidos softwares do pacote Office da Microsoft. Em vez de comprar
programas como Word, Excel ou PowerPoint, você agora pode fazer uma assinatura e desfrutar desses aplicativos e de
muitos outros no seu computador ou smartphone.
A assinatura ainda traz diversas outras vantagens, como 1 TB de armazenamento na nuvem com o OneDrive, minutos
Skype para fazer ligações para telefones fixos e acesso ao suporte técnico especialista da Microsoft. Tudo isso pagando
uma taxa mensal, o que você já faz para serviços essenciais para o seu dia a dia, como Netflix e Spotify. Porém, aqui estamos
falando da suíte de escritório indispensável para qualquer computador.
29
INFORMÁTICA BÁSICA
- O LibreOffice trabalha com um formato de padrão aberto chamado Open Document Format for Office Applications
(ODF), que é um formato de arquivo baseado na linguagem XML. Os formatos para Writer, Calc e Impress utilizam o mesmo
“prefixo”, que é “od” de “Open Document”. Dessa forma, o que os diferencia é a última letra. Writer → .odt (Open Docu-
ment Text); Calc → .ods (Open Document Spreadsheet); e Impress → .odp (Open Document Presentations).
Em relação a interface com o usuário, o LibreOffice utiliza o conceito de menus para agrupar as funcionalidades do
aplicativo. Além disso, todos os aplicativos utilizam uma interface semelhante. Veja no exemplo abaixo o aplicativo Writer.
O LibreOffice permite que o usuário crie tarefas automatizadas que são conhecidas como macros (utilizando a lingua-
gem LibreOffice Basic).
O Writer é o editor de texto do LibreOffice e o seu formato de arquivo padrão é o .odt (Open Document Text). As prin-
cipais teclas de atalho do Writer são:
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INFORMÁTICA BÁSICA
O Excel é uma poderosa planilha eletrônica para gerir e avaliar dados, realizar cálculos simples ou complexos e rastrear
informações. Ao abri-lo, é possível escolher entre iniciar a partir de documento em branco ou permitir que um modelo faça
a maior parte do trabalho por você.
Na tela inicial do Excel, são listados os últimos documentos editados (à esquerda), opção para criar novo documento
em branco e ainda, são sugeridos modelos para criação de novos documentos (ao centro).
Ao selecionar a opção de Pasta de Trabalho em Branco você será direcionado para a tela principal, composta pelos
elementos básicos apontados na figura 106, e descritos nos tópicos a seguir.
No começo da sua vida, o Excel tornou-se alvo de um processo judicial de marca registrada por outra empresa que já
vendia um pacote de software chamado “Excel” na indústria financeira. Como resultado da disputa, a Microsoft foi solicitada
a se referir ao programa como “Microsoft Excel” em todas as press releases formais e documentos legais. Contudo, com o
passar do tempo, essa prática foi sendo ignorada, e a Microsoft resolveu a questão quando ela comprou a marca registrada
reservada ao outro programa. Ela também encorajou o uso das letras XL como abreviação para o programa; apesar dessa
prática não ser mais comum, o ícone do programa no Windows ainda é formado por uma combinação estilizada das duas
letras, e a extensão de arquivo do formato padrão do Excel até a versão 11 (Excel 2003) é .xls, sendo .xlsx a partir da versão
12, acompanhando a mudança nos formatos de arquivo dos aplicativos do Microsoft Office.
Foi a última versão ao modo antigo com menus e uma caixa de ferramenta fixa como podemos ver na Figura 46
31
INFORMÁTICA BÁSICA
Uma inovação marcante do Excel 2003 são as células em forma de lista: com elas fica mais fácil analisar e gerenciar
dados relacionados, ordenando-os como preferir com um simples clique do mouse. Para transformar qualquer intervalo de
células em uma lista.
Poder utilizar um formato XML padrão para o Office Excel 2007 foi uma das principais mudanças do Excel 2007, além
das mudanças visuais em relações as abas e os grupos de trabalho já citados na versão 2003 do Word
Esse novo formato é o novo formato de arquivo padrão do Office Excel 2007. O Office Excel 2007 usa as seguintes
extensões de nome de arquivo: *.xlsx, *.xlsm *.xlsb, *.xltx, *.xltm e *.xlam. A extensão de nome de arquivo padrão do Office
Excel 2007 é *.xlsx.
Essa alteração permite consideráveis melhoras em: interoperabilidade de dados, montagem de documentos, consulta
de documentos, acesso a dados em documentos, robustez, tamanho do arquivo, transparência e recursos de segurança.
O Excel 2007 permite que os usuários abram pastas de trabalho criadas em versões anteriores do Excel e trabalhem
com elas. Para converter essas pastas de trabalho para o novo formato XML, basta clicar no Botão do Microsoft Office e
clique em Converter Você pode também converter a pasta de trabalho clicando no Botão do Microsoft Office e em Salvar
Como – Pasta de Trabalho do Excel. Observe que o recurso Converter remove a versão anterior do arquivo, enquanto o
recurso Salvar Como deixa a versão anterior do arquivo e cria um arquivo separado para a nova versão.
As melhoras de interface que podem ser destacadas são:
• Economia de tempo, selecionando células, tabelas, gráficos e tabelas dinâmicas em galerias de estilos predefinidos.
• Visualização e alterações de formatação no documento antes de confirmar uma alteração ao usar as galerias de
formatação.
• Uso da formatação condicional para anotar visualmente os dados para fins analíticos e de apresentação.
• Alteração da aparência de tabelas e gráficos em toda a pasta de trabalho para coincidir com o esquema de estilo
ou a cor preferencial usando novos Estilos Rápidos e Temas de Documento.
• Criação de um tema próprio para aplicar de forma consistente as fontes e cores que refletem a marca da empresa
que atua.
• Novos recursos de gráfico que incluem formas tridimensionais, transparência, sombras projetadas e outros efeitos.
Em relação a usabilidade as fórmulas passaram a ser redimensionáveis, sendo possível escrever mais fórmulas com mais
níveis de aninhamento do que nas versões anteriores.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Passou a existir o preenchimento automático de fórmula, auxiliando muito com as sintaxes, as referências
estruturadas: além de referências de célula, como A1 e L1C1, o Office Excel 2007 fornece referências estrutu-
radas que fazem referência a intervalos nomeados e tabelas em uma fórmula.
Acesso fácil aos intervalos nomeados: usando o gerenciador de nomes do Office Excel 2007, podendo or-
ganizar, atualizar e gerenciar vários intervalos nomeados em um local central, as tabelas dinâmicas são muito
mais fáceis de usar do que nas versões anteriores.
Além do modo de exibição normal e do modo de visualização de quebra de página, o Office Excel 2007
oferece uma exibição de layout de página para uma melhor experiência de impressão.
A classificação e a filtragem aprimoradas que permitem filtrar dados por cores ou datas, exibir mais de 1.000
itens na lista suspensa Filtro Automático, selecionar vários itens a filtrar e filtrar dados em tabelas dinâmicas.
O Excel 2007 tem um tamanho maior que permite mais de 16.000 colunas e 1 milhão de linhas por planilha,
o número de referências de célula aumentou de 8.000 para o que a memória suportar, isso ocorre porque o
gerenciamento de memória foi aumentado de 1 GB de memória no Microsoft Excel 2003 para 2 GB no Excel
2007, permitindo cálculos em planilhas grandes e com muitas fórmulas, oferecendo inclusive o suporte a vá-
rios processadores e chipsets multithread.
1 1 . 3 . E xc e l 2 0 1 0 , 2 0 1 3 e d e t a l h e s g e r a i s
F i g u r a 4 7 : Te l a P r i n c i p a l d o E x c e l 2 0 1 3
Barra de Títulos:
A linha superior da tela é a barra de títulos, que mostra o nome da pasta de trabalho na janela. Ao iniciar
o programa aparece Pasta 1 porque você ainda não atribuiu um nome ao seu arquivo.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Faixa de Opções:
Desde a versão 2007 do Office, os menus e barras de ferramentas foram substituídos pela Faixa de Opções. Os coman-
dos são organizados em uma única caixa, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo de atividade e, para
melhorar a organização, algumas são exibidas somente quando necessário.
A Barra de Ferramentas de Acesso Rápido fica posicionada no topo da tela e pode ser configurada com os botões de
sua preferência, tornando o trabalho mais ágil.
Para ocultar ou exibir um botão de comando na barra de ferramentas de acesso rápido podemos clicar com o botão
direito no componente que desejamos adicionar, em qualquer guia. Será exibida uma janela com a opção de Adicionar à
Barra de Ferramentas de Acesso Rápido.
Temos ainda outra opção de adicionar ou remover componentes nesta barra, clicando na seta lateral. Na janela apre-
sentada temos várias opções para personalizar a barra, além da opção Mais Comandos..., onde temos acesso a todos os
comandos do Excel.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Para remoção do componente, selecione-o, clique com o botão direito do mouse e escolha Remover da Barra de Fer-
ramentas de Acesso Rápido.
Barra de Status:
Localizada na parte inferior da tela, a barra de status exibe mensagens, fornece estatísticas e o status de algumas teclas.
Nela encontramos o recurso de Zoom e os botões de “Modos de Exibição”.
Clicando com o botão direito sobre a barra de status, será exibida a caixa Personalizar barra de status. Nela podemos
ativar ou desativar vários componentes de visualização.
Barras de Rolagem: Nos lados direito e inferior da região de texto estão as barras de rolagem. Clique nas setas para
cima ou para baixo para mover a tela verticalmente, ou para a direita e para a esquerda para mover a tela horizontalmente,
e assim poder visualizar toda a sua planilha.
Planilha de Cálculo: A área quadriculada representa uma planilha de cálculos, onde você fará a inserção de dados e
fórmulas para colher os resultados desejados.
Uma planilha é formada por linhas, colunas e células. As linhas são numeradas (1, 2, 3, etc.) e as colunas nomeadas com
letras (A, B, C, etc.).
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INFORMÁTICA BÁSICA
Cabeçalho de Coluna: Cada coluna tem um cabeçalho, que contém a letra que a identifica. Ao clicar na letra, toda a
coluna é selecionada.
Ao dar um clique com o botão direito do mouse sobre o cabeçalho de uma coluna, aparecerá o menu pop-up, onde as
opções deste menu são as seguintes:
-Formatação rápida: a caixa de formatação rápida permite escolher a formatação de fonte e formato de dados, bem
como mesclagem das células (será abordado mais detalhadamente adiante).
-Recortar: copia toda a coluna para a área de transferência, para que possa ser colada em outro local determinado e,
após colada, essa coluna é excluída do local de origem.
-Copiar: copia toda a coluna para a área de transferência, para que possa ser colada em outro local determinado.
-Opções de Colagem: mostra as diversas opções de itens que estão na área de transferência e que tenham sido recor-
tadas ou copiadas.
-Colar especial: permite definir formatos específicos na colagem de dados, sobretudo copiados de outros aplicativos.
-Inserir: insere uma coluna em branco, exatamente antes da coluna selecionada.
-Excluir: exclui toda a coluna selecionada, inclusive os dados nela contidos e sua formatação.
-Limpar conteúdo: apenas limpa os dados de toda a coluna, mantendo a formatação das células.
-Formatar células: permite escolher entre diversas opções para fazer a formatar as células (será visto detalhadamente
adiante).
-Largura da coluna: permite definir o tamanho da coluna selecionada.
-Ocultar: oculta a coluna selecionada. Muitas vezes uma coluna é utilizada para fazer determinados cálculos, necessá-
rios para a totalização geral, mas desnecessários na visualização. Neste caso, utiliza-se esse recurso.
-Re-exibir: reexibe colunas ocultas.
Cabeçalho de Linha: Cada linha tem também um cabeçalho, que contém o número que a identifica. Clicando no ca-
beçalho de uma linha, esta ficará selecionada.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Célula: As células, são as combinações entre linha e colunas. Por exemplo, na coluna A, linha 1, temos a célula A1. Na
Caixa de Nome, aparecerá a célula onde se encontra o cursor.
Caixa de Nome: Você pode visualizar a célula na qual o cursor está posicionado através da Caixa de Nome, ou, ao
contrário, pode clicar com o mouse nesta caixa e digitar o endereço da célula em que deseja posicionar o cursor. Após dar
um “Enter”, o cursor será automaticamente posicionado na célula desejada.
Guias de Planilhas: Em versões anteriores do Excel, ao abrir uma nova pasta de trabalho no Excel, três planilhas já
eram criadas: Plan1, Plan2 e Plan3. Nesta versão, somente uma planilha é criada, e você poderá criar outras, se necessitar.
Para criar nova planilha dentro da pasta de trabalho, clique no sinal + ( ). Para alternar entre as
planilhas, basta clicar sobre a guia, na planilha que deseja trabalhar.
Você verá, no decorrer desta lição, como podemos cruzar dados entre planilhas e até mesmo entre pastas de trabalho
diferentes, utilizando as guias de planilhas.
Ao posicionar o mouse sobre qualquer uma das planilhas existentes e clicar com o botão direito aparecerá um menu
pop up.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Selecionar Tudo: Clicando-se na caixa Selecionar tudo, todas as células da planilha ativa serão selecionadas.
Barra de Fórmulas: Na barra de fórmulas são digitadas as fórmulas que efetuarão os cálculos.
A principal função do Excel é facilitar os cálculos com o uso de suas fórmulas. A partir de agora, estudaremos várias de
suas fórmulas. Para iniciar, vamos ter em mente que, para qualquer fórmula que será inserida em uma célula, temos que ter
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INFORMÁTICA BÁSICA
sinal de “=” no seu início. Esse sinal, oferece uma entrada Dividir: Para realizarmos a divisão, procedemos de for-
no Excel que o faz diferenciar textos ou números comuns ma semelhante à subtração e multiplicação. Clicamos no
de uma fórmula. primeiro número, digitamos o sinal de divisão que, para o
Excel é a “/” barra, e depois, clicamos no último valor. No
Somar: Se tivermos uma sequência de dados numé- próximo exemplo, usaremos a fórmula =B3/B2.
ricos e quisermos realizar a sua soma, temos as seguin-
tes formas de fazê-lo: Máximo: Mostra o maior valor em um intervalo de
células selecionadas. Na figura a seguir, iremos calcular a
maior idade digitada no intervalo de células de A2 até A5.
A função digitada será = máximo(A2:A5).
Onde: “= máximo” – é o início da função; (A2:A5) – re-
fere-se ao endereço dos valores onde você deseja ver qual
é o maior valor. No caso a resposta seria 10.
Figura 59: Soma simples Mínimo: Mostra o menor valor existente em um inter-
valo de células selecionadas.
Usamos, nesse exemplo, a fórmula =B2+B3+B4. Na figura a seguir, calcularemos o menor salário digi-
Após o sinal de “=” (igual), clicar em uma das células, tado no intervalo de A2 até A5. A função digitada será =
digitar o sinal de “+” (mais) e continuar essa sequência mínimo (A2:A5).
até o último valor. Onde: “= mínimo” – é o início da função; (A2:A5) – refe-
Após a sequência de células a serem somadas, clicar re-se ao endereço dos valores onde você deseja ver qual é
no ícone soma, ou usar as teclas de atalho Alt+=. o maior valor. No caso a resposta seria R$ 622,00.
A última forma que veremos é a função soma digi-
tada. Vale ressaltar que, para toda função, um início é Média: A função da média soma os valores de uma
fundamental: sequência selecionada e divide pela quantidade de valores
dessa sequência.
= nome da função ( Na figura a seguir, foi calculada a média das alturas de
quatro pessoas, usando a função = média (A2:A4)
Foi digitado “= média (”, depois, foram selecionados os
1 - Sinal de igual. valores das células de A2 até A5. Quando a tecla Enter for
2 – Nome da função. pressionada, o resultado será automaticamente colocado
3 – Abrir parênteses. na célula A6.
Todas as funções, quando um de seus itens for
Após essa sequência, o Excel mostrará um pequeno alterado, recalculam o valor final.
lembrete sobre a função que iremos usar, onde é possí-
vel clicar e obter ajuda, também. Usaremos, no exemplo Data: Esta fórmula insere a data automática em uma
a seguir, a função = soma(B2:B4). planilha.
Lembre-se, basta colocar o a célula que contém o
primeiro valor, em seguida o dois pontos (:) e por último
a célula que contém o último valor.
39
INFORMÁTICA BÁSICA
Onde:
Núm: é qualquer número real que se deseja arredondar.
Núm_dígitos: é o número de dígitos para o qual se deseja arredondar núm.
Veja na figura, que quando digitamos a parte inicial da função, o Excel nos mostra que temos que selecionar o num,
ou seja, a célula que desejamos arredondar e, depois do “;” (ponto e vírgula), digitar a quantidade de dígitos para a qual
queremos arredondar.
Na próxima figura, para efeito de entendimento, deixaremos as funções aparentes, e os resultados dispostos na coluna
C:
A função Arredondar.para.Baixo segue exatamente o mesmo conceito.
Resto: Com essa função podemos obter o resto de uma divisão. Sua sintaxe é a seguinte:
= mod (núm;divisor)
Onde:
Núm: é o número para o qual desejamos encontrar o resto.
divisor: é o número pelo qual desejamos dividir o número.
Valor Absoluto: Com essa função podemos obter o valor absoluto de um número. O valor absoluto, é o número sem
o sinal. A sintaxe da função é a seguinte:
=abs(núm)
Onde: aBs(núm)
Núm: é o número real cujo valor absoluto você deseja obter.
Dias 360: Retorna o número de dias entre duas datas com base em um ano de 360 dias (doze meses de 30 dias). Sua
sintaxe é:
= DIAS360(data_inicial;data_final)
Onde:
data_inicial = a data de início de contagem.
Data_final = a data a qual quer se chegar.
No exemplo a seguir, vamos ver quantos dias faltam para chegar até a data de 14/06/2018, tendo como data inicial o
dia 05/03/2018. A função utilizada será =dias360(A2;B2)
40
INFORMÁTICA BÁSICA
Vamos usar a Figura abaixo para explicar as próximas funções (Se, SomaSe, Cont.Se)
Função SE: O SE é uma função condicional, ou seja, verifica SE uma condição é verdadeira ou falsa.
SE VALOR DE C3 FOR MAIOR OU IGUAL a 724, então ESCREVA “ACIMA”, senão ESCREVA “ABAIXO” MOSTRA O RE-
SULTADO NA CÉLULA E3
Resultado: será mostrado na célula C3, portanto é onde devemos digitar a fórmula
Teste lógico: C3>=724
Valor_se_verdadeiro: “Acima”
41
INFORMÁTICA BÁSICA
Assim, com o cursor na célula E3, digitamos: Resultado: será mostrado na célula D17, portanto é
=SE(C3>=724;”Acima”;”Abaixo”) onde devemos digitar a fórmula
Para cada uma das linhas, podemos copiar e colar as Intervalo para análise: C3:C10
fórmulas, e o Excel, inteligentemente, acertará as linhas e Critério: “FEMININO”
colunas nas células. Nossas fórmulas ficarão assim: Intervalo para soma: D3:D10
E4 =SE(C4>=724;”Acima”;”Abaixo”)
E5 =SE(C5>=724;”Acima”;”Abaixo”) Assim, com o cursor na célula D17, digitamos:
E6 =SE(C6>=724;”Acima”;”Abaixo”)
E7 =SE(C7>=724;”Acima”;”Abaixo”) =SomaSE(D3:D10;”feminino”;C3:C10)
E8 =SE(C8>=724;”Acima”;”Abaixo”)
E9 =SE(C9>=724;”Acima”;”Abaixo”) Função CONT.SE: O CONT.SE é uma função de con-
E10 =SE(C10>=724;”Acima”;”Abaixo”) tagem condicionada, ou seja, CONTA a quantidade de re-
gistros, SE determinada condição for verdadeira. A sintaxe
Função SomaSE: A SomaSE é uma função de soma desta função é a seguinte:
condicionada, ou seja, SOMA os valores, SE determinada
condição for verdadeira. A sintaxe desta função é a seguin- =CONT.SE(intervalo;“critérios”)
te:
= : significa a chamada para uma fórmula/função
=SomaSe(intervalo;“critérios”;intervalo_soma) CONT.SE: chamada para a função CONT.SE
intervalo: intervalo de células onde será feita a análise
=Significa a chamada para uma fórmula/função dos dados
SomaSe: função SOMASE “critérios”: critérios a serem avaliados nas células do
intervalo: Intervalo de células onde será feita a análise “intervalo”
dos dados
“critérios”: critérios (sempre entre aspas) a serem ava- Usando a planilha acima como exemplo, queremos
liados a fim de chegar à condição verdadeira saber quantas pessoas ganham R$ 1200,00 ou mais, e
intervalo_soma: Intervalo de células onde será verifi- mostrar o resultado na célula D14, e quantas ganham
cada a condição para soma dos valores abaixo de R$1.200,00 e mostrar o resultado na célula D15.
Para isso precisamos criar a seguinte condição:
Exemplo: usando a planilha acima, queremos somar
os salários de todos os funcionários HOMENS e mostrar R$ 1200,00 ou MAIS:
o resultado na célula D16. E também queremos somar os SE SALÁRIO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR MAIOR
salários das funcionárias mulheres e mostrar o resultado na OU IGUAL A 1200, ENTÃO
célula D17. Para isso precisamos criar a seguinte condição: CONTA REGISTROS NO INTERVALO C3 ATÉ C10
MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D14
HOMENS:
SE SEXO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR MASCULI- Traduzindo a condição em variáveis teremos:
NO, ENTÃO
SOMA O VALOR DO SALÁRIO MOSTRADO NO Resultado: será mostrado na célula D14, portanto é
INTERVALO D3 ATÉ D10 onde devemos digitar a fórmula
MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D16 Intervalo para análise: C3:C10
Critério: >=1200
Traduzindo a condição em variáveis teremos:
Assim, com o cursor na célula D14, digitamos:
Resultado: será mostrado na célula D16, portanto é
onde devemos digitar a fórmula =CONT.SE(C3:C10;”>=1200”)
Intervalo para análise: C3:C10
Critério: “MASCULINO” MENOS DE R$ 1200,00:
Intervalo para soma: D3:D10 SE SALÁRIO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR ME-
Assim, com o cursor na célula D16, digitamos: NOR QUE 1200, ENTÃO
=SOMASE(D3:D10;”masculino”;C3:C10) CONTA REGISTROS NO INTERVALO C3 ATÉ C10
MULHERES: MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D15
SE SEXO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR FEMINI-
NO, ENTÃO Traduzindo a condição em variáveis teremos:
SOMA O VALOR DO SALÁRIO MOSTRADO NO IN-
TERVALO D3 ATÉ D10 Resultado: será mostrado na célula D15, portanto é
MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D17 onde devemos digitar a fórmula
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INFORMÁTICA BÁSICA
=CONT.SE(C3:C10;”<1200”)
Observações: fique atento com o > (maior) e < (menor), >= (maior ou igual) e <=(menor ou igual). Se tivéssemos
determinado a contagem de valores >1200 (maior que 1200) e <1200 (menor que 1200), o valor =1200 (igual a 1200) não
entraria na contagem.
Formatação de Células: Ao observar a planilha abaixo, fica claro que não é uma planilha bem formatada, vamos
deixar ela de uma maneira mais agradável.
O primeiro passo é mesclar e centralizar o título, para isso utilizamos o botão Mesclar e Centralizar , entre outras opções
de alinhamento, como centralizar, direção do texto, entre outras.
43
INFORMÁTICA BÁSICA
Em seguida, vamos colocar uma borda no texto digitado, vamos escolher a opção “Todas as bordas”, podemos mudar
o título para negrito, mudar a cor do fundo e/ou de uma fonte, basta selecionar a(s) célula(s) e escolher as formatações.
Para finalizar essa etapa vamos formatar a coluna C para moeda, que é o caso desse exemplo, porém pode ser realizado
vários outros tipos de formatação, como, porcentagem, data, hora, científico, basta clicar no dropbox onde está escrito geral
e escolher.
O resultado final nos traz uma planilha muito mais agradável e de fácil entendimento:
Ordenando os dados: Você pode digitar os dados em qualquer ordem, pois o Excel possui uma ferramenta muito
útil para ordenar os dados.
Ao clicar neste botão, você tem as opções para classificar de A a Z (ordem crescente), de Z a A (ordem decrescente) ou
classificação personalizada.
Para ordenar seus dados, basta clicar em uma célula da coluna que deseja ordenar, e selecionar a classificação crescente
ou decrescente. Mas cuidado! Se você selecionar uma coluna inteira, nas versões mais antigas do Excel, você irá classificar
os dados dessa coluna, mas vai manter os dados das outras colunas onde estão. Ou seja, seus dados ficarão alterados. Nas
versões mais novas, ele fará a pergunta, se deseja expandir a seleção e dessa forma, fazer a classificação dos dados junto
com a coluna de origem, ou se deseja manter a seleção e classificar somente a coluna selecionada.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Filtrando os dados: Ainda no botão temos a opção FILTRO. Ao selecionar esse botão, cada uma das colunas da nos-
sa planilha irá abrir uma seta para fazer a seleção dos dados que desejamos visualizar. Assim, podemos filtrar e visualizar
somente os dados do mês de Janeiro ou então somente os gastos com contas de consumo, por exemplo.
Gráficos: Outra forma interessante de analisar os dados é utilizando gráficos. O Excel monta os gráficos rapidamente
e é muito fácil. Na Guia Inserir da Faixa de Opções, temos diversas opções de gráficos que podem ser utilizados.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Redimensione o gráfico clicando com o mouse nas bordas para aumentar de tamanho. Reposicione o gráfico na pá-
gina, clicando nas linhas e arrastando até o local desejado.
Importante mencionar que o conceito do Excel 365 é o mesmo apontado no Word, ou seja, fazem parte do Office
365, que podem ser comprados conforme figura 39.
O Calc é o software de planilha eletrônica do LibreOffice e o seu formato de arquivo padrão é o .ods (Open Docu-
ment Spreadsheet).
O Calc trabalha de modo semelhante ao Excel no que se refere ao uso de fórmulas. Ou seja, uma fórmula é iniciada
pelo sinal de igual (=) e seguido por uma sequência de valores, referências a células, operadores e funções.
Algumas diferenças entre o Calc e o Excel:
Para fazer referência a uma interseção no Calc, utiliza-se o sinal de exclamação (!). Por exemplo, “B2:C4!C3:C6” retor-
nará a C3 e C4 (interseção entre os dois intervalos). No Excel, isso é feito usando um espaço em branco (B2:C4 C3:C6).
Para fazer referência a uma célula que esteja em outra planilha, na mesma pasta de trabalho, digite “nome_da_plani-
lha + . + célula. Por exemplo, “Plan2.A1” faz referência a célula A1 da planilha chamada Plan2. No Excel, isso é feito usan-
do o sinal de exclamação ! (Plan2!A1).
Menus do Calc
Arquivo - contém comandos que se aplicam ao documento inteiro como Abrir, Salvar e Exportar como PDF.
Editar - contém comandos para editar o conteúdo documento como, por exemplo, Desfazer, Localizar e Substituir,
Cortar, Copiar e Colar.
Exibir - contém comandos para controlar a exibição de um documento tais como Zoom, Tela Inteira e Navegador.
Inserir - contém comandos para inserção de novos elementos no documento como células, linhas, colunas, planilhas,
gráficos.
Formatar - contém comandos para formatar células selecionadas, objetos e o conteúdo das células no documento.
Ferramentas - contém ferramentas como Ortografia, Atingir meta, Rastrear erro, etc.
Dados - contém comandos para editar os dados de uma planilha. É possível classificar, utilizar filtros, validar, etc.
Janela - contém comandos para manipular e exibir janelas no documento.
Ajuda - permite acessar o sistema de ajuda do LibreOffice.
Na tela do PowerPoint 2003 o usuário tem a sua disposição: - barra de título, barra de menu, barra de ferramenta, pai-
nel de anotações, painel do slide, barra de status, painel de estrutura de tópicos. Confira a tela do PowerPoint na figura 75:
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INFORMÁTICA BÁSICA
1- Aqui aparecerá o título do PowerPoint e o nome da apresentação que está sendo editada. Caso o arquivo não
tenha nome, aparecerá o nome e o número das apresentações, como no exemplo da figura acima apresentação 1.
2- Esta é a principal ferramenta do PowerPoint, nela você encontrará vários menus. Para acessá-los é só clicar sobre a
mesma, ou através do teclado pressionando a tecla ALT junto coma letra do nome do comando no referido menu. Exemplo:
para acessar o menu arquivo, pressione ALT e a letra A que se encontra sublinhada
3- A barra de ferramentas possui vários botões que servem para acelerar a execução de alguns recursos do Power-
Point
4- Este é o local de trabalho no qual o texto é digitado.
5- Este painel permite adicionar anotações ou informações e até mesmo, elementos gráficos que você deseja com-
partilhar com o público.
6- Com este painel você poderá organizar e desenvolver o conteúdo da apresentação, assim, inserir fotos, desenhos,
clip-arts e muito mais, para que sua apresentação seja mostrada da melhor maneira. Você só tem a ganhar com os recursos
que o PowerPoint dispõe, principalmente para apresentação de trabalhos escolares e trabalhos pessoais.
7- Esta fornece o número de slides, o tipo de visualização e o idioma.
Como existiu a mudança de formato, a versão 2003 foi a última a ser PPT, para poder abrir apresentações feitas na
versão 2007 ou superior, você pode baixar o pacote de compatibilidade do Microsoft gratuitos para Word, Excel e Power-
Point. Seus conversores ajudam que seja possível abrir, editar e salvar uma apresentação que você criou em versões mais
recentes do Office.
Depois que você instalar as atualizações e conversores, todas as apresentações de versões do PowerPoint mais recentes
que 2003 são convertidos automaticamente quando você abri-los, para que você possa editar e salvá-los.
A versão 2007 passa a ter o formato PPTX, diferente das anteriores que eram PPT, essa nova versão lida muito melhor
com vídeos e imagens. Um documento em branco do PowerPoint 2003 (formato PPT) apenas com uma imagem de 1 MB
chega a ocupar 5 MB, já no formato PPTX, este mesmo arquivo ocupa cerca de 1,1 MB.
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INFORMÁTICA BÁSICA
O PowerPoint 2007 trouxe uma importante opção que se encarrega de compactar imagens automaticamente a fim de
reduzir o tamanho total do documento. Para tal, abra a aba Formatar do programa e clique na opção Compactar Imagens.
Neste momento o usuário escolhe se deseja compactar uma única imagem da apresentação ou se pretende aplicar o
efeito a todas as figuras. Clique em Opções para acessar escolher o nível de qualidade e compactação das imagens de seu
arquivo, além disso foi possível começar a tratar imagens.
O PowerPoint 2007 passou a oferecer mais gráficos tridimensionais, permitindo apresentações com melhor visual, diferentemente do seu
antecessor 2003, PowerPoint 2007 utiliza o Microsoft Office Fluent interface de usuário (UI). Esta UI categoriza grupos e guias relacionados, tor-
nando mais fácil para os usuários a encontrar os comandos e recursos do PowerPoint . Além disso, a Fluent UI inclui uma função de visualização
ao vivo , para rever alterações de formatação antes de finalizá-los , bem como galerias de efeitos pré- definidos, layouts , temas e “Estilos Rápidos”.
Os temas do PowerPoint 2007 possuem características de “Estilos Rápidos”, estilos esses que não existem no Power-
Point 2003, com o PowerPoint 2003, a formatação de um documento exige a escolha de estilo e opções de cores para
gráficos, textos, fundos e até mesmo tabelas.
A versão 2007 do PowerPoint 2007 possuem opções de compartilhamentos mais flexíveis do que as de seu antecessor
de 2003. Um exemplo claro disso é que na versão 2007 os usuários podem acessar o Microsoft Office SharePoint Server
2007 para integrar as apresentações com o Outlook 2007, bem como o compartilhamento de apresentações utilizando o
que chamamos de “Bibliotecas de Slides”.
Em relação as tabelas e gráficos, ao contrário do PowerPoint 2003, a versão 2007 armazena as informações dos gráficos
no Excel 2007, ao invés de armazenar esses dados em folhas de dados do gráfico.
Na tela inicial do PowerPoint, são listadas as últimas apresentações editadas (à esquerda), opção para criar nova apre-
sentação em branco e ainda, são sugeridos modelos para criação de novas apresentações (ao centro).
Ao selecionar a opção de Apresentação em Branco você será direcionado para a tela principal, composta pelos elemen-
tos básicos apontados na figura abaixo, e descritos nos tópicos a seguir.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Barra de Títulos: A linha superior da tela é a barra de títulos, que mostra o nome da apresentação na janela. Ao iniciar
o programa aparece Apresentação 1 porque você ainda não atribuiu um nome ao seu arquivo.
Faixa de Opções:Desde a versão 2007 do Office, os menus e barras de ferramentas foram substituídos pela Faixa de
Opções. Os comandos são organizados em uma única caixa, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo de
atividade e, para melhorar a organização, algumas são exibidas somente quando necessário.
Barra de Ferramentas de Acesso Rápido: A Barra de Ferramentas de Acesso Rápido fica posicionada no topo da tela
e pode ser configurada com os botões de sua preferência, tornando o trabalho mais ágil.
Adicionando e Removendo Componentes: Para ocultar ou exibir um botão de comando na barra de ferramentas de
acesso rápido podemos clicar com o botão direito no componente que desejamos adicionar, em qualquer guia. Será exibi-
da uma janela com a opção de Adicionar à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido.
Temos ainda outra opção de adicionar ou remover componentes nesta barra, clicando na seta lateral. É aberto o menu
Personalizar Barra de Ferramentas de Acesso Rápido, que apresenta várias opções para personalizar a barra, além da opção
Mais Comandos..., onde temos acesso a todos os comandos do PowerPoint.
Para remoção do componente, no mesmo menu selecione-o. Se preferir, clique com o botão direito do mouse sobre o
ícone que deseja remover e escolha Remover da Barra de Ferramentas de Acesso Rápido.
Barra de Status: Localizada na parte inferior da tela, a barra de status permite incluir anotações e comentários na sua
apresentação, mensagens, fornece estatísticas e o status de algumas teclas. Nela encontramos o recurso de Zoom e os
botões de ‘Modos de Exibição’.
Clicando com o botão direito sobre a barra de status, será exibida a caixa Personalizar barra de status. Nela podemos
ativar ou desativar vários componentes de visualização.
Durante uma apresentação, os slides do PowerPoint vão sendo projetados no monitor do computador, lembrando os
antigos slides fotográficos.
O apresentador pode inserir anotações, observações importantes, que deverão ser abordadas durante a apresentação.
Estas anotações serão visualizadas somente pelo apresentador quando, durante a apresentação, for selecionado o Modo
de Exibição do Apresentador (basta clicar com o botão direito do mouse e selecionar esta opção durante a apresentação).
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INFORMÁTICA BÁSICA
Modelos e Temas Online: Algumas vezes parece impossível iniciar uma apresentação. Você nem mesmo sabe como
começar. Nestas situações pode-se usar os modelos prontos, que fornecem sugestões para que você possa iniciar a criação
de sua apresentação. A versão PowerPoint 2013 traz vários modelos disponíveis online divididos por temas (é necessário
estar conectado à internet).
Para utilizar um modelo pronto, selecione um tema. Em nosso exemplo, vamos selecionar ‘Negócios’. Aparecerão vários
modelos prontos que podem ser utilizados para a criação de sua apresentação, conforme mostra a figura abaixo.
Procure conhecer os modelos, clicando sobre eles. Utilize as barras de rolagem para rolar a tela, visualizar as possi-
bilidades, e possivelmente escolher um modelo, dentre as inúmeras possibilidades fornecidas, para criar apresentações
profissionais com muita agilidade.
Ao escolher um modelo, clique no botão ‘Criar’ e aguarde o download do arquivo. Será criado um novo arquivo em
seu computador, que você poderá salvar onde quiser. A partir daí, basta customizar os dados e utilizá-lo como SUA APRE-
SENTAÇÃO.
Tanto o layout como o padrão de formatação de fontes, poderão ser alterados em qualquer momento, para atender
às suas necessidades.
Apresentação de Slides:
Antes de começarmos a trabalhar em um novo slide, ou nova apresentação, vamos entender um pouco melhor como
funciona uma apresentação. Escolha um modelo pronto qualquer, faça o download, e inicie a apresentação, assim:
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INFORMÁTICA BÁSICA
Na barra ‘Modos de exibição de slides’, localizada na barra de status, clique no botão ‘Modo de Apresentação de Slides’.
Dê cliques com o mouse para seguir ao próximo slide. Ao clicar na apresentação, são exibidos botões de navegação,
que permitem que você siga para o próximo slide ou volte ao anterior, conforme mostrado abaixo. Além dos botões de
navegação você também conta com outras ferramentas durante sua apresentação.
Exibição de Slides:Vamos agora começar a personalizar nossa apresentação, tendo como base o modelo criado. Se
ainda estiver com uma apresentação aberta, termine a apresentação, retornando à estrutura. Clique, na faixa de opções, no
menu ‘EXIBIÇÃO’.
Modo Normal: No modo de exibição ‘Normal’, você trabalha em um slide de cada vez e pode organizar a estrutura
de todos os slides da apresentação.
Para mover de um slide para outro clique sobre o slide (do lado esquerdo) que deseja visualizar na tela, ou utilize as
teclas ‘PageUp’ e ‘PageDown’.
Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos: Este modo de visualização é interessante principalmente durante a cons-
trução do texto da apresentação. Você pode ir digitando o texto do lado esquerdo e o PowerPoint monta os slides pra você.
Classificação de Slides: Este modo permite ver seus slides em miniatura, para auxiliar na organização e estruturação
de sua apresentação. No modo de classificação de slides, você pode reordenar slides, adicionar transições e efeitos de ani-
mação e definir intervalos de tempo para apresentações eletrônicas de slides.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Para alterar a sequência de exibição de slides, clique no slide e arraste até a posição desejada. Você também pode ocul-
tar um slide dando um clique com o botão direito do mouse sobre ele e selecionando ‘Ocultar Slide’.
Alterando o Design:
O design de um slide é a apresentação visual do mesmo, ou seja, as cores nele utilizadas, tipos de fontes, etc. O Power-
Point disponibiliza vários temas prontos para aplicar ao design de sua apresentação.
Para inserir um Tema de design pronto nos slides acesse a guia ‘Design’ na Faixa de Opções. Clique na seta lateral para
visualizar todos os temas existentes.
Clique no tema desejado, para aplicar ao slide selecionado. O tema será aplicado em todos os slides.
Variantes->Cores e Variantes->Fontes: ainda na guia ‘Design’ podemos aplicar variações dos temas, alterando cores e
fontes, criando novos temas de cores. Clique na seta da caixa ‘Variantes’ para abrir as opções. Passe o mouse sobre cada
tema para visualizar o efeito na apresentação. Após encontrar a variação desejada, dê um clique com o mouse para aplicá-la
à apresentação.
Variantes->Efeitos: os efeitos de tema especificam como os efeitos são aplicados a gráficos SmartArt, formas e ima-
gens. Clique na seta do botão ‘Efeitos’ para acessar a galeria de Efeitos. Aplicando o efeito alteramos rapidamente a apa-
rência dos objetos.
Layout de Texto:
O primeiro slide criado em nossa apresentação é um ‘Slide de título’. Nele não deve ser inserido o conteúdo da palestra
ou reunião, mas apenas o título e um subtítulo pois trata-se do slide inicial.
Clique no quadro onde está indicado ‘Clique aqui para adicionar um título’, e escreva o título de sua apresentação. A
apresentação que criaremos será sobre ‘Grupo Nova”.
No quadro onde está indicado ‘Clique aqui para adicionar um subtítulo’ coloque seu nome ou o nome da empresa em
que trabalha, ou mesmo um subtítulo ligado ao tema da apresentação.
Formate o texto da forma como desejar, selecionando o tipo da fonte, tamanho, alinhamento, etc., clicando sobre a
‘Caixa de Texto’ para fazer as formatações.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Clique no botão novo slide da guia ‘PÁGINA INICIAL’. Será criado um novo slide com layout diferente do anterior. Isso
acontece porque o programa entende que o próximo slide não é mais de título, e sim de conteúdo, e assim sucessivamente
pra a criação da sua apresentação.
Layouts de Conteúdo:
Utilizando os layouts de conteúdo é possível inserir figura ou cliparts, tabelas, gráficos, diagramas ou clipe de mídia
(que podem ser animações, imagens, sons, etc.).
A utilização destes recursos é muito simples, bastando clicar, no próprio slide, sobre o recurso que deseja utilizar.
Salve a apresentação atual como ‘Ensino a Distância’ e, sem fechá-la, abra uma nova apresentação. Vamos ver a utili-
zação dos recursos de Conteúdo.
Na guia ‘Início’ da Faixa de Opções, clique na seta lateral da caixa Layout. Será exibida uma janela com várias opções.
Selecione o layout ‘Título e conteúdo’.
Aparecerá a caixa de conteúdo no slide como mostrado na figura a seguir. A caixa de conteúdos ao centro do slide
possui diversas opções de tipo de conteúdo que se pode utilizar.
As demais ferramentas da ‘Caixa de Conteúdo’ são:
Explore as opções, utilize os recursos oferecidos para enriquecer seus conhecimentos e, em consequência, criar apre-
sentações muito mais interessantes. O funcionamento de cada item é semelhante aos já abordados.
Animação dos Slides: A animação dos slides é um dos últimos passos da criação de uma apresentação. Essa é uma
etapa importante, pois, apesar dos inúmeros recursos oferecidos pelo programa, não é aconselhável exagerar na utilização
dos mesmos, pois além de tornar a apresentação cansativa, tira a atenção das pessoas que estão assistindo, ao invés de dar
foco ao conteúdo da apresentação, passam a dar fico para as animações.
Transições: A transição dos slides nada mais é que a mudança entre um slide e outro. Você pode escolher entre diver-
sas transições prontas, através da faixa de opções ‘TRANSIÇÕES’. Selecione o primeiro slide da nossa apresentação e clique
nesta opção.
Escolha uma das transições prontas e veja o que acontece. Explore os diversos tipos de transições, apenas clicando
sobre elas e assistindo os efeitos que elas produzem. Isso pode ser bastante divertido, mas dependendo do intuito da
apresentação, o exagero pode tornar sua apresentação pouco profissional.
Ainda em ‘TRANSIÇÕES’ escolha como será feito o avanço do slide, se após um tempo pré-definido ou ‘Ao Clicar com
o Mouse’, dentro da faixa ‘INTERVALO’. Você também pode aplicar som durante a transição.
Animações: As animações podem ser definidas para cada caixa de texto dos slides. Ou seja, durante sua apresentação
você pode optar em ir abrindo o texto conforme trabalha os assuntos.
Neste exemplo, selecionaremos o Slide 3 de nossa apresentação para enriquecer as explicações. Clique um uma das
caixas de texto do slide, e na opção ‘ANIMAÇÕES’ abra o ‘PAINEL DE ANIMAÇÃO’.
Escolheremos a opção ‘Flutuar para Dentro’, mas você pode explorar as diversas opções e escolher a que mais te agra-
dar. Clique na opção escolhida. No Painel de Animação, abra todas as animações clicando na seta para baixo.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Cada parágrafo de texto pode ser configurado, bastando que você clique no parágrafo desejado e faça a opção de
animação desejada. O parágrafo pode aparecer somente quando você clicar com o mouse, ou juntamente com o anterior.
Pode mantê-lo aberto na tela enquanto outros estão fechados, etc.
Em nosso exemplo, vamos animar da seguinte forma: os textos da caixa de texto do lado esquerdo vão aparecer juntos
após clicar. Os textos da caixa do lado direito permanecem fechados. Ao clicar novamente, os dois parágrafos aparecerão
ao mesmo tempo na tela.
Passo a passo:
Com a caixa de texto do lado esquerdo selecionada, clique em ‘Iniciar ao clicar’ no 1º parágrafo, mostrado no Painel
de Animações;
selecione o 2º parágrafo e selecione ‘Iniciar com anterior’;
selecione a caixa de texto do lado direito e aplique uma animação;
no Painel de Animações clique em ‘Iniciar ao clicar’ no 1º parágrafo da caixa de texto
selecione o 2º parágrafo da caixa de texto e selecione ‘Iniciar com anterior’.
12.4. Impress
É o editor de apresentações do LibreOffice e o seu formato de arquivo padrão é o .odp (Open Document Presentations).
- O usuário pode iniciar uma apresentação no Impress de duas formas:
• do primeiro slide (F5) - Menu Apresentação de Slides -> Iniciar do primeiro slide
• do slide atual (Shift + F5) - Menu Apresentação de Slides -> Iniciar do slide atual.
- Menu do Impress:
• Arquivo - contém comandos que se aplicam ao documento inteiro como Abrir, Salvar e Exportar como PDF;
• Editar - contém comandos para editar o conteúdo documento como, por exemplo, Desfazer, Localizar e Substituir,
Cortar, Copiar e Colar;
• Exibir - contém comandos para controlar a exibição de um documento tais como Zoom, Apresentação de Slides,
Estrutura de tópicos e Navegador;
• Inserir - contém comandos para inserção de novos slides e elementos no documento como figuras, tabelas e
hiperlinks;
• Formatar - contém comandos para formatar o layout e o conteúdo dos slides, tais como Modelos de slides, Layout
de slide, Estilos e Formatação, Parágrafo e Caractere;
• Ferramentas - contém ferramentas como Ortografia, Compactar apresentação e Player de mídia;
• Apresentação de Slides - contém comandos para controlar a apresentação de slides e adicionar efeitos em obje-
tos e na transição de slides.
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INFORMÁTICA BÁSICA
O objetivo inicial da Internet era atender necessidades militares, facilitando a comunicação. A agência norte-americana
ARPA – ADVANCED RESEARCH AND PROJECTS AGENCY e o Departamento de Defesa americano, na década de 60, criaram
um projeto que pudesse conectar os computadores de departamentos de pesquisas e bases militares, para que, caso um
desses pontos sofresse algum tipo de ataque, as informações e comunicação não seriam totalmente perdidas, pois estariam
salvas em outros pontos estratégicos.
O projeto inicial, chamado ARPANET, usava uma conexão a longa distância e possibilitava que as mensagens fossem
fragmentadas e endereçadas ao seu computador de destino. O percurso entre o emissor e o receptor da informação pode-
ria ser realizado por várias rotas, assim, caso algum ponto no trajeto fosse destruído, os dados poderiam seguir por outro
caminho garantindo a entrega da informação, é importante mencionar que a maior distância entre um ponto e outro, era
de 450 quilômetros.
No começo dos anos 80, essa tecnologia rompeu as barreiras de distância, passando a interligar e favorecer a troca de
informações de computadores de universidades dos EUA e de outros países, criando assim uma rede (NET) internacional
(INTER), consequentemente seu nome passa a ser, INTERNET.
A evolução não parava, além de atingir fronteiras continentais, os computadores pessoais evoluíam em forte escala
alcançando forte potencial comercial, a Internet deixou de conectar apenas computadores de universidades, passou a co-
nectar empresas e, enfim, usuários domésticos.
Na década de 90, o Ministério das Comunicações e o Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil trouxeram a Internet para
os centros acadêmicos e comerciais. Essa tecnologia rapidamente foi tomando conta de todos os setores sociais até atingir a
amplitude de sua difusão nos tempos atuais.
Um marco que é importante frisar é o surgimento do WWW que foi a possibilidade da criação da interface gráfica dei-
xando a internet ainda mais interessante e vantajosa, pois até então, só era possível a existência de textos.
Para garantir a comunicação entre o remetente e o destinatário o americano Vinton Gray Cerf, conhecido como o pai
da internet criou os protocolos TCP/IP, que são protocolos de comunicação. O TCP – TRANSMISSION CONTROL PROTOCOL
(Protocolo de Controle de Transmissão) e o IP – INTERNET PROTOCOL (Protocolo de Internet) são conjuntos de regras que
tornam possível tanto a conexão entre os computadores, quanto ao entendimento da informação trocada entre eles.
A internet funciona o tempo todo enviando e recebendo informações por isso o periférico que permite a conexão com
a internet chama MODEM, porque que ele MOdula e DEModula sinais, e essas informações só podem ser trocadas graças
aos protocolos TCP/IP.
Protocolos Web
Já que estamos falando em protocolos, citaremos outros que são largamente usados na Internet:
-HTTP (Hypertext Transfer Protocol): Protocolo de transferência de Hipertexto, desde 1999 é utilizado para trocar
informações na Internet. Quando digitamos um site, automaticamente é colocado à frente dele o http://
Exemplo: http://www.novaconcursos.com.br
Onde:
http:// → Faz a solicitação de um arquivo de hipermídia para a Internet, ou seja, um arquivo que pode conter texto,
som, imagem, filmes e links.
-URL (Uniform Resource Locator): Localizador Padrão de recursos, serve para endereçar um recurso na web, é como
se fosse um apelido, uma maneira mais fácil de acessar um determinado site
Exemplo: http://www.novaconcursos.com.br, onde:
55
INFORMÁTICA BÁSICA
Encontramos, ainda, variações na URL de um site, que demonstram a finalidade a organização que o criou, como:
.gov - Organização governamental
.edu - Organização educacional
.org - Organização
.ind - Organização Industrial
.net - Organização telecomunicações
.mil - Organização militar
.pro - Organização de profissões
.eng – Organização de engenheiros
Quando vemos apenas a terminação .com, sabemos que se trata de um site hospedado em um servidor dos Estados
Unidos.
-HTTPS (Hypertext transfer protocol secure): Semelhante ao HTTP, porém permite que os dados sejam transmitidos
através de uma conexão criptografada e que se verifique a autenticidade do servidor e do cliente através de certificados
digitais.
-FTP (File Transfer Protocol): Protocolo de transferência de arquivo, é o protocolo utilizado para poder subir os ar-
quivos para um servidor de internet, seus programas mais conhecidos são, o Cute FTP, FileZilla e LeechFTP, ao criar um site,
o profissional utiliza um desses programas FTP ou similares e executa a transferência dos arquivos criados, o manuseio é
semelhante à utilização de gerenciadores de arquivo, como o Windows Explorer, por exemplo.
-POP (Post Office Protocol): Protocolo de Posto dos Correios permite, como o seu nome o indica, recuperar o seu
correio num servidor distante (o servidor POP). É necessário para as pessoas não ligadas permanentemente à Internet,
para poderem consultar os mails recebidos offline. Existem duas versões principais deste protocolo, o POP2 e o POP3, aos
quais são atribuídas respectivamente as portas 109 e 110, funcionando com o auxílio de comandos textuais radicalmente
diferentes, na troca de e-mails ele é o protocolo de entrada.
IMAP (Internet Message Access Protocol): É um protocolo alternativo ao protocolo POP3, que oferece muitas
mais possibilidades, como, gerir vários acessos simultâneos e várias caixas de correio, além de poder criar mais
critérios de triagem.
-SMTP (Simple Mail Transfer Protocol): É o protocolo padrão para envio de e-mails através da Internet. Faz a
validação de destinatários de mensagens. Ele que verifica se o endereço de e-mail do destinatário está corretamente
digitado, se é um endereço existente, se a caixa de mensagens do destinatário está cheia ou se recebeu sua mensa-
gem, na troca de e-mails ele é o protocolo de saída.
56
INFORMÁTICA BÁSICA
-UDP (User Datagram Protocol): Protocolo que atua Atualmente existem vários tipos de plug-ins. Abaixo
na camada de transporte dos protocolos (TCP/IP). Permi- temos uma relação de alguns deles:
te que a apli- cação escreva um datagrama encapsulado - 3D e Animação (Arquivos VRML, MPEG, QuickTime,
num pacote IP e trans- portado ao destino. É muito comum etc.).
lermos que se trata de um protocolo não confiável, isso - Áudio/Vídeo (Arquivos WAV, MID, AVI, etc.).
porque ele não é implementado com regras que garantam - Visualizadores de Imagens (Arquivos JPG, GIF, BMP,
tratamento de erros ou entrega. PCX, etc.).
- Negócios e Utilitários
Provedor - Apresentações
O provedor é uma empresa prestadora de serviços que INTRANET: A Intranet ou Internet Corporativa é a im-
oferece acesso à Internet. Para acessar a Internet, é neces- plantação de uma Internet restrita apenas a utilização interna
sário conectar-se com um computador que já esteja na In- de uma empresa. As intranets ou Webs corporativas, são re-
ternet (no caso, o provedor) e esse computador deve per- des de comunicação internas baseadas na tecnologia usada
mitir que seus usuários também tenham acesso a Internet. na Internet. Como um jornal editado internamente, e que
No Brasil, a maioria dos provedores está conectada pode ser acessado apenas pelos funcionários da empresa.
à Embratel, que por sua vez, está conectada com outros A intranet cumpre o papel de conectar entre si filiais e de-
computadores fora do Brasil. Esta conexão chama-se link, partamentos, mesclando (com segurança) as suas informações
que é a conexão física que interliga o provedor de acesso particulares dentro da estrutura de comunicações da empresa.
com a Embratel. Neste caso, a Embratel é conhecida como O grande sucesso da Internet, é particularmente da
backbone, ou seja, é a “espinha dorsal” da Internet no Bra- World Wide Web (WWW) que influenciou muita coisa na
sil. Pode-se imaginar o backbone como se fosse uma ave- evolução da informática nos últimos anos.
nida de três pistas e os links como se fossem as ruas que Em primeiro lugar, o uso do hipertexto (documentos
estão interligadas nesta avenida. interliga- dos através de vínculos, ou links) e a enorme fa-
Tanto o link como o backbone possui uma velocidade cilidade de se criar, interligar e disponibilizar documentos
de transmissão, ou seja, com qual velocidade ele transmite multimídia (texto, gráficos, animações, etc.), democratiza-
os dados. ram o acesso à informação através de redes de computa-
Esta velocidade é dada em bps (bits por segundo). dores. Em segundo lugar, criou-se uma gigantesca base de
Deve ser feito um contrato com o provedor de acesso, que usuários, já familiarizados com conhecimentos básicos de
fornecerá um nome de usuário, uma senha de acesso e um informática e de navegação na Internet. Finalmente, surgi-
endereço eletrônico na Internet. ram muitas ferramentas de software de custo zero ou pe-
queno, que permitem a qualquer organização ou empresa,
Home Page sem muito esforço, “entrar na rede” e começar a acessar e
colocar informação. O resultado inevitável foi a impressio-
Pela definição técnica temos que uma Home Page é nante explosão na informação disponível na Internet, que
um arquivo ASCII (no formato HTML) acessado de compu- segundo consta, está dobrando de tamanho a cada mês.
tadores rodando um Navegador (Browser), que permite o Assim, não demorou muito a surgir um novo conceito,
acesso às informações em um ambiente gráfico e multimí- que tem interessado um número cada vez maior de em-
dia. Todo em hipertexto, facilitando a busca de informações presas, hospitais, faculdades e outras organizações interes-
dentro das Home Pages. sadas em integrar informações e usuários: a intranet. Seu
O endereço de Home Pages tem o seguinte formato: advento e disseminação promete operar uma revolução
http://www.endereço.com/página.html tão profunda para a vida organizacional quanto o apare-
Por exemplo, a página principal do meu projeto de cimento das primeiras redes locais de computadores, no
mestrado: final da década de 80.
http://www.ovidio.eng.br/mestrado
O que é Intranet?
PLUG-INS
O termo “intranet” começou a ser usado em meados de
Os plug-ins são programas que expandem a capacida- 1995 por fornecedores de produtos de rede para se refe-
de do Browser em recursos específicos - permitindo, por rirem ao uso dentro das empresas privadas de tecnologias
exemplo, que você toque arquivos de som ou veja filmes projetadas para a comunicação por computador entre em-
em vídeo dentro de uma Home Page. As empresas de soft- presas. Em outras palavras, uma intranet consiste em uma
ware vêm desenvolvendo plug-ins a uma velocidade im- rede privativa de computadores que se baseia nos padrões
pressionante. Maiores informações e endereços sobre plu- de comunicação de dados da Internet pública, baseadas na
g-ins são encontradas na página: tecnologia usada na Internet (páginas HTML, e-mail, FTP,
etc.) que vêm, atualmente fazendo muito sucesso. Entre
http://www.yahoo.com/Computers_and_Internet/Soft- as razões para este sucesso, estão o custo de implantação
ware/ Internet/World_Wide_Web/Browsers/Plug_Ins/Indi- relativamente baixo e a facilidade de uso propiciada pelos
ces/ programas de navegação na Web, os browsers.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Organizações constroem uma intranet porque ela é Pesquisar por algo no Google e não ter como retorno
uma ferramenta ágil e competitiva. Poderosa o suficiente exatamente o que você queria pode trazer algumas horas
para economizar tempo, diminuir as desvantagens da dis- de trabalho a mais, não é mesmo? Por mais que os algorit-
tância e alavancar sobre o seu maior patrimônio de capital mos de busca sejam sempre revisados e busquem de certa
com conhecimentos das operações e produtos da empresa. forma “adivinhar” o que se passa em sua cabeça, lançar
mão de alguns artifícios para que sua busca seja otimizada
Aplicações da Intranet poupará seu tempo e fará com que você tenha acesso a
resultados mais relevantes.
Já é ponto pacífico que apoiarmos a estrutura de comu- Os mecanismos de buscas contam com operadores
nicações corporativas em uma intranet dá para simplificar o para filtro de conteúdo. A maior parte desse filtros, no en-
trabalho, pois estamos virtualmente todos na mesma sala. tanto, pode não interessar e você, caso não seja um prati-
De qualquer modo, é cedo para se afirmar onde a intranet cante de SEO. Contudo alguns são realmente úteis e estão
vai ser mais efetiva para unir (no sentido operacional) os listados abaixo. Realize uma busca simples e depois apli-
diversos profissionais de uma empresa. Mas em algumas que os filtros para poder ver o quanto os resultados podem
áreas já se vislumbram benefícios, por exemplo: sem mais especializados em relação ao que você procura.
- Marketing e Vendas - Informações sobre produtos,
listas de preços, promoções, planejamento de eventos; -palavra_chave
- Desenvolvimento de Produtos - OT (Orientação de Retorna um busca excluindo aquelas em que a pa-
Trabalho), planejamentos, listas de responsabilidades de lavra chave aparece. Por exemplo, se eu fizer uma busca
membros das equipes, situações de projetos; por computação, provavelmente encontrarei na relação
- Apoio ao Funcionário - Perguntas e respostas, siste- dos resultados informaçõe sobre “Ciência da computação“.
mas de melhoria contínua (Sistema de Sugestões), manuais Contudo, se eu fizer uma busca por computação -ciência ,
de qualidade; os resultados que tem a palavra chave ciência serão omi-
- Recursos Humanos - Treinamentos, cursos, apostilas, tidos.
políticas da companhia, organograma, oportunidades de tra-
balho, programas de desenvolvimento pessoal, benefícios. +palavra_chave
Para acessar as informações disponíveis na Web corpo- Retorna uma busca fazendo uma inclusão forçada de
rativa, o funcionário praticamente não precisa ser treinado. uma palavra chave nos resultados. De maneira análoga
Afinal, o esforço de operação desses programas se resume ao exemplo anterior, se eu fizer uma busca do tipo com-
quase somente em clicar nos links que remetem às novas putação, terei como retorna uma gama mista de resulta-
páginas. No entanto, a simplicidade de uma intranet termi- dos. Caso eu queira filtrar somente os casos em que ciên-
na aí. Projetar e implantar uma rede desse tipo é uma tarefa cias aparece, e também no estado de SP, realizo uma busca
complexa e exige a presença de profissionais especializa- do tipo computação + ciência SP.
dos. Essa dificuldade aumenta com o tamanho da intranet,
sua diversidade de funções e a quantidade de informações “frase_chave”
nela armazenadas. Retorna uma busca em que existam as ocorrências dos
A intranet é baseada em quatro conceitos: termos que estão entre aspas, na ordem e grafia exatas
- Conectividade - A base de conexão dos computa- ao que foi inserido. Assim, se você realizar uma busca do
dores ligados através de uma rede, e que podem transferir tipo “como faser” – sim, com a escrita incorreta da palavra
qualquer tipo de informação digital entre si; FAZER, verá resultados em que a frase idêntica foi empre-
- Heterogeneidade - Diferentes tipos de computado- gada.
res e sistemas operacionais podem ser conectados de for-
ma transparente; palavras_chave_01 OR palavra_chave_02
- Navegação - É possível passar de um documento a Mostra resultado para pelo menos uma das palavras
outro através de referências ou vínculos de hipertexto, que chave citadas. Faça uma busca por facebook OR msn, por
facilitam o acesso não linear aos documentos; exemplo, e terá como resultado de sua busca, páginas re-
- Execução Distribuída - Determinadas tarefas de aces- levantes sobre pelo menos um dos dois temas- nesse caso,
so ou manipulação na intranet só podem ocorrer graças à como as duas palavras chaves são populares, os dois resul-
execução de programas aplicativos, que podem estar no tados são apresentados em posição de destaque.
servidor, ou nos microcomputadores que acessam a rede
(também chamados de clientes, daí surgiu à expressão que filetype:tipo
caracteriza a arquitetura da intranet: cliente-servidor). Retorna as buscas em que o resultado tem o tipo de
- A vantagem da intranet é que esses programas são extensão especificada. Por exemplo, em uma busca fi-
ativa- dos através da WWW, permitindo grande flexibilida- letype:pdf jquery serão exibidos os conteúdos da palavra
de. Determinadas linguagens, como Java, assumiram gran- chave jquery que tiverem como extensão .pdf. Os tipos de
de importância no desenvolvimento de softwares aplicati- extensão podem ser: PDF, HTML ou HTM, XLS, PPT, DOC
vos que obedeçam aos três conceitos anteriores.
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INFORMÁTICA BÁSICA
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INFORMÁTICA BÁSICA
ticação, e portanto, é indispensável que o usuário possua Uma forma de atender a necessidade de comunicação
um username e uma password que sejam reconhecidas entre ker- nel e aplicativo é a chamada do sistema (System
pelo sistema, quer dizer, ter uma conta nesse servidor. Nes- Call), que é uma interface entre um aplicativo de espaço de
te caso, ao estabelecer uma conexão, o posicionamento usuário e um serviço que o kernel fornece.
é no diretório criado para a conta do usuário – diretório Como o serviço é fornecido no kernel, uma chamada
home, e dali ele poderá percorrer toda a árvore do sistema, direta não pode ser executada; em vez disso, você deve
mas só escrever e ler arquivos nos quais ele possua. utilizar um processo de cruzamento do limite de espaço do
Assim como muitas aplicações largamente utilizadas usuário/kernel.
hoje em dia, o FTP também teve a sua origem no sistema No Linux também existem diferentes run levels de ope-
operacional UNIX, que foi o grande percursor e responsá- ração. O run level de uma inicialização padrão é o de nú-
vel pelo sucesso e desenvolvimento da Internet. mero 2.
Como o Linux também é conhecido por ser um sis-
Algumas dicas tema operacional que ainda usa muitos comandos digi-
1. Muitos sites que aceitam FTP anônimo limitam o nú- tados, não poderíamos deixar de falar sobre o Shell, que
mero de conexões simultâneas para evitar uma sobrecarga é justamente o programa que permite ao usuário digitar
na máquina. Uma outra limitação possível é a faixa de ho- comandos que sejam inteligíveis pelo sistema operacional
rário de acesso, que muitas vezes é considerada nobre em e executem funções.
horário comercial, e portanto, o FTP anônimo é tempora- No MS DOS, por exemplo, o Shell era o command.com,
riamente desativado. através do qual podíamos usar comandos como o dir, cd
2. Uma saída para a situação acima é procurar “sites e outros. No Linux, o Shell mais usado é o Bash, que, para
espelhos” que tenham o mesmo conteúdo do site sendo usuários comuns, aparece com o símbolo $, e para o root,
acessado. aparece como símbolo #.
3. Antes de realizar a transferência de qualquer arquivo Temos também os termos usuário e superusuário. En-
verifique se você está usando o modo correto, isto é, no quanto ao usuário é dada a permissão de utilização de
caso de arquivos-texto, o modo é ASCII, e no caso de arqui- comandos simples, ao superusuário é permitido configurar
vos binários (.exe, .com, .zip, .wav, etc.), o modo é binário. quais comandos os usuários po- dem usar, se eles podem
Esta prevenção pode evitar perda de tempo. apenas ver ou também alterar e gravar dire- tórios, ou seja,
4. Uma coisa interessante pode ser o uso de um servi- ele atua como o administrador do sistema. O diretório pa-
dor de FTP em seu computador. Isto pode permitir que um drão que contém os programas utilizados pelo superusuário
amigo seu consiga acessar o seu computador como um para o gerenciamento e a manutenção do sistema é o /sbin.
servidor remoto de FTP, bastando que ele tenha acesso ao /bin - Comandos utilizados durante o boot e por usuá-
número IP, que lhe é atribuído dinamicamente. rios comuns.
/sbin - Como os comandos do /bin, só que não são
utilizados pelos usuários comuns.
Por esse motivo, o diretório sbin é chamado de superu-
CONCEITO DE SOFTWARE LIVRE. suário, pois existem comandos que só podem ser utilizados
nesse diretório. É como se quem estivesse no diretório sbin
fosse o administrador do sistema, com permissões espe-
ciais de inclusões, exclusões e alterações.
O Linux é um sistema operacional inicialmente basea-
do em comandos, mas que vem desenvolvendo ambientes Comandos básicos
gráficos de estruturas e uso similares ao do Windows. Ape- Iniciaremos agora o estudo sobre vários comandos que
sar desses ambientes gráficos serem cada vez mais adota- podemos usar no Shell do Linux:
dos, os comandos do Linux ainda são largamente empre- -addgroup - adiciona grupos
gados, sendo importante seu conhecimento e estudo. -adduser - adiciona usuários
Outro termo muito usado quando tratamos do Linux é -apropos - realiza pesquisa por palavra ou string
o kernel, que é uma parte do sistema operacional que faz a -cat - mostra o conteúdo de um arquivo binário ou tex-
ligação entre software e máquina, é a camada de software to
mais próxima do hardware, considerado o núcleo do sis- -cd - entra num diretório (exemplo: cd docs) ou retor-
tema. O Linux teve início com o desenvolvimento de um na para home
pequeno kernel, desenvolvido por Linus Torvalds, em 1991, cd <pasta> – vai para a pasta especificada. exem-
quando era apenas um estudante finlandês. Ao kernel que plo: cd /usr/bin/
Linus desenvolveu, deu o nome de Linux. Como o kernel -chfn - altera informação relativa a um utilizador
é capaz de fazer gerenciamentos primários básicos e es- -chmod - altera as permissões de arquivos ou diretó-
senciais para o funcionamento da máquina, foi necessário rios. É um comando para manipulação de arquivos e dire-
desenvolver módulos específicos para atender várias neces- tórios que muda as permissões para acesso àqueles. por
sidades, como por exemplo um módulo capaz de utilizar exemplo, um diretório que poderia ser de escrita e leitura,
uma placa de rede ou de vídeo lançada no mercado ou até pode passar a ser apenas leitura, impedindo que seu con-
uma interface gráfica como a que usamos no Windows. teúdo seja alterado.
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-su - troca para o superusuário root (é exigida a senha) Distribuição Linux é um sistema operacional que uti-
-su user - troca para o usuário especificado em ‘user’ liza o núcleo (kernel) do Linux e outros softwares. Exis-
(é exigida a senha) tem várias versões do Linux (comerciais ou não): Ubuntu,
-tac - semelhante ao cat, mas inverte a ordem Debian, Fedora, etc. Cada uma com suas vantagens e
-tail - o comando tail mostra as últimas linhas de um desvantagens. O que torna a escolha de uma distribui-
arquivo texto, tendo como padrão as 10 últimas linhas. Sua ção bem pessoal.
sintaxe é: tail nome_do_arquivo. Ele pode ser acrescentado Distribuições são criadas, normalmente, para aten-
de alguns parâmetros como o -n que mostra o [numero] der razões específicas. Por exemplo, existem distribui-
de linhas do final do arquivo; o – c [numero] que mostra ções para rodar em servidores, redes - onde a segurança
o [numero] de bytes do final do arquivo e o – f que exibe é prioridade - e, também, computadores pessoais.
continuamente os dados do final do arquivo à medida que Assim, não é possível dizer qual é a melhor distri-
são acrescentados. buição. Pois, depende da finalidade do seu computador.
-tcpdump sniffer - sniffer é uma ferramenta que
“ouve” os pacotes Sistema de arquivos: organização e gerenciamen-
-top – mostra os processos do sistema e dados do pro- to de arquivos, diretórios e permissões no Linux
cessador.
-touch touch foo.txt - cria um arquivo foo.txt vazio; Dependendo da versão do Linux é possível encon-
também altera data e hora de modificação para agora trar gerencia- dores de arquivos diferentes. Por exemplo,
-traceroute - traça uma rota do host local até o destino no Linux Ubuntu, encontramos o Nautilus, que permite
mostrando os roteadores intermediários a cópia, recorte, colagem, movimentação e organização
-umount – desmontar partições. dos arquivos e pastas. No Linux, vale lembrar que os
-uname -a – informações sobre o sistema operacional dispositivos de armazenamento não são nomeados por
-userdel - remove usuários letras.
-vi - editor de ficheiros de texto Por exemplo, no Windows, se você possui um HD na
-vim - versão melhorada do editor supracitado máquina, ele recebe o nome de C. Se possui dois HDs,
-which - mostra qual arquivo binário está sendo cha- um será o C e o outro o E. Já no Linux, tudo fará parte de
mado pelo shell quando chamado via linha de comando um mesmo sistema da mesma estrutura de pastas.
-who - informa quem está logado no sistema
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INFORMÁTICA BÁSICA
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INFORMÁTICA BÁSICA
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INFORMÁTICA BÁSICA
Existem mecanismos de segurança que sustentam os Hoje, a criptografia pode ser considerada um méto-
controles lógicos: do 100% seguro, pois, quem a utiliza para enviar e-mails e
proteger seus arquivos, estará protegido contra fraudes e
- Mecanismos de cifração ou encriptação: Permitem a tentativas de invasão.
modificação da informação de forma a torná-la ininteligível Os termos ‘chave de 64 bits’ e ‘chave de 128 bits’ são
a terceiros. Utiliza-se para isso, algoritmos determinados e usados para expressar o tamanho da chave, ou seja, quanto
uma chave secreta para, a partir de um conjunto de dados mais bits forem utilizados, mais segura será essa criptogra-
não criptografados, produzir uma sequência de dados crip- fia.
tografados. A operação contrária é a decifração. Um exemplo disso é se um algoritmo usa um chave de
- Assinatura digital: Um conjunto de dados criptogra- 8 bits, apenas 256 chaves poderão ser usadas para decodi-
fados, agregados a um documento do qual são função, ficar essa informação, pois 2 elevado a 8 é igual a 256. As-
garantindo a integridade e autenticidade do documento sim, um terceiro pode tentar gerar 256 tentativas de combi-
associado, mas não ao resguardo das informações. nações e decodificar a mensagem, que mesmo sendo uma
- Mecanismos de garantia da integridade da informa- tarefa difícil, não é impossível. Portanto, quanto maior o
ção: Usando funções de “Hashing” ou de checagem, é ga- número de bits, maior segurança terá a criptografia.
rantida a integridade através de comparação do resultado
do teste local com o divulgado pelo autor. Existem dois tipos de chaves criptográficas, as chaves
- Mecanismos de controle de acesso: Palavras-chave, simétricas e as chaves assimétricas
sistemas biométricos, firewalls, cartões inteligentes. Chave Simétrica é um tipo de chave simples, que é usa-
- Mecanismos de certificação: Atesta a validade de um da para a codificação e decodificação. Entre os algoritmos
documento. que usam essa chave, estão:
- Integridade: Medida em que um serviço/informação é - DES (Data Encryption Standard): Faz uso de chaves de
autêntico, ou seja, está protegido contra a entrada por intrusos. 56 bits, que corresponde à aproximadamente 72 quatrilhões
- Honeypot: É uma ferramenta que tem a função de de combinações. Mesmo sendo um número extremamente
proposital de simular falhas de segurança de um sistema e elevado, em 1997, quebraram esse algoritmo através do mé-
obter informações sobre o invasor enganando-o, e fazen- todo de ‘tentativa e erro’, em um desafio na internet.
do-o pensar que esteja de fato explorando uma fraqueza - RC (Ron’sCode ou RivestCipher): É um algoritmo muito
daquele sistema. É uma espécie de armadilha para invaso- utilizado em e-mails e usa chaves de 8 a 1024 bits. Além
res. O HoneyPot não oferece forma alguma de proteção. disso, ele tem várias versões que diferenciam uma das ou-
- Protocolos seguros: Uso de protocolos que garantem tras pelo tamanho das chaves.
um grau de segurança e usam alguns dos mecanismos citados. - EAS (AdvancedEncryption Standard): Atualmente é um
dos melhores e mais populares algoritmos de criptogra-
Mecanismos de encriptação fia. É possível definir o tamanho da chave como sendo de
128bits, 192bits ou 256bits.
A criptografia vem, originalmente, da fusão entre duas - IDEA (International Data EncryptionAlgorithm): É um
palavras gregas: algoritmo que usa chaves de 128 bits, parecido com o DES.
• CRIPTO = ocultar, esconder. Seu ponto forte é a fácil execução de software.
• GRAFIA= escrever As chaves simétricas não são absolutamente seguras
Criptografia é a ciência de escrever em cifra ou em có- quando referem-se às informações extremamente valiosas,
digos. Ou seja, é um conjunto de técnicas que tornam uma principalmente pelo emissor e o receptor precisarem ter
mensagem ininteligível, e permite apenas que o destinatá- o conhecimento da mesma chave. Dessa forma, a trans-
rio que saiba a chave de encriptação possa decriptar e ler a missão pode não ser segura e o conteúdo pode chegar a
mensagem com clareza. terceiros.
Permitema transformação reversível dainformação de
forma a torná-la ininteligível a terceiros. Utiliza-se para isso, Chave Assimétrica utiliza duas chaves: a privada e a pú-
algoritmos determinados e uma chave secreta para,a partir blica. Elas se sintetizam da seguinte forma: a chave pública
de um conjunto de dados não encriptados,produzir uma para codificar e a chave privada para decodificar, conside-
continuação de dados encriptados. A operação inversa é a rando-se que a chave privada é secreta. Entre os algoritmos
desencriptação. utilizados, estão:
- RSA (Rivest, ShmirandAdleman): É um dos algoritmos
Existem dois tipos de chave: a chave pública e a chave de chave assimétrica mais usados, em que dois números
privada. primos (aqueles que só podem ser divididos por 1 e por
eles mesmos) são multiplicados para a obter um terceiro
A chave pública é usada para codificar as informações, valor. Assim, é preciso fazer fatoração, que significa desco-
e a chave privada é usada para decodificar. brir os dois primeiros números a partir do terceiro, sendo
Dessa forma, na pública, todos têm acesso, mas para um cálculo difícil. Assim, se números grandes forem utili-
‘abrir’ os dados da informação, que aparentemente não zados, será praticamente impossível descobrir o código. A
tem sentido, é preciso da chave privada, que apenas o chave privada do RSA são os números que são multiplica-
emissor e receptor original possui. dos e a chave pública é o valor que será obtido.
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INFORMÁTICA BÁSICA
- ElGamal: Utiliza-se do ‘logaritmo discreto’, que é um problema matemático que o torna mais seguro. É muito usado
em assinaturas digitais.
Segurança na internet; vírus de computadores; Spyware; Malware; Phishing; Worms e pragas virtuais e Apli-
cativos para segurança (antivírus, firewall e antispyware)
Firewall é uma solução de segurança fundamentada em hardware ou software (mais comum) que, a partir de um con-
junto de regras ou instruções, analisa o tráfego de rede para determinar quais operações de transmissão ou recepção de
dados podem ser realizadas. “Parede de fogo”, a tradução literal do nome, já deixa claro que o firewall se enquadra em
uma espécie de barreira de defesa. A sua missão, consiste basicamente em bloquear tráfego de dados indesejados e liberar
acessos desejados.
Para melhor compreensão, imagine um firewall como sendo a portaria de um condomínio: para entrar, é necessário
obedecer a determinadas regras, como se identificar, ser esperado por um morador e não portar qualquer objeto que possa
trazer riscos à segurança; para sair, não se pode levar nada que pertença aos condôminos sem a devida autorização.
Neste sentido, um firewall pode impedir uma série de ações maliciosas: um malware que utiliza determinada porta para
se instalar em um computador sem o usuário saber, um programa que envia dados sigilosos para a internet, uma tentativa
de acesso à rede a partir de computadores externos não autorizados, entre outros.
Você já sabe que um firewall atua como uma espécie de barreira que verifica quais dados podem passar ou não. Esta
tarefa só pode ser feita mediante o estabelecimento de políticas, isto é, de regras estabelecidas pelo usuário.
Em um modo mais restritivo, um firewall pode ser configurado para bloquear todo e qualquer tráfego no computador
ou na rede. O problema é que esta condição isola este computador ou esta rede, então pode-se criar uma regra para que,
por exemplo, todo aplicativo aguarde autorização do usuário ou administrador para ter seu acesso liberado. Esta autoriza-
ção poderá inclusive ser permanente: uma vez dada, os acessos seguintes serão automaticamente permitidos.
Em um modo mais versátil, um firewall pode ser configurado para permitir automaticamente o tráfego de determina-
dos tipos de dados, como requisições HTTP (veja mais sobre esse protocolo no ítem 7), e bloquear outras, como conexões
a serviços de e-mail.
Perceba, como estes exemplos, que as políticas de um firewall são baseadas, inicialmente, em dois princípios: todo trá-
fego é bloqueado, exceto o que está explicitamente autorizado; todo tráfego é permitido, exceto o que está explicitamente
bloqueado.
Firewalls mais avançados podem ir além, direcionando determinado tipo de tráfego para sistemas de segurança inter-
nos mais específicos ou oferecendo um reforço extraem procedimentos de autenticação de usuários, por exemplo.
O trabalho de um firewall pode ser realizado de várias formas. O que define uma metodologia ou outra são fatores
como critérios do desenvolvedor, necessidades específicas do que será protegido, características do sistema operacional
que o mantém, estrutura da rede e assim por diante. É por isso que podemos encontrar mais de um tipo de firewall. A
seguir, os mais conhecidos.
Filtragem de pacotes (packetfiltering): As primeiras soluções de firewall surgiram na década de 1980 baseando-se em
filtragem de pacotes de dados (packetfiltering), uma metodologia mais simples e, por isso, mais limitada, embora ofereça
um nível de segurança significativo.
Para compreender, é importante saber que cada pacote possui um cabeçalho com diversas informações a seu respeito,
como endereço IP de origem, endereço IP do destino, tipo de serviço, tamanho, entre outros. O Firewall então analisa estas
informações de acordo com as regras estabelecidas para liberar ou não o pacote (seja para sair ou para entrar na máquina/
rede), podendo também executar alguma tarefa relacionada, como registrar o acesso (ou tentativa de) em um arquivo de
log.
O firewall de aplicação, também conhecido como proxy de serviços (proxy services) ou apenas proxy é uma solução
de segurança que atua como intermediário entre um computador ou uma rede interna e outra rede, externa normalmente,
a internet. Geralmente instalados em servidores potentes por precisarem lidar com um grande número de solicitações, fire-
walls deste tipo são opções interessantes de segurança porque não permitem a comunicação direta entre origem e destino.
A imagem a seguir ajuda na compreensão do conceito. Perceba que em vez de a rede interna se comunicar direta-
mente com a internet, há um equipamento entre ambos que cria duas conexões: entre a rede e o proxy; e entre o proxy e
a internet. Observe:
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INFORMÁTICA BÁSICA
Perceba que todo o fluxo de dados necessita passar pelo proxy. Desta forma, é possível, por exemplo, estabelecer
regras que impeçam o acesso de determinados endereços externos, assim como que proíbam a comunicação entre com-
putadores internos e determinados serviços remotos.
Este controle amplo também possibilita o uso do proxy para tarefas complementares: o equipamento pode registrar
o tráfego de dados em um arquivo de log; conteúdo muito utilizado pode ser guardado em uma espécie de cache (uma
página Web muito acessada fica guardada temporariamente no proxy, fazendo com que não seja necessário requisitá-la
no endereço original a todo instante, por exemplo); determinados recursos podem ser liberados apenas mediante auten-
ticação do usuário; entre outros.
A implementação de um proxy não é tarefa fácil, haja visto a enorme quantidade de serviços e protocolos existentes
na internet, fazendo com que, dependendo das circunstâncias, este tipo de firewall não consiga ou exija muito trabalho de
configuração para bloquear ou autorizar determinados acessos.
Proxy transparente: No que diz respeito a limitações, é conveniente mencionar uma solução chamada de proxy trans-
parente. O proxy “tradicional”, não raramente, exige que determinadas configurações sejam feitas nas ferramentas que
utilizam a rede (por exemplo, um navegador de internet) para que a comunicação aconteça sem erros. O problema é, de-
pendendo da aplicação, este trabalho de ajuste pode ser inviável ou custoso.
O proxy transparente surge como uma alternativa para estes casos porque as máquinas que fazem parte da rede não
precisam saber de sua existência, dispensando qualquer configuração específica. Todo acesso é feito normalmente do clien-
te para a rede externa e vice-versa, mas o proxy transparente consegue interceptá-lo e responder adequadamente, como
se a comunicação, de fato, fosse direta.
É válido ressaltar que o proxy transparente também tem lá suas desvantagens, por exemplo: um proxy «normal» é ca-
paz de barrar uma atividade maliciosa, como um malware enviando dados de uma máquina para a internet; o proxy trans-
parente, por sua vez, pode não bloquear este tráfego. Não é difícil entender: para conseguir se comunicar externamente, o
malware teria que ser configurado para usar o proxy “normal” e isso geralmente não acontece; no proxy transparente não
há esta limitação, portanto, o acesso aconteceria normalmente.
- Um firewall pode oferecer a segurança desejada, mas comprometer o desempenho da rede (ou mesmo de um com-
putador). Esta situação pode gerar mais gastos para uma ampliação de infraestrutura capaz de superar o problema;
- A verificação de políticas tem que ser revista periodicamente para não prejudicar o funcionamento de novos serviços;
- Novos serviços ou protocolos podem não ser devidamente tratados por proxies já implementados;
- Um firewall pode não ser capaz de impedir uma atividade maliciosa que se origina e se destina à rede interna;
- Um firewall pode não ser capaz de identificar uma atividade maliciosa que acontece por descuido do usuário - quando
este acessa um site falso de um banco ao clicar em um link de uma mensagem de e-mail, por exemplo;
- Firewalls precisam ser “vigiados”. Malwares ou atacantes experientes podem tentar descobrir ou explorar brechas de
segurança em soluções do tipo;
- Um firewall não pode interceptar uma conexão que não passa por ele. Se, por exemplo, um usuário acessar a internet
em seu computador a partir de uma conexão 3G (justamente para burlar as restrições da rede, talvez), o firewall não con-
seguirá interferir.
67
INFORMÁTICA BÁSICA
SISTEMA ANTIVÍRUS.
Qualquer usuário já foi, ou ainda é vítima dos vírus, spywares, trojans, entre muitos outros. Quem que nunca precisou
formatar seu computador?
Os vírus representam um dos maiores problemas para usuários de computador. Para poder resolver esses problemas,
as principais desenvolvedoras de softwares criaram o principal utilitário para o computador, os antivírus, que são progra-
mas com o propósito de detectar e eliminar vírus e outros programas prejudiciais antes ou depois de ingressar no sistema.
Os vírus, worms, Trojans, spyware são tipos de programas de software que são implementados sem o consentimento
(e inclusive conhecimento) do usuário ou proprietário de um computador e que cumprem diversas funções nocivas para
o sistema. Entre elas, o roubo e perda de dados, alteração de funcionamento, interrupção do sistema e propagação para
outros computadores.
Os antivírus são aplicações de software projetadas como medida de proteção e segurança para resguardar os dados e o
funcionamento de sistemas informáticos caseiros e empresariais de outras aplicações conhecidas comunmente como vírus
ou malware que tem a função de alterar, perturbar ou destruir o correto desempenho dos computadores.
Um programa de proteção de vírus tem um funcionamento comum que com frequência compara o código de cada
arquivo que revisa com uma base de dados de códigos de vírus já conhecidos e, desta maneira, pode determinar se trata
de um elemento prejudicial para o sistema. Também pode reconhecer um comportamento ou padrão de conduta típica
de um vírus. Os antivírus podem registrar tanto os arquivos encontrados dentro do sistema como aqueles que procuram
ingressar ou interagir com o mesmo.
Como novos vírus são criados de maneira quase constante, sempre é preciso manter atualizado o programa antivírus
de maneira de que possa reconhecer as novas versões maliciosas. Assim, o antivírus pode permanecer em execução duran-
te todo tempo que o sistema informático permaneça ligado, ou registrar um arquivo ou série de arquivos cada vez que o
usuário exija. Normalmente, o antivírus também pode verificar e-mails e sites de entrada e saída visitados.
Um antivírus pode ser complementado por outros aplicativos de segurança, como firewalls ou anti-spywares que cum-
prem funções auxiliares para evitar a entrada de vírus.
Então, antivírus são os programas criados para manter seu computador seguro, protegendo-o de programas malicio-
sos, com o intuito de estragar, deletar ou roubar dados de seu computador.
Ao pesquisar sobre antivírus para baixar, sempre escolha os mais famosos, ou conhecidos, pois hackers estão usando
este mercado para enganar pessoas com falsos softwares, assim, você instala um “antivírus” e deixa seu computador vul-
nerável aos ataques.
E esses falsos softwares estão por toda parte, cuidado ao baixar programas de segurança em sites desconhecidos, e
divulgue, para que ninguém seja vítima por falta de informação.
Os vírus que se anexam a arquivos infectam também todos os arquivos que estão sendo ou e serão executados. Alguns
às vezes recontaminam o mesmo arquivo tantas vezes e ele fica tão grande que passa a ocupar um espaço considerável
(que é sempre muito precioso) em seu disco. Outros, mais inteligentes, se escondem entre os espaços do programa origi-
nal, para não dar a menor pista de sua existência.
Cada vírus possui um critério para começar o ataque propriamente dito, onde os arquivos começam a ser apagados,
o micro começa a travar, documentos que não são salvos e várias outras tragédias. Alguns apenas mostram mensagens
chatas, outros mais elaborados fazem estragos muitos grandes.
Existe uma variedade enorme de softwares antivírus no mercado. Independente de qual você usa, mantenha-o sempre
atualizado. Isso porque surgem vírus novos todos os dias e seu antivírus precisa saber da existência deles para proteger
seu sistema operacional.
A maioria dos softwares antivírus possuem serviços de atualização automática. Abaixo há uma lista com os antivírus
mais conhecidos:
Norton AntiVirus - Symantec - www.symantec.com.br - Possui versão de teste.
McAfee - McAfee - http://www.mcafee.com.br - Possui versão de teste.
AVG - Grisoft - www.grisoft.com - Possui versão paga e outra gratuita para uso não comercial (com menos funcionali-
dades).
Panda Antivírus - Panda Software - www.pandasoftware.com.br - Possui versão de teste.
É importante frisar que a maioria destes desenvolvedores possuem ferramentas gratuitas destinadas a remover vírus
específicos. Geralmente, tais softwares são criados para combater vírus perigosos ou com alto grau de propagação.
68
INFORMÁTICA BÁSICA
Tipos de Vírus
Cavalo-de-Tróia: A denominação “Cavalo de Tróia” (Trojan Horse) foi atribuída aos programas que permitem a inva-
são de um computador alheio com espantosa facilidade. Nesse caso, o termo é análogo ao famoso artefato militar fabri-
cado pelos gregos espartanos. Um “amigo” virtual presenteia o outro com um “presente de grego”, que seria um aplicati-
vo qualquer. Quando o leigo o executa, o pro- grama atua de forma diferente do que era esperado.
Ao contrário do que é erroneamente informado na mídia, que classifica o Cavalo de Tróia como um vírus, ele não se re-
produz e não tem nenhuma comparação com vírus de computador, sendo que seu objetivo é totalmente diverso. Deve-se
levar em consideração, também, que a maioria dos antivírus faz a sua detecção e os classificam como tal. A expressão “Tro-
jan” deve ser usada, exclusivamente, como definição para programas que capturam dados sem o conhecimento do usuário.
O Cavalo de Tróia é um programa que se aloca como um ar- quivo no computador da vítima. Ele tem o intuito de
roubar informações como passwords, logins e quaisquer dados, sigilosos ou não, mantidos no micro da vítima. Quando a
máquina contaminada por um Trojan conectar-se à Internet, poderá ter todas as informações contidas no HD visualizadas
e capturadas por um intruso qualquer. Estas visitas são feitas imperceptivelmente. Só quem já esteve dentro de um com-
putador alheio sabe as possibilidades oferecidas.
Worms (vermes) podem ser interpretados como um tipo de vírus mais inteligente que os demais. A principal diferença entre
eles está na forma de propagação: os worms podem se propagar rapidamente para outros computadores, seja pela Internet, seja
por meio de uma rede local. Geralmente, a contaminação ocorre de maneira discreta e o usuário só nota o problema quando o
computador apresenta alguma anormalidade. O que faz destes vírus inteligentes é a gama de possibilidades de propagação. O
worm pode capturar endereços de e-mail em arquivos do usuário, usar serviços de SMTP (sistema de envio de e-mails) próprios
ou qualquer outro meio que permita a contaminação de computadores (normalmente milhares) em pouco tempo.
Spywares, keyloggers e hijackers: Apesar de não serem necessariamente vírus, estes três nomes também represen-
tam perigo. Spywares são programas que ficam«espionando» as atividades dos internautas ou capturam informações sobre
eles. Para contaminar um computador, os spywares podem vir embutidos em softwares desconhecidos ou serem baixa- dos
automaticamente quando o internauta visita sites de conteúdo duvidoso.
Os keyloggers são pequenos aplicativos que podem vir embutidos em vírus, spywares ou softwares suspeitos, destina-
dos a capturar tudo o que é digitado no teclado. O objetivo principal, nestes casos, é capturar senhas.
Hijackers são programas ou scripts que «sequestram» navegadores de Internet, principalmente o Internet Explorer.
Quando isso ocorre, o hijacker altera a página inicial do browser e impede o usuário de mudá-la, exibe propagandas em
pop-ups ou janelas novas, instala barras de ferramentas no navegador e podem impedir acesso a determinados sites (como
sites de software antivírus, por exemplo).
Os spywares e os keyloggers podem ser identificados por programas anti-spywares. Porém, algumas destas pragas são
tão peri- gosas que alguns antivírus podem ser preparados para identificá-las, como se fossem vírus. No caso de hijackers,
muitas vezes é necessário usar uma ferramenta desenvolvida especialmente para combater aquela praga. Isso porque os hi-
jackers podem se infiltrar no sistema operacional de uma forma que nem antivírus nem anti-spywares conseguem “pegar”.
Hoaxes, São boatos espalhados por mensagens de correio eletrônico, que servem para assustar o usuário de computa-
dor. Uma mensagem no e-mail alerta para um novo vírus totalmente destrutivo que está circulando na rede e que infectará
o micro do destinatário enquanto a mensagem estiver sendo lida ou quando o usuário clicar em determinada tecla ou link.
69
INFORMÁTICA BÁSICA
Quem cria a mensagem hoax normalmente costuma dizer Redes Metropolitanas (Metropolitan Area Network –
que a informação partiu de uma empresa confiável, como MAN) – quando a distância dos equipamentos conec-
IBM e Microsoft, e que tal vírus poderá danificar a máquina tados à uma rede atinge áreas metropolitanas, cerca de
do usuário. Desconsidere a mensagem. 10km. Ex.: TV à cabo;
Redes a Longas Distâncias (Wide Area Network – WAN)
– rede que faz a cobertura de uma grande área geográ-
fica, geralmente, um país, cerca de 100 km;
CONCEITOS DE AMBIENTE DE REDES DE Redes Interligadas (Interconexão de WANs) – são re-
COMPUTADORES. des espalhadas pelo mundo podendo ser interconectadas
a outras redes, capazes de atingirem distâncias bem maio-
res, como um continente ou o planeta. Ex.: Internet;
Rede sem Fio ou Internet sem Fio (Wireless Local Area
Redes de Computadores refere-se à interligação por Network – WLAN) – rede capaz de conectar dispositivos
meio de um sistema de comunicação baseado em trans- eletrônicos próximos, sem a utilização de cabeamento.
missões e protocolos de vários computadores com o ob- Além dessa, existe também a WMAN, uma rede sem fio
jetivo de trocar informações, entre outros recursos. Essa para área metropolitana e WWAN, rede sem fio para
ligação é chamada de estações de trabalho (nós, pontos grandes distâncias.
ou dispositivos de rede).
Atualmente, existe uma interligação entre computado- Topologia de Redes
res espalhados pelo mundo que permite a comunicação Astopologias das redes de computadores são as estru-
entre os indivíduos, quer seja quando eles navegam pela turas físicas dos cabos, computadores e componentes.
internet ou assiste televisão. Diariamente, é necessário utili- Existem as topologias físicas, que são mapas que mos-
zar recursos como impressoras para imprimir documentos, tram a localização de cada componente da rede que
reuniões através de videoconferência, trocar e-mails, aces- serão tratadas a seguir. e as lógicas, representada pelo
sar às redes sociais ou se entreter por meio de jogos, etc. modo que os dados trafegam na rede:
Hoje, não é preciso estar em casa para enviar e-mails, Topologia Ponto-a-ponto – quando as máquinas es-
basta ter um tablet ou smartphone com acesso à internet tão interconectadas por pares através de um roteamen-
nos dispositivos móveis. Apesar de tantas vantagens, o to de dados;
crescimento das redes de computadores também tem seu Topologia de Estrela – modelo em que existe um
lado negativo. A cada dia surgem problemas que preju- ponto central (concentrador) para a conexão, geral-
dicam as relações entre os indivíduos, como pirataria, es- mente um hub ou switch;
pionagem, phishing - roubos de identidade, assuntos polê- Topologia de Anel – modelo atualmente utilizado em
micos como racismo, sexo, pornografia, sendo destacados automação industrial e na década de 1980 pelas redes
com mais exaltação, entre outros problemas. Token Ring da IBM. Nesse caso, todos os computadores são
Há muito tempo, o ser homem sentiu a necessidade entreligados formando um anel e os dados são propagados
de compartilhar conhecimento e estabelecer relações com de computador a computador até a máquina de origem;
pessoas a distância. Na década de 1960, durante a Guerra Topologia de Barramento – modelo utilizado nas pri-
Fria, as redes de computadores surgiram com objetivos mi- meiras conexões feitas pelas redes Ethernet.Refere- se a
litares: interconectar os centros de comando dos EUA para computadores conectados em formato linear, cujo cabea-
com objetivo de proteger e enviar de dados. mento é feito em sequencialmente;
Redes de Difusão (Broadcast) – quando as máquinas
Alguns tipos de Redes de Computadores estão interligadas por um mesmo canal através de pacotes
Antigamente, os computadores eram conectados em endereçados (unicast, broadcast e multicast).
distâncias curtas, sendo conhecidas como redes locais.
Mas, com a evolução das redes de computadores, foi ne- Cabos
cessário aumentar a distância da troca de informações en- Os cabos ou cabeamentos fazem parte da estrutura fí-
tre as pessoas. As redes podem ser classificadas de acor- sica utilizada para conectar computadores em rede, estan-
do com sua arquitetura (Arcnet, Ethernet, DSL, Token ring, do relacionados a largura de banda, a taxa de transmissão,
etc.), a extensão geográfica (LAN, PAN, MAN, WLAN, padrões internacionais, etc. Há vantagens e desvantagens
etc.), a topologia (anel, barramento, estrela, ponto-a- para a conexão feita por meio de cabeamento. Os mais uti-
-ponto, etc.) e o meio de transmissão (redes por cabo de lizados são:
fibra óptica, trançado, via rádio, etc.). Cabos de Par Trançado – cabos caracterizados por
Veja alguns tipos de redes: sua velocidade, pode ser feito sob medida, comprados
Redes Pessoais (Personal Area Networks – PAN) – se em lojas de informática ou produzidos pelo usuário;
comunicam a 1 metro de distância. Ex.: Redes Blue- Cabos Coaxiais – cabos que permitem uma distância
tooth; maior na transmissão de dados, apesar de serem flexí-
Redes Locais (Local Area Networks – LAN) – redes em veis, são caros e frágeis. Eles necessitam de barramento
que a distância varia de 10m a 1km. Pode ser uma sala, ISA, suporte não encontrado em computadores mais
um prédio ou um campus de universidade; novos;
70
INFORMÁTICA BÁSICA
Cabos de Fibra Óptica – cabos complexos, caros e Roteadores: Dispositivo utilizado para conectar redes
de difícil instalação. São velozes e imunes a interfe- e arquiteturas diferentes e de grande porte. Ele funciona
rências eletromagnéticas. como um tipo de ponte na camada de rede do modelo
Após montar o cabeamento de rede é necessário OSI (Open Systens Interconnection - protocolo de inter-
realizar um teste através dos testadores de cabos, ad- conexão de sistemas abertos para conectar máquinas de
quirido em lojas especializadas. Apesar de testar o fun- diferentes fabricantes), identificando e determinando um IP
cionamento, ele não detecta se existem ligações incor- para cada computador que se conecta com a rede.
retas. É preciso que um técnico veja se os fios dos cabos Sua principal atribuição é ordenar o tráfego de dados
estão na posição certa. na rede e selecionar o melhor caminho. Existem os ro-
teadores estáticos, capaz de encontrar o menor caminho
Sistema de Cabeamento Estruturado para tráfego de dados, mesmo se a rede estiver conges-
Para que essa conexão não prejudique o ambiente tionada; e os roteadores dinâmicos que encontram ca-
de trabalho, em uma grande empresa, são necessárias minhos mais rápidos e menos congestionados para o
várias conexões e muitos cabos, sendo necessário o ca- tráfego.
beamento estruturado.
Através dele, um técnico irá poupar trabalho e tem- Modem: Dispositivo responsável por transformar a
po, tanto para fazer a instalação, quanto para a remoção onda analógica que será transmitida por meio da linha te-
da rede. Ele é feito através das tomadas RJ-45 que pos- lefônica, transformando-a em sinal digital original.
sibilitam que vários conectores possam ser inseridos
em um único local, sem a necessidade de serem conec- Servidor: Sistema que oferece serviço para as redes de
tados diretamente no hub. computadores, como por exemplo, envio de arquivos ou
Além disso, o sistema de cabeamento estruturado e-mail. Os computadores que acessam determinado servi-
possui um painel de conexões, o Patch Panel, onde os dor são conhecidos como clientes.
cabos das tomadas RJ-45 são conectados, sendo um
concentrador de tomadas, favorecendo a manutenção Placa de Rede: Dispositivo que garante a comunicação
das redes. Eles são adaptados e construídos para serem entre os computadores da rede. Cada arquitetura de rede
inseridos em um rack. depende de um tipo de placa específica. As mais utilizadas
Todo esse planejamento deve fazer parte do projeto são as do tipo Ethernet e Token Ring (rede em anel).
do cabeamento de rede, em que a conexão da rede é
pensada de forma a realizar a sua expansão.
71
INFORMÁTICA BÁSICA
4) (Copergás 2016 - FCC – Técnico Operacional 7) (SUDECO 2013 - FUNCAB - Contador) No sistema
Segurança do Trabalho) A ferramenta Outlook : operacional Linux,o comando que NÃO está relacionado
a) é um serviço de e-mail gratuito para geren- a manipulação de arquivos é:
ciar todos os e-mails, calendários e contatos de a) kill
um usuário. b) cat
b) 2016 é a versão mais recente, sendo compa- c) rm
tível com o Windows 10, o Windows 8.1 e o Win- d) cp
dows 7. e) ftp
c) permite que todas as pessoas possam ver o
calendário de um usuário, mas somente aquelas 8) (IBGE 2016 - FGV - Analista - Análise de Sistemas
com e-mail Outlook.com podem agendar reuniões - Desenvolvimento de Aplicações - Web Mobile) Um de-
e responder a convites. senvolvedor Android deseja inserir a funcionalidade de
d) funciona apenas em dispositivos com Win- backup em uma aplicação móvel para, de tempos em
dows, não funcionando no iPad, no iPhone, em ta- tempos, armazenar dados automaticamente. A classe da
blets e em telefones com Android. API de Backup (versão 6.0 ou superior) a ser utilizada é a:
e) versão 2015 oferece acesso gratuito às fer- a) BkpAgent;
ramentas do pacote de webmail Office 356 da Mi- b) BkpHelper;
crosoft.] c) BackupManager;
d) BackupOutputData;
e) BackupDataStream.
72
INFORMÁTICA BÁSICA
9) (Prefeitura de Cristiano Otoni 2016 - INAZ do 14) (IF-PA 2016 - FUNRIO - Técnico de Tecnologia da
Pará - Psicólogo) Realizar cópia de segurança é uma Informação) São dispositivos ou periféricos de entrada de
forma de prevenir perda de informações. Qual é o um computador:
Backup que só efetua a cópia dos últimos arquivos que
foram criados pelo usuário ou sistema? a) Câmera, Microfone, Projetor e Scanner.
a) Backup incremental b) Câmera, Mesa Digitalizadora, Microfone e Scanner.
b) Backup diferencial c) Microfone, Modem, Projetor e Scanner.
c) Backup completo d) Mesa Digitalizadora, Monitor, Microfone e Projetor.
d) Backup Normal e) Câmera, Microfone, Modem e Scanner.
e) Backup diário
15) (CNJ 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - PRO-
10) (CRO-PR 2016 - Quadrix - Auxiliar de Departa- GRAMAÇÃO DE SISTEMAS) Acerca dos ambientes Linux e
mento) Como é chamado o backup em que o sistema Windows, julgue os itens seguintes.2No sistema operacio-
não é interrompido para sua realização? nal Windows 8, há a possibilidade de integrar-se à denomi-
a) Backup Incremental. nada nuvem de computadores que fazem parte da Internet.
b) Cold backup. a)Certo
c) Hot backup. b)Errado
d) Backup diferencial.
e) Backup normal 16) (FHEMIG 2013 - FCC - TÉCNICO EM INFORMÁTI-
CA) Alguns programas do computador de Ana estão muito
11) (DEMAE/GO 2016 - UFG - Agente Administrati- lentos e ela receia que haja um problema com o hardware
vo) Um funcionário precisa conectar um projetor mul- ou com a memória principal. Muitos de seus programas
timídia a um computador. Qual é o padrão de conexão falham subitamente e o carregamento de arquivos gran-
que ele deve usar? des de imagens e vídeos está muito demorado. Além disso,
a) RJ11 aparece, com frequência, mensagens indicando conflitos
b) RGB em drivers de dispositivos. Como ela utiliza o Windows 7,
c) HDMI resolveu executar algumas funções de diagnóstico, que
d) PS2 poderão auxiliar a detectar as causas para os problemas e
e) RJ45 sugerir as soluções adequadas.
Para realizar a verificação da memória e, em seguida do
12) (SABESP 2014 - FCC - Analista de Gestão - Ad- hardware, Ana utilizou, respectivamente, as ferramentas:
ministração) Correspondem, respectivamente, aos ele- a)Diagnóstico de memória do Windows e Monitor de
mentos placa de som, editor de texto, modem, editor desempenho.
de planilha e navegador de internet: b)Monitor de recursos de memória e Diagnóstico de
conflitos do Windows.
a) software, software, hardware, software e hardwa- c)Monitor de memória do Windows e Diagnóstico de
re. desempenho de hardware.
b) hardware, software, software, software e hard- d)Mapeamento de Memória do Windows e Mapea-
ware. mento de hardware do Windows.
c) hardware, software, hardware, hardware e soft- e)Diagnóstico de memória e desempenho e Diagnósti-
ware. co de hardware do Windows.
d) software, hardware, hardware, software e soft-
ware. 17) (TRT 1ª 2013 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - EXECU-
e) hardware, software, hardware, software e softwa- ÇÃO DE MANDADOS) Beatriz trabalha em um escritório de
re. advocacia e utiliza um computador com o Windows 7 Profes-
sional em português. Certo dia notou que o computador em
13) (DEMAE/GO 2016 - UFG - Agente Administrati- que trabalha parou de se comunicar com a internet e com
vo) Um computador à venda em um sítio de comércio outros computadores ligados na rede local. Após consultar
eletrônico possui 3.2 GHz, 8 GB, 2 TB e 6 portas USB. um técnico, por telefone, foi informada que sua placa de rede
Essa configuração indica que: poderia estar com problemas e foi orientada a checar o fun-
a) a velocidade do processador é 3.2 GHz. cionamento do adaptador de rede. Para isso, Beatriz entrou
b) a capacidade do disco rígido é 8 GB. no Painel de Controle, clicou na opção Hardware e Sons e, no
c) a capacidade da memória RAM é 2 TB. grupo Dispositivos e Impressoras, selecionou a opção:
d) a resolução do monitor de vídeo é composta de a) Central de redes e compartilhamento.
6 portas USB. b) Verificar status do computador.
c) Redes e conectividade.
d) Gerenciador de dispositivos.
e) Exibir o status e as tarefas de rede.
73
INFORMÁTICA BÁSICA
18) (FHEMIG 2013 - FCC - TÉCNICO EM INFORMÁTICA) No console do sistema operacional Linux, alguns comandos
permitem executar operações com arquivos e diretórios do disco.
Os comandos utilizados para criar, acessar e remover um diretório vazio são, respectivamente,
a) pwd, mv e rm.
b) md, ls e rm.
c) mkdir, cd e rmdir.
d) cdir, lsdir e erase.
e) md, cd e rd.
19) (TRT 10ª 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ADMINISTRATIVA) Acerca dos conceitos de sistema operacional
(ambientes Linux e Windows) e de redes de computadores, julgue os itens.3Por ser um sistema operacional aberto, o Li-
nux, comparativamente aos demais sistemas operacionais, proporciona maior facilidade de armazenamento de dados em
nuvem.
a) certo
b) errado
20) (TJ/RR 2012 - CESPE - AGENTE DE PROTEÇÃO) Acerca de organização e gerenciamento de informações, arquivos,
pastas e programas, de segurança da informação e de armazenamento de dados na nuvem, julgue os itens subsequen-
tes.1Um arquivo é organizado logicamente em uma sequência de registros, que são mapeados em blocos de discos. Em-
bora esses blocos tenham um tamanho fixo determinado pelas propriedades físicas do disco e pelo sistema operacional,
o tamanho do registro pode variar.
a) certo
b) errado
21) (SERGIPE GÁS S/A 2013 - FCC - ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO - RH) Paulo utiliza em seu trabalho o edi-
tor de texto Microsoft Word 2010 (em português) para produzir os documentos da empresa. Certo dia Paulo digitou um
documento contendo 7 páginas de texto, porém, precisou imprimir apenas as páginas 1, 3, 5, 6 e 7. Para imprimir apenas
essas páginas, Paulo clicou no Menu Arquivo, na opção Imprimir e, na divisão Configurações, selecionou a opção Imprimir
Intervalo Personalizado. Em seguida, no campo Páginas, digitou
a) 1,3,5-7 e clicou no botão Imprimir.
b) 1;3-5;7 e clicou na opção enviar para a Impressora.
c) 1−3,5-7 e clicou no botão Imprimir.
d) 1+3,5;7 e clicou na opção enviar para a Impressora.
e) 1,3,5;7 e clicou no botão Imprimir.
22) (TRT 1ª 2013 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - EXECUÇÃO DE MANDADOS) João trabalha no departamento finan-
ceiro de uma grande empresa de vendas no varejo e, em certa ocasião, teve a necessidade de enviar a 768 clientes inadim-
plentes uma carta com um texto padrão, na qual deveria mudar apenas o nome do destinatário e a data em que deveria
comparecer à empresa para negociar suas dívidas. Por se tratar de um número expressivo de clientes, João pesquisou
recursos no Microsoft Office 2010, em português, para que pudesse cadastrar apenas os dados dos clientes e as datas em
que deveriam comparecer à empresa e automatizar o processo de impressão, sem ter que mudar os dados manualmente.
Após imprimir todas as correspondências, João desejava ainda imprimir, também de forma automática, um conjunto de
etiquetas para colar nos envelopes em que as correspondências seriam colocadas. Os recursos do Microsoft Office 2010
que permitem atender às necessidades de João são os recursos
a) para criação de mala direta e etiquetas disponíveis na guia Correspondências do Microsoft Word 2010.
b) de automatização de impressão de correspondências disponíveis na guia Mala Direta do Microsoft PowerPoint 2010.
c) de banco de dados disponíveis na guia Correspondências do Microsoft Word 2010.
d) de mala direta e etiquetas disponíveis na guia Inserir do Microsoft Word 2010.
e) de banco de dados e etiquetas disponíveis na guia Correspondências do Microsoft Excel 2010.
23) (TCE/SP 2012 - FCC - AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA II) No editor de textos Writer do pacote BR Office, é
possível modificar e criar estilos para utilização no texto. Dentre as opções de Recuo e Espaçamento para um determinado
estilo, é INCORRETO afirmar que é possível alterar um valor para
a) recuo da primeira linha.
b) recuo antes do texto.
c) recuo antes do parágrafo.
d) espaçamento acima do parágrafo.
e) espaçamento abaixo do parágrafo.
74
INFORMÁTICA BÁSICA
24) (CNJ 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS) A respeito do Excel, para ordenar, por
data, os registros inseridos na planilha, é suficiente selecionar a coluna data de entrada, clicar no menu Dados e, na lista
disponibilizada, clicar ordenar data.
a) certo
b) errado
25) (TRT 1ª 2013 - FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) A planilha abaixo foi criada utilizando-se o
Microsoft Excel 2010 (em português).
A linha 2 mostra uma dívida de R$ 1.000,00 (célula B2) com um Credor A (célula A2) que deve ser paga em 2 meses
(célula D2) com uma taxa de juros de 8% ao mês (célula C2) pelo regime de juros simples. A fórmula correta que deve ser
digitada na célula E2 para calcular o montante que será pago é
a) =(B2+B2)*C2*D2.
b) =B2+B2*C2/D2.
c) =B2*C2*D2.
d) =B2*(1+(C2*D2)).
e) =D2*(1+(B2*C2)).
26)(MINISTÉRIO DA FAZENDA 2012 - ESAF - ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) O BrOffice é uma suíte para
escritório gratuita e de código aberto. Um dos aplicativos da suíte é o Calc, que é um programa de planilha eletrônica e
assemelha-se ao Excel da Microsoft. O Calc é destinado à criação de planilhas e tabelas, permitindo ao usuário a inserção
de equações matemáticas e auxiliando na elaboração de gráficos de acordo com os dados presentes na planilha. O Calc
utiliza como padrão o formato:
a) XLS.
b) ODF.
c) XLSX.
d) PDF.
e) DOC.
27) (TRT 1ª 2013 - FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) Após ministrar uma palestra sobre Segurança
no Trabalho, Iracema comunicou aos funcionários presentes que disponibilizaria os slides referentes à palestra na intranet
da empresa para que todos pudessem ter acesso. Quando acessou a intranet e tentou fazer o upload do arquivo de slides
criado no Microsoft PowerPoint 2010 (em português), recebeu a mensagem do sistema dizendo que o formato do arquivo
era inválido e que deveria converter/salvar o arquivo para o formato PDF e tentar realizar o procedimento novamente. Para
realizar a tarefa sugerida pelo sistema, Iracema
a) clicou no botão Iniciar do Windows, selecionou a opção Todos os programas, selecionou a opção Microsoft Office
2010 e abriu o software Microsoft Office Converter Professional 2010. Em seguida, clicou na guia Arquivo e na opção Con-
verter. Na caixa de diálogo que se abriu, selecionou o arquivo de slides e clicou no botão Converter.
b)abriu o arquivo utilizando o Microsoft PowerPoint 2010, clicou na guia Ferramentas e, em seguida, clicou na opção
Converter. Na caixa de diálogo que se abriu, clicou na caixa de combinação que permite definir o tipo do arquivo e selecio-
nou a opção PDF. Em seguida, clicou no botão Converter.
c)abriu a pasta onde o arquivo estava salvo, utilizando os recursos do Microsoft Windows 7, clicou com o botão direito
do mouse sobre o nome do arquivo e selecionou a opção Salvar como PDF.
75
INFORMÁTICA BÁSICA
d)abriu o arquivo utilizando o Microsoft Power- 31) (CNJ 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - PRO-
Point 2010, clicou na guia Arquivo e, em seguida, cli- GRAMAÇÃO DE SISTEMAS) A respeito de redes de compu-
cou na opção Salvar Como. Na caixa de diálogo que tadores, julgue os itens subsequentes. Lista de discussão é
se abriu, clicou na caixa de combinação que permite uma ferramenta de comunicação limitada a uma intranet,
definir o tipo do arquivo e selecionou a opção PDF. ao passo que grupo de discussão é uma ferramenta geren-
Em seguida, clicou no botão Salvar. ciável pela Internet que permite a um grupo de pessoas a
e)baixou da internet um software especializado troca de mensagens via email entre todos os membros do
em fazer a conversão de arquivos do tipo PPTX para grupo.
PDF, pois verificou que o PowerPoint 2010 não possui a) Certo
opção para fazer tal conversão. b) Errado
28) (SERGIPE GÁS S/A 2013 - FCC - ADMINISTRA- 32) (CEITEC 2012 - FUNRIO - ADMINISTRAÇÃO/CIÊN-
DOR) Em um slide em branco de uma apresentação CIAS CONTÁBEIS/DIREITO/PREGOEIRO PÚBLICO) Na inter-
criada utilizando-se o Microsoft PowerPoint 2010 net o protocolo_________ permite a transferência de men-
(em português), uma das maneiras de acessar alguns sagens eletrônicas dos servidores de _________para caixa
dos comandos mais importantes é clicando-se com o postais nos computadores dos usuários. As lacunas se
botão direito do mouse sobre a área vazia do slide. completam adequadamente com as seguintes expressões:
Dentre as opções presentes nesse menu, estão as que a) Ftp/ Ftp.
permitem b) Pop3 / Correio Eletrônico.
a) copiar o slide e salvar o slide. c) Ping / Web.
b) salvar a apresentação e inserir um novo slide. d) navegador / Proxy.
c) salvar a apresentação e abrir uma apresentação e) Gif / de arquivos
já existente.
d) apresentar o slide em tela cheia e animar obje- 33) (CASA DA MOEDA 2012 - CESGRANRIO - ASSIS-
tos presentes no slide. TENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO - APOIO ADMINISTRA-
e) mudar o layout do slide e a formatação do pla- TIVO) Em uma rede local, cujas estações de trabalho usam
no de fundo do slide. o sistema operacional Windows XP e endereços IP fixos em
suas configurações de conexão, um novo host foi instalado
29) (TRT 11ª 2012 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO e, embora esteja normalmente conectado à rede, não con-
- JUDICIÁRIA) Em um slide mestre do BrOffice.org segue acesso à internet distribuída nessa rede.
Apresentação (Impress), NÃO se trata de um espaço Considerando que todas as outras estações da rede es-
reservado que se possa configurar a partir da janela tão acessando a internet sem dificuldades, um dos motivos
Elementos mestres: que pode estar ocasionando esse problema no novo host é
a) Número da página.
b) Texto do título. a) a codificação incorreta do endereço de FTP para o
c) Data/hora. domínio registrado na internet.
d) Rodapé. b) a falta de registro da assinatura digital do host nas
e) Cabeçalho. opções da internet.
c) um erro no Gateway padrão, informado nas proprie-
30) (SERGIPE GÁS S/A 2013 - FCC - ASSISTENTE dades do Protocolo TCP/IP desse host.
TÉCNICO ADMINISTRATIVO - RH) No Microsoft Inter- d) um erro no cadastramento da conta ou da senha do
net Explorer 9 é possível acessar a lista de sites visi- próprio host.
tados nos últimos dias e até semanas, exceto aqueles e) um defeito na porta do switch onde a placa de rede
visitados em modo de navegação privada. Para abrir desse host está conectada.
a opção que permite ter acesso a essa lista, com o
navegador aberto, clica-se na ferramenta cujo dese- 34) (CASA DA MOEDA 2012 - CESGRANRIO - ASSIS-
nho é TENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO - APOIO ADMINISTRA-
a) uma roda dentada, posicionada no canto supe- TIVO) Para conectar sua estação de trabalho a uma rede
rior direito da janela. local de computadores controlada por um servidor de do-
b) uma casa, posicionada no canto superior direi- mínios, o usuário dessa rede deve informar uma senha e
to da janela. um[a]
c) uma estrela, posicionada no canto superior di- a) endereço de FTP válido para esse domínio.
reito da janela. b) endereço MAC de rede registrado na máquina cliente.
d) um cadeado, posicionado no canto inferior di- c) porta válida para a intranet desse domínio.
reito da janela. d) conta cadastrada e autorizada nesse domínio.
e) um globo, posicionado à esquerda da barra de e) certificação de navegação segura registrada na in-
endereços. tranet.
76
INFORMÁTICA BÁSICA
35) (CÂMARA DOS DEPUTADOS 2012 - CESPE - ANA- Está correto o que se afirma em
LISTA LEGISLATIVO - TÉCNICA LEGISLATIVA) Com relação
a redes de computadores, julgue os próximos itens.5Uma a) II, apenas.
rede local (LAN — local area network) é caracterizada por b) I e II, apenas.
abranger uma área geográfica, em teoria, ilimitada. O al- c) II e III, apenas.
cance físico dessa rede permite que os dados trafeguem d) I, II e III, apenas.
com taxas acima de 100 Mbps. e) I, II, III e IV.
a) certo
b) errado 40) (MPE/PE 2012 - FCC - ANALISTA MINISTERIAL - IN-
FORMÁTICA) Sobre Cavalo de Tróia, é correto afirmar:
36) (TRT 10ª 2013 - CESPE - ANALISTA JUDICIÁRIO -
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO) Com relação à certifica- a) Consiste em um conjunto de arquivos .bat que não
ção digital, julgue os itens que se seguem.O certificado necessitam ser explicitamente executados.
digital revogado deve constar da lista de certificados re- b) Contém um vírus, por isso, não é possível distinguir
vogados, publicada na página de Internet da autoridade as ações realizadas como consequência da execução do
certificadora que o emitiu. Cavalo de Tróia propriamente dito, daquelas relacionadas
a) Certo ao comportamento de um vírus.
b) Errado c) Não é necessário que o Cavalo de Tróia seja executa-
do para que ele se instale em um computador. Cavalos de
37) (TRT 10ª 2013 - CESPE - ANALISTA JUDICIÁRIO - Tróia vem anexados a arquivos executáveis enviados por
ADMINISTRATIVA) Acerca de segurança da informação, e-mail.
julgue os itens a seguir. O vírus de computador é assim d) Não instala programas no computador, pois seu úni-
denominado em virtude de diversas analogias poderem ser co objetivo não é obter o controle sobre o computador,
feitas entre esse tipo de vírus e os vírus orgânicos. mas sim replicar arquivos de propaganda por e-mail.
a) Certo e) Distingue-se de um vírus ou de um worm por não
b) Errado infectar outros arquivos, nem propagar cópias de si mesmo
automaticamente.
38) (MPE/PE 2012 - FCC - TÉCNICO MINISTERIAL - AD-
MINISTRATIVO) Existem vários tipos de vírus de computa-
dores, dentre eles um dos mais comuns são vírus de ma- GABARITO
cros, que:
a) são programas binários executáveis que são baixa- 1-E/ 2-A/ 3- C/ 4- B/ 5-C/ 6-E / 7-A / 8-C / 9-A / 10-C/
dos de sites infectados na Internet. 11-C / 12-E / 13-A / 14-C / 15-A / 16-A / 17-D / 18-C /
b) podem infectar qualquer programa executável do 19-B / 20-A / 21-A / 22-A / 23-C / 24-B / 25-D/ 26-B/
computador, permitindo que eles possam apagar arquivos 27-D / 28-E / 29-B / 30-C / 31-B / 32-B / 33-C / 34-D/
e outras ações nocivas. 35-B / 36-A / 37- A / 38-C / 39-B / 40-E
c) são programas interpretados embutidos em docu-
mentos do MS Office que podem infectar outros documen-
tos, apagar arquivos e outras ações nocivas.
d) são propagados apenas pela Internet, normalmente
em sites com software pirata.
e) podem ser evitados pelo uso exclusivo de software
legal, em um computador com acesso apenas a sites da
Internet com boa reputação.
77
INFORMÁTICA BÁSICA
ANOTAÇÕES
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78
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
1
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
VII - proclamados os resultados na sessão de instalação, § 2º - A Comissão processante será constituída de três ve-
os eleitos serão considerados automaticamente empossados; readores, sorteados dentre os desimpedidos, e reunir-se-á nas
quando da renovação a posse se dará no primeiro dia útil do 48 (quarenta e oito) horas seguintes, sob a Presidência do Ve-
ano subseqüente. reador eleito pelos respectivos membros.
§ 1º É permitida a recondução de membro da Mesa para o § 3º - Instalada a Comissão processante, o acusado, dentro
mesmo cargo, na eleição subseqüente, na mesma legislatura. de 03 (três) dias, será notificado, devendo apresentar, no prazo
§ 2º No caso de vaga na Mesa, a Câmara elegerá o substi- de 10 (dez) dias, por escrito, defesa prévia.
tuto dentro de 15 (quinze) dias. § 4º - Findo o prazo estabelecido no parágrafo anterior, a
Comissão processante, de posse ou não da defesa prévia, pro-
Seção III cederá às diligências que entender necessárias, emitindo, ao
Das Atribuições da Mesa final, seu parecer.
§ 5º - O acusado, ou seu representante, poderá acompa-
Art. 9º À Mesa compete, dentre outras atribuições estabe- nhar todos os atos e diligências da Comissão processante.
lecidas em lei e neste Regimento, a direção dos trabalhos legis- § 6º - No prazo máximo e improrrogável de 30 (trinta) dias,
lativos e dos serviços administrativos da Câmara, especialmente: a contar da instalação, a Comissão processante deverá emitir
I - No Setor Legislativo: parecer, o qual poderá concluir pela improcedência das acusa-
a) convocar sessões extraordinárias; ções, se julgá-las infundadas, ou em caso contrário, por Projeto
b) propor privativamente à Câmara: de Resolução, sugerindo a destituição do acusado.
1) Projetos que disponham sobre criação, transformação
ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços e Seção V
fixação da respectiva remuneração; Do Presidente
2) Projeto de Lei sobre a remuneração do Prefeito e Vice-
-Prefeito; Art. 13 - O Presidente é o representante legal da Câmara
3) Projeto de Lei que disponha sobre a remuneração dos nas suas relações internas e externas, cabendo-lhe, juntamente
com a Mesa, coordenar as funções administrativas e diretivas
vereadores;
das atividades da Câmara, bem como interpretar e fazer cumprir
c) tomar as providências necessárias à regularidade dos
este Regimento.
trabalhos legislativos.
Parágrafo único - Quando o Presidente se omitir ou exor-
II - No Setor Administrativo:
bitar das funções que lhe são atribuídas neste Regimento, qual-
a) superintender os serviços administrativos da Câmara e
quer Vereador poderá reclamar sobre o fato, cabendo-lhe re-
elaborar seu regulamento;
curso do ato ao Plenário.
b) nomear, promover, comissionar, conceder gratificação
Art. 14 - São atribuições do Presidente, além das que estão
e licença, por em disponibilidade, exonerar, demitir, aposentar e
expressas neste Regimento ou decorram da natureza de suas
punir servidores da Câmara Municipal, nos termos da Lei;
funções e prerrogativas:
1) Fica vetada a realização de concurso público pela I - Quanto às sessões:
Câmara Municipal de Goiânia em ano de eleições municipais. a) anunciar a convocação das sessões, nos termos deste
(Acrescido pela Resolução nº 005 de 30-10-2008, DOM nº 4.505 Regimento;
de 03-12-2008, p. 30). b) abrir, presidir, suspender e encerrar as sessões;
b) determinar abertura de sindicância e inquéritos admi- c) passar a Presidência a outro Vereador, bem como con-
nistrativos. vidar qualquer deles para secretariá- lo, na ausência de mem-
bros da Mesa;
Seção IV d) manter a ordem dos trabalhos, interpretar e fazer
Da Renúncia e da Destituição da Mesa cumprir o Regimento Interno;
e) mandar proceder a chamada e a leitura dos papéis e
Art. 10 – A renúncia do Vereador ao cargo que ocupa na proposições;
Mesa dar-se-á por ofício a ela dirigido. (Redação da Resolução f) transmitir ao Plenário, a qualquer momento, as comu-
nº 008 de 18-08-2012, DOM nº 5.445 de 03-10-2012, p. 15). nicações que julgar convenientes;
Art. 11. Os membros da Mesa são passíveis de destituição, g) conceder ou negar a palavra aos vereadores, nos ter-
desde que exorbitem das atribuições a eles conferidas por este mos regimentais;
Regimento ou delas se omitam, mediante Resolução aprovada h) interromper o orador que se desviar da questão em
por maioria absoluta dos membros da Câmara, em votação no- debate ou falar o sem respeito devido à Câmara ou a qualquer
minal, assegurando o direito de ampla defesa. de seus membros, advertindo-o, chamando-o a ordem e, em
Art. 12 O processo de destituição terá início por repre- caso de insistência, cassando-lhe a palavra, podendo, ainda,
sentação, subscrita por um dos membros da Câmara, lida em suspender ou encerrar a sessão, quando não atendido e as cir-
Plenário pelo seu autor em qualquer fase da sessão, com am- cunstâncias o exigirem;
pla e circunstanciada fundamentação sobre as irregularidades i) chamar a atenção do orador, quando se esgotar o
imputadas. tempo a que tem direito
§ 1º - Oferecida a representação, nos termos deste artigo e j) anunciar a Ordem do Dia e submeter a discussão e
recebida pelo Plenário, será ela encaminhada à Comissão pro- votação a matéria dela constante;
cessante. k) anunciar o resultado das votações;
2
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
3
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Seção VI Seção II
Do Vice-Presidente Das Comissões Permanentes
Art. 18. O Vice-Presidente e o Segundo Vice-Presidente são, Art. 23. As Comissões permanentes são constituídas para o
pela ordem, os substitutos do presidente em suas faltas, ausên- mandato de 2 (dois) anos, serão aprovadas na mesma sessão espe-
cias, impedimentos ou licença, ficando nas últimas hipóteses, e cial que eleger os membros da mesa Diretora, e têm por objetivo
também pela ordem, investido na plenitude das respectivas fun- estudar e emitir parecer sobre os assuntos submetidos a seu exame.
ções. (Renumerado de Parágrafo Único para Art. 18 pela Re- (Alterado pela Resolução nº 012 de 09- 12-2010, DOM nº 5.008
solução nº 007 de 21-09-2005, DOM nº 3.740 de 14-10-2005, de 22-12-2010, p. 14).
pág 03 e posteriormente alterado Parágrafo Único. Como forma de possibilitar às comissões per-
pela Resolução nº 010 de 22/12/2008, DOM 4.521 DE 29- manentes a realização de seu objetivo, a elas cabe: (Acrescido pela Re-
12-2008, PÁG. 29). solução nº 017 de 28-12-2012, DOM nº 5.514 de 18-01-2013, p. 15).
Parágrafo único – Compete ainda ao Vice-Presidente o desem- I – discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma
penho das funções de Corregedor da Câmara. (Redação da Resolu- do regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso na
ção nº 007 de 21-09-2005, DOM nº 3.740 de 14-10-2005, pág 03). forma prevista neste Regimento; (Acrescido pela Resolução nº 017
de 28-12-2012, DOM nº 5.514 de 18-01-2013, p. 15).
Seção VII II – realizar audiências públicas; (Acrescido pela Resolu-
Dos Secretários ção nº 017 de 28-12-2012, DOM nº 5.514 de 18-01-2013, p. 15).
III – convocar Secretários do Município para prestar
Art. 19. Compete ao 1º Secretário: informações; (Acrescido pela Resolução nº 017 de 28-12-2012,
I - constatar a presença dos vereadores ao abrir a sessão, DOM nº 5.514 de 18-01-2013, p. 15).
confrontando-a com o Livro de Presença; IV – receber petições, reclamações, representações ou
II - fazer a chamada dos vereadores nas ocasiões determi- queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades
nadas pelo Presidente; III - ler a ata e o Expediente; ou entidades públicas; (Acrescido pela Resolução nº 017 de 28-12-
IV - fazer a inscrição dos oradores; 2012, DOM nº 5.514 de 18-01-2013, p. 15).
V - superintender a redação da ata, assinando-a junta- V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou ci-
mente com o Presidente e o 2º Secretário; dadão; (Acrescido pela Resolução nº 017 de 28-12-2012, DOM nº
VI - redigir e transcrever as atas das sessões secretas; 5.514 de 18-01-2013, p. 15).
VII - assinar com o Presidente e o 2º Secretário os atos da Mesa; VI – apreciar programas de obras, planos municipais e
VIII - auxiliar a Presidência na inspeção dos serviços ad- setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer. (Acrescido
ministrativos da Câmara Municipal, supervisionar os serviços da pela Resolução nº 017 de 28-12-2012, DOM nº 5.514 de 18-01-
Secretaria e, junto com os demais membros da Mesa Diretora, 2013, p. 15).
manter a observância dos preceitos regimentais; Art. 24. As Comissões permanentes são 18 (dezoito), sendo a
IX - assinar e despachar matérias do Expediente que lhe Comissão Mista composta de 16 (dezesseis) membros e as demais
forem distribuídas pelo Presidente. de 7 (sete), com as seguintes denominações: (Alterado pela Resolu-
Art. 20. Compete ao 2º Secretário auxiliar o 1º Secretário no ção nº 009 de 19-08-2015, DOM nº 6.157 de 02-09-2015, p. 98).
desempenho de suas atribuições, quando da realização das ses- I- Constituição, Justiça e Redação;
sões plenárias, bem como substituí-lo na sua ausência, licença ou II- Finanças, Orçamento e Economia;
impedimento. III- Obras e Patrimônio;
Parágrafo único - O 3º e 4º Secretários terão competência IV- Educação e Cultura, Ciência e Tecnologia;
para substituir, nas ausências e impedimentos, o 1º e 2º Secretá- V- Saúde e Assistência Social;
rios. VI- Lazer, Esporte e Turismo; (Redação alterada pela Resolução
nº 003 de 25-07-2007, DOM nº 4.122 de 17-05-2007).
CAPÍTULO II VII- Trabalho e Servidores Públicos;
DAS COMISSÕES VIII- Direitos da Criança, do Adolescente; (Redação alterada
Seção I pela Resolução nº 10 de 18-08-2012, DOM nº 5.445 de 03-10-2012,
Disposições Preliminares p. 16).
IX- Direitos Humanos e Cidadania;
Art. 21. As Comissões da Câmara serão: X- Habitação, Urbanismo e Ordenamento Urbano;
I - Permanentes, as que subsistem através da Legislatura; XI- Da Legislação Participativa; (Incluída pela Resolução nº004
II- Temporárias, as que são constituídas com finalidades es- de 07-06-05, DOM nº 3.664 de 24- 06-05, pág. 12)
peciais. XII- Direitos do Consumidor;
Art. 22. Assegurar-se-á nas Comissões, tanto quanto possível, a XIII- Empreendedorismo, Desenvolvimento Econômico e So-
representação proporcional dos partidos que participam da Câmara. cial; (Redação alterada pela resolução nº 011 de 16-12-2013, DOM nº
Parágrafo único - Poderão participar dos trabalhos das Co- 5997 de 07-01-2015, pág 67).
missões, devidamente credenciados, com direito a voz e sem di- XIV- Meio Ambiente; (Incluído pela Resolução nº 003 de 25-04-
reito a voto, técnicos de reconhecida competência ou represen- 2007, DOM nº 4.122 de 17-05-07, pág. 08).
tantes de entidades idôneas que tenham legítimo interesse no es- XV- Direitos dos Idosos; (Incluído pela Resolução nº10 de
clarecimento da matéria submetida a apreciação das Comissões. 18-08-2012, DOM nº 5.445 de 03-10-2012, p. 16).
4
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
XVI- Segurança Pública e Segurança Patrimonial; (Incluí- e em caso de reiterada decisão pelo arquivamento, o Projeto
do pela Resolução nº 015 de 08-11-2012, DOM nº 5473 de 19- será definitivamente encaminhado ao arquivo, não podendo ser
11-2012, p. 22) reapresentado na mesma legislatura. (Redação da Resolução
XVII- Pessoas Portadoras de Deficiência e/ou Necessidades nº 003 de 08-05-2014, DOM nº 5.838 de 20-05- 2014, p. 34).
Especiais. (Incluído pela Resolução nº 009 de 19-08-2015, DOM § 4° - Em havendo semelhança entre as proposições, a
nº 6.157 de 02-09-2015, p. 98). que tiver sido protocolizada primeiro prevalecerá, devendo a
XVIII- Mista. Comissão de Constituição, Justiça e Redação proceder ao ar-
Parágrafo único. Revogado; (Redação da Resolução nº 007 quivamento das demais. (Alterada pela Resolução nº 007 de
de 21-09-2005, DOM nº 3.740 de 14-10- 2005, pág. 03). 17-11-2016, DOM nº 6463 de 08-12-2016, p. 56).
Art. 24 – ( Revogado pela Resolução nº 008 de 03-09- I- No que concerne a hipótese do parágrafo acima, em
2013, DOM nº 5676 de 13-09-2013.) caso de desarquivamento dentro do prazo regimental, prevale-
I –II – (Revogado pela Resolução nº 008 de 03-09-2013, cerá como data de referência a data do protocolo da proposi-
DOM nº 5676 de 13-09-2013.) tura, e não, a de seu arquivamento. (Alterada pela Resolução nº
a) -c) d) e) Revogado pela Resolu- 007 de 17-11-2016, DOM nº 6463 de 08-12-2016, p. 56).
ção nº 008 de 03-09-2013, DOM nº 5676 de 13-09-2013.) II- Revogado. (Resolução nº 007 de 17-11-2016, DOM nº
Parágrafo único. proferida houver recurso interposto nos 6463 de 08-12-2016, p. 56)
termos do § 1° do art. 24-B deste Regimento. (Acrescido pela Redação Anterior. § 4º - (Acrescido pela Resolução nº 006
Resolução nº 001 de 03-05-2012, DOM nº 5.346 de 10-05- de 06-08-2015, DOM 6.146 DE 18-08-2015, PÁG. 52).
2012, p. 08). (Revogado pela Resolução nº 008 de 03-09- Art. 26. Compete à Comissão de Finanças, Orçamento e
2013, DOM nº 5676 de 13-09-2013.) Economia a emissão de parecer nos processos de julgamen-
Art. 24-B. (Acrescido pela Resolução nº 001 de 03-05- to das contas dos Prefeitos e manifestar-se sobre as matérias
2012, DOM nº 5.346 de 10-05-2012, p. 08). (Revogado pela quanto à sua compatibilidade ou adequação com o plano plu-
Resolução nº 008 de 03-09-2013, DOM nº 5676 de 13-09- rianual, a lei de diretrizes orçamentárias e o orçamento anual
2013.) (NR). (Redação da Resolução nº 007 de 06-09-2012, DOM nº
§ 1°. (Acrescido pela Resolução nº 001 de 03-05-2012, 5.445 de 03-10-2012, p. 11).
DOM nº 5.346 de 10-05-2012, p. 08). (Revogado pela Reso- Art. 27. Compete à Comissão de Obras e Patrimônio emitir
lução nº 008 de 03-09-2013, DOM nº 5676 de 13-09-2013.) parecer sobre os processos atinentes à realização de obras e
§ 2°. (Acrescido pela Resolução nº 001 de 03-05-2012, patrimônio Público Municipal e apresentar ao Plenário, no início
DOM nº 5.346 de 10-05-2012, p. 08). (Revogado pela Reso- de cada ano legislativo, um relatório contendo uma avaliação
lução nº 008 de 03-09-2013, DOM nº 5676 de 13-09- 2013.) de todos os processos relativos à permissão de uso, concessão
Art. 24-C. à apreciação do Plenário. (Acrescido pela Reso- de uso, concessão de direito real de uso e cessão de uso de
lução nº 001 de 03-05-2012, DOM nº 5.346 de 10-05-2012, bens imóveis do Município de Goiânia. (Alterada pela Reso-
p. 08). (Revogado pela Resolução nº 008 de 03-09-2013, lução nº 008 de 17-11-2016, DOM nº 6463 de 08-12-2016,
DOM nº 5676 de 13-09-2013.) p. 57)
Art. 25. Compete à Comissão de Constituição, Justiça e Re- Art. 28. Compete a Comissão de Educação e Cultura, Ciên-
dação manifestar-se, primeiramente, sobre todos os projetos, cia e Tecnologia emitir parecer sobre os processos referentes à
emendas subemendas e substitutivos em tramitação, quanto Educação, Ensino, Arte, Cultura, patrimônio histórico e política
aos aspectos constitucionais, legais, jurídicos, regimentais e de municipal de Ciência e Tecnologia.
técnica legislativa, excetuados os projetos de Decreto Legislati- Parágrafo único - Compete à Comissão de Saúde e Assis-
vo que veiculam julgamento de contas dos Prefeitos e aqueles tência Social emitir parecer sobre projetos relativos à saúde pú-
projetos de emendas, subemendas e substitutivos de exclusiva blica, higiene e os de caráter social e assistencial.
competência da Comissão Mista. (Redação da Resolução nº Art. 29 - Compete à Comissão de Lazer, Esporte e Turismo
007 de 06-09-2012, DOM nº 5.445 de 03-10-2012, p. 11). emitir parecer sobre os processos referentes à recreação, espor-
§ 1º - Os projetos, emendas ou substitutivos considerados te e sobre assuntos referentes ao turismo. (Redação dada pela
inconstitucionais, ilegais ou anti- regimentais pela maioria dos Resolução nº 003 de 25-04-2007, DOM nº 4.122 de 17-05-
membros da Comissão, serão encaminhados à Diretoria Legis- 07, p. 08).
lativa para arquivamento. § 1º - Compete à Comissão do Trabalho e Servidores Pú-
§ 2º - O autor da propositura arquivada na forma do § 1º blicos emitir parecer sobre os processos relativos à contratos
deste artigo será notificado pela Diretoria Legislativa, até três especiais de trabalho; política salarial; política de emprego,
dias depois da decisão da Comissão, quando, discordando da aprendizagem e treinamento profissional; organização político-
mesma, dela poderá recorrer ao Plenário, em até 10 (dez) dias -administrativa do Município e reforma administrativa; serviço
úteis contados da sua notificação, via requerimento que deve- público da administração direta, indireta e fundacional; regime
rá, para o desarquivamento, ser aprovado por maioria absoluta. jurídico dos servidores civis ativos e inativos.
(Alterada pela Resolução nº 007 de 17-11-2016, DOM nº § 2º - Compete à Comissão dos Direitos da Criança e do
6463 de 08-12-2016, p. 56). Adolescente emitir parecer em processos e assuntos referentes
§ 3º - A Diretoria Legislativa encaminhará o Projeto desar- ao acompanhamento e a investigação de qualquer denúncia de
quivado na forma do Parágrafo anterior novamente à Comissão lesão ou ameaça aos Direitos da Criança e do Adolescente. (Al-
de Constituição, Justiça e Redação ou à Comissão Mista, confor- terado pela Resolução nº 010 de 18-08-2012, DOM nº 5.445
me o caso, para seu pronunciamento em até 3 (três) dias úteis, de 03-10-2012, p. 16).
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
§ 3º - Compete à Comissão de Habitação, Urbanismo e § 8º - Compete à Comissão dos Direitos dos Idosos analisar e
Ordenamento Urbano opinar e emitir parecer em processos e emitir parecer em processos referentes ao idoso, e se manifestar
assuntos referentes ao Estatuto da Cidade, Plano Diretor, Uso do sobre todos os assuntos que envolvam seus interesses, em especial,
Solo, Expansão Urbana, Regularização Fundiária e às políticas e o cumprimento do Estatuto do Idoso. (Acrescido pela Resolução
programas de habitação popular. nº10 de 18-08-2012, DOM nº 5.445 de 03-10-2012, p. 16).
I - Todo projeto de Lei que tratar de desafetação de área § 9º - Compete à Comissão das Pessoas Portadoras de Deficiên-
pública, deverá ser submetido à Comissão de Habitação, Urba- cia e/ou Necessidades Especiais analisar e emitir parecer opinativo
nismo e Ordenamento Urbano, que deverá fazer uma inspeção em processos referentes às pessoas com deficiência e/ou necessi-
no local e emitir parecer técnico. (Acrescido pela Resolução nº dades especiais, compreendendo qualquer restrição física, intelec-
005 de 08-05-2007, DOM nº 4.160 de 13-06-2007, p. 08). tual, visual, auditiva, sensorial de natureza permanente ou transitória,
§ 4º - Compete à Comissão de Direitos do Consumidor: ou de qualquer outra necessidade especial; além de criar, discutir
§ 5º - Compete à Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e fomentar políticas públicas sobre os temas; emitir pareceres com
e Cidadania: relação às matérias; manifestar sobre todos os assuntos que envol-
a) Opinar sobre proposições relativas a produtos, serviços vam seus interesses, em especial, o cumprimento do Estatuto dos
e, quando cabível, contratos; Portadores de Deficiência. (Acrescido pela Resolução nº 009 de
b) Fiscalizar os produtos de consumo e seu fornecimento 19-08-2015, DOM nº 6.157 de 02- 09-2015, p. 98).
e zelar por sua qualidade; Art. 30. Compete à Comissão Mista e a Comissão de Habi-
c) Receber reclamações e encaminhá-las ao órgão com- tação, Urbanismo e Ordenamento Urbano, em conjunto e sob
petente; a direção do Presidente da Comissão Mista, analisarem e emi-
d) Emitir pareceres técnicos quanto aos assuntos ligados tirem pareceres, quanto ao mérito, sobre os Projetos referentes
ao consumidor e ao usuário; ao Estatuto da Cidade, Plano Diretor, Uso do Solo, Expansão
e) Informar aos consumidores e usuários individualmente Urbana e Regularização Fundiária.
e através de campanhas públicas; § 1º - À Comissão Mista compete ainda, com exclusividade,
f) Manter intercâmbio e formas de ação conjunta com analisar e emitir parecer sobre projetos, emendas, subemendas
órgãos públicos e instituições particulares; e substitutivos referentes à Lei de Diretrizes Orçamentárias, ao
g) Emitir parecer em processos que atinjam o que ve- Orçamento Anual, ao Plano Plurianual, às Emendas à Lei Orgâ-
nham repercutir a interesses diretos e indiretos do consumidor; nica e às alterações do Regimento Interno. Competindo ainda
h) Realizar pesquisas de mercado, para oferecer ao con- à Comissão Mista o exame e a emissão de parecer quanto ao
sumidor informações para a realização de uma melhor compra, mérito, sobre os projetos de Códigos e a analisar a demonstra-
contratação de serviços etc. ção e avaliação do cumprimento das metas fiscais de que trata
a) opinar e emitir parecer em processos e assuntos refe- o art. 9º, § 4º, da Lei Complementar nº 101, de 04/05/00, que
rentes ao cumprimento da Declaração dos Direitos Humanos; se dará em audiência pública até o final dos meses de maio,
b) acompanhar investigações de denúncias relativas setembro e fevereiro. Os projetos, emendas ou substitutivos
a ameaças ou violação de direitos humanos, no Município de considerados inconstitucionais ilegais ou antiregimentais pela
Goiânia; maioria dos membros da Comissão Mista, após comunicação
c) fiscalizar e acompanhar os programas do governo mu- aos seus autores, na forma do disposto no § 2º, do artigo 25,
nicipal relativos à proteção dos Direitos Humanos; serão encaminhadas à diretoria Legislativa para arquivamento.
d) colaborar com entidades não-governamentais que (Alterado pela Resolução nº 008 de 23-09-2009, DOM nº
atuem na defesa dos direitos humanos; 4.710 de 02-10-2009, p. 19).
e) pesquisar e promover estudos relativos à situação dos § 2º - Compete à Comissão de Legislação participativa rece-
direitos humanos no Município de Goiânia para divulgação pú- ber dos Órgãos de representação da Sociedade Civil – Associa-
blica e fornecimento de subsídios às demais comissões da Casa; ções de Moradores, Sindicatos, Centros Recreativos e Coopera-
f) promover, em parceria com entidades governamentais tivas – sugestões de interesse de Município a serem apreciadas
e não-governamentais a realização de seminários e palestras so- pelo Legislativo Municipal.
bre os direitos humanos e cidadania. (Redação da Resolução nº § 3º - Compete à Comissão de Segurança Pública e Segu-
006 de 26-06- 2007, DOM nº 4.168 de 25-07-2007, p. 14). rança Patrimonial: (Acrescido pela Resolução nº 015 de 08-
§ 6º – À Comissão de Empreendedorismo, Desenvolvimento 11-2012, DOM nº 5.473 de 19-11-2012, p. 22).
Econômico e Social compete opinar e emitir parecer, quanto ao I- Discutir assuntos pertinentes a Segurança Patrimonial,
mérito, sobre todas as proposições relacionadas ao empreende- receber reclamações e encaminhá-las aos órgãos competentes;
dorismo e desenvolvimento econômico e social do Município de (Acrescido pela Resolução nº 015 de 08-11-2012, DOM nº 5.473
Goiânia, bem como conduzir eventos, como consultas e audiên- de 19-11-2012, p. 22).
cias públicas, estudos, pesquisas, debates acerca do tema. (Re- II- Compete a Comissão desenvolver conjuntamente
dação alterada pela Resolução nº 011 de 16-12-2013, DOM com os órgãos competentes ações para formação e valorização
nº 5.997 de 07-01-2015, p. 67). da Segurança Pública e Segurança Patrimonial do Município de
§ 7º - Compete à Comissão de Meio Ambiente emitir pare- Goiânia; (Acrescido pela Resolução nº 015 de 08-11-2012, DOM
cer sobre os processos referentes à ecologia, poluição, conser- nº 5.473 de 19-11-2012, p. 22).
vação do solo e de áreas verdes, preservação das nascentes e III- Emitir parecer Técnicos sobre os processos e assuntos
mananciais, proteção do meio ambiente em geral. (Acrescido referentes a Segurança
pela Resolução nº 003 de 25-04- 2007, DOM nº 4.122 de Patrimonial do Município de Goiânia. (Acrescido pela Resolu-
17- 05-07, p. 08). ção nº 015 de 08-11-2012, DOM nº 5.473 de 19-11-2012, p. 22).
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Parágrafo único. Na hipótese das lideranças não indicarem II – determinar diligências, ouvir indiciados, inquirir teste-
os membros para a Comissão no prazo regimental, o Presidente munhas sob compromisso, requisitar de órgãos e entidades da
os designará de ofício, também em 48 (quarenta e oito) horas. Administração Pública Municipal informações e documentos, re-
(Acrescido pela Resolução nº 004 de 20-06-2012, DOM nº querer a audiência de vereadores e secretários municipais, tomar
5.382 de 05-07-2012, p. 17). depoimentos de autoridades municipais, observando o seguinte:
Art. 42-B. Caso o requerimento não cumpra qualquer dos (Inciso II do Art. 42-D e alíneas “a” e “b”, acrescidos pela Resolu-
requisitos regimentais, será denegado pelo Presidente e devol- ção nº 004 de 20-06-2012, DOM nº 5.382 de 05-07-2012, p. 17).
vido aos seus autores. (Acrescido pela Resolução nº 004 de a) no dia previamente designado, se não houver número
20-06-2012, DOM nº 5.382 de 05-07-2012, p. 17). para deliberar, a Comissão Especial de Inquérito poderá tomar
Parágrafo único. Da decisão de denegação caberá recurso depoimento das testemunhas, investigados, indiciados ou auto-
no prazo de três sessões ao Plenário, o qual aprovará o requeri- ridades convocadas, desde que estejam presentes o Presidente
mento pelo voto de 1/3 (um terço) de seus membros. (Acresci- e o relator;
do pela Resolução nº 004 de 20-06-2012, DOM nº 5.382 de b) os indiciados e testemunhas serão intimados de acor-
05-07-2012, p. 17). do com as prescrições estabelecidas na legislação processual
Art. 42-C. Nas Comissões Especiais de Inquérito observar- penal, aplicando-se, no que couber, a mesma legislação, na in-
-se-á o seguinte: (Artigo 42-C e incisos de I a VIII, Acrescidos quirição de testemunhas e autoridades;
pela Resolução nº 004 de 20-06-2012, DOM nº 5.382 de 05- III – Decretar, em caráter excepcional e fundamentalmen-
07-2012, p. 17). te, a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico; (Acrescido
I – ao signatário da proposição só será lícito requerer a pela Resolução nº 004 de 20-06-2012, DOM nº 5.382 de 05-07-
retirada de sua assinatura antes da publicação do requerimento 2012, p. 17).
de criação; IV – Incumbir qualquer de seus membros ou servidores
II – poderão funcionar no máximo, 03 (três) Comissões requisitados do serviço administrativo da Câmara Municipal da
Especiais de Inquérito simultaneamente; realização de sindicâncias ou diligências necessárias à consecu-
III – o prazo de duração da Comissão poderá ser prorro- ção de seus fins; (Acrescido pela Resolução nº 004 de 20-06-
gado por decisão de 1/3 (um terço) dos vereadores, em sessão 2012, DOM nº 5.382 de 05-07-2012, p. 17).
plenária, para conclusão de seus trabalhos; V – Requisitar ao Tribunal de Contas do Município a rea-
IV – o número de suplentes será igual à metade do nú- lização de inspeções e auditorias que entender necessárias aos
mero dos titulares mais um e suas indicações realizadas na for- seus trabalhos, nos termos das prerrogativas previstas no § 4° do
ma do inciso II do art.42-A desse Regimento; art. 80 e inciso IV do art. 26 da Constituição do Estado de Goiás;
V – o vereador só poderá integrar duas Comissões Espe- (Acrescido pela Resolução nº 004 de 20-06-2012, DOM nº 5.382
ciais de Inquérito, uma como titular, outra como suplente; de 05-07-2012, p. 17).
VI – na hipótese de ausência do relator a qualquer ato do VI – Deslocar-se a qualquer ponto do Território Nacional
inquérito poderá o presidente da Comissão designar-lhe substi- para realização de investigações e audiências públicas, mediante
tuto para a ocasião, mantida a escolha na mesma representação justificativa de imprescindibilidade aprovada pela Mesa Diretora;
partidária ou bloco parlamentar; (Acrescido pela Resolução nº 004 de 20-06-2012, DOM nº 5.382
VII – o Presidente e o Relator serão escolhidos na sessão de 05-07-2012, p. 17).
de instalação, dentre os membros da Comissão; VII – Estipular prazo para o atendimento de qualquer pro-
VIII – os atos decisórios das Comissões Especiais de Inqué- vidência ou realização de diligência sob as penas da Lei, exceto
rito serão colegiados, tomados por maioria absoluta de seus quando da alçada de autoridade judicial; (Acrescido pela Resolu-
membros. ção nº 004 de 20-06-2012, DOM nº 5.382 de 05-07-2012, p. 17).
Art. 42-D. A Comissão Especial de Inquérito poderá, ob- VIII – Dizer em separado sobre cada um dos fatos diversos
servada a legislação especifica: (Artigo 42-D, incisos e alíneas, inter-relacionados que constituem o objeto do inquérito, mesmo
acrescidos pela Resolução nº 004 de 20-06-2012, DOM nº que pendentes conclusões sobre os demais. (Acrescido pela Reso-
5.382 de 05-07-2012, p. 17). lução nº 004 de 20-06-2012, DOM nº 5.382 de 05-07-2012, p. 17).
I – requisitar para a consecução de seus fins: (Acrescido Parágrafo único – As Comissões Especiais de Inquérito va-
pela Resolução nº 004 de 20-06-2012, DOM nº 5.382 de 05- ler-se-ão subsidiariamente das normas nacionais concernentes
07-2012, p. 17). ao poder geral de investigação das autoridades judiciais. (Acres-
a) Funcionários dos serviços administrativos da Câmara cido pela Resolução nº 004 de 20-06-2012, DOM nº 5.382 de
Municipal de Goiânia; (Acrescido pela Resolução nº 004 de 20- 05-07-2012, p. 17).
06-2012, DOM nº 5.382 de 05-07-2012, p. 17). Art. 42- E. Ao término de seus trabalhos, a Comissão Especial
b) Analistas do Tribunal de Contas dos Municípios, me- de Inquérito enviará à Mesa Diretoria, para conhecimento do Ple-
diante prévio convênio com o órgão de contas; (Acrescido pela nário, seu relatório e suas conclusões. (Acrescido pela Resolução
Resolução nº 004 de 20-06-2012, DOM nº 5.382 de 05-07-2012, nº 004 de 20-06-2012, DOM nº 5.382 de 05-07-2012, p. 17).
p. 17). § 1° Respeitadas as restrições de iniciativa e competência
constitucionais, legais e regimentais, a Comissão poderá con-
c) Servidores de qualquer órgão ou entidade da Admi- cluir seu relatório circunstanciado realizando as proposições
nistração Pública municipal, direta e indireta, mediante auto- que julgar convenientes, as quais serão incluídas na Ordem do
rização legislativa; (Acrescido pela Resolução nº 004 de 20-06- Dia dentro de 03 (três) sessões. (Acrescido pela Resolução nº
2012, DOM nº 5.382 de 05-07-2012, p. 17). 004 de 20-06-2012, DOM nº 5.382 de 05-07-2012, p. 17).
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
§ 2° Independentemente dos juízos que contenham, as § 2º - Quando criadas para a finalidade do inciso III, as Comis-
conclusões da Comissão serão publicadas no Diário Oficial sões serão constituídas no prazo máximo de 48 (quarenta e oito)
do Município, respeitando-se o direito fundamental ao sigilo, horas da chegada da decisão do Tribunal de Contas dos Municípios
previsto no inciso XII do art. 5° da Constituição da República; à Casa Legislativa, por indicação do Presidente da Câmara, ouvidas
(Acrescido pela Resolução nº 004 de 20-06-2012, DOM nº as lideranças de bancada, assegurando-se, tanto quanto possível, a
5.382 de 05-07-2012, p. 17). representação proporcional partidária. (Acrescido pela Resolução
§ 3° A depender da pertinência temática existente entre nº 007 de 06-08-2012, DOM nº 5.445 de 03-10-2012, p. 11).
atribuições legais de órgãos e entes da Administração e os Art. 45. Aplicam-se, subsidiariamente, às Comissões Tempo-
juízos que contenham, as conclusões da Comissão serão enca- rárias, no que couber, e desde que não colidentes com os desta
minhadas: (Acrescido pela Resolução nº 004 de 20-06-2012, seção, os dispositivos concernentes às Comissões permanentes
DOM nº 5.382 de 05-07-2012, p. 17).
I – ao Ministério Público, para que promova a respon- Seção IX
sabilização civil, criminal ou político- administrativa dos infrato- Das Audiências Públicas
res à ordem jurídica, ao regime democrático ou aos interesses (Acrescido pela Resolução nº 017 de 28-12-2012, DOM
sociais e individuais indisponíveis; (Acrescido pela Resolução nº nº 5.514 de 18-01-2013, p. 15).
004 de 20-06-2012, DOM nº 5.382 de 05-07-2012, p. 17).
II – às Procuradorias da Câmara ou do Município, com a Art. 45-A. As Comissões Permanentes, em conjunto ou isola-
cópia da documentação, para que promovam a responsabiliza- damente, poderão realizar audiências públicas para: (Artigo 45-A
ção civil ou criminal em atendimento às suas funções Institucio- e Incisos acrescidos pela Resolução nº 017 de 28-12-2012,
nais; (Acrescido pela Resolução nº 004 de 20-06-2012, DOM nº DOM nº 5.514 de 18-01-2013, p. 15).
5.382 de 05-07-2012, p. 17). I – instruir matéria legislativa em trâmite;
III – ao Poder Executivo, para adotar as providências sa- II – tratar de assuntos de interesse público relevante.
neadoras de caráter disciplinar e administrativo previstas nos Art. 45-B. As audiências públicas serão realizadas: (Artigo 45-B
§§ 2° ao 6° do art. 37 da Constituição da República e demais e Incisos Acrescidos pela Resolução nº 017 de 28-12-2012, DOM
dispositivos Constitucionais e Legais aplicáveis; (Acrescido pela nº 5.514 de 18-01-2013, p. 15).
Resolução nº 004 de 20-06-2012, DOM nº 5.382 de 05-07-2012, I – em razão de imperativo legal; II – mediante aprovação:
p. 17).
a) de proposta de qualquer membro da Comissão;
IV – à Comissão Permanente que tenha maior pertinência
com a matéria, para que fiscalize o atendimento do prescrito no
b) de pedido de entidade juridicamente interessada; ou
inciso III do § 3° do Art. 42-E desse Regimento. (Acrescido pela Re-
c) de requerimento de 0,1% (um décimo por centro) de
eleitores do Município.
solução nº 004 de 20-06-2012, DOM nº 5.382 de 05-07-2012, p. 17).
§ 1°. No caso de audiências requeridas por entidades ou elei-
V – Ao Tribunal de Contas dos Municípios, para as pro-
tores, serão obedecidas as seguintes normas: (Parágrafo 1º, inci-
vidências de sua alçada. (Acrescido pela Resolução nº 004 de
sos e alíneas acrescidos pela Resolução nº 017 de 28-12-2012,
20-06-2012, DOM nº 5.382 de 05-07-2012, p. 17).
DOM nº 5.514 de 18-01-2013, p. 15).
Art. 43. As Comissões de Representação têm por finalida-
de representar a Câmara em atos externos de caráter social ou
I – o requerimento de eleitores deverá conter o nome
político. legível, o número do título, zona eleitoral, seção e a assinatura ou
Parágrafo único - As Comissões de Representação serão impressão digital, se analfabeto;
constituídas e designadas de imediato pelo Presidente da Câ- II – o pedido das entidades da sociedade civil deverá ser
mara, conforme indicação das lideranças de bancada, indepen- instruído com prova:
dendo de deliberação do Plenário, assegurada, tanto quanto a) de que esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano,
possível, a representação proporcional partidária. nos termos da Lei Civil;
Art. 44 – As Comissões de Investigação e Processante se- b) de que inclua dentre suas finalidades institucionais a
rão constituídas, com as seguintes finalidades: (Redação da proteção ou defesa de direito que se relacione com a matéria da
Resolução nº 007 de 06-08-2012, DOM nº 5.445 de 03-10- proposição legislativa existente ou da audiência pública pela qual
2012, p. 11). se postula.
I – apurar infrações político-administrativas do Prefeito § 2°. O requisito da pré-constituição poderá ser dispensado
e dos Vereadores, no desempenho de suas funções e nos ter- pela Comissão quando a realização de audiência pública eviden-
mos fixados na legislação pertinente; ciar consagração de interesse público pela relevância social do
II – destituição de membro da Mesa, nos termos dos ar- bem jurídico a ser discutido. (Acrescido pela Resolução nº 017
tigos 10 e 11, deste Regimento; de 28-12-2012, DOM nº 5.514 de 18-01-2013, p. 15).
III – emissão de parecer sobre decisão de sustação de Art. 45-C. Aprovada a reunião da audiência pública, a Comis-
ato, convênio ou contrato municipal, tomada pelo Tribunal de são selecionará, para serem ouvidas, as autoridades, as pessoas
Contas dos Municípios nos termos do art. 28 da Lei Estadual interessadas e os especialistas ligados às entidades participantes.
nº 15.958/07. (Acrescido pela Resolução nº 007 de 06-08-2012, (Acrescido pela Resolução nº 017 de 28-12-2012, DOM nº
DOM nº 5.445 de 03-10-2012, p. 11). 5.514 de 18-01-2013, p. 15).
§ 1º - Quando criadas para as finalidades dos incisos I e II, Art. 45-D. Na audiência pública, abertos os trabalhos, será
as Comissões serão constituídas observando-se o disposto nos observada a seguinte ordem: (Artigo 45-D e incisos acrescidos
§§ 1º e 2º do artigo 41. (Acrescido pela Resolução nº 007 de pela Resolução nº 017 de 28-12-2012, DOM nº 5.514 de 18-
06-08-2012, DOM nº 5.445 de 03-10-2012, p. 11). 01-2013, p. 15).
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
IV - encaminhar à Mesa, no ato da posse, o nome parla- § 7º O pedido de licença para tratamento de saúde deverá,
mentar com que deverá figurar nas publicações e registros da obrigatoriamente, ser instruído com laudo expedido pela Junta
Câmara; Médica Oficial do Município.
V - residir no Município. Art. 51. No caso de vaga, de licença por prazo superior a
Art. 49. Se qualquer Vereador cometer, no Plenário, exces- cento e vinte (120) dias ou investidura nos cargos previstos no §
so que deva ser reprimido, o Presidente conhecerá do fato e 3º do artigo anterior, far-se-á a convocação dos suplentes pelo
tomará as seguintes providências: Presidente da Câmara.
I - advertência em Plenário; Parágrafo único. O suplente convocado deverá tomar posse
II - cassação da palavra. dentro do prazo de 15 (quinze) dias, salvo motivo justo aceito
pela Câmara, sob pena de ser considerado renunciante.
Seção II
Da Extinção do Mandato DA REMUNERAÇÃO
Art. 49-A. Extingue-se o mandato nas hipóteses de faleci- Art. 52. A remuneração dos Vereadores será fixada median-
mento ou renúncia escrita de Vereador. (Acrescido pela Reso- te Lei, observadas as disposições constitucionais pertinentes.
lução nº 008 de 18-08-2012, DOM nº 5.445 de 03-10-2012,
p. 15). CAPÍTULO IV
Art. 49–B. A comunicação de renúncia ao mandato ou à DOS LÍDERES E VICE-LÍDERES
suplência deve ser dirigida por escrito à Mesa, com firma re-
conhecida, e independente da aprovação do Plenário, mas so- Art. 53 - Os vereadores são agrupados por representações
mente tornar-se-á efetiva e irretratável depois de lida em sessão partidárias ou blocos parlamentares.
plenária. (Acrescido pela Resolução nº 008 de 18- 08-2012, § 1º - As Representações Partidárias ou os Blocos Parlamen-
DOM nº 5.445 de 03-10-2012, p. 15). tares deverão indicar à Mesa, através de documento subscrito
Art. 49 - C. Considerar-se-á como tendo renunciado: pela maioria de seus membros, no início de cada sessão legisla-
tiva, os respectivos Líderes e Vice-Líderes.
(Acrescido pela Resolução nº 008 de 18-08- 2012, DOM nº
§ 2º - É da competência do Líder, além de outras atribuições
5.445 de 03-10-2012, p. 15).
que lhe confere este regimento, a indicação dos membros de
I – O Vereador que não prestar o compromisso nos termos
sua bancada para integrarem Comissões permanentes ou tem-
dos §§ 1º e 2º do art. 4º deste Regimento; (Acrescido pela Resolução
porárias, ou seus substitutos, em caso de vaga.
nº 008 de 18-08-2012, DOM nº 5.445 de 03-10-2012, p. 15).
§ 3º - Substituirá o Líder na sua falta, impedimento ou au-
II – O suplente que, convocado, não se apresentar para
sência, o Vice-Líder.
entrar em exercício no prazo do § 1º do art. 73 da Lei Orgânica
§ 4º - Ao Vereador sem partido, atribuir-se-ão as mesmas
do Município e do parágrafo único do art. 51 deste Regimento.
prerrogativas das representações partidárias ou dos blocos par-
(Acrescido pela Resolução nº 008 de 18-08-2012, DOM nº 5.445
lamentares.
de 03-10-2012, p. 15). § 5º - O Prefeito, mediante ofício à Mesa, poderá indicar
Vereador para exercer a liderança do Governo Municipal, o qual
CAPÍTULO II gozará de todas as prerrogativas concedidas às lideranças da
DAS LICENÇAS Casa.
§ 6º - É facultado ao líder de Bancada ou Bloco Parlamen-
Art. 50. O Vereador poderá licenciar-se: tar, ou ao Vereador sob sua liderança por ele designado, usar
I - por motivo de saúde, devidamente comprovado; II - para da palavra por uma vez, em qualquer momento das sessões or-
tratar de interesse particular; dinárias, salvo quando houver orador na Tribuna, por 5 (cinco)
§ 1º - Nos casos dos incisos I e II, poderá o Vereador reassu- minutos improrrogáveis, vedados os apartes, para comunicação
mir antes que se tenha escoado o prazo de sua licença. que julgar relevante, urgente e de interesse do seu Partido e/ou
§ 2º - Para fins de remuneração considerar-se-á como em da Câmara. (Alterado pela Resolução nº 004 de 16-04-2013,
exercício o Vereador licenciado nos termos do inciso I. DOM nº 5.579, de 25-04-2013, p. 12).
§ 3º - O Vereador investido no cargo de Secretário Munici-
pal será considerado automaticamente licenciado. TÍTULO IV
§ 4º - O afastamento para desempenho de missões tem- DAS SESSÕES
porárias de interesse do Município não será considerado como CAPÍTULO I
de licença, fazendo o Vereador jus à remuneração estabelecida. DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
§ 5º - A apresentação dos pedidos de licença dar-se-á di-
retamente ao Protocolo da Câmara, devendo entrar na Ordem Art. 54 - As sessões da Câmara serão Ordinárias, Extraordi-
do Dia da sessão subseqüente, em forma de projeto de reso- nárias, Especiais e Solenes, e serão sempre públicas,
lução; a proposição assim apresentada terá preferência sobre § 1º - Qualquer cidadão (ã) poderá assistir às sessões da
qualquer outra matéria e só poderá ser rejeitada pelo voto de Câmara, no recinto reservado ao público, sendo garantido-lhe o
2/3 (dois terços) dos membros da Câmara, em votação única. direito de manifestar-se através de aplausos em apoio ou desa-
§ 6º Apresentado o requerimento e não havendo número provação ao que se passa no Plenário e atenda às observações
para deliberar, será este despachado pelo Presidente, ad refe- do Presidente. (Alterado pela Resolução nº 008 de 25- 10-
rendum do Plenário. 2006, DOM nº 4.014 de 01-12-2006, p. 19).
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
§ 2º - Cometendo o assistente qualquer excesso de for- Parágrafo único – As matérias deverão ser apresentadas ex-
ma a perturbar os trabalhos, o Presidente o admoestará e, na clusivamente no horário do Expediente das sessões Ordinárias,
reincidência, determinará sua retirada e evacuará o recinto do observado o prazo estabelecido no inciso XII do art. 96, e incum-
Plenário sempre que julgar necessário. birá à diretoria Legislativa encaminhar cópias aos Gabinetes dos
Art. 55 - As sessões da Câmara serão abertas pelo Presi- Vereadores. (Acrescido pela Resolução nº 007 de 21-09-2005,
dente, constatado o quorum regimental, com a seguinte de- DOM nº 3.740 de 14-10-2005, p. 03 e Posteriormente alterada
claração: pela Resolução nº 003 de 06-05-2009, DOM nº 4.614 de 19-
“SOB A PROTEÇÃO DE DEUS DECLARO ABERTA A PRE- 05-2009 p. 29).
SENTE SESSÃO”. Art. 59. Terminada a apresentação de matérias, o tempo res-
§ 1º - Aberta a sessão, o Presidente convidará um dos ve- tante da Hora do Expediente será destinado ao uso da Tribuna pe-
readores para fazer a leitura de um trecho da Bíblia Sagrada, los Vereadores, segundo a ordem de inscrição.
antes de qualquer outra matéria do Expediente. § 1º - O Prazo para o orador usar da Tribuna será de 10 (dez)
§ 2º - A Bíblia permanecerá sobre a Mesa dos trabalhos, no minutos, improrrogáveis, com apartes.
Plenário. § 2º - As inscrições dos oradores para o expediente serão feitas
§ 3º - Revogado; (Redação da Resolução nº 007 de 21- em livro especial, de próprio punho e sob a fiscalização da Mesa.
09-2005, DOM nº 3.740 de 14-10-2005, p. 03). § 3º - O Vereador que, inscrito para falar no Expediente, não se
§ 4º - Revogado; (Redação da Resolução nº 007 de 21- achar presente na hora que lhe for dada a palavra, perderá a vez e
09-2005, DOM nº 3.740 de 14-10-2005, p. 03). será de ofício inscrito em último lugar.
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
§ 1º - As proposições poderão consistir em: Art. 73. A iniciativa das leis complementares cabe a qual-
a) - projetos de emenda à Lei Orgânica do Municí- quer Vereador, Comissão da Câmara, ao Prefeito e aos cidadãos,
pio; na forma e nos casos previstos na Lei Orgânica do Município de
b) - projetos de lei complementar; Goiânia.
c) - projetos de lei; Art. 74. Projeto de lei é a proposição que tem por fim re-
d) - projetos de resolução; gular toda matéria de competência do Município e sujeita à
e) - projetos de decreto legislativo; sanção do Prefeito.
f) - substitutivos, emendas ou subemendas; § 1º - A iniciativa dos projetos de lei será:
g) - vetos; I - do Vereador;
h) - recursos; II - da Mesa;
i) - requerimentos. III - de Comissão da Câmara; IV - do Prefeito;
§ 2º - As proposições deverão ser redigidas em termos claros V - de 5% (cinco por cento) do eleitorado do Município.
e sintéticos, e as referidas nas alíneas “a”, “b”, “c”, “d”, e “f” do Art. 75. É da competência privativa do Prefeito a iniciativa
parágrafo anterior, exceto as emendas e subemendas, deverão
dos projetos que versem sobre:
conter ementa de seu assunto.
Parágrafo único - Não será admitido aumento da despe-
Art. 69. Revogado; (Redação da Resolução nº 007 de 21-
sa prevista nos projetos de iniciativa do Prefeito, ressalvado o
09-2005, DOM nº 3.740 de 14-10-2005, p. 03).
disposto no Art. 138, §§ 3º e 4º, da Lei Orgânica do Município.
Art. 70. Quando, por retenção ou extravio, não for possível
Art. 76. É da competência exclusiva da Mesa da Câmara a
o andamento de qualquer proposição, vencidos os prazos regi-
mentais, o Presidente da Câmara, conforme o caso, a avocará ou iniciativa dos projetos que criem, alterem ou extingam cargos
determinará sua reconstituição, por deliberação própria ou a re- dos serviços da Câmara e fixem os respectivos vencimentos.
querimento de qualquer Vereador. Art. 77. Os projetos de iniciativa do Prefeito ou de um ter-
ço (1/3) dos Vereadores, com solicitação de urgência, deverão
CAPÍTULO II ser apreciados em 45 (quarenta e cinco) dias, no máximo, con-
DOS PROJETOS tados da data de sua autuação.
Parágrafo único - Esgotado o prazo prescrito neste artigo
Art. 71 - A Câmara exerce sua função legislativa por meio de: sem deliberação da Câmara, o projeto será incluído na Ordem
I - Projetos de emenda à Lei Orgânica; II - projetos de lei do Dia da sessão imediata, com ou sem parecer, sobrestando-
complementar; -se a deliberação quantos às demais matérias constantes da
III - projetos de lei; pauta, até que se ultime a sua votação.
IV - projetos de resolução; Art. 78. A matéria constante de proposição, rejeitada so-
V - projetos de decreto legislativo; mente poderá constituir objeto de nova proposta, na mesma
§ 1º - A concessão de títulos honoríficos ou de qualquer ou- sessão legislativa, mediante assinatura da maioria absoluta dos
tra honraria, à pessoas que reconhecidamente tenham prestado membros da Câmara, ressalvadas as de iniciativa reservada do
serviços relevantes ao Município, se dará através de projeto de Prefeito.
decreto legislativo aprovado, excepcionalmente, em votação úni- Art. 79. Projeto de Resolução é a proposição destinada a
ca, por dois terços dos membros da Câmara. regular assuntos de economia interna da Câmara Municipal, de
§ 2º - O Vereador só poderá apresentar, em cada ano, 02 natureza político-administrativa, e versará sobre a sua adminis-
(dois) projetos de concessão de título honorífico de cidadania tração, a Mesa e os Vereadores.
goianiense. § 1º - Constitui matéria de projeto de Resolução:
Parágrafo Único – O vereador excepcionalmente poderá a) perda de mandato de Vereador;
propor a concessão de 05 (cinco) títulos honoríficos no ano de
b) destituição da Mesa ou de qualquer dos seus
2013 e 2014 às pessoas que reconhecidamente tenham prestado
membros;
serviços relevantes ao município e entregá-los até 2015. (Alte-
rado pela Resolução nº 008 de 07-10-2014, DOM nº 5948 de
c) elaboração e reforma do Regimento Interno;
22-10-2014.)
d) concessão de licença a Vereador;
Art. 72. A Lei Orgânica Municipal poderá ser emendada me-
e) (Revogado pela Resolução nº 007 de 21-09-
diante proposta: 2005, DOM nº 3.740 de 14-10-2005, p. 03).
I - do Prefeito Municipal; f) ( Revogado pela Resolução nº 007 de 21-09-
II - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara 2005, DOM nº 3.740 de 14-10-2005, p. 03).
Municipal; g) organização dos serviços administrativos, cria-
III - da população subscrita, pelo menos, por cinco por ção, transformação e extinção de cargos, empregos ou funções
cento (5%) do eleitorado do Município. da Câmara Municipal; e
§ 1º - A proposta de emenda à Lei Orgânica Municipal será h) demais atos de sua economia interna.
discutida e votada em dois turnos de discussão e votação, com § 2º - Os projetos de Resolução a que se referem as alíneas
interstício mínimo de dez dias, considerando-se aprovada quan- e, f, g, e h, do parágrafo anterior, são de iniciativa reservada da
do obtiver, em ambos, dois terços dos votos dos membros da Mesa.
Câmara, em votação nominal. § 3º - Respeitado o disposto no parágrafo anterior, a inicia-
§ 2º - Aprovada a emenda, esta será promulgada pela Mesa tiva dos projetos de Resolução poderá ser da Mesa, das Comis-
da Câmara. sões e dos Vereadores.
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Art. 80. Projeto de Decreto Legislativo é a proposição des- XI - informações, em caráter oficial, sobre atos da Mesa,
tinada a regular matéria que exceda os limites da economia in- da Presidência ou da Câmara; XII - votos de pesar por faleci-
terna da Câmara, de sua competência privativa, e não sujeita mento;
à sanção do Prefeito, sendo promulgada pelo Presidente da XIII - constituição de comissão de representação; XIV - re-
Câmara. quisição de documentos oficiais da Câmara; XV - destaques de
§ 1º - Constitui matéria de projeto de Decreto Legislativo: matéria para votação em separado.
a) concessão de licença ao Prefeito; § 1º - Os requerimentos enumerados neste artigo, do inciso
b) licença ao Prefeito para ausentar-se do País, por I ao IX serão verbais, e os de X ao XV serão escritos.
qualquer prazo, ou do Município, por mais de l5 (quinze) dias; § 2º - O requerimento de convocação de secretário e de-
c) Revogado; (Redação da Resolução nº 007/2005, mais ocupantes de cargos de confiança do Município, na forma
DOM nº 3740 de 14-10-2005, p. 03). do que dispõe o artigo 64, inciso XXV, da Lei Orgânica do Muni-
d) cassação do mandato do Prefeito; e cípio de Goiânia, deverá estabelecer expressamente o local onde
e) demais atos que independam da sanção do Pre- o convocado será recebido pelos Vereadores, sob pena de não
feito e, como tais, definidos em lei. ser deliberado pelo Plenário.
§ 2º - Compete exclusivamente à Mesa, a apresentação de Art. 84. Os requerimentos, não relacionados no artigo an-
projeto de decreto legislativo a que terior, deverão ser escritos, apresentados no Expediente e inscri-
se referem as alíneas “b” e “c” , do § 1º, deste artigo. tos na Ordem do Dia da sessão seguinte, para deliberação pelo
Art. 81. Lido o projeto pelo 1º Secretário, no Expediente, Plenário.
será ele encaminhado às Comissões Permanentes que, por sua Parágrafo único - Os requerimentos subscritos pela maio-
natureza, devam opinar sobre o assunto. ria dos membros da Câmara são considerados em regime de
§ 1º - A aprovação dos projetos de Lei Complementar, de urgência e serão apreciados na mesma sessão em que forem
Lei Ordinária, de Resolução e de Decreto Legislativo será feita apresentados.
através de duas (2) discussões e votações, com intervalo de 24
(vinte e quatro) horas, no mínimo, observadas as Disposições CAPÍTULO IV
legais e regimentais particulares a cada proposição. DOS SUBSTITUTIVOS, EMENDAS E SUBMENDAS
§ 2º - A aprovação de projeto de Emenda à Lei Orgânica,
Art. 85. Substitutivo é o projeto apresentado por um Verea-
será feita em duas (2) discussões e votações, com intervalo de
dor ou Comissão, para substituir outro sobre o mesmo assunto.
10 (dez) dias, no mínimo.
§ 1º - Não é permitido ao Vereador ou Comissão apresen-
tar substitutivo parcial ou mais de um substitutivo ao mesmo
CAPÍTULO III
projeto.
DOS REQUERIMENTOS
§ 2º - O substitutivo só poderá ser apresentado na 1ª (pri-
meira) discussão do projeto.
Art. 82 - Requerimento é a proposição em que o Vereador
§ 3º - Quando apresentado por Comissão Permanente ou
sugere medidas de interesse público; se manifesta sobre qual-
pelo autor, será apreciado em lugar do projeto original; se apre-
quer assunto da vida comunitária, no seu aspecto econômico,
sentado por outro vereador será submetido à deliberação do
social, político e participa das atividades internas da Câmara. Plenário. Aceito, em qualquer caso, será remetido à Comissão
Parágrafo único - Quanto à competência para decidi-los, os de Constituição, Justiça e Redação, para emitir parecer, se outro
requerimentos são de duas espécies: destino não lhe for fixado neste Regimento ou em Lei.
a) sujeitos apenas a despacho do Presidente; Art. 86. Emenda é a proposição apresentada como acessó-
b) sujeitos à deliberação do Plenário. ria de outra.
Art. 83. Serão da alçada do Presidente, os requerimentos § 1º - As emendas podem ser:
que solicitem: I - leitura de qualquer matéria para conhecimento § 2º - A emenda apresentada a outra emenda denomina-se
do Plenário; subemenda.
II - observância de disposição regimental; a) supressiva - é a que manda suprimir, no todo ou em
III - retirada pelo autor, de requerimento verbal ou escri- parte, o artigo, parágrafo, inciso ou alínea do projeto;
to, ainda não submetido à deliberação do Plenário; b) substitutiva - é a que substitui, no todo ou em parte, o
IV - verificação de presença ou de votação; artigo, parágrafo, inciso ou alínea do projeto;
V - informações sobre os trabalhos ou a pauta; c) aditiva - é a que deve ser acrescida aos termos do arti-
VI - requisição, retirada, desentranhamento ou juntada go, parágrafo, inciso ou alínea do projeto;
de documentos, processos, livros ou publicações existentes na d) modificativa - é a que se refere apenas à redação do
Câmara, relacionados com proposições constantes da Ordem artigo, parágrafo ou inciso, sem alterar a sua substância.
do Dia ou em discussão no Plenário; § 3º - As emendas ou subemendas serão apresentadas dire-
VII - declaração de voto; tamente à comissão própria, a partir do recebimento da propo-
VIII - suspensão da sessão por até dez (10) minutos; sição principal, até o termino de sua apreciação, ou diretamente
IX - retirada de proposição, não incluída na Ordem do à Divisão de Apoio Legislativo, a partir de sua inclusão na pauta,
Dia; até o momento de início da discussão, sendo, neste caso, a sua
X - benefícios para a comunidade, sem ofensa, críticas aceitação submetida imediatamente ao Plenário, sem discussão
ou conotação político-partidária; ou encaminhamento de voto.
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Art. 101-A. A Mesa Diretora da Câmara Municipal de Goiâ- § 3º - O processo nominal de votação será feito pela chamada
nia poderá, no decurso das sessões legislativas, utilizar o painel dos Vereadores presentes, devendo responder sim ou não, con-
eletrônico de gerenciamento de sessões para registro e contro- forme forem favoráveis ou contrários à proposição.
le de presenças dos vereadores, dos prazos de uso da palavra § 4º - Proceder-se-á, obrigatoriamente, à votação nominal para:
nos termos dos artigos 59 e 62, dos apartes e dos resultados a) eleição ou destituição da Mesa;
das deliberações plenárias. (Acrescido pela Resolução nº 011 b) julgamento de Vereador;
de 08-12-2010, DOM nº 5.008 de 22-12-2010, p. 14). c) Revogado; (Redação da Resolução nº 007/2005, DOM
§ 1º -Em atendimento às disposições deste artigo, o ve- nº 3.740 de 14-10-2005, p. 03).
reador registrará sua presença e permanência nas sessões por d) apreciação de veto;
meio de impulso digital, senha individual ou cartão magnético. § 5º - Os resultados das votações serão proclamados pela
(Acrescido pela Resolução nº 011 de 08-12-2010, DOM nº Presidência da Mesa Diretora, explicitando o número de votos fa-
5.008 de 22-12-2010, p. 14). voráveis e o de votos contrários.
§ 2º - Declarado pelo presidente o início das votações, o § 6º - As dúvidas, quanto aos resultados proclamados, só po-
Vereador manifestará eletronicamente sua opção pelo SIM, derão ser suscitadas e esclarecidas antes de anunciada a discussão
NÃO ou ABSTENÇÃO, conforme o queira, utilizando o terminal de nova matéria.
em sua Mesa do Plenário. (Acrescido pela Resolução nº 011
de 08-12-2010, DOM nº 5.008 de 22-12- 2010, p. 14). Seção IV
§ 3º - O Relatório de votação realizada pelo processo Da Verificação
eletrônico será anexado à Ata da respectiva Sessão quando
a matéria deliberada estiver sujeita à vontade nominal, e, em Art. 104. Se algum Vereador tiver dúvida quanto ao resul-
outra hipótese, somente mediante requerimento pelo Plenário. tado da votação simbólica proclamada pelo Presidente, poderá
(Acrescido pela Resolução nº 011 de 08-12-2010, DOM nº requerer verificação de votação.
5.008 de 22-12-2010, p. 14). Parágrafo único - O Requerimento de verificação da votação
§ 4º - Em decorrência do disposto neste artigo ficam preju- será de imediato e necessariamente atendido pelo Presidente, re-
petida a votação pelo processo nominal, não sendo permitida a
dicados na votação pelo processo eletrônico: (Acrescido pela
participação de Vereadores ausentes à primeira votação, nem a
Resolução nº 011 de 08-12-2010, DOM nº 5.008 de 22-12-
mudança de voto manifestada na votação inicial.
2010, p. 14).
I. A chamada nominal dos Vereadores para votação;
Seção V
II. A retificação do voto, após a proclamação do resulta-
Da Declaração de Voto
do, além de outras normas regimentais que contrariem o dis-
posto neste artigo.
Art. 105. Declaração de voto é o pronunciamento do Verea-
dor sobre os motivos que o levaram a manifestar-se contrária ou
Seção II favoravelmente à matéria votada.
Do Encaminhamento da Votação § 1º - A declaração de voto a qualquer matéria será feita de
uma vez, depois de concluída, por inteiro a votação.
Art. 102. A partir do instante em que o Presidente declarar § 2º - Quando a declaração de voto estiver formulada por
a discussão encerrada, poderá ser solicitada a palavra para en- escrito, poderá o Vereador solicitar a sua inclusão no respectivo
caminhamento da votação. processo.
§ 1º - No encaminhamento da votação, será assegurado ao § 3º - Não será permitida Declaração de Voto após a delibe-
autor, a cada bancada, bloco parlamentar e ao Vereador sem ração do Plenário sobre:
registro partidário, falar apenas uma vez, por 5 (cinco) minutos, I) aceitação ou não de emenda, subemendas ou substitutivo;
para propor a seus pares a orientação quanto ao mérito da ma- II) pedido de vistas;
téria a ser votada, sendo vedado os apartes. III) inclusão ou inversão de matérias na Pauta da Ordem do Dia;
§ 2º - Ainda que haja no processo substitutivos, emendas IV) suspensão da sessão;
ou subemendas, haverá apenas um encaminhamento de vota- V) títulos honoríficos e outras honrarias;
ção, que versará sobre todas as peças do processo. VI) desarquivamento de projetos, na forma do § 2º, do art. 25.
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
entregues na Câmara Municipal dentro do prazo de até 60 (ses- Art. 108-B. Recebido o processo pela Comissão de Finan-
senta) dias após a abertura da sessão legislativa (NR). (Redação ças, Orçamento e Economia, seu Presidente imediatamente de-
da Resolução nº 007 de 06-09-2012, DOM nº 5.445 de 03- terminará a citação da parte para que, no prazo de 15 (quinze)
10-2012, p. 11). dias, querendo, apresente defesa por escrito, com as provas
documentais que sustentem suas alegações fáticas, com a indi-
Seção II cação das provas que pretende produzir e com o arrolamento
Do processo de prestação de contas de testemunhas, até o máximo de 03 (três) para cada fato que
(Incluído pela Resolução nº 007 de 06-09-2012, DOM nº pretenda provar. (Acrescido pela Resolução nº 007 de 06-09-
5.445 de 03-10-2012, p. 11) 2012, DOM nº 5.445 de 03-10-2012, p. 11).
Art. 108-C. As citações e intimações serão feitas por car-
Art. 107. Na primeira sessão subseqüente ao recebimento ta com aviso de recebimento, telegrama, publicação de edital
das contas do Prefeito, o Presidente da Câmara determinará: (Re- no Diário Oficial ou por qualquer outro meio de comunicação,
dação da Resolução nº 007 de 06-09-2012, DOM nº 5.445 de desde que fique confirmado inequivocamente o recebimento
03-10- 2012, p. 11). da mensagem pelo destinatário, seu preposto ou pessoa com
I – a distribuição de cópias reprográficas da mensagem do quem tenha ou deva ter contato direto. (Acrescido pela Reso-
Prefeito aos Vereadores; lução nº 007 de 06-09-2012, DOM nº 5.445 de 03-10-2012,
(Acrescido pela Resolução nº 007 de 06-09-2012, DOM nº p. 11).
5.445 de 03-10-2012, p. 11). § 1º. Somente serão feitas citações e intimações por publi-
II – a disponibilização da mensagem do Prefeito e do- cação no Diário do Município nos casos em que não seja sabido
cumentos que a instruem para conhecimento dos vereadores; o atual domicílio do destinatário. (Acrescido pela Resolução
(Acrescido pela Resolução nº 007 de 06-09-2012, DOM nº 5.445 nº 007 de 06- 09-2012, DOM nº 5.445 de 03-10-2012, p. 11).
de 03-10-2012, p. 11). § 2º - O comparecimento espontâneo do da parte, supre a
III – a extração de cópias reprográficas e digitais das contas falta de citação ou intimação.
anuais do Município, para publicação nas dependências da Câ- (Acrescido pela Resolução nº 007 de 06-09-2012, DOM
mara e no sítio eletrônico desta Casa Legislativa, respectivamente, nº 5.445 de 03-10-2012, p. 11).
para exame e apreciação do contribuinte, em exercício de sobe-
Art. 108-D. As partes poderão requerer vistas dos autos
rania popular . (Acrescido pela Resolução nº 007 de 06-09-2012,
do processo e cópia de suas peças, mediante petição escrita
DOM nº 5.445 de 03-10-2012, p. 11).
dirigida ao Presidente da Comissão de Finanças, Orçamento e
Art. 108. Nos dez dias seguintes à distribuição de cópias re-
Economia ou, no caso de sua ausência, impedimento ou afasta-
prográficas da mensagem do Prefeito aos Vereadores, estes pode-
mento, ao Vice-Presidente. (Acrescido pela Resolução nº 007
rão propor requerimentos de informações ao Executivo, os quais,
de 06-09-2012, DOM nº 5.445 de 03-10-2012, p. 11).
aprovados em plenário nos termos do inciso XVIII do art. 64 da
§ 1º - O despacho que deferir o pedido de vista deverá
Lei Orgânica do Município serão encaminhados pelo Presidente
indicar o prazo de exame e o local em que os autos ficarão
da Câmara (NR). (Redação da Resolução nº 007 de 06-09-2012,
disponíveis à parte. (Acrescido pela Resolução nº 007 de 06-
DOM nº 5.445 de 03-10-2012, p. 11).
Parágrafo único. Enquanto aguarda respostas às solicitações 09-2012, DOM nº 5.445 de 03-10-2012, p. 11).
de informações, o processo ficará suspenso, até o recebimento do § 2º - Deferido o pedido para o fornecimento das cópias,
parecer prévio do Tribunal de Contas dos Municípios. (Acrescido a parte arcará com os custos de reprodução. (Acrescido pela
pela Resolução nº 007 de 06-08-2012, DOM nº 5.445 de 03- Resolução nº 007 de 06-09-2012, DOM nº 5.445 de 03-10-
10-2012, p. 11). 2012, p. 11).
Art. 108-A. Recebido o parecer prévio do Tribunal de Contas Art. 108-E. Decorrido o prazo de defesa, o Presidente da
dos Municípios sobre as contas do Prefeito, o Presidente da Câ- Comissão de Finanças, Orçamento e Economia decidirá sobre
mara determinará: (Acrescido pela Resolução nº 007 de 06-09- os pedidos de produção de prova, determinando a realização
2012, DOM nº 5.445 de 03-10-2012, p. 11). dos atos, diligências, perícias, depoimentos e inquirições de tes-
I – a leitura do parecer prévio em Plenário na primeira temunhas que se fizerem necessários. (Acrescido pela Reso-
sessão subseqüente ao recebimento; (Acrescido pela Resolução nº lução nº 007 de 06-09-2012, DOM nº 5.445 de 03-10-2012,
007 de 06-09-2012, DOM nº 5.445 de 03-10-2012, p. 11). p. 11).
II – a publicação do parecer prévio no Diário Oficial; (Acres- Parágrafo Único. Somente poderão ser indeferidos, me-
cido pela Resolução nº 007 de 06-09-2012, DOM nº 5.445 de 03- diante decisão fundamentada, os requerimentos de produção
10-2012, p. 11). de provas consideradas ilícitas, impertinentes, desnecessárias
III – a imediata remessa do parecer prévio à Comissão de ou protelatórias. (Acrescido pela Resolução nº 007 de 06-09-
Finanças, Orçamento e Economia, após autuação e registro, para 2012, DOM nº 5.445 de 03-10-2012, p. 11).
emissão de parecer no prazo máximo de 50 (cinqüenta) dias. Art. 108-F. O denunciado deverá ser intimado de todos os
(Acrescido pela Resolução nº 007 de 06-09-2012, DOM nº 5.445 atos de instrução e deliberação do processo, pessoalmente ou
de 03-10-2012, p. 11). na pessoa de seu procurador, com a antecedência, pelo menos,
Parágrafo Único. Findo o prazo para a Comissão de Finanças, de vinte e quatro horas, sendo-lhe permitido assistir as diligên-
Orçamento e Economia emitir seu parecer, o processo poderá ser cias e sessões, bem como formular perguntas e reperguntas
avocado pelo Presidente da Câmara e incluído na Ordem do Dia, às testemunhas e requerer o que for de interesse da defesa.
sem o parecer da Comissão faltosa. (Acrescido pela Resolução (Acrescido pela Resolução nº 007 de 06-09-2012, DOM nº
nº 007 de 06-09-2012, DOM nº 5.445 de 03-10- 2012, p. 11). 5.445 de 03-10-2012, p. 11).
20
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Art. 108-G. No mesmo ato em que encerrar a instrução do Art. 108-K. Na sessão de apreciação das contas dos Prefei-
processo, o Presidente da Comissão de Finanças, Orçamento e tos, o parecer da Comissão de Finanças, Orçamento e Economia
Economia: (Acrescido pela Resolução nº 007 de 06-09-2012, será lido e, a seguir, a parte, pessoalmente ou por procurador
DOM nº 5.445 de 03-10-2012, p. 11). habilitado nos autos, terá o prazo máximo e improrrogável de
I – designará data e horário para a reunião de delibera- 30 (trinta) minutos para produzir sustentação oral, desde que
ção sobre as contas do Prefeito, a ser realizada em prazo não previamente requerida ao Presidente da Câmara até a abertura
inferior a 15 (quinze) nem superior a 25 (vinte e cinco) dias. da sessão. (Acrescido pela Resolução nº 007 de 06-09-2012,
(Acrescido pela Resolução nº 007 de 06-09-2012, DOM nº 5.445 DOM nº 5.445 de 03-10-2012, p. 11).
de 03-10-2012, p. 11). Art. 108-L. Após a sustentação oral, os líderes ou os Verea-
II – determinará imediata distribuição do processo ao dores per eles designados poderão se manifestar pelo tempo
relator, mediante utilização dos critérios expressos no § 1º do máximo improrrogável de 10 (dez) minutos cada um, após o
art. 35 deste Regimento Interno, para que emita relatório e mi- que o Plenário deliberará. (Acrescido pela Resolução nº 007
nuta de projeto de Decreto Legislativo, por ocasião da reunião. de 06-09-2012, DOM nº 5.445 de 03-10-2012, p. 11).
(Acrescido pela Resolução nº 007 de 06-09-2012, DOM nº 5.445 Art. 108-M. Somente por decisão de dois terços dos mem-
de 03-10-2012, p. 11). bros da Câmara Municipal deixará de prevalecer o parecer pré-
III- determinará a intimação da parte para, querendo, apre-
vio emitido pelo Tribunal de Contas dos Municípios. (Acrescido
sentar memoriais em petição escrita, no prazo de 05 (cinco)
pela Resolução nº 007 de 06-09-2012, DOM nº 5.445 de 03-
dias. (Acrescido pela Resolução nº 007 de 06-09-2012, DOM nº
10-2012, p. 11).
5.445 de 03-10-2012, p. 11).
Art. 108-N. Concluída a apreciação das contas, o Presi-
Parágrafo Único. Sobrevindo a data da reunião sem que
o relatório seja apresentado, o Presidente da Comissão avocará dente da Câmara proclamará imediatamente o resultado e fará
e redistribuirá o processo a novo relator, redesignando reunião lavrar ata que consigne a presença ou não da parte, os votos e
a ser realizada em prazo máximo de 10 (dez) dias. (Acrescido o resultado da votação, determinando a expedição do Decreto
pela Resolução nº 007 de 06-09-2012, DOM nº 5.445 de 03- Legislativo. (Acrescido pela Resolução nº 007 de 06-08-2012,
10-2012, p. 11). DOM nº 5.445 de 03-10-2012, p. 11).
Art. 108-H. A deliberação da Comissão de Finanças, Orça- Art. 108-O – Em caso de decisões pela regularidade com
mento e Economia reger-se-á pelas regras do seu regulamento ressalva ou irregularidade das contas, o Presidente da Câmara
e do art. 34 deste Regimento Interno, sendo que as partes po- determinará a imediata remessa de cópia integral dos autos do
derão produzir sustentação oral pelo prazo de 10 (dez) minutos, processo ao Ministério Público e o encaminhamento do proces-
prorrogável por igual prazo, após a leitura do relatório e antes so à Comissão de Constituição, Justiça e Redação, para emissão
do voto do relator, pessoalmente ou por procurador devida- de parecer dentro de 20 (vinte) dias, concludente pelas demais
mente constituído, desde que a tenha requerido ao Presidente providências cabíveis. (Acrescido pela Resolução nº 007 de
da Comissão até a abertura da reunião. (Acrescido pela Reso- 06-09-2012, DOM nº 5.445 de 03-10-2012, p. 11).
lução nº 007 de 06-09-2012, DOM nº 5.445 de 03-10-2012,
p. 11). Seção III
§ 1º - A presença da parte na reunião de deliberação deve- Da Tomada de Contas Especial
rá ser registrada em ata pelo servidor competente. (Acrescido (Incluído pela Resolução nº 007 de 06-09-2012, DOM
pela Resolução nº 007 de 06-09-2012, DOM nº 5.445 de 03- nº 5.445 de 03-10-2012, p. 11)
10-2012, p. 11).
§ 2º - Caso a parte não se faça presente na reunião de de- Art. 108-P. A Comissão de Finanças, Orçamento e Eco-
liberação, o Presidente da Comissão determinará sua intimação nomia, de ofício ou mediante denúncia de qualquer cidadão,
para que tome ciência do parecer. (Acrescido pela Resolução partido político, associação ou sindicato, constatando indícios
nº 007 de 06-09- 2012, DOM nº 5.445 de 03-10-2012, p. 11). de despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de inves-
Art. 108-I – A Comissão de Finanças, Orçamento e Econo-
timentos não programados ou de subsídios não aprovados,
mia concluirá suas atividades com a emissão de parecer pela
solicitará à autoridade municipal responsável que, no prazo
regularidade, regularidade com ressalva ou irregularidade das
de 05 (cinco) dias úteis, preste os esclarecimentos necessários.
contas, bem como pela proposta do pertinente projeto de De-
(Acrescido pela Resolução nº 007 de 06-09-2012, DOM nº
creto Legislativo. (Acrescido pela Resolução nº 007 de 06- 09-
5.445 de 03-10-2012, p. 11).
2012, DOM nº 5.445 de 03-10-2012, p. 11).
Parágrafo Único. A motivação do parecer da Comissão de- § 1º. Esgotados o prazo de que trata este artigo e não pres-
verá ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em de- tados os esclarecimentos ou considerados estes insuficientes,
claração de concordância com fundamentos do relatório ou do a Comissão solicitará ao Tribunal de Contas dos Municípios
parecer prévio do Tribunal de Contas dos Municípios. (Acresci- pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de 15
do pela Resolução nº 007 de 06-09-2012, DOM nº 5.445 de (quinze) dias úteis. (Acrescido pela Resolução nº 007 de 06-
03-10-2012, p. 11). 09-2012, DOM nº 5.445 de 03-10-2012, p. 11).
Art. 108-J. Emitido o parecer, o Presidente da Comissão § 2º. O parecer prévio do Tribunal de Contas dos Municípios
de Finanças, Orçamento e Economia solicitará ao Presidente da será submetido à apreciação da Câmara nos termos do artigo
Câmara a inclusão do processo na Ordem do Dia da próxima 108-A ao artigo 108-O, deste Regimento Interno. (Acrescido
sessão plenária. (Acrescido pela Resolução nº 007 de 06-09- pela Resolução nº 007 de 06-08-2012, DOM nº 5.445 de 03-
2012, DOM nº 5.445 de 03-10-2012, p. 11). 10-2012, p. 11).
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Art. 108-Q. Havendo omissão no dever de prestar as contas I – sustação da execução do ato, convênio ou contra-
do Município, a Comissão de Finanças, Orçamento e Economia de- to; (Acrescido pela Resolução nº 007 de 06-09- 2012, DOM nº
terminará a instauração de tomada de contas especial, na forma do 5.445 de 03-10-2012, p. 11).
Art. 108-P, deste Regimento Interno. (Acrescido pela Resolução II – consideração de insubsistência da impugnação do
nº 007 de 06-09-2012, DOM nº 5.445 de 03-10-2012, p. 11). Tribunal de Contas; (Acrescido pela Resolução nº 007 de 06-
09-2012, DOM nº 5.445 de 03-10-2012, p. 11).
Seção IV III – determinação de providências necessárias ao res-
Das Disposições Gerais guardo da ordem legal. (Acrescido pela Resolução nº 007 de
06-09-2012, DOM nº 5.445 de 03-10-2012, p. 11).
Art. 108-R. A Câmara Municipal não julgará as contas antes Art. 108-X – Nos casos de sustação da execução de ato,
do parecer prévio do Tribunal de Contas dos Municípios nem antes convênio ou contrato municipal pelo Tribunal de Contas dos
de escoado o prazo de 60 (sessenta) dias para exame pelos contri- Municípios, o Projeto de Decreto Legislativo, qualquer que
buintes. (Acrescido pela Resolução nº 007 de 06-09-2012, DOM
seja seu conteúdo, será aprovado, excepcionalmente, em vo-
nº 5.445 de 03-10-2012, p. 11).
tação única, maioria de votos, presente a maioria absoluta
Art. 108-S. Para apreciação das contas, a Câmara terá o prazo
dos Vereadores. (Acrescido pela Resolução nº 007 de 06-
de 75 (setenta e cinco) dias contados do recebimento do parecer
09-2012, DOM nº 5.445 de 03-10-2012, p. 11).
prévio do Tribunal de Contas dos Municípios, ao término do qual,
não havendo decisão, sobrestar-se-ão as demais proposições, ex- Art. 108-Y – Passado o prazo de 75 (setenta e cinco)
ceto projetos com solicitação de urgência, vetos e projetos de na- dias da chegada da decisão do Tribunal à Casa Legislativa,
tureza orçamentária com prazos vencidos, até que se ultime a vo- sem que tenha havido deliberação plenária, o projeto será
tação. (Acrescido pela Resolução nº 007 de 06-09-2012, DOM incluído na Ordem do Dia da sessão imediata, com ou sem
nº 5.445 de 03-10-2012, p. 11). parecer, sobrestando-se a deliberação quantos às demais
Art. 108–T. Os prazos do processo de julgamento das contas matérias constantes da pauta, até que se ultime a sua vo-
dos Prefeitos são contados a partir da data da juntada do instru- tação. (Acrescido pela Resolução nº 007 de 06-09- 2012,
mento de comunicação aos autos, da data de certificação do com- DOM nº 5.445 de 03-10-2012, p. 11).
parecimento espontâneo nos autos, da data de certificação do ato
de comunicação nos autos ou a partir da data de publicação de TÍTULO VIII
edital no Diário Oficial, excluindo-se o dia do início e incluindo- DO REGIMENTO INTERNO
-se o do vencimento, sendo este prorrogado até o primeiro dia CAPÍTULO I
útil subseqüente se o seu término coincidir com final de semana, DOS PRECEDENTES
feriado, dia em que a Câmara Municipal não esteja em funciona-
mento regular ou em que tenha encerrado o expediente antes da Art. 109. Os casos não previstos neste Regimento serão
hora normal. (Acrescido pela Resolução nº 007 de 06-09- 2012, resolvidos soberanamente pelo Plenário, e as soluções cons-
DOM nº 5.445 de 03-10-2012, p. 11). tituirão precedentes regimentais.
Parágrafo Único. Excetuam-se desta regra os prazos fixados no § 1º - Os precedentes regimentais serão anotados em
art. 81 da Constituição do Estado de Goiás. (Acrescido pela Resolu- livro próprio para orientação de casos análogos.
ção nº 007 de 06-09-2012, DOM nº 5.445 de 03-10-2012, p. 11). § 2º - Ao final de cada sessão legislativa, a Mesa fará a
Art. 108-U – Aplicar-se-ão aos processos de julgamento das consolidação de todas as modificações feitas no Regimento,
contas do Prefeito, subsidiariamente e no que couber, as disposi- bem como dos precedentes regimentais, publicando-os em
ções dos artigos 35 ao 39 deste Regimento Interno. (Acrescido separata.
pela Resolução nº 007 de 06-09-2012, DOM nº 5.445 de 03-
10-2012, p. 11).
CAPÍTULO II
DA QUESTÃO DE ORDEM
CAPÍTULO II
DA SUSTAÇÃO DE ATOS, CONVÊNIOS OU CONTRATOS
Art. 110. Questão de Ordem é toda dúvida levantada em
(Incluído pela Resolução nº 007 de 06-09-2012, DOM nº
5.445 de 03-10-2012, p. 11) Plenário quanto à interpretação do Regimento, sua aplicação
ou sua legalidade.
Art. 108-V. Caso o Tribunal de Contas dos Municípios decida § 1º - As questões de ordem devem ser formuladas, em
pela sustação da execução de ato, convênio ou contrato municipal, 1 (um) minuto, com clareza e com a indicação precisa das
o Presidente da Câmara Municipal constituirá, nos termos regi- Disposições regimentais que se pretende elucidar.
mentais e no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas, Comis- § 2º - Não observando o proponente o disposto neste
são de Investigação e Processante, composta por 07 (sete) mem- artigo, poderá o Presidente cassar-lhe a palavra e não levar
bros. (Acrescido pela Resolução nº 007 de 06-09-2012, DOM nº em consideração a questão levantada.
5.445 de 03-10-2012, p. 11). § 3º - Cabe ao Presidente resolver as questões de ordem,
Art. 108-W. Na hipótese do art. 108-V, a Comissão terá prazo não sendo lícito ao Vereador opor-se à decisão.
de 10 (dez) dias para emitir parecer, concluindo por apresentação § 4º - Em qualquer fase da sessão poderá ser solicitada a
de Projeto de Decreto Legislativo nos seguintes possíveis senti- palavra em questão de ordem.
dos: (Acrescido pela Resolução nº 007 de 06-09-2012, DOM nº
5.445 de 03-10-2012, p. 11).
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
via autorização do médico responsável, o acesso às unidades Art. 9º - Os limites do Território do Município só poderão ser
e centros de tratamento intensivo. (Inciso VII – incluído pela alterados na forma da Lei Estadual.
Emenda à Lei Orgânica do Município, nº 38, de 04-12-2007, Art.10 - É vedado ao Município de Goiânia:
DOM nº 4.270 de 21-12-2007, pág. 18). I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-
Parágrafo único – Ninguém será discriminado ou prejudi- -los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter, com eles ou
cado em razão de crescimento, idade, etnia, cor, sexo, estado seus representantes, relações de dependência ou aliança, ressal-
civil, trabalho rural ou urbano, religião, convicções políticas ou vada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
filosóficas, orientação sexual, deficiência física, imunológica, II - recusar fé aos documentos públicos;
sensorial ou mental, por ter cumprido pena, nem por qualquer III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre
particularidade ou condição, observada a Constituição Federal. os demais membros da República Federativa do Brasil;
Art. 4° - São direitos sociais a educação, a saúde, o traba- IV - usar ou consentir que se use qualquer dos bens ou
lho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a pro- serviços municipais ou pertencentes à administração indireta ou
teção à maternidade, à infância e á adolescência, a assistência fundacional sob seu controle, para fins estranhos à administração;
aos desamparados, na forma desta Lei Orgânica. V - doar bens imóveis de seu patrimônio ou constituir so-
Art. 5º - É assegurada a participação dos empregados nos bre eles ônus real, ou conceder isenções fiscais ou remissões de
colegiados dos órgãos públicos municipais, em que seus inte- dívidas fora dos casos de manifesto interesse público, com ex-
resses profissionais sejam objeto de discussão e deliberação. pressa autorização da Câmara Municipal, sob pena de nulidade
do ato.
CAPÍTULO II VI - subvencionar, de qualquer forma, atividades estranhas
DA SOBERANIA POPULAR aos fins da administração ou propaganda político-partidária;
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
XV - prover e disciplinar o transporte coletivo urbano, ain- IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização
da que operado através de concessão ou permissão, fixando- de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico e
-lhe o itinerário, os pontos de parada e as respectivas tarifas; cultural;
XVI - prover e disciplinar sobre o transporte individual de V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educa-
passageiros, fixando-lhe os locais de estacionamento e as tarifas ção e à ciência;
respectivas; VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em
XVII - fixar e sinalizar os locais de estacionamento de veícu- qualquer de suas formas; VII - preservar as áreas ecológicas, a
los, os limites das zonas de silêncio, de trânsito e de tráfego em fauna e a flora do Município;
condições especiais; VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o
XVIII - disciplinar os serviços de carga e descarga, fixando abastecimento alimentar;
a tonelagem máxima permitida a veículos que circulem em vias IX - promover programas de construção de moradias,
públicas municipais; procurando obter a melhoria das condições habitacionais e de
XIX - sinalizar as vias públicas urbanas e as estradas muni- saneamento básico;
cipais, regulamentando e fiscalizando a sua utilização; promover X - promover o combate a todas as formas de manifes-
a observância das regras de trânsito; aplicar as respectivas mul- tação do racismo.
tas, regulando a sua arrecadação;
XX - prover os serviços de limpeza das vias e dos logra- CAPÍTULO III
douros públicos, remoção e destino de lixo domiciliar e de ou- DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL
tros resíduos de qualquer natureza; SEÇÃO I
XXI - ordenar as atividades urbanas, fixar condições e horá- DISPOSIÇÕES GERAIS
rios e conceder licença ou autorização para abertura e funciona-
mento de estabelecimentos comerciais, industriais, prestacionais Art.13 - A administração pública direta, indireta e funda-
e similares, respeitada a legislação do trabalho e sobre eles exer- cional do Município obedecerão aos princípios da legalidade,
cer inspeção e cassar a licença; impessoalidade, moralidade, publicidade, transparência, parti-
XXII - regulamentar, autorizar e fiscalizar a afixação de car- cipação popular e eficiência, bem como os demais princípios
tazes e anúncios, bem como a utilização de quaisquer outros
constantes no art. 92, da Constituição Estadual e art. 37, da
meios de publicidade e propaganda, nos locais sujeitos ao poder
Constituição Federal. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgâ-
de polícia do Município;
nica, nº 041 de 09-06- 2009, DOM nº 4.637 de 22-06-2009
XXIII - dispor sobre depósito e destino de animais e merca-
p. 01).
dorias apreendidas em decorrência de transgressão da legisla-
Parágrafo único - Os atos de improbidade administrativa
ção municipal;
importam suspensão dos direitos políticos, perda de função pú-
XXIV - dispor sobre registro, vacinação e captura de animais,
blica, indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário, na
com a finalidade precípua da erradicação da raiva e demais zoo-
forma e na gradação estabelecida em lei, sem prejuízo da ação
noses;
penal cabível.
XXV - criar, extinguir e prover cargos, empregos e funções
públicas, fixar-lhes a remuneração, respeitado o disposto no Art. 14 - A publicidade dos atos, programas, obras, ser-
art.37, da Constituição Federal, e instituir o regime jurídico único viços e campanhas da administração pública direta ou indire-
e os planos de carreira de seus servidores; ta, fundações e órgãos controlados pelo Poder Público, ainda
XXVI - constituir a guarda municipal, destinada à proteção que custeadas por entidades privadas, deverá ser educativa,
das instalações, dos bens e serviços municipais, conforme dispu- informativa, ou de orientação social, e será realizada de forma
ser a lei; a não abusar da confiança do cidadão; não explorar sua falta
XXVII - promover e incentivar o turismo local, como de experiência ou de conhecimento e não se beneficiar de sua
fator de desenvolvimento econômico e credibilidade.
social; Parágrafo único - É vedada a utilização de nomes, símbo-
XXVIII - suplementar a legislação federal e estadual, los, sons e imagens que caracterizem promoção pessoal de au-
no que couber. toridades ou servidores públicos, bem como qualquer tipo de
Art.12 - Ao Município de Goiânia, em comum com a União propaganda eleitoral.
e com o Estado de Goiás, compete: Art.15 - Aplicam-se aos servidores públicos municipais as
I - zelar pela guarda da Constituição Federal e Estadual, normas do artigo 201, incisos I, II e III, da Constituição Federal.
da Lei Orgânica, das leis e as instituições democráticas e conser- Parágrafo único - O Município de Goiânia dotará, em seu
var o patrimônio público; orçamento, recurso para complementar o plano de previdência
II - cuidar da saúde e assistência públicas, da projeção e e assistência social dos funcionários públicos municipais.
garantia das pessoas portadoras de deficiência; Art.16 - Os cargos em comissão de direção e as funções
a - Garantir às pessoas portadoras de deficiência o percen- de confiança serão exercidos, preferencialmente, por servidores
tual de 5% (cinco por cento) das unidades dos conjuntos habita- ocupantes de cargo de carreira técnica ou profissional, nos ca-
cionais que vierem a ser construídos pelo Município, efetuando- sos e condições previstos em lei.
-se as devidas adaptações, se necessárias. Art.17 - Para promover a distribuição dinâmica, racional e
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de eficiente dos serviços públicos que lhe são afetos, o Município
valor histórico, artístico e cultural, os monumentos e as paisa- organizar-se-á em administrações regionais de forma a atender,
gens naturais notáveis; em caráter essencial, os setores e bairros periféricos.
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Parágrafo único - As administrações regionais, na forma II– tenham sido condenados por ato de improbidade ad-
desta Lei Orgânica, terão suas atribuições e áreas de atuação ministrativa tipificados na Lei Federal n° 8.429/1992 por decisão
definidas em lei própria. transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado,
Art. 18 - À Administração Pública direta, indireta e funda- desde a condenação, até o transcurso de 8 (oito) anos após o
cional é vedada a contratação de empresas que produzam prá- cumprimento das sanções;
ticas discriminatórias de sexo na contratação de mão-de-obra III – tenham sido condenados em decisão transitada em
e não cumpram a legislação específica sobre creches nos locais julgado ou proferida por órgão judicial colegiado da Justiça Elei-
de trabalho. toral, por corrupção eleitoral, captação ilícita de sufrágio, por doa-
Art.19 - Os cargos públicos serão criados por lei que lhes ção, captação ou gastos ilícitos de recursos de campanha ou por
fixará a denominação, o padrão de vencimento e as condições conduta vedada aos agentes públicos que impliquem em cassa-
de provimento. ção do registro ou do diploma, desde a decisão até o transcurso
Parágrafo único - Extinto o cargo ou declarada a sua desne- do prazo de 8 (oito) anos;
cessidade, o servidor estável IV – tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos
ficará em disponibilidade remunerada, até seu adequado ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável que
aproveitamento em outro cargo. configure ato doloso de improbidade administrativa, e por deci-
Art. 20 - Os cargos públicos são acessíveis a todos os brasi- são irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido
leiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei. suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, desde a decisão até o
§ 1º - A investidura em cargo público dependerá de apro- transcurso de 8 (oito) anos;
vação prévia, em concurso público de provas ou de provas e V – tenham sido demitidos do serviço público em de-
título, salvo os casos previstos em lei. corrência de processo administrativo ou judicial, pelo prazo de 8
§ 2º - Prescindirá de concurso a nomeação para cargos em (oito) anos, contados da decisão, salvo se o ato houver sido sus-
comissão, declarados em lei de livre nomeação e exoneração. penso ou anulado pelo Poder Judiciário.
§ 3º - A lei reservará percentual dos cargos e empregos Parágrafo único. A vedação prevista no caput se estende aos
públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os Secretários Municipais, Conselheiros Tutelares, Membros de Con-
critérios de sua admissão. selhos Municipais, Presidentes e Diretores de órgãos da adminis-
§ 4º - É vedada, em qualquer hipótese, a efetivação de ser- tração direta e indireta ou que tenham a participação acionária do
vidor sem concurso público. Poder Público Municipal. (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica,
Art. 20 - A. É vedada no âmbito da administração pública nº 0050 de 20-06-2012, DOM nº 5.390 de 17-07-2012 p. 10).
direta e indireta do Município de Goiânia a nomeação de ser- Art. 21 – A Agência da Guarda Civil Metropolitana de Goiâ-
vidor para cargos de natureza efetiva, comissionada, função de nia, instituição de caráter civil, uniformizada e armada conforme
confiança ou emprego público quando: (Incluído pela Emen- previsto em Lei, com as funções de proteção preventiva, policia-
da à Lei Orgânica, nº 050 de 20-06-2012, DOM nº 5.390 de mento das vias e logradouros públicos municipais, proteção dos
17-07-2012 p. 10. Regulamentado pelo Decreto nº 1939 de bens, serviços e instalações, de apoio a Administração Pública
14-08-2012, DOM nº 5.413 de 17-08-2012 p. 01. Redação Municipal no exercício do poder de policia, o auxílio as demais
Alterada pela Emenda à Lei Orgânica nº 70 de 02-02-2017, forças de segurança publica que atuam no Município e a defe-
DOM nº 6527 de 10-03-2017 p. 02). sa civil, é instituída conforme Lei própria. (NR) .(Alterado pela
I – tenham sido condenados por decisão transitada em jul- Emenda à Lei Orgânica, nº 072 de 22-06-2017, DOM nº 6.612,
gado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a data da de 18-06-2017 p. 02).
condenação até o transcurso de 8 (oito) anos após o cumpri- §1º É vedada a instituição de mecanismos que impeçam a
mento da pena, pelos seguintes crimes: admissão e ascensão da mulher na Agência da Guarda Civil Me-
a) contra a econômica popular, a fé pública, a administra- tropolitana de Goiânia, por quaisquer motivos, inclusive o estado
ção pública, a administração da justiça e o patrimônio público; civil ou gestacional. (renumerado de Parágrafo único para §1º
b) contra o patrimônio privado, o sistema financeiro e os pela Emenda à Lei Orgânica, nº 072 de 22-06-2017, DOM nº
previstos na Lei que regula as falências; 6.612, de 18-06-2017 p.02)
c) contra o meio ambiente e a saúde pública; §2º São princípios mínimos de atuação de Agência da Guarda
d) eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de Civil Metropolitana de Goiânia: (Incluído pela Emenda à Lei Or-
liberdade; gânica, nº 072 de 22-06-2017, DOM nº 6.612, de 18-06-2017
e) de abuso de autoridade; p.02)
f) de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores; I – Proteção dos direitos humanos fundamentais, do exercício
g) de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, da cidadania e das liberdades públicas;
tortura e hediondos; II – Preservação da vida, redução do sofrimento e diminuição
h) dolosos contra a vida; das perdas;
i) praticados contra a organização criminosa, quadrilha ou III – Patrulhamento Preventivo e permanente no território do
bando; Município;
j) de redução à condição análoga à de escravo. IV – Compromisso com a evolução social da comunidade;
k) previstos na Lei Federal nº 11.340 de 07 de agosto de V – Uso progressivo da força.
2006 – Lei Maria da Penha. (Incluído pela Emenda à Lei Or- Art. 21- A. Os Servidores da Guarda Civil Metropolitana de
gânica nº 70 de 02-02-2017, DOM nº 6527 de 10-03-2017 Goiânia farão jus a aposentadoria especial baseando-se no § 4º
p. 02). do art. 40 da Constituição Federal, aplicando-se no que couber,
26
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
o disposto no art. 57 da Lei Federal nº 8.213, de 24 de julho de § 2º Serão considerados tempo de efetivo serviço em ativi-
1.991, com suas alterações posteriores, reservando-se, ainda, o dade sujeita à aposentadoria especial, para os efeitos deste arti-
que dispõe na Lei Complementar Federal nº 144, de 15 de maio go, as férias, as ausências justificadas, as licenças e afastamentos
de 2.014 (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica, nº 060 de 27- remunerados, as licenças para exercício de mandato classista e
10-2015, DOM nº 6.199, de 05-11-2015 p. 02). eletivo e o exercício das funções de confiança, assessoramento e
Parágrafo Único. Os integrantes do quadro de servidores de direção em áreas específicas da atividade fiscal e da auditoria
da Guarda Civil Metropolitana, serão aposentados de forma tributária. (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº 066 de 22-
voluntária, nos termos do art. 40, §4º, II e III, da Constituição 11-2016, DOM nº 6.461, de 06-12-2016 p. 03).
Federal, sem limite de idade, com paridade e integralidade do § 3º O servidor a que se refere o caput deste artigo que te-
último salário que receber desde que comprovem: (Incluído nha completado as exigências para aposentadoria especial e que
pela Emenda à Lei Orgânica, nº 060 de 27-10-2015, DOM nº opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de per-
6.199, de 05-11-2015 p. 02). manência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciá-
I – 25 (vinte e cinco) anos de contribuição, contando ria até completar as exigências para aposentadoria compulsória.
com pelo menos 15 (quinze) anos de efetivo exercício em cargo (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº 066 de 22-11-2016,
de Carreira de Guarda Civil Metropolitano, para mulher; DOM nº 6.461, de 06-12-2016 p. 03).
II – 30 (trinta) anos de contribuição, contando com pelo § 4º O tempo especial e o tempo comum cumpridos em ou-
menos 20 (vinte) anos de efetivo exercício em cargo de Carreira tras atividades serão aproveitados para fins da aposentadoria de
de Guarda Civil Metropolitano, para homem. que trata este artigo no tocante apenas ao tempo de contribui-
Art. 21-B. Os agentes de Trânsito do Município de Goiâ- ção, resguardando a proporcionalidade nas conversões. (Incluí-
nia, com atribuições inerentes a fiscalização do cumprimento do pela Emenda à Lei Orgânica nº 066 de 22-11- 2016, DOM
do Código de Trânsito Brasileiro dentro do Município, a realiza- nº 6.461, de 06-12-2016 p. 03).
ção de “Blitzen” e outras operações de fiscalização, bem como a § 5º A aposentadoria especial prevista neste artigo, não im-
educação no trânsito, instituídas conforme lei própria. (Incluído plica o afastamento do direito de o servidor se aposentar segun-
pela Emenda à Lei Orgânica, nº 062 de 03-12-2015, DOM nº do as regras gerais. (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº
6.228, de 16-12-2015 p. 02). 066 de 22-11-2016, DOM nº 6.461, de 06-12-2016 p. 03).
Parágrafo Único – Os integrantes do quadro de servidores Art. 22 - Em empresas de economia mista o Município de-
ocupante do cargo Agentes de Trânsitos do Município de Goiâ- terá, sempre, no mínimo,
nia serão aposentados de forma voluntária, nos termos do art. cinqüenta e um por cento das ações.
40, § 4º, II e III, da Constituição Federal, sem limite de idade, com
paridade e integralidade do último salário que receber desde CAPÍTULO IV
que comprovem: (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica, nº ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL
062 de 03-12-2015, DOM nº 6.228, de 16-12-2015 p. 02). SEÇÃO I
I – 25 (vinte e cinco) anos de contribuição contando DOS ÓRGÃOS AUXILIARES
com pelo menos 15 (quinze) anos de efetivo exercício em cargo
de Carreira de Agente de Trânsito do Município de Goiânia, para Art. 23 - A lei assegurará a criação de conselhos municipais,
mulher. (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica, nº 062 de 03-12- com objetivos específicos e determinados, integrados paritaria-
2015, DOM nº 6.228, de 16-12-2015 p. 02). mente por representantes dos Poderes Executivo e Legislativo,
II – 30 (trinta) anos de contribuição, contando pelo me- representantes da sociedade civil, usuários e contribuintes.
nos 20 (vinte) anos de efetivo exercício em cargo de Carreira § 1º - Serão criados, mediante lei e em caráter prioritário, os
de Agente de Trânsito do Município de Goiânia, para homem. Conselhos de Educação, de Saúde, de Defesa dos Deficientes, de
(Incluído pela Emenda à Lei Orgânica, nº 062 de 03-12-2015, Transporte, de Habitação e de Meio Ambiente.
DOM nº 6.228, de 16-12-2015 p. 02). § 2º - A convocação do Conselho Municipal será feita pelo
Art. 21-C. Os servidores da fiscalização de atividades urba- seu presidente ou por um terço de seus membrosArt 24 - Lei es-
nas e de saúde pública e da auditoria tributária do Município de pecial regulará a organização e o funcionamento da Procuradoria
Goiânia farão jus à aposentadoria especial de que trata o § 4º Geral do Município, sua área de competência, suas atribuições e
do artigo 40 da Constituição Federal. (Incluído pela Emenda à seu quadro de pessoal, atendido o disposto no art. 135, da Cons-
Lei Orgânica nº 066 de 22-11-2016, DOM nº 6.461, de 06- tituição Federal, e no art. 94 e seus §§, da Constituição Estadual.
12-2016 p. 03).
§ 1° Os integrantes do quadro de servidores da Fiscaliza- SEÇÃO II
ção de Atividades Urbanas e de Saúde Pública e da Auditoria DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS
Tributária serão aposentados de forma voluntária, nos termos
do art. 40, § 4º, inciso II e III, da Constituição Federal, sem limite Art. 25 - O Município instituirá regime jurídico único e pla-
de idade, com paridade e integralidade da última remuneração nos de carreira para os servidores da administração pública direta,
percebida, desde que comprovem 30 (trinta) anos para homem autárquica e fundacional, através de lei que disporá sobre direitos,
e 25 (vinte e cinco) anos para mulher de contribuição, contando deveres e regime disciplinar, assegurados os direitos adquiridos.
com pelo menos 20 (vinte) anos de efetivo exercício nos cargos Art. 26 - Fica assegurada aos servidores da administração
integrantes dos Grupos Ocupacionais Fiscalização de Atividades direta isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais
Urbanas, Fiscalização de Saúde Pública e de Auditoria de Tribu- ou assemelhados do mesmo Poder, ou entre servidores dos Po-
tos. (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº 066 de 22-11- deres Executivo e Legislativo, ressalvadas as vantagens de cará-
2016, DOM nº 6.461, de 06-12-2016 p. 03). ter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho.
27
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Art. 27 - O servidor municipal é responsável civil, criminal § 1º - Para atualização da remuneração em atraso serão usa-
e administrativamente pelos atos que praticar no exercício de dos os índices oficiais de correção da moeda.
cargo ou função, ou a pretexto de exercê-la. § 2º - Após o décimo quinto dia do mês de dezembro, o Mu-
Art. 28 - São direitos dos servidores públicos do Município, nicípio não poderá saldar compromisso com terceiros antes de
no que couber, o disposto no art. 95 e nos seus §§, da Consti- pagar o 13º salário ao funcionalismo.
tuição do Estado, e no § 2º do art. 39, da Constituição Federal, § 3º - A importância apurada, na forma do parágrafo primeiro,
além de outros que visem à melhoria de sua condição social, será paga juntamente com a remuneração do mês subseqüente.
assegurando-lhes: Art. 31 - É vedada a dispensa do empregado da adminis-
I - salário família para seus dependentes, nos termos da lei; tração direta e indireta enquanto durar litígio trabalhista em que
II - licença paternidade de acordo com a Constituição este e o Município forem partes, salvo se cometer falta grave, nos
Federal; termos da lei.
III - gozo de férias anuais remuneradas com pelo menos Art. 32 - Lei especial regulará a organização e o funciona-
um terço a mais do que a remuneração normal do mês; mento da fiscalização urbana e
IV - opção pelo turno único de trabalho de seis horas tributária do Município, sua área de competência, suas atri-
ininterruptas; buições e seu quadro de pessoal, atendido o disposto no art.37,
V - proibição de diferença de remuneração, de exercício da Constituição Federal e no art.94, da Constituição Estadual.
de funções e de critérios de admissão por motivos étnicos, reli- Parágrafo único - Os cargos vagos de Assistente Técnico da
giosos, ideológicos, de sexo, idade, cor, estado civil ou deficiên- Fiscalização Urbana serão providos por pessoal de nível superior,
cia física; na forma do disposto no artigo 37, inciso II, da Constituição Federal.
VI - correção dos salários e demais vencimentos em per- Art. 32-A. A Administração Tributária, atividade essencial ao
centual e periodicidade definidos funcionamento do Município de Goiânia, a ser exercida por au-
em lei; ditores tributários com carreira específica, terá sua competência,
VII - adicional de remuneração para as atividades peno- suas atribuições e seu quadro de pessoal definidos por Lei espe-
cial exclusiva, disporá de recursos prioritários para a realização de
sas, insalubres ou perigosas, na forma
suas atividades e atuará de forma integrada com o compartilha-
definida pela legislação federal;
mento de cadastros e de informações fiscais, nos termos do art.
VIII - garantia à gestante de mudança de função, sem pre-
37, inciso XXII, da Constituição Federal, e do art. 92, inciso XXIV,
juízo de salários e promoções, dentro de quarenta e oito horas,
da Constituição do Estado de Goiás. (Incluído pela Emenda à
após a comprovação da gravidez, caso sua atividade seja preju-
Lei Orgânica, nº 063 de 16-08-2016, DOM nº 6.396, de 26-08-
dicial, segundo laudo médico;
2016 p. 02).
IX – redução em uma hora da jornada de trabalho dos
Art. 32-B. Lei especial e específica regulará a organização e
servidores públicos municipais, desde que sejam os pais, e na
o funcionamento da Auditoria de Fiscalização de Atividade Urba-
falta destes, os parentes de 1° grau, responsáveis por portado-
na e Saúde Pública, essencial ao funcionamento do Município de
res de deficiência física, mental ou sensorial, sem redução da Goiânia e caracterizada como carreira típica de Estado, definindo
respectiva remuneração. sua área de competência, atribuições e seu quadro de pessoal.
§ 1º - A confirmação do estado de gravidez advindo no (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica, nº 073 de 05-07-2017,
curso do contrato de trabalho, mesmo na hipótese de admissão DOM nº 6.612, de 18-07-2017 p. 04).
mediante contrato por tempo determinado, garante à empre- Parágrafo único. A Auditoria de Fiscalização de Atividade
gada a estabilidade provisória prevista na alínea “b” do inciso Urbana e Saúde Pública, integrante da Administração Tributária,
II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais. (Incluído disporá de recursos prioritários para realização de suas atividades
pela Emenda à Lei Orgânica nº 061 de 03-11-2015, DOM nº e atuará de forma integrada com compartilhamento de cadastro
6.210, de 20-11-2015 p. e informações fiscais para o exercício regular do Poder de Polícia,
02. Renumerado de parágrafo único para § 1º por força nos termos dos art. 37, XXII, e art. 145, II, da Constituição Federal,
da Emenda à Lei Orgânica nº 067 de 08-12-2016, DOM nº art. 78, do Código Tributário Nacional e art. 95,§1º, do Código Tri-
6.469, de 16-12-2016 p. 02).). butário Municipal”.(NR) (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica,
§ 2º - Ao servidor público municipal é assegurado o rece- nº 073 de 05-07-2017, DOM nº 6.612, de 18-07-2017 p. 04).
bimento de adicional por tempo de serviço, sempre concedido Art. 33 - É assegurado ao servidor municipal o direito de li-
por qüinqüênio, incorporável para efeito de cálculo de proven- cença para o desempenho de mandato executivo em entidades
tos ou pensões. (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº 067 sindicais e classistas da categoria, constantes do Estatuto do Fun-
de 08-12-2016, DOM nº 6.469, de 16-12-2016 p. 02; Renu- cionário Público Municipal, com remuneração, vantagens e bene-
merado de parágrafo único para § 2º por força da Emenda à fícios como se em exercício do cargo estivesse.
Lei Orgânica nº 067 de 08-12-2016. Art. 34 - Aplica-se ao servidor municipal o disposto no Art.
Art. 29 - Nenhum servidor poderá ser diretor ou integrar 97, da Constituição Estadual.
conselho de empresa fornecedora, ou que realize qualquer mo- § 1° - O funcionário que tenha exercido, na esfera municipal e
dalidade de contrato com o Município sob pena de demissão em qualquer época, cargo de direção ou em comissão ou função
do serviço público. gratificada, constante da estrutura administrativa, por um mínimo
Art. 30 - É obrigatória a quitação da folha de pagamento de cinco anos consecutivos ou dez intercalados, ao se aposentar
de pessoal ativo e inativo da administração direta, autárquica e nos termos do caput deste artigo, além das vantagens previstas
fundacional do Município, até o dia 05 do mês subseqüente ao em lei ou resolução, terá direito de ter incorporada a seus pro-
vencido, sob pena de se proceder à atualização monetária. ventos a correspondente gratificação percebida.
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
§ 2° - Para a incorporação da gratificação a que se refere o II - ajuda à manutenção dos dependentes dos segura-
parágrafo anterior, quando o funcionário tiver exercido mais de dos de baixa renda;
um cargo ou função ser-lhe-à atribuída, se assim o requerer, a III - proteção à maternidade, especialmente à gestante;
de maior valor, desde que a tenha percebido por período não IV - pensão por morte de segurado, homem ou mulher, ao
inferior a quatro anos e, nos demais casos, correspondente ao cônjuge ou companheiro e dependentes.
cargo ou função imediatamente inferior. § 1º. - É assegurado o reajustamento dos benefícios para
§ 3º - No caso de extinção, posterior à aposentadoria, da preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme
vantagem pela qual o funcionário haja manifestado preferência, critérios definidos em lei.
quando do ingresso na inatividade, aplicar-se-á, no que couber, o § 2º. - Todos os salários de contribuição considerados no
disposto no parágrafo anterior ou manter-se-á sua proporciona- cálculo de benefício serão corrigidos monetariamente.
lidade com o restante dos proventos. § 3º. - Os ganhos habituais do servidor, a qualquer título,
§ 4º - As vantagens previstas nos parágrafos anteriores se- serão incorporados ao salário para efeito de contribuição previ-
rão reajustadas, na mesma proporção e na mesma data, sempre denciária e conseqüente repercussão em benefícios, nos casos
que forem majoradas para o servidor em atividade. e na forma da lei.
§ 5º - Os benefícios deste artigo são extensivos aos pensio- § 4º. - Nenhum benefício que substitua o salário de con-
nistas do Município. tribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor
§ 6º - Na aposentadoria compulsória, os proventos do apo- mensal inferior ao salário mínimo.
sentado, obedecido o princípio da proporcionalidade, não po- § 5º. - É vedada subvenção ou auxílio do Poder Público a
derão ser inferiores ao salário mínimo vigente no país. entidades de previdência privada com fins lucrativos.
§ 7º - Satisfeitas as exigências do caput deste artigo e de- Art. 38 - O servidor público inativo e o pensionista, bem
corridos seis meses do requerimento de sua aposentadoria, sem como seus dependentes, ficarão eximidos da contribuição pre-
que a mesma tenha sido decretada, o servidor fica automatica- videnciária obrigatória, sem perder o direito aos benefícios e
mente dispensado de suas funções, sem prejuízo de sua remu- serviços prestados pelos órgãos previdenciários.
neração.
§ 1º - Fica assegurado ao homem e à mulher e aos seus de-
§ 8° - A incorporação da gratificação percebida em órgão
pendentes o direito de usufruir dos benefícios previdenciários
de deliberação coletiva, será calculada pela média aritmética dos
decorrentes de contribuição do cônjuge ou companheiro;
valores recebidos nos últimos seis meses do exercício da função.
§ 2º - Não haverá limite de idade para o direito de per-
Art. 35 - É livre o direito de associação profissional e sindi-
cepção de pensão dos dependentes portadores de deficiência
cal; e o direito de greve, nos termos da Lei.
física, sensorial ou mental;
Parágrafo único - À associação profissional e sindical é asse-
§ 3º - A gratificação natalina dos inativos e pensionistas terá
gurado desconto em folha de pagamento das contribuições dos
por base o valor dos proventos do mês de dezembro de cada
associados, aprovadas em assembléia.
ano.
Art. 36 - É assegurada a participação dos Conselhos Profis-
sionais respectivos, em fases de concurso para o provimento dos Art. 39 - O Município poderá instituir contribuição, cobra-
cargos e funções públicas. da de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, de
Art. 36- A. São estáveis, após três anos de efetivo exercício sistema de previdência e assistência social.
e aprovação em avaliação especial de desempenho, os servido-
res nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de CAPÍTULO V
concurso público, somente ficando sujeitos à perda do cargo: DOS BENS MUNICIPAIS
(incluído pela Emenda à Lei Orgânica, nº 052 de 01-08-2012,
DOM nº 5.412 de 16-08-2012 p. 01). Art. 40 - Constituem bens municipais todas as coisas mó-
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; veis e imóveis, direitos e ações que, a qualquer título, pertençam
(incluído pela Emenda à Lei Orgânica, nº 052 de 01-08-2012, ao Município, ou os que lhe vierem a ser incorporados.
DOM nº 5.412 de 16-08-2012 p. 01). Art. 41 - Cabe ao Prefeito a administração dos bens mu-
II - mediante processo administrativo em que lhe seja asse- nicipais, respeitada a competência da Câmara quanto àqueles
gurada ampla defesa; (incluído pela Emenda à Lei Orgânica, postos a seus serviços ou deles utilizados.
nº 052 de 01-08-2012, DOM nº 5.412 de 16-08-2012 p. 01). Art. 42 - A alienação de bens municipais, subordinada à
III- mediante procedimento de avaliação periódica de de- existência de interesse público devidamente justificado, será
sempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla sempre precedida de avaliação e obedecerá às seguintes nor-
defesa. (incluído pela Emenda à Lei Orgânica, nº 052 de 01- mas:
08-2012, DOM nº 5.412 de 16-08-2012 p. 01). I - quando imóveis, dependerá de autorização legislati-
va e concorrência, dispensada esta nos seguintes casos:
SEÇÃO III a) (suprimida pela Emenda nº 28/2004).
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL b) permuta;
II - quando móveis, dependerá de licitação, dispensada
Art. 37 - A previdência social do Município, mediante con- esta nos seguintes casos:
tribuição, atenderá, nos termos da lei, aos seus associados com: a) (suprimida pela Emenda nº 28/2004).
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte, b) permuta;
incluídos os resultantes de acidentes do trabalho, velhice e re- c) venda de ações, que será obrigatoriamente efetuada
clusão; em bolsa.
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Art. 49 - A elaboração e a execução dos planos dos progra- Art. 54 - Os serviços públicos de interesse local serão or-
mas do Governo Municipal obedecerão às diretrizes do Plano ganizados e prestados diretamente ou sob regime de conces-
Diretor, em sintonia com os projetos estratégicos armazenados são ou permissão, incluindo o de transporte coletivo, que tem
e terão acompanhamento e avaliação permanentes, de modo caráter essencial e devera atender plenamente às diretrizes
a garantir o seu êxito, assegurar sua continuidade e garantir a da política de mobilidade, acessibilidade e transporte defini-
gestão de projetos estratégicos aprovados e não executados da no Plano Diretor de Goiânia. (Redação dada pela Emen-
(NR). (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica, nº 053 de da à Lei Orgânica, nº 041 de 09-06-2009, DOM nº 4.637 de
19-12-2012, DOM nº 5.497 de 21-12-2012 p. 01). 22/06/2009 p. 01).
Art. 50 - O planejamento das atividades do Governo Mu- Parágrafo único - Enquadram-se nos termos deste artigo os
nicipal obedecerá as diretrizes deste capítulo e será feito por serviços, entre outros, de abastecimento de água e tratamento
meio de elaboração e manutenção atualizada, entre outros, dos de esgotos.
seguintes instrumentos; Art. 55 - Sem prévio orçamento de custo, salvo nos casos
I - Plano Diretor; de extrema urgência, não será executada qualquer obra, serviço
II- Plano Plurianual; ou melhoramento.
III - Lei de Diretrizes Orçamentárias; IV - Orçamento Anual. Parágrafo único - Os casos de extrema urgência serão de-
finidos em lei.
Parágrafo único - Para a elaboração dos planos constantes
Art. 56 - A permissão ou autorização de serviço público
dos incisos I a IV deste artigo fica obrigada a por em evidência
municipal, sempre a título precário, dependerá de lei, e será ou-
projetos estratégicos armazenados pelo órgão de controle do
torgada pelo Prefeito ao pretendente que, dentre os que hou-
Planejamento Municipal. (Incluído pela Emenda à Lei Orgâ-
verem atendido ao chamamento, tiver proposto a prestação
nica, nº 053 de 19-12-2012, DOM nº 5.497 de 21- 12-2012 sob condições que por todos os aspectos melhor convenham
p. 01). ao interesse público.
Art. 51 - Os instrumentos de planejamento municipal men- § 1º - o chamamento a que se refere este artigo, será pre-
cionados no artigo anterior deverão incorporar as propostas cedido por edital publicado em órgão oficial de imprensa do
constantes dos planos e dos programas setoriais do Município, Estado e do Município, bem como de ampla publicidade nos
dadas as suas implicações para o desenvolvimento local. meios de comunicação.
Art. 52 – (REVOGADO) § 2º - A permissão ou autorização em nenhum caso impor-
Art. 52-A - O Município de Goiânia manterá controle dos tará em exclusividade ou em privilégio na prestação do serviço
projetos estratégicos elaborados com recursos do Erário Mu- que, em igualdade de condições, poderá ao mesmo tempo ser
nicipal, de qualquer fonte, com a evidenciação dos elementos permitido ou autorizado a terceiros.
e indicadores para a sua execução, tais como: (Incluído pela § 3º - Os serviços permitidos ficarão sempre sujeitos à re-
Emenda à Lei Orgânica, nº 053 de 19-12-2012, DOM nº gulamentação e fiscalização do Município, incumbindo, aos que
5.497 de 21-12-2012 p. 01). os executam, mantê-los em permanente atualização e adequa-
a) Órgão responsável pela execução; ção às necessidades dos usuários.
b) Projetos básicos e executivos; Art. 57 - A concessão de serviço público municipal:
c) Classificação funcional programática para a sua execução; I - dependerá de autorização legislativa;
d) Identificação dos idealizadores do projeto; II - será obrigatoriamente precedida de licitação, salvo
e) Identificação dos realizadores do projeto; se outorgada a outra pessoa jurídica de direito público;
f) Valor pago pela elaboração do projeto; III - estipular-se-á através de contrato solene, em que de
g) Empenho da despesa com o projeto; modo expresso se consigne:
h) Escopo e conceituação básica do projeto; a) o objeto, os requisitos, as condições e o prazo da con-
i) Custo estimado para a realização do projeto; cessão;
j) Áreas de abrangência do projeto; b) a obrigação do concessionário de manter serviço ade-
quado;
k) Identificação do Código da obra referente ao projeto;
c) a tarifa a ser cobrada, fixada de modo a permitir a justa
l) Identificação do estágio da obra;
remuneração do capital, o melhoramento e a expansão do ser-
m) Tempo previsto para a execução do projeto.
viço em bases que assegurem o equilíbrio econômico e finan-
Parágrafo único - O Município de Goiânia através do ór-
ceiro do contrato;
gão responsável pelo planejamento municipal, manterá setor
d) fiscalização permanente, pelo órgão público conce-
de Gestão de Projetos Estratégicos armazenados na sua estru- dente, das condições de prestação do serviço concedido;
tura administrativa. (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica, nº e) a revisão periódica da tarifa, em termos capazes de
053 de 19-12-2012, DOM nº 5.497 de 21-12-2012 p. 01). garantir a realização dos objetivos mencionados na letra “c”.
f) O compromisso com a Política de mobilidade e aces-
CAPÍTULO VII sibilidade estabelecida pelo plano diretor de Goiânia. (Incluído
DAS OBRAS E SERVIÇOS MUNICIPAIS pela Emenda à Lei Orgânica, nº 041 de 09-06-2009, DOM nº
4.637 de 22-06-2009 p. 02).
Art. 53 - Caberá ao Município organizar seus serviços pú- § 1º - O chamamento à licitação para a concessão será
blicos, tendo em vista as peculiaridades locais, de modo que sua precedido por edital publicado em órgão oficial do Estado e
execução possa abranger eficientemente todos os campos do do Município, bem como de ampla publicidade nos meios de
interesse comunitário. comunicação.
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
§ 2º - É vedado às empresas públicas, sociedades de econo- b) à proteção de documentos, obras e política sobre
mia mista e fundações cederem ou transferirem, no todo ou em bens de valor histórico, artístico e cultural como os monumen-
parte, delegação de serviços públicos sem prévia autorização tos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos do
do Legislativo. Município;
Art. 58 - O Município, desobrigado de qualquer indenização, c) a impedir a evasão, destruição e descaracterização de
retomará os serviços permitidos ou concedidos, quando: obras de arte e outros bens de valor histórico, artístico e cultural
I - estiverem sendo provadamente executados em des- do Município;
conformidade com o ato da permissão ou autorização, e com o d) à abertura de meios de acesso à cultura, à educação e
contrato de concessão; à ciência;
II - se revelarem inequivocamente insuficientes para o sa- e) regras de proteção ao meio ambiente e ao combate à
tisfatório atendimento dos usuários; poluição;
III - impedir o autorizado, permissionário ou concessioná- f) ao incentivo à indústria e ao comércio;
rio, a fiscalização pelo Município dos serviços objeto de autoriza- g) à criação de distritos industriais, respeitada a legisla-
ção, permissão ou concessão. ção pertinente;
IV - Se tornarem obstáculos ao Programa da acessibilidade h) ao fomento da produção agropecuária e à organiza-
Universal. (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica, nº 041 de 09-06- ção ao abastecimento alimentar;
2009, DOM nº 4.637 de 22-06-2009 p. 02). i) ao registro, ao acompanhamento e à fiscalização das
Art. 59 - São nulos de pleno direito os atos de permissão ou concessões de pesquisa e exploração dos recursos hídricos e
concessão, bem como quaisquer autorizações ou ajustes quando minerais em seu território;
feitos em desacordo com o estabelecido nesta Lei. j) à promoção de programas de construção de moradias
populares, melhorando as condições habitacionais e de sanea-
TÍTULO IV mento básico;
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES k) ao combate às causas da pobreza e aos fatores de
CAPÍTULO I marginalização, promovendo a integração social dos setores
DISPOSIÇÃO GERAL desfavorecidos;
l) ao estabelecimento e à implantação da política de
Art. 60 - São Poderes do Município, independentes e harmô-
educação para o trânsito, incluído regras e multas aplicáveis aos
nicos, o Legislativo e o Executivo.
casos, regulando a sua arrecadação;
Parágrafo único - Investido em um deles, o agente político
m) à cooperação com a União e o Estado, tendo em vis-
não poderá exercer as atribuições de outro.
ta o equilíbrio, o desenvolvimento e o bem-estar, atendidas as
normas fixadas em lei complementar federal;
CAPÍTULO II
n) o uso e o armazenamento dos agrotóxicos, seus com-
DO PODER LEGISLATIVO
ponentes e afins;
SEÇÃO I
o) às políticas públicas do Município.
DA CÂMARA MUNICIPAL
II - decretação e arrecadação dos tributos municipais,
Art. 61 - O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Muni- normatização da receita tributária, autorização, isenção e anistia
cipal, composta de Vereadores, eleitos para cada legislatura entre e a remissão de dívidas;
cidadãos maiores de dezoito anos, no exercício dos direitos políti- III - Orçamento Anual, o Plano Plurianual e as Diretrizes
cos, pelo voto direto e secreto. Orçamentárias, bem como autorizar a abertura de créditos su-
§ 1º - Cada legislatura terá a duração de quatro anos, inician- plementares e especiais, despesa e gestão patrimonial e finan-
do-se a 1º de janeiro do ano seguinte ao da eleição. ceira de natureza pública e dívida pública;
§ 2º - O número de vereadores para representação da legisla- IV - obtenção e concessão de empréstimos e operações
tura subseqüente será fixado pela Câmara Municipal, respeitados de crédito, bem como sobre a forma e os meios de pagamento;
os limites estipulados no art. 29, inciso IV, da Constituição Federal. V - concessão de auxílios e subvenções ou qualquer
Art. 62 - As deliberações da Câmara Municipal e suas Co- outra forma de transferência, sendo obrigatória a prestação de
missões serão tomadas por maioria de votos, presente a maioria contas, na forma da lei;
absoluta de seus membros, salvo disposição em contrário prevista VI - permissão, autorização ou concessão à pessoa de
nesta Lei Orgânica. direito público ou privado para a execução ou exploração de
serviços públicos do Município, respeitados os preceitos da lei
SUBSEÇÃO I federal aplicável;
DAS ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA MUNICIPAL VII - permissão e concessão de direito real de uso de bens
municipais e autorização para gravame de ônus;
Art. 63 - Compete à Câmara Municipal dispor, mediante lei, VIII - regular os casos de alienação de bens da adminis-
sobre as matérias de competência do Município, especialmente tração direta, indireta e fundacional, mediante concorrência
sobre: pública obrigatória, sendo vedada, em qualquer hipótese, nos
I - assuntos de interesse local, notadamente no que diz últimos seis meses de mandato do Prefeito Municipal;
respeito: IX - aquisição de bens imóveis, especialmente quando se
a) à saúde, à assistência pública e à proteção e garantia tratar de doação onerosa; X - criação, organização e supressão
das pessoas portadoras de deficiência; de distritos, observada a legislação estadual;
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
XI - criação, alteração e extinção de cargos, empregos e XI - proceder a tomada de contas do Prefeito Municipal,
funções públicas, fixação da respectiva remuneração, instituição quando não apresentadas à Câmara dentro do prazo de sessen-
de regime Jurídico do pessoal, estabilidade e aposentadoria; ta dias após a abertura da sessão legislativa;
XII - Plano Diretor; XII - processar e julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Ve-
XIII - dar nomes às vias, próprios e logradouros públi- readores e afastá-los definitivamente de seus cargos ou man-
cos, vedada, em qualquer caso, a homenagem a pessoas vivas; datos, nos casos e condições previstos nesta Lei Orgânica e de-
(Regulamentado pela Lei nº 9.079 de 04/10/2011, DOM Nº mais leis;
5.207/2011). XIII - representar ao Procurador Geral da Justiça, mediante
XIV - criar a Guarda Municipal, destinada a proteger bens aprovação de dois terços dos seus membros, contra o Prefeito
públicos e instalações do Município; e os Secretários Municipais ou ocupantes de cargos da mesma
XV - baixar normas gerais de ordenação urbanística e re- natureza, pela prática de crimes contra a Administração Pública
gulamento sobre ocupação do espaço urbano, parcelamento, que tiver conhecimento;
uso e ocupação do solo e das edificações; XIV - receber o compromisso dos Vereadores, do Prefeito
XVI - organização e prestação de serviços públicos; e do Vice-Prefeito e dar-lhes posse; cargo;
XVII - regular a exploração dos serviços de transporte co- XV - conceder licença ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos
letivo de passageiros e estabelecer os critérios para fixação das Vereadores para afastamento do XVI - criar comissões especiais
tarifas; de inquérito sobre fato determinado que se inclua na
XVIII - fixar critérios para permissão de exploração dos ser- competência da Câmara Municipal, sempre que o requerer
viços de transporte individuais de passageiros e tarifas; pelo menos um terço dos membros da Câmara e o aprovar a
XIX - estabelecer condições para a abertura, localização, maioria;
funcionamento e inspeção de estabelecimentos comerciais, in- XVII - convocar o Prefeito para comparecer à Câmara a fim
dustriais, prestacionais ou similares, bem como a cassação da de prestar informações sobre assuntos de interesse do Municí-
licença respectiva; pio, no prazo de quinze dias, a contar do recebimento da con-
XX - instituição de autarquia, empresa pública e funda- vocação;
ções e participação em sociedades de economia mista; XVIII - solicitar, por deliberação da maioria de seus mem-
XXI - fixar feriados municipais nos termos da legislação fe- bros ou de suas comissões, sempre que julgar necessário, infor-
deral; XXII - criar e regulamentar o uso de símbolos municipais;
mações ao chefe do Poder Executivo, Secretário Municipal ou
XXIII - instituição de administrações regionais, fixando-lhe
autoridade equivalente, que as prestará no prazo máximo de
as respectivas áreas de atuação e delimitando as suas atribui-
quinze dias úteis, sob pena de crime de responsabilidade;
ções;
XIX - autorizar referendo e convocar plebiscito;
XXIV - autorizar convênio com entidades públicas ou parti-
XX - decidir sobre a perda do mandato de Vereador, nas
culares.
hipóteses e condições previstas nesta Lei Orgânica;
Art. 64 - Compete à Câmara Municipal, privativamente, en-
XXI - conceder título honorífico ou qualquer outra honra-
tre outras, as seguintes atribuições:
ria a pessoas que tenham reconhecidamente prestado serviços
I - eleger sua Mesa Diretora, destituí-la na forma desta
ao Município, mediante decreto legislativo aprovado, excepcio-
Lei Orgânica e do Regimento Interno e constituir suas comis-
sões permanentes; nalmente, em votação única, por dois terços de seus membros;
II - elaborar seu Regimento Interno a ser aprovado por XXII - deliberar sobre o adiamento e suspensão de suas
maioria de seus membros; sessões;
III - fixar, nos termos do disposto no art. 68, da Consti- XXIII - requisitar ao Prefeito, por iniciativa de seu Presiden-
tuição do Estado, e até trinta dias antes da eleição municipal, a te, o numerário necessário às suas despesas, que deverá ser re-
remuneração do Prefeito, Vice-Prefeito, Presidente da Câmara e passado até o dia 20 de cada mês;
dos Vereadores, para vigorar na legislatura subseqüente; XXIV - aprovar, previamente, a alienação ou concessão de
IV - exercer com o auxílio do Tribunal de Contas dos Mu- imóveis municipais;
nicípios a fiscalização financeira, orçamentária, operacional e XXV - convocar os secretários e demais ocupantes de car-
patrimonial do Município; gos de confiança do Município para comparecerem à Câmara a
V - julgar as contas anuais do Município e apreciar os fim de prestarem informações sobre assuntos inerentes às suas
relatórios sobre a execução dos planos de Governo; atribuições, no prazo de quinze dias, a contar do recebimento
VI - sustar os atos normativos do Poder Executivo que da convocação;
exorbitem ao poder regulamentar; Parágrafo único - O desentendimento do disposto nos in-
VII - dispor sobre sua organização e seu funcionamento, cisos XVII, XVIII, XXIII e XXV implicará tomada de providências,
criação, transformação ou extinção de cargos, empregos e fun- nos termos da lei, por parte do Presidente da Câmara para fazer
ções de seus serviços e fixar a respectiva remuneração; cumprir a legislação.
VIII - autorizar o Prefeito a se ausentar do Município, XXVI - aprovar previamente pela maioria simples dos seus
quando a ausência exceder a quinze dias e por necessidade do membros, após a arguição pública, a escolha do: (Incluído pela
serviço; Emenda à Lei Orgânica, nº 075 de 13-12-2017, DOM nº 6.746,
IX - mudar temporariamente ou definitivamente a sua de 02-02- 2018 p. 02).
sede; a) Presidente da Agência Municipal do Meio Ambiente
X - fiscalizar e controlar, diretamente, os atos do Poder – AMMA; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica, nº 075 de 13-
Executivo, incluindo os da administração indireta e fundacional; 12-2017, DOM nº 6.746, de 02-02-2018 p. 02).
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
§ 1º - Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á II - qualquer membro da Mesa poderá ser destituído,
eleição para preenchê-la se faltarem mais de quinze meses para pelo voto secreto da maioria absoluta dos membros da Câmara
o término do mandato. Municipal, quando faltoso, omisso ou ineficiente no desempe-
§ 2º - Na hipótese do inciso I, o vereador poderá optar pela nho de suas funções, devendo o regimento interno da Câma-
remuneração do mandato. ra Municipal dispor sobre o processo de destituição e sobre a
Art. 72 - O Vereador poderá licenciar-se: substituição do membro destituído;
III - na constituição da Mesa será assegurada, tanto quanto
SUBSEÇÃO IV possível, a representação partidária, respeitada a proporcionalida-
DAS LICENÇAS de dos partidos que participem da Casa;
IV - na ausência dos membros da Mesa e suplentes, assu-
I - por motivo de saúde, devidamente comprovado; II - para mirá a Presidência o Vereador mais idoso dos presentes;
tratar de interesse particular; V - ocorrendo vaga na Mesa Diretora, a Câmara realizará,
III - por cento e vinte (120) dias, a mulher, após o parto dentro de quinze dias, a eleição do substituto.
ou adoção;
IV - por cinco (5) dias, o homem, após o nascimento ou SUBSEÇÃO I
adoção do filho. DAS ATRIBUIÇÕES DA MESA
§ 1º - Nos casos de licenças previstas no caput deste artigo,
o Vereador poderá reassumir antes que tenha escoado o prazo Art. 75 - Compete exclusivamente à Mesa da Câmara Munici-
de sua licença pal, além de outras atribuições estipuladas no Regimento Interno:
§ 2º - Para fins de remuneração considerar-se-á como em I - enviar ao Prefeito Municipal, até o 1º dia do mês de
exercício o Vereador licenciado nos termos dos incisos I, III e IV, março, as contas do exercício anterior;
deste artigo; II - organizar os serviços administrativos e propor ao Plenário
§ 3º - O Vereador investido no cargo de Secretário Munici- projetos de resolução que criem, transformem e extingam cargos,
pal será considerado automaticamente licenciado; empregos ou funções da Câmara Municipal, bem como a fixação da
§ 4º - O afastamento para o desempenho de missões tem- respectiva remuneração, observadas as determinações legais;
porárias de interesse do Município não será considerado como III - declarar a perda do mandato de Vereador, de ofício
de licença, fazendo o vereador jus à remuneração estabelecida. ou por provocação de quaisquer dos membros da Câmara, asse-
§ 5º - Quando se tratar do direito à licença maternidade, gurada ampla defesa, nos termos da Lei e do Regimento Interno,
que refere ao inciso III do art. 72, a vereadora terá o direito à especialmente nos casos dos artigos 70 e 71 desta Lei Orgânica;
percepção integral do subsídio. (Incluído pela Emenda à Lei IV - elaborar, de conformidade com legislação Federal e
Orgânica, nº 059 de 12-11-2014, DOM nº 5972 de 27-11- Estadual, a proposta orçamentária do Poder Legislativo, encami-
2014 p. 02). nhando-a ao Prefeito, para inclusão no Orçamento Geral do Mu-
nicípio.
SUBSEÇÃO V Parágrafo único - A Mesa decidirá sempre por maioria de
DA CONVOCAÇÃO DOS SUPLENTES seus membros efetivos.
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Parágrafo único - Comprovada a impossibilidade de acesso para apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo
àquele recinto ou outra causa, poderão ser realizadas sessões suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Pú-
em outro local, por decisão da maioria dos vereadores. blico para que este promova a responsabilidade civil ou criminal
Art. 78 - As sessões da Câmara serão sempre públicas. dos infratores.
Art. 79 - As sessões da Câmara somente poderão ser aber- Art. 85 - Qualquer entidade da sociedade civil ou parti-
tas com a presença mínima de um terço dos seus membros. do político poderá solicitar ao Presidente da Câmara que lhe
Art. 80 - A sessão legislativa extraordinária será convocada permita emitir conceitos ou opiniões junto às comissões sobre
com três dias de antecedência pelo Prefeito, pelo Presidente da projetos que nela se encontrem para estudo.
Câmara ou pela maioria dos Vereadores, em caso de urgência Parágrafo único - O Presidente da Câmara enviará o pedi-
ou interesse público relevante, devendo nela ser tratada so- do à respectiva comissão, a qual caberá deferi-lo ou não, indi-
mente a matéria que tiver motivado a convocação. cando, se for o caso, dia e hora para o pronunciamento e seu
Art. 81 - Não poderá ser realizada mais de uma sessão ex- tempo de duração.
traordinária no dia.
Parágrafo único - A proibição deste artigo não impede a SEÇÃO VI
realização de sessões ordinária e extraordinária no mesmo dia. DO PROCESSO LEGISLATIVO
Art. 82 - A fixação dos dias e horários para a realização das SUBSEÇÃO I
sessões ordinárias, dentro dos períodos da sessão legislativa, DISPOSIÇÃO GERAL
será regulada pelo Regimento Interno, de conformidade com as
necessidades dos trabalhos legislativos. Art. 86 - O Processo Legislativo compreende a elaboração de:
I - Emendas à Lei Orgânica;
SEÇÃO V II - Leis Complementares;
DAS COMISSÕES III - Leis Ordinárias;
IV - Resoluções;
Art. 83 - A Câmara Municipal terá comissões perma- V - Decretos Legislativos.
nentes e especiais, constituídas na forma e com as atribuições Parágrafo único - Lei Complementar disporá sobre a elabo-
definidas no Regimento Interno ou no ato de que resultar a sua ração, redação, alteração e consolidação das leis.
criação.
§ 1º - Em cada comissão será assegurada, tanto quanto SUBSEÇÃO II
possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blo- DAS EMENDAS À LEI ORGÂNICA
cos parlamentares que participam da Câmara.
§ 2º - Às comissões, em razão da matéria de sua compe- Art. 87 - A Lei Orgânica Municipal poderá ser emendada
tência, cabe: mediante proposta:
I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na for- I - do Prefeito Municipal;
ma do Regimento, a competência do Plenário, salvo se houver II - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara
recursos de um décimo dos membros da Câmara; Municipal;
II - realizar audiências públicas com entidades da socie- III - da população subscrita por cinco por cento do elei-
dade civil; torado do Município.
III - convocar Secretários Municipais ou ocupantes de § 1º - A proposta de emenda à Lei Orgânica Municipal
cargos da mesma natureza para será discutida e votada em dois turnos de discussão e votação,
prestarem informações sobre assuntos inerentes as suas com interstício mínimo de dez dias, considerando-se aprovada
atribuições; quando obtiver, em ambos, dois terços dos votos dos membros
IV - receber petições, reclamações, representações ou da Câmara;
queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das auto- § 2º - A Lei Orgânica Municipal não poderá ser emendada
ridades ou entidades públicas; na vigência da decretação de Estado de Sítio, Estado de Defesa
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão; ou de Intervenção do Estado no Município;
VI - apreciar ações, políticas, planos, programas e proje- § 3º - Aprovada a emenda esta será promulgada pela Mesa
tos inerentes às suas atribuições e sobre eles emitir parecer; da Câmara, com o respectivo número de ordem.
VII - acompanhar junto à Prefeitura Municipal a elaboração
da proposta orçamentária, bem como a sua posterior execução. SUBSEÇÃO III
§ 3º -A Câmara Municipal terá uma comissão permanente DAS LEIS
de acessibilidade, constituída na forma e com as atribuições de-
finidas no ato em que resultar a sua criação, com a finalidade de Art. 88 - A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe
acompanhar e fiscalizar as ações do programa de Promoção da a qualquer Vereador ou Comissão da Câmara, ao Prefeito Municipal
Acessibilidade Universal estabelecida pelo Plano Diretor. (Incluí- e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica.
do pela Emenda à Lei Orgânica, nº 041 de 09-06-2009, DOM nº Art. 89 - Compete privativamente ao Prefeito a iniciativa
4.637 de 22-06-2009 p. 02). das leis que disponham sobre:
Art. 84 - As comissões especiais de inquérito, que terão po- I - a organização administrativa e as matérias orça-
deres de investigação próprios das autoridades judiciais, além mentárias, nos termos do Art. 135. (alterado pela Emenda à Lei
de outros previstos no Regimento Interno, serão criadas pela Orgânica, nº 043 de 14-10-2009, DOM nº 4.781 de 18-01-2010
Câmara mediante requerimento de um terço de seus membros, p. 01) (Redação Anterior)
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
I - a organização administrativa, as matérias orçamentárias Art. 91 - São objetos de leis complementares as seguintes
e tributárias e os serviços públicos; matérias:
II - os servidores públicos municipais, seu regime jurídi- I - Plano Diretor;
co, a criação e o provimento de cargos, empregos e funções na II - Código Tributário Municipal;
administração direta, autárquica e fundacional do Poder Execu- III - Código de Obras;
tivo, a estabilidade e aposentadoria e a fixação e alteração de IV - Código de Posturas;
remuneração, salvo as exceções previstas na Constituição Fede- V - Código de Zoneamento;
ral e Estadual e nesta Lei Orgânica; VI - Código de Parcelamento do Solo; VII - Código de Edi-
III - a criação, a estruturação e as atribuições dos órgãos ficações;
públicos da administração municipal. VIII - Regime Jurídico dos Servidores;
Parágrafo único - Não será admitido aumento da despesa IX - Código de Segurança contra Incêndio e Pânico. X – Có-
prevista nos projetos de iniciativa do Prefeito, ressalvado o dis- digo de Limpeza Urbana
posto no artigo 166, §§ 3º e 4º, da Constituição da República. Parágrafo único - As leis complementares exigem para a sua
Art. 90 - A iniciativa popular será exercida pela apresen- aprovação o voto favorável da maioria absoluta dos membros da
tação, à Câmara Municipal de projeto de lei subscrito por, no Câmara, asseguradas as regras estabelecidas na votação das leis
mínimo, 5% (cinco por cento) dos eleitores inscritos no Municí- ordinárias.
pio, contendo assunto de interesse específico do Município, da Art. 92 - Não será admitido o aumento da despesa prevista
cidade ou de bairros. nos projetos que versem sobre a organização dos serviços admi-
§ 1º - A proposta popular deverá ser articulada, exigindo- nistrativos da Câmara Municipal.
-se para o seu recebimento pela Câmara, a identificação dos Art. 93 - O Prefeito enviará à Câmara Municipal projetos de
assinantes, mediante indicação do número do respectivo título lei de sua iniciativa e poderá solicitar urgência para apreciação.
eleitoral, bem como a certidão expedida pelo órgão eleitoral § 1º - A solicitação prevista no caput deste artigo deverá ser
competente, contendo a informação do número total de elei- apreciada pela Câmara dentro de, no máximo, quarenta e cinco
tores do Município. dias, contados da data do seu recebimento.
§ 2º - Os projetos de lei apresentados através da iniciati- § 2º - Esgotado o prazo prescrito no parágrafo anterior sem
va popular serão inscritos prioritariamente na ordem do dia da deliberação pela Câmara, será esta incluída na ordem do dia, so-
Câmara. brestando-se a deliberação quanto aos demais assuntos, até que
§ 3º - Os projetos serão discutidos e votados no prazo má- se ultime a votação.
ximo de quarenta e cinco dias, garantida a defesa em plenário § 3º - O prazo estabelecido no presente artigo não corre em
por um dos cinco primeiros signatários. período de recesso da Câmara e nem se aplica aos projetos regu-
§ 4º - Decorrido o prazo do parágrafo anterior, o projeto lados em lei complementar.
irá automaticamente para a votação, independentemente de Art. 94 - O projeto de lei aprovado pela Câmara será, no pra-
pareceres. zo de dez dias úteis, enviado pelo seu Presidente ao Prefeito que,
§ 5º - Não tendo sido votado até o encerramento da Sessão concordando, o sancionará no prazo de quinze dias úteis.
Legislativa, o projeto estará inscrito para a votação na sessão § 1º - Decorrido o prazo de quinze dias úteis, o silêncio do
seguinte da mesma legislatura ou na primeira sessão da legis- Prefeito importará em sanção.
latura subseqüente. § 2º - Se o Prefeito considerar o projeto, no todo ou em parte,
Art. 90-A - A subscrição à iniciativa popular de lei obser- inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total
vará as regras dispostas no artigo 90 e poderá ser realizada por ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contado da data
meio físico ou eletrônico. de recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas,
Parágrafo único. Serão admitidos projetos de lei de inicia- ao Presidente da Câmara os motivos do veto.
tiva popular cujas subscrições sejam feitas por meio eletrônico, § 3º - O veto parcial somente abrangerá texto integral de ar-
observados os seguintes requisitos: tigo, de parágrafo, de inciso ou
I - a capacidade de demonstração da unicidade da assi- alínea.
natura de cada eleitor; § 4º - O veto será apreciado no prazo de trinta dias, contado
II - as assinaturas eletrônicas utilizarão técnicas de crip- do seu recebimento, com parecer
tografia, verificáveis por meio de suas chaves públicas e priva- ou sem ele, em uma única discussão e votação.
das, e serão coletadas em provedor de aplicações que utilize o § 5º - O veto somente será rejeitado pela maioria absoluta
modelo de verificação de auditoria pública por base de dados dos Vereadores, em votação nominal.
comuns; § 6º - Esgotado sem deliberação o prazo previsto no § 4º des-
III - os dados coletados no ato da assinatura e repassa- te artigo, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imedia-
dos à Câmara Municipal de Goiânia terão sua privacidade asse- ta, sobrestadas as demais proposições até sua votação final.
gurada e serão apenas utilizados para a finalidade específica de § 7º - Se o veto for rejeitado, o projeto será enviado ao Pre-
subscrição do eleitor no projeto de lei escolhido; feito, em quarenta e oito horas, para promulgação e publicação.
IV - a coleta de assinaturas deverá ser pautada pela trans- § 8º - Se o Prefeito não promulgar e publicar a lei nos prazos
parência no processo, devendo haver a publicação do número previstos, e ainda no caso de sanção tácita, o Presidente da Câmara
de subscritores e de listas digitais de subscritores, sem que, para a promulgará e publicará; se este não o fizer no prazo de quarenta e
isso, sejam expostos os dados pessoais dos participantes. (In- oito horas, caberá ao vice-presidente obrigatoriamente fazê-lo.
cluído pela Emenda à Lei Orgânica, nº 074 de 05-12-2017, DOM § 9º - A manutenção do veto não restaura matéria suprimi-
nº 6.706 de 06-12-2017 p. 02). da ou modificada pela Câmara.
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Art. 95 - A matéria constante de projeto de lei rejeitado § 2º - Somente por decisão de dois terços dos membros da
somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma Câmara Municipal deixará de prevalecer o parecer prévio emi-
sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos tido pelo Tribunal de Contas dos Municípios, sobre as contas
membros da Câmara. do Prefeito.
Art. 96 - A Resolução destina-se a regular matéria político-ad- § 3º - As contas anuais do Prefeito ficarão no recinto da
ministrativa da Câmara, de sua competência exclusiva, não depen- Câmara Municipal durante sessenta dias, anualmente, à dispo-
dendo de sanção ou veto do Prefeito Municipal. sição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual
Art. 97 - O Decreto Legislativo destina-se a regular matéria de poderá questionar-lhe a legitimidade, na forma da lei.
competência exclusiva da Câmara que produza efeitos externos, § 4º - A Câmara municipal não julgará as contas antes do
não dependendo de sanção ou veto do Prefeito . parecer do Tribunal de Contas dos Municípios, nem antes de
Art. 98 - O Processo Legislativo das Resoluções e dos De- escoado o prazo para exame pelos contribuintes.
cretos Legislativos se dará conforme determinado no Regimento § 5º - As contas da Câmara Municipal integram, obrigato-
Interno da Câmara, observando no que couber, o disposto riamente, as contas do Município.
nesta Lei Orgânica.
§ 6º - As contas relativas à aplicação de recursos transferi-
dos pela União e pelo Estado serão prestadas na forma da le-
SEÇÃO VII
gislação pertinente a cada esfera de governo, podendo o Muni-
DA REMUNERAÇÃO DOS AGENTES POLÍTICOS
cípio suplementar essas contas, sem prejuízo de sua inclusão na
prestação anual de contas.
Art. 99 - Os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito, dos Verea-
dores e dos Secretários Municipais serão fixados pela Câmara Mu- § 7º - Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, de
nicipal, mediante Lei, em cada legislatura, vigorando para legislatu- direito público ou de direito privado, que utilize, arrecade, guar-
ra subseqüente assegurando-se as parcelas alusivas ao 13º Salário de, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores públicos ou
e ao abono de férias nas mesmas condições dos demais servidores pelos quais o Município responda, ou em nome deste, assuma
do Município, observado o disposto na Constituição Federal e Es- obrigações de natureza pecuniária, em conformidade com as
tadual. (NR) ( Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica, nº 074 normas baixadas pelo Tribunal de Contas do Município.
de 05-12-2017, DOM nº 6.706 de 06-12-2017 p. 02). Art. 103-A – O Poder Legislativo disporá de setenta e cin-
Parágrafo Único. (Suprimido pela Nova Redação do art. 99, co dias, a contar do recebimento do parecer prévio do tribunal
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 074 de 05-12-2017, DOM de Contas dos Municípios, para julgar as contas prestadas pelo
nº 6.706 de 06-12-2017 p. 02). Poder executivo, observando-se, concomitantemente, o que
Art. 100 – É vedado o pagamento de parcela indenizatória dispõe os §§ 3º e 4º do art. 103 desta Lei Orgânica. (incluído
em razão de qualquer convocação extraordinária da Câmara dos pela Emenda à Lei Orgânica, nº 047 de 18-11-2010, DOM nº
Vereadores. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica, nº 049 4.996 de 06-12-2010 p. 01).
de 03-04-2012, DOM nº 5.330 de 16-04-2012, P. 01 e errata Art. 103-B – O exercício dos prazos previstos nos arts. 103
publicada no DOM nº 5.346 de 10-05-2012 p. 07 ). e 103-A de dará se tal forma que todas as contas deverão ser
Art. 101 - Na falta de fixação da remuneração do Prefeito, do apreciadas em termos finais até o final do exercício financei-
Vice-Prefeito e dos Vereadores, na forma do artigo 99, prevalecerá ro subseqüente ao exercício a que se referem. (Incluído pela
a do mês de dezembro do último ano da legislatura, atualizada Emenda à Lei Orgânica, nº 047 de 18-11-2010, DOM nº
monetariamente pelo índice oficial de correção. 4.996 de 06-12-2010 p. 01).
Art. 102 - A lei fixará critérios de indenização de despesas de Art. 103-C – Nos casos de constatação de qualquer irregu-
viagem do Prefeito, do Vice- laridade, será feita imediata comunicação ao Ministério Público,
Prefeito e dos Vereadores. sem prejuízo das demais providências a cargo das respectivas
Parágrafo único - A indenização de que trata este artigo não autoridades competentes. (Incluído pela Emenda à Lei Orgâ-
será considerada como remuneração.
nica, nº 047 de 18-11-2010, DOM nº 4.996 de 06- 12-2010
p. 01).
SEÇÃO VIII
Art. 104 - Os Poderes Legislativo e Executivo manterão,
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇA-
de forma integrada, sistema de controle interno com a fina-
MENTÁRIA
lidade de:
Art. 103 - Observados os princípios e as normas da Constitui- I - avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano
ção da República e da Constituição do Estado, a fiscalização contá- Plurianual e a execução dos programas de governo e do orça-
bil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Municí- mento do Município;
pio e das entidades da administração direta, indireta e fundacional, II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quan-
quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação dos to à eficácia e eficiência da gestão orçamentária, financeira e
recursos e das subvenções e renúncia de receitas, será exercida patrimonial nos órgãos e entidades da administração municipal,
pela Câmara Municipal, mediante controle externo, e pelos siste- bem como da aplicação de recursos públicos por entidades pri-
mas de controle interno de cada Poder. vadas;
§ 1º - O controle externo a cargo da Câmara Municipal será III - exercer o controle das operações de crédito, avais e
exercido com o auxílio do Tribunal de Contas dos Municípios, que garantias, bem como dos direitos e haveres do Município;
emitirá parecer prévio, no prazo de sessenta dias de sua apre- IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão
sentação, sobre as contas mensais e anuais do Município. institucional.
38
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
§ 1º - o órgão responsável pelo controle interno do Execu- “Prometo cumprir a Constituição Federal, a Constitui-
tivo é a Auditoria Geral do Município. ção Estadual e a Lei Orgânica Municipal, observar as leis,
§ 2º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem promover o bem geral dos munícipes e exercer o cargo sob
conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela inspiração da democracia, da legitimidade e da legalidade”.
darão ciência ao Tribunal de Contas dos Municípios. § 1º - Se até o dia dez de janeiro, o Prefeito ou o Vice-Pre-
§ 3º - Qualquer cidadão, partido político, associação ou sin- feito, salvo motivo de força maior devidamente comprovado e
dicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregula- aceito pela Câmara Municipal, não tiver assumido o cargo, este
ridade perante o Tribunal de Contas dos Municípios. será declarado vago.
Art. 105 - Os Poderes Legislativo e Executivo e as unidades § 2º - Enquanto não ocorrer a posse do Prefeito, assumirá o
integrantes da administração autárquica, fundacional e indireta cargo o Vice-Prefeito, e na falta ou impedimento deste o Presi-
encaminharão ao Tribunal de Contas dos Municípios, sob pena dente da Câmara Municipal.
de responsabilidade, no mês seguinte a cada trimestre: § 3º - No ato da posse e ao término do mandato, o Prefeito
I - o número total dos servidores públicos nomeados e e o Vice-Prefeito farão declaração pública de seus bens, a qual
contratados, por classe de empregos, durante o trimestre; será transcrita em livro próprio arquivado na Câmara Municipal,
II - a despesa total com pessoal, confrontada com o va- resumida em atas e disposta ao conhecimento público.
lor das receitas no trimestre e no período vencido do ano; § 4º - O Vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe
III - a despesa total com noticiário, propaganda ou pro- forem conferidas pela Constituição do Estado e por esta Lei Or-
moção, qualquer que tenha sido o veículo de planejamento, es- gânica, auxiliará o Prefeito, quando for convocado para missões
tudo e divulgação. especiais, e poderá, sem perda de mandato e mediante autoriza-
Art. 106 - A Comissão Permanente a que a Câmara Munici- ção da Câmara, aceitar e exercer cargo ou função de confiança
pal atribuir competência fiscalizadora, diante de indícios de des- municipal, estadual ou federal.
pesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimento Art. 110 - Em caso de impedimento do Prefeito e do Vi-
não programados ou de subsídios não aprovados, procederá ce-Prefeito, serão chamados ao exercício do Poder Executivo,
na forma do disposto no art. 81, da Constituição Estadual, para sucessivamente, o Presidente e o vice-presidente da Câmara Mu-
garantir a eficácia de sua ação fiscalizadora. nicipal.
Art. 111 - Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito,
CAPÍTULO III far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga, para
DO PODER EXECUTIVO completar o período dos antecessores.
SEÇÃO I § 1º - Ocorrendo a vacância no terceiro ano do período de
DO PREFEITO MUNICIPAL governo, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias de-
pois de aberta a última vaga, pela Câmara Municipal, na forma
Art. 107 - O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, com da lei.
funções políticas, executivas e § 2º - Ocorrendo a vacância no último ano do período de
administrativas. governo, serão sucessivamente chamados para exercer o cargo
Art. 108 - O Prefeito e o Vice-Prefeito serão eleitos pelo de Prefeito, o Presidente e o vice-presidente da Câmara.
voto direto, universal e secreto, numa só chapa, em pleito si- Art. 112 - Até trinta dias antes das eleições municipais, o
multâneo, dentre cidadãos maiores de vinte e um anos, no gozo Prefeito deverá preparar, para entregar ao sucessor e para publi-
dos direitos políticos, observadas as condições de elegibilidade cação imediata, relatório da situação da Administração Municipal
previstas no artigo 14, da Constituição da República, para um que conterá, entre outras, informações atualizadas sobre:
mandato de quatro anos vedada a reeleição. I - dívida do Município, por credor, com as datas dos res-
Parágrafo único - Será considerado eleito Prefeito o candi- pectivos vencimentos, inclusive das dívidas a longo prazo e en-
dato que, registrado por Partido Político, obtiver maioria abso- cargos decorrentes de operações de crédito, informando sobre
luta de votos, não computados os em branco e os nulos, obser- a capacidade da Administração Municipal em realizar operações
vado o seguinte: de crédito de qualquer natureza;
I - se, nenhum candidato alcançar a maioria absoluta na II - medidas necessárias à regularização das contas muni-
primeira votação, será feita nova eleição em até vinte dias após cipais perante o Tribunal de Contas dos Municípios;
a proclamação dos resultados, concorrendo os dois candida- III - prestações de contas de convênios celebrados com
tos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a organismos da União e do Estado, bem como do recebimento de
maioria dos votos válidos; subvenções ou auxílios;
II - se, antes da realização do segundo turno, ocorrer de- IV - situação dos contratos com concessionárias e permis-
sistência ou impedimento legal de candidato, será convocado, sionárias de serviço público;
dentre os remanescentes, o de maior votação; V - estado dos contratos de obras e serviços em execução
III - se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanes- ou apenas formalizados, informando sobre o que foi realizado e
cer mais de um candidato com a mesma votação, será qualifica- pago e o que há por executar e pagar, com os prazos respectivos;
do o mais idoso. VI - transferências a serem recebidas da União e do Estado
Art. 109 - O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse no por força de mandamento constitucional ou de convênios;
dia 1º de janeiro do ano subseqüente à eleição, em sessão sole- VII - projetos de lei de iniciativa do Poder Executivo em
ne da Câmara Municipal ou, se esta não estiver reunida, perante curso na Câmara Municipal, para permitir que a nova administra-
a autoridade judiciária competente, ocasião em que prestarão o ção decida quanto à conveniência de lhes dar prosseguimento,
seguinte compromisso: acelerar seu andamento ou retirá-los;
39
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
VIII - situação dos servidores do Município, seu custo, XVII - solicitar o auxílio das forças policiais para garantir o
quantidade e órgãos em que estão lotados e em exercício. cumprimento de seus atos, bem como fazer uso da Guarda Muni-
IX -Situação e resultados do Programa de Promoção da cipal, na forma da lei;
Acessibilidade Universal.( Incluído pela Emenda à Lei Orgânica, XVIII - decretar calamidade pública quando ocorrerem fatos
nº 041 de 09-06-2009, DOM nº 4.637 de 22-06-2009 p. 02). que a justifiquem;
Art. 113 - São crimes de responsabilidade do Prefeito os XIX - fixar as tarifas dos serviços públicos concedidos e per-
atos assim definidos em lei federal. mitidos, bem como daqueles explorados pelo próprio Município,
Parágrafo único - O Prefeito será julgado nos crimes co- conforme critérios estabelecidos na legislação municipal;
muns e de responsabilidade pelo Tribunal de Justiça do Estado. XX - nomear e exonerar os administradores regionais;
Art. 114 - São infrações político-administrativas os atos do XXI - superintender a arrecadação dos tributos e preços, bem
Prefeito definidas nesta Lei Orgânica e nas demais leis. como a guarda e a aplicação da receita, autorizando as despesas e
Parágrafo único - Pela prática de infração político-adminis- os pagamentos, dentro das disponibilidades orçamentárias ou dos
trativa o Prefeito será julgado perante a Câmara Municipal. créditos autorizados pela Câmara;
XXII - aplicar as multas previstas na legislação e nos contratos
SUBSEÇÃO I ou convênios, bem como relevá-las, na forma da lei;
DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO XXIII - resolver sobre os requerimentos, as reclamações ou as
representações que lhe forem dirigidos;
Art. 115 - Compete privativamente ao Prefeito: I - repre- XXIV – nomear e exonerar os secretários, dirigentes de autar-
sentar o Município em juízo e fora dele; quias, fundações ou empresas públicas do Município, bem como
II - exercer a direção superior da Administração Pública os titulares de cargos ou funções de confiança ou comissão, nos
Municipal; cargos de Presidente dos Institutos de Previdência e de Saúde dos
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos servidores públicos municipais fica a obrigatoriedade de nomear
previstos nesta Lei Orgânica; servidores efetivos do quadro de pessoal da Prefeitura Municipal
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprova- de Goiânia.” (NR). (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº
076 de 1º-02-2018, DOM nº 6.756 de 20-02-2018, pág. 02).
das pela Câmara e expedir decretos e regulamentos para sua
XXV - apresentar as contas ao Tribunal de Contas dos Muni-
fiel execução;
cípios, sendo os balancetes mensais em até quarenta e cinco dias
V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
contados do encerramento do mês e as contas anuais até sessenta
VI - enviar à Câmara Municipal o Plano Plurianual, as Di-
dias após a abertura da Sessão Legislativa, para o parecer prévio
retrizes Orçamentárias, o Orçamento Anual do Município e o
deste e o posterior julgamento da Câmara Municipal;
Plano Diretor;
XXVI - prestar contas da aplicação dos auxílios federais e esta-
VII - apresentar anualmente à Câmara Municipal relatório
duais entregues ao Município, na forma da lei.
circunstanciado sobre o programa da administração para o ano
§ 1º- O Prefeito poderá delegar as atribuições previstas nos
seguinte, bem assim o estado das obras e dos serviços munici-
incisos XIII, XXIV, e XXVI deste artigo;
pais em execução; § 2º - O Prefeito poderá, a qualquer momento, seguindo seu
VIII - dispor sobre a organização e o funcionamento da único critério, avocar a si a competência delegada.
administração municipal, na forma
da lei; SUBSEÇÃO II
IX - comparecer ou remeter o plano de governo à Câma- DAS LICENÇAS
ra Municipal por ocasião da abertura
da Sessão Legislativa, expondo a situação do Município e Art. 116 - O Prefeito não poderá, sem licença da Câmara Mu-
solicitando as providências se julgar necessárias; nicipal, ausentar-se do País por qualquer prazo ou do Município
X - prestar, anualmente, à Câmara Municipal, dentro do por mais de quinze dias.
prazo legal, as contas do Município referentes ao exercício an- Art. 117 - O Prefeito poderá licenciar-se, quando impossi-
terior; bilitado de exercer o cargo, por motivo de doença devidamente
XI - prover e extinguir os cargos, na forma da lei; comprovada.
XII - decretar, nos termos legais, desapropriação por ne- Parágrafo único - No caso deste artigo e de ausência em mis-
cessidade de utilidade pública ou por interesse social; são oficial, o Prefeito licenciado fará jus a sua remuneração integral.
XIII - celebrar convênios com entidades públicas e contra- Art. 118 - O Vice-Prefeito não poderá assumir cargos de
tos com as entidades privadas para a realização de objetivos de Ministro de Estado, Secretário de Ministro, Secretário de Estado,
interesse do Município; Secretário Municipal ou equivalentes sem licenciar-se de suas fun-
XIV - prestar à Câmara Municipal, dentro de quinze dias ções, com autorização da Câmara, por voto da maioria absoluta de
úteis, as informações solicitadas; seus membros, sob pena de perda do mandato.
XV - fazer a publicação mensal dos balancetes financeiros
e, anualmente, das prestações de contas da aplicação dos recur- SUBSEÇÃO III
sos e auxílios federais e estaduais recebidos pelo Município; DAS PROIBIÇÕES
XVI - colocar à disposição da Câmara, até o dia vinte de
cada mês, o duodécimo de sua dotação orçamentária, nos ter- Art. 119 - Ao Prefeito, desde a posse, é vedado:
mos da lei complementar prevista no artigo 165, § 9º da Consti- I - firmar ou manter contrato com o Município ou com
tuição da República; suas autarquias, empresas públicas, sociedades de economia
40
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
mista, fundações ou empresas concessionárias de serviço pú- § 1º - O imposto previsto no inciso I poderá ser progressi-
blico municipal, salvo quando o contrato obedecer cláusulas vo, nos termos da lei, de forma a assegurar o cumprimento da
uniformes; função social da propriedade.
II - aceitar ou assumir outro cargo ou função na admi- § 2º - A cobrança do imposto a que se refere o inciso I terá
nistração pública, ressalvada a posse em virtude de concurso alíquota diferenciada a partir dos seguintes critérios:
público e observado o disposto na Constituição Estadual; a) área do terreno construída;
III - patrocinar causas em que seja interessada qualquer das b) localização do imóvel;
entidades mencionadas no inciso I, deste artigo, bem como ser pro- c) número de imóveis de um mesmo proprietário.
prietário, controlador ou diretor de empresa que tenha qualquer tipo § 3º - O imposto previsto no inciso II não incide sobre a
de negócio com o Município ou nela exercer função remunerada. transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio
Parágrafo único - Ao Vice-Prefeito aplica-se o disposto nes- de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a trans-
te artigo. missão de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação,
Art. 120 - É vedado ao Prefeito assumir, por qualquer for- cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se nesses casos, a
ma compromissos financeiros para execução de programas ou atividade preponderante do adquirente for a compra e venda
projetos após o término do seu mandato, não previstos no pla- desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrecada-
no plurianual. ção mercantil.
§ 1º - O disposto neste artigo não se aplica nos casos com- § 4º - O imposto previsto no inciso IV não incide sobre as
provados de calamidade pública. atividades e promoções culturais de grupos ou artistas residen-
§ 2º - São nulos e não produzirão nenhum efeito os em- tes no Município, que visem a difusão de sua própria criação
penhos e atos praticados em desacordo com este artigo, sem cultural e artística.
prejuízo da responsabilidade do Prefeito. Art. 126 - As taxas só poderão ser instituídas por lei, em
razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização efetiva
SEÇÃO II ou potencial dos serviços públicos, específicos e divisíveis, pres-
DOS AUXILIARES DIRETOS DO PREFEITO MUNICIPAL tados ao contribuinte ou postos à disposição pelo Município.
Parágrafo único - Para a cobrança de taxas, não se poderá
Art. 121 - O Prefeito, por intermédio de lei municipal, es- tomar como base de cálculo a que tenha servido para incidência
tabelecerá as atribuições dos seus auxiliares diretos e dos ad- dos impostos.
ministradores regionais, definindo-lhes competência, deveres e Art. 127 - Será cobrada contribuição de melhoria decor-
responsabilidades. rente de obras públicas.
Art. 122 - Os auxiliares diretos do Prefeito são solidaria- Parágrafo único - A lei poderá estabelecer critérios e formas
mente responsáveis pelos atos que assinarem, ordenarem ou específicas para o pagamento da contribuição de melhoria, ob-
praticarem. servando-se as condições socioeconômicas do proprietário do
Art. 123 - Os auxiliares diretos do Prefeito deverão fazer imóvel beneficiado.
declaração de bens no ato de sua posse em cargo ou função Art. 128 - Pertencem ao Município:
pública municipal e quando de sua exoneração. I - o produto da arrecadação do imposto sobre renda e
proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre ren-
TÍTULO V dimentos pagos a qualquer título, pela administração direta e
DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO indireta;
CAPÍTULO I II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO MUNICIPAL imposto da União sobre a propriedade territorial, rural, relativa-
SEÇÃO I mente aos imóveis situados no Município;
DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do
imposto do Estado sobre a propriedade de veículos automoto-
Art. 124 - São tributos municipais os impostos, as taxas res licenciados no território Municipal;
e as contribuições de melhoria decorrentes de obras públicas, IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação
instituídos por Lei Municipal, atendidos os princípios estabele- do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de
cidos na Constituição Federal e nas normas gerais de direito mercadorias e sobre prestação de serviços de transporte inte-
tributário. restadual e intermunicipal de comunicação.
Art. 125 - Compete ao Município instituir imposto sobre: Art. 129 - A receita municipal se constituirá da arrecadação
I - propriedade predial e territorial urbana; dos tributos municipais, da participação em tributos da União e
II - transmissão inter-vivos, a qualquer título, por ato do Estado, dos recursos resultantes do Fundo de Participação
oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de dos Municípios e da utilização dos seus bens, serviços, ativida-
direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como des e outros ingressos.
cessão de direitos a sua aquisição;
III - vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, SEÇÃO II
exceto óleo diesel; DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR
IV - serviços de qualquer natureza, não compreendidos
na competência do Estado, definidos na lei complementar pre- Art. 130 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
vista no Art. 146, da Constituição Federal. contribuinte, é vedado ao Município:
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; § 2º - Do lançamento do tributo cabe recurso aos órgãos
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que de julgamento do contencioso administrativo assegurado para
se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer dis- sua interposição o prazo de quinze dias, contados a partir da
tinção em razão de ocupação profissional ou função por eles notificação.
exercida, independentemente de denominação jurídica dos Art. 132 - O Poder Público Municipal ficará obrigado a for-
vencimentos, títulos ou direitos; necer, em tempo hábil, as informações e esclarecimentos que se
III - Cobrar tributos: fizerem necessários, sempre que solicitados por qualquer contri-
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início buinte, entidade sindical, civil e partido político.
da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publi- CAPÍTULO II
cada a lei que os instituiu ou aumentou; DAS FINANÇAS PÚBLICAS MUNICIPAIS
IV - utilizar tributos com efeito de confisco; SEÇÃO I
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou DOS ORÇAMENTOS
bens, por meio de tributos, ressalvada a cobrança de pedágio SUBSEÇÃO I
pela utilização de vias conservadas pelo poder público; DISPOSIÇÕES GERAIS
VI - instituir imposto sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços da União, dos Estados, Art. 133 - São vedados:
do Distrito Federal ou dos Municípios; I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei
b) templo de qualquer culto. orçamentária anual;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, II - a realização de operações de créditos que excedam
inclusive de suas fundações, das entidades sindicais dos traba- o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas
lhadores, das instituições de educação e de assistência social, mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade
sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; precisa, aprovados pelo Poder Legislativo, por maioria absoluta;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua im- III - a vinculação de receita de impostos a órgãos, fundo
pressão; ou despesa, ressalvados a destinação de recursos para manuten-
e) Os imóveis que estejam sendo usados gratuitamente, ção e desenvolvimento do ensino, a prestação de garantias às
operações de crédito por antecipação da receita, além da desti-
para fins exclusivos de funcionamento de creches filantrópicas,
nação de recursos para a ciência e tecnologia;
mantidas pelo Poder Público Municipal ou a ela conveniadas.
IV - a abertura de crédito suplementar ou especial sem
VII - estabelecer diferenças tributárias entre bens e ser-
prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos cor-
viços de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou
respondentes;
destino.
V - a transposição, o remanejamento ou transferência de
§ 1º - A vedação do inciso VI, alínea “a”, deste artigo, é
recursos de uma categoria de programação para outra ou de um
extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas
órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;
pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e
VI - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
seus serviços, vinculadas às finalidades essenciais, ou às delas
VII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de
decorrentes. recursos do orçamento fiscal e da seguridade social para suprir
§ 2º - As vedações do inciso VI, alínea a, deste artigo e do necessidades ou cobrir déficit das empresas, fundações e fundos;
parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos VIII - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem pré-
serviços relacionados com exploração de atividades econômi- via autorização legislativa.
cas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos priva- § 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapassar um
dos, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no
ou tarifas pelo usuário, nem exonerar o promitente comprador Plano Plurianual, ou sem lei, que autorize a inclusão, sob pena de
da obrigação de pagar impostos relativamente ao bem imóvel. crime de responsabilidade.
§ 3º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas “b” e “c”, § 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência
deste artigo, compreendem somente o patrimônio, a renda e os no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato
serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entida- de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daque-
des nelas mencionadas. le exercício, caso em que reabertos nos limites de seus saldos,
§ 4º - A lei determinará medidas para que os consumidores serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro sub-
sejam esclarecidos acerca dos impostos incidentes sobre mer- seqüente.
cadorias e serviços. § 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será ad-
§ 5º - Qualquer anistia ou remissão que envolva matéria mitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as
tributária ou previdenciária só poderá ser concedida através de decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública,
lei municipal específica. observado o disposto na Constituição Federal e Estadual.
Art. 131 - Nenhum contribuinte será obrigado ao paga- § 4º - Uma vez iniciadas as obras, projetos ou programas de
mento de qualquer tributo lançado pela Prefeitura, sem prévia que trata este artigo, não poderão ser interrompidos antes de
notificação. seu término.
§ 1º - Considera-se notificação a entrega do aviso de lança- § 5º - As disponibilidades de caixa do Município e dos ór-
mento no domicílio fiscal do contribuinte, nos termos da legis- gãos, entidades e empresas por ele mantidos ou controladas
lação federal pertinente. serão depositadas em instituições financeiras oficiais.
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Art. 134 - Aplica-se ao Município o disposto no caput do § 8º - A Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo
artigo 113, da Constituição do Estado. estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se
Parágrafo único - A concessão de qualquer vantagem ou incluindo na proibição autorização para abertura de créditos su-
aumento de remuneração, a criação de cargos ou alteração de plementares e contração de operações de crédito, ainda que por
estrutura de carreiras, e a admissão de pessoal, a qualquer títu- antecipação de receita.
lo, pelos órgãos e entidades da administração direta, autárquica, § 9º - A elaboração, organização e vigência do Plano Plu-
fundacional e indireta, só poderão ocorrer se houver prévia do- rianual de investimentos, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e
tação orçamentária suficiente para atender as projeções de des- da Lei Orçamentária Anual far-se-ão de conformidade com a lei
pesa com pessoal e aos acréscimos dela decorrentes, com autori- complementar estadual prevista no § 9º, do artigo 110, da Cons-
zação específica na Lei de Diretrizes Orçamentárias, ressalvada as tituição Estadual.
empresas públicas e as sociedades de economia mista.
SUBSEÇÃO III
SUBSEÇÃO II DA EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO
DA VOTAÇÃO DO ORÇAMENTO
Art. 137 - Até a entrada em vigor da lei complementar a
Art. 135 - É da competência do Poder Executivo a iniciativa que se refere o artigo 165, § 2ª, I e II, da Constituição Federal,
das leis orçamentárias e das que abram créditos, fixem venci- serão obedecidas as seguintes normas:
mentos e vantagens dos servidores públicos, concedam sub- I – O Projeto de Lei referente ao Plano Plurianual
venção ou auxilio ou, de qualquer modo, autorizem, criem ou será encaminhado até 3 (três) meses, antes do encerramento do
aumentem a despesa pública. exercício Financeiro e devolvido para sanção até o encerramento
Art. 136 - Leis de iniciativa do Poder executivo estabelece- da sessão legislativa do 1º ano de mandato do respectivo Pre-
rão o Plano Plurianual, as Diretrizes Orçamentárias e os Orça- feito. (Inciso I – Incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº 035
mentos Anuais. de 13-04-2006, DOM nº 3.872 de 02-05-2006, pág. 01 e pos-
§ 1º - A Lei que instituir o Plano Plurianual estabelecerá, de teriormente, Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 046 de
forma setorial, as diretrizes, objetivos e metas da administração 25-05-2010, DOM nº 4.873 de 02-06-2010, pág. 01).
municipal para as despesas de capital e outras delas decorren- I - O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias será
tes e para as relativas aos programas de duração continuada. encaminhado até 8 (oito) meses e meio antes do encerra-
§ 2º - A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as mento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o
metas e prioridades da administração pública municipal, in- encerramento do primeiro período da sessão legislativa; (Inciso
cluindo as despesas de capital para o exercício financeiro sub- II - Renumerado pela Emenda à Lei Orgânica nº 035 de 13-04-
seqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, dis- 2006, DOM nº 3.872 de 02-05-2006, pág. 01).
porá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a II - Os respectivos projetos de Lei referentes ao Orça-
política de aplicação das agências oficiais do fomento. mento Anual do Município serão encaminhados até 3 (três) me-
§ 3º - O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o ses antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido
encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execu- para sanção até o encerramento da sessão legislativa. (Inciso III
ção orçamentária. – Renumerado e alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 035 de
§ 4º - Os planos e programas municipais globais e setoriais, 13-04-2006, DOM nº 3.872 de 02-05-2006, pág. 01).
previstos nesta Lei Orgânica, serão elaborados em concordân- Art. 138 - Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às
cia com o Plano Plurianual e apreciados pela Câmara Municipal. diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adi-
§ 5º - A Lei Orçamentária compreenderá: cionais serão elaborados pelo Poder Executivo e apreciados pela
I - orçamento fiscal referente aos poderes do Municí- Câmara Municipal com obediência à lei complementar a que se
pio, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta, refere o artigo 165, da Constituição Federal.
autárquica, fundacional e indireta, assegurando dotações a se- § 1º - Caberá a uma comissão permanente da Câmara exa-
rem repassadas ao Poder Legislativo; minar e emitir parecer sobre planos e programas globais e seto-
II - o orçamento de investimento das empresas em que riais, e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária,
o Município, direta ou indiretamente, detenha a maioria do ca- sem prejuízo das demais comissões da Câmara Municipal.
pital votante; § 2º - As emendas serão apresentadas na Comissão que, sobre elas
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo to- emitirá parecer, e serão apreciadas, na forma regimental, pelo plenário.
das as entidades e os órgãos a ela vinculados, da administração § 3º - As emendas ao Projeto do Orçamento Anual ou aos
direta ou indireta, bem como os fundos e as fundações, instituí- projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:
das e mantidas pelo Poder Público; I - sejam compatíveis com o Plano Plurianual e com as
§ 6º - O Projeto de Lei Orçamentária será acompanhado de diretrizes orçamentárias;
demonstrativo setorial do efeito II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas
sobre as receitas decorrentes de isenções, anistias, remis- as provenientes de anulação de despesa, excluídas as que indi-
sões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e cam sobre:
creditícia. a) dotações para pessoal e seus encargos;
§ 7º - Os orçamentos previstos no parágrafo 5º, incisos I e b) serviço da dívida;
II, compatibilizados com o Plano Plurianual, terão dentre suas III - sejam relacionadas com:
funções, a de reduzir desigualdades setoriais, segundo o critério a) a correção de erros ou omissões;
populacional. b) os dispositivos do texto do projeto de lei.
43
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
§ 4º - As emendas ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamen- § 13. - Após o prazo previsto no inciso IV do § 12, as progra-
tárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o mações orçamentárias previstas no § 10 não serão de execução
Plano Plurianual. obrigatória nos casos dos impedimentos justificados na hipó-
§ 5º - O Prefeito poderá enviar mensagem à Câmara Muni- tese prevista no inciso I do § 12. (Incluído pela Emenda à Lei
cipal para propor modificações nos projetos a que se refere este Orgânica do Município nº 071 de 13-06-2017, DOM nº 6599
artigo, enquanto não iniciada a votação, na comissão, da parte de 29-06-2017, págs. 02 e 03).
cuja alteração é proposta. § 14. - Se for verificado que a reestimativa da receita e da
§ 6º - Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, despesa poderá resultar no não cumprimento da meta de re-
no que não contrariar o disposto nesta seção, as demais normas sultado fiscal estabelecida na Lei de diretrizes orçamentárias, o
relativas ao processo legislativo. montante previsto no § 10 deste artigo, poderá ser reduzido em
§ 7º - Os recursos que em decorrência de veto, emenda até a mesma proporção da limitação incidente sobre o conjunto
ou refacção do projeto de Lei Orçamentária Anual, ficarem sem
das despesas discricionárias. (Incluído pela Emenda à Lei Or-
despesas correspondentes, poderão ser utilizados, conforme o
gânica do Município nº 071 de 13-06-2017, DOM nº 6599 de
caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia
29-06-2017, págs. 02 e 03).
e específica autorização Legislativa.
§ 15. - Considera-se equitativa a execução das programa-
§ 8° - As emendas individuais ao projeto de lei orçamentá-
ções de caráter obrigatório que atenda de forma igualitária e
ria serão aprovadas no limite de 1,2
% da receita corrente líquida prevista no projeto, sendo impessoal às emendas apresentadas, independentemente da
que, no mínimo, 1/5 (um quinto) do valor total aprovado será autoria. (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica do Município
destinado a ações e serviços públicos de saúde. (Incluído pela nº 071 de 13-06-2017, DOM nº 6599 de 29-06-2017, págs.
Emenda à Lei Orgânica do Município nº 071 de 13-06-2017, 02 e 03).
DOM nº 6599 de 29-06-2017, págs. 02 e 03). § 16. - Para fins do disposto no § 10 deste artigo, a execução
§ 9º - A execução do montante destinado a ações e serviços da programação será: (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica
públicos de saúde previsto no do Município nº 071 de 13-06-2017, DOM nº 6599 de 29-06-
§8°, inclusive custeio, será computada para fins do cum- 2017, págs. 02 e 03).
primento do previsto no art. 198 da Constituição Federal. (In- I – demonstrada no relatório de que trata o art. 136, § 3º;
cluído pela Emenda à Lei Orgânica do Município nº 071 de II – objeto de manifestação específica no parecer previs-
13-06-2017, DOM nº 6599 de 29-06-2017, págs. 02 e 03). to no art. 103, § 1º; e III – fiscalizada e avaliada quanto aos resul-
§ 10. - É obrigatória a execução orçamentária e financeira, tados obtidos. (NR)
conforme critérios para execução equitativa, das programações Art. 139 - As entidades autárquicas e fundacionais do Mu-
a que se refere o §8° deste artigo, observado o anexo de metas nicípio, depois de aprovados por lei, terão seus orçamentos
e prioridades que integrará a lei prevista na Lei de Diretrizes aprovados por decreto executivo.
Orçamentárias, em montante correspondente a 1,2 % da receita § 1º - Os orçamentos das entidades referidas neste artigo,
corrente líquida realizada no exercício anterior. (Incluído pela vincular-se-ão ao orçamento do Município, pela inclusão:
Emenda à Lei Orgânica do Município nº 071 de 13-06-2017, a) como receita, salvo disposição legal em contrário, do
DOM nº 6599 de 29-06-2017, págs. 02 e 03). saldo positivo previsto entre totais das receitas e despesas;
§ 11. - As programações orçamentárias previstas no §8 des- b) como subvenção econômica, na receita do orçamento
te artigo não serão de execução obrigatória nos casos dos im- da beneficiária, salvo disposição legal em contrário, do saldo ne-
pedimentos de ordem técnica ou legal. (Incluído pela Emenda gativo previsto entre os totais das receitas e das despesas.
à Lei Orgânica do Município nº 071 de 13-06-2017, DOM nº § 2º - Os investimentos ou inversões financeiras do Municí-
6599 de 29-06-2017, págs. 02 e 03).
pio, realizadas por intermédio das entidades aludidas neste arti-
§ 12. - No caso impedimento de ordem técnica ou legal,
go, serão classificadas como receita de capital destas e despesas
no empenho de despesas que integre a programação, na for-
de transferência de capital daquele.
ma do §10 deste artigo, serão adotadas as seguintes medidas:
§ 3º - As previsões para depreciação serão computadas para
(Incluído pela Emenda à Lei Orgânica do Município nº 071
de 13-06-2017, DOM nº 6599 de 29-06-2017, págs. 02 e 03). efeito de apuração do saldo líquido das mencionadas entidades.
I – até 120 (cento e vinte) dias após a publicação da lei Art. 140 - Os orçamentos das autarquias municipais serão
orçamentária, o Poder Executivo enviará ao Poder Legislativo as publicados como complemento do orçamento do Município.
justificativas do impedimento; Art. 141 - Serão abertos por decreto executivo:
II – até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto I - depois de autorizados por lei:
no inciso I, o Poder Legislativo indicará ao Poder Executivo o a) os créditos suplementares, destinados a reforço de do-
remanejamento da programação cujo impedimento seja insu- tação orçamentária;
perável; b) os créditos especiais, destinados a despesas para as
III – até 30 (trinta) dias após prazo previsto no inciso II, o quais não haja dotação orçamentária específica;
Poder Executivo encaminhará projeto de lei sobre o remaneja- II - independentemente de autorização em lei, os cré-
mento da programação cujo impedimento seja insuperável; ditos extraordinários, dos quais deverá o Prefeito dar imediato
IV – se, até 30 (trinta) dias após o término do prazo pre- conhecimento à Câmara.
visto no inciso III, a Câmara Municipal não deliberar sobre o § 1º - O decreto que abrir qualquer dos créditos adicionais
projeto, o remanejamento será implementado por ato do Poder referidos neste artigo deverá indicar a importância e espécie do
Executivo, nos termos previstos na lei orçamentária. crédito e classificação da empresa, até onde for possível.
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
§ 2º - Os créditos adicionais e extraordinários não poderão § 2º- As empresas públicas e as sociedades de economia
ter vigência além do exercício financeiro em que forem autori- mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às
zados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últi- do setor privado.
mos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos § 3º - A lei regulamentará as relações da empresa pública
nos limites dos seus saldos, poderão vigorar até a término do com o Município e a sociedade.
exercício financeiro subseqüente. § 4º- Observado o disposto em leis federal e estadual perti-
§ 3º - A abertura de crédito suplementar ou especial depen- nentes, o Município não permitirá, na área de sua competência, o
de da existência de recursos disponíveis para prover a despesa, monopólio de setores vitais da economia e reprimirá o abuso do
e será precedida de exposição justificada. Consideram-se recur- poder econômico que vise à dominação dos mercados, à elimi-
sos para o fim deste parágrafo, desde que não comprometidos: nação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
a) o superávit financeiro apurado em balanço patrimo- § 5º- O Município exigirá das empresas concessionárias, per-
nial do exercício anterior, entendendo- se como tal superávit, a missionárias ou autorizatárias de seus serviços públicos, além do
diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, cumprimento da legislação federal e estadual próprias, a obser-
conjugando-se ainda os saldos dos créditos vinculados; vância de princípios que visem garantir:
b) os recursos provenientes de excesso de arrecadação, I - o direito dos usuários ao serviço eficiente, capaz e
prevista e realizada, considerando-se, ainda, a tendência do adequado;
exercício e deduzida, daquele saldo, a importância dos créditos II - a política tarifária tendo como base o interesse coleti-
extraordinários abertos no exercício; vo, a revisão periódica das tarifas aplicadas e a justa remuneração
c) os recursos resultantes de anulação parcial ou total de ou retribuição adequada do capital empregado, de conformida-
dotações orçamentárias ou de créditos adicionais autorizados de com os parâmetros técnicos de custos preestabelecidos, de
em lei; modo que sejam atendidas convenientemente as exigências de
d) o produto de operações de crédito autorizadas na for- expansão e melhoramento do serviço prestado.
ma que juridicamente possibilite ao Poder Executivo autorizá- III – A implantação do programa brasileiro de acessibili-
-las. dade urbana denominado Brasil Acessível. (Incluído pela Emenda
Art. 142 - Se, no curso do exercício financeiro a execução
à Lei Orgânica, nº 041 de 09-06-2009, DOM nº 4.637 de 22-06-
orçamentária demonstrar possibilidade de déficit superior a dez
2009 p. 02).
por cento do total da receita estimada, o Prefeito deverá propor
Art. 146 - Respeitadas as competências da União e do Es-
à Câmara as medidas necessárias para restabelecer o equilíbrio
tado, o Município, como agente e regulador da atividade econô-
orçamentário.
mica local, exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização,
Art. 143 - As operações de crédito por antecipação da re-
incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor
ceita autorizada no orçamento anual não excederão a quarta
público e indicativo para o privado.
parte da receita estimada para o exercício financeiro, e até trinta
§ 1º - É vedada a concessão de incentivos fiscais ou outras
dias depois do encerramento deste serão obrigatoriamente li-
vantagens correlatas a empresas em cuja atividade se comprove:
quidadas.
I - estar em débito com as Fazendas Públicas;
Parágrafo único - A lei que autorizar operação de crédito
para liquidação em exercício financeiro subseqüente fixará, des- II - exercer qualquer forma de discriminação contra o tra-
de logo, as dotações que hajam de ser incluídas no orçamento balhador.
anual, para os respectivos serviços de juros, amortização e res- II- Oferecer qualquer forma de obstáculo à acessibilidade
gate durante o prazo de liquidação. universal. (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica, nº 041 de 09-06-
2009, DOM nº 4.637 de 22-06-2009 p. 02).
TÍTULO VI § 2º - Na aquisição de bens e serviços e na contratação de
DA ORDEM ECONÔMICA E DO MEIO AMBIENTE obras públicas, o Município dará tratamento preferencial à em-
CAPÍTULO I presa goiana de capital nacional, que tenha sede em Goiânia e
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ORDEM ECONÔMICA que promova ações e políticas voltadas para acessibilidade uni-
versal. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica, nº 041 de
Art. 144 - A ordem econômica municipal, fundada na va- 09-06-2009, DOM nº 4.637 de 22-06-2009 p. 01).
lorização do trabalho humano e na livre iniciativa, observados
os princípios estabelecidos na Constituição Federal e Estadual, CAPÍTULO II
tem por fim assegurar existência digna a todos os habitantes do DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO
município de Goiânia, conforme os ditames da Justiça Social.
Art. 145 - Ressalvados os casos previstos na Constituição Art. 147 - Na promoção do desenvolvimento econômico, o
Federal, a exploração direta de atividade econômica pelo Mu- Município agirá, sem prejuízo de outras iniciativas, no sentido de:
nicípio só será permitida quando necessária aos imperativos da I - fomentar a livre iniciativa;
segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme II - privilegiar a geração de empregos;
definidos em lei. III - utilizar tecnologias de uso intensivo de mão-de-obra;
§ 1º- A empresa pública, a sociedade de economia mista IV - racionalizar a utilização de recursos naturais
e outras entidades que explorem atividades econômicas sujei- V - proteger o meio ambiente;
tam-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclu- VI - proteger os direitos dos usuários dos serviços públi-
sive quanto às obrigações tributárias e trabalhistas. cos e dos consumidores;
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
VII - dar tratamento diferenciado à pequena produção § 3º - Observado o disposto na Constituição Federal e na
artesanal ou mercantil, às Microempresas e às pequenas em- lei federal, o Município instituirá, mediante lei, o Fundo Muni-
presas locais, considerando sua contribuição para a democrati- cipal de Desenvolvimento Econômico, destinado a promover o
zação de oportunidades econômicas, inclusive para os grupos desenvolvimento da política de fomento às atividades industriais,
sociais mais carentes; comerciais e de serviços, na forma do disposto no artigo.
VIII - estimular o associativismo, o cooperativismo e as Mi- § 4º - É dever do Poder Público Municipal desenvolver gestões
croempresas; e medidas concretas para o engajamento das atividades informais
IX - eliminar entraves burocráticos que possam limitar o no processo produtivo regular, assegurando a desburocratização
exercício da atividade econômica; para os registros necessários, o acesso aos incentivos de toda a or-
X - desenvolver ação direta ou reivindicativa junto a ou- dem, facilidade na aquisição de tecnologia e garantia dos estímulos
tras esferas de Governo, de modo a efetivar, entre outras formas necessários à geração de renda e empregos estáveis.
de incentivos: § 5º - A regulamentação do presente conselho será através de
a) a assistência técnica; lei complementar.
b) o crédito especializado ou subsidiado;
c) o estímulo fiscal e financeiro; SEÇÃO II
d) os serviços de suporte informativo ou de mercado. DA POLÍTICA AGRÍCOLA
XI - implantar programas para capacitar profissional-
mente a mulher. Art. 150 - O Município, mediante autorização legislativa, po-
Parágrafo único - A lei apoiará e estimulará as empresas derá celebrar convênios e contratos com o Estado para, na forma
que invistam em pesquisa, criação de tecnologia, formação e da Constituição Estadual, instituir o Projeto Cinturão Verde, destina-
aperfeiçoamento de pessoal, que promovam o desenvolvimen- do à organização do abastecimento alimentar.
to no campo da medicina preventiva ou exerçam atividades no Art. 151 - A atuação do Município na zona rural terá como
setor de equipamentos especializados e destinados ao uso por principais objetivos:
pessoas deficientes. I - oferecer meios para assegurar ao pequeno produtor e
Art. 148 - É de responsabilidade do Município, no campo trabalhador rural condições de trabalho e de mercado para os pro-
de sua competência, a realização de investimentos para formar dutos, a rentabilidade dos empreendimentos e a melhoria do
padrão de vida da família rural;
e manter a infra-estrutura básica capaz de atrair, apoiar ou in-
II - garantir o escoamento da produção, sobretudo o abas-
centivar o desenvolvimento de atividades produtivas compatí-
tecimento alimentar; III - garantir a utilização racional dos recursos
veis com sua realidade, seja diretamente ou
naturais.;
mediante delegação ao setor privado para esse fim.
IV - em convênio com órgãos afins, fiscalizar o uso de agro-
Parágrafo único - A atuação do Município dar-se-á, inclusi-
tóxicos e incentivar o uso de métodos alternativos de controle de
ve, no meio rural, para a fixação de contingentes populacionais,
pragas e doenças.
possibilitando-lhes acesso aos meios de produção e geração de
Art. 152 - Como principais instrumentos para o fomento da
renda e estabelecendo a necessária infra-estrutura destinada a
produção na zona rural, o Município utilizará a assistência técnica,
viabilizar esse propósito.
a extensão rural, o armazenamento, o transporte, o associativismo
e a divulgação das oportunidades de crédito e de incentivos fiscais.
SEÇÃO I Art. 153 - O Município de Goiânia comprometer-se-á a pro-
DA POLÍTICA DE INDÚSTRIA E COMÉRCIO porcionar atendimento ao pequeno e médio produtor estabelecido
em seus limites, bem como a sua família, por meio de convênio
Art. 149 - O Município adotará uma política de fomento com órgãos federais e estaduais.
às atividades industriais, comerciais e de serviços, apoiando a Parágrafo único - O montante e a destinação dos recursos se-
empresa brasileira de capital nacional de pequeno porte, por rão regulamentados através de lei complementar, quando da cele-
meio de planos e programas de desenvolvimento integrado, bração do convênio.
visando assegurar a ocupação racional do solo e a distribuição Art. 154 - O Município poderá consorciar-se com outras mu-
adequada das atividades econômicas, objetivando o abasteci- nicipalidades com vistas ao desenvolvimento de atividades econô-
mento do Município, a livre concorrência, a defesa do consu- micas de interesse comum , bem como integrar-se em programas
midor, da qualidade de vida, do meio ambiente e a busca do de desenvolvimento regional a cargo de outras esferas de Governo.
pleno emprego.
§ 1º - O Município dispensará às Microempresas e às em- SEÇÃO III
presas de pequeno porte, como tal definidas em lei, tratamento DO TURISMO
jurídico diferenciado, visando incentivar sua criação, preserva-
ção e desenvolvimento, pela simplificação ou redução de suas Art. 155 - O Município promoverá o incremento e o incen-
obrigações administrativas e tributárias, na forma da lei. tivo do turismo como fator de desenvolvimento socioeconômico,
§ 2º - Fica assegurado às micros e pequenas empresas pres- cuidando, prioritariamente, da proteção ao meio ambiente, a bens
tadoras de serviços, escalonamento de suas obrigações fiscais, de valor artístico, histórico, cultural, turístico e paisagístico e da
proporcional ao seu faturamento bruto anual, a ser definido em promoção da mobilidade urbana sustentável e da acessibilida-
lei complementar, com participação de associações e entidades de universal. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica, nº
ligadas à pequena empresa em Goiás. 041 de 09-06-2009, DOM nº 4.637 de 22/06/2009 p. 01).
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
ridade vinculadas ao período da Ditadura Militar Brasileira ou Art. 170 - As áreas urbanas desapropriadas, nos termos
fizer alusão ao nazismo ou fascismo. (Incluído pela Emenda à que estabelece o artigo 182, da Constituição Federal e esta Lei
Lei Orgânica nº 057 de 19-08- 2014, DOM nº 5914 de 04-09- Orgânica, serão, prioritariamente, destinadas à construção de
2014, P. 02). (Renumerado de parágrafo único para § 4º pela moradia popular.
Emenda à Lei Orgânica nº 064 de 24-08-2016, DOM nº 6407 Art. 171 - O Poder Público Municipal estabelecerá estímulos
de 13-09-2016, P. 02). e assistência técnica operacional à criação de cooperativas para
Art. 166 - (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica do construção de casa própria.
Município nº 037, de 26-06-2007, DOM nº 4.167 de 24-07-
2007, P. 01). SEÇÃO III
DO TRANSPORTE COLETIVO
SEÇÃO II
DA HABITAÇÃO Art. 172 - O Município disporá sobre as normas gerais de
exploração dos serviços públicos de transportes coletivos de pas-
Art. 167 - O acesso à moradia é competência comum do sageiros, regulando a forma de sua concessão ou permissão, e
Estado, do Município e da sociedade, e direito de todos, na for- determinará os critérios para a fixação de tarifas, de acordo com
ma da lei. o disposto na Constituição Federal e Estadual.
§ 1º - É responsabilidade do Município em cooperação com Parágrafo único – Em virtude da instituição da Região Me-
a União e o Estado, promover e executar programas de cons- tropolitana de Goiânia, por meio de Lei Complementar Estadual
trução de moradias populares atendendo as necessidades da n° 027, de 30 de dezembro de 2000, e pela Lei Complementar N°
população, segundo critérios específicos de melhoria das con- 034, de 03 de outubro de 2001, o Município de Goiânia, preserva-
dições habitacionais. das a sua autonomia e demais garantias constitucionais, exercerá
§ 2º - O Poder Público Municipal definirá as áreas e esta- os poderes, direitos, prerrogativas e obrigações do Município, no
belecerá diretrizes e normas específicas para o parcelamento e que respeitar aos serviços públicos de transportes coletivos de
assentamento de população carente de moradia. passageiros, na e por meio da Câmara Deliberativa de Transporte
Art. 168 - O Município promoverá, em consonância com Coletivos da Região Metropolitana de Goiânia.
sua política urbana e respeitadas as disposições constitucionais Art. 173 - Os veículos do sistema de transporte coletivo se-
e aquelas constantes do Plano Diretor, em colaboração com a rão obrigatoriamente dotados de meios adequados a facilitar o
União e o Estado e/ou com recursos próprios, programas de acesso de pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida,
habitação popular, destinados a atender a população caren- devendo ainda, conter dispositivos que impeçam a poluição am-
te, observando-se as normas da ABNT para atendimento das biental. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica, nº 041 de
necessidades das pessoas com deficiência ou com mobilidade 09-06-2009, DOM nº 4.637 de 22-06-2009 p. 01).
reduzida. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica, nº 041 Art. 174 - A lei que dispuser sobre as normas gerais de ex-
de 09-06-2009, DOM nº 4.637 de 22-06-2009 p. 01). ploração dos serviços de transporte coletivo conterá, obrigato-
§ 1º - A ação do Município deverá orientar-se para: riamente, dispositivos que regulem o livre acesso das pessoas
VII - ampliar o acesso a lotes mínimos dotados de in- deficientes, dos idosos, dos menores e das gestantes.
fra-estrutura básica e servidos por transporte coletivo; Art. 175 - O Conselho Municipal de Transporte Coletivo é
II – Estimular, assistir e apoiar tecnicamente e operacio- órgão destinado a promover a execução de estudos e medidas
nalmente, projetos comunitários, cooperativos e associativos que objetivem a exploração, coordenação, controle e operação
de construção de habitação e serviços: (Redação dada pela dos sistemas de transporte coletivo urbano de Goiânia, caben-
Emenda à Lei Orgânica, nº 042 de 17-06-2009, DOM nº do-lhe, essencialmente, exercer as atribuições de fiscalizar a exe-
4.649 de 08-07-2009 p. 01). cução da política municipal de transporte coletivo, promovendo
a) As entidades responsáveis pelos projetos firmarão a adoção de medidas que objetivem racionalizar, modernizar e
convênio de Cooperação Técnica e Operacional com a Prefei- melhorar a qualidade desses serviços.
tura Municipal. (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica, nº 042 de Art. 176 - O Município participará, na forma da Lei, na qua-
17-06- 2009, DOM nº 4.649 de 08-07-2009 p. 01). lidade de acionista fundador, dos atos de constituição da Com-
III - urbanizar, regularizar e titular as áreas ocupadas por panhia Metropolitana de Transportes Coletivos – CMTC, empresa
população de baixa renda, passíveis de urbanização. pública, sob a forma de sociedade por ações, instituída no art.3°
§ 2º - Na promoção de seus programas de habitação po- da Lei Complementar Estadual N° 034, de 03 de outubro de 2001.
pular, o Município deverá articular-se com os órgãos estaduais, I - O Município poderá, em qualquer época e a seu crité-
regionais e federais competentes e, quando couber, estimular rio, rever as concessões, permissões e autorizações dos serviços
a iniciativa privada a contribuir para aumentar a oferta de mo- de transporte coletivo, sempre que esses serviços se revelarem
radias adequadas e compatíveis com a capacidade econômica insatisfatórios para o atendimento da população, quando estive-
da população. rem sendo executados em desacordo com as cláusulas contra-
§ 3º - O Município criará um departamento específico para tuais, quando o município for obstado ou impedido de exercer
aplicação e execução da política de habitação do mesmo. suas atribuições fiscalizadoras, ou quando essas empresas pro-
§ 4º - O Município deverá destinar, obrigatoriamente, ver- moverem a ruptura do atendimento à população;
bas orçamentárias aos programas de habitação popular, imple- II - a permissão, concessão ou autorização para explora-
mentados pelo Poder Público Municipal. ção dos serviços de transporte coletivo não importará na exclusi-
Art. 169 - As entidades civis e sindicais terão presença ga- vidade da prestação do serviço, permitindo-se a participação de
rantida na elaboração do Programa de Moradia Popular. uma ou mais empresas na exploração de linha já autorizada;
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
III - a concessão, permissão ou autorização de serviços de Art. 184 - O Município se encarregará de manter e estimu-
transporte coletivo será sempre a título precário e dependerá de lei. lar, em conjunto com órgãos públicos estaduais responsáveis
Art. 177 - Os serviços públicos de transportes coletivos de pela função Ciência e Tecnologia, a estruturação e sistematiza-
passageiros, de competência do Município de Goiânia, para todos ção de uma base de informação necessária ao desenvolvimento
os fins e efeitos, integrarão a Rede Metropolitana de Transportes das atividades de planejamento e execução relativa ao segmen-
Coletivos – RMTC, instituída pelo art., 1°, da Lei Complementar Es- to científico e tecnológico, bem como incentivar a formação de
tadual N.º 34, de 03 de outubro de 2001, e terá sua organização, banco de dados, acervos bibliográficos, estruturação de labo-
coordenação e fiscalização exercida pelo Município de Goiânia, por ratórios, bancos genéticos, arquivos, serviços de mapeamento,
meio da Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos da Região viveiros e outros mecanismos, tendo em conta a consecução
Metropolitana de Goiânia e Companhia Metropolitana de Trans- desses propósitos.
portes Coletivos – CMTC. Art. 185 - Não serão admitidas, sob nenhum pretexto, no
Parágrafo único - Por iniciativa do Prefeito, aprovada pela Câ- território municipal, experiências que manipulem matérias ou
mara Municipal em turno único de discussão e votação e no prazo produtos que coloquem em risco a segurança ou integridade
máximo de trinta dias, o Município intervirá em empresas privadas
de pessoas, da biota ou de seu contexto biológico
de transporte coletivo, sempre que as mesmas violarem a política de
Art. 186 - A política científica e tecnológica deverá prote-
transportes, o plano viário, ou causarem danos à coletividade usuária.
ger os patrimônios arqueológicos, paleontológicos e históricos,
Art. 178 - As empresas de transporte coletivo ficam obrigadas
ouvida a comunidade científica.
a afixarem as planilhas de horários dos ônibus nos pontos dos mes-
mos e nos terminais. Art. 187 - O patrimônio físico, cultural e científico dos mu-
Art. 179 - Fica permitida aos permissionários do serviço de seus, institutos e centros de pesquisas da administração direta,
transporte individual de passageiros a veiculação de propaganda indireta e fundacional são inalienáveis e intransferíveis, sem au-
em seus veículos, nos termos da lei. diência da comunidade científica e aprovação prévia do Poder
Art. 180 - A Prefeitura fará a reserva de áreas públicas desti- Legislativo Municipal.
nadas a estacionamento de táxis, dentro dos passeios, praças e lo- Parágrafo único - O disposto neste artigo não se aplica à
gradouros públicos, visando a proteção e segurança do passageiro doação de equipamentos e insumos para a pesquisa, quando
e do veículo. É permitida a construção do abrigo especial, modelo feita por entidade pública de fomento ao ensino e à pesquisa
padrão, nos pontos de táxis, custeados ou não por empresas com a científica e tecnológica, para outra entidade pública da área de
fixação de sua propaganda. ensino e pesquisa em ciência e tecnologia.
Art. 188 - O Município apoiará e estimulará os trabalhos
CAPÍTULO IV dos artesãos e Microempresas que visem o desenvolvimento de
DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA tecnologias alternativas a baixo custo.
Art. 189 - O Município incentivará a realização de cursos,
Art. 181 - O Município, visando o bem-estar da população, palestras e outros eventos com vistas à promoção e difusão das
promoverá e incentivará o desenvolvimento e a capacitação cientí- atividades científicas e tecnológicas em centros comunitários,
fica e tecnológica, com prioridade à pesquisa e à difusão do conhe- escolas, parques e repartições públicas, bem como a criação de
cimento técnico-científico. programas de incentivo à iniciação científica e tecnológica, tais
§ 1º - A política científica e tecnológica tomará como princípios como: Clubes Mirins de Ciência, Parques de Ciência e Tecnolo-
o respeito à vida e à saúde humana, o aproveitamento racional e gia, laboratórios demonstrativos e outros programas com esses
não predatório dos recursos naturais, a preservação e a recupera- objetivos.
ção do meio ambiente, bem como o respeito aos valores culturais Art. 190 - A lei disporá, entre outros estímulos, sobre con-
do povo. cessão de isenções, incentivos e benefícios, observados os limi-
§ 2º - Aplicar-se-á a pesquisa científica sobre os aspectos físi-
tes desta Lei Orgânica, à empresa brasileira de capital nacional,
cos e biológicos do meio ambiente que venham subsidiar o conhe-
com sede e administração no Município que concorra para a
cimento do ecossistema urbano e as medidas para manutenção ou
viabilização de autonomia tecnológica nacional.
retomada de seu equilíbrio.
§ 1º - Para a execução da sua política de desenvolvimen-
Art. 182 - O Processo científico e tecnológico em Goiânia de-
to cientifico e tecnológico , o Município de Goiânia destinará,
verá ter no homem o maior
beneficiário e se orientará de forma a: anualmente, o mínimo de 0,5% (cinco décimo por cento) de
I - direcionar as pesquisas e estudos, visando a atender às sua receita resultante de impostos, transferido no exercício,
demandas efetivas nos setores considerados básicos para o desen- em duodécimo ao Fundo Municipal de Ciência e Tecnologia,
volvimento do município. não devendo este percentual ser computado para fim do limi-
II - elevar os níveis de qualidade de vida de sua população; te destinado a Educação e ao Ensino, estabelecido no artigo
III - reduzir seu grau de dependência tecnológica, financeira 257 da Lei Orgânica Municipal. (Alterado pela Emenda à Lei
e econômica; IV- eliminar as disparidades entre o centro e a perife- Orgânica, nº 048 de 18-11-2010, DOM nº 4.996 de 06-12-
ria urbana. 2010 p. 01).
Art. 183 - Terá caráter prioritário, observados os dispostos na § 2º - Caberá ao Conselho Municipal de Ciência e Tecno-
Constituição Federal e Estadual, a realização de pesquisas, cujo pro- logia de Goiânia deliberar sobre a política de desenvolvimento
duto atenda e preencha expectativas da comunidade goianiense, científico e tecnológico no âmbito local, bem como sobre as
em especial na identificação de tecnologias simplificadas e de diretrizes para aplicação dos recursos consignados para o setor.
baixo custo.
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Art. 214 - O dever do Município não isenta a responsabili- XIII - a execução, no âmbito do Município, dos programas
dade de pessoas, instituições e empresas que produzem risco à e projetos estratégicos para o enfrentamento das prioridades
saúde de indivíduos e da coletividade. nacionais, estaduais e municipais, assim como situações emer-
Art. 215 - As ações e serviços de saúde são de relevância genciais;
pública, cabendo ao Poder Público sua normatização, regula- XIV - a complementação das normas referentes às rela-
mentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita ções com o setor privado e a celebração de contratos e convê-
preferencialmente através de serviços públicos e, complementar- nios com serviços públicos e privados;
mente, através de terceiros, quando necessário, segundo definido XV - a celebração de consórcios intermunicipais para via-
no inciso V, do art.217. bilização de Sistemas Municipais de Saúde quando houver in-
Art. 216 - As ações e os serviços públicos de saúde do Muni- dicação técnica e consenso das partes, mediante autorização
cípio, de forma integrada e hierarquizada, constituem um sistema legislativa;
único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: XVI - garantia de assistência integral à saúde da mulher;
I - descentralização, com direção única; XVII - planejamento e execução das ações de vigilância sa-
II - atendimento integral, com prioridade para as ativida- nitária capazes de diminuir, eliminar ou prevenir riscos e intervir
des preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; sobre os problemas sanitários decorrentes da produção e circu-
III - participação da comunidade. lação de produtos, serviços e do meio ambiente, objetivando a
Parágrafo único - É vedada a participação de instituições de proteção da saúde dos trabalhadores e da população em geral;
capital estrangeiro no Sistema Municipal de Saúde. XVIII - planejamento e execução das ações de vigilância
epidemiológica, proporcionando a informação indispensável
Art. 217 - São competências do Sistema Único de Saúde, em para conhecer, detectar ou prever qualquer mudança que possa
nível municipal: ocorrer nos determinantes e condicionantes do processo saú-
I - a assistência integral à saúde, em articulação com o Estado de-doença, com a finalidade de recomendar e adotar as medi-
e a União; das de prevenção e controle da doença;
II - a elaboração e atualização bianual, com revisão anual XIX - planejamento e coordenação da execução das ações
do Plano Municipal de Saúde, em termos de prioridades e estraté- de controle do meio ambiente e de saneamento básico no âm-
gias municipais, em consonância com o Plano Estadual de Saúde e bito do Município, em articulação com os demais órgãos gover-
de acordo com as diretrizes do Conselho Municipal de Saúde;
namentais;
III - a elaboração e atualização da proposta orçamentária
XX - implementação do programa de saúde do trabalhador;
do SUS para o município;
XXI - planejamento, coordenação e execução das ações
IV - a administração orçamentária e financeira autônoma,
do programa saúde do escolar, promovendo campanhas de
do Fundo Municipal de Saúde;
medicina preventiva e educativa, especialmente contra: câncer,
V - a compatibilização e complementação das normas
AIDS, tuberculose, Hanseníase e problemas odontológicos.
técnicas do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde,
XXII - planejamento, coordenação e execução das ações de
de acordo com a realidade Municipal;
controle de zoonoses, no âmbito do Município, em articulação
VI - a administração e execução das ações e serviços de
com os demais órgãos governamentais.
saúde e de promoção nutricional, de abrangência municipal;
XXIII - organização e gerenciamento dos distritos sanitários
VII- a instituição e garantia de planos de carreira para os ser-
vidores da saúde, baseados nos princípios e critérios de desenvol- com alocação de recursos técnicos e práticas de saúde adequa-
vimento de recursos humanos, aprovados em nível nacional, ob- das à realidade epidemiológica local, observadas os princípios
servando ainda incentivo à dedicação exclusiva e tempo integral, de regionalização e hierarquização;
capacitação e reciclagem permanentes, condições adequadas de XXIV - a manutenção nas escolas públicas municipais de um
trabalho para execução de suas atividades em todos os níveis; agente de saúde para exercer a medicina preventiva no âmbito
VIII - a garantia legal de isonomia vencimental a todos os da comunidade escolar;
servidores do Sistema Único de Saúde do Município, em relação XXV - a implantação nas escolas oficiais e creches de pro-
a outros servidores que, em outras esferas de governo, exerçam gramas especiais de controle e correção de acuidade visual e
cargos de atribuições iguais ou assemelhados. auditiva, assegurando recursos orçamentários para fornecimen-
IX - a garantia de admissão através de concurso público to e manutenção de instrumentos e aparelhos corretivos aos
aos servidores da Saúde, sendo que deles necessitarem.
vedada a forma de credenciamento como prestação de ser- XXVI - o incentivo à medicina alternativa de fundamento
viços no próprio SUS. científico;
X - implementação do sistema de informações de saúde XXVII - a proibição de experimentos com substân-
no âmbito municipal que garanta o conhecimento da sua reali- cia, drogas e meios anticoncepcionais que atentem contra a
dade e funcionamento dos seus serviços, em articulação com as saúde e não sejam do conhecimento dos usuários;
esferas Federal e Estadual; XXVIII - a proibição e fiscalização de práticas que
XI - acompanhamento, avaliação e divulgação dos indica- levem à esterilização involuntária de seres humanos.
dores de morbi-mortalidade no âmbito do município e diferen- Parágrafo único - O Município, independentemente de so-
cialmente para os grupos sociais; licitação, procederá o controle de qualidade dos alimentos, ar,
XII - a normatização e execução, no âmbito do município, água, solo, e de qualquer elemento que possa colocar em risco
da política nacional de insumos e equipamentos para a saúde; a saúde do indivíduo e da coletividade.
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Art. 218 - A assistência à saúde é de livre iniciativa, sendo Art. 227 - Observado o disposto na Legislação federal per-
facultado às instituições privadas de saúde participar de forma tinente, o município instituirá plano de apoio às pessoas ca-
complementar do Sistema Único de Saúde, de acordo com as dastradas como doadoras de órgãos, tecidos ou substâncias
diretrizes deste, mediante contrato de direito público, tendo humanas para fins de transplante.
preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
Art. 219 - O Sistema Municipal de Saúde, sem prejuízo das SEÇÃO III
funções do Poder Legislativo, contará com duas instâncias co- DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
legiadas:
I - A Conferência Municipal de Saúde; II - O Conselho Mu- Art. 228 - São objetivos da Ação Comunitária:
nicipal de Saúde. I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à ado-
§ 1º - A Conferência Municipal de Saúde se reúne anual- lescência, à velhice e aos portadores de deficiência;
mente com a representação dos vários segmentos sociais, para II - amparo às crianças e adolescentes carentes.
avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formu- III – a proteção e assistência às vitimas de violência, assim
lação da política de saúde no município, convocada pelo Poder consideradas as pessoas que tenham sofrido lesão de natureza
Executivo ou, extraordinariamente, por este ou pelo Conselho física ou psíquica em conseqüência de ações ou omissões tipifi-
de Saúde. cadas como crime na legislação penal vigente.
§ 2º - O Conselho Municipal de Saúde, em caráter perma- § 1º - A assistência prevista no inciso III do caput deste ar-
nente e deliberativo, composto pelo governo, prestadores de tigo, consistirá em:
serviços, profissionais de saúde e usuários, cuja representação I- garantia de assistência médica:
será paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos, II – atendimento prioritário pelos programas sociais e
atuará na formulação de estratégias e no controle de execução assistências oferecido pelo Município;
de política de saúde no município, inclusive nos aspectos eco- III – orientação e assessoria técnica para a proposição e
nômicos e financeiros. acompanhamento de ações visando o ressarcimento dos danos
Art. 220 - É vedada a destinação de recursos públicos para causados pela violência.
auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucra-
§ 2º - Nos casos de homicídio, terão direito à assistência
tivos.
prevista no inciso III do caput deste artigo, o cônjuge, compa-
Art. 221 - Todo serviço de saúde contratado pelo Poder
nheiro ou companheira, os filhos e, desde que comprovem re-
Público se submete às suas normas técnicas, inclusive quanto à
lação de dependência econômica com a vitima, os ascendentes
sua posição e função na rede.
e descendentes em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.
Art. 222 - As instituições privadas de saúde ficarão sob o
Art. 229 - O Município estimulará, técnica e financeiramen-
controle do setor público nas questões de qualidade e de infor-
te, com recursos constantes da Lei Orçamentária, a elaboração e
mação e registros de atendimento conforme os códigos sanitá-
execução de programas sócioeducativos destinados aos caren-
rios da União, Estado e Município, e as normas do SUS.
tes, a serem desenvolvidos pelas entidades beneficentes.
Art. 223 - A instalação de quaisquer novos serviços pú-
blicos ou financiados com recursos públicos na área de saúde Art. 230 - Serão mantidos, com o apoio técnico e financei-
deverá ser discutida e aprovada no âmbito do SUS, levando-se ro da União e do Estado, programas de assistência aos deficien-
em consideração a demanda, cobertura, distribuição geográ- tes físicos, sensoriais e mentais, objetivando assegurar:
fica, grau de complexidade, articulação no sistema e impacto I - sua integração familiar e social;
ambiental que poderá causar. II - a prevenção, o diagnóstico e a terapêutica do de-
Art. 224 - O Sistema Único de Saúde no âmbito Municipal ficiente, bem como o atendimento especializado pelos meios
será mantido com recursos do Município, do Estado, da União, que se fizerem necessários;
e de outras fontes. III - a educação especial e o treinamento para o trabalho
Parágrafo único - O conjunto dos recursos destinados às e facilitarão de acesso e uso aos bens e serviços, com a elimina-
ações e serviços de saúde no Município constituem o Fundo ção de preconceitos e obstáculos arquitetônicos;
Municipal de Saúde, administrado pela Secretaria Municipal de IV - proteção especial à criança e ao adolescente porta-
Saúde e subordinados ao planejamento e controle do Conselho dores de deficiências, proporcionando-lhes oportunidades e
Municipal de Saúde. facilidades de desenvolvimento físico, mental, moral e social, de
Art. 225 - Os ocupantes de cargos diretivos no Sistema forma sadia e em condições de liberdade e dignidade.
Único de Saúde não poderão ser proprietários, sócios ou con- § 1º - O Município, em comum acordo com as entidades
sultores, do setor privado contratado. representativas dos deficientes, deverá formular a política e
Parágrafo único - Os cargos de direção dos órgãos de saú- controle das ações correspondentes.
de do Município são privativos de profissionais da área. § 2º - A promoção da habilitação e a reabilitação das pes-
Art. 226 - Os servidores de outras esferas de governo que, soas portadoras de deficiências, para sua adequada integração
de acordo com a Lei Orgânica da Saúde, editada pela União, à vida comunitária e ao mercado de trabalho, se constituirão
forem colocados à disposição do Sistema Único de Saúde do prioridades das áreas oficiais de saúde, educação e assistência
Município integrarão a sua força de trabalho, preservados os do Município.
seus vencimentos, salários e demais vantagens do cargo, função § 3º - Observada a lei estadual, o Município baixará normas
ou emprego que ocupam, desde que o pagamento permane- sobre a adaptação dos logradouros públicos e dos veículos de
ça às expensas da União, sem prejuízo de eventuais benefícios transportes coletivo, a fim de garantir o acesso adequado das
concedidos pelo órgão onde passarem a ter exercício. pessoas portadoras de deficiência.
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Art. 231 - A maternidade e a paternidade constituem fun- Parágrafo único - Cabe ao Município, suplementarmente,
ções sociais de relevância, devendo o Município assegurar os promover o atendimento educacional especializado aos por-
mecanismos para o seu desempenho. tadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de
Art. 232 - É dever do Município cooperar para o provimento ensino.
de órgãos públicos e auxiliar as instituições filantrópicas, encarre- Art. 237 - O Município, respeitadas as diretrizes e as bases
gados de atividades ligadas à prevenção e fiscalização do uso de fixadas pela legislação federal e as disposições supletivas da le-
drogas e entorpecentes, com recursos humanos e materiais que se gislação estadual, deverá instituir e manter, além do sistema de
fizerem necessários. ensino próprio, com extensão correspondente às necessidades
Art. 233 - Fica o Município obrigado a incluir no programa locais de educação geral e qualificação para o trabalho, progra-
social a construção de creches nas zonas comerciais. mas de educação em creches pré-escolar e fundamental, com a
Art. 234 - São objetivos prioritários do Conselho Municipal da cooperação técnica e financeira da União e do Estado.
Condição Feminina:
I - criar mecanismos para garantir, perante a sociedade, a SUBSEÇÃO I
imagem social da mulher como cidadã, em igualdade de condições DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO
com o homem;
II - divulgar freqüentemente, nos meios de comunicação
Art. 238 - Fica criado o Sistema Municipal de Ensino de
social do município:
Goiânia, integrado às diretrizes da Educação Nacional e Esta-
a) - os direitos conquistados pelas mulheres na Constituição
dual, e inspirado nos seguintes princípios:
Federal e Estadual, bem como os constantes nesta Lei Orgânica;
I - a educação é dever do Poder Público e direito do
b) - o trabalho doméstico assumido por homens e mulhe-
res. cidadão, sendo assegurado a todos iguais oportunidades de re-
III - o combate e a denúncia à violência física e psicológica cebê-la;
que atinjam a mulher, bem como a toda forma de discriminação da II - o ensino mantido pelo Município será gratuito e de
qual a mulher seja vítima; qualidade;
IV - prestar assistência, apoio e orientação jurídica às mu- III - a participação do cidadão na definição das diretrizes,
lheres em defesa de seus direitos, coibir a violência contra elas pra- na implantação e no controle do
ticada, se amparar as vítimas dessa violência através da criação de ensino municipal será garantida;
órgãos específicos. Parágrafo único - Integrarão o Sistema Municipal de Ensino
as escolas públicas e privadas, localizadas no município.
CAPÍTULO III Art. 239 - São objetivos do Sistema Municipal de Ensino:
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO I - garantir o desenvolvimento pleno da personalidade
SEÇÃO I humana; promover o acesso ao conhecimento científico, tecno-
DA EDUCAÇÃO lógico e artístico; contribuir para a formação de uma consciên-
cia crítica e para a convivência em uma sociedade democrática;
Art. 235 - A educação, direito de todos, é um dever do Municí- II - preservar e expandir o patrimônio cultural do Muni-
pio e será promovida e incentivada com a colaboração da socieda- cípio; III - instituir plano Plurianual de Educação;
de, baseada nos princípios da democracia, da liberdade de expres- IV - assegurar a realização do censo escolar do Municí-
são, da solidariedade e do respeito aos direitos humanos, visando pio, em conjunto com o Estado;
constituir-se em instrumento de desenvolvimento da capacidade V - estabelecer ação conjunta com o Estado na amplia-
de elaboração e de reflexão crítica da realidade. ção e expansão da rede pública de ensino para evitar a concen-
Art. 236 - O ensino será ministrado com base nos seguintes tração ou a ausência de escolas em determinadas áreas.
princípios: VI - estabelecer e implantar a política de educação para a
I - igualdade de condições para o acesso e a permanência na segurança do trânsito;
escola;
VII - incluir a educação ambiental nos programas de ensi-
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pen-
no das unidades escolares do Município.
samento, a arte e o saber; III - pluralismo de idéias e de concepções
VIII – incluir o estudo dos Princípios, Direitos e Garantias
pedagógicas;
Constitucionais nos programas de ensino das unidades escola-
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos ofi-
ciais; res do Município.
V - valorização dos profissionais do ensino, garantindo-se, Art. 240 - Ao Poder Público Municipal caberá providenciar
na forma da lei, os planos de carreira para o magistério público, o atendimento escolar nas modalidades oferecidas, bem como
com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por con- assegurar as condições necessárias ao desenvolvimento das ati-
curso público de provas e títulos, assegurado regime jurídico único vidades educacionais previstas nesta Lei.
para todas as instituições mantidas pelo Município;
VI - gestão democrática do ensino, garantida a participação SUBSEÇÃO II
de representantes da comunidade; DAS MODALIDADES DE ENSINO
VII - garantia de padrão de qualidade;
VIII - educação igualitária, eliminando estereótipos sexíferos, Art. 241 - Deverão estar sob controle e supervisão da Se-
racistas e sociais dos cursos, salas de aula, livros e manuais des- cretaria Municipal da Educação as seguintes modalidades de
tinados à população infanto-juvenil. ensino que a Prefeitura venha a desenvolver:
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Art. 252 - O Plano Municipal de Educação apresentará a) piso unificado para o magistério, de acordo com o
estudos sobre as características sociais, econômicas, culturais grau de formação;
e educacionais do Município, acompanhadas de identificação b) condições plenas de reciclagem, atualização e perma-
dos problemas relativos ao ensino e à educação, bem como as nente pós-graduação com direito a afastamento das atividades
eventuais soluções a curto, médio e longo prazo. docentes, sem perda da remuneração;
c) progressão funcional na carreira, baseada na titulação,
SUBSEÇÃO IV independentemente de nível de
DA GESTÃO DEMOCRÁTICA atuação;
d) paridade de proventos entre ativos e aposentados, se-
Art. 253 - As escolas públicas desenvolverão suas ativida- gundo o último estágio alcançado na carreira profissional;
des de ensino dentro do espírito democrático e participativo, e) estabilidade no emprego;
assegurando a participação da comunidade na discussão e im- f) 30% (trinta por cento) da carga horária destinados às
plantação da proposta pedagógica. atividades extraclasse;
§ 1º - São livres a organização sindical, a associação de pro- g) aposentadoria aos 25 (vinte e cinco) anos para mulher e
aos 30 (trinta) anos para homem quando de efetivo exercício do
fessores e especialistas, os grêmios estudantis e associações de
Magistério, com vencimentos integrais.
pais e mestres.
§ 2º - É assegurada a participação de professores, funcio-
SUBSEÇÃO V
nários, pais e estudantes na gestão democrática das escolas
DOS RECURSOS FINANCEIROS
públicas.
§ 3º - A escolha dos diretores nos estabelecimentos de Art. 256 - O plano de carreira para o pessoal técnico-admi-
ensino da rede pública municipal será feita através de eleição nistrativo das escolas será elaborado com a participação de enti-
direta e secreta com a participação de toda a comunidade esco- dades representativas desses trabalhadores garantido:
lar, assim entendida: o universo de professores e especialistas, a) condições plenas para reciclagem e atualização perma-
funcionários não docentes, alunos e seus responsáveis. nente e pós graduação com direito a afastamento das atividades
§ 4º - Nas escolas públicas serão constituídos os Conselhos sem perda da remuneração;
Escolares compostos pela direção do estabelecimento, por re- b) concurso público para provimento de cargos;
presentante de professores, especialistas, funcionários, alunos e c) salários vinculados ao quadro único do magistério.
pais eleitos pelos seus pares e de forma paritária. Art. 257 - O Município destinará à Educação e ao Ensino até
§ 5º - Os Conselhos de Escolas formados pela direção do trinta e cinco por cento da receita resultante de impostos, não
estabelecimento, por representantes de professores, especialis- inclusas as provenientes de transferência, concernente a que trata
tas, funcionários, alunos e pais eleitos por seus pares e de forma este artigo.
paritária. § 1º - O emprego dos recursos públicos destinados à Edu-
Art. 254 - A admissão de pessoal, necessária à implantação cação, quer sejam consignados no Orçamento Municipal, quer
e manutenção do Sistema Municipal de Ensino, se dará por con- sejam provenientes de contribuições da União ou Estado, de
curso público de provas escritas e titulação, a ser regulamenta- convênios com outros municípios, ou de outra fonte será feito de
do em lei complementar. acordo com plano de aplicação que atenda as diretrizes do Plano
Parágrafo único. Sem prejuízo ao que dispõe a legislação Municipal de Educação.
sobre diretrizes e bases da educação, o professor da rede mu- § 2º - Caberá ao Conselho Municipal de Educação e à Câmara
nicipal que ministrar as disciplinas a que se referem os Art. 239, Municipal, no âmbito de suas competências, exercer fiscalização
inciso VIII e Art. 241, § 5º da Lei Orgânica Municipal deverá com- sobre o cumprimento das determinações constantes neste artigo.
provar formação acadêmica de bacharelado em Direito. (Incluí- § 3º - Não serão considerados para efeitos de cálculos da re-
ceita, prevista neste artigo, os recursos provenientes de transfe-
do pela Emenda à Lei Orgânica, nº 045 de 07-04-2010, DOM
rência da União, do Estado, de convênios com outros municípios
nº 4.841 de 15- 04-2010 p. 01).
e outras fontes.
Art. 255 - Os professores e demais especialistas em Educa-
§ 4º - Não se incluem no percentual previsto neste artigo as
ção estarão sujeitos ao Estatuto do Magistério do Município de
verbas do Orçamento Municipal destinadas às atividades cultu-
Goiânia, instituído por lei
rais, esportivas e recreativas promovidas pela municipalidade.
§ 1º - Entendem-se por funções de magistério: regência, § 5º - Os recursos públicos serão destinados às escolas públi-
coordenação, supervisão, orientação, direção, planejamento e cas municipais.
pesquisa. § 6º - Cumpridas as exigências de manutenção e garantia do
§ 2º - As funções de administração, de coordenação, orien- padrão de qualidade do ensino público, atendimento de vagas e
tação, direção, planejamento e de pesquisas são indissociáveis de universalização do ensino fundamental, as verbas poderão ser
da função de ensino e da função de regência. destinadas às escolas filantrópicas comunitárias ou convencionais,
§ 3º - Ficam asseguradas ao professor e demais especialis- que atendam as exigências do artigo 213 e incisos, da Constitui-
tas investidos na função de Agente de Saúde Escolar, as vanta- ção Federal.
gens do professor modulado na Regência de Classe. § 7º - Serão obrigatoriamente descontados vinte e cinco por
§ 4º - No Estatuto do Magistério Público do Município de cento de todo incentivo fiscal concedido, a qualquer título, pelo
Goiânia constará um Plano de Carreira para os trabalhadores Município, que os destinará à Secretaria Municipal da Educação
em Educação, garantindo: para manutenção de sua rede escolar.
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
§ 8º - O repasse de recursos da União e do Estado para o § 1º - Cabe ao Município, com a colaboração da comunida-
Município deverá ser feito diretamente para a Secretaria Muni- de, apoiar as populações indígenas em suas formas de expres-
cipal de Educação. são cultural, de acordo com os interesses dessas populações,
§ 9º - O Município se obriga a aplicar no Fundo Municipal valorizando e protegendo o seu patrimônio cultural.
de Ciência e Tecnologia percentual nunca inferior a 0,5% (cinco § 2º - São considerados patrimônio da cultura municipal as
décimo por cento) da receita resultante de impostos.. manifestações artísticas e populares oriundas da herança africa-
Art. 258 - São vedados a retenção, o desvio temporário ou na de nosso povo, devendo o Município garantir sua preserva-
qualquer restrição ao emprego dos recursos referidos neste ca- ção e promover, junto com a comunidade negra, seu desenvolvi-
pítulo pelo Sistema Municipal de Educação; mento, como também evitar sua folclorização e mercantilização.
Parágrafo único - O Poder Público Municipal divulgará, bi- Art. 261-A – Constituem direitos culturais garantidos pelo
mestralmente, o montante dos recursos efetivamente gastos Município:
com educação. I – liberdade de expressão e criação artística, e amplo
Art. 259 - A instalação de quaisquer novos equipamentos acesso a todas as formas de expressão cultural;
públicos na área da educação deverá levar em conta a demanda, II – Acesso à educação artística, ao lazer cultural e ao
distribuição geográfica, grau de complexidade e articulação do desenvolvimento de criatividade, principalmente nos estabele-
sistema municipal com o sistema estadual de educação. cimentos de ensino, nas escolas de arte, nos centros culturais e
espaços de associações de bairros;
SEÇÃO II III – Apoio e incentivo à produção, difusão e circulação
DA CULTURA dos bens culturais;
IV – Busca de sintonia com a política Municipal de Educa-
Art. 260 - O Município estimulará a cultura em suas múl- ção e de Meio Ambiente;
tiplas manifestações, garantindo a todos os munícipes o pleno
V – Garantia de sua independência, face às pressões de
e efetivo exercício dos respectivos direitos, bem como o acesso
ordem econômica ou de conteúdo particular;
às suas fontes, apoiando e incentivando a produção, difusão, a
VI – Expressão dos interesses e aspirações do conjunto da
preservação, a valorização dos bens e manifestações culturais,
sociedade;
especialmente as de origem local, e aquelas relacionadas aos
segmentos populares; enfatizando a promoção da identidade e VII – Preservação da identidade dos bairros e valorização
da memória cultural de Goiânia. das características de sua história, sociedade e cultura;
§ 1º - O Município criará e apoiará mecanismos de proteção VIII – Proteção, conservação e restauração do patrimônio
e preservação dos valores culturais indígenas, afro-brasileiros, e histórico, cultural, natural, arquitetônico, paisagístico, artístico,
demais etnias presentes em Goiânia, assegurando-lhes o direito bibliográfico, espeleológico, arqueológico, etnológico, etnográ-
à autonomia e organização social, e ainda á participação iguali- fico e científico;
tária e pluralista nas atividades educacionais. IX – Adoção de incentivos fiscais que motivem as empre-
§ 2º - A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas sas privadas locais a investirem na produção cultural e na res-
de alta significação para os diferentes segmentos étnicos muni- tauração do patrimônio edificado em Art-déco, do Município de
cipais e nacionais. Goiânia.
Art. 261 - O Patrimônio Cultural do Município de Goiânia Art. 262 - É dever do Município, com a participação da
é constituído dos bens de natureza material e imaterial, toma- comunidade, promover, garantir e proteger toda manifestação
dos individualmente ou em conjunto, portadores de referência, à cultural, assegurando plena liberdade de criação e expressão e
identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores criação, valorizando a produção e a difusão cultural por meio de:
da sociedade goianiense, cuja divulgação, registro e conservação I - aperfeiçoamento dos profissionais da cultura;
seja do interesse público por sua vinculação com a história do II - criação e manutenção de centros culturais equipados
Município, do Estado de Goiás e do País, ou pelo seu excepcio- que abranjam teatro, biblioteca, escola de arte e museu, acessí-
nal valor histórico, cultural, natural, arquitetônico, paisagístico, veis à população para as diversas manifestações culturais, distri-
artístico, bibliográfico, espeleológico, arqueológico, etnológico, buídos nos quadrantes leste-oeste e norte-sul;
etnográfico e científico, nos quais se incluem: III - incentivo ao intercâmbio cultural com os municípios
I - as formas de expressão e os modos de criar, fazer e viver; goianos, com outros estados, com a União e com outros países;
II - as criações científicas, artísticas e tecnológicas; IV - criação, instalação e manutenção de bibliotecas, cen-
III - as obras, objetos, documentos e edificações de valor tros ou clubes de leitura, sob a supervisão e orientação de bi-
histórico, cultural, natural, arquitetônico e demais espaços desti-
bliotecários graduados em nível superior, nas escolas públicas
nados às manifestações artístico-culturais;
municipais;
IV - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, cultu-
V - defesa dos sítios de valor histórico, artístico, natural
ral, natural, arquitetônico paisagístico, artístico, bibliográfico, es-
arquitetônico, arqueológico, espeleológico e etnológico;
peleológico, arqueológico, etnológico, etnográfico e científico.
VI - inventários, registros, vigilância, tombamento, restau-
V –As festas típicas, as manifestações musicais, literárias,
plásticas, folclóricas e populares; as celebrações religiosas; os ri- ração e desapropriação de conjuntos urbanos e sítios de excep-
tuais; os costumes; os ritmos; as músicas e cantigas de roda; a cional valor histórico, cultural, natural, arquitetônico, paisagísti-
alimentação, e demais manifestações ligadas à cultura, que res- co, artístico, bibliográfico, espeleológico, arqueológico, etnoló-
gatem a tradição oral e o patrimônio material e imaterial das gico, etnográfico e científico; e outras formas de acautelamento
diversas etnias que compõem a comunidade de Goiânia. e preservação do patrimônio cultural do Município de Goiânia;
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
VII - incentivo a propostas alternativas de formação e § 12 – O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano disporá,
aperfeiçoamento de recursos humanos, estudos, pesquisas, necessariamente, sobre a proteção do patrimônio histórico e
planos e ações que contribuam efetivamente para a compreen- arquitetônico bem como sobre a proteção e revitalização da
são do contexto cultural, sobretudo através da mobilização das cultura.
vocações locais para atuarem na área cultural; Art. 262-A – O Município estabelecerá dotação orçamen-
VIII - obediência às normas técnicas e outras normas de tária específica para a preservação e recuperação do Patrimô-
segurança para guarda e proteção dos bens culturais e para os nio Arquitetônico em Art-déco, aplicando quando a lei facultar,
servidores da cultura; incentivos fiscais, subsídios, doações ou tributos federais e es-
IX - a ativação de mecanismos existentes de registros e taduais, através do órgão municipal responsável pela cultura.
circulação dos bens culturais, dando- se ênfase à sua difusão Parágrafo único – Os recursos destinados à cultura se-
nos veículos de rádio e televisão, sobretudo da rede oficial, vi- rão democraticamente aplicados dentro de uma visão social
sando a promoção e preservação da memória e identidade cul- abrangente, valorizando as manifestações autênticas da cultura
tural do Município; popular, a par da revitalização da cultura erudita.
X - criação, implantação, fiscalização e manutenção de
espaço nas feiras livres, mercados, praças e mostras artesanais, SEÇÃO III
para a exposição, a divulgação e comercialização do artesanato DO DESPORTO E DO LAZER
goianiense, com a participação dos artesãos de Goiânia, das as-
sociações de moradores de bairros, e demais associações clas- Art. 263 - O Município proporcionará meios de recreação
sistas e culturais. sadia e construtiva à comunidade, mediante:
§ 1º - O Conselho Municipal de Cultura e o Conselho Mu- I - reserva de espaços verdes ou livres, em forma de
nicipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Am- parques, bosques, jardins, praças e assemelhados como base
biental da Cidade de Goiânia, constituído na forma da lei, são física de recreação urbana;
órgãos consultivos, normativos e fiscalizadores, paritariamen- II - construção e equipamento de parques infantis, cen-
te por representantes da sociedade civil, entidades classistas, tros de juventude e edifício de convivência comunal;
e instituições governamentais e não governamentais, ligadas à III - aproveitamento e adaptação de rios, vales, colinas,
história, à cultura, às artes e ao meio ambiente. lagos, matas e outros recursos naturais, como locais de passeio
§ 2º - A sociedade poderá propor ao Poder Executivo a de- e distração.
sapropriação prevista no inciso VI. Art. 264 - As atividades físicas sistematizadas, os jogos
§ 3º - Cabe ao Município a criação e manutenção do arqui- recreativos e os desportos nas diferentes modalidades, serão
vo do acervo histórico, cultural, artístico, arquitetônico e urba- direito de todos e dever do Município, que atuará supletiva-
nístico de Goiânia. mente ao Estado, sendo garantidas, observando-se sempre o
§ 4º - Cabe ao Município a criação e manutenção do Ser- respeito, a integridade física e mental do desportista e a auto-
viço de Proteção do Patrimônio Histórico, Cultural, Artístico e nomia das entidades e associações, mediante:
Arquitetônico Municipal. I - destinação de recursos orçamentários para a pro-
§ 5º - Os danos e ameaças ao patrimônio histórico, arquite- moção prioritária do desporto educacional, do deficiente e, em
tônico e cultural serão punidos na forma da lei. casos específicos, para o desportista de alto rendimento;
§ 6º - Cabe ao Município elaborar um programa na área II - proteção e incentivo à manifestação desportiva de
educacional, com a finalidade de conscientizar a comunidade criação nacional e olímpica;
do valor técnico, histórico, artístico e ambiental e arquitetônico III - criação das condições necessárias para garantir o
de nossa cidade, de modo a preservar suas características de acesso dos deficientes à prática desportiva terapêutica e/ou
épocas passadas. competitiva;
§ 7º - Todos os bens tombados ficam sujeitos à vigilância IV - tratamento diferenciado para os desportos profis-
permanente do Serviço de Proteção do Patrimônio Histórico sional e amador, com prioridade para
-Artístico Municipal. este;
§ 8º - Os recursos para a implantação do disposto no inciso V - criação e manutenção de espaço próprio à prática
IV, deste artigo, constarão do Orçamento Anual do Município. desportiva nas escolas e logradouros
§ 9º - Cabe ao Município criar mecanismos de captação de públicos, bem como a elaboração de seus respectivos pro-
recursos em áreas de interesse histórico ou cultural, visando a gramas;
preservação do patrimônio arquitetônico e ambiental do Muni- VI - incentivos especiais à pesquisa no campo da educa-
cípio de Goiânia. ção física, desporto e lazer;
§ 10 – O Município complementará o procedimento admi- VII - organização de programas esportivos para adultos,
nistrativo do tombamento na forma da Lei Municipal nº 7.164, idosos e deficientes, visando a otimizar a saúde da população e
de 14 de dezembro de 1992. ao aumento de sua produtividade.
§ 11 – Os prédios tombados utilizados em atividades de Art. 265 - Os serviços municipais de esportes e recrea-
serviço de acessos ao público, deverão manter em exposição ção serão articulados entre si e com as atividades culturais do
seu acervo histórico, cultural, artístico, bibliográfico, científico; e Município, visando à implantação e ao desenvolvimento do
demais portadores de referência à memória cultural do Muni- turismo.
cípio de Goiânia.
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Art. 5º - Passa a se constituir em área de reserva ecológica, Art. 14 - O Município procederá, dentro de seis meses, o
de necessária preservação, a área delimitada pela Alameda das cadastramento de todos os seus bens imóveis, promovendo a
Rosas e Avenida Anhanguera e que abriga o Parque Zoológico imediata restituição ao seu patrimônio de todas as áreas públi-
de Goiânia. cas que, cedidas sob a forma de permissão, não tenham sido
Art. 6º - Fica estabelecido o prazo de cento e oitenta dias, a utilizadas dentro do prazo deferido no ato permissionário ou
partir da promulgação desta lei, para a implantação e funciona- que estejam sendo usados para fins estranhos àqueles motiva-
mento do Sistema Municipal de Proteção ao Consumidor. dores da concessão.
Art. 7º - O Executivo Municipal fica obrigado, no prazo Art. 15 - O Prefeito, no prazo de seis meses, enviará à Câ-
máximo de um ano a contar da vigência da presente lei, a recu- mara projeto de lei de criação das administrações regionais, de-
perar a sede da União Municipal dos Estudantes Secundaristas finindo suas atribuições e áreas de atuação.
- UMES, conhecida por Castelinho, no Lago das Rosas. Art. 16 - Aos servidores pertencentes ao Quadro Suple-
Art. 8º - Fica criado um Parque Municipal, entre o Parque mentar do Magistério Municipal, que possuam escolaridade de
Ateneu e o Jardim Marilízia, com a finalidade de preservar a grau superior, até a data da promulgação desta Lei Orgânica,
vegetação nativa e assegurar o lazer da comunidade. fica garantido aproveitamento em quadro compatível com a
Parágrafo único - As áreas públicas ou privadas, que com- sua formação profissional, desde que esteja há, pelo menos,
preendem a mata da nascente do Córrego dos Buritis, suas mar- doze meses em exercício de função específica.
gens e a área de mata nativa que faz a divisa do Parque Ateneu Art. 17 - O Município, para cumprir o disposto nos artigos
com o Jardim Marilízia, serão incluídas no Plano Diretor da Ci- 260, 261 e 262, desta Lei Orgânica, atuará através de secretaria
dade e se destinarão exclusivamente à localização do Parque, específica.
criado no caput deste artigo. Art. 18 - Obedecendo às prescrições constitucionais, o Mu-
Art. 9º - Fica criado o Parque Botafogo, localizado na Rua nicípio deve se limitar a manter as escolas, já existentes no nível
200-B e à direita do Córrego do Botafogo, com a finalidade de de 2º grau, concentrando seus esforços e recursos na assistên-
recuperar e preservar os elementos naturais daquele espaço e cia à educação pré-escolar e fundamental.
garantir o lazer da população de Goiânia. Parágrafo único - Para a erradicação do analfabetismo, em
Art. 10 - O Poder Executivo fica autorizado a adotar todos cumprimento ao que dispõe o artigo 60, do Ato das Disposições
os procedimentos necessários à reconstrução do Painel/Monu-
Constitucionais Transitórias da Constituição Federal de 1988, o
mento da Praça dos Trabalhadores, do antigo coreto da Praça
Poder Público do Município de Goiânia:
Joaquim Lúcio, em Campinas e do prédio “Castelinho” no Lago
I - destinará, nos cursos de formação do magistério
das Rosas.
para o ensino fundamental, mínimo de 30% (trinta por cento)
Art. 11 - Ficam anistiados, ampla e irrestritamente, todos
da carga horária do estágio supervisionado para monitoria a
os servidores punidos por motivos de ordem política ou ideo-
turmas de alfabetização de jovens e adultos, reconhecida sua
lógica.
validade curricular;
§ 1º - O benefício de que trata este artigo se restringe às
II - reconhecerá como aproveitamento de estudos ativi-
punições aplicadas ou em fase de andamento processual, re-
dades de alunos do ensino médio que participem de programa
ferentes a atos praticados até a promulgação da presente Lei.
§ 2º - Os vencimentos dos servidores, suprimidos em virtu- de alfabetização de jovens e adultos;
de de greves e outros motivos de ordem política ou ideológica, III - promoverá por intermédio da Secretaria de Educa-
serão pagos acrescidos de atualização monetária e juros de lei. ção do Município de Goiânia, com a colaboração de instituições
§ 3º - Ficam revogadas as punições de qualquer espécie públicas e entidades civis:
aplicadas em virtude de greves e outros motivos de ordem po- a) a oferta intensiva de cursos de formação de alfabetiza-
lítica, até a promulgação desta Lei, retirando-se dos dossiês as ção de jovens e adultos;
anotações decorrentes. b) a reciclagem de professores que atuam no ensino fun-
Art. 12 - Fica criado no Município o Crematório, consubs- damental e em alfabetização de jovens e adultos;
tanciado num conjunto de parques, jardins e edificações desti- c) a elaboração de material didático adequado ao ensino
nadas a dispor, com dignidade, higiene e economia, dos restos fundamental e alfabetização de jovens e adultos;
mortais dos seres humanos. d) a realização de projetos de pesquisas voltados para a
§ 1º - O conjunto de edificações do crematório denomina- solução de problemas ligados à alfabetização de jovens e adul-
-se Campo Santo. tos:
§ 2º - Para criação, construção e manutenção da estrutura IV - envidará todos os esforços para erradicar o analfabe-
do crematório, serão aplicados recursos próprios do orçamento tismo entre os servidores públicos do Município de Goiânia no
do Município. prazo de dois anos, incluída a destinação de duas horas de sua
Art. 13 - É criado o Distrito de Abadia de Goiás, cujos limi- jornada de trabalho para esse fim, sem prejuízo dos direitos e
tes e confrontações serão fixados pelo Poder Executivo, dentro garantias estatutários.
de sessenta dias, a partir da data da promulgação desta Lei Or- Art. 19 - A lei que definir os casos de extrema urgência
gânica. previstos no artigo 55, desta Lei, deverá ser editada três meses
§ 1º - O administrador do Distrito será designado pelo Pre- após sua promulgação.
feito. Art. 20 - O Poder Executivo adotará as providências ne-
§ 2º - A instalação do Distrito se dará no sexagésimo quinto cessárias, junto aos órgãos estaduais de saúde, objetivando a
dia após a promulgação desta Lei Orgânica, quando será em- transferência para a gestão municipal, das unidades de abran-
possado o Administrador. gência do Município.
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Art. 21 - Fica, automaticamente, reclassificado no ato da Art. 6º É vedado atribuir ao servidor público outras atri-
aposentadoria para o cargo de mais elevado nível de venci- buições além das inerentes ao cargo de que seja titular, salvo
mento, dentro do grupamento de classes extintas ao vagarem, para o exercício de cargo em comissão, função de confiança
parte B, anexo III, da lei 6.570/88, o funcionário que atingir, em ou grupo de trabalho.
atividade, tempo de serviço público superior a trinta e cinco Nota: ver art. 11 da Lei Complementar nº 236, de 28 de
anos, se homem, e mais de trinta, se mulher, dos quais trinta dezembro de 2012 - as exceções previstas neste art. 6º não se
anos prestados somente ao Município de Goiânia até a data aplicam aos cargos de ACE e ACS.
da promulgação desta Lei Orgânica. Art. 7º É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo
os casos previstos em lei.
DISPÕE SOBRE O ESTATUTO DOS SERVIDORES PÚBLI- Nota: ver Decreto n° 546, de 21 de fevereiro de 2014 - Pro-
COS DO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA grama de Atualização Cadastral Anual de servidores e empre-
gados municipais.
A CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA APROVA E EU Art. 8º São requisitos básicos para ingresso no serviço pú-
SANCIONO A SEGUINTE LEI COMPLEMENTAR: blico do Município:
ESTATUTO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNI- I - a nacionalidade brasileira;
II - o gozo dos direitos políticos;
CÍPIO DE GOIÂNIA
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV - o nível de escolaridade exigido e habilitação legal,
TÍTULO I
quando for o caso, para o exercício do cargo;
CAPÍTULO ÚNICO
V - a idade mínima de dezoito anos;
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
VI - aptidão física e mental;
VII - não estar incompatibilizado para o serviço público.
Art. 1º Esta lei institui o Estatuto dos Servidores Públicos
§ 1º Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvi-
do Município de Goiânia, de suas autarquias e fundações pú-
mento do servidor na carreira serão estabelecidos pelos dispo-
blicas.
sitivos legais que instituem os Planos de Carreira e Vencimentos
Parágrafo único. O regime jurídico dos servidores de que na Administração Pública do Município e seus regulamentos.
trata este artigo é o instituído pela Lei Complementar n° 004, § 2º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de
de 28 de dezembro de 1990. outros requisitos estabelecidos em lei.
Nota: ver Lei Complementar nº 241, de 07 de fevereiro § 3º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o
de 2013 - altera o regime jurídico do Quadro Provisório em direito de se inscrever em concurso público para provimento de
Extinção da Administração Municipal. cargo, cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de
Art. 2º Para efeito desta Lei, servidor público é a pessoa que são portadoras, para as quais se reservarão um percentual
legalmente investida em cargo público. das vagas oferecidas no concurso.
Art. 3º Cargo público, para os efeitos desta Lei, é o con- Art. 9º O provimento dos cargos públicos far-se-á median-
junto de atribuições e responsabilidades confiadas a servidor te ato da autoridade competente de cada Poder.
público e que tenha como características essenciais a criação Parágrafo único. O ato de provimento deverá conter, ne-
por lei, número certo, denominação própria e remuneração cessariamente, as seguintes indicações, sob pena de nulidade
pelo Município. do ato e responsabilidade de quem der posse:
Nota: ver Lei nº 8.991, de 08 de dezembro de 2010 e Lei I - a determinação de cargo vago;
nº 9.203, de 28 de novembro de 2012 - fixam quantitativo de II - o caráter efetivo ou comissionado da investidura;
cargos da Administração Pública. III - a indicação do vencimento;
Parágrafo único. Os cargos públicos são acessíveis a to- IV - a indicação de que o exercício do cargo far-se-á cumu-
dos os brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos lativamente com outro cargo público, quando for o caso.
em lei. Art. 10. A investidura em cargo público ocorrerá com a
Art. 4º Os cargos de provimento efetivo da administração posse.
pública municipal direta, das autarquias e das fundações pú- Art. 11. São formas de provimento de cargo público:
blicas, serão organizados em carreiras. I - nomeação;
Art. 5º Carreira é o conjunto de cargos de mesma na- II - ascensão funcional;
tureza de trabalho, organizados em classes e hierarquizados Nota: ver artigo 37, II, Constituição Federal de 1988, com
segundo o grau de complexidade das tarefas e respectivos redação conferida pela EC 19/1998. A ascensão funcional foi
requisitos. abolida.
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
§ 7º Ocorrendo hipótese de acumulação proibida a posse Parágrafo único. Além do cumprimento da jornada nor-
será suspensa até que, respeitados os prazos fixados no §1° mal de trabalho, o exercício de cargo em comissão ou função
deste artigo, se comprove a inexistência daquela. de confiança exigirá do seu ocupante dedicação integral ao
§ 8º Será declarado sem efeito o ato de provimento, se a serviço, podendo ser convocado sempre que houver interesse
posse não ocorrer no prazo previsto no § 1 ° deste artigo. da administração.
Art. 19. A posse em cargo público dependerá de prévia Nota: ver inciso IV do art. 48 e art. 62 da Lei Complementar
inspeção pela Junta Médica do Município. n° 276, de 03 de junho de 2015 - dispõe sobre a jornada de
Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que trabalho dos servidores que perceberem gratificação ou forem
for julgado apto física e mentalmente, para o exercício do car- designados para o desempenho de função de confiança.
go. Art. 27. Poderá haver prorrogação da duração normal do
Art. 20. Cumpre à autoridade competente que der posse trabalho, por necessidade do serviço ou motivo de força maior.
verificar, sob pena de responsabilidade, se foram satisfeitas as Parágrafo único. A prorrogação de que trata o “caput” des-
condições legais. te artigo será remunerada e não poderá ultrapassar a jornada
Art. 21. Exercício é o efetivo desempenho pelo servidor, básica semanal nem o limite máximo de dez horas diárias, salvo
das atribuições do cargo público. nos casos de jornada especial.
§ 1° É de quinze dias o prazo para o servidor entrar em Art. 28. Atendida a conveniência do serviço, ao servidor
exercício, contados: que seja estudante será concedido horário especial de traba-
I - da data de publicação oficial do ato, nos casos de rein- lho, observadas as seguintes condições:
tegração, readaptação e reversão; I - comprovação da incompatibilidade dos horários das
II - da data da posse nos demais casos aulas com o do serviço, mediante atestado fornecido pela ins-
§ 2° Será exonerado o servidor empossado que não entrar tituição de ensino, onde esteja matriculado;
em exercício nó prazo previsto no parágrafo anterior. II - apresentação de atestado de freqüência mensal, forne-
§ 3° À autoridade competente do órgão ou entidade para cido pela instituição de ensino.
onde o servidor for designado compete dar-lhe o exercício. Parágrafo único. O horário especial do estudante não dá
§ 4° Os efeitos financeiros da nomeação somente terão ao servidor o direito a diminuição da jornada semanal de tra-
vigência a partir do início do efetivo exercício. balho.
Art. 22. O início, a suspensão, a interrupção e o reinicio do Art. 29. Não haverá expediente nas repartições públicas
exercício serão registrados no cadastro funcional do servidor. do Município aos sábados e domingos, salvo em órgão ou en-
Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor apre- tidade cujos serviços, pela sua natureza, exijam a prestação dos
sentará ao órgão competente os documentos necessários ao serviços nestes dias.
assentamento individual. Parágrafo único. Poderá ser compensado o trabalho
Art. 23. O servidor terá exercício no órgão, autarquia ou prestado aos sábados e domingos, com o correspondente des-
fundação em que for lotado. canso em dias úteis da semana, garantindo-se, pelo menos, o
Art. 24. O servidor não poderá ausentar-se do Município, descanso em um domingo ao mês.
para estudo ou missão de qualquer natureza, com ou sem ven- Art. 30. A freqüência dos servidores será apurada através
cimento, sem prévia autorização do Chefe do Poder Executivo, de registro, a ser definido pela administração, pelo qual se ve-
ou do Chefe do Poder Legislativo, de acordo com a lotação do rificarão, diariamente, as entradas e saídas.
servidor. Art. 31. Compete ao chefe imediato do servidor o controle
Art. 25. O servidor preso preventivamente, em flagrante e a fiscalização de sua freqüência, sob pena de responsabilida-
ou em virtude de pronúncia, ou ainda, condenado por crime de funcional.
inafiançável, será afastado do exercício do cargo, até decisão Parágrafo único. A falta de registro de freqüência ou a
final passada em julgado. prática de ações que visem a sua burla, pelo servidor, implicará
na adoção obrigatória das providências necessárias à aplicação
Seção V de pena disciplinar.
Da Jornada de Trabalho e da Freqüência ao Serviço
Subseção I
Nota: ver Do Estágio Probatório
1 - Lei n° 9.988, de 29 de dezembro de 2016 - flexibilização
do horário de trabalho de servidores responsáveis legais por Nota: ver
pessoas com deficiência; 1 - Decreto n.º 2.836, de 04 de dezembro de 2014 - Ava-
2 - Lei n° 7.191, de 14 de maio de 1993 - jornada especial liação Especial de Desempenho dos servidores em Estágio Pro-
para servidores responsáveis por pessoas portadoras de defi- batório.
ciências; 2 - Decreto nº 1.521, de 04 de maio de 2011 - Avaliação
3 - Decreto n° 2.548, de 17 de novembro de 1994 - regu- de Desempenho.
lamenta Lei 7.191/93. Art. 32. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para
Art. 26. A jornada normal de trabalho do servidor público cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório
municipal, exceto os casos previstos em lei, será de 30 (trinta) por um período de três anos, durante o qual sua aptidão e
horas semanais. capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
§ 1º A substituição é automática, na forma prevista no re- Art. 61. O servidor em débito com o Erário Municipal, que
gulamento de cada órgão ou entidade, ou dependerá de de- for demitido, exonerado ou que tiver a sua aposentadoria ou
signação da autoridade competente. disponibilidade cassada, terá o prazo de trinta dias para qui-
§ 2º O substituto fará jus à remuneração do cargo em co- tá-lo.
missão ou da função de confiança, paga na proporção dos Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo pre-
dias de efetiva substituição, desde que seja superior a quinze visto implicará sua inscrição em dívida ativa.
dias. Art. 62. O vencimento, a remuneração e o provento não
serão objeto de arresto, seqüestro ou penhora, exceto nos ca-
TÍTULO III sos de prestação de alimentos resultantes de decisão judicial e
DOS DIREITOS E VANTAGENS outros casos previstos em lei.
CAPÍTULO I
DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO CAPÍTULO II
DAS VANTAGENS PECUNIÁRIAS
Art. 56. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exer-
cício de cargo público, com valor fixado em lei. Nota: ver Decreto nº 1.643, de 12 de julho de 2010 - regu-
Nota: ver art. 64 e 65 da Lei Complementar n° 276, de 03 lamenta a concessão de benefícios aos servidores.
de junho de 2015 - dispõe sobre a atualização salarial. Art. 63. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servi-
§ 1º Nenhum servidor receberá, a título de vencimento, dor as seguintes vantagens:
importância inferior ao salário mínimo. I - indenizações;
§ 2º É vedada a vinculação ou equiparação de vencimento. II - auxílios pecuniários;
Art. 57. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo III - gratificações e adicionais.
ou em comissão, acrescido das vantagens pecuniárias, perma- Parágrafo único. As indenizações e os auxílios não se in-
nentes ou temporárias, estabelecidas em lei. corporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito.
Parágrafo único. O vencimento de cargo efetivo, acresci- Art. 64. As vantagens pecuniárias não serão computadas
do das vantagens de caráter permanente, é irredutível. nem acumuladas para efeito de concessão de quaisquer outros
Art. 58. O servidor perderá: acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idên-
I - a remuneração dos dias que faltar injustificadamente tico fundamento.
ao serviço;
II - a parcela de remuneração diárias, proporcional aos Seção I
atrasos, ausência e saídas antecipadas, iguais ou superiores a Das Indenizações
sessenta minutos;
III - metade da remuneração na hipótese prevista no § 2° Art. 65. Constituem indenizações ao servidor:
do artigo 156 desta lei; I - ajuda de custo;
IV - a parcela correspondente à produtividade, quando II - diárias;
fora do exercício das atribuições do cargo ou função, exceto III - indenização de transporte.
os casos previstos em lei; Art. 66. Os valores das indenizações, assim como as con-
V - um terço da remuneração, durante os afastamentos dições para a sua concessão serão estabelecidas em lei ou re-
por motivo de prisão em flagrante ou decisão judicial provisó- gulamento.
ria, com direito a diferença, se absolvido.
Art. 59. Salvo por imposição legal ou mandado judicial, Subseção I
nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento. Da Ajuda De Custo
§ 1º Mediante expressa autorização do servidor poderá
haver consignação em folha de pagamento a favor de tercei- Art. 67. Será concedida ajuda de custo ao servidor que for
ros, a critério da administração, e com reposição de custos, na designado para serviço, curso ou outra atividade fora do Mu-
forma definida em regulamento. nicípio.
Nota: ver Decreto nº 1.139, de 07 de maio de 2015 - aver- § 1º A ajuda de custo destina-se a compensar despesas
bação de consignações em folha de pagamento. de viagem não cobertas por diárias e será fixada pelo Chefe
§ 2º A soma das consignações facultativas não poderá do Poder Executivo e pelo Presidente da Câmara Municipal, no
exceder a trinta por cento do vencimento ou provento do ser- âmbito dos respectivos poderes.
vidor. § 2º A ajuda de custo será calculada em razão das necessi-
§ 3º Desde que expressamente autorizado pelo servidor, dades de gastos, conforme dispuser o regulamento.
poderá ser consignado mais 10% (dez por cento) da saca re- Art. 68. O servidor restituirá a ajuda de custo quando, an-
muneração ou provento, exclusivamente para pagamento de tes de terminada a incumbência, regressar, pedir exoneração
cartão de crédito. (Redação acrescida pelo artigo 1º da Lei ou abandonar o serviço, proporcionalmente aos dias de serviço
Complementar nº 182, de 18 de dezembro de 2008.) não prestado.
Art. 60. As reposições e indenizações ao Erário Municipal, Art. 69. Poderá ser concedido ajuda de custo ao servidor
serão descontadas em parcelas mensais não excedentes à dé- designado para realização de cursos de aperfeiçoamento ou
cima parte da remuneração ou provento. especialização, ainda que desenvolvidos na sede do Município.
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§ 1º O Chefe do Poder Executivo regulamentará por decre- Art. 82. A designação para o exercício de função de con-
to, no que couber, a concessão das gratificações previstas nos fiança é de competência do Chefe do respectivo Poder, poden-
incisos III a VI e os adicionais previstos nos incisos IX, XI e XIII do ser delegada a titulares de órgãos e entidades.
deste artigo. Parágrafo único. REVOGADO. (Redação revogada pelo in-
§ 2º Nenhuma das vantagens previstas neste artigo incor- ciso XII do art. 69 da Lei Complementar nº 276, de 03 de junho
pora-se ao vencimento, ressalvados os casos indicados em lei. de 2015.)
§ 3º O adicional por produtividade só poderá ser concedi-
do ao servidor em exercício do cargo. Subseção II
§ 4º São inacumuláveis as gratificações previstas nos inci- Do Adicional de Incentivo à Profissionalização
sos I, II, III e VII.
§ 5º São inacumuláveis para efeito de incorporação todas Nota: ver Decreto nº 1.040, de 28 de abril de 2015 - regu-
as gratificações previstas nesta lei. lamenta as Atividades de Treinamento e Desenvolvimento de
§ 6º O adicional por produtividade a que se refere o inciso Pessoal e o Adicional de Incentivo à Profissionalização.
XI deste artigo, à razão de, no mínimo, 20% (vinte por cento) e, Art. 83. O adicional de incentivo à profissionalização será
no máximo, 40% (quarenta por cento) do vencimento do cargo devido em razão do aprimoramento da qualificação do servidor.
de provimento efetivo, será concedido ao servidor que fizer jus, § 1º Entende-se por aprimoramento da qualificação para
efeito do disposto neste artigo, a conclusão de atividades de
em razão de seu desempenho, conforme dispuser o regulamen-
treinamento ou desenvolvimento relacionadas com a área de
to.
atuação do servidor.
§ 7º O disposto no parágrafo anterior não se aplica aos
§ 2º Só serão considerados, para efeito do adicional de que
servidores ocupantes de cargos de carreira de Nível Superior,
trata este artigo, as atividades de treinamento ou desenvolvi-
lotados na Controladoria Geral do Município, e da Fiscaliza-
mento com duração mínima de quinze horas.
ção. (Redação conferida pelo artigo 15 da Lei Complementar nº
§ 3º Para efeito de concessão deste adicional somente se-
223, de 29 de dezembro de 2011.)
rão consideradas as atividades de treinamento ou desenvolvi-
mento realizadas a partir da data de publicação desta lei, salvo
Subseção I
se tratar de cursos de doutorado, mestrado ou especialização
Das Gratificações pelo Exercício de Cargo em Comissão
com carga horária mínima de trezentos e sessenta horas, ou ou-
ou Função de Confiança tros cursos com carga horária mínima de cento e oitenta horas.
Art. 84. O adicional de incentivo à profissionalização será
Art. 79. Ao servidor investido em cargo em comissão ou calculado sobre o vencimento do cargo efetivo do servidor, à
função de confiança, é devida uma gratificação pelo seu exer- base de:
cício. I - doze por cento, para um total igual ou superior a sete-
§ 1º Incluem-se no rol das funções gratificadas da Câmara centas e vinte horas;
Municipal de Goiânia, a Função Gratificada de Gabinete, Símbo- II - nove por cento, para um total igual ou superior a tre-
lo FGG, a que se refere aLei nº 9.219, de 08 de janeiro de 2013, e zentas e sessenta horas;
a Gratificação de Exercício de que trata a Lei nº 8.927, de 07 de III - cinco por cento, para um total ou superior a cento e
julho de 2010. (Redação acrescida pelo artigo 1º da Lei Comple- oitenta horas,
mentar nº 258, de 13 de março de 2014.) IV - dois e meio por cento, para um total igual ou superior
§ 2º Aplicam-se, produzindo efeitos a partir da vigência a sessenta horas.
das respectivas leis, às gratificações a que se refere o parágrafo § 1º Os totais das horas referidas neste artigo poderão ser
anterior, as disposições constantes dos artigos 99 A e §§, e 99 alcançados em uma só atividade de treinamento ou desenvolvi-
B, da Lei Complementar nº 011, de 11 de maio de 1992, com mento, ou pela soma da duração de várias atividades, observa-
alterações posteriores. (Redação acrescida pelo artigo 1º da Lei do o limite mínimo previsto no § 2° do artigo anterior.
Complementar nº 258, de 13 de março de 2014.) § 2º Os percentuais constantes dos incisos I a IV deste ar-
Art. 80. A nomeação para o exercício de cargo em comis- tigo, não são cumulativos, sendo que o maior exclui o menor.
são será feita pelo Chefe do Poder Executivo ou pelo Presidente § 3º O adicional de incentivo à profissionalização incorpo-
da Câmara, no âmbito dos respectivos poderes. ra-se ao vencimento do servidor, para efeito de aposentadoria
Art. 81. O exercício de cargo em comissão ou função de e disponibilidade.
confiança assegurará direitos ao servidor durante o período em § 4º REVOGADO. (Redação conferida pelo art. 2º da Lei
que estiver exercendo o cargo ou a função, observado o dispos- Complementar nº 027, de 16 de novembro de 1994 e revogada
to nos artigos 100,101, 210 e 211 desta Lei. pelo art. 44 da Lei nº 8.904, de 30 de abril de 2010.)
§ 1º É vedada a concessão de gratificação de função ao ser- Nota: ver arts 16 e seguintes da Lei nº 8.904, de 30 de abril
vidor pelo exercício de assessoramento, quando esta atividade de 2010 - Adicional de Titulação e Aperfeiçoamento para os
for inerente ao exercício do cargo. servidores da Fiscalização Urbana e Tributária.
§ 2º Não perderá a gratificação de função o servidor que se Art. 85. O dispositivo constante dos artigos 83 e 84 desta
ausentar em virtude de férias, luto, casamento, doença compro- lei, quando aplicável aos servidores do Magistério, obedecerá
vada, serviço obrigatório por lei e licença-prêmio, nos termos ao que dispõe o Estatuto do Magistério Público do Município.
do parágrafo único do artigo 114 desta lei.
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Parágrafo único. Em se tratando de serviços extraordiná- § 3º REVOGADO. (Redação revogada pelo artigo 1º da Lei
rios, o acréscimo de que trata este artigo obedecerá o que dis- Complementar nº 038, de 27 de outubro de 1995.)
põe o artigo 95 desta lei. § 4º REVOGADO. (Redação revogada pelo artigo 1º da Lei
Complementar nº 038, de 27 de outubro de 1995.)
Subseção VIII § 5º REVOGADO. (Redação revogada pelo artigo 1º da Lei
Do Adicional de Férias Complementar nº 038, de 27 de outubro de 1995.)
§ 6º REVOGADO. (Redação revogada pelo artigo 1º da Lei
Art. 98. Independentemente de solicitação, será pago ao Complementar nº 038, de 27 de outubro de 1995.)
servidor, por ocasião das férias, um adicional de pelo menos § 7º REVOGADO. (Redação revogada pelo artigo 1º da Lei
um terço da remuneração correspondente no período de férias. Complementar nº 038, de 27 de outubro de 1995.)
§ 1° No caso do servidor exercer o cargo em comissão ou § 8º REVOGADO. (Redação revogada pelo artigo 1º da Lei
função de confiança, a respectiva vantagem será considerada Complementar nº 038, de 27 de outubro de 1995.)
no cálculo do adicional de que trata este artigo. Art. 101. REVOGADO. (Redação revogada pelo artigo 1º da
§ 2° Integra a remuneração para efeito de cálculo do adi- Lei Complementar nº 038, de 27 de outubro de 1995.)
cional de que trata este artigo, além do adicional por tempo de
Parágrafo único. REVOGADO. (Redação revogada pelo ar-
serviço, as seguintes vantagens, quando auferidas durante, pelo
tigo 1º da Lei Complementar nº 038, de 27 de outubro de 1995.)
menos, seis meses que antecedem a concessão das férias:
I - gratificação pela participação em trabalhos especiais;
CAPÍTULO IV
II - adicional por produtividade;
DAS FÉRIAS
III - gratificação por carga horária suplementar de trabalho;
IV - gratificação de incentivo por função específica;
V - gratificação de representação de gabinete; Art. 102. O servidor gozará trinta dias consecutivos de fé-
VI - adicional pelo exercício de atividade insalubre ou pe- rias por ano, concedidas de acordo com escala organizada pela
rigosa; chefia imediata.
VII - adicional pela prestação de serviço extraordinário; § 1º Somente depois de doze meses de exercício o servidor
VIII - adicional noturno. terá direito a férias.
Art. 99. O servidor em regime de acumulação lícita per- § 2º A escala de férias poderá ser alterada por autoridade
ceberá o adicional de férias correspondente à remuneração de superior, ouvida a chefia imediata do servidor.
cada cargo exercido. § 3º REVOGADO. (Redação revogada pelo artigo 1º da Lei
Complementar nº 038, de 27 de outubro de 1995.)
CAPÍTULO III Art. 103. É proibida a acumulação de férias, salvo por im-
DA ESTABILIDADE ECONÔMICA periosa necessidade do serviço e pelo máximo de dois perío-
dos, atestada a necessidade pelo chefe imediato do servidor.
Nota: ver art. 58 da Lei Complementar nº 276, de 03 de Art. 104. Perderá o direito de férias o servidor que, no pe-
junho de 2015 - trata da Estabilidade Econômica. ríodo aquisitivo, houver gozado das licenças a que se referem
Art. 99-A. REVOGADO. (Redação revogada pelo inciso XII os incisos II, IV e VI do artigo 108 desta lei, pelo prazo mínimo
do artigo 69 da Lei Complementar nº 276, de 03 de junho de de trinta dias.
2015.) Art. 105. No cálculo do abono pecuniário referido no § 3°
§ 1º REVOGADO. (Redação revogada pelo inciso XII do ar- do artigo 102, será considerado o adicional de férias, previsto
tigo 69 da Lei Complementar nº 276, de 03 de junho de 2015.) no artigo 98 desta lei.
§ 2º REVOGADO. (Redação revogada pelo inciso XII do ar- Art. 106. O servidor que opera direta e permanentemente
tigo 69 da Lei Complementar nº 276, de 03 de junho de 2015.) com raios X ou substâncias radioativas gozará, obrigatoriamen-
§ 3º REVOGADO. (Redação revogada pelo inciso XII do ar- te, vinte dias consecutivos de férias, por semestre de atividade
tigo 69 da Lei Complementar nº 276, de 03 de junho de 2015.)
profissional, proibida, em qualquer hipótese, a acumulação.
§ 4º REVOGADO. (Redação revogada pelo inciso XII do ar-
Parágrafo único. O servidor referido neste artigo não fará
tigo 69 da Lei Complementar nº 276, de 03 de junho de 2015.)
jus ao abono pecuniário de que trata o § 3° do artigo 102 desta
§ 5º REVOGADO. (Redação revogada pelo inciso XII do ar-
lei.
tigo 69 da Lei Complementar nº 276, de 03 de junho de 2015.)
§ 6º REVOGADO. (Redação revogada pelo inciso XII do ar- Art. 107. O servidor exonerado sem ter gozado férias a que
tigo 69 da Lei Complementar nº 276, de 03 de junho de 2015.) tenha feito jus, será delas indenizado, incluindo-se o adicional
§ 7º REVOGADO. (Redação revogada pelo inciso XII do ar- de férias, à razão de um doze avos por mês trabalhado.
tigo 69 da Lei Complementar nº 276, de 03 de junho de 2015.)
Art. 99-B. REVOGADO. (Redação revogada pelo art. 2º da CAPÍTULO V
Lei Complementar nº 269 de outubro de 2014.) DAS LICENÇAS
Art. 100. REVOGADO. (Redação revogada pelo artigo 1º da Seção I
Lei Complementar nº 038, de 27 de outubro de 1995.) Disposições Gerais
§ 1º REVOGADO. (Redação revogada pelo artigo 1º da Lei
Complementar nº 038, de 27 de outubro de 1995.) Nota: ver Decreto nº 1.643, de 12 de julho de 2010 - dispõe
§ 2º REVOGADO. (Redação revogada pelo artigo 1º da Lei sobre a concessão de benefícios aos servidores da Administra-
Complementar nº 038, de 27 de outubro de 1995.) ção Direta e Autárquica do Município de Goiânia.
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Art. 133. O prazo para interposição de pedido de reconsi- IX - manter conduta compatível com a moralidade admi-
deração ou de recurso é de trinta dias, a contar da publicação nistrativa;
ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida. X - ser assíduo e pontual ao serviço;
Art. 134. O recurso poderá ser recebido com efeito sus- XI - tratar com humanidade os demais servidores e o pú-
pensivo, a juízo da autoridade competente. blico em geral;
Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de
reconsideração ou de recurso, os efeitos da decisão retroagirão poder.
à data do ato impugnado. Parágrafo único. A representação de que trata o inciso
Art. 135. O direito de requerer prescreve: XII, deste artigo, será obrigatoriamente apurada pela autorida-
I - em cinco anos, quanto aos atos de demissão e de cassa- de superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se
ção de aposentadoria ou disponibilidade ou que afetem interes- ao representando ampla defesa, com os meios e recursos a ela
se patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho; inerentes.
II - em cento e vinte dias, nos demais casos, salvo quando
outro prazo for fixado em lei. CAPÍTULO II
Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da DAS PROIBIÇÕES
data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência,
pelo interessado, quando o ato não for publicado. Art. 142. Ao servidor é proibido:
Art. 136. O pedido de reconsideração e o recurso, quando I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia
cabíveis, interrompem a prescrição. autorização do superior imediato;
Parágrafo único. Interrompida a prescrição, o prazo reco- II - recusar fé a documentos públicos;
meçará a correr pelo restante no dia em que cessar a interrup- III - delegar a pessoa estranha à repartição, exceto nos ca-
ção. sos previstos em lei, atribuições que sejam de sua competência
Art. 137. A prescrição é de ordem pública, não podendo e responsabilidade ou de seus subordinados;
IV - promover manifestação de apreço ou desapreço no
ser relevada pela administração.
recinto da repartição;
Art. 138. Para o exercício do direito de petição, é assegura-
V - compelir ou aliciar outro servidor no sentido de filiação
do vista do processo ou documento, na repartição, ao servidor
a associação profissional ou sindical, ou a partido político;
ou a procurador por ele constituído.
VI - retirar, sem prévia autorização, por escrito, da autorida-
Art. 139. A administração deverá rever seus atos, a qual-
de competente, qualquer documento ou objeto da repartição;
quer tempo, quando eivados de ilegalidade.
VII - opor resistência injustificada ao andamento de docu-
Art. 140. São fatais e improrrogáveis os prazos estabeleci-
mento, processo ou à execução de serviço;
dos neste capítulo, salvo motivo de força maior.
VIII - atuar como procurador ou intermediário junto a re-
partições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previ-
TÍTULO IV
denciários;
DO REGIME DISCIPLINAR
IX - atribuir a outro servidor funções ou atividades estra-
CAPÍTULO I nhas às do cargo ou função que ocupa, exceto em situação de
DOS DEVERES emergência e transitoriedade;
X - manter sob sua chefia imediata, cônjuge, companheiro
Art. 141. São deveres do servidor: ou parente até o segundo grau civil;
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições legais e re- XI - praticar comércio de compra e venda de bens e servi-
gulamentares inerentes ao cargo ou função; ços no recinto da repartição, ainda que fora do horário de ex-
II - ser leal às instituições a que servir; pediente;
III - observar as normas legais e regulamentares; XII - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de
IV - cumprir as, ordens superiores, exceto quando manifes- outrem, em detrimento da dignidade da função pública;
tamente ilegais; XIII - participar, velada ou ostensivamente, de trabalhos
V - atender com presteza: objeto de contratação pelo Município, a terceiros;
a) ao público em geral, prestando as informações requeri- XIV - participar da gerência ou da administração de em-
das, ressalvadas as protegidas pelo sigilo; presa privada e, nessa condição, transacionar com o Município;
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de di- XV - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em
reito ou esclarecimento de situações pessoais; serviços ou atividades particulares;
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública; XVI - exercer quaisquer atividades incompatíveis com o
VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irre- cargo ou a função pública, ou, ainda, com o horário de trabalho;
gularidades de que tiver ciência em razão do cargo; XVII - abandonar o cargo, configurando-se pela ausência
VII - zelar pela economia do material e pela conservação injustificada ao serviço por mais de trinta dias consecutivos ou
do patrimônio público; sessenta dias intercalados;
VIII - guardar sigilo sobre assuntos da repartição, desde XVIII - apresentar inassiduidade habitual, assim entendida
que envolvam questões relativas à segurança pública e da so- a falta ao serviço, por vinte dias, interpoladamente, sem causa
ciedade; justificada, no período de seis meses;
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I - instauração, com a publicação do ato que constituir a § 1º No caso de mais de um acusado, cada um deles será
comissão; ouvido separadamente, e sempre que divergirem em suas de-
II - inquérito administrativo, que compreende instrução, clarações sobre fatos ou circunstâncias, será promovida a aca-
defesa e relatório; reação entre eles.
III - julgamento. § 2º O procurador do acusado poderá assistir ao interroga-
Art. 172. O prazo para conclusão do processo disciplinar tório, bem como a inquirição das testemunhas, sendo-lhe veda-
não excederá a sessenta dias, contados da data da constituição do interferir nas perguntas e respostas, facultando-lhe, porém,
da comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, quan- reinquirí-las, por intermédio do presidente da comissão.
do as circunstâncias o exigirem. Art. 180. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental
§ 1º Sempre que necessário, a comissão dedicará tempo do acusado, a comissão proporá a autoridade competente que
integral aos seus trabalhos, ficando seus membros dispensados ele seja submetido a exame pela Junta Médica do Município, da
do ponto, até a entrega do relatório final. qual participe pelo menos um médico psiquiatra.
§ 2º As reuniões da comissão serão registradas em atas que Parágrafo único. O incidente de sanidade mental será pro-
deverão detalhar as deliberações adotadas. cessado em auto apartado e apenso ao processo principal, após
a expedição do laudo pericial.
Seção I Art. 181. Tipificada a infração disciplinar será formulada a
Do Inquérito indiciação do servidor, com a especificação dos fatos a ele im-
putados e das respectivas provas.
Art. 173. O inquérito administrativo obedecerá o princípio § 1º O indiciado será citado por mandado expedido pelo
do contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa, com a presidente da comissão para apresentar defesa escrita, no prazo
utilização dos meios e recursos admitidos em direito. de dez dias, assegurando-lhe vista do processo na repartição.
Art. 174. Os autos da sindicância, quando for o caso, in- § 2º Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum
tegrarão o processo disciplinar, como peça informativa da ins- e de vinte dias.
trução. § 3º O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro,
Parágrafo único. Na hipótese do relatório da sindicância para diligências reputadas indispensáveis.
concluir que a infração está capitulada como ilícito penal, a au- § 4º No caso da recusa do indiciado em apor o ciente na
toridade competente encaminhará cópia dos autos ao Minis- cópia do mandado, o prazo para a defesa contar-se-á da data
tério Público, independentemente da imediata instauração do
declarada em termo próprio, pelo membro da comissão que fez
processo disciplinar.
a citação, com a assinatura de duas testemunhas.
Art. 175. Na fase do inquérito, a comissão promoverá a to-
Art. 182. O indiciado que mudar de residência fica obriga-
mada de depoimentos, acareações, investigações e diligências
do a comunicar à comissão o lugar onde poderá se encontrado.
cabíveis, objetivando a coleta de provas, recorrendo, quando
Art. 183. Achando-se o indiciado em lugar incerto e não
necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa
sabido, será citado por edital, publicado no Diário Oficial do
elucidação dos fatos.
Município e em jornal de grande circulação em Goiânia, para
Art. 176. É assegurado ao servidor o direito de acompa-
apresentar defesa e acompanhar o processo até final decisão.
nhar o processo, pessoalmente ou por intermédio de procura-
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para
dor, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contra-
defesa será de quinze dias a partir da publicação do edital.
provas e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial.
§ 1º O presidente da comissão poderá denegar pedidos Art. 184. Considerar-se-á revel o indiciado que, regular-
impertinentes, meramente protelatórios ou de nenhum interes- mente atado, não apresentar defesa no prazo legal.
se para o esclarecimento dos fatos. § 1º A revelia será declarada, por termo, nos autos do pro-
§ 2º Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a cesso.
comprovação do fato independer de conhecimento especial de § 2º Para defender o indiciado revel, a autoridade instaura-
perito. dora do processo designará um servidor como defensor dativo,
Art. 177. As testemunhas serão intimadas a depor median- de cargo de nível igual ou superior ao do indiciado, assinando-
te requisição expedida pelo presidente da comissão devendo a -lhe novo prazo.
segunda via, com o ciente das mesmas, ser anexada aos autos. Art. 185. Apreciada a defesa, a comissão elaborará rela-
Parágrafo único. Se a testemunha for servidor do Municí- tório minucioso, onde resumirá as peças principais dos autos
pio, a expedição de requisição será imediatamente comunicada e mencionará as provas em que se baseou para formar a sua
ao chefe da repartição onde serve, com indicação do dia e hora convicção.
marcados para inquirição. § 1º O relatório será sempre conclusivo quanto a inocência
Art. 178. O depoimento será prestado oralmente e reduzi- ou à responsabilidade do servidor.
do a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito. § 2º Reconhecida a Responsabilidade do servidor, a comis-
§ 1º As testemunhas serão inquiridas separadamente. são indicará o dispositivo legal ou regulamentar transgredido,
§ 2º Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.
infirmem, proceder-se-á a acareação entre os depoentes. Art. 186. O processo disciplinar, com o relatório conclusi-
Art. 179. Concluída a inquirição das testemunhas, a co- vo, será remetido à autoridade que determinou a sua instaura-
missão promoverá o interrogatório do acusado, observados os ção, para julgamento.
procedimentos previstos nos artigos 177 e 178 desta lei.
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Art. 204. Os benefícios do Plano de Seguridade Social do grave, doença de Parkinson, paralisia irreversível e incapacitante,
servidor compreendem: espondilite ancilosante, nefopatia grave, estados avançados do
I - quanto ao servidor: mal de Paget (osteíte deformante), pênfigo foliáceo, síndrome
a) aposentadoria; de inumodeficiência adquirida - AIDS e outras que a lei indicar,
b) auxílio - natalidade; com base na medicina especializada.
c) salário - família; § 2º Considera-se acidente, para efeito desta lei, o evento
d) licença para tratamento de saúde; danoso que tiver como causa mediata ou imediata, o exercício
e) licença à gestante, à adotante e licença paternidade; das atribuições inerentes ao cargo ocupado pelo servidor.
f) licença por acidente em serviço; § 3º Equipara-se ao acidente a agressão sofrida e não pro-
g) assistência à saúde; vocada pelo servidor, no exercício de suas funções.
II - quanto ao dependente: § 4º Entende-se por moléstia profissional a que decorrer
a) pensão; das condições do serviço ou de fatos nele ocorridos, devendo o
b) pecúlio; laudo médico estabelecer-lhe a rigorosa caracterização.
c) auxílio funeral; § 5º O tempo de serviço público federal, estadual ou muni-
d) auxílio - reclusão; cipal e o da atividade privada serão computados integralmente
e) assistência à saúde. para os efeitos de aposentadoria e disponibilidade.
Parágrafo único. O recebimento indevido de benefícios § 6º O servidor detentor de cargo de provimento efetivo
havidos por fraude, dolo ou má fé, implicará na devolução ao no município, ocupante de cargo em comissão ou função de
Erário do Município do total auferido, atualizado monetaria- confiança será aposentado nesta condição quando invalidado
mente, sem prejuízo da ação penal cabível. em serviço, em virtude de acidente em serviço, moléstia profis-
sional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas
CAPÍTULO II no parágrafo 1° deste artigo.
DOS BENEFÍCIOS § 7º Lei complementar poderá estabelecer exceções ao
Seção I disposto no inciso III, alíneas «a» e «c» deste artigo, no caso
Da Aposentadoria de exercício de atividades consideradas penosas, insalubres ou
perigosas.
Nota: ver Nota: ver Lei Complementar nº 053, de 26 de agosto de
1996 - regulamenta a aposentadoria especial.
1 - artigos 57 e seguintes da Lei nº 8.095, de 26 de abril de
§ 8º A lei disporá sobre a aposentadoria em cargos ou em-
2002 - dispõe sobre a aposentadoria;
pregos temporários.
2 - art. 32 da Lei nº 9.159, de 23 de julho de 2012 - dispõe
§ 9º O benefício da pensão por morte corresponderá à to-
sobre a aposentadoria por invalidez;
talidade da remuneração ou à dos proventos do servidor faleci-
3 - Lei Complementar nº 053, de 26 de agosto de 1996 -
do, compreendendo inclusive o adicional por tempo de serviço,
regulamenta a aposentadoria especial.
observado o disposto no artigo 208 desta lei.
Art. 205. O servidor será aposentado:
Art. 206. A aposentadoria compulsória será automática e
I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais
declarada por ato da administração, com vigência a partir do
quando decorrentes de acidente em serviço, moléstia profissio-
dia imediato àquele em que o servidor atingir a idade limite de
nal ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em
permanência no serviço.
lei, e quando declarado definitivamente incapaz para o serviço Parágrafo único. O retardamento do ato declaratório da
público, por laudo da Junta Médica Oficial do Município, e pro- aposentadoria não impedirá que o servidor deixe o exercício do
porcionais nos demais casos; (Redação conferida pelo artigo 1º cargo no dia imediato àquele em que completar a idade limite.
da Lei Complementar n° 051, de 27 de junho de 1996.) Art. 207. A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigo-
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com pro- rará a partir da data da publicação do respectivo ato.
ventos proporcionais ao tempo de serviço; § 1º A aposentadoria por invalidez será precedida de licen-
III - voluntariamente: ça para tratamento de saúde, por período não superior a vinte
a) aos trinta e cinco anos de serviço, se homem, e aos trinta, e quatro meses, observado o disposto no artigo 220 desta lei.
se mulher, com proventos integrais; § 2º Expirado o prazo de licença e não estando em con-
b) aos trinta anos de efetivo exercício em funções de ma- dições de reassumir o cargo, ou de ser readaptado, o servidor
gistério, se professor, e, aos vinte e cinco, se professora, com será aposentado.
proventos integrais; § 3º O lapso de tempo compreendido entre o término da
c) aos trinta anos de serviço, se homem, e aos vinte e cinco, licença e a publicação do ato de aposentadoria será considera-
se mulher, com proventos proporcionais a esse tempo; do como de prorrogação da licença.
d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e, aos Art. 208. Os proventos da aposentadoria serão revistos, na
sessenta, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar
serviço. a remuneração dos servidores em atividade, sendo também es-
§ 1º Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incu- tendidos aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens pos-
ráveis a que se refere o inciso I deste artigo: tuberculose ativa, teriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive
alienação mental, neoplasia maligna, cegueira posterior ao in- quando decorrente da transformação ou reclassificação do car-
gresso no serviço público do Município, hanseníase, cardiopatia go ou função em que se deu a aposentadoria.
80
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Parágrafo único. É assegurado ao servidor aposentado Art. 215. Quando o pai e a mãe forem servidores do Mu-
ou que venha a se aposentar e que perceba até dois salários nicípio e viverem em comum, o salário-família será pago a um
mínimos, que não beneficiar-se do § 1º do artigo 34, da Lei Or- deles; quando separados judicialmente, será pago a um e ou-
gânica, ou dos artigos 100 e 210 desta lei, o direito de ter incor- tro, de acordo com a distribuição dos dependentes.
porado a seus proventos um adicional de vinte por cento sobre Parágrafo único. Ao pai e à mãe equiparam-se o padras-
os mesmos, desde que conte pelo menos vinte anos de efetivo to e a madrasta.
serviço público. Art. 216. O salário-família não está sujeito a qualquer
Art. 209. Quando a aposentadoria for proporcional ao desconto, nem servirá de base para qualquer contribuição, in-
tempo de serviço, o provento não poderá ser inferior ao salário clusive para a previdência social.
mínimo vigente no país. Parágrafo único. O valor do salário-família será igual a,
Art. 210. REVOGADO. (Redação revogada pelo artigo 1º da no mínimo, 3% (três por cento) e, no máximo, 25% (vinte e cin-
Lei Complementar nº 038, de 27 de outubro de 1995.) co por cento) da Unidade Padrão de Vencimento da Prefeitura
I - REVOGADO. (Redação revogada pelo artigo 1º da Lei de Goiânia - UPV/PMG, escalonado segundo a remuneração
Complementar nº 038, de 27 de outubro de 1995.) do servidor, conforme dispuser o regulamento.
II - REVOGADO. (Redação revogada pelo artigo 1º da Lei Nota: ver Decreto n.º 575, de 12 de maio de 1992 - regu-
Complementar nº 038, de 27 de outubro de 1995.) lamenta a forma de pagamento do salário-família.
Art. 211. REVOGADO. (Redação revogada pelo artigo 1º da Art. 217. O servidor é obrigado a comunicar ao órgão de
Lei Complementar nº 038, de 27 de outubro de 1995.) pessoal da Prefeitura ou Câmara Municipal, dentro de quinze
Parágrafo único. REVOGADO. (Redação revogada pelo ar-
dias da ocorrência, qualquer alteração que verifique na situa-
tigo 1º da Lei Complementar nº 038, de 27 de outubro de 1995.)
ção dos dependentes, da qual ocorra modificação no paga-
mento do salário-família, sob pena de responsabilidade.
Seção II
Art. 218. No caso de falecimento do servidor, o salário-fa-
Do Auxílio-Natalidade
mília continuará a ser pago ao beneficiário da pensão.
Parágrafo único. O salário-família devido à esposa, nos
Art. 212. Conceder-se-á auxílio-natalidade ao servidor, por
termos deste artigo, tem vigência até que a viúva venha con-
motivo de nascimento de filho, em quantia equivalente ao me-
trair novas núpcias ou passe a ter renda própria.
nor vencimento constante do Plano de Carreira e Vencimentos,
inclusive no caso de natimorto, mediante apresentação de cer-
Seção IV
tidão.
Da Licença para Tratamento de Saúde
§ 1º Não será permitida a percepção conjunta de auxílio-
-natalidade quando o pai e a mãe forem servidores do Muni-
cípio. Art. 219. Será concedida licença para tratamento de saú-
§ 2º Na hipótese de parto múltiplo, o auxílio natalidade de do servidor, a pedido ou de ofício, com base em perícia
será concedido em valor integral pelo nascimento de cada filho. médica, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.
§ 3º Perderá o direito ao auxílio-natalidade, o servidor que Parágrafo único. Sempre que necessário, a inspeção mé-
não o requerer até noventa dias após o nascimento do filho. dica será realizada na residência do servidor ou no estabeleci-
mento hospitalar onde se encontrar internado.
Seção III Art. 220. Findo o prazo da licença, o servidor retornará às
Do Salário-Família suas funções e, quando necessário, após solicitação da Junta
Médica do Município, o servidor será submetido a nova inspe-
Nota: ver art. 67 da Lei nº 8.095, de 26 de abril de 2002 - ção médica, que concluirá pela volta ao serviço, pela prorroga-
dispõe sobre o salário família. ção da licença ou pela aposentadoria.
Art. 213. O salário-família é devido ao servidor ativo ou Parágrafo único. O servidor não poderá permanecer em
inativo, por dependente econômico. licença para tratamento de saúde por período superior a vinte
Parágrafo único. Consideram-se dependentes econômi- e quatro meses consecutivos, caso em que será considerado
cos para efeito de percepção do salário-família: inapto para o serviço público, a critério da Junta Médica do
I - O cônjuge ou companheiro e os filhos, inclusive os en- Município.
teados, até vinte e um anos de idade ou, se estudante, até vinte Art. 221. No curso da licença, o servidor abster-se-á de
e quatro anos ou, se inválido, de qualquer idade; exercer qualquer atividade laboral, remunerada ou gratuita,
II - o menor de vinte e um anos que, mediante autorização sob pena de cassação imediata da licença, com perda total da
judicial, viver na companhia e às expensas do servidor; remuneração correspondente ao período já gozado.
III - a mãe e o pai, sem economia própria. Art. 222. O atestado e o laudo da Junta Médica não se
Art. 214. Não se configura a dependência econômica referirão ao nome ou natureza da doença, salvo quando se
quando o beneficiário do salário-família perceber rendimento tratar de lesões produzidas por acidente em serviço, doença
do trabalho ou em qualquer outra fonte, inclusive pensão ou profissional ou quaisquer das doenças especificadas no § 1°
provento de aposentadoria, em valor igual ou superior ao sa- do artigo 205 desta lei.
lário - mínimo.
81
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
§ 4º REVOGADO. (Redação conferida pelo art. 4º da Lei § 2º No caso de acumulação legal de cargos, o auxílio será
Complementar nº 027, de 16 de novembro de 1994 e revogada único.
pelo art. 44 da Lei nº 8.904, de 30 de abril de 2010.) § 3º O auxílio será pago no prazo de setenta e duas horas,
§ 5º REVOGADO. (Redação conferida pelo art. 4º da Lei por meio de procedimento sumaríssimo, à pessoa da família
Complementar nº 027, de 16 de novembro de 1994 e revogada que houver custeado o funeral.
pelo art. 44 da Lei nº 8.904, de 30 de abril de 2010.) Art. 239. Se o funeral for custeado por terceiros, este será
Art. 232. Acarreta perda da qualidade de beneficiário: indenizado, observado o disposto no artigo anterior.
I - o seu falecimento; Art. 240. Em caso de falecimento de servidor em serviço
II - contração de novas núpcias pelo cônjuge beneficiário; fora do local de trabalho, inclusive no exterior, as despesas de
III - anulação do casamento, quando a decisão ocorrer transporte do corpo correrão à conta dos recursos do Municí-
após a concessão da pensão do cônjuge; pio.
IV - a cessação da invalidez, em se tratando de beneficiário
inválido; Seção X
V - a maioridade de filho, enteado, menor sob guarda ou Do Auxílio-Reclusão
tutela e irmão órfão, aos vinte e um anos de idade;
VI - a acumulação de pensão, na forma do artigo 236 desta Nota: ver art. 80 da Lei nº 8.095, de 26 de abril de 2002 -
lei; dispões sobre o auxílio-reclusão.
VII - o auferimento de renda suficiente para subsistência Art. 241. À família do servidor ativo é devido o auxílio-re-
ou o exercício de atividade remunerada, quando se tratar dos clusão, nos seguintes valores:
beneficiários referidos nos incisos IV e V do artigo 230. I - dois terços da remuneração, quando afastado por moti-
Art. 233. A pensão poderá ser requerida a qualquer tempo, vo de prisão, em flagrante ou preventiva, determinada por au-
prescrevendo as prestações exigíveis há mais de um ano. toridade competente, enquanto perdurar a prisão;
Parágrafo único. Concedida a pensão, qualquer prova ou II - metade da remuneração, durante o afastamento, em
habilitação tardia que implique exclusão de beneficiário ou re- virtude de condenação, por sentença definitiva, a pena que não
dução de pensão, só produzirá efeitos a partir da data em que determine perda do cargo.
for oferecida. Parágrafo único. O pagamento do auxílio-reclusão cessará
Art. 234. Não faz jus à pensão o beneficiário condenado a partir do dia imediato àquele em que o servidor for posto em
liberdade, ainda que condicional.
pela prática de crime doloso de que resultou a morte do ser-
vidor.
Seção XI
Art. 235. As pensões serão automaticamente atualizadas
Da Reabilitação Profissional
na mesma data e na mesma proporção dos reajustes dos ven-
cimentos dos servidores, aplicando-se o disposto no artigo 208
Nota: ver art. 29 da Lei nº 9.159, de 23 de julho de 2012 -
desta lei.
dispõe sobre a reabilitação profissional e readaptação de cargo
Art. 236. Ressalvado o direito de opção, é vedada a per-
ou função do servidor público municipal.
cepção cumulativa de mais de duas pensões.
Art. 242. A reabilitação profissional proporciona aos ser-
vidores, quando portadores de incapacidade física ou mental,
Seção VIII
decorrente de acidente ou doença, os meios de reeducação ou
Do Pecúlio readaptação profissional indicados, para que possam exercer
atividade produtiva.
Nota: ver Lei nº 9.935, de 26 de outubro de 2016 - dispõe § 1º O objetivo da reabilitação profissional é integrar ou
sobre o Pecúlio. reintegrar na sociedade, como elemento ativo, o servidor cuja
Art. 237. Aos beneficiários de servidor falecido, ativo ou capacidade de trabalho esteja prejudicada.
inativo, será pago um pecúlio nos termos da Lei nº 6.330/85, § 2º A reabilitação profissional desenvolve-se abrangendo
regulamentada pelo Decreto nº 681/85. as seguintes fases básicas, simultâneas ou sucessivas:
I - avaliação fisiológica, psicológica, social e profissional;
Seção IX II - tratamento médico, psicológico e social;
Do Auxílio Funeral III - treinamento e formação profissional;
IV - lotação;
Nota: ver Lei Complementar nº 054, de 24 de setembro V - seguimento.
de 1996 - concede a pensão e o auxilio funeral aos familiares e § 3º A reabilitação profissional destina-se a:
dependentes dos Agentes de Saúde. I - servidor com incapacidade, decorrente de doença ou
Art. 238. O auxílio-funeral é devido à família do servidor acidente do trabalho;
falecido na atividade ou do aposentado, no valor equivalente, II - servidores em licença para tratamento de saúde.
para todas as categorias, a 10 (dez) UPV›s, independente da re-
muneração percebida pelo servidor.
§ 1º Unidade Padrão de Vencimento - UPV é o valor básico
utilizado como referência para a fixação do vencimento de cada
cargo.
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
ANOTAÇÕES
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
1. Noções de administração pública. ............................................................................................................................................................... 01
2. Evolução da administração pública no Brasil após 1930. ................................................................................................................... 02
3. Evolução do pensamento administrativo e noções de administração geral: Processo administrativo, funções: planeja-
mento, organização, direção e controle. Áreas organizacionais. ......................................................................................................... 10
4. Gestão de pessoas............................................................................................................................................................................................... 13
5. Comportamento organizacional. .................................................................................................................................................................. 16
6. Gestão da qualidade. ........................................................................................................................................................................................ 16
7. Gestão financeira. ............................................................................................................................................................................................... 34
8. Gestão de recursos humanos. ....................................................................................................................................................................... 35
9. Gestão de serviços. ............................................................................................................................................................................................ 40
10. Comunicação organizacional. ..................................................................................................................................................................... 41
11. Ambiente organizacional. ............................................................................................................................................................................. 49
12. Tomada de decisão. ......................................................................................................................................................................................... 52
13. Administração de recursos materiais. ...................................................................................................................................................... 56
14. Arquivos: noções gerais. ................................................................................................................................................................................ 58
15. Gestão de documentos. ................................................................................................................................................................................. 82
16. Ética na administração. .................................................................................................................................................................................. 86
17. Noções sobre tecnologias da informação. ............................................................................................................................................. 93
18. Noções de empreendedorismo e intra-empreendedorismo........................................................................................................... 93
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
gerentes. Os gerentes são responsáveis pelo elo entre o
1. NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. nível operacional, onde os colaboradores desenvolvem os
produtos e serviços da organização.
As Organizações formais possuem uma estrutura hie-
rárquica com suas regras e seus padrões. Os Organogra-
O conceito de administração representa uma governa- mas com sua estrutura bem dimensionada podem facilitar
bilidade, gestão de uma empresa ou organização de forma a autonomia interna, agilizando o processo de desenvol-
que as atividades sejam administradas com planejamento, vimento de produtos e serviços. O mundo empresarial cada
organização, direção, e controle. Montana e Charnov em vez mais competitivo e os clientes a cada dia mais exigentes
2003 asseveraram que o ato de administrar é trabalhar com levam as organizações a pensar na sua estrutura, para se ade-
e por intermédio de outras pessoas na busca de realizar quar ao que o mercado procura. Com os órgãos bem dispos-
objetivos da organização bem como de seus membros. tos nessa representação gráfica, fica mais bem objetivada a
A administração tem uma série de características entre hierarquia bem como o entrosamento entre os cargos.
elas: um circuito de atividades interligadas, buscar de ob- As organizações fazem uso do organograma que me-
tenção de resultados, proporcionar a utilização dos recur- lhor representa a realidade da empresa, vale lembrar que
sos físicos e materiais disponíveis, envolver atividades de o modelo piramidal ficou obsoleto, hoje o que vale é a
planejamento, organização, direção e controle. contribuição, são muitas pessoas empenhadas no desen-
O planejamento consiste em definir objetivos para tra- volvimento da empresa, todos contribuem com ideias na
çar metas, assim identificando forças, fraquezas, oportuni- tomada de decisão.
dades e ameaças. Interpretam-se dados, analisam-se re- Com vistas às diversidades de informações, é preciso
cursos. O planejamento ocorre com base em muito estudo, estar atento para sua relevância, nas organizações as infor-
muita pesquisa, antes da implantação de qualquer coisa, mações são importantes, mesmo em tomada de decisões.
ele pode durar meses ou até anos. É necessário avaliar a qualidade da informação e saber apli-
Organizar significa preparar processos a fim de obter car em momentos oportunos.
os resultados planejados. Para o desenvolvimento de sistemas de informação, há
Direção, neste procedimento decisões são necessárias, que se definir qual informação e como ela vai ser mantida
para que os objetivos relacionados no planejamento con- no sistema, deve haver um estudo no organograma da em-
tinuem alinhados. presa verificando assim quais os dados e quais os campos
Controle, aqui é possível vislumbrar todo o processo vão ser necessários para essa implantação. Cada empresa
tem suas características e suas necessidades, e o sistema de
de planejar, organizar e direcionar. Liderar e discernir se o
informação se adéqua a organização e aos seus propósitos.
resultado foi o almejado. Assim é possível recomeçar um
Para as organizações as pessoas são as mais importan-
novo ciclo com mais planejamento e suas etapas subse-
tes, por isso tantos estudos a fim de sanar interrogações
quentes.
a respeito da complexidade do ser humano. Maslow diz
Para administrar nos mais variados níveis de organi-
que em primeiro na base da pirâmide vem às necessida-
zação é necessário ter habilidades, estas são divididas em
des fisiológicas, como: fome, sede sono, sexo, depois ele
três grupos: as Habilidades Técnicas são habilidades que nomeia segurança como o segundo item mais importante,
necessitam de conhecimento especializado e procedimen- estabilidade no trabalho, por exemplo, logo depois neces-
tos específicos e pode ser obtida através de instrução. As sidades afetivo sociais, como pertencer a um grupo, ter
Habilidades Humanas envolvem também aptidão, pois in- amigos, família; necessidades de status e estima, aqui po-
terage com as pessoas e suas atitudes, exige compreensão demos dar como exemplo a necessidade das pessoas em
para liderar com eficiência. As Habilidades Conceituais en- ter reconhecimento, por seu trabalho por seu empenho, no
globam um conhecimento geral das organizações, o gestor topo Maslow colocou as necessidades de auto realização,
precisa conhecer cada setor, como ele trabalha e para que em que o indivíduo procura tornar-se aquilo que ele pode
ele existe. ser, explorando suas possibilidades.
De acordo com Chiavenato a estrutura garante a to- O raciocínio de Viktor Frankl “ vontade de sentido”
talidade de um sistema e permite sua integridade, assim também é coerente, ele nos atenta para o fato de que nem
são as organizações, diversos órgãos agrupados hierarqui- sempre a pirâmide de Maslow ocorre em todas as escalas
camente, os sistemas de responsabilidade, sistemas de au- de uma forma sequencial, de acordo com ele, o que nos
toridade e os sistemas de comunicações são componentes move é aquilo que faz com que nossa vida tenha senti-
estruturais. do, nossas necessidades aparecem de forma aleatória, são
Existem vários modelos de organização, Organização nossas motivações que nos levam a agir. Os colaboradores
Empresarial, Organização Máquina, Organização Política são estimulados, fazendo o que gostam, as pessoas alocam
entre outras. As organizações possuem seus níveis de in- mais tempo nas atividades em que estão motivados. Sendo
fluência. O nível estratégico é representado pelos gestores assim um funcionário trabalhando em uma determinada
e o nível tático, representado pelos gerentes. Eles são im- tarefa, pode sentir autorealização sem necessariamente ter
portantes para manter tudo sob controle. O gerente tem passado por todas as escalas da piramide. Mas o que é rea-
uma visão global, ele coordena, define, formula, estabelece lização para um, não é realização para todas as pessoas. O
uma autoridade de forma construtiva, competente, enér- ser humano é insaciável, quando realiza algo que desejou
gica e única. Fayol nomeia 16 diferentes atribuições dos intensamente, logo cobiçara outras coisas.
1
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
O comportamento das pessoas nas organizações afe- 1889-1929 – República Velha
tam diretamente na imagem, no sucesso ou insucesso da 1930-1945 – Estado Novo
mesma, o comportamento dos colaboradores refletem seu 1945-1964 – Período Democrático-Desenvolvimentista
desempenho. Há uma necessidade das pessoas de ter in- 1964-1985 – Ditadura Militar
centivos para que o trabalho flua, a motivação é intrínseca, 1985-2002 – Nova República
mas os estímulos são imprescindíveis para que a motivação 2002 em diante – Fase Atual
pelo trabalho continue gerando resultados para a empresa.
Os lideres são importantes no processo de sobrevi- As POLÍTICAS PÚBLICAS atendem à áreas da educação,
vência no mercado, Lacombe descreveu que o líder tem habitação, saneamento, saúde, transporte, segurança, de-
condição de exercer, função, tarefa ou responsabilidade fesa, desenvolvimento sustentável.
quando é responsável pelo grupo. Um líder precisa ser
motivado, competente, conseguir conquistar e conhecer as Como são formuladas as Políticas Públicas?
pessoas, ter habilidades e intercalar objetivos pessoais e As políticas públicas são formuladas principalmente
organizacionais. O estilo do líder Democrático contribui na por iniciativa dos poderes executivo, ou legislativo, separa-
condução das organizações, ele delega não só tarefas, mas da ou conjuntamente, a partir de demandas e propostas da
poderes, isso é importante para estimular os mais diversos sociedade, em seus diversos seguimentos.
profissionais dentro da organização. A participação da sociedade na formulação, acompa-
No processo de centralização a tomada de decisões é nhamento e avaliação das políticas públicas em alguns ca-
unilateral, deixando os colaboradores travados, sem po- sos é assegurada na própria lei que as institui.
der de opinião. Já no processo de descentralização existe No caso da Educação e da Saúde, a sociedade partici-
maior estimulo por parte dos funcionários, podendo opinar pa (ao menos em tese) mediante os Conselhos municipal,
eles se sentem parte ativa da empresa. estadual e nacional. Audiências públicas, encontros e con-
Existem benefícios assegurados por leis e benefícios ferências setoriais são também instrumentos que vem se
espontâneos. Um bom plano de benefícios motivam os afirmando nos últimos anos como forma de envolver os
colaboradores. O funcionário hoje com todo seu conheci- diversos seguimentos da sociedade em processo de parti-
mento adquirido na empresa tem sido tratado como ativo cipação e controle social.
não mais como recurso. Dar estímulos como os benefícios
contribuem para a permanência do funcionário na organi- Entende-se por Políticas Públicas:
zação. São inúmeras vantagens tanto para o empregado • “O conjunto de ações coletivas voltadas para a ga-
quanto para o empregador. Reduzindo insatisfações e au- rantia dos direitos sociais, configurando um compromis-
mentando a produção, gerando assim resultados satisfa- so público que visa dar conta de determinada demanda,
tórios. em diversas áreas. Expressa a transformação daquilo que é
do âmbito privado em ações coletivas no espaço público”
Fonte: http://www.administradores.com.br/artigos/ne- (guareschi et al., 2004).
gocios/principios-da-administracao-o-conceito-da-admi- • O campo de conhecimentos que analisa o gover-
nistracao-e-suas-funcoes/57654/ no à luz de grandes questões públicas (mead, 1995, apud
souza 2006).
• A soma das atividades dos governos, que agem
diretamente ou através de delegação e que influenciam a
2. EVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA vida dos cidadãos (peters, 1986, apud souza 2006).
NO BRASIL APÓS 1930. • O que o governo escolhe fazer ou não fazer (dye,
1984, apud souza 2006).
2
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
Contexto institucional Além do caráter de mensuração objetiva de resultados,
Relações federativas a avaliação possui também aspectos qualitativos, consti-
Separação de poderes tuindo-se em um julgamento sobre o valor das interven-
Sistema partidário ções governamentais por parte dos avaliadores internos ou
externos, bem como por parte dos usuários ou beneficiá-
E são vários papéis que identificamos nos processos de rios. A decisão de aplicar recursos públicos em uma ação
P.P, dentre eles temos os: pressupõe a atribuição de valor e legitimidade aos seus
Formuladores objetivos, e a avaliação deve verificar o cumprimento das
Implementadores metas estabelecidas.
Interessados Há diferentes maneiras de realizar uma avaliação. Uma
Beneficiários delas é a avaliação acadêmica, mais formal, com interes-
Políticos se no estudo da efetividade das políticas, seus impactos
Burocratas e benefícios. Outra forma é a avaliação promovida duran-
Imprensa te o período de implementação das políticas e programas
governamentais, com foco na análise de sua eficiência e
Que irão atuar em: eficácia.
Movimentos Sociais
Conselhos e Conferências Razões para Avaliar Políticas e Programas Governamen-
Câmaras e Assembléias tais - A Utilidade da Avaliação de Políticas e Programas Pú-
Poder Judiciário blicos. Hoje há quase um consenso na literatura de que os
Ministério Público motivos para realizar estudos de avaliação de políticas e
Secretarias de Governo programas públicos estão relacionados à transformação da
Comunidades Epistêmicas Administração Pública em uma administração mais moder-
Entre outros na e eficiente, mesmo que em alguns países isto ainda seja
apenas um desejo. Nos anos 80 e 90, o mundo foi varrido
Na atuação das PPs, é muito importante o papel do por uma onda de ideologia neoliberal que pregou o “Esta-
Controle social: do Mínimo” e cuja aceitação talvez tenha sido um reflexo
Está diretamente associado à transparências dos do colapso do Estado comunista. A despeito do entusias-
atos dos agentes públicos. mo inicial, a possibilidade de existência do Estado mínimo
Deve estar presente ao longo de todo o ciclo das mostrou-se irrealista, principalmente para os países em de-
políticas públicas. senvolvimento, onde as políticas públicas desempenham
Cria condições para o estabelecimento de relações um papel estratégico para aliviar a pobreza e torná-los
de confiança. mais compatíveis com uma economia de mercado.
Exige a existência de mecanismos de prestação de Na impossibilidade de substituir o Estado pelo merca-
contas. do, a crise deste período acabou produzindo uma reforma
deste Estado na maioria dos países ocidentais. Segundo
Sendo que seus principais instrumentos são: Bresser Pereira (1996) “No lugar da velha administração
Fiscalização de contratações. pública burocrática, emergiu uma nova forma de adminis-
Acompanhamento da execução orçamentária. tração – a administração pública gerencial -, que tomou
Estudos orçamentários sobre assuntos específicos. emprestado do setor privado os imensos avanços práticos
Monitoramento de projetos. e teóricos ocorridos no século XX na administração de em-
Acompanhamento permanente de políticas. presas, sem, contudo perder sua característica específica:
Participação em conselhos gestores de políticas a de ser uma administração que não está orientada para
públicas. o lucro, mas para o atendimento do interesse público”. As
características básicas da administração pública gerencial
Nas últimas décadas a avaliação de políticas e progra- são a orientação para o cidadão e para a obtenção de re-
mas governamentais assumiu grande relevância para as sultados, em contraponto à administração burocrática, que
funções de planejamento e gestão governamentais. Em se concentra nos processos, sem considerar a ineficiência
vários países, este movimento foi seguido pela adoção dos envolvida.
princípios da gestão pública empreendedora e por trans- O crescente interesse dos governos nos estudos de
formações das relações entre Estado e sociedade. A ava- avaliação está relacionado às questões de efetividade, efi-
liação pode subsidiar: o planejamento e formulação das ciência, accountability e desempenho da gestão pública,
intervenções governamentais, o acompanhamento de sua já que estes estudos constituem-se em ferramenta para
implementação, suas reformulações e ajustes, assim como gestores, formuladores e implementadores de programas
as decisões sobre a manutenção ou interrupção das ações. e políticas públicas. As avaliações de políticas e programas
É um instrumento importante para a melhoria da eficiência permitem que formuladores e implementadores tomem
do gasto público, da qualidade da gestão e do controle suas decisões com maior conhecimento, maximizando o
sobre a efetividade da ação do Estado, bem como para a resultado do gasto público, identificando êxitos e superan-
divulgação de resultados de governo. do pontos de estrangulamento.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
Principais Questões a Serem Respondidas pelas Ava- ainda, a transparência, qualidade e accountability na ges-
liações - Derlien (2001) identifica três funções atribuídas tão dos recursos públicos (responsabilização dos gestores
à avaliação de políticas: de informação, de alocação e de por decisões e ações implementadas).
legitimação. Estas motivações são identificadas a diferen- Assim, as questões imediatas e centrais a serem res-
tes fases da implementação de avaliações. Durante os anos pondidas pelos estudos de avaliação seriam: Em que me-
60, os países que impulsionaram a atividade estavam mais dida os objetivos propostos na formulação do programa
interessados na informação. Para eles, as questões princi- são ou foram alcançados na implementação? Como o pro-
pais a serem respondidas seriam: Como funcionam as polí- grama funciona e quais os motivos que levam ou levaram
ticas? Que efeitos produzem? Como se pode melhorá-las? a atingir ou não os resultados? (Silva, 1999, p.38 e Silva,
A segunda fase, que tomou impulso durante os anos 80 e 2002, p.15) A partir dessas questões gerais, os estudos po-
predomina hoje, visa à alocação ou dotação orçamentária dem responder tópicos mais específicos, relacionados às
mais racional, e as questões básicas a que se propõe são: informações para o processo decisório e aprendizagem or-
Que programas podem ser cortados a partir de resultados ganizacional.
negativos? Quais são as consequências da privatização de O interesse do governo na avaliação dos programas e
certas atividades públicas? Como os programas podem ser das políticas públicas está relacionado à preocupação com a
reorganizados para atingir mais resultados com o mesmo eficácia, a eficiência, a efetividade e a accountability de suas
montante? Já a função de legitimação não pode ser identi- ações. Os estudos de avaliações podem fornecer aos geren-
ficada a uma fase temporal, tendo sempre desempenhado tes e administradores públicos respostas sobre a qualidade
papel importante no contexto político, ao menos para os de seu trabalho, bem como a possibilidade de mostrar os
países desenvolvidos da América do Norte e Europa que o resultados de seu trabalho à sociedade e ao Legislativo.
autor examina. De acordo com a análise de experiências estrangeiras,
Para Ala-Harja e Helgason (2000), a avaliação de pro- os principais interesses das atuais avaliações são os resul-
gramas é um mecanismo de melhoria do processo de to- tados, a alocação orçamentária racional e a reorganização
mada de decisões. Embora não se destine a resolver ou dos programas de modo a alcançar os objetivos de plane-
substituir juízos subjetivos, a avaliação permite ao gover- jamento. Estas são as respostas que as avaliações podem
nante um certo conhecimento dos resultados de um dado oferecer como subsídio ao processo de tomada de deci-
programa, informação que pode ser utilizada para melho- sões, durante a execução dos programas e das políticas.
rar a concepção ou implementação de um programa, para
fundamentar decisões e para melhorar a prestação de con- Descentralização e Democracia
tas sobre políticas e programas públicos. Segundo estes Após o processo de democratização pelo qual o Brasil
autores, as principais metas da avaliação seriam: a melhoria passou, fez-se necessária uma nova postura quanto a cen-
do processo de tomada de decisão, a alocação apropriada tralização do poder do Estado.
de recursos e a responsabilidade para o parlamento e os Nesse sentido o que percebemos foi um movimento
cidadãos. no sentido de descentralizar competências e atribuições.
No Brasil, ainda podem ser citadas outras razões para a Essa questão de um Estado centralizado ou descentra-
demanda por avaliações. lizado gera muita discussão, mas o que sabemos é que de
Em primeiro lugar, a crise fiscal brasileira diminuiu a ca- fato um Estado nunca estará organizado totalmente cen-
pacidade de gasto dos governos e aumentou a pressão por tralizado ou descentralizado.
maior eficiência. Nesta questão, o fim do processo inflacio- Diante desse fato, uma tendência é notada, a de que
nário teve importante papel, pois acabou com as receitas fi- em aspectos pontuais, a descentralização é a mais indica-
nanceiras dos governos e expôs os problemas das finanças da forma organizacional politica, jurídica e administrativa
públicas. Em segundo, o aprofundamento da democracia para o Estado, isso no sentido de adequação às necessi-
trouxe novos atores sociais e reivindicações aos governos. dades pontuais, de eficiência nos resultados, de ajustes e
Em terceiro, a longa crise econômica brasileira aumentou a mudanças dentro das estruturas sociais, ou seja, a descen-
desigualdade social e a busca pelos programas sociais do tralização é um caminho mais assertivo para que, através
governo. Por último, pode ser citada a desestruturação da da autonomia, da liberdade e da distribuição do poder
função de planejamento, que deixou os governantes sem soberano se alcance o atendimento da pluralidade de inte-
elementos de informação e avaliação (Garcia, 1997). resses na sociedade.
Segundo Silva (1999), o motivo mais imediato do inte-
resse pela avaliação de Participação, atores sociais e controle social
atividades de governo seria a preocupação com a efe- Como já falamos no tópico que tratou de transparecia
tividade, isto é, com a aferição dos resultados esperados e e controle, a participação da sociedade no âmbito publico
não-esperados alcançados pela implementação dos pro- é fundamental, e como vimos acima, isso foi decorrência
gramas. O segundo motivo seria o de entender o processo do processo de democratização pelo qual o Brasil vive nos
pelo qual os programas alcançaram ou não esses resul- últimos anos.
tados, analisando a dinâmica da intervenção estatal e os Nesse contexto, os atores sociais atores são os agentes
problemas concretos advindos da implementação. Outros sociais e econômicos, indivíduos e instituições, que reali-
motivos relevantes seriam a aprendizagem organizacional zam ou desempenham atividades manifestando interesses
das instituições públicas sobre suas atividades, a tomada culturais, econômicos, políticos e sociais, de forma organi-
de decisão sobre a continuidade ou não dos programas e, zada e articulada.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
Temos então: As politicas publicas estão inseridas em um ciclo que
Os atores estatais: exercem funções publicas no Esta- comporta quatro fases:
do, através da escolha da sociedade via processo eleitoral 1) Agenda: momento onde selecionam-se os priori-
para representa-los temporariamente ou atuam de forma dades que serão trabalhadas
permanente, no papel de servidores públicos. 2) Formulação: momento onde apresentam-se pos-
Os atores privados: são aqueles que não possuem vín- síveis soluções que resolvam as prioridades apontadas an-
culo com o aparelho administrativo estatal. São membros teriormente
de instituições, associações, sindicatos, igrejas, partidos 3) Implementação: momento de executar as politicas
políticos, enfim, de movimentos da sociedade civil orga- através das soluções apontadas
nizada. 4) Avaliação: acompanhamento do processo execu-
Ainda no campo da democracia abordada anterior- tado e analise do que está sendo feito.
mente, nos deparamos com a questão da cidadania e da
equidade social. Formação de agendas – indicam os objetivos ime-
Assim como outros já conhecidos, a equidade é um diatos do conflito, ou seja, os principais problemas iden-
principio que assegura ao cidadão que aquilo que lhe for tificados na sociedade e que se enquadram em caráter de
necessário seja oferecido pelo sistema. No entanto, mui- emergência.
tos o confundem com o principio da igualdade, e temos
aqui uma diferença bem pontual, segundo o principio da Formulação: tendo esses conflitos ou problemas sido
igualdade, a todo cidadão brasileiro deverá ser dado aten- inseridos na agenda, faz-se necessário um planejamento
dimento igualitário sem privilégios, distinção ou barreiras. para que as soluções ou alternativas apontadas sejam exe-
Já o principio da equidade nos remete ao fato de que todo cutadas, definindo-se aqui os objetivos dessa politica ado-
cidadão deve receber o respaldo em conformidade com tada, as ações que serão implementadas e dentro da via-
suas prioridades, através da analise da vulnerabilidade de bilidade financeira, legal e politica que envolva essa ação.
cada situação. Por exemplo, todos tem direito a atendi- Modelos de formulação
mento na área da saúde, seja criança, adulto ou idoso, mas a) racionalidade econômica: critérios de escolha públi-
se estivermos diante de um caso extremo de risco de mor- ca e de economia do bem-estar social sem entrar no julga-
te, esse individuo tem preferencia para ser atendido antes mento de valores.
que o outro. b) racionalidade político-sistêmica: acordo entre os
Esse é o caminho para que a democracia gere uma so- atores sociais e os decisores.
ciedade cada vez mais justa e com o conceito de cidadania c) formulação responsável: sujeita o processo decisório
cada vez mais disseminado. ao debate e ao escrutínio público.
Corrupção e politicas publicas Implementação: nesse momento tudo que foi aponta-
Corrupção não é um privilegio da sociedade brasileira, do no planejamento anterior se traduz em ação e resulta-
tão pouco um fato recente na historia. A questão é um pou- do. É uma fase de ajuste, onde, as adequações necessárias
co mais profunda que isso, está relacionada com a cultura vão acontecer para que o objetivo inicial seja atingido.
social, a postura que o cidadão adota diante desse fato. Temos duas formas de implementar, uma que se trata
Entrar no comportamento coletivo de que isso é irrecu- de um modelo mais centralizado, ou seja, do governo para
perável e jamais será extirpado da gestão publica é o maior a sociedade, também chamada de “Cima para Baixo”, e a
erro da sociedade civil. outra, que é um modelo descentralizado, ou de “Baixo para
Combater a impunidade, através de uma melhor com- Cima”.
preensão do contexto sociológico e politico de ser cidadão,
não se colocar em papel de corruptor ou corrupto, atuando Indicadores de Politicas Publicas
efetivamente em movimentos que busquem aprimoramen- Uma das partes identificadas no processo administra-
to dos processos e das estruturas publicas, e identificar seu tivo é o controle da gestão. Para esse controle uma das
papel como ator social no processo de mudança politica ferramentas utilizadas são os indicadores de gestão, no en-
social e impedir assim a degenerecência dos costumes e da tanto, vale aqui ressaltar aqui que o uso desses indicadores
ética politica e social. permite uma avaliação da gestão, no entanto, não é garan-
De outro lado, o Estado adotar politicas publicas mais tia que as politicas adotadas solucionem todos as questões
concretas e eficazes, focada na pluralidade de interesses da envolvidas na problemática analisada, eles vão orientar no
sociedade, criando um cenário de cooperação entre as es- desenvolvimento de sistemas que aliados a outras ferra-
feras publicas, descentralizando de forma inteligente suas mentas, podem minimizar as ocorrências de resultados
competências, atribuições e recursos. negativos, atendendo assim mais eficazmente as necessi-
Proporcionar uma mudança na cultura politica quan- dades da sociedade.
to ao aparelhamento da máquina publica, que favorece o Dentre uma série de qualidades identificadas nos indi-
“sistema do clientelismo”, investir mais nos mecanismos e cadores, podemos destacar seis:
órgãos de controle, permitindo uma transparência real do • Relevância
que acontece no âmbito do poder estatal. • Pertinência
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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• Objetividade
• Sensibilidade
• Precisão
• Custo-benefício
Quanto à sua classificação nós temos três critérios que são considerados:
Coleta, análise e interpretação de informações quantitativas e qualitativas para avaliação de programas go-
vernamentais.
É através de um conjunto de informações bem exposto que podemos avaliar o desempenho de uma organização ou
de programas.
Essas informações são apontadas através de relatórios, que, quando de boa qualidade, permitem conhecer a realidade des-
sa organização, ou seja, esse documento escrito, elaborado com base em dados e fatos, apontam informações relevantes para
avaliar o cenário em que se encontra uma organização e a partir daí, ser usado como ferramenta para tomadas de decisões.
O desempenho de uma empresa deve ser avaliado a partir de um conjunto de informações que permitam conhecer
sua realidade num dado momento. Além disso, deve apresentar subsídios para que se possa planejar o futuro da empresa,
fazer correções de rumo e apresentar novas formas de atuação.
Sem informações, a administração de um negócio é um tiro no escuro. Uma das formas mais objetivas de levantar e
conhecer informações é através do uso de indicadores. Os indicadores funcionam como um painel prático para o monito-
ramento de resultados em um dado momento ou no decorrer do tempo.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Indicadores externos e internos métricas financeiras: foco nos resultados finan-
Os indicadores também podem ser divididos quanto ceiros e monetários.
ao seu alcance. Alguns alcançam a vitalidade do negócio
do ponto de vista externo, isto é, do ponto de vista dos Alinhamento de metas e indicadores
resultados junto aos clientes (faturamento, taxa de retor- Para os indicadores fazerem parte da vida da Organi-
no, satisfação dos clientes etc.), enquanto outros tratam zação, é preciso que:
da eficiência dos processos-chave internos à empresa (ve- a) os colaboradores entendam as métricas: todos
locidade na produção, tempo de autonomia de um novo devem compreender as metas e os indicadores;
colaborador etc.). b) os indicadores devem fazer parte de uma gestão
O ideal é combinar indicadores financeiros e não fi- por resultados: a remuneração variável, como comissões
nanceiros, de vitalidade do negócio e de processos inter- e participação nos resultados, devem estar associadas ao
nos. Ainda que a ênfase seja dada ao aspecto quantitativo, cumprimento dessas metas;
o administrador deve ter flexibilidade e senso crítico para c) as metas devem ser tangíveis: colocar metas im-
considerar fatores qualitativos que possam afetar positiva possíveis serve para desestimular os colaboradores e para
ou negativamente os resultados. desqualificar os indicadores, isso não ajuda nada na melho-
ra dos resultados;
A escolha dos indicadores d) os colaboradores devem se sentir donos do indi-
Deu para perceber que os indicadores podem ser múlti- cador com que trabalham: os indicadores devem estar di-
plos e que duas empresas semelhantes podem ter resultados retamente relacionados com o trabalho do colaborador ou
igualmente bons ainda que usem indicadores diferentes. da equipe de colaboradores; se o colaborador é um ven-
É famosa a história de Alice perdida no País das Mara- dedor, o indicador com que ele trabalha pode ser o “valor
vilhas, que pede ajuda para um gato sobre o melhor cami- faturado”, ou a “taxa de conversão de vendas” (que é o
nho a tomar. O gato lhe pergunta aonde ela quer ir, e Alice número de fechamento de vendas dividido pelo número
responde que “tanto faz”, ou que “não sabe”, ao que o gato de tentativas de vender ou contatos realizados);
retruca: “Se você não sabe aonde quer ir, qualquer caminho
servirá”. Com indicadores, ocorre algo similar: é preciso saber
Fases de implementação de um indicador
a estratégia da empresa, a sua visão e seus objetivos em nível
Podemos dizer que a implementação de um indica-
macro, para poder definir quais serão as metas específicas e
dor envolve a implementação de uma cultura de gestão
quais indicadores darão conta de monitorar o desempenho
por resultados (ou gestão por desempenho). Trata-se de
da estratégia traçada. Então, sem saber qual a estratégia, o
uma implementação que deve ser realizada passo-a-passo.
trabalho com objetivos, metas e indicadores perderá sentido.
Abaixo, apresentamos uma sugestão de passos que podem
Não faz sentido ter muitos indicadores para controlar,
pois o excesso de prioridades resulta em prioridade algu- ser adotados por sua empresa:
ma. O excesso de indicadores provoca perda de foco do 1) definição dos indicadores: tenha em mente os
gestor e, por decorrência, da equipe, pois ninguém saberá tipos de indicadores, escolha indicadores relevantes e as-
como equilibrar vários pratos ao mesmo tempo. socie-os a metas. Por exemplo, se um indicador for “satis-
Por outro lado, um número reduzido de indicadores re- fação dos clientes”, coloque uma meta gradual de qual nú-
levantes faz com que o trabalho tenha foco e os resultados mero seria bom para este indicador (por exemplo: 75% de
apareçam. Para isso, é preciso saber a estratégia adotada e avaliação “bom” ou “ótimo” até o final deste ano; 85% de
os processos fundamentais para que a estratégia se imple- “bom” ou “ótimo” até o final do ano que vem). Não se es-
mente. Recomendamos a escolha de não mais que cinco queça que a escolha dos indicadores passa pela definição
indicadores essenciais para cada gestor ou líder de equipe. dos objetivos estratégicos e dos processos-chave internos
da Organização;
Quatro grupos de métricas 2) desdobramento e alinhamento dos indicado-
Embora as métricas financeiras sejam as mais recor- res: pode ser o caso de desdobrar um indicador de forma
rentes, o professor Marcos Hashimoto destaca que existem diferenciada para cada equipe. Por exemplo, a satisfação
outros tipos de métricas, igualmente importantes, uma vez do cliente pode ser de 75% no setor de telemarketing e
que os resultados financeiros são decorrência do sucesso de 80% no atendimento da equipe de vendas. A empresa
da empresa em processos críticos de sucesso. Para o autor, pode ter vários indicadores, mas é recomendável que cada
existem quatro grupos de métricas: liderança e cada colaborador não monitore mais de cinco
métricas comerciais: foco nos clientes, no seu ní- indicadores, para que não se perca o foco. Além de desdo-
vel de satisfação, na participação de mercado da empresa, brar os indicadores para cada equipe e cada processo da
no volume de vendas por produto. empresa, é preciso alinhar os indicadores da equipe com
métricas processuais: foco no desempenho dos a própria equipe, com cada colaborador. Isso é feito me-
processos internos, como a eficiência da linha de produção diante palestras, treinamentos, reuniões e outras formas de
ou giro do estoque. comunicação;
métricas de inovação: foco nas iniciativas que 3) implementação dos indicadores: é preciso imple-
beneficiam a empresa a longo prazo, tais como: treina- mentar esses indicadores, associá-los à parte variável da
mentos, pesquisa e desenvolvimento de soluções, marcas remuneração e acompanhar os resultados obtidos pelas
e patentes. equipes. Por exemplo, se o setor de suporte bater um mí-
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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nimo de 80% de avaliação “bom” ou “ótimo” este ano, terá O que a avaliação e o monitoramento têm em comum
uma direito a uma participação X sobre os resultados da é que ambos são estruturados durante o aprendizado do
empresa; que se está fazendo e como se está fazendo, focalizando:
4) análise e tomada de decisões com base em indi-
cadores: confrontando as metas que foram definidas para • Eficiência
cada indicador e os resultados que de fato foram alcança- • Eficácia
dos, verificam-se quais os ajustes terão de ser feitos em • Impacto
termos de recursos, pessoas e processos ou, até mesmo,
quais ajustes terão de ser feitos nos próprios indicadores. A Eficiência diz que o insumo empreendido em seu
trabalho é apropriado em termos de resultados. Isso pode
Esses relatórios e indicadores são muito importantes ser insumo em termos de dinheiro, tempo, equipe, equipa-
na gestão da qualidade adotada pela organização. mento e assim por diante. Quando você trilha um projeto
Os sistemas de gestão de qualidade objetivam verificar
e está preocupado com sua replicabilidade, ou com a ma-
todos os processos e apontar maneiras de como melhorar
neira como ele se desenvolverá numa projeção de escala,
a qualidade dos produtos e dos serviços, permitindo fazer
então, é muito importante que se tenha o elemento de efi-
uma tomada de decisão mais eficaz, através dos aponta-
ciência corretamente.
mentos dos indicadores adotados.
Os sistemas podem assumir formas variadas. No en-
tanto, algumas características são básicas, tais como: Eficácia é a medida de extensão do qual um programa
de desenvolvimento ou projeto alcança com os objetivos
Técnicas Estatísticas; específicos que traçou para si.
Controle de compra; Impacto diz se o que você realizou fez ou não alguma
Controle de design do produto; diferença em relação ao problema da situação que você
Controle de documentação; tentou solucionar. Antes de se decidir por crescer ou du-
Treinamento e qualificação de pessoal; plicar o projeto você precisa estar certo de que o que está
Aceitação do produto; sendo realizado está fazendo sentido nos termos do im-
Controle de embalagens e rótulos; pacto que se quer atingir.
Registros de tudo;
Relação com consumidor; Através de monitoramento e avaliação, pode-se:
Teste de equipamentos.
Esses são os principais elementos que um sistema de • Revisar o progresso;
qualidade deve se ater, no intuito de buscar continuamen- • Identificar os problemas em planejamento e/ou
te o processo de melhoria de qualidade. implementação;
• Promover ajustes para que se possa mais forte-
Sistemáticas de Monitoramento e Avaliação mente “fazer a diferença”.
O Monitoramento é uma coleta sistemática e uma análise
da informação de como um projeto progride. É criado para Em muitas organizações, “monitoramento e avaliação”
melhorar a eficiência e a eficácia de um projeto ou organi- é alguma coisa vista mais como uma requisição de doado-
zação. É baseado em metas e atividades dirigidas durante as res do que uma ferramenta de gerenciamento. Doadores
fases de planejamento do trabalho. Auxilia a manter o traba- certamente têm todo o direito de saber se seu dinheiro
lho em sua linha geral e possibilita ao gerenciamento identi-
está sendo gasto de maneira apropriada e se está sendo
ficar quando as coisas não estão andando corretamente. Se
bem gasto. Porém, primariamente (e muito mais importan-
utilizado corretamente, torna-se uma ferramenta inestimável
te) o uso da avaliação e monitoramento deve ser feito para
para um bom gerenciamento e fornece uma base de avalia-
a própria organização ou projeto saber como está andando
ção muito útil. Habilita saber se os recursos estão sendo bem
utilizados e se serão suficientes para o que está sendo feito; se em relação aos seus objetivos, se está tendo um impacto,
sua capacidade de trabalho é suficiente e apropriada; e se você se está se trabalhando com eficiência e para aprender a ser
está realizando aquilo que planejou fazer (verifique também o melhor.
pacote de ferramentas para o planejamento de ações).
Planos são essenciais, mas não são feitos de concreto
A Avaliação é a comparação do real impacto do proje- (fixados de forma totalmente inflexível). Se não estão fun-
to em relação ao planejamento estratégico estudado an- cionando, ou se as circunstâncias mudaram então os pla-
teriormente. Averigua o que foi formulado para ser reali- nos também devem sofrer mudanças. O monitoramento
zado com o que foi feito e como isso foi alcançado. Pode e avaliação são ferramentas que ajudarão um projeto ou
ser formativa (sendo elaborada ao mesmo tempo em que organização a perceber quando seus planos não estão fun-
ocorre o projeto ou existe a organização, com a intenção cionando ou quando as circunstâncias sofreram mudanças.
de melhorar a estratégia ou a forma do funcionamento de Eles fornecem ao gerenciamento a informação necessária
um projeto ou organização). E pode também ser resumida para tomadas de decisões a respeito do projeto e da or-
(aferindo aspectos de ensinamentos para um projeto finali- ganização das mudanças que se mostrem necessárias em
zado ou uma organização que deixou de existir). relação aos planos ou a própria estratégia.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Através disso, as constantes permanecem como pilares da rede estratégica: a análise de problemas, a visão e os valores
da organização ou do projeto. Tudo o mais pode ser renegociável (veja também o pacote de planejamento estratégico).
Fazer algo errado não é um crime. Falhar e não mostrar que aprendeu com erros do passado por não ter feito um monito-
ramento e avaliação, é.
O efeito do monitoramento e avaliação pode ser visto no ciclo a seguir. Observe que você monitorará e ajustará diver-
sas vezes antes que esteja preparado para fazer uma avaliação e possa planejar novamente.
Monitoramento envolve:
Avaliação envolve:
• Avaliar o que o projeto ou a organização pretendem atingir – qual diferença quer fazer? Qual impacto quer ter?
• Reconhecer seu progresso com relação ao que almejava, suas metas de impacto.
• Examinar a estratégia de um projeto ou organização. Houve uma estratégia? Houve eficácia em se seguir a estra-
tégia proposta? A estratégia funcionou? Se não, por que não?
• Examinar como as coisas funcionaram. Houve um uso eficiente dos recursos? Quais foram os custos de oportuni-
dade com a maneira que se optou por trabalhar? Quão sustentável é a forma pela qual o projeto e a organização traba-
lham? Quais são as implicações para os diversos agentes envolvidos pelo modo com que a organização trabalha?
Numa avaliação, avaliamos eficiência, eficácia e impacto.
Existem muitos tipos diferentes de se fazer uma avaliação. Alguns dos termos mais comuns com que você poderá se
deparar são:
• Autoavaliação: Isso requer uma organização ou projeto que segure um espelho diante de si mesmo e analise o que
faz, como uma forma de prática para melhoramento e aprendizagem. Exige que se tenha uma organização muito honesta
e autoreflexiva para fazer isso de forma eficaz, contudo isso pode ser uma experiência de aprendizagem muito importante.
• Avaliação participatória: Esta é uma forma de avaliação interna. A intenção é reunir o maior número de pessoas
possível que tenham participação direta no trabalho que está sendo realizado. Isso pode significar beneficiários e equipe
do projeto trabalhando em conjunto nesta avaliação. Se alguém de fora for chamado será para agir como facilitador do
processo, não avaliador. Estimativa Participatória Rápida: Originalmente utilizada em áreas rurais, a mesma metodologia
pode, na verdade, ser aplicada na maioria das comunidades. Este é uma forma qualitativa de se fazer avaliações. É conduzi-
da e semi-estruturada por um time interdisciplinar e levada por um curto período de tempo. É utilizada como base de início
para se entender uma situação local e é uma maneira rápida, útil e barata de se armazenar informações. Envolve o uso de
revisões de dados secundárias, observação direta, entrevistas semi-estruturadas, informantes chave, entrevistas de grupos,
jogos, diagramas, mapas e calendários. Em um contexto de avaliação, ele permite que se obtenham dados valorosos da-
queles que supostamente estão se beneficiando do trabalho de desenvolvimento. É flexível e interativo.
• Avaliação externa: É uma avaliação feita por um time de fora ou alguém externo cuidadosamente escolhido.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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• Avaliação interativa: Isso requer uma interação muita ativa entre o avaliador ou time externo e a organização ou
projeto sendo avaliado. Às vezes, alguém de dentro pode ser incluído no time de avaliação.
3. EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO
ADMINISTRATIVO E NOÇÕES DE
ADMINISTRAÇÃO GERAL: PROCESSO
ADMINISTRATIVO, FUNÇÕES:
PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO, DIREÇÃO
E CONTROLE. ÁREAS ORGANIZACIONAIS.
Vamos a partir de agora tratar da Administração Pública no Brasil, considerando a evolução histórica do modo pelo
qual a gestão das organizações governamentais vem sendo praticada em nosso país. A importância do tema reside no fato
de que a Administração Pública em todo o mundo vem experimentando um processo de profundas transformações, que
se iniciou na década de 70, formado por um conjunto amplo de correntes de pensamento, que formam a chamada “Nova
Gestão Pública”. Esse processo também ocorre no Brasil. Para entender o que é a gestão pública hoje, precisamos retroce-
der no tempo e analisar sua evolução ao longo das décadas.
Nos últimos anos assistimos em todo o mundo a um debate acalorado – ainda longe de concluído – sobre o papel que
o Estado deve desempenhar na vida contemporânea e o grau de intervenção que deve ter na economia. Nos anos 50, o
economista Richard Musgrave enunciou as três funções clássicas do Estado:
• Função alocativa: prover os bens e serviços não adequadamente fornecidos pelo mercado
• Função distributiva: promover ajustamentos na distribuição da renda;
• Função estabilizadora: evitar grandes flutuações nos níveis de inflação e desemprego.
De fato, entre o período que vai de 1945 (final da segunda guerra mundial) e 1973(ano do choque do petróleo), a eco-
nomia mundial experimentou uma grande expansão econômica, levando este período a ser denominado de “era dourada”.
Desenvolveu-se a figura do Estado-Provedor de bens e serviços, também chamado de Estado de Bem-Estar Social.
Houve uma grande expansão do Estado (e, consequentemente, da Administração Pública), logicamente com um cresci-
mento importante dos custos de funcionamento da máquina pública. A partir dos anos 70, o ritmo de expansão da eco-
nomia mundial diminui, e o Estado começa a ter problemas no desempenho de suas funções, perdendo gradativamente
a capacidade de atender às crescentes demandas sociais. Esta situação, aliada a um processo de crescente endividamento
público, acarretaria mais tarde, principalmente nos anos 80, a chamada crise fiscal do Estado: a perda de sua capacidade
de realizar os investimentos públicos necessários a um novo ciclo de expansão econômica. Da crise fiscal passamos à crise
de gestão do Estado, uma vez que a percepção dos cidadãos sobre a disponibilidade de serviços públicos se deteriora gra-
dativamente, à medida que o Estado perde a capacidade de realizar suas funções básicas, e não consegue acompanhar as
pressões crescentes por mais saúde, educação, segurança pública, saneamento, etc. Essa crise de gestão implica na tenta-
10
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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tiva de superar as limitações do modelo de gestão vigente Portanto, segundo a ideia da reforma, o Estado re-
até então, conhecido como “modelo burocrático”, transfor- duziria seu papel de executor ou provedor direto de ser-
mando-o em algo novo, mais parecido como o modo de viços, mantendo-se, entretanto, no papel de regulador e
gestão do setor privado, conhecido na área pública como provedor indireto ou promotor destes, principalmente dos
“modelo gerencial”. serviços sociais como educação e saúde, etc. Como pro-
Assim, a redefinição do próprio papel do Estado é um motor desses serviços, o Estado continuará a subsidiá-los,
tema de alcance universal nos anos 90. No Brasil, essa ques- buscando, ao mesmo tempo, o controle social direto e a
tão adquiriu importância decisiva, tendo em vista o peso da participação da sociedade.
presença do Estado na economia nacional: tornou-se um Nessa nova perspectiva, busca-se o fortalecimento das
tema constante a questão da reforma do Estado, uma vez funções de regulação e de coordenação do Estado, particu-
que o mesmo não conseguia mais atender com eficiência a larmente no nível federal, e a progressiva descentralização
sobrecarga de demandas a ele dirigidas, sobretudo na área vertical, para os níveis estadual e municipal, das funções
social. Em resumo, a Crise do Estado define-se como: executivas no campo da prestação de serviços sociais e de
1. Uma crise fiscal, caracterizada pela deterioração infraestrutura.
crescente das finanças públicas, sendo o déficit público um Considerando essa tendência, pretende-se reforçar
fator de redução de investimentos na área privada; a governança, a capacidade de governo do Estado, atra-
2. Uma crise do modo de intervenção do Estado na vés da transição programada de um tipo de administra-
economia, com o esgotamento da estratégia estatizante; as ção pública burocrática, rígida e ineficiente, voltada para si
empresas públicas não mais teriam condições de alavancar própria e para o controle interno, para uma administração
o crescimento econômico dos países; o paradigma do Esta- pública gerencial, flexível e eficiente, voltada para o atendi-
do interventor, nos moldes da economia Keynesiana estava mento do cidadão, melhorando a capacidade do Estado de
cada vez mais ultrapassado; implementar as políticas públicas, sem os limites, a rigidez
3. Uma crise da forma de administrar o Estado, isto é, e a ineficiência da sua máquina administrativa.1
a superação da administração pública burocrática, rumo à Para finalizar, interessante alguns apontamentos e
administração pública gerencial. questionamentos, pois, ao analisarmos a questão das re-
formas e da modernização de nossa administração pública,
No Brasil, a principal repercussão destes fatos foi a Re- nos deparamos na história recente da “modernização” da
forma do Estado nos anos 90,cujos principais pontos eram: administração pública brasileira (período de 1930 a 2010),
1. O ajuste fiscal duradouro, com a busca do equilíbrio com cinco momentos significativos: a reforma administrati-
das contas públicas; va do governo Getulio Vargas (década de 1930), as medidas
2. A realização de reformas econômicas orientadas institucionais adotadas para a implementação do Plano de
para o mercado, que, acompanhadas de uma política in- Metas (1955), no governo Juscelino Kubitschek, que per-
dustrial e tecnológica, garantissem a concorrência interna mitiram a realização de uma reforma administrativa silen-
e criassem as condições para o enfrentamento da compe- ciosa, efetivada por meio da denominada “administração
tição internacional; paralela”; a expedição do Decreto-Lei 200, de 1967 no pe-
3. A reforma da previdência social, procurando-se dar ríodo do autoritarismo (cujo teor se apresenta como uma
sustentabilidade à mesma, equilibrando-se os montantes evolução da “administração paralela”, na medida em que
de contribuições e benefícios; promoveu a flexibilização das normas e controles da admi-
4. A inovação dos instrumentos de política social, pro- nistração indireta); o Plano da Reforma do Estado, de 1995,
porcionando maior abrangência e promovendo melhor no governo Fernando Henrique Cardoso; e a recomposição
qualidade para os serviços sociais; da administração pública, por meio do fortalecimento das
5. A reforma do aparelho do Estado, com vistas a au- carreiras típicas de Estado, no governo Lula (2003-2010).
mentar sua “governança”, ou seja, sua capacidade de im- Verifica-se que, ao longo desse período, conforme eviden-
plementar de forma eficiente as políticas públicas. cia a literatura, o país permaneceu convivendo de forma
A reforma do Estado envolve múltiplos aspectos. O simultânea com os modelos patrimonialista, burocrático e
ajuste fiscal devolveria ao Estado a capacidade de definir gerencial.
e implementar políticas públicas. Através da liberalização Ao mesmo tempo em que se reconhece o sucesso re-
comercial, o Estado abandonaria a estratégia protecionista lativo da experiência pioneira no decorrer das transforma-
da substituição de importações. Nesse contexto, o progra- ções econômicas e sociais da sociedade brasileira, é preci-
ma de privatizações levado a cabo nos anos90 foi uma das so ressaltar que essas reformas também contribuíram para
formas de se perseguir tais objetivos. Por esse programa, a geração de inúmeras distorções, dificuldades de coorde-
transferiu se para o setor privado a tarefa da produção, nação e conflitos entre a administração direta e a indireta.
dado o pressuposto de que este, a princípio, realizaria tal O modelo patrimonialista, nesse cenário, merece especial
atividade de forma mais eficiente. atenção, pois representa o principal obstáculo ao processo
Finalmente, por meio de um programa de publicação, de modernização da administração pública, nos três níveis
pretendia-se transferir para o setor público não-estatal a de governo: União, estados e municípios. Registre-se que,
produção dos serviços competitivos ou não-exclusivos de 1 www.anpad.org.br – Texto adaptado de Ronan Pereira Capo-
Estado, estabelecendo-se um sistema de parceria entre Es- biango, Aparecida de Lourdes do Nascimento, Walmer Faroni,
tado e sociedade para seu financiamento e controle. Edson Arlindo Silva
11
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
sob uma perspectiva histórica, a sobrevivência do patrimo- nização planejada ou a organização que está definida no
nialismo até a atualidade tem suas raízes nas relações de organograma, sacramentada pela direção e comunicada a
poder, na estrutura social e nos valores políticos e ideoló- todos por meio dos manuais de organização. É a organiza-
gicos prevalecentes na sociedade brasileira. ção formalizada oficialmente.
Observa-se, em que pesem os esforços para superar o • Organização Informal: É a organização que emerge
modelo burocrático e implementar o modelo gerencial, que espontânea e naturalmente entre as pessoas que ocupam
o modelo patrimonialista de gestão vem sendo intensa- posições na organização formal e a partir dos relaciona-
mente retroalimentado na última década, com o crescente mentos humanos como ocupantes de cargos. Forma-se a
aumento da máquina governamental sem critérios técnicos partir das relações de amizade e do surgimento de grupos
e dos gastos públicos (criação de ministérios, secretarias, informais que não aparecem no organograma ou em qual-
empresas estatais, aumentos salariais etc), negociação de quer outro documento formal.
apoio político e entrega de ministérios e órgãos estraté- b) Organização como função administrativa e parte
gicos para partidos, sem critérios técnicos, distribuição de integrante do processo administrativo: Nesse sentido, or-
cargos de elevado nível hierárquico para afiliados políticos ganização significa o ato de organizar, estruturar e integrar
sem levar em consideração a competência técnica, utiliza- os recursos e os órgãos incumbidos de sua administração e
ção de recursos públicos para financiar interesses políticos estabelecer as relações entre eles e as atribuições de cada
escusos, entre outros. Esse processo de retroalimentação um. Trataremos da organização sob o segundo ponto de
do patrimonialismo, além de afetar o desempenho da ad- vista, ou seja, a organização como a segunda função admi-
ministração pública, na medida em que facilita desvios e a nistrativa e que depende do planejamento, da direção e do
corrupção, representa uma ameaça real à governança e à controle para formar o processo administrativo. Organizar
democracia do país. consiste em:
É importante destacar, por fim, que a reforma da ad- • Determinar as atividades específicas necessárias ao
ministração pública não vai resolver a causa básica da crise alcance dos objetivos planejados (especialização).
econômica atual, visto que se encontra fora da possibili- • Agrupar as atividades em uma estrutura lógica (de-
partamentalização).
dade de ação do Estado. A função da reforma da adminis-
• Designar as atividades às específicas posições e pes-
tração é buscar rearticular o Estado e suas relações com
soas (cargos e tarefas).
a sociedade de forma a adaptar-se a esse novo cenário
econômico e político internacional. Nesse sentido, a prin-
DIREÇÃO
cipal justificativa da reforma da administração pública é a
Está relacionada com a maneira pela qual os objetivos
imperiosa necessidade de atender às crescentes demandas
devem ser alcançados através da atividade das pessoas e
da sociedade com serviços públicos de qualidade, reduzir
da aplicação dos recursos que compõem a organização.
gastos, implementar e avaliar políticas públicas, elevar a Direção é a atividade consistente em conduzir e coor-
transparência, além de promover investimentos em setores denar o pessoal na execução de um plano previamente ela-
estratégicos para permitir que o país possa reencontrar a borado. Assim, dirigir uma organização pública ou privada
trilha do desenvolvimento sustentável.2 significa dominar a habilidade de conseguir que os seus
subordinados executem as tarefas para as quais foram de-
ORGANIZAÇÃO signados por força do cargo (setor público) ou por força do
A palavra organização pode assumir vários significa- contrato de trabalho (setor privado).
dos: Os meios normalmente utilizados para o desempenho
a) Organização como uma entidade social: Uma or- de uma direção eficaz são: a) ordens e instruções, b) moti-
ganização social dirigida para objetivos específicos e de- vação, c) comunicação e d) liderança, sendo que um bom
liberadamente estruturada. A organização é uma entidade gestor sabe que os melhores resultados de gestão surgirão
social porque é constituída por pessoas. É dirigida para ob- do uso combinado delas.
jetivos porque é desenhada para alcançar resultados, como Ou seja, não basta dar ordens e instruções, é preciso
gerar lucros, proporcionar satisfação social, etc. É delibera- saber motivar seus subordinados na execução das tare-
damente estruturada pelo fato que o trabalho é dividido e fas. E isso se faz, por exemplo, através de uma comunica-
seu desempenho é atribuído aos membros da organização. ção eficiente entre chefe e subordinado. É preciso dizer à
Nesse sentido, a palavra organização significa qualquer equipe o motivo pelo qual aquele determinado trabalho
empreendimento humano moldado intencionalmente par é importante para a organização. Estes conceitos, apesar
atingir determinados objetivos. Essa definição é aplicável de simples, são comumente esquecidos pelos dirigentes de
a todos os tipos de organizações, sejam elas lucrativas ou organizações públicas e privadas, trazendo-lhes sérios pre-
não, como empresas, bancos, financeiras, hospitais, clubes, juízos financeiros e operacionais a curto prazo sem falar na
igrejas etc. Dentro desse ponto de vista, a organização perda da credibilidade do trabalho executado pelo gestor
pode ser visualizada sob dois aspectos distintos: perante seus subordinados, pares e superiores.
• Organização formal: É a organização baseada em
uma divisão de trabalho racional que especializa órgãos e CONTROLE
pessoas em determinadas atividades. É, portanto, a orga- Controlar significa garantir que o planejamento seja
2 Fonte: www.jb.com.br – Texto adaptado de José Matias-Pe- bem executado e que os objetivos estabelecidos sejam al-
reira cançados da melhor maneira possível.
12
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
A função administrativa de controle está relacionada respeito de como lidar com as pessoas em suas atividades.
com a maneira pela qual os objetivos devem ser alcan- Em muitas organizações, falava-se até pouco tempo em re-
çados através da atividade das pessoas que compõem a lações industriais, em outras organizações, fala-se em ad-
organização. O planejamento serve para definir os obje- ministração de recursos humanos, fala-se agora em admi-
tivos, traçar as estratégias para alcançá-los e estabelecer nistração de pessoas, com uma abordagem que tende a
os planos de ação. A organização serve para estruturar as personalizar e a visualizar as pessoas como seres humanos,
pessoas e recursos de maneira a trabalhar de forma orga- dotados de habilidades e capacidades intelectuais. No en-
nizada e racional. A direção mostra os rumos e dinamiza as tanto, a tendência que hoje se verifica está voltada para
pessoas para que utilizem os recursos da melhor maneira mais além: fala-se agora em administração com as pessoas.
possível. Por fim, o controle serve para que todas as coisas Administrar com as pessoas significa tocar a organiza-
funcionem da maneira certa e no tempo certo. ção juntamente com os colaboradores e parceiros internos
O controle verifica se a execução está de acordo com que mais entendem dela, dos seus negócios e do seu futu-
o que foi planejado: quanto mais completos, definidos e ro. Uma nova visão das pessoas não mais como um recurso
coordenados forem os planos, mais fácil será o controle. organizacional, um objeto servil ou mero sujeito passivo
do processo, mas fundamentalmente como um sujeito ati-
vo e provocador das decisões, empreendedor das ações e
criador da inovação dentro das organizações. Mais do que
4. GESTÃO DE PESSOAS. isso, um agente proativo dotado de visão própria e, sobre
tudo, de inteligência, a maior e a mais avançada e sofistica-
da habilidade humana.
Em um paradigma mais antigo, o da Administração de
A Gestão de Pessoas é fundamental para o sucesso de Recursos Humanos (ARH), as pessoas eram vistas como
uma empresa no mundo empresarial cada fez mais globa- mais um recurso. Na Gestão de Pessoas, elas são vistas
lizado e competitivo. como parceiras, colaboradoras ativas.
Gestão de pessoas “é o conjunto de decisões inte- Gestão de Pessoas atua na área do subsistema social,
gradas sobre as relações de emprego que influenciam a e há na organização também o subsistema técnico. A inte-
eficácia dos funcionários e das organizações. Assim, todos ração da gestão de pessoas com outros subsistemas, es-
os gerentes são, em certo sentido, gerentes de pessoas, pecialmente o técnico, envolve alinhar objetivos organiza-
porque todos eles estão envolvidos em atividades como cionais e individuais. As pessoas precisam ter competência
recrutamento, entrevistas, seleção e treinamento” (CHIAVE- para realizar as atividades e entregas que possam contri-
NATO, 2005, p 9). buir com a organização, do contrário poderia haver inú-
A gestão de pessoas é uma das áreas que mais tem meras consequências negativas nas mais diferentes áreas
sofrido mudanças e transformações nos últimos anos. Não (financeira, por exemplo). É também por isso que a área
apenas nos seus aspectos tangíveis e concretos como prin- de gestão de pessoas sempre atua em parceria com outras
cipalmente nos aspectos conceituais e intangíveis. A visão áreas.
que se tem hoje da área é totalmente diferente de sua tra-
dicional configuração, quando recebia o nome Administra- A Gestão de Pessoas se baseia em três aspectos fun-
ção de Recursos Humanos (ARH). Muita coisa mudou. A damentais
Gestão de Pessoas tem sido a responsável pela excelência
das organizações bem sucedidas e pelo aporte de capital 1. As pessoas como seres humanos: dotados de perso-
intelectual que simboliza, mais do que tudo, a importância nalidade própria e profundamente diferentes entre si, com
do fator humano em plena Era da Informação. uma história particular e diferenciada, possuidores de co-
A Gestão de Pessoas é uma área muito sensível à men- nhecimentos, habilidades, destrezas e capacidades indis-
talidade que predomina nas organizações. Ela é contingen- pensáveis à adequada gestão dos recursos organizacionais.
cial e situacional, pois depende de vários aspectos, como Pessoas como pessoas e não como meros recursos da or-
a cultura que existe em cada organização, da estrutura or- ganização.
ganizacional adotada, das características do contexto am-
biental, do negócio da organização, da tecnologia utilizada, 2. As pessoas como ativadores inteligentes de recursos
dos processos internos e de uma infinidade de outras va- organizacionais: como elementos impulsionadores da or-
riáveis importantes. ganização e capazes de dotá-la de inteligência, talento e
O papel da Administração para a Gestão de Pessoas aprendizados indispensáveis à sua constante renovação e
tem como definição, o ato de trabalhar com e através de competitividade em um mundo de mudanças e desafios.
pessoas para realizar os objetivos tanto da organização As pessoas como fonte de impulso próprio que dinamiza
quanto de seus membros. a organização e não como agentes passivos, inertes e es-
A maneira pela qual as pessoas se comportam, deci- táticos.
dem, age, trabalham, executam, melhoram suas atividades,
cuidam dos clientes e tocam os negócios das empresas va- 3. As pessoas como parceiras da organização: capazes
ria em enormes dimensões. E essa variação depende, em de conduzi-la á excelência e ao sucesso. Como parceiros,
grande parte, das políticas e diretrizes das organizações a as pessoas fazem investimentos na organização — como
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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esforço, dedicação, responsabilidade, comprometimento, ou de trabalho e em troca oferece vantagens e incentivos,
riscos etc. — na expectativa de colher retornos desses in- dentre os quais podemos citar os salários, prêmios de pro-
vestimentos — como salários, incentivos financeiros, cres- dução, gratificações, elogios, oportunidades, etc. Isso facili-
cimento profissional, carreira etc. Qualquer investimento ta a existência de um processo harmonioso, alcançando-se
somente se justifica quando traz um retorno razoável. Na assim o que chamamos de equilíbrio organizacional.
medida em que o retorno é bom e sustentado, a tendên-
cia certamente será a manutenção ou aumento do inves- OBJETIVOS E DESAFIOS DA GESTÃO DE PESSOAS
timento. Daí o caráter de reciprocidade na interação entre
pessoas e organizações. E também o caráter de atividade Objetivos:
e autonomia e não mais de passividade e inércia das pes- • Ajudar a organização a alcançar seus objetivos e
soas. Pessoas como parceiros ativos da organização e não realizar sua missão.
como meros sujeitos passivos. • Proporcionar competitividade à organização.
• Proporcionar à organização talentos bem treina-
CARACTERÍSTICAS dos e motivados.
• Aumentar a autoatualização e a satisfação das
A Gestão de Pessoas é caracterizada pela: pessoas no trabalho.
participação, capacitação, envolvimento e desen- • Desenvolver e manter qualidade de vida no tra-
volvimento do bem mais precioso de uma organização balho.
que é o capital humano que nada mais são que as pessoas • Administrar a mudança.
que a compõem. • Manter política ética e comportamento social-
Cabe a área de gestão de pessoas a função de huma- mente responsável
nizar as empresas. A gestão de pessoas é um assunto tão
atual na área de administração, mas que ainda é um dis- Desafios
curso para muitas organizações, ou seja, em muitas delas Retenção de talentos - Para manter e reter um talento,
ainda não se tornou uma ação pratica.
a empresa deve se valer de instrumentos de identificação
Atualmente nas relações de trabalho vem ocorrendo
de potenciais. Esse é o primeiro passo para investir no de-
mudanças conforme as exigências que o mercado impõe
senvolvimento ou aprimoramento de pessoas. As empre-
ou na forma de gerir pessoas. Devido a isto, pode-se ob-
sas mais desejadas pelos profissionais são as que fazem um
servar uma importante mudança nos modelos de gestão, e
processo de gestão de pessoas planejado. A montagem de
neste processo o de “gestão de pessoas” para que possam
um banco de talentos, no qual estas são preparadas para
alcançar o nível de competência desejado.
assumir posições-chave é um caminho.
Essa alternativa pode ser combinada com um planeja-
Participação:
As pessoas são capazes de conduzir a organização mento estratégico que indicará que tipo de pessoas serão
ao sucesso. Com a participação as pessoas fazem inves- necessárias a médio e a longo prazo. O uso dessas táticas
timentos como esforço, dedicação e responsabilidade, na diferenciadas distingue claramente as empresas que estão
esperança de retorno por meio de incentivos financeiros, sempre na vanguarda, onde o talento da casa consolida
carreira, etc. e abre novos mercados com inovações, enquanto outras
Capacitação: correm atrás na tentativa de recuperar o profissional e o
Pessoas com competências essenciais ao sucesso orga- espaço perdido.
nizacional. A construção de uma competência é extrema- É preciso dar contrapartidas para reter os colabora-
mente difícil, leva tempo para o aprendizado e maturação. dores, o que se faz buscando alternativas para oferecer o
Envolvimento: que os jovens estão buscando. As redes sociais ampliaram
A pessoa que agrega inteligência ao negócio da orga- muito as informações, levando-os a identificar mais opor-
nização a torna competitiva, isto significa, saber criar, de- tunidades no mercado de trabalho.
senvolver e aplicar as habilidades e competências na força Choque de gerações - As gerações se diferenciam em
de trabalho. características, porém as competências podem e devem ser
Desenvolvimento: trabalhadas. Elas se ajustam ao que ocorre no meio am-
Construir e proteger o mais valioso patrimônio da or- biente. Os baby boomers, por exemplo, estão acostumados
ganização é preparar e capacitar de forma contínua as pes- a hierarquias mais verticalizadas. A Geração Y não tende a
soas. O trabalho deve estar adequado às suas competên- fidelização. Para conter sua impulsividade é preciso identi-
cias de forma balanceada. ficar o que querem os jovens e ofertar algo adequado.
Equilíbrio Organizacional Nesse caso, nem sempre a remuneração tem maior
Essa teoria surgiu dos apontamentos feitos sobre mo- peso, mas sim, a liberdade, a autonomia, a criação, o res-
tivação, mais especialmente sobre as analises de compor- peito e o reconhecimento. O conflito de gerações reflete-se
tamento que produzem a cooperação por parte dos indi- nos resultados das organizações. O embate ocorre quando
víduos. Ela resume essa relação entre pessoas e organiza- não há qualquer planejamento por parte destas. Cada ge-
ção como sendo um sistema onde a organização recebe ração futura virá com características próprias diferenciadas
cooperação dos colaboradores sob a forma de dedicação e um jeito distinto de olhar o mundo.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Ambiente - Hoje, com a presença maciça dos jovens no mercado de trabalho, ambientes e benefícios diferenciados
têm sido uma expectativa e uma exigência da nova geração. Não são todas as empresas que podem oferecer todos os
benefícios pleiteados. Em um processo industrial, a maturação leva um pouco mais de tempo. O setor de prestação de
serviços e das empresas de tecnologia da informação e da comunicação tem mais facilidade em criar ambientes propícios
à liberdade e à criatividade.
Papel dos Recursos Humanos - A área de Recursos Humanos precisa sair do operacional para assumir uma cadeira
nas decisões estratégicas. Deve participar opinando e mostrando alternativas de preparação dos profissionais. Antes disso,
é preciso estar mais próximo dos clientes internos para acompanhar mudanças, expectativas e identificar quem pode fazer
parte de um plano de carreira e de desenvolvimento.
O profissional de RH precisa ser muito antenado, versátil e flexível para atender às necessidades internas e as de mer-
cado. O desafio das empresas é a estruturação de um processo de carreira, tanto horizontal quanto vertical. As pessoas
devem começar a ser valorizadas pelas entregas, inovações e projetos que fazem e não mais só pela posição que ocupam.
Trabalho além fronteiras - há muitas empresas brasileiras em processo de internacionalização, expandindo operações
para o Mercosul, Ásia, Europa e Estados Unidos. Esse processo requer profissionais especialmente treinados e preparados
que ocupem estes cargos-chave para gerir os negócios em outros países.
O movimento mostra que as empresas brasileiras estão no caminho certo e são competitivas. Para os profissionais, o
avanço ao mercado global é uma oportunidade de fazer uma carreira internacional e desenvolver competências; para as
empresas, uma forma de atingir vantagem competitiva.
A gestão de pessoas é uma das áreas que mais tem sofrido mudanças e transformações nos últimos anos.
A Gestão de Pessoas tem sido a responsável pela excelência das organizações bem sucedidas e pelo aporte de capital
intelectual que simboliza, mais do que tudo, a importância do fator humano em plena Era da Informação.
Depende de vários aspectos, como a cultura que existe em cada organização, da estrutura organizacional adotada,
das características do contexto ambiental, do negócio da organização, da tecnologia utilizada, dos processos internos
e de uma infinidade de outras variáveis importantes.
O papel da Administração para a Gestão de Pessoas tem como definição, o ato de trabalhar com e através de pessoas
para realizar os objetivos tanto da organização quanto de seus membros.
A maneira pela qual as pessoas se comportam, decidem, age, trabalham, executam, melhoram suas atividades, cuidam
dos clientes e tocam os negócios das empresas varia em enormes dimensões. E essa variação depende, em grande parte, das
políticas e diretrizes das organizações a respeito de como lidar com as pessoas em suas atividades.
Fala-se agora em administração de pessoas, com uma abordagem que tende a personalizar e a visualizar as pessoas
como seres humanos, dotados de habilidades e capacidades intelectuais. No entanto, a tendência que hoje se verifica está
voltada para mais além: fala-se agora em administração com as pessoas.
Administrar com as pessoas significa tocar a organização juntamente com os colaboradores e parceiros internos que mais
entendem dela, dos seus negócios e do seu futuro. Uma nova visão das pessoas não mais como um recurso organizacional,
um objeto servil ou mero sujeito passivo do processo, mas fundamentalmente como um sujeito ativo e provocador das de-
cisões, empreendedor das ações e criador da inovação dentro das organizações
Em um paradigma mais antigo, o da Administração de Recursos Humanos (ARH), as pessoas eram vistas como mais um
recurso. Na Gestão de Pessoas, elas são vistas como parceiras, colaboradoras ativas.
Uma característica essencial das organizações é que elas são sistemas sociais, com divisão de tarefas. É aí que entra
o conceito de Gestão de Pessoas! Gestão de Pessoas é um modelo geral de como as organizações se relacionam com as
pessoas.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Gestão de Pessoas atua na área do subsistema social, Os objetivos individuais e organizacionais são particu-
e há na organização também o subsistema técnico. A inte- lares e decorrentes de tal relação.
ração da gestão de pessoas com outros subsistemas, espe- Existe, nesse caso, uma relação de troca, e a gestão de
cialmente o técnico, envolve alinhar objetivos organizacio- pessoas é parte fundamental nesta troca. São as políticas
nais e individuais. de gestão de pessoas que irão garantir que, para ambas as
partes, as relações sejam satisfatórias.
Essa teoria surgiu dos apontamentos feitos sobre mo-
tivação, mais especialmente sobre as analises de compor- Entre os Níveis de Estudos dos Comportamentos Organi-
tamento que produzem a cooperação por parte dos indiví- zacionais, destacamos:
duos. Ela resume essa relação entre pessoas e organiza-
ção como sendo um sistema onde a organização recebe Nível Individual – Estuda as expectativas, motivações,
cooperação dos colaboradores sob a forma de dedicação as habilidades e competências que cada colaborador de-
ou de trabalho e em troca oferece vantagens e incentivos, monstra individualmente através de seu trabalho.
dentre os quais podemos citar os salários, prêmios de pro- Nível Grupal – Estuda a formação das equipes, gru-
dução, gratificações, elogios, oportunidades, etc. Isso facili- pos, as funções desempenhadas por estes, a comunicação
ta a existência de um processo harmonioso, alcançando-se e interação uns com os outros, além da influência e o poder
assim o que chamamos de equilíbrio organizacional. do líder neste contexto.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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> Regularidade: Significa a redução da variação que dando flexibilidade para a produção japonesa da época
ocorre em qualquer processo de trabalho, seja fabricar um que era pequena, e tinha recursos escassos. O modelo de
produto ou prestar um serviço. Qualidade, em seu concei- Toytota valorizava a capacitação dos profissionais e a eficiên-
to, também é sinônimo de regularidade e confiabilidade. cia. Esta é a sua semelhança com a gestão de qualidade.
Dessa maneira, quanto menor for a variação de um produ- A gestão de qualidade objetiva aumentar a satisfação dos
to (suas características ou desconformidades), mais quali- clientes com o produto, ter uma melhor eficiência de produ-
dade ele conseguirá ter e vice-versa. Trata-se de um dos ção, reduzir os custos, formar um sistema que facilite buscar
principais pontos na gestão da qualidade. novos mercados e novas parcerias com outras empresas.
A implementação da gestão de qualidade
> Valor: O valor é a apreciação feita pelo indivíduo da Muitos empresários se inibem na hora de implantar a
importância de um bem, tendo como base sua utilidade, gestão de qualidade em suas empresas, estas sendo nor-
aspecto e características. Num primeiro momento, signifi- malmente de pequeno e médio porte. Isso acontece por
ca produto de luxo ou de alto desempenho. Quanto mais que muita gente pensa que são necessários processos ca-
alta a qualidade do produto, consequentemente mais alto ros e trabalhosos para implantar a gestão de qualidade.
será o seu preço, uma vez que, mais qualidade implica em Mas isto não é verdade.
custos maiores. Claro que em grandes empresas o processo acaba
sendo feita de maneira mais complexa e com investimen-
> Conformidade: É a contrapartida da qualidade pla- tos maiores. Mas a gestão de qualidade pode ser levada
nejada, ou seja, é a qualidade real que o produto oferece para dentro das empresas sem grandes gastos. A gestão
(àquela que o cliente recebe). Dependendo da taxa de su- de qualidade é uma série de conceitos que precisam ser
cesso do planejamento, ela pode ser próxima ou distante absorvidos por cada um dos profissionais que trabalham
da qualidade planejada. Se ao final houver baixa conformi- dentro da empresa. E para isto não são gastos financei-
dade, significa também que o produto é de baixa qualida- ros que precisamos, e sim liderança e motivação para fazer
de, pois um produto ou serviço bem feito é aquele que está com que todos mudem a sua maneira de pensar para a
dentro das especificações que foram planejadas. empresa como um todo poder melhorar.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Desta forma, a gestão da qualidade não precisa, ne- A primeira abordagem de qualidade dentro das orga-
cessariamente, implicar na adoção de alguma certificação nizações visava a uniformidade dos processos e não havia
embora este seja o meio mais comum e o mais difundido, uma preocupação explícita com a qualidade. A produção
porém, sempre envolve a observância de alguns conceitos em massa abriu as portas para a pesquisa da qualidade.
básicos, ou princípios de gestão da qualidade, que podem Como qualidade era sinônimo de uniformidade e o
e devem ser observados por qualquer organização. A sa- controle de todas as peças produzido era muito demorado,
ber: surgiu o controle estatístico da qualidade.
Focalização no cliente: qualquer organização tem
como motivo de sua existência a satisfação de determina- COMO DEFINIR QUALIDADE?
da necessidade de seu cliente, seja com o oferecimento de Não há uma definição universal para qualidade, mas
um produto ou serviço. Portanto, o foco no cliente é um podemos abordá-la segundo alguns pontos de vista.
princípio fundamental da gestão da qualidade que deve
sempre buscar o atendimento pleno das necessidades do EXCELÊNCIA
cliente sejam elas atuais ou futuras e mesmo a superação Nesta definição, elaborada pelos pensadores gregos.
das expectativas deste; Excelência é o que diferencia as coisas superiores das infe-
Liderança: cabe aos líderes em uma organização criar riores. Refere-se ao mais alto nível possível sob um aspec-
e manter um ambiente propício para que os envolvidos no to. Esta linha é exemplificada por frases como:
processo desempenhem suas atividades de forma adequa- 1. Qualidade significa a aplicação dos melhores talen-
da e que se sintam motivadas e comprometidas a atingir os tos e recursos para produzir os resultados mais elevados;
objetivos da organização; 2. Ou se faz bem feito ou mal feito.
Envolvimento das pessoas: toda organização é forma- A ideia é obter a qualidade máxima desde o primeiro
da por pessoas que, em conjunto, constituem a essência da momento.
organização. Portanto, a gestão da qualidade deve com-
preender o envolvimento de todos, o que possibilitará o VALOR
uso de sãs habilidades para o benefício da organização;
Esta definição está bastante ligada ao status que o pro-
Abordagem por processos: a abordagem por proces-
duto ou serviço proporciona para o comprador. Ela surgiu
sos permite uma visão sistêmica do funcionamento da em-
na ascensão da produção massificada de bens de consumo
presa como um todo, possibilitando o alcance mais eficien-
que tinham baixo preço. Ela faz a diferenciação de produ-
te dos resultados desejados;
tos que podem ser adquiridos a baixos preços e pela gran-
Abordagem sistêmica: a abordagem sistêmica na ges-
de maioria da população de produtos que são adquiridos
tão da qualidade permite que os processos inter-relacio-
somente por pouquíssimas pessoas a custos muito altos.
nados sejam identificados, entendidos e gerenciados de
Esta definição segue uma frase de Freud: “Se quiser quali-
forma a melhorar o desempenho da organização como um
todo; dade, pague por ela”.
Melhoria contínua: para que a organização consiga
manter a qualidade de seus produtos atendendo suas ne- ESPECIFICAÇÕES
cessidades atuais e futuras e encantando-o (excedendo Do ponto de vista dos profissionais da área de exatas,
suas expectativas), é necessário que ela tenha seu foco vol- qualidade está relacionada com as especificações técnicas
tado sempre para a melhoria contínua do seu processo e de um produto ou serviço. Se o produto ou serviço está de
produto/serviço; acordo com as suas especificações técnicas, ele tem qua-
Abordagem factual para a tomada de decisão: todas lidade.
as decisões dentro de um sistema de gestão de qualidade Este conceito está relacionado com a qualidade plane-
devem se tomadas com base em fatos, dados concretos e jada para o produto ou serviço.
análise de informações, o que implica na implementação e Conformidade com Especificações
manutenção de um sistema eficiente de monitoramento; A qualidade planejada é apenas um ponto, é preciso
Benefícios mútuos nas relações com fornecedores: a verificar se as especificações foram bem definidas e alcan-
organização deve buscar o relacionamento de benefício çadas. Ou seja, é preciso analisar a qualidade recebida pelo
mútuo com seus fornecedores através do desenvolvimento cliente.
de alianças estratégicas, parcerias e respeito mútuo, pois
o trabalho em conjunto de ambos facilitará a criação de REGULARIDADE
valor.4 Qualidade também significa a uniformidade sugerida
por Taylor e Ford. A uniformidade sugere confiabilidade do
ADMINISTRAÇÃO DA QUALIDADE produto ou serviço.
Todas as pessoas convivem sob a sombra da palavra
qualidade. Não é para menos, a qualidade tornou-se alicer- ADEQUAÇÃO AO USO
ce fundamental para as organizações, onde ganhou des- Como não poderia deixar de haver, existe uma defini-
taque à cerca de 30 anos. Porém, a sua abordagem é bem ção exclusiva para o cliente. Neste contexto, há dois signi-
mais antiga, vindo de filósofos gregos e chineses. ficados:
4 Fonte: www.infoescola.com
18
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
Qualidade do Projeto – este conceito compreende as características do produto que atendem as necessidades dos
clientes. Quanto mais o produto atender a esta finalidade, maior será a sua qualidade. Em outras palavras significa:
_ Clientes satisfeitos com o produto;
_ Produtos e serviços mais competitivos;
_ Melhor desempenho da empresa.
Ausência de Deficiências – esta parte compreende as falhas de cumprimento das especificações. Essas falhas de um
modo ou de outro podem ser evitadas pela organização. Quanto menor o número de falhas, maior a qualidade. Isto se
reflete em:
_ Maior eficiência dos recursos produtivos;
_ Maior satisfação do cliente com o desempenho dos produtos e serviços;
_ Custos menores de inspeção e controle.
_ Tempo menor de colocação e consolidação de produtos no mercado.
CUSTOS DA QUALIDADE
De forma geral, Freud não está errado quando diz: “Se quer qualidade, pague por ela”. A qualidade tem custos, e requer
investimentos por parte da organização. Estes custos são repassados para o preço final do serviço ou produto. Existem,
basicamente, duas categorias de custos da qualidade que estão descritas na Tabela 5.1.
CUSTOS DA NÃO-QUALIDADE
A falta de qualidade do produto, ou seja, a inadequação do produto ou serviço para os clientes gera custos para a
organização que também são agrupados em duas categorias, conforme a Tabela 5.2.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Tabela 5-2 - Custos da não Qualidade
• Era da Inspeção
A ênfase está em separar os bons produtos dos defeituosos por meio da observação direta. Esta abordagem vem desde
os primórdios da Revolução Industrial, onde o próprio artesão fazia a inspeção da sua produção que tinha que estar de
acordo com as especificações técnicas que ele mesmo estipulou. No início do século XX, as empresas começaram a ver os
supervisores de produção como agentes da qualidade.
20
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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A qualidade era um trabalho de todos, mas acabava sendo de ninguém.
O departamento de qualidade deveria ocupar-se, segundo o seu fundador Armand V. Feigenbaum, com:
_ Estabelecer padrões: definir os padrões de custo e desempenho do produto;
_ Avaliar o desempenho: comparar o desempenho dos produtos com os padrões.
_ Agir quando necessário: tomar providências corretivas quando os padrões forem violados;
_ Planejar aprimoramentos.
• Qualidade Total
Prosseguindo as suas pesquisas, Feigenbaum apresentou uma evolução de suas propostas, chamado Controle da Qua-
lidade Total (TQC – Total Quality Control). O seu foco continua no cliente, ou seja, a pedra fundamental para a definição de
qualidade é o ponto de vista dos clientes.
“A qualidade quem estabelece é o cliente e não os engenheiros, nem o pessoal de marketing ou a alta administração. A
qualidade de um produto ou serviço pode ser definida como o conjunto total das características de marketing, engenharia,
fabricação e manutenção do produto ou serviço que satisfazem às expectativas do cliente”.
Consequentemente, a qualidade não é somente a conformidade com as especificações, como era pregado na inspeção.
A qualidade vem desde a concepção do produto ou serviço a partir dos desejos dos clientes. Depois dessa análise viriam
outras características como, por exemplo, confiabilidade e a manutenabilidade.
Feigembaum enumerou oito estágios da qualidade no ciclo industrial:
1. Marketing – avalia no nível de qualidade desejado pelo cliente e o custo que ele está disposto a pagar;
2. Engenharia – transforma as expectativas e os desejos do cliente em especificações;
3. Suprimentos – escolhe, compra e retém fornecedores de peças e materiais;
4. Engenharia de Processo – escolhe máquinas, ferramentas e métodos de produção;
5. Produção – a supervisão e os operadores têm uma responsabilidade importante pela qualidade durante a fabricação;
6. Inspeção e testes – verificam a conformidade do produto com as especificações;
7. Expedição – responsável pela embalagem e transporte;
8. Instalação e assistência técnica.
Com esta nova visão a qualidade deixa de ser atributo do produto ou serviço. Deixa de ser responsabilidade de apenas
um departamento, mas de todos os componentes da organização. A qualidade exige visão sistêmica, para integrar as ações
das pessoas, máquinas informações e todos os recursos envolvidos na administração da qualidade.
A qualidade de administração começa na administração superior, de onde vem toda a coordenação do sistema de
qualidade. Nesse novo contexto, o departamento de qualidade deve ter poderes para garantir a qualidade dos produtos e
serviços com o custo aceitável. A qualidade total envolve os clientes e os interesses das empresas.
• Deming
Em 1947 a JUSE (Associação Japonesa de Cientistas e Engenheiros) se tornou o centro das atividades de qualidade do
país. Esta entidade convidou Willaim Edwards Deming para visitar o país e ministrar alguns cursos de estatística.
Ele percebeu que a alta administração não se empenhava de forma minimamente adequada com a qualidade. Ele pre-
sumiu que em pouco tempo, a qualidade iria se restringir a separa os produtos com defeitos dos sem defeitos.
Com o apoio da JUSE, Deming conseguiu chegar à Alta administração, onde dirigiu todos os seus esforços para sensi-
bilizá-la da necessidade da consciência na qualidade. Ele dizia que a qualidade era o caminho natural para a prosperidade
através do aumento de produtividade, redução de custos, conquista de mercados e da expansão do emprego. Para ele
havia quatorze pontos a serem trabalhados:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Tabela 5-3 - Princípios de Deming
Pontos de Deming
Estabelecer a constância do propósito de melhorar o produto e o serviço, com a finalidade de tornar a
empresa competitiva, permanente no mercado e criar novos empregos;
Adotar a nova filosofia. Numa nova era econômica, a administração deve despertar para o desafio, assumir as
responsabilidades e assumir a liderança da mudança;
Acabar coma dependência da inspeção em massa. Elimina-se a necessidade da inspeção em massa construindo
a qualidade junto com o produto desde o começo;
Cessar a prática da compra baseada exclusivamente no preço. Deve-se avaliar a relação custo/benefício;
Melhorar constantemente o sistema de produção e serviços;
Instituir o treinamento de serviço;
Instituir a liderança;
Afastar o medo para que todos possam trabalhar de forma eficaz;
Eliminar as barreiras entre as organizações para prever erros e tratá-los;
Cuidado com slogans que estimulam a competição interna e prejudicial dentro da organização;
Eliminar as cotas numéricas do chão da fábrica;
Remover as barreiras que impedem o operário de sentir orgulho de suas funções;
Instituir um sólido programa de treinamento e educação;
Agir para concretizar a mudança.
Era preciso conhecer as necessidades dos clientes. Ele montou três alicerces para a prosperidade com a qualidade:
_ Predominância do Cliente;
_ Importância da mentalidade preventiva;
_ Necessidade de envolvimento da alta administração.
• Juran
Com Joseph M. Juran, a JUSE conscientizou que o controle de qualidade não se resumia a inspeção, mas a todas as
áreas funcionais e todas as operações das organizações. Ele criou o curso de controle de qualidade do gerente médio.
22
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Tabela 5-4 - Exemplos das categorias ISO 9000
Diretrizes sobre a Auditoria de Sistemas de Administração Diretrizes para conferir a capacidade do Sistema alcançar
da qualidade no Ambiente os objetivos da qualidade.
PRÊMIOS DE QUALIDADE
A sociedade mundial criou uma série de prêmios para as organizações que preocupam-se com a qualidade como, por
exemplo, Deming, Baldrige e o Europeu.5
Enfim, temos, resumidamente que, a qualidade tem existido desde os tempos em que os chefes tribais, reis e faraós
governavam. Desde a antiguidade a qualidade possuía diferentes formas, que variavam de acordo com o tipo de negócio
que era realizado. Nesses tempos, já existiam inspetores que aceitavam ou rejeitavam os produtos se estes não cumpriam
com as especificações solicitadas. Por outro lado, nos dias atuais, a gestão da qualidade nos trás pensamentos estratégicos
que antecedem o agir e o produzir. Esse modelo mudou a postura e a forma que as empresas vêem a qualidade, tornan-
do-a um valioso item de vantagem competitiva empresarial.
No Brasil, a gestão da qualidade começou a ser implantada a partir de 1990. Esse modelo foi um dos principais propul-
sores que as organizações brasileiras tiveram para começarem a adquirir novas competências e maiores patamares. Com a
gestão da qualidade foi possível adquirir o aprendizado de novos procedimentos, a melhora na interação com o público
interno e externo e a aceleração do desenvolvimento econômico e industrial. Essa “nova era” também trouxe consigo uma
nova filosofia, baseada na elaboração e aplicação de conceitos, métodos e técnicas adequadas à nova realidade corporativa
que vivemos.
A gestão da qualidade marcou o deslocamento da análise do produto ou serviço para a concepção de um sistema
integrado de qualidade. A qualidade deixou de ser um aspecto do produto e passou a ser um problema da empresa, abran-
gendo todos os pontos de sua operação. Esse modelo pode ajudar a alavancar o melhor da organização ao lhe permitir en-
tender seus processos de entrega de seus produtos e serviços a seus clientes. Suas diretrizes são desenvolvidas para serem
usadas por toda organização como uma estrutura para guiar a companhia em direção à melhoria de contínua, levando em
conta as necessidades de todas as partes interessadas (stakeholders), não somente dos clientes.6
FERRAMENTAS DA QUALIDADE
A utilização de metodologias de trabalho e a aplicação de ferramentas conhecidas de todos na organização, dentro da
mesma filosofia, permitem uma maior rapidez e transparência nas comunicações internas e a consequente agilização na
tomada de decisões.
As ferramentas da Qualidade não são uma invenção nova. Algumas delas já existem desde a II Guerra Mundial e, com-
binadas a outras mais recentes, formam o atual conjunto de que se dispõe para o desenvolvimento de ações de melhoria.
É comum classificá-las em ferramentas estatísticas e não estatísticas. Há quem as subdivida em ferramentas gerenciais
e estatísticas ou em antigas e novas ferramentas. Há quem selecione apenas sete. Essas são denominadas «as sete ferra-
mentas da qualidade».
5 Fonte: www.oocities.org
6 Fonte: www.portal-administracao.com
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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As ferramentas conhecidas como “as sete ferramentas da qualidade” são estratificação, folha de verificação, gráfico de
Pareto, diagrama de causa e efeito, histograma, diagrama de dispersão e gráfico de controle.
As ferramentas não-estatísticas, como o fluxograma, folhas de verificação, cartas de tendências etc., são relativamente
simples e podem ser utilizadas tanto pelo nível gerencial quanto operacional da organização. O uso dessas ferramentas
exige pouco treinamento.
As ferramentas estatísticas, como o histograma, diagrama de Pareto, estratificação etc., são de complexidade média.
Essas, em geral, são utilizadas pela gerência intermediária e por técnicos, desde que sejam submetidos a treinamento es-
pecífico e tenham alguma facilidade para trabalhar com dados numéricos.
Não há limites para a quantidade de ferramentas que podem ser utilizadas na análise e melhoria de processos. No
entanto, para o uso eficaz de todas as ferramentas, é necessário conhecimento e prática.
Ferramentas Não-Estatísticas
Vejamos abaixo as ferramentas não-estatísticas mais utilizadas, seus conceitos e exemplos:
Folha de verificação
As folhas de verificação são ferramentas de fácil compreensão, usadas para responder à pergunta: “Com que frequência
certos eventos acontecem?” Ela inicia o processo transformando “opiniões” em “fatos”.
Na preparação de uma Folha de Verificação devem ser incluídos, sempre que possível, os seguintes itens:
· o objetivo da verificação (por que);
· os itens a serem verificados (o que);
· os métodos de verificação (como);
· a data e a hora das verificações (quando);
· o nome da pessoa que faz a verificação (quem);
· os locais e processos das verificações (onde);
· os resultados das verificações;
· a sequência das verificações.
Além disso, é necessário:
· definir o período para a coleta de dados;
· elaborar um formulário simples e fácil de ser preenchido;
· verificar se os dados podem ser colhidos consistente e oportunamente.
Carta de tendência
São representações gráficas de dados coletados em um determinado período para identificar tendências ou outros
padrões que ocorrem ao longo deste período.
São utilizadas para monitorar um sistema, a fim de se observar ao longo do tempo a existência de alterações na média
esperada.
A carta de tendência, como qualquer outro gráfico, deve ser usada para chamar atenção para mudanças realmente
vitais no sistema.
Por exemplo, quando monitoramos qualquer processo, é esperado que encontremos certa quantidade de pontos aci-
ma e abaixo da média. Porém quando muitos pontos aparecem em apenas um lado da média, isto indica um evento esta-
tístico não usual e que houve variação na média. Estas mudanças devem ser sempre investigadas. Se a causa da variação é
favorável, deve ser incorporada ao processo. Se não deve ser eliminada.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Checklist de aderência
Checklist (ou lista de verificação) é um formulário, previamente elaborado, para coleta de opiniões sobre o quanto pessoas
ou organizações conhecem, aceitam ou praticam as ações, os princípios ou os comportamentos que estão sendo avaliados.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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4Q1POC (5W2H)
É uma técnica de levantamento global recomendada para todas as etapas da análise e melhoria de processos. O nome
da técnica deriva-se de cinco perguntas em inglês. São elas: Who, Where, Why, What, When, How much and How. Por isso,
ela também é conhecida como 5W2H. Em português, 4Q1POC refere-se às perguntas Quem, O Que, Quando, Quanto, Por
que, Onde e Como. Esta técnica pode ser utilizada tanto para análise de processos quanto para o planejamento de melho-
rias. É a forma mais simples do Plano de Ação.
Quem
· Quem são os clientes e os fornecedores?
· Quem planeja, executa e avalia?
O Que
· O que é feito?
· O que é consumido?
Quando
· Quando a atividade é executada?
· Quando o cliente precisa do produto ou serviço?
Quanto
· Quanto custará a implementação das atividades?
Onde
· Onde a atividade é planejada, executada e avaliada?
· Onde o produto ou serviço deve ser entregue?
Por que
· Por que o processo segue esta rotina?
· Por que esta solução será implementada?
Como
· Como a atividade é planejada, executada e avaliada?
· Como esta solução será implementada?
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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5 Por quês
É uma técnica de análise que permite, através da formulação de uma única pergunta, Por que, aprofundar o conheci-
mento sobre determinado assunto. Como se trata de uma sequencia de perguntas ordenadas, de forma que a pergunta
seguinte incida sempre sobre a resposta dada à questão anterior, a tendência é a identificação de uma grande variedade
de causas afins ao tema que está sendo questionado. Cabe observar que o número 5, colocado no nome da técnica, não é
impositivo, apenas sugere a reincidência da pergunta e o não conformismo com a primeira resposta.
Matriz GUT
É uma matriz de priorização de problemas a partir da análise feita, considerando três critérios (Gravidade - Urgência – Tendência):
· Gravidade: impacto do problema sobre coisas, pessoas, resultados, processos ou organizações e efeitos que surgirão
a longo prazo, caso o problema não seja resolvido.
· Urgência: relação com o tempo disponível ou necessário para resolver o problema.
· Tendência: potencial de crescimento do problema, avaliação da tendência de crescimento, redução ou desapareci-
mento do problema.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Técnica nominal de grupo
É uma técnica de priorização que se aplica a situações diversas, tais como: problemas, soluções, processos, atividades,
etc. Diferentemente de outras técnicas, o critério de priorização é absolutamente subjetivo, o que torna recomendável que
sua utilização seja precedida de ampla discussão sobre os assuntos a serem priorizados.
Na Técnica Nominal de Grupo, os valores a serem atribuídos no preenchimento da matriz não são estabelecidos “a
priori”, sendo que o maior valor é sempre igual ao número de itens a serem priorizados. No preenchimento da matriz, cada
avaliador começa atribuindo o maior valor ao item que considera mais prioritário. Não é permitido, a um único avaliador,
atribuir o mesmo valor a dois ou mais itens.
Votação de Pareto
É uma técnica de priorização baseada no «Princípio de Pareto» dos poucos pontos vitais e muitos pontos triviais sendo,
neste caso, utilizado o procedimento de votação.
Juran adaptou aos problemas da Qualidade a teoria da desigualdade da distribuição de renda desenvolvida pelo eco-
nomista italiano Vilfredo Pareto. O princípio de Pareto estabelece que, na maioria dos processos, uma pequena quantidade
de causas (cerca de 20%) contribui de forma preponderante para a maior parte dos problemas (cerca de 80%), e que uma
grande quantidade de causas (cerca de 80%) contribui muito pouco para os efeitos observados (cerca de 20%). Ao primeiro
grupo de causas, ele chamou de “pouco vitais” e ao segundo de “muito triviais”.
O procedimento utilizado consiste em que o coordenador, após a geração de uma série de ideias por um grupo, solicita
que os participantes votem naquelas que consideram as mais importantes, de acordo com as seguintes regras:
· o número de votos por participante é limitado a 20%, do total de ideias;
· todos os votos permitidos devem ser usados;
· não é permitido dedicar mais de um voto para uma mesma ideia por participante.
As ideias mais votadas, que devem estar na faixa dos 20% do total de ideias geradas, são as consideradas prioritárias.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Diagrama de árvore
Relaciona o objetivo mais geral com passos de implementação prática. Na sua versão original japonesa, o diagrama da
árvore é utilizado para descrever os métodos pelos quais um propósito pode ser alcançado. Além disso, é utilizado também,
para explorar todas as causas possíveis de um problema, assemelhando-se ao diagrama de causa e efeito, para mapear
características de um produto ou serviço e para identificar atividades a serem acompanhadas tendo em vista um objetivo
organizacional geral, como no exemplo prático apresentado na tela seguinte.
Diagrama de matriz
Apresenta graficamente o relacionamento entre dois ou mais elementos, tais como: atividades de pessoas com fun-
ções, tarefas com tarefas, problemas com problemas, problemas com causas e soluções, etc. As matrizes podem ter vários
formatos, dependendo da quantidade de elementos a serem combinados.
Fluxograma
É a representação esquemática da sequencia (setas) das etapas (caixas) de um processo e tem por objetivo ajudar a
perceber sua lógica. O fluxograma serve para compreender e melhorar o processo de trabalho, criar um procedimento
padrão de operação e mostrar como o trabalho deve ser feito.
É utilizado também como ferramenta de comunicação, de compreensão, aprendizado e auxílio à memória. Essa ferra-
menta possibilita identificar instruções incompletas e serve como roteiro de controle e padronização. É muito útil na iden-
tificação e resolução de problemas e na operacionalização, no controle e na melhoria de um processo.
Na construção de um fluxograma são utilizados símbolos variados, e os mais comuns são os apresentados a seguir:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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FERRAMENTAS ESTÍSTICAS
Vejamos abaixo as ferramentas estatísticas mais utilizadas, seus conceitos e exemplos.
Diagrama de Pareto
São gráficos de barras verticais que permitem classificar e priorizar problemas em duas categorias: “Pouco vitais” e
“Muito triviais”.
Segundo o princípio de Pareto, os processos podem ser melhorados se houver uma atuação sistemática sobre as cau-
sas do primeiro grupo. Se existir o hábito da priorização, muitos problemas simplesmente desaparecem por serem pouco
relevantes.
Por outro lado, os problemas mais graves passam a ter o tratamento devido e também desaparecem.
Outro ponto importante sobre o diagrama de Pareto é a possibilidade de desdobramento das causas principais em
outros Paretos, permitindo análises sucessivas, como ilustrado a seguir.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Estratificação
A estratificação consiste em dividir um conjunto de dados em grupos que possuem características que os tornam pe-
culiares, podendo agrupá-los de diversas maneiras. Ela ajuda na análise dos casos cujos dados mascaram os fatos reais. Isto
geralmente ocorre quando os dados registrados provêm de diferentes fontes, mas são tratados sem distinção.
Permite também identificar fontes de variação, analisar dados, pesquisar oportunidades de melhoria e avaliar de forma
mais eficaz as situações. Uma forma prática de fazer estratificação é utilizar os 4M ou 5M ou 6M ou 7M.
São gráficos de barras construídos a partir de uma tabela de frequência de determinadas ocorrências. O eixo horizontal
apresenta os valores assumidos por uma variável de interesse.
Subdivide-se o eixo horizontal em vários pequenos intervalos, construindo-se para cada um destes intervalos uma barra vertical.
Os histogramas, assim como os processos, podem ter as mais variadas formas, indicando se o processo está “estável”
ou apresenta algum desvio. A construção de histogramas exige alguns conhecimentos de estatística que permitam, após
a coleta de dados, a determinação da amplitude, do número, do intervalo e dos limites de classe e a preparação de uma
tabela de frequência.
ESCOLHENDO O PROCESSO
A escolha do processo a ser analisado é de grande importância para o sucesso dos trabalhos a serem desenvolvidos
no âmbito de uma organização.
A seguir são listadas algumas dicas para seleção de processos:
· impacto direto sobre clientes externos;
· ciclo de execução rápido;
· não esteja passando por importantes transições;
· seja relativamente simples;
· tenha potencial para gerar benefícios;
· ofereça integração com visão e missão.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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A Metodologia de Análise e Solução de Problemas (MASP) consiste em um conjunto de procedimentos sistemati-
camente ordenados, baseado em fatos e dados, que visa a identificação e a eliminação de problemas que afetam os pro-
cessos, bem como a identificação e o aproveitamento de oportunidades para a melhoria contínua.
O gerenciamento de processos organizacionais envolve tanto a aplicação da MASP como a compreensão do ciclo
PDCA (Planejar, Desenvolver, Checar, Agir corretivamente), estudado anteriormente. Ambos os métodos, assim como o uso
de ferramentas, são úteis no gerenciamento da Qualidade de processos. Entender a relação existente entre estes deve, pois,
ser considerada. Vejamos a seguir como essas metodologias se relacionam.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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METODOLOGIA PARA IMPLANTAÇÃO DA MASP · ambiente externo: ameaças e oportunidades;
FASE 1 - PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO · definição dos fatores críticos de sucesso e subproces-
Atividade 1: Elaboração do Projeto sos essenciais;
· definição de objetivos e produtos; · identificação e priorização dos problemas;
· definição das áreas envolvidas e seus representantes; · descrição dos principais problemas;
· definição dos patrocinadores; · forma com que os problemas são percebidos; mo-
· definição do Comitê Gestor de Redesenho; mento e providências adotadas.
· definição das Equipes de Redesenho; Atividade 2: Análise dos Problemas
· definição dos Grupos de Contato; · identificação das causas dos problemas (Diagrama de
· definição do Coordenador do Projeto; Ishikawa);
· definição dos recursos necessários; · priorização das causas (Matriz GUT, Votação de Pare-
· definição das estratégias de comunicação e respon- to, etc).
sáveis;
· definição da metodologia de análise a ser empregada; FASE 4 – PROPOSIÇÃO DE MELHORIAS
· definição das técnicas de documentação a serem uti- Atividades
lizadas; · definição das possíveis soluções e respectivas alterna-
· definição dos resultados a serem atingidos; tivas, com descrição das vantagens e desvantagens;
· elaboração do Plano de Ação (descrição da tarefas, · identificação dos sistemas a serem modificados ou
responsáveis e cronograma). desenvolvidos;
Atividade 2: Validação · mapeamento dos riscos envolvidos.
Atividade 3: Divulgação
Atividade 4: Alocação de Recursos FASE 5 – ELABORAÇÃO DOS MANUAIS DOS PRO-
Atividade 5: Formalização dos Grupos de Trabalho CESSOS
(Comitê Gestor, Equipes de Redesenho, Grupos de Contato Atividades
e Coordenação)
· novos fluxogramas (geral e detalhado);
Atividade 6: Capacitação da Equipe de Redesenho
· redação dos manuais;
· revisão dos conteúdos;
FASE 2 – IDENTIFICAÇÃO
· revisão ortográfica.
Atividade 01: Identificação do Contexto Institucio-
nal do Processo
FASE 6 – PLANEJAMENTO DA IMPLEMENTAÇÃO
· missão da organização e competências das áreas;
· diagrama da estrutura organizacional (com o quanti- Atividades
tativo de pessoal). · definição da equipe responsável em cada área;
Atividade 02: Identificação do Processo · definição dos patrocinadores;
· nome do processo; descrição e objetivos; · definição do processo de monitoramento dos resulta-
· unidade responsável; dos (indicadores, itens de verificação e de controle, e metas
· responsável (cargo, nome, telefone e e-mail); a serem atingidas);
· recursos alocados (humanos, tecnológicos e mate- · definição da estratégia de implementação;
riais); · elaboração do plano de implementação (tarefas, res-
· produtos intermediários e finais; ponsáveis e cronograma);
· clientes internos e externos e seus requisitos; · elaboração do plano de capacitação;
· fornecedores e insumos (e requisitos); · capacitação das equipes executoras.
· fluxograma geral do processo;
· documentação existente (legislação, normas, siste- FASE 7 – ACOMPANHAMENTO DA IMPLEMENTA-
mas, etc); ÇÃO
· indicadores existentes [tipo, nome, descrição/fórmula, Atividades
periodicidade, insumos, responsável, histórico (financeiro/ · Reuniões de acompanhamento, avaliação e tomada
custos; processo eficiência; eficácia; efetividade; qualidade; de decisão (correções ou modificações no processo).
prazos; metas; capacidade; satisfação dos clientes; critérios
PNGP – liderança, planejamento, cidadão e sociedade, in- FASE 8 – RELATÓRIO FINAL DE AVALIAÇÃO DO
formação e análise, processos, pessoas, resultados); PROJETO
· mapa de atividades; Atividades
· fluxograma detalhado do processo. · elaboração de relatório.7
FASE 3 – ANÁLISE
Atividade 1: Identificação e Priorização dos Proble-
mas
· ambiente interno: fatores restritivos e fatores incen-
tivadores (condições de trabalho, documentação, recursos
humanos, recursos tecnológicos e recursos materiais); 7 Fonte: www.adapar.pr.gov.br
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
requerendo vários cálculos e o conhecimento de conceitos
7. GESTÃO FINANCEIRA. de matemática financeira para seu entendimento. Isso tudo
dificulta a compreensão do orçamento e a sociedade vê
debilitada sua possibilidade de participar da elaboração, da
aprovação, e, posteriormente, acompanhar a sua execução.
FINANÇAS PÚBLICAS: Pode-se melhorar a informação oferecida aos cidadãos
É a terminologia que tem sido tradicionalmente apli- sem dificultar o entendimento, através da técnica chama-
cada ao conjunto de problemas da política econômica que da análise vertical, agrupando as receitas e despesas em
envolve o uso de medidas de tributação e de dispêndios conjuntos (atividade, grupo, função), destacando-se indivi-
públicos. Esta expressão não é muito adequada, já que os dualmente aqueles que tenham participação significativa. É
problemas básicos não são financeiros, mas tratam do uso apresentada a participação percentual dos valores destina-
dos recursos econômicos, da distribuição da renda e do dos a cada item no total das despesas ou receitas. Em vez
nível de emprego. de comunicar um conjunto de números de difícil enten-
Ainda que a política orçamentária seja uma parcela dimento ou valores sem base de comparação, é possível
importante deste tema tão amplo, dificilmente ela poderia divulgar informações do tipo “a prefeitura vai gastar 15%
reivindicar uma participação exclusiva. dos seus recursos com pavimentação”, por exemplo.
Há muito tempo, economistas e filósofos sociais preo- Uma outra análise que pode ser realizada é a análise
cupavam-se com a equidade fiscal. Seus pensamentos ge- horizontal do orçamento. Esta técnica compara os valores
raram duas teorias básicas: do orçamento com os valores correspondentes nos orça-
• dos “benefícios recebidos”; e mentos anteriores (expressos em valores reais, atualizados
• da “capacidade de pagamento”. monetariamente, ou em moeda forte).
A teoria dos benefícios foi a primeira a ser desenvol- Essas técnicas e princípios de simplificação devem ser
vida e utilizada extensivamente. Com o advento do margi- aplicados na apresentação dos resultados da execução
nalismo – utilidade marginal aplicada na determinação do orçamentária (ou seja, do cumprimento do orçamento),
valor e preço – o princípio da capacidade de pagamento
confrontando o previsto com o realizado em cada período
evoluiu consideravelmente.
e para cada rubrica. Deve-se apresentar, também, qual a
Boa parcela do nexo desses princípios é devida ao pró-
porcentagem já recebida das receitas e a porcentagem já
prio Adam Smith que, em “A Riqueza das Nações” (1776),
realizada das despesas.
estabeleceu que “os cidadãos de qualquer Estado devem
É fundamental que a peça orçamentária seja conver-
contribuir para o suporte do Governo, tanto quanto possí-
tida em valores constantes, permitindo avaliar o montante
vel, na proporção de sua capacidade, ou seja, da renda que
real de recursos envolvidos.
usufruem sob a proteção do Estado”.
Uma outra forma de alteração do valor real é através
Smith reconheceu o princípio da progressividade na
tributação. Na mesma obra, estipula que “não é irrazoável das margens de suplementação. Para garantir flexibilida-
que os ricos devam contribuir para a despesa pública, não de na execução do orçamento, normalmente são previstas
apenas na proporção de suas rendas, mas em algo mais elevadas margens de suplementação, o que permite um
do que essa proporção”. Esses três princípios – benefício, uso dos recursos que modifica profundamente as priorida-
capacidade e progressividade – fornecem as bases para as des estabelecidas. Com a indexação orçamentária mensal
discussões correntes da equidade fiscal. à inflação real, consegue-se o grau necessário de flexibili-
dade na execução orçamentária, sem permitir burlar o or-
ORÇAMENTO PÚBLICO: çamento através de elevadas margens de suplementação.
A função do Orçamento é permitir que a sociedade Pode-se restringir a margem a um máximo de 3%.
acompanhe o fluxo de recursos do Estado (receitas e des- Não basta dizer quanto será arrecadado e gasto. É pre-
pesas). Para isto, o governo traduz o seu plano de ação em ciso apresentar as condições que permitiram os níveis pre-
forma de lei. Esta lei passa a representar seu compromisso vistos de entrada e dispêndio de recursos.
executivo com a sociedade que lhe delegou poder. No caso da receita, é importante destacar o nível de
O projeto de lei orçamentária é elaborado pelo Exe- evolução econômica, as melhorias realizadas no sistema
cutivo, e submetido à apreciação do Legislativo, que pode arrecadador, o nível de inadimplência, as alterações reali-
realizar alterações no texto final. A partir daí, o Executivo zadas na legislação, os mecanismos de cobrança adotados.
deve promover sua implementação de forma eficiente e No caso da despesa, é importante destacar os princi-
econômica, dando transparência pública a esta implemen- pais custos unitários de serviços e obras, as taxas de juros
tação. Por isso o orçamento é um problema quando uma e demais encargos financeiros, a evolução do quadro de
administração tem dificuldades para conviver com a vonta- pessoal, a política salarial e a política de pagamento de em-
de do Legislativo e da sociedade: devido à sua força de lei, préstimos e de atrasados.
o orçamento é um limite à sua ação. Os resultados que a simplificação do orçamento geram
Em sua expressão final, o orçamento é um extenso são, fundamentalmente, de natureza política. Ela permite
conjunto de valores agrupados por unidades orçamentá- transformar um processo nebuloso e de difícil compreen-
rias, funções, programas, atividades e projetos. Com a in- são em um conjunto de atividades caracterizadas pela
flação, os valores não são imediatamente compreensíveis, transparência.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
Como o orçamento passa a ser apresentado de for- Introduziu-se o conceito de responsabilidade fiscal,
ma mais simples e acessível, mais gente pode entender reconhecendo-se que os resultados fiscais e, por conse-
seu significado. A sociedade passa a ter mais condições quência, os níveis de endividamento do Estado, não podem
de fiscalizar a execução orçamentária e, por extensão, as ficar ao sabor do acaso, mas devem decorrer de ativida-
próprias ações do governo municipal. Se, juntamente com de planejada, consubstanciada na fixação de metas fiscais.
esta simplificação, forem adotados instrumentos efetivos Os processos orçamentário e de planejamento, seguindo
de intervenção da população na sua elaboração e controle, a tendência mundial, evoluíram das bases do orçamento-
a participação popular terá maior eficácia. -programa para a incorporação do conceito de resultados
Os orçamentos sintéticos, ao apresentar o orçamento finalísticos, em que os recursos arrecadados devem retor-
(ou partes dele, como o plano de obras e os orçamentos nar à sociedade na forma de bens e serviços que transfor-
setoriais) de forma resumida, fornecem uma informação mem positivamente sua realidade.
rápida e acessível. A transparência dos gastos públicos tornou-se possível
A análise vertical permite compreender o que de fato in- graças à introdução de modernos recursos tecnológicos,
fluencia a receita e para onde se destinam os recursos, sem propiciando registros contábeis mais ágeis e plenamente
a “poluição numérica” de dezenas de rubricas de baixo valor. confiáveis. A execução orçamentária e financeira passou a
Funciona como um demonstrativo de origens e aplicações contar com facilidades operacionais e melhores mecanis-
dos recursos da prefeitura, permitindo identificar com clareza mos de controle. Por consequência, a atuação dos órgãos
o grau de dependência do governo de recursos próprios e de controle tornou-se mais eficaz, com a adoção de novo
de terceiros, a importância relativa das principais despesas, instrumental de trabalho, como a introdução do SIAFI e da
através do esclarecimento da proporção dos recursos desti- conta única do Tesouro Nacional, acompanhados de diver-
nada ao pagamento do serviço de terceiros, dos materiais de sos outros aperfeiçoamentos de ferramentas de gestão.
consumo, encargos financeiros, obras, etc.
A análise horizontal facilita as comparações com go-
vernos e anos anteriores.
A evidenciação das premissas desnuda o orçamento
ao público, trazendo possibilidades de comparação. Per- 8. GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.
mite perguntas do tipo: “por que a prefeitura vai pagar x
por este serviço, se o seu preço de mercado é metade de
x ?”. Contribui para esclarecer os motivos de ineficiência
da prefeitura nas suas atividades-meio e na execução das
Podemos definir Administração de Recursos Humanos
políticas públicas.
o ramo especializado da ciência da administração que en-
Apesar dos muitos avanços alcançados na gestão das
contas públicas no Brasil, a sociedade ainda não se desfez volve todas as ações que tem como objetivo a integração
da sensação de caixa preta quando se trata de acompanhar do trabalhador no contexto da organização e o aumento
as contas públicas. de sua produtividade. Área que trata de recrutamento, se-
A gestão das contas públicas brasileiras passou por leção, treinamento, desenvolvimento, manutenção, contro-
melhorias institucionais tão expressivas que é possível fa- le e avaliação de pessoas.
lar-se de uma verdadeira revolução. Mudanças relevantes Mas para entender melhor a aplicação desse conceito
abrangeram os processos e ferramentas de trabalho, a na atualidade, precisamos entender que durante a maior
organização institucional, a constituição e capacitação de parte de nossas vidas, fazemos parte de algum tipo de or-
quadros de servidores, a reformulação do arcabouço legal ganização, tais como: uma escola, um time relacionado a
e normativo e a melhoria do relacionamento com a socie- esporte, um grupo artístico, uma instituição religiosa, uma
dade, em âmbito federal, estadual e municipal. organização militar, ou mesmo uma empresa. Algumas or-
Os diferentes atores que participam da gestão das fi- ganizações como um time de futebol, são estruturadas de
nanças públicas tiveram suas funções redefinidas, amplian- modo informal, enquanto que as grandes corporações mi-
do-se as prerrogativas do Poder Legislativo na condução litares, possuem estruturas bastante formalizadas. Porém
do processo decisório pertinente à priorização do gasto e todas as estruturas organizadas, sejam elas formais ou in-
à alocação da despesa. Esse processo se efetivou funda- formais, possuem elementos comuns.
mentalmente pela unificação dos orçamentos do Governo Utilizando uma visão mais simplista possível, podemos
Federal, antes constituído pelo orçamento da União, pelo ver uma organização, como sendo, duas ou mais pessoas
orçamento monetário e pelo orçamento da previdência so- trabalhando juntas, de modo estruturado, visando alcançar
cial. um objetivo específico, ou um conjunto de objetivos, de
Criou-se a Secretaria do Tesouro Nacional, em proces- modo que haja entre elas a comunicação, a cooperação, e
so em que foram redefinidas as funções do Banco do Brasil, a sintonia dos objetivos.
do Banco Central e do Tesouro Nacional. As organizações são importantes porque também po-
Consolidou-se a visão de que o horizonte do planeja- dem ser vistas como instituições sociais que refletem al-
mento deve compreender a elaboração de um Plano Plu- guns valores e necessidades culturalmente aceitos. Elas
rianual (PPA) e, a cada ano, uma Lei de Diretrizes Orçamen- permitem que vivamos juntos e de modo relativamente
tárias (LDO) que por sua vez deve preceder a elaboração da civilizado e que realizemos objetivos enquanto sociedade.
Lei Orçamentária Anual (LOA). Das delegacias de polícia dos bairros onde moramos, às
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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grandes corporações multinacionais, as organizações ser- administração das organizações, o de Recursos Huma-
vem à sociedade, transformando o mundo num lugar me- nos, contribuiu para verdadeiras revoluções da atividade
lhor, mais seguro e mais agradável de viver. gerencial. Desde 1930, as ciências comportamentais for-
Para que as organizações sobrevivam, são necessários necem em rítmo crescente, subsídios para o desenvolvi-
alguns elementos básicos: os objetivos, os planos ou mé- mento da Administração de Recursos Humanos, e esta por
todos para a consecução desses objetivos, os recursos ne- sua vez vem contribuindo para verdadeiras revoluções da
cessários para serem utilizados e o processo que possibilita atividade gerencial.
a interação dos elementos, propiciando a obtenção dos
resultados desejados. Desenvolvimento da administração de recursos huma-
Este processo de planejar, organizar, liderar e controlar nos
o trabalho dos membros da organização e de usar os re- Não podemos deixar de reconhecer que a atividade
cursos disponíveis da organização para alcançar objetivos de recursos humanos, tem contribuído de forma crescente
pré-estabelecidos, denomina-se administração. para a humanização das relações de trabalho. O humanis-
mo é parte integrante nas atividades e evolução da área
Histórico de administração de recursos humanos de Recursos Humanos. Os principais autores clássicos da
O movimento da Administração Cientifica difundiu-se atualidade, com estudos de destaque, na área da Psicolo-
amplamente e tornou-se um dos princípios bases da orga- gia Organizacional, tais como McGrecor, Maslow, Bennis,
nização industrial nas primeiras décadas do século. Bekhart e outros, apesar de terem abordagens diferentes,
O movimento de valorização das relações humanas no todos apontam para a necessidade de se criar clima de tra-
trabalho surgiu a partir da constatação da necessidade de balho que permita a realização cada vez mais plena, do ser
considerar a relevância dos fatores psicológicos e sociais humano, como pessoa, ou seja da auto-realização pessoal.
na produtividade. Essa tendência humanística está bem clara no atual movi-
A descoberta da relevância do fator humano na em- mento organizacional, que não se restringe a agir dentro
presa veio proporcionar o refinamento da ideologia da do ambiente organizacional clássico, porém se propõe a
harmonização entre o capital e o trabalho, definida pelos
reformular os critérios tradicionais de divisão do trabalho,
teóricos da Administração Cientifica. Com efeito, pode-se
de modelos organizacionais, de sistemas tradicionais de
dizer que as Relações Humanas constituem um processo
planejamento e controle, do estilo predominante e autori-
de integração de indivíduos numa situação de trabalho, de
tário de liderança, a fim de que no grupo exista clima sadio
modo a fazer com que os trabalhadores colaborem com a
que proporcione o desenvolvimento e motivação das pes-
empresa e até encontrem satisfação de suas necessidades
soas, proporcionando diretamente resultados benéficos
sociais e psicológicas.
para a organização.
Os primeiros órgãos de Recursos Humanos como se-
tor definido da administração das organizações, tiveram
seu aparecimento no início deste século, tendo tido sua Sistema de administração de recursos humanos:
evolução acelerada, na década de vinte. Com o advento A mudança deve ser a única constante na força de tra-
da primeira guerra mundial, estabeleceu-se uma carência balho de qualquer organização. As pessoas eficazes são
efetiva de mão-de-obra nas empresas, obrigando estas, promovidas ou saem para ocupar outros cargos melhores
a estabelecerem padrões de racionalização e otimização em outra organização. As pessoas ineficazes são rebaixa-
da mão-de-obra existente e desenvolverem processos de das, remanejadas, ou até mesmo despedidas. Além disso,
formação de mão-de-obra nova, através dos primeiros a organização poderá a qualquer tempo precisar de mais
métodos organizados de recrutamento e seleção. O fator pessoas ou até mesmo reduzir seus quadros de pessoal
humano já tinha que ser tratado com atenção específica. e sempre precisará aperfeiçoar as capacidades das pes-
A revolução industrial que ocorria na época, também foi soas que trabalham cotidianamente. Desta forma é que
fator determinante para a formação e desenvolvimento do podemos ver que o Sistema de Administração de Recursos
período inicial da administração de recursos humanos. Os Humanos, possui um dinamismo contínuo, como um or-
movimentos filosóficos dos anos trinta, de maneira espe- ganismo vivo, tentando manter a organização suprida das
cial, o pensamento existencial, aliados aos primeiros tra- pessoas certas, nas posições certas, na hora certa.
balhos de Sociologia do Trabalho, forneceram direciona- A Administração de Recursos Humanos consiste em
mentos e subsídios éticos e científicos para a evolução da planejar, organizar, desenvolver, coordenar e controlar os
administração de recursos humanos. O marco mais signifi- métodos capazes de promover o desempenho eficiente
cativo dessa evolução, foram os experimentos de Hawtor- do pessoal, ao mesmo tempo em que a organização re-
ne, na Western Electric, em Chicago, nos Estados Unidos presenta o meio que permita às pessoas que com ela cola-
da América. As pesquisas de Hawtorne, vieram surpreen- borem para alcançar os objetivos individuais relacionados
der os Tayloristas que tentavam, sair da sua órbita inicial, direta ou indiretamente com o trabalho, ao mesmo tempo
combinar dentro das mesmas constantes, matéria-prima, em que também significa conquistar e manter as pessoas
máquinas e pessoas. Nas pesquisas de Hawtorne ficaram na organização, trabalhando sempre com eficiência para
evidenciadas que as relações humanas, tanto entre si como produzir resultados eficazes.
com os elementos ambientais, tinham significativa influên-
cia na produtividade. Mais que qualquer outro órgão da
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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O PROCESSO DA ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS O Tipo Especializado é utilizado principalmente
HUMANOS quando a organização necessita de pessoas com determi-
O processo de Administração de Recursos Humanos, nado nível de especialização, sendo necessária uma aten-
compreende as funções de planejar, recrutar, selecionar, ção maior e uso de técnicas que permitam atingir àquele
socializar, treinar e avaliar pessoas, objetivando alcançar os segmento de candidatos.
objetivos da organização, através da eficiência das pessoas
que a integram. • Fontes de recrutamento:
Genericamente, podemos afirmar que as fontes de re-
Planejamento de recursos humanos: crutamento estão no mercado de mão de obra, que con-
O planejamento de Recursos Humanos consiste em siste no conjunto de pessoas disponíveis, que possuem ha-
estabelecer métodos e metas qualitativas e quantitativas, bilidades específicas que permitem a elas, ocuparem fun-
visando suprir as necessidades futuras de pessoal, da or- ções produtivas, dentro das organizações. As condições do
ganização, levando-se em conta as atividades internas e mercado de mão de obra não são estáticas, elas mudam de
fatores do ambiente externo. acordo com os fatores ambientais e as próprias condições
O planejamento de recursos humanos tem quatro as- ofertadas pelas organizações. A técnica mais recente utili-
pectos básicos: zada para atrair mão de obra, é a utilização da reputação
necessidades futuras - referente a quantidade de da organização.
pessoas e com que qualificação deverão ter; É possível distinguir duas principais fontes de recruta-
equilíbrio futuro - referente a relação do núme- mento de pessoas:
ro de pessoas que estão atualmente na organização e que a fonte externa que compreende o universo de
provavelmente estarão no futuro, com o número de pes- pessoas que se encontram desempregadas, ou até mesmo,
soas que se fará necessário estar presente na organização, que estejam empregadas em outras organizações, porém
em um futuro pré-estabelecido; que estejam disponíveis para efetuarem mudanças de local
recrutamento ou dispensa de pessoas - refere-se de trabalho;
a fonte interna que compreende o universo de
a forma e quantidade de pessoas que serão necessárias se-
pessoas que já trabalham na organização, porém que o
rem dispensadas e/ou recrutadas;
processo de Auditoria de Recursos Humanos, identificou
desenvolvimento de pessoal - referente ao plano
como sendo pessoas com potenciais latentes que podem
de qualificação da mão-de-obra recrutada e selecionada,
ser aproveitados através de remanejamentos e promoções.
como também do aperfeiçoamento da mão-de-obra de
financiamento para investimentos, ou até mesmo uma re-
Seleção de recursos humanos
tração da economia e possível redução na capacidade de
Algumas conceituações:
consumo de bens e serviços, acarretando necessariamente
“Seleção é o processo mútuo através do qual a organi-
um enxugamento de custos e possivelmente nos quadros zação decide se vai ou não fazer uma oferta de trabalho e
de recursos humanos. o candidato decide se a aceita ou não”. (STONER )
O planejamento de pessoal se baseia em dois proces- “O processo de Seleção de Recursos Humanos, é de-
sos principais que são: finido como sendo o conjunto de atividades ordenadas,
A Previsão de Recursos Humanos - que consiste no uso através das quais, a organização obtém do mercado de tra-
de técnicas específicas, na busca de determinar o número, balho, interno e externo, os recursos humanos necessários
o tipo e a qualidade de pessoas que a organização preci- para sua sobrevivência”. (LOBOS)
sará, para manter seu crescimento e explorar as oportuni- “A Seleção de Recursos Humanos, pode ser definida
dades futuras; singelamente como a escolha do indivíduo certo para o
A Auditoria de Recursos Humanos - que consiste no cargo certo, ou, mais amplamente, entre os candidatos re-
uso de técnicas específicas, necessárias para quantificar e crutados, aqueles mais adequados aos cargos existentes na
qualificar as habilidades e o desempenho de cada indi- empresa, visando a manter ou aumentar a eficiência e o
víduo, que já existe dentro da organização, objetivando desempenho do pessoal”. (CHIAVENATO)
desta forma, identificar os recursos humanos internos e as A primeira vista, o processo de seleção parece ocorrer
possibilidades de melhor aproveitamento, evitando assim, de forma unilateral, onde a organização processa a seleção
muitas vezes, os altos custos de contratações externas. e decide quem ela vai contratar. Esta visão, na verdade não
é real, pois as pessoas que são selecionadas, também deci-
Recrutamento de recursos humanos: dem se irão ingressar na organização, através do processo
O propósito do recrutamento é conseguir um grupo de contratação, esta decisão das pessoas está diretamen-
de candidatos suficientemente grande, para que a organi- te ligada ao nível de satisfação dos interesses das pessoas
zação possa selecionar as pessoas com as qualificações de em relação as ofertas da organização. É necessário que a
que precisa. Podemos definir dois tipos de recrutamento, o organização ofereça elementos atrativos que motivem as
do tipo geral e o tipo especializado. pessoas a aceitarem ingressar, através do processo de con-
O Tipo Geral é utilizado quando a organização ne- tratação de pessoal. Existem várias técnicas, métodos e re-
cessita de um grupo de pessoas sem grande especializa- cursos disponíveis para se selecionar pessoas objetivando
ção, isto é, para ocuparem cargos de níveis de execução. contratá-las para as organizações. Para isto, é necessário
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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que se tenha em mente que os seres humanos constituem ou funções, já a determinado tempo, geralmente oferecem
a fator mais importante em todos os grupamentos sociais resistência à mudanças, sendo necessário um trabalho es-
e que cada indivíduo é um ser extremamente complexo. pecífico de esclarecimento das necessidades das mudanças
Desta forma, se torna de suma importância reconhecer as que virão com o treinamento, como também a valorização
diferenças entre as pessoas, como também as exigências do profissional, tornando-o mais competitivo e eficaz. Para
do trabalho, para o qual estão sendo selecionadas. Uma se determinar as necessidades de treinamento em uma or-
seleção eficiente será garantia de êxito para os posteriores ganização, se faz necessário, a aplicação de métodos pró-
cursos de treinamento e aperfeiçoamento. Um programa prios, visando identificar as necessidades de cada pessoa
eficiente de seleção de pessoal deve objetivar introduzir em ser submetida a treinamento e aperfeiçoamento. Os
na organização, pessoas adequadas nos locais de trabalhos principais métodos utilizados para detectar as necessida-
corretos, para isso se faz necessário observar a escolha de des de treinamento são:
boas e adequadas técnicas e métodos de seleção, verifi- Avaliação de desempenho, onde o trabalho de
car sempre os índices de turnover, pois são indicadores da cada pessoa é comparado aos padrões de desempenho ou
qualidade dos processos de recrutamento e seleção, é ve- aos objetivos estabelecidos para este trabalho.
rificar a veracidade da análise dos cargos e funções, como Análise de requisitos do trabalho, onde as habili-
também de suas descrições, analisar sempre a adequação dades ou conhecimentos especificados na descrição apro-
dos testes e entrevistas e promover sempre um controle priada do cargo, são examinados e aquelas pessoas que
de todos os processos de recrutamento e seleção, promo- não tem as habilidades ou conhecimentos necessários,
vendo constantes avaliações e correções necessárias para tornam-se candidatos a um programa de treinamento e
a obtenção constante do aperfeiçoamento dos processos aperfeiçoamento.
e consequentemente a obtenção dos objetivos da orga- Análise organizacional, onde a eficácia da orga-
nização. nização e o seu sucesso em alcançar seus objetivos, são
analisados para se determinar as diferenças e se detectar o
Treinamento e desenvolvimento de recursos humanos: tipo de treinamento que possa ajudar a corrigir distorções
O já citado autor STONER define treinamento de re- existentes.
cursos humanos, como sendo “um processo destinado a Pesquisa de recursos humanos, onde se solici-
manter ou melhorar o desempenho no trabalho atual” e ta aos detentores de cargos de chefia, que descrevam os
desenvolvimento de recursos humanos, como sendo “um problemas pelos quais estão passando no trabalho, e que
processo destinado a desenvolver as habilidades neces- façam sugestões, no sentido de sanar os referidos proble-
sárias para futuras atividades de trabalho”, o que faz nos mas.
parecer óbvio que o treinamento é dirigido para as neces- Assim que sejam identificadas as necessidades de trei-
sidades atuais e desenvolvimento para as necessidades namento da organização, o órgão de gestão dos recursos
futuras. Considerando que estamos vivendo uma época humanos deverá iniciar um programa de treinamento ade-
em que as nações estão se integrando, levadas pelos pro- quado às necessidades identificadas.
cessos de globalização de diversas atividades humanas
e que estes processos de globalização vem aumentando Desenvolvimento de recursos humanos
de forma fantástica, a velocidade em que as mudanças se O desenvolvimento dos recursos humanos deve ser
processam, torna-se verdadeiramente impossível planejar entendido como o conjunto de conhecimentos que foram
e executar tarefas do presente, sem ao mesmo tempo estar agregados pelas pessoas de uma organização através de
planejando para o futuro. um determinado tempo, resultado de uma política de trei-
namento bem elaborada e bem executada, tornando os
Considerando esta realidade atual, não podemos pen- indivíduos cada vez mais capacitados para exercerem suas
sar em treinamento de recursos humanos, sem também tarefas, de forma cada vez mais eficaz. Este desenvolvimen-
pensar paralelamente em desenvolvimento de recursos to objetiva também capacitar os indivíduos para que eles
humanos. consigam acompanhar as mudanças evolutivas da organi-
zação, o seu desenvolvimento organizacional, seu cresci-
Treinamento de recursos humanos mento, enfim integrar o desenvolvimento da organização
Compreende-se treinamento, “como sendo qualquer como um todo. Um fator importante no desenvolvimento
atividade que vise à qualificação, formação e aperfeiçoa- dos indivíduos é sua capacitação para desenvolverem ta-
mento do pessoal de uma organização, desde os dirigen- refas mais complexas e poderem evoluir dentro da escala
tes, até os executores de mercadorias e serviços”. hierárquica, ocupando cargos de níveis mais elevados.
A Problemática do treinamento deve ser analisada de
duas formas, a primeira é em relação às pessoas que estão Avaliação de desempenho dos recursos humanos
ingressando na organização, ou que acabaram de ser pro- A avaliação de desempenho consiste em uma sistemá-
movidas, isto é, estão iniciando jornada em seus cargos. tica apreciação da eficácia do trabalho de uma pessoa, em
Estas pessoas geralmente têm elevado índice de motiva- relação aos objetivos propostos pela organização. Por isso
ção e por isso demonstram certa facilidade em aprender é de fundamental importância, que os objetivos da orga-
novas habilidades e comportamentos, inerentes à nova nização estejam sempre bem definidos e explicitados, pois
função. Por outro lado as pessoas que já estão nos cargos quando estes objetivos não estão bem claros, pode ocorrer
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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desvios nos resultados. Além de apreciar a eficácia do tra- de grande número de atos delinquentes. É imperioso, não
balho, a avaliação de desempenho deverá também medir há dúvida, que se chegue a encontrar formas produtivas e
os potenciais de desenvolvimento das pessoas, que geral- confortáveis de evitar a inadequação humana. Foi devido a
mente se encontram latentes temporariamente, que devem esta necessidade de combater a inadequação do homem
ser identificados, desenvolvidos e aproveitados. Existem ao ambiente organizacional, foi que LEAVIT (Psicologia
dois tipos principais de avaliações dos recursos humanos Para Administradores) relata estudos feitos no âmbito da
de uma organização, e denominam-se informais e formais. Psicologia do Comportamento Organizacional, objetivan-
A avaliação informal de recursos humanos consiste ba- do aprofundar-se no estudo das relações, do homem com
sicamente no processo contínuo de oferecer aos subordi- seu ambiente de trabalho. Uma pessoa torna-se um pro-
nados, informações sobre como estão realizando o traba- blema dentro de uma organização, sempre que seu com-
lho para a organização, devendo ocorrer cotidianamente e portamento cria dificuldades ao grupo de pessoas em meio
em um clima de naturalidade e informalidade, geralmente ao qual desenvolve suas atividades, ou diante das normas
seus resultados são de correção de um desempenho inde- da organização, incluindo aí toda a política organizacional,
sejável. seja ela de ordem administrativa, técnica ou financeira. A
A avaliação formal de recursos humanos consiste ba- pessoa-problema chama a atenção, por sua conduta atípi-
sicamente na aplicação de métodos pré-estabelecidos ca e frequentemente indesejável, acabando por provocar
de acordo com os objetivos da organização, destinado a uma queixa quanto à sua maneira de agir. A “queixa” é,
classificar o desempenho atual do indivíduo, identificar portanto, o sintoma atual, mas, para se evidenciar como
aqueles que merecem promoções ou aumentos salariais, tal, o indivíduo percorreu e acumulou uma série de fatos
como também identificar as necessidades de treinamento e incidentes anteriores. Levantando-se exaustivamente
adicional. Este tipo de avaliação geralmente ocorre semes- tais elementos e estudando a conexão dos mesmos com
tralmente ou anualmente. a queixa atual, será possível formular um diagnóstico do
Existem muitos tipos de métodos de avaliação de de- comportamento e prever quais as medidas futuras a serem
sempenho, pois eles são criados visando atender os ob- levantadas a efeito, objetivando cessarem as causas que
jetivos de cada organização, e muitas vezes são utiliza- motivaram os incidentes comportamentais que colocaram
dos mais de um tipo, para que a avaliação se torne mais o indivíduo em situação de inadequação.
completa, por isso vejamos quatro tipos principais que são Nas organizações mais modernas existem órgãos de
mais utilizados pelas organizações: A avaliação dos su- acompanhamento e aconselhamento, visando promover e
bordinados pelo superior, é um dos tipos mais utilizados assegurar a elevação do indivíduo no plano cultural, sócio-
pelas organizações; Um grupo de superiores avaliando os -familiar e profissional, propiciando desta forma, condições
subordinados, é realizado por um comitê de administra- para uma completa integração deste indivíduo no plano
dores, onde cada um preenche formulários de avaliação organizacional, de tal forma que ele se torne produtivo e
em separado, valendo a pena salientar que as tendências eficaz. O aspecto fundamental é a valorização do indivíduo
de injustiças se tornam diluídas, apesar de demandar mais como sendo o elemento principal no processo organiza-
tempo; Um grupo de subordinados avalia um colega, este cional.
método é menos utilizado, pois se destina principalmente O acompanhamento consiste no conjunto de métodos
para medir a capacidade de liderança de um indivíduo; Os que quando postos em prática, visam criar condições de
subordinados avaliam os superiores, este método tem im- reações necessárias para o bom desempenho do indivíduo
portância peculiar, pois propicia avaliar os administradores, no trabalho, para que ele seja eficiente, nos diversos seto-
propicia se efetuar a correção de algumas falhas e conse- res da organização, e perceba o acompanhamento como
quentemente a melhoria de desempenho dos avaliados. É fator de motivação, se sentindo valorizado, pela importân-
necessário que os avaliadores não se tornem juízes, e por cia que lhe confere e cuidados que lhe dispensa a organiza-
conseguinte atribuam julgamento nos processos de avalia- ção. O acompanhamento deve ser visto como uma neces-
ção de desempenho, pois isto constitui uma distorção. Os sidade contínua, se iniciando desde o processo de seleção,
objetivos da avaliação devem ser em busca da comparação treinamento e avaliação de desempenho.
do desempenho atual e a busca do desempenho proposto O aconselhamento é um processo que consiste em in-
ou ideal para a organização. formar à gestão de recursos humanos, e quando conve-
niente ao próprio indivíduo, a respeito de problemas que
Acompanhamento e aconselhamento possam estar exercendo influência negativa no desempe-
O homem contemporâneo, por uma série de razões nho do mesmo dentro da organização, sugerindo soluções
dele próprio, dos seus grupos sociais e do ambiente em adequadas a estes problemas, visando promover o ajusta-
que vive, tem apresentado, percentualmente, um aumento mento do indivíduo ao seu trabalho, seus companheiros e
daqueles estados conhecidos como de ansiedade e angús- enfim à organização. O meio de promover este processo é
tia. O mal-estar característico de tais estados tem levado através de contatos diretos com o indivíduo, procurando
o homem à procura da melhor maneira de resolvê-lo, mas identificar os problemas, quer através de visitas ao próprio
nem sempre se tem conseguido chegar a estratégias mais ambiente de trabalho, contatos com seus chefes imediatos
sadias. É bem por isso que grande número de pesquisas ou mesmo cuidadosa sondagem a outros companheiros,
feitas atestam por exemplo um significativo aumento per- a fim de averiguar possíveis causas de desajustamentos.
centual no consumo de álcool e de drogas, acompanhado Disso resultam algumas possíveis soluções: ao treinamen-
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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to específico, visando melhor adequá-lo às suas funções, - “conjunto de elementos unidos por alguma forma de
se o problema for deficiência funcional; realizar o aconse- interação ou interdependência;
lhamento direto, se a causa for desajuste no terreno só- - como uma combinação de partes, formando um todo
cio-familiar ou das relações humanas; encaminhá-lo para unitário;
uma avaliação médico-psicológica, se as causas parecerem - como um conjunto de materiais ou idéias entre as
patogênicas; transferí-lo para outro setor, visando melhor quais se possa encontrar uma relação;
adequação pessoal; etc. - como uma disposição das partes ou elementos de um
As entrevistas constituem o fundamento e o princípio todo, coordenados entre si e que funcionam como estru-
de todo o trabalho de um órgão de acompanhamento e tura organizada.
aconselhamento, através delas coligem-se dados, em que Qualquer conjunto de partes que se unam entre si
se basearão os especialistas para diagnosticar causas, pro- pode ser considerado um sistema desde que as relações
mover o aconselhamento e sugerir o acompanhamento. entre eles e o comportamento do todo seja o foco da aten-
Do binômio acompanhamento-aconselhamento, advém ção.
uma série de benefícios paralelos, como sendo, menor
índice de turn-over, menores despesas com treinamento,
menos conflitos nas relações humanas, maiores possibili-
dades de progresso, maior satisfação no trabalho e como 9. GESTÃO DE SERVIÇOS.
consequência principal, maior produtividade.
Essas providências todas quando tomadas, conseguem
motivar, ou seja, gera forças que conseguem impulsionar
o comportamento do indivíduo, no sentido da consecu- Com a evolução da sociedade pós-industrial, a admi-
ção de objetivos comuns entre o motivador e o motivado. nistração de serviços ganhou atenção das empresas por se
As forças motivadoras nascem de um estímulo que pode- apresentar como um grande diferencial competitivo. Em
rá ter origem externa, vir do ambiente onde o indivíduo tempos de qualidade total e eficiência operacional, nota-se
está inserido, ou poderá ter origem interna e ter origem uma semelhança muito grande entre os produtos, todos
nos processos cognitivos de raciocínio do indivíduo. Neste com certificado de qualidade padronizado, se os produtos
aspecto podemos afirmar que a motivação está relaciona- são tãosemelhantes, onde estará a vantagem competitiva
da com o sistema de cognição do indivíduo, podendo ser de uma empresa? A resposta para essa dúvida está na ad-
concluído que os elementos valorativos da motivação varia ministração de serviços.
de indivíduo para indivíduo. Mesmo assim, o processo que Gianesi (1994) destaca sete fatores que propiciam o
agiliza o comportamento das pessoas, obedece um mes- aumento da demanda por serviços:
mo padrão. Considerando que o comportamento huma- 1- Desejo de melhor qualidade de vida;
no não é expontâneo, isto é, ele não se origina do nada, 2- mais tempo de lazer;
conclui-se que as causas que dão origem a um determi- 3- a urbanização, tornando necessários alguns serviços
nado comportamento são: as influências externas do meio (como segurança, por exemplo);
ambiente, as influências internas de hereditariedade, juntas 4- mudanças demográficas que aumentam a quantida-
influem nos processos cognitivos; os impulsos de desejos de de crianças e/ ou idosos, os quais consomem maior varie-
ou de necessidades pessoais para onde o comportamento dade de serviços;
humano forma seus objetivos. O processo que movimenta 5- mudanças socioeconômicas como o aumento da par-
o comportamento das pessoas pode ser denominado de ticipação da mulher no trabalho remunerado e pressões so-
ciclo motivacional, que tem origem com o surgimento de bre o tempo pessoal;
uma necessidade, que consiste em uma energia impulsio- 6- aumento da sofisticação dos consumidores, levando a
nadora de um comportamento humano, que tem o objeti- necessidades mais amplas de serviços;
vo de tirar o indivíduo da condição estática de equilíbrio e 7- mudanças tecnológicas (como o avanço dos compu-
gerar um dinamismo denominado comportamento capaz tadores e das telecomunicações) que têm aumentado a qua-
de descarregar a energia que motivou o desequilíbrio, atra- lidade dos serviços, ou ainda criado serviços completamente
vés de um processo de satisfação de desejo, colocando-o novos.(Gianesi, 1994, p. 17)
novamente em equilíbrio. Ocorre que nem sempre o indiví-
duo consegue atingir o processo da satisfação de um dese- Os serviços possuem uma interatividade maior com os
jo, por motivos diversos que impossibilitam esta satisfação, clientes, enquanto os produtos localizam sua interatividade
denominados de barreiras que descarregam a energia em nas empresas. Por sua proximidade com os clientes, os ser-
forma de frustração e não permitem que o indivíduo re- viços hoje são considerados os maiores responsáveis pela
torne ao equilíbrio inicial, tornando-se necessário que uma conquista e fidelização dos clientes.
outra carga de energia impulsione outro comportamento Gianesi (1994) destaca três papéis dos serviços na in-
derivativo que satisfaça outro desejo, através de um pro- dústria: Diferencial competitivo; suporte às atividades de
cesso denominado compensação, para colocar o indivíduo manufatura; e geradores de lucro. O serviço agregado ao
num equilíbrio relativo. produto adiciona valor á oferta final, o que significa di-
Em síntese, após todas essas colocações, podemos de- ferencial competitivo para as empresas e seus produtos.
finir o conceito de Sistema de diversas maneiras a saber: As atividades de produção existem dentro de um sistema
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composto por subsistemas, vários desses subsistemas são Desde os tempos antigos, Aristóteles já dizia que:
compostos por serviços que dão suporte à atividade de
manufatura da empresa (administração financeira, admi- (...) devemos olhar para três ingredientes na comunica-
nistração de recursos humanos, etc.). Algumas empresas ção: quem fala, o discurso e a audiência. Ele quis dizer que
descobriram que seu verdadeiro foco está nos serviços, cada um destes elementos é necessário à Comunicação e
essas empresas usam de produtos para vender seus ser- que podemos organizar nosso estudo do processo sob estes
viços que geram a maior rentabilidade, ex.: Operadoras de três títulos: 1) a pessoa que fala; 2) o discurso que faz; 3) a
telefonia móvel. pessoa que ouve.
A gestão de serviços poder ser caracterizada pela pre-
sença e participação do cliente, produção e consumo si- É interessante notar que praticamente todos os mo-
multâneos (impossibilidade de estocar serviços) e intangi- delos atuais de processos comunicacionais são pareci-
bilidade. Gianesi (1994) classifica os processos de serviço dos com o de Aristóteles, sendo que o que mudou foi
como serviços profissionais (consultorias especializadas, a complexidade com que eles estão sendo abordados.
consultórios médicos, escritórios de advocacia), loja de As primeiras abordagens da Comunicação defendiam
serviços (restaurantes, agências de viagens, postos de ga- um processo comunicacional constituído por apenas qua-
solina) e serviços de massa (estádios de futebol, grandes tro elementos fundamentais: emissor, receptor, mensagem
hipermercados). e meio. Já as abordagens mais recentes da Comunicação,
O papel da administração de serviços em uma empre- defendem que o processo é desencadeado por oito ele-
sa de manufatura é de planejar propostas de serviços de mentos, são eles: objetivos, emissor, mensagem, meio, re-
forma a agregar valor aos produtos comercializados, obje- ceptor, significado, resposta e situação.
tivando a vantagem competitiva da empresa perante suas Todos os elementos do processo são interdependentes
concorrentes. Em empresas de serviços, seu papel passa a e devem seguir uma ordem, para que haja uma integração
tomar parte na estratégia da empresa, na produção e con- lógica entre esses elementos e o próprio processo comu-
trole da qualidade, satisfação e fidelização de seus serviços, nicacional.
garantindo o crescimento sustentando através da comer-
cialização constante dos serviços. A seguir, os componentes do processo serão especifica-
dos um a um:
Situação:
10. COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL. A situação pode ser considerada a circunstância na
qual as mensagens são passadas do emissor ao receptor.
“Todos os processos de Comunicação acontecem em de-
terminada situação, seja ela favorável ou desfavorável. A
Conduzir eficientemente processos de comunicação situação real que deve ser considerada, no processo de
interpessoal e trocar feedback de forma motivadora têm Comunicação, é aquela percebida e sentida pelo receptor
sido um grande desafio na liderança de equipes e grupos e não aquela vivida ou sentida pelo emissor”. Para que a
de trabalho em geral. transmissão da mensagem seja considerada eficaz, deve-se
Sendo assim, o profissional precisa aprender a admi- procurar a situação mais favorável, pois se o emissor pro-
nistrar: curar comunicar-se em uma situação desfavorável poderá
acontecer que o receptor não lhe dará a atenção devida e,
A correta utilização da comunicação verbal e consequentemente, não entenderá a mensagem que lhe
não verbal foi transmitida.
A comunicação como elemento de integração e
motivação na empresa Objetivos:
Competências técnicas e humanas Podem ser caracterizados como os estímulos que le-
Como o ouvinte percebe a sua comunicação vam o emissor a transmitir a mensagem. Como a Comu-
Gerenciamento de relações nicação é um processo de interação, na qual as pessoas
Resolução de conflitos integram-se umas com as outras, os objetivos podem ser
Como ouvir melhor: a arte de esclarecer e con- considerados como “os interesses” que levaram o emissor
firmar a interagir com o receptor. Alguns exemplos de objetivos:
Como especificar méritos e sugerir mudanças ouvir opiniões a respeito de algo ou dar um aviso sobre o
A importância de argumentar para os valores churrasco de fim do final de semana.
do outro Além dos objetivos serem um interesse que o emissor
tem em relação ao receptor, alguns autores lançam uma
Processo comunicacional: reflexão intrínseca de que os objetivos também devem
chamar a atenção de quem recebe a mensagem, porque
O processo comunicacional tem como maior objetivo senão o receptor não se sentirá atraído e também não verá
a interação humana, buscando o estabelecimento das rela- utilidade alguma na mensagem. Desta forma, para que o
ções e o entendimento entre os indivíduos. receptor perceba a utilidade da mensagem, o emissor deve
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conhecer as necessidades, os gostos, ações, pensamentos, ceptores; localização geográfica dos receptores; necessidade
crenças e valores de quem vai receber a mensagem, pois de formalizar a mensagem; necessidade de consultas poste-
só assim a Comunicação valerá a pena. É imprescindível a riores sobre a mensagem; complexidade do assunto tratado;
clareza dos objetivos, pois sem isso, o processo não ocorre facilidade de retenção da mensagem (lembrança)
eficazmente. Além disso, também se destaca que um único proces-
so pode utilizar mais de uma forma de Comunicação. Um
Emissor: exemplo de conteúdo e formas diferentes de se transmitir
É o agente do processo de Comunicação, ou seja, é a mensagem pode ser: demissão de um colaborador da
a pessoa que tem uma mensagem para comunicar. Ele é Organização (conteúdo) – comunicada por e-mail a todos
a fonte ou a origem do processo de Comunicação. Além os outros colaboradores (forma não verbal) ou na reunião
disso, é quem vai tomar a iniciativa de se comunicar e pelo gerente (forma verbal).
buscar a interação com as outras pessoas, a fim de al-
cançar o seu objetivo. Meio:
Para alcançar a eficácia da Comunicação o emissor tem Pode ser chamado, também, de canal ou veículo de
que ter como requisitos fundamentais: transmissão. Como a própria denominação já diz, o meio
• Habilidades: para que possa falar, ler, ouvir e ra- é o recurso utilizado pelo emissor para transmitir a mensa-
ciocinar; gem. O meio “é determinado pelos requisitos de forma da
• Atitudes: por influenciar o comportamento e por mensagem a ser transmitida e da resposta a ser obtida.” Ou
estarem relacionadas a ideias pré-concebidas, quanto a seja, o meio de Comunicação está associado à forma verbal
vários assuntos, as comunicações são influenciadas por de- ou não verbal de transmissão da
terminados tipos de atitudes que as pessoas tomam; mensagem, isso quer dizer que, dependendo das si-
• Conhecimento: a extensão e profundidade do co- tuações específicas de cada mensagem, o meio pode ser
nhecimento das pessoas sobre caracterizado de várias formas, desde a voz humana à tele-
• Um assunto pode restringir (se o assunto não é de visão e até pelo fax ou pelo e-mail.
conhecimento do emissor) ou ampliar (quando o receptor Vale ressaltar que não existe um meio ou uma forma
não compreende a mensagem que está sendo transmitida) melhor que o outro, existe, sim, um mais adequado, de
o campo comunicacional; acordo com as características da mensagem a ser transmi-
• Sistema sociocultural: a situação cultural em que o tida. “O requisito fundamental na escolha do meio é que
emissor se situa, com suas ele não provoque ruído” nas mensagens, pois o ruído é
• Crenças, valores e atitudes influencia o tempo uma interferência que prejudica a transmissão da mensa-
todo a sua função de comunicador. gem, comprometendo a recepção da mesma, ou seja, a
decodificação da mensagem pelo receptor. Para que haja
Um requisito significativo no contexto organizacio- um melhor entendimento do significado de ruído, vale a
nal é a representatividade do emissor, ou seja, a posição pena exemplificar: uma linha cruzada do telefone, um do-
hierárquica exercida pelo emissor, que é de fundamental cumento sujo ou borrado, alguém que fale muito baixo, um
importância para a credibilidade da mensagem a ser co- ambiente de trabalho desconfortável, etc.
municada.
Receptor:
Mensagem: É quem recebe a Comunicação, ou seja, é o foco da
É o que vai ser comunicado pelo emissor. Deve estar comunicação. É ele quem vai reagir ao estímulo promo-
adequada ao nível cultural, técnico e hierárquico do re- vido pelo emissor.
ceptor. É composta por conteúdo e forma. Sem o receptor, não há Comunicação, pois se o re-
O conteúdo representa o que será transmitido e de- ceptor não faz parte do processo, o emissor não tem para
pende dos objetivos do processo comunicacional. Não quem comunicar a sua mensagem e, consequentemente,
deve ser insuficiente ou excessivo, deve comunicar o es- não terá uma resposta.
sencial, frente aos objetivos a serem alcançados pelo emis- Sendo assim, pode-se dizer que todo o processo de
sor. O conteúdo também “deve ter uma sequencia lógica, Comunicação deve ser direcionado de acordo com as ca-
ou seja, um início (objetivos), um meio e um fim (con- racterísticas do receptor. A seguir algumas características
clusões).” A forma é a maneira pela qual a mensagem é que, assim como o emissor, o receptor necessita ter, para
transmitida. As formas básicas são as verbais e as não que a Comunicação seja eficaz:
verbais. As verbais podem ser orais e escritas (palavras,
letras, símbolos). Já as não verbais, podem ser gestuais (...)assim como o emissor foi limitado por suas habilida-
(mímicas, movimentos corporais), vocais (timbre de des, atitudes, conhecimento e sistema sociocultural, o recep-
voz e entonação) e espaciais (local físico e layout). tor é restringido da mesma maneira. Assim como o emissor
deve ter habilidades de escrever ou falar, o receptor deve ser
(...) não há uma forma melhor do que a outra. A escolha hábil em ler ou ouvir, e ambos devem ser capazes de racio-
da forma depende de um conjunto de fatores, dentre os quais cinar. O conhecimento, atitudes e formação cultural de al-
os mais relevantes são: rapidez requerida (na transmissão da guém influenciam a sua capacidade de receber, assim como
mensagem, na obtenção das respostas); quantidade de re- o fazem com a capacidade de enviar mensagens.
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Significado: • Ruídos
É a compreensão da mensagem, no seu sentido cor- • Sobrecarga de informações
reto. É o ‘entendimento comum’ da mensagem entre o • Tipos de informações
emissor e o receptor. Isto ocorre quando o emissor e o • Fonte de informações
receptor entendem da mesma forma a mensagem. • Localização Física
Portanto, quando o receptor interpreta a mensagem • Defensidade
da mesma forma que o emissor quis transmiti-la, pode-se
dizer que o receptor captou o significado da mensagem. Além desses, as barreiras são um conjunto de fatores
Quando a mensagem é transmitida pelo emissor, ela é que impedem ou dificultam a recepção da mensagem, no
codificada e quando é recebida pelo receptor, ela é decodi- processo comunicacional.
ficada. As codificações e decodificações são compostas por A seguir, serão abordadas as teorias da Sociologia e da
um conjunto de signos, utilizados pelas pessoas para re- Administração, em relação às barreiras, especificando-as:
presentar seus pensamentos, a realidade em que vivem etc.
Os signos devem expressar a mesma coisa para o emis- Abordagem sociológica
sor e para o receptor, As barreiras podem ser divididas em seis grupos:
ou seja, o significado que o objeto porta para o emis-
sor deve ser o mesmo que o do receptor. Caso isso não • Barreiras pessoais;
ocorra, a mensagem não será transmitida eficazmente, já • Barreiras sociais;
que a interpretação do receptor não é a correta ou a espe- • Barreiras fisiológicas;
rada pelo emissor. • Barreiras da personalidade;
Mas, mesmo que o significado seja o mesmo, para o • Barreiras da linguagem;
emissor e para o receptor, • Barreiras psicológicas.
não se pode dizer que as questões referentes ao pro-
cesso de Comunicação foram resolvidas, pois, “a com- Barreiras pessoais:
preensão, através da comunhão do significado, não quer
1. Nível de conhecimento: está ligada à profundidade
dizer, necessariamente, acordo. Posso compreender uma
de conhecimento que as pessoas têm e revelam, no de-
ideia, sem concordar com ela.” Portanto, não é apenas o
correr do processo comunicacional. Pode também ser atri-
entendimento do significado, por ambas as partes, que as-
buído pelas outras pessoas que fazem parte do processo,
segura a eficácia da Comunicação. Em relação a isso, pode-
por perceberem o conhecimento e o reconhecerem. “Este
mos dizer ainda que, “ainda que o significado comum não
aspecto pode conduzir à maior ou menor credibilidade ao
assegure sozinho, a eficácia do processo de Comunicação
como um todo, é um requisito fundamental para promover emissor e trazer-lhe um estatuto que pode marcar o de-
o entendimento.” sempenho do seu papel enquanto comunicador.” Algumas
pessoas, por conhecerem profundamente um assunto, não
Resposta: gostam ou se incomodam em conversar com alguém que
Pode ser chamada, também, de feedback ou compor- não tem o mesmo domínio do assunto e vice-versa.
tamento esperado, pois é 2. Aparência: a forma de se vestir e se cuidar pode deter-
a reação do receptor minar o jeito com que as pessoas se comunicarão umas com
à mensagem recebida. É o último objetivo do proces- as outras. Dias (2001) coloca que tanto as expectativas provo-
so, pois é o desejado pelo emissor, ao emitir uma mensa- cadas, como as primeiras impressões, são determinantes para
gem. um processo comunicacional eficaz. Por exemplo, um homem
A resposta pode ser considerada como a efetivação do de terno e gravata tem muito mais facilidade de receber aten-
recebimento da mensagem, determinando, ou não, o su- ção do que um homem de bermuda e tênis.
cesso da mesma. 3. Postura corporal: deve ser estabelecida de acordo
com o que se quer comunicar. Alguns teóricos da Socio-
É POR MEIO DA COMUNICAÇÃO ORAL QUE AS PES- logia dizem que a postura também deve ser adequada, de
SOAS PERSONIFICAM SEU SER acordo com o grupo com o qual se está comunicando.
4. Movimento corporal: certos movimentos podem ser
Comunicação é tornar algo comum, compartilhar, di- favoráveis ou não para um processo eficaz. Podemos citar
vidir, trocar... o livro “O corpo fala”, que aborda a questão de que o corpo
Enfim, é o processo de transmitir uma informação a também se comunica, as expressões corporais manifestam
outra pessoa, no entanto, o que caracteriza a comunicação a ansiedade, a atração, o nervosismo, a tristeza, etc.
é a compreensão e não o simplesmente informar. 5. Contato visual: a forma como as pessoas se olham
Daí a diferença de comunicação (que é a informação demonstra como uma está se sentindo em relação à ou-
sendo transmitida) e comunicabilidade (que é o ato comu- tra, além de informar o grau de atenção que está sendo
nicativo otimizado) dirigida à pessoa que está falando. O direcionamento, o
tempo, o contexto, a oportunidade, a intensidade, o status
Barreiras à comunicação eficaz – alguns elementos de quem olha ou de quem é olhado, impõem um quadro
prejudicam a transmissão e a compreensão da comunica- interpretativo que cada cultura se encarrega de transmitir
ção, entre eles podemos citar: aos seus membros pelo processo de socialização.”
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6. Expressão facial: é determinante, pois é uma forma a sua opinião e conversa com a outra pessoa como se não
de demonstrar o interesse das pessoas pela mensagem tivesse uma opinião bem formada a respeito do assunto.
que está sendo transmitida. 4. Geografite: está relacionada com as atitudes das
7. Fluência: a articulação das palavras, a modulação pessoas que se comovem mais com os “mapas” do que
(intensidade dos sons), o ritmo e o timbre da voz fazem com os “territórios”. Mapas são os sentimentos, imagina-
diferença, em termos da maneira como são utilizados para ções, palpites, hipóteses, pressentimentos, preconceitos,
a eficácia da transmissão da mensagem. inferências, etc. Já os territórios são os objetos, as pessoas,
as coisas, os acontecimentos, etc. Isso é relevado, devido
Barreiras sociais: ao fato de que, atualmente, as pessoas têm se envolvido,
1. Educação: os princípios e valores adquiridos pelos constantemente, com quaisquer tipos de sugestionabilida-
indivíduos também fazem des, tornando-se exageradamente crédulas ou pela forma
parte do processo comunicacional. como as pessoas vêm distorcendo a realidade, como por
2. Cultura: a Comunicação, como já foi visto, muda de exemplo, através dos horóscopos, das coisas sobrenaturais,
cultura para cultura. Por conseguinte, se as pessoas têm das profecias, etc. Essas questões, ocasionam uma certa
culturas muito distintas, a Comunicação ficará prejudicada. falta de civilização, ou seja, falta de equilíbrio racional para
3. Crenças, normas sociais e dogmas religiosos: assim lidar com os acontecimentos e com as coisas e pessoas.
como em relação à cultura, se as pessoas que estão se co- 5. Tendência à complicação: essa é uma das barreiras
municando divergem com muita intensidade nessas ques- mais comuns, pois está concebida no fato de que as pes-
tões, os processos comunicacionais serão prejudicados ou soas têm o hábito de restringir e complicar coisas e acon-
a mensagem não será transmitida adequadamente. tecimentos simples, o tempo todo, até mesmo quando se
trata de sistematização e pensamento lógico.
Barreiras fisiológicas:
As deficiências do aparelho fonoaudiológico e do apa- Abordagem da Administração
relho visual criam dificuldades na Comunicação. As barreiras mais destacadas neste campo de estudos
são:
Barreiras da personalidade: 1. Falta de comunicação: “é um dos problemas mais
1. Autossuficiência: ocorre quando a pessoa acha que frequentes nas empresas e que gera as consequências mais
sabe tudo, ou seja, a pessoa acha que o que ela sabe e co- graves.” Pode ser causada por: interpretações distorcidas
nhece é o suficiente. Esta barreira ocorre de duas maneiras: dos fatos; falta de adesão a uma decisão e às mudanças;
‘julgamento do todo pela parte’ – acontece quando a pes- desmotivação das pessoas pela não participação e pelo
soa julga outras pessoas e/ou coisas pelo que ela conhece; desconhecimento do que se passa na Organização; confli-
intolerância, acontece quando a pessoa não aceita o ponto tos entre pessoas e departamentos, etc.
de vista das outras pessoas, pois ele julga que o único pon- 2. Falta de clareza de objetivos: ocorre quando a men-
to de vista correto é o seu próprio. sagem não tem conteúdo e forma bem definidos. Exemplo:
2. Congelamento das avaliações: acontece quando a uma reunião em que ninguém consegue entender o por-
pessoa acredita que as pessoas e as coisas não mudam, ou quê de estar acontecendo.
seja, quando a pessoa supõe que as circunstâncias sempre 3. Texto fora do contexto: quando a comunicação é fei-
serão as mesmas, independente das mudanças que surgi- ta, apenas, sobre um determinado acontecimento, sem di-
rem com as pessoas e coisas. Fazem parte dessas avalia- zer o contexto no qual ele está inserido. Acontece quando
ções os preconceitos e a insegurança que as pessoas têm uma decisão é simplesmente comunicada, sem que se ex-
frente a algumas situações e frente às outras pessoas pliquem os porquês e motivos em questão.
3. Comportamento Humano – aspectos objetivos e 4. Filtragem: ocorre quando o emissor manipula a
subjetivos: está no conflito personalidade subjetiva (inte- mensagem, de acordo com os seus objetivos e interesses,
rior de cada pessoa ou as opiniões próprias) X personalida- de forma que a mensagem favoreça o seu ponto de vista
de objetiva (o que é exteriorizado para as outras pessoas ou o que ele deseja que o receptor decodifique.
ou a realidade concreta). Quando se diz personalidade, 5. Percepção seletiva: o emissor vê e ouve, apenas, ou
toma-se como princípio a caracterização da personalida- mais acuradamente aquilo que lhe interessa, ou seja, faz
de por processos comportamentais, que são estabelecidos uma seleção das mensagens relacionadas com suas ne-
pela interação das reações individuais com o meio social. cessidades, motivações, referências, etc. As pessoas “não
“A Comunicação Humana baseia-se na concepção da per- veem a realidade; em vez disso, interpretam o que veem e
sonalidade projetiva, na evidência de que na sociedade chamam de realidade.” Pode ser prejudicial, à medida que
humana, o homem precisa ‘vender’ a sua personalidade.” a pessoa tende a perceber só aquilo que lhe convém e isso
Para tanto, ele precisa torná-la socialmente aceitável, e aí não permite uma percepção neutra dos acontecimentos,
está o conflito, pois a pessoa tem que estar o tempo todo coisas e pessoas.
tornando a sua personalidade vendível, para que o outro 6. Defensiva: “Quando as pessoas se sentem amea-
possa aceitar se comunicar com ela. Exemplificando, ocor- çadas, geralmente respondem de forma que atrapalha
re quando alguém tem uma determinada opinião negativa a Comunicação.” A partir do momento em que a pessoa
sobre o aborto, mas ao conversar com alguém que acabou se sente ameaçada, ela não consegue decodificar e nem
de conhecer e que é a favor do aborto, deixa de expressar transmitir as mensagens com eficácia.
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7. Uso inadequado dos meios: como já foi falado an- O tempo todo as pessoas fazem inferências. Quando leem
teriormente, não existe um meio mais adequado para ser um jornal, por exemplo, inferem o que realmente ocorreu.
utilizado na transmissão de diferentes tipos de mensagem, O problema desta barreira está no fato das pessoas to-
sendo que o que vai determinar se o meio é o mais adequa- marem sempre como lei as inferências e não se utilizarem
do, ou não, é a situação específica de cada mensagem. A mais de observações.
Comunicação Oral tem a tendência de aumentar a eficácia
da Comunicação, quando bem utilizada, pois proporciona 2. Descuidos nas palavras abstratas:
uma resposta imediata, além de estimular o pensamento “Atrás de uma palavra nem sempre está uma coisa. Pa-
do receptor, no momento em que a mensagem está sendo lavras não são coisas; são representações de coisas, quase
transmitida e por dar um toque mais pessoal à mensagem sempre específicas, e por isso, difíceis de serem transmiti-
e ao processo como um todo. Deve ser mais usada, quando das, com fidelidade, de uma cabeça para outra.” E como as
se quer comunicar mensagens mais complexas e difíceis de palavras abstratas fazem parte do repertório específico de
serem transmitidas. Já a comunicação escrita, tem a ten- cada um, fica difícil um processo comunicativo eficaz, sem
dência de ser mal entendida, porque quem escreveu pode uma pré-definição dessas palavras, já que elas possibilitam
não ter sido suficientemente claro ou não ter expressado o muitos equívocos.
que queria corretamente.
8. Linguagem: pode ser considerada uma das barreiras 3. Desencontros:
mais comuns, pois ocorre o tempo todo, no dia-a-dia das Esta barreira pode ser caracterizada como a diferença de
pessoas, em uma Organização. Como as pessoas tendem a percepção de cada indivíduo, ou seja, a subjetividade de cada
achar que os significados que as palavras têm para elas são um. Uma determinada palavra, para um indivíduo, tem um
os mesmos significados que outras pessoas atribuem, uma significado A; já para outro indivíduo, a mesma palavra tem
barreira acaba surgindo no processo. um significado B, e isso ocorrerá com todos os indivíduos,
9. Efeito status: A hierarquia dentro das organizações pois ninguém percebe as coisas da mesma forma, cada um
pode criar barreiras nas comunicações. Esta barreira está tem a sua forma de perceber e significar as coisas, palavras,
ligada a outra barreira, a filtragem, que já foi citada ante- etc. Caso não aconteça um consenso e/ou esclarecimento
das questões a serem comunicadas, o processo ficará com-
riormente. Quando os colaboradores têm que comunicar
prometido e cheio de equívocos de compreensão.
algo aos gerentes das Organizações, eles tendem a filtrar a
mensagem, de forma que ela seja transmitida e decodifica-
4. Indiscriminação:
da, no intuito de agradar os gerentes.
Ocorre quando há uma rotulação das coisas, pessoas
10. Impertinência da mensagem: quando as mensagens
e acontecimentos, onde a percepção está focada, apenas,
são transmitidas em momentos inoportunos e desagradá-
nas semelhanças ou em alguns padrões (ou clichês) criados
veis, o processo se prejudica pela inadequação da situação por cada indivíduo, não havendo um discernimento entre
escolhida. as diferenças. Em relação à indiscriminação, a Comunicação
Humana é prejudicada por alguns fatores, são eles: abuso
Barreiras da linguagem: dos ditados populares e a crença de que “a voz do povo é
a voz de Deus.”
1. Confusões entre:
5. Polarização:
a. Fatos X Opiniões: As pessoas estão o tempo todo “Há polarização quando tratamos os contrários como
se referindo a fatos, como se estivessem emitindo opiniões se fossem contraditórios. Polarização é a tendência a re-
e vice-versa. “Fato é acontecimento; é coisa ou ação feita. conhecer apenas os extremos, negligenciando as posições
Opinião é modo de ver, é conjectura”. Pode-se dizer que intermediárias.” O processo comunicacional fica bastante
uma das coisas mais ameaçadoras do processo comunica- prejudicado, quando os pontos de vistas são extremistas,
cional é a transformação de uma opinião em fato, pois, a pois dificilmente encontra-se um meio termo, sem causar
partir do momento em que a pessoa se convence de que grandes discussões ou fugir aos objetivos do processo.
sua suposição realmente aconteceu, ela perde a noção dos
verdadeiros acontecimentos e divulga para outras pessoas 6. Falsa identidade baseada em palavras:
as suas opiniões sobre os fatos, como sendo os próprios Acontece quando uma pessoa percebe coisas em co-
acontecimentos, causando distorções na realidade. Exem- mum entre duas ou mais coisas e conclui que essas coisas
plificando: o gerente de departamento chegou duas horas são idênticas. Um exemplo claro disso é: os cariocas são
atrasado no trabalho (fato). Patrícia diz que foi porque ele flamenguistas. Camila é flamenguista. Por conseguinte, Ca-
acordou atrasado; já Fabíola diz que foi por razão de algum mila é carioca. A palavra tem uma força fora do comum,
problema pessoal (opiniões). podendo beneficiar ou prejudicar alguém por meio dessas
b. Inferências X Observações: trata-se de conside- conclusões das semelhanças entre as coisas.
rar as inferências como observações e vice-versa. Inferir é
deduzir e observar é prestar atenção, olhar algo que está 7. Polissemia:
acontecendo. “As inferências são menos prováveis do que É a reunião de vários sentidos em apenas uma pala-
as observações; (...) as inferências nos oferecem certezas vra. Cada um tem um repertório de palavras e significa-
relativas; as observações nos oferecem certezas absolutas.” dos e uma mesma palavra pode ter vários significados
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para um mesmo indivíduo. Então, já que o processo co- - manual;
municacional precisa de no mínimo duas pessoas para - revista;
acontecer, pode-se imaginar o quão complexo é a Co- - jornal;
municação entre diversas pessoas. - boletim;
“A palavra é a maneira de traduzir ideias ou pensa- - quadro de aviso.
mentos.” Portanto, cada indivíduo tende a transmitir as Com o desenvolvimento dos meios de comunicação,
mensagens “carregadas” de palavras com suas percepções figuram novos métodos efetivos para desenvolvê-la, tais
das coisas. Essa barreira está lado a lado com a barreira de como:
desencontros, pois as duas abordam as diferenças de per- - intranet;
cepções de cada indivíduo. - correio eletrônico;
Tem uma palavra que serve de exemplo desta barreira, - comunicação face a face;
qual seja: abacaxi pode ser uma fruta ou um problema, que - telão.
para ser resolvido, dá muito trabalho. Em linhas gerais, torna-se necessário que o profissional
exercite tanto a linguagem verbal como a linguagem não
8. Barreiras verbais: verbal, que forçam o tempo todo as habilidades de comu-
São aquelas provocadas por palavras e expressões cau- nicação.
sadoras de antagonismos, ou seja, são as causadoras de Alguns itens são vitais na linguagem não verbal e de-
oposições de ideias. vem ser compreendidos para a sua melhor utilização:
- gestos;
Como melhorar a comunicação interpessoal - postura;
• Habilidades de transmissão - movimentos do corpo;
• Linguagem apropriada - tom da voz e velocidade da fala;
• Informações claras - movimentação entre receptor /emissor.
• Canais múltiplos A linguagem não verbal é considerada vital para o pro-
• Comunicação face a face sempre que possível cesso de comunicação, tendo em vista que esta não ocorre
É notório que problemas de comunicação são de difícil apenas por meio de palavras, sendo um processo muito
intervenção e por isso demandam do emissor um enorme mais complexo do que se imagina.
cuidado ao transmitir a mensagem necessária de forma No momento da comunicação é necessário decodificar
clara e objetiva. as mensagens não verbais, pois quando isso não ocorre
Existem três fontes de sinais de comunicação e cada estima-se que há uma perda de 65% do que é comunicado.
uma representa um percentual deste processo: No momento em que o profissional domina as mensa-
- comunicação verbal: palavras expressas 7% gens não verbais, ele passa a conduzir o processo de co-
- comunicação vocal: entonação, o tom e timbre de voz municação de forma eficaz e consegue atingir os objetivos
38% propostos.
- expressão facial e corporal 55% Em suma, é necessário para o profissional aprenda a
utilizar sinais não verbais no processo de comunicação,
A falta de comunicação adequada pode gerar proble- bem como dominar a linguagem verbal. Na ausência des-
mas de diversos tipos e com consequências variadas, entre tas habilidades, existirá um desnível significativo no pro-
as quais podemos citar: cesso de comunicação entre emissor /receptor.
- confusão entre os envolvidos;
- perda na prestação do serviço ou na confecção do Eficácia na Comunicação:
produto; Comunicar-se eficazmente é proporcionar transforma-
- comprometer a imagem da empresa; ção e mudança na atitude das pessoas. Se a comunicação
- desmotivação; apenas muda as ideias das pessoas, mas não muda suas
- retrabalho; atitudes, então a comunicação não atingiu seu resultado.
- falta de procedimentos e ordens claras; Ela não foi eficaz.
- insatisfação de uma forma geral. A clareza e a certeza de que se foi entendido, repre-
Um princípio fundamental para a boa comunicação é a sentam um dos pilares de um projeto bem sucedido e essa
disposição e a sabedoria em ouvir. sempre foi uma das principais preocupações de todas as
Toda a eficácia do processo depende, essencialmente, empresas. Varias são as vezes que apenas informamos e
de saber ouvir e entender a mensagem que foi transmitida não formamos a ideia do que queremos que a outra parte
inicialmente, para então começar um processo de comu- faça.
nicação. Existem algumas ferramentas e regras que ajudam na
conscientização sobre o próprio nível de comunicação.
Formas de comunicação: Abaixo, o “Modelo de Quatro Elementos”, comprovado
A comunicação vem sofrendo evoluções ao longo do e aplicado por Philip Walser, como uma das ferramentas
tempo, assim como todo o processo que sofra influência das quais podemos dispor.
do mundo globalizado. As formas mais tradicionais de co- Os quatro elementos são: “Framing” – “Advocating” –
municação englobam: “Inquiring” –“Illustrating”:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Framing: é definir o tema a ser abordado durante A importância da Autoimagem.
uma conversa logo no começo. Pode ser necessário redefi- A autoimagem de alguém é quem ele é. É o centro do
nir o tema durante o andamento (“Re-framing”), mas deve- seu universo, seu quadro referencial, sua realidade pessoal,
-se evitar que a conversa vá para lugares distantes que não o seu ponto de vista particular. É um visor através do qual
têm nada a ver com o assunto. ele percebe, ouve, avalie a compreende todas as coisas. É o
Advocating: é explicar o seu próprio ponto de vista seu filtro individual do mundo que o cerca.
de forma clara e objetiva, não deixando de lado os porquês A autoimagem de uma pessoa afeta sua maneira de se
deste ponto de vista, ou seja, não engolir sapos, mas mencio- comunicar com os outros. Um autoconceito forte, positivo,
nar os valores que são à base deste seu ponto de vista. é necessário para haver interações hígidas e satisfatórias.
Inquiring: até mais importante do que esclarecer Por outro lado, uma autoimagem fraca, inferior, frequen-
o seu, é importante entender o ponto de vista do outro. temente distorce a percepção do indivíduo relativamente
Isto se faz através de perguntas benevolentes que não tem a como os outros o veem, o que gera sentimentos de inse-
o objetivo de interrogar. gurança no seu relacionamento interpessoal. Alguém que
Illustrating: é resumir os diversos pontos de vista, tenha a seu próprio respeito uma impressão negativa po-
procurar pontos em comum, colocar assuntos polêmicos derá encontrar dificuldades em conversar com outros, em
na mesa, visando uma solução sendo flexível e contando admitir que esteja errado, em expressar seus sentimentos,
com a flexibilidade do outro, diminuir complexidade para em aceitar críticas construtivas que lhe forem feitas ou em
focar o que realmente está no centro da conversa. apresentar ideias diferentes das dos outros. Sua inseguran-
ça o leva a temer que os outros deixem de apreciá-lo se
Observar, ouvir e dar importância para o outro é de- discordar deles.
terminante para a eficácia da comunicação. Pelo fato de sentir-se desvalorizado, inadequado e in-
De qualquer forma, a comunicação começa pelos sen- ferior ele não tem confiança e pensa que suas ideias não
tidos (visão, audição, tato, olfação e gustação). Uma ma- interessam aos outros e que não vale a pena comunica-las.
neira prática de identificar a forma como uma pessoa está Ele pode tornar-se arredio e defensivo em sua comunica-
pensando é prestar atenção às palavras que ela utiliza, pois ção, renegando suas próprias ideias.
nossa linguagem está repleta de sinais, gestos, posturas e
palavras baseados nos sentidos. Observar, ouvir e dar im- Formação da Autoimagem.
portância para o outro é determinante para a eficácia da Da mesma forma que o autoconceito de alguém afeta
comunicação. sua capacidade de se comunicar, a comunicação que tra-
É preciso abandonar a ilusão de que há solução fácil ou va com outros modela também sua autoimagem. Uma vez
improvisada na construção de métricas que avaliem nosso que o homem é, antes de tudo, um animal social, ele forma
trabalho. Não se deve supor que a outra parte entendeu, os mais relevantes conceitos acerca do seu próprio eu a
ou julgar que já deveria entender a mensagem. O que deve partir de suas experiências com outros seres humanos.
ser feito para que a comunicação seja adequada, é investi- Os indivíduos aprendem a se reconhecer pela maneira
gar se a outra parte compreendeu a mensagem. como são tratados pelas pessoas importantes de sua vida –
pessoas estas às vezes denominadas “os outros significati-
COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL EFICAZ: CINCO vos”. Mediante a comunicação verbal e não verbal com es-
ELEMENTOS CRÍTICOS ses outros significativos, cada um passa a reconhecer se é
apreciado ou não, se é aceito ou rejeitado, se é merecedor
Há cinco componentes que distinguem claramente de respeito ou desdém, se é um sucesso ou um fracasso.
os bons dos maus comunicadores. Tais componentes são Para que um indivíduo venha a ter uma sólida autoima-
Autoimagem, Saber Ouvir, Clareza de Expressão, Ca- gem ele precisa de amor, respeito e aceitação dos outros
pacidade para lidar com sentimentos de contrariedade significativos de sua vida.
(irritação) e autoabertura. O autoconceito, portanto, constitui um fator crítico
para que alguém seja um comunicador eficaz. Em essência,
AUTOIMAGEM (ou autoconceito) a autoimagem de um indivíduo é delineada por aqueles
O fator isolado mais importante que afeta a comuni- que o tiverem amado ou pelos que não o tiverem amado.
cação entre pessoas é a sua autoimagem: a imagem que
têm de si mesmas e das situações que vivenciam. Enquan- SABER OUVIR
to as situações podem variar em função do momento ou Toda a aprendizagem relativa à comunicação tem foca-
do lugar, as crenças que as pessoas possuem acerca de si lizado as habilidades de expressão oral e de persuasão; até
próprias estão sempre determinando seus comportamen- a bem pouco tempo dava-se pouca atenção à capacidade
tos na comunicação. O “eu” é a estrela em todo ato de de ouvir. Esta ênfase exagerada dirigida para a habilidade
comunicação. de expressão levou a maioria das pessoas a subestimarem
Cada um tem, literalmente, milhares de conceitos a a importância da capacidade de ouvir em suas atividades
respeito de si mesmo: quem é, o que significa, onde existe, diárias de comunicação.
o que faz e não faz, o que valoriza, no que acredita. Estas O ouvir, naturalmente, é algo muito mais intrincado
autopercepções variam em clareza, precisão e importância e complicado do que o processo físico da audição, ou de
de pessoa para pessoa. escutar. A audição se dá através do ouvido, enquanto que
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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o ouvir implica num processo intelectual e emocional que Para se chegar a resultados objetivos planejados – des-
integra dados (inputs) físicos, emocionais e intelectuais de a execução da rotina diária de trabalho, até a comunhão
na busca de significados e de compreensão. O ouvir efi- mais profunda com alguém – as pessoas precisam ter um
caz ocorre quando o “destinatário” é capaz de discernir e meio de se comunicarem satisfatoriamente.
compreender o significado da mensagem do remetente. O
objetivo da comunicação só assim é atingido. CAPACIDADE PARA LIDAR COM SENTIMENTOS DE
O “Terceiro Ouvido”: Reik refere-se ao processo de CONTRARIEDADE (irritação)
ouvir eficazmente como sendo “ouvir com o terceiro ouvi- A incapacidade de alguém para lidar com manifesta-
do”. O ouvinte eficaz escuta não só as palavras em si como ções de irritação e contrariedade resulta, com frequência
também seus significados subjacentes. Seu terceiro ouvido, em curtos-circuitos na comunicação.
diz Reik, ouve aquilo que é dito entre as sentenças e sem Expressão. A exteriorização das emoções é importan-
palavras, aquilo que se expressa silenciosamente, o que o te para construir bons relacionamentos com os outros. As
emissor fala e pensa. pessoas precisam expressar seus sentimentos de tal modo
Logicamente, o ouvir com eficácia não é um processo que elas influenciem, remodelem e modifiquem a si pró-
passivo. Ele desempenha um papel ativo na comunicação. prias e aos outros. Elas precisam aprender a expressar sen-
O ouvinte eficaz interage com o interlocutor no sentido de timentos de ira de forma construtiva e não destrutivamen-
desenvolver os significados e chegar à compreensão. te. As seguintes orientações podem ser úteis:
Diversos princípios podem servir de auxílio para o apri-
moramento das habilidades essenciais para saber ouvir: 1. Esteja alerta para suas emoções;
1. O ouvinte deve ter uma razão ou propósito de ouvir; 2. Admita suas emoções. Não as ignore ou renegue;
2. É importante que, inicialmente, o ouvinte suspenda 3. Seja dono de suas emoções. Assuma responsabilida-
julgamentos; de por aquilo que fizer;
3. O ouvinte deve resistir a distrações – barulhos, pes- 4. Investigue suas emoções. Não procure “vencer” uma
soas, olhares – e focalizar o interlocutor; discussão na base do revide, ou de “dar o troco”;
4. O ouvinte deve esperar antes de responder ao seu 5. Relate suas emoções. A comunicação congruente
significa uma combinação satisfatória entre o que você
interlocutor. As respostas imediatas reduzem a eficácia do
está dizendo e aquilo que está vivenciando;
ouvir;
6. Integre suas emoções, o seu intelecto e a sua von-
5. O ouvinte deve repetir palavra por palavra aquilo
tade. Dê uma oportunidade a você mesmo de aprender e
que o interlocutor está dizendo;
crescer como pessoa. As emoções não podem ser repri-
6. O ouvinte deve recolocar em suas próprias palavras
midas. Elas devem ser identificadas, observadas, relatadas
o conteúdo e o sentimento daquilo que o outro está dizen-
e integradas. Aí então as pessoas podem fazer instintiva-
do, para que o interlocutor confirme se a mensagem que mente os ajustamentos necessários, à luz de seus próprios
transmitiu foi realmente recebida; conceitos de crescimento. Eles podem acompanhar a vida
7. O ouvinte deve buscar os temas, os pontos centrais e mudar com ela.
daquilo que o interlocutor está dizendo, ouvindo “através”
das palavras para atingir sua real significação; AUTOABERTURA
8. O ouvinte deve utilizar o tempo diferencial entre a A capacidade de falar total e francamente a respeito de
velocidade do pensamento (400 a 500 palavras por minuto) si mesmo – é necessária à comunicação eficaz. O indivíduo
para “refletir” sobre o conteúdo e “buscar” o seu significa- não pode se comunicar com outro ou chegar a conhecê-lo
do; a menos que se esforce pela auto abertura.
9. O ouvinte deve estar pronto para reagir aos comen-
tários do interlocutor. A capacidade de alguém para se auto revelar é um sin-
toma de personalidade sadia.
CLAREZA DE EXPRESSÃO
Ouvir eficazmente é uma habilidade necessária e ne- Pode-se dizer que um indivíduo compreenderá tanto a
gligenciada na comunicação, porém muitas pessoas con- respeito de si próprio quanto ele estiver disposto a comu-
sideram igualmente difícil dizer aquilo que querem dizer nicar a outra pessoa.
ou expressar aquilo que sentem. É que com frequência elas
presumem simplesmente que o outro compreende a sua Obstáculos à auto revelação. Para que se conheçam a si
mensagem, mesmo que sejam descuidadas ou confusas próprias e para que consigam relações interpessoais satis-
em sua fala. Parecem achar que as pessoas deveriam ser fatórias, as pessoas precisam revelar-se aos outros. Ainda
capazes de ler as mentes uns dos outros: “Se está claro assim, a auto revelação é obstruída por muitos.
para mim, deve estar claro para você também”. Esta supo-
sição é uma das maiores barreiras ao êxito da comunicação A comunicação eficaz, então, tem por base estes cin-
humana. O comunicador deficiente deixa que o ouvinte co componentes: uma autoimagem adequada; capacidade
adivinhe o que ele quer dizer, partindo da premissa de que de ser bom ouvinte; habilidade de expressar claramente os
está, de fato, comunicando. Por sua vez, o ouvinte age de próprios pensamentos e ideias; capacidade de lidar com
acordo com suas adivinhações. O resultado óbvio disto é emoções, tais como a ira, de maneira funcional e a disposi-
um mal entendido recíproco. ção para se expor, para se revelar aos outros.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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A qualidade do ambiente de trabalho, fator essencial
11. AMBIENTE ORGANIZACIONAL. para causar boa impressão, está relacionada à qualidade
no atendimento presencial. É importante que os interlo-
cutores sintam-se bem acolhidos, possam sentar-se, no
caso de uma interação mais demorada, possam colocar-se
Um ambiente limpo e organizado é agradável e cau- diante de uma mesa bem arrumada, que indique eficiên-
sa sensação de bem-estar. Outros requisitos importantes cia e eficácia daqueles que ali trabalham. A qualidade do
estão relacionados a dimensões e adequação do local, ilu- ambiente de trabalho é um fator que transmite segurança
minação, ventilação, conforto térmico e acústico. Muitas ao interlocutor e consolida uma imagem positiva da orga-
organizações que vestiram a “camisa do usuário”, além da nização.
atenção dispensada aos aspectos estéticos, estão buscan- Outra característica para observarmos sobre o am-
do eliminar fatores ligados ao ambiente de trabalho que biente de trabalho é a do aspecto comportamental, e não
possam causar danos à saúde. Entre eles, estão: apenas físico, e atualmente as organizações tem tido um
₋ poluição visual – o excesso de material visual (carta- pouco mais de flexibilidade para com algumas regras, com
zes, fotos, entre outros) ou a desordem dos objetos dis- a finalidade de fazer com que os profissionais sintam-se
poníveis no ambiente (mobiliário e equipamentos) podem mais a vontade, que o aspecto emocional também seja
causar desconforto visual; pontuado e, consequentemente, os resultados sejam mais
₋ poluição sonora – barulhos são inadequados ao am- positivos. É óbvio que para essas sugestões abaixo elen-
biente de trabalho, uma vez que a exposição contínua a cadas, é necessário um alto comprometimento e nível de
grandes ruídos pode causar sérios prejuízos ao ser huma- responsabilidade dos profissionais, para que a “liberdade”
no, tais como nervosismo, fadiga mental, distúrbios audi- adquirida não passe dos limites aceitáveis. Vamos então ver
tivos. algumas medidas atualmente adotadas que podem pro-
porcionar um melhor ambiente de trabalho:
Disposição do mobiliário e equipamentos
Espaços de descontração – No mundo empresarial,
A aparência de qualquer ambiente chama a atenção
grandes nomes como a Google ou a Facebook optaram
quanto a aspectos como iluminação, ventilação, mobiliá-
por ter ambientes de trabalho descontraídos e oferecer aos
rio, equipamentos, layout. Segundo especialistas, a ilumi-
funcionários espaços ou atividades de diversão de que po-
nação adequada causa bem-estar físico e emocional aos
dem usufruir durante o horário de trabalho.
indivíduos, e a boa ventilação diminui os níveis de agentes
Espaço de refeição - Por que não ter, no próprio es-
nocivos à saúde.
critório, um espaço de refeição com mesa e microondas
Em linhas gerais, a disposição do mobiliário e dos equi-
– uma espécie de copa? Além de se poupar dinheiro ao
pamentos deve obedecer a dois princípios básicos.
O primeiro diz respeito à otimização do espaço, de for- trazer almoço de casa ainda se fomenta um bom ambien-
ma a acomodar bem as pessoas, permitir fácil acesso ao te de trabalho. As pessoas têm a possibilidade de passar
material de trabalho e facilitar a circulação no ambiente. algum tempo juntas e conversar sobre outras coisas além
O segundo está relacionado ao local reservado ao do trabalho.
atendimento do usuário. O ideal é deixá-lo livre de ruídos Horários flexíveis – algumas empresas acreditam que
que possam interferir na qualidade dos serviços prestados. o que importa é criar resultados, mostrar tarefas feitas e
Deve-se considerar, ainda, que a decoração de um disponibilidade para o produto e para a sua melhoria. Por
ambiente, por mais sofisticada ou planejada que seja, não isso, é cada colaborador que decide o horário de trabalho
agrada a todos. Por outro lado, o conhecido preceito “gos- que faz. Algumas pessoas podem chegar mais cedo, outras
to não se discute” está perdendo força na atualidade, e a mais tarde. E, se precisarem sair mais cedo num dia, podem
assessoria de especialistas no assunto pode ajudar a resol- compensar noutro. É claro que essa possibilidade depende
ver questões dessa natureza. das características de cada segmento.
Gestão de horário - Por vezes, são necessárias pau-
Composição de ambientes sas, tirar a cabeça dos problemas e do stress e isso pode
significar que algum tempo do dia de trabalho seja gasto
Composição de ambientes é a organização dos ele- em pausas.
mentos (móveis, cortinas, acabamentos etc.) que compõem Liberdade de sair do escritório - A qualquer momen-
o espaço (ambiente), de modo a oferecer ao observador to do dia, cada funcionário tem a liberdade de sair do escri-
um estímulo harmonioso e equilibrado. tório e ir tomar café, lanchar ou simplesmente espairecer.
É da responsabilidade de cada um perceber quando pode
A harmonia e o equilíbrio do ambiente são consegui- ou não pode fazê-lo.
dos pela correta disposição dos elementos decorativos, de O dia da fruta - Ter uma peça de fruta para comer a
modo que o peso visual de cada um seja equivalente ao meio da manhã ou para complementar uma refeição é um
espaço em que está inserido. Tanto a dimensão do elemen- mimo que se pode dar aos funcionários. Acaba por não tra-
to que compõe o espaço quanto sua forma, cor, textura e zer grande despesa à empresa e ajuda a melhorar o estado
outras variáveis influenciam o peso visual do ambiente. de espírito de todos. Mente sã.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Saídas em equipe - Regularmente, talvez uma vez por Na verdade, a administração é todo conjunto de pro-
mês, espontaneamente, a equipa pode ir toda junta almo- cedimentos que consome recursos, que requer organiza-
çar fora. Pode ser sushi, hambúrgueres, pregos ou france- ção dos recursos, planejamento de alocação e avaliação
sinhas, ou só tomar um café ou comer uma fatia de bolo; o dos resultados obtidos com esses recursos.
que importa é que todos possam ir juntos. As organizações trabalham com determinados recur-
Roupa informal - Passa a ser um dia por semana em sos disponíveis e a partir disso, deve estabelecer e avaliar
que os funcionários podem ir mais descontraídos para o se os recursos estão alinhados aos objetivos e estratégias,
trabalho. se os recursos serão de grande valia para obter objetivos,
Kit de boas-vindas - No primeiro dia de trabalho de se os recursos estão ao alcance da empresa e se não estão,
um colaborador ofereça-lhe um presente de boas-vindas. como a empresa pode trabalhar com os recursos disponí-
Vai fazer com que o colaborador se sinta integrado e ‘vista veis sem desistir de seus objetivos e estratégias traçadas.
a camisa’. Pode ser uma caneca, uma camisa da empresa Essa problemática acima pertence à capacidade da em-
ou uma agenda. Qualquer mimo fará diferença e causará presa dirigir o que possui e buscar algo mais. De forma que
um bom primeiro impacto. o principal recurso da empresa capaz de transformar re-
Festas da empresa - A altura de juntar a equipe não é cursos em objetivos são as pessoas. Colocando as pessoas
só no Natal. Tente fazer de várias épocas do ano oportuni- certas para as atividades ideais.
dades para juntar toda a gente e permitir convívio fora do Todo o conjunto de procedimentos acima exige que
ambiente de trabalho. O Verão, o ou os Santos são sempre o profissional tenha nível superior e saiba lidar com o am-
boas ocasiões. Promove o espírito de equipe. biente complexo das organizações.
Confiança Abaixo teremos algumas rotinas administrativas que
Na base de tudo isto está, e tem mesmo de estar, a são repetitivas e exige conhecimento técnico dos profis-
confiança. No fim de contas, o que importa realmente? Ter sionais.
trabalhadores motivados, felizes, a gostarem do que fazem
e a serem reconhecidos pelo seu trabalho ou trabalhado- Técnicas nas rotinas administrativas
res presentes na empresa 8 horas por dia, por sentido de
obrigação? As funções básicas de uma empresa são a função co-
mercial, a função técnica, financeira e de contabilidade.
Rotina administrativa é formada por vários processos Algumas técnicas administrativas são a construção de
que acontecem de forma sistemática e que requerem co- organogramas, que identifique os departamentos da em-
nhecimento técnico e domínio de tecnologias. Sendo que presa e os níveis de hierarquia.
processo é todo conjunto de procedimentos com entradas, Outros documentos referentes às técnicas administra-
processamento e resultados. tivas são o manual de rotina e regulamento interno.
Nas rotinas administrativas ocorre que um conjunto de Nos manuais de rotina estão descritos quais as normas
profissionais executa atividades para se obter resultados, necessárias para execução de atividades específicas.
essas atividades devem estar em conformidade com o ní- Já o regulamento ou regimento interno é um docu-
vel de competência dos profissionais, nível de autoridade e mento com um conjunto de diretrizes que definem a estru-
responsabilidades. tura organizacional e as políticas da empresa.
Dessa forma, tem-se que administradores e geren- Outros documentos que auxiliam as atividades ad-
tes possuem competências distintas no processamento ministrativas são os relatórios que devem expor fatos e
das rotinas administrativas, assim como os profissionais de ocorrências para esclarecimento, dúvidas ou informação
nível técnico e de apoio também o possuem. de problemas e outros documentos propostos para infor-
Portanto, os administradores possuem responsabili- mações do interesse de um quadro de colaboradores são
dades como planejamento, direção, controle, supervisão e documentos como a CI (circular interna) e o ofício.
outras funções que exigem dos profissionais conhecimento
e experiências maiores. Qualidade nas rotinas administrativas
É necessário também distinguir atividades administra-
tivas das atividades gerenciais, pois as atividades gerenciais Como vimos a atividade administrativa são compos-
constitui um processo que originará as atividades adminis- tos de vários processos, processos primários, processos de
trativas, ou seja, é para apoio gerencial que existem as ati- apoio e processos finalísticos que são os processos que de-
vidades administrativas. finem a atividade fim da empresa.
Deixando mas claro, que as atividades gerenciais têm a Os processos, portanto, são fundamentais para que as
função de identificar estratégias, trabalhar as oportunida- empresas atinjam seus objetivos e tenham sucesso. Para
des, alocação de recursos, compartilhamento de objetivos que tenha um funcionamento eficiente, a empresa deve
e outros. estruturar e organizar seus processos e sempre que neces-
A administração, portanto é algo maior e que exige cri- sário trabalhar a melhoria de processos.
tério nas atividades gerenciais e rotineiras, de forma orde- A qualidade nos processos administrativos requer mé-
nada, pois primeiro é necessário planejar, depois se organi- todos, técnicas, normas e até inovações.
za os recursos, dirige a informação e a mão de obra de for- Os métodos são utilizados para que as ações nos pro-
ma eficiente e depois se controla os resultados alcançados. cessos sejam realizadas e atinjam os objetivos propostos.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Já os objetivos nos processos deve ser sempre o va- Entre elas podemos citar:
lor agregado e por isso, exige-se qualidade total em todos
os processos, para isso faz-se necessário a implantação de - Controlar a entrega e a saída de materiais;
metodologias e ferramentas da qualidade para que as or- - Controlar assiduidade dos funcionários;
ganizações atinjam objetivos, conquiste o cliente e se torne - Inteirar dos serviços dos departamentos da empresa
competitiva mesmo em longo prazo. visando orientar e facilitar a função de dados, documentos
Para isso, temos algumas ferramentas da qualidade e outras solicitações dos superiores;
que são de simples aplicação, mas rendem até uma certifi- - Atuar como responsável fiscalizador pela manuten-
cação ISO, se forem implantadas com sucesso. ção da ordem nos ambientes;
Entre as ferramentas da qualidade aplicada aos pro- - Operar equipamentos diversos, tais como: e-mail, fax,
cessos está a ferramenta 5´s. O 5´s surgiram de uma filo- computadores, reprodutoras de cópias, projetor multimí-
sofia japonesa e se solidificou no meio empresarial como dia;
ferramenta da qualidade aplicada aos processos e útil para - Realizar e atender chamadas telefônicas;
estruturar, desenhar e evitar desperdícios com maior eco- - Emitir notas fiscais e recibos;
nomia de recursos e tempo. O ideal é que toda a equipe es- - Auxiliar no pagamento dos funcionários;
teja integrada em um trabalho de organização, arrumação, - Realizar depósitos dos salários.
utilização, limpeza, padronização e disciplina.
A organização é muito importante nos serviços de
-Organização: organizar poupa tempo e faz com que apoio administrativo, por isso, atentemos para os proce-
as atividades sejam desenvolvidas sem atrapalho. Organi- dimentos executados pelo profissional de apoio adminis-
zar materiais pela frequência de uso elimina retrabalhos e trativo para uma melhor estruturação das atividades que
tempo gasto com a distribuição de materiais para as ativi- pretende realizar. A palavra organização tem um sentido
dades frequentes e segurança contra acidentes ou perda de preparação, de planejamento de uma atividade de acor-
de materiais. do com um método de trabalho. Mas organização também
-Identificar: o trabalho de identificar materiais por ca-
significa a forma como os dados e documentos são arru-
tegorias poupa o tempo de procurar o material e acabar
mados, guardados, dispostos. E isso é muito importante
perdendo o tempo.
para que eles não se percam, podendo ser recuperados ra-
-Utilização: o senso de utilização é também ligado à
pidamente sempre que forem necessários. Como se pode
organização e realiza-se o trabalho de separar o material
constatar, organização é uma espécie de ferramenta utiliza-
de uso eventual e material necessário às atividades menos
da para realizar as tarefas desejadas e alcançar os objetivos
constantes, evitando que fiquem espalhados pelo chão
estabelecidos. E a relação entre organização e ferramenta é
material sem uso imediato.
-Limpeza: a limpeza é útil para manter o ambiente com muito forte. A organização é necessária em qualquer uma
uma aparência limpa, organizada e com maior segurança. de nossas atividades, tanto em casa como no trabalho. Não
Criar meios para manter o ambiente limpo, organizado e é de estranhar, portanto, que as empresas, desde as suas
sempre arrumado é também uma medida para que os co- origens, tenham procurado organizar, arrumar, colocar os
laboradores poupem tempo e trabalho de organizarem e dados e as informações nos devidos lugares.
limparem tudo de novo, quando deveriam estar concentra-
dos em outras tarefas. Rotina administrativa é formada por vários processos
-Padronizar: padronizar é uma solução para manter que acontecem de forma sistemática e que requerem co-
uma rotina de organização, de limpeza e de eliminação nhecimento técnico, científico e domínio de tecnologias.
de desperdícios, sendo que a padronização pode auxiliar
o trabalho e orientar a equipe para a realização das ativi- - Conhecimento técnico - é o conhecimento adquiri-
dades. do sobre determinada coisa, bem específica. Esse conhe-
cimento geralmente não é adquirido em nenhuma institui-
E por fim, para manter a limpeza, a organização e a ção, apenas se tem com os anos de experiência.
padronização nas rotinas administrativas deve-se manter o - Conhecimento científico - conhecimento adquirido
senso de disciplina, portanto é necessário que o programa academicamente ou através do que se estudou na escola,
5´s tenha a adesão e participação com o comprometimen- cursos etc.
to de todos. - Domínio de tecnologias – está relacionado ao uso de
Quando falamos em rotinas administrativas e de escri- computadores, tablets, celulares, smartphones, internet etc.
tório, estamos nos referindo às funções realizadas dentro
da empresa que funcionam como suporte para a gestão, Uma técnica administrativa bastante usada é a constru-
sendo que esta última envolve a função comercial, a função ção de organogramas, que identificam os departamentos
técnica, financeira e pessoal. da empresa e os níveis de hierarquia.
Portanto, ao abordar essa função, é necessário distin- Hierarquia é uma ordem baseada na divisão em níveis
guir atividades administrativas das atividades gerenciais, de poder ou importância, de forma que um nível inferior é
pois as atividades gerenciais constitui um processo que ori- sempre subordinado a um nível superior.
ginará as atividades administrativas, ou seja, é para apoio A qualidade nos processos administrativos requer mé-
gerencial que existem as atividades administrativas. todos, técnicas, normas e até inovações.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
Os métodos são utilizados para que as ações nos pro- E quais são os componentes influenciadores? Primeira-
cessos sejam realizadas e atinjam os objetivos propostos. mente podemos observar, em um universo amplo dois gran-
Já os objetivos nos processos deve ser sempre o va- des grupos, sendo um deles composto por pessoas com maior
lor agregado e por isso, exige-se qualidade total em todos tendência para as relações sociais e o outro, de pessoas mais
os processos, para isso faz-se necessário a implantação de reservadas. Há uma característica no segundo grupo: estas pes-
metodologias e ferramentas da qualidade para que as or- soas são mais voltadas para a execução de tarefas.
ganizações atinjam objetivos, conquiste o cliente e se torne Basicamente o que diferencia os dois grandes grupos
competitiva mesmo em longo prazo. acima é a forma como as pessoas expressam suas emo-
Para isso, temos algumas ferramentas da qualidade ções. Todas naturalmente expressam-nas, porém algumas
que são de simples aplicação, mas rendem até uma certifi- de forma mais reservada, e outras são mais expansivas. As
cação ISO, se forem implantadas com sucesso. que evidenciam mais suas emoções são perceptivelmente
mais expansivas, acessíveis, comunicativas, impulsivas, in-
formais, francas, amistosas, indisciplinadas quanto ao tem-
po e ao processo, são também mais indulgentes e dramá-
12. TOMADA DE DECISÃO. ticas. Este conjunto de características tende, geralmente, a
promover nestas pessoas maior facilidade de desenvolver
relações sociais.
No outro grupo, composto por aquelas pessoas que
Retorna aqui a questão comportamental frente aos in- controlam mais suas emoções e são percebidas como re-
teresses que estão em jogo. Ao entramos num processo servadas, frias, formais, independentes, disciplinadas, ra-
de negociação, quaisquer que sejam os valores em jogo, lá cionais, metódicas, organizadas e impessoais, a tendência
adiante se apresentará uma situação que nos colocará em é que sejam observadas como de baixa intensidade emo-
posição de decidir. Não podemos participar e contribuir cional, e apresentam como características, aspectos téc-
com toda uma discussão e, ao final simplesmente informar nicos mais desenvolvidos, o que os coloca a imagem de
aos interlocutores que estamos levando as informações a pessoas voltadas para a organização, ordem e execução
outros interessados e daremos retorno em outra oportu- de tarefas. Há, entretanto, aqui um aspecto a ressaltar: o
nidade. que se está demonstrando acima é a forma como as pes-
Ou, até podemos, desde que estejamos representando soas manifestam suas emoções e não a capacidade que
uma estrutura e o nível decisório dentro da estrutura de elas têm de senti-las. Esta análise objetiva definir o com-
alçadas não nos concede esta autonomia. Há estruturas em ponente influenciador do comportamento das pessoas de
que quem detém a autoridade para decidir não pode estar cada grupo. Pode-se identificar que o primeiro grupo é
presente e isto é muito comum em negócios de vulto. É movido pela emoção, ao relacionar-se, envolver-se e com-
importante, entretanto, que esta condição seja informada partilhar relacionamento, enquanto o segundo grupo tem
logo, no início das tratativas. como elemento motivador a ação, o fazer, o contribuir para
Conforme Andrade et al, “Negociar é decidir. Assim, é acontecer.
importante compreendermos os mecanismos do processo Temos então como comportamentos influenciadores
decisório, em especial os elementos de que lançamos mão, do comportamento humano a ação e a emoção. A inten-
normalmente para fazermos nossas escolhas”. sidade com que cada um destes componentes manifesta-
Trata-se de um processo complexo, por ser comporta- -se decorre da formação e filtros, consequência da nossa
mental e envolver tensões, pressões, representação e alça- formação e de quais características temos, consideradas as
das. Em resumo, a tomada de decisão é parte integrante do dos dois grandes grupos definidos aqui.
processo negocial e devemos preparar-nos para ela. Porém, seres humanos não são somente uma ou outra
característica. As pessoas são uma mescla de característi-
O Comportamento Humano nas Organizações: cas, evidenciando-se algumas e outras nem tanto. Pode-
Começamos pelo óbvio: as pessoas diferem umas das mos subdividi-las em quatro agrupamentos de comporta-
outras nas suas atitudes e na maneira de ser. Seu compor- mento a partir dos dois grandes grupos que formamos no
tamento diverso é visível pela forma como interagem no início, em razão de que a ação e a emoção interagem como
ambiente, a partir das suas características predominantes. influenciadores deste comportamento. São os seguintes:
É a partir destas características que podemos agrupá-las, 1° – muita ação, muita emoção;
para facilitar a análise de alguns tipos de comportamentos. 2° – pouca ação, muita emoção;
A definição de grupos básicos tem o sentido didático, para 3° – muita ação, pouca emoção; e
possibilitar o estudo das técnicas de relacionamento inter- 4° – pouca ação, pouca emoção.
pessoal, que visem a eficácia da negociação. A partir desta subdivisão, cada grupo, considerado por
Para possibilitar o agrupamento, utilizam-se compor- tipo de comportamento, possui um conjunto de caracte-
tamentos básicos considerados influenciadores e carac- rísticas predominantes que define a linha de conduta no
terísticos e determinam a tendência do indivíduo em seu relacionamento interpessoal. É importante lembrar que um
relacionamento social. Conhecer estes comportamentos indivíduo com características básicas de um desses grupa-
permite perceber a orientação básica das pessoas ao inte- mentos não possua traços dos demais: o que acontece na
ragirem nos grupos, além de trazer as pessoas não perten- prática é a evidência de uma característica que sobrepuja
centes àquele grupo à reflexão. as demais.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Apesar das características acima serem determinantes receber e interpretar o que estamos comunicando. E, con-
de um perfil e, como cada um de nós tem as demais de clui ele, destacando que deve ser utilizada a criatividade
forma latente, existe a possibilidade de trabalhá-las e de- para julgar a situação e encontrar a melhor solução.
senvolver as que não aparecem de forma mais evidente. Criar é simular, é apresentar alternativas apontando
Devemos considerar ainda o aspecto das percepções: posições como nos seguintes exemplos: vamos discutir
quem nos observa cria uma imagem a nosso respeito. Mui- melhor este ponto e imaginemos esta possibilidade; pro-
tas vezes o enquadramento acima é mais atribuição dos ponho que penses na seguinte possibilidade e imagine que
observadores do que propriamente nossa real forma de os resultados possam ser diferentes, porém melhores do
comportar-nos. que se fôssemos por aquele caminho; vamos avaliar esta
Cabe esclarecer que não há, entre os grupos acima, o alternativa juntos e pensar o que aconteceria. São apenas
certo ou o errado. Existe a necessidade de, em uma nego- algumas formas de trazer a outra parte para o imaginário.
ciação, dependendo das suas características, eleger a pes- Geralmente surgem fatos novos que gerarão outros e po-
soa com o perfil mais apropriado, ou seja, o que se pode derão oportunizar a solução.
afirmar é que determinados comportamentos serão mais É o processo de revisão de papéis descrito por Lewicki
adequados, ou não, dependendo do momento e das pes- et al:
soas com as quais se interage. “Embora geralmente seja fácil ver a lógica, a razão e
E qual o relacionamento de tudo isso com negociação os pontos em comum em potencial de ambos os lados do
e tomada de decisão? Estudando como nos comportamos, conflito quando se é um estranho, reconhecê-lo quando
fica mais fácil fazermos uma autocrítica e, definido nosso você está pessoalmente envolvido em um conflito é uma
estilo, é um passo importante para que nos reposicione- outra questão. A reversão de papéis pode ajudá-lo a se pôr
mos quando necessário. Este autoconhecimento nos per- no lugar da outra parte e poder ver a questão da pers-
mitirá extrair toda a força das características positivas ou pectiva dela. Conseqüentemente, o gerente pode assumir
facilitadores do comportamento e, também, minimizar os a posição de um empregado; um vendedor, de um clien-
aspectos negativos ou dificultadores durante o processo te; um agente de compras, de um fornecedor. Você pode
de negociação, de forma que possamos, por ocasião da simplesmente criar cenários em sua imaginação, pedir para
tomada de decisão, fazê-lo com mais competência. Além um amigo ou colega assumir o outro papel e representar
disso, uma ação consciente sobre os estilos auxiliará, ainda, um diálogo, ou, de forma mais eficaz, incluir a reversão de
no estabelecimento de um clima positivo e no aumento papéis como parte de um processo de preparação de es-
da confiança entre os negociadores, com vantagens para tratégia unilateral. Embora não lhe diga exatamente o que
todos. Sem falar que estaremos em melhores condições de a outra parte pensa e sente sobre as questões, processo
entender e analisar o estilo das demais partes envolvidas. pode lhe proporcionar ideias úteis e surpreendentes”.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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limitadas das pessoas, combinadas com influências exter- 3) ação lúdica: é a tomada de decisão, cuja ação pro-
nas sobre as quais elas têm pouco ou nenhum controle, porciona a satisfação de necessidade subjetiva, ou produz a
impedem-nas de tomar decisões totalmente racionais. Deci- sensação subjetiva de prazer. Trata-se, portanto, de decisão
sões satisfatórias são o resultado da racionalidade limitada”. que proporciona ações que tragam prazer, sem envolver
Pode-se concluir que também as limitações são varia- necessariamente procedimentos concretos ou materiais;
das. Há pessoas com conhecimento maior e outras menor 4) tríplice aliança: na visão do mesmo autor, toda
sobre o mesmo tema, permitindo concluir que a qualidade ação constitui-se no conjunto das ações anteriores, car-
de determinada decisão será mais ou menos qualificada, regando maior ou menor intensidade de cada uma delas.
dependendo de quem a tomar e seu conhecimento. Se nos É fundamental sua compreensão para que seja entendido
aprofundarmos na obra do Simon acima citado, veremos que, a cada decisão, geramos ações que tem os três sen-
que ele se aprofunda na análise da limitação da raciona- tidos acima, os quais se incumbem de comunicar o que
lidade, e sugere que é possível reduzi-la agrupando mais efetivamente foi decidido.
pessoas conhecedoras do assunto tratado na tomada de
decisão. Ele prevê que mesmo assim não se saberá tudo Enfim, tomada de decisão é a ponta do processo de
sobre o assunto, mas quanto mais especialistas houver, negociação e, como vimos, envolve aspectos psicológicos
menor será a limitação de incertezas. entre os envolvidos com impactos externos. Dependendo
Andrade et al trata de negociação e tomada de decisão do seu vulto, atinge variados grupos sociais. Sendo assim, é
a partir da pressuposição de que a última é resultado da tema de imensa grandeza. O que se trouxe aqui foi apenas
primeira e é o interesse de superar o conflito, suprimindo a um dos enfoques. Até porque, questões como poder, ética,
divergência que há sobre o que está sendo tratado. Nestas e outros assuntos ligados a comportamento serão tratados
condições, a negociação constitui-se de movimentos que adiante.
alteram no seu curso o cenário e as divergências, até que Quanto à tomada de decisão, o que se tratou por últi-
se chegue a um ponto de convergência. Às vezes isso não mo foram os efeitos dela e a forma como ela é vista social-
ocorre, e o negócio não é fechado. Quando ocorre o fecha- mente. Devemos destacar que a forma como ela é tomada
mento ou a ação, entretanto, ela tem dupla eficácia que o
geralmente é isenta da consciência por parte dos negocia-
autor classifica-as de concreta e simbólica. A concreta é a
dores, de todos os seus efeitos junto aos grupos sociais.
que apresenta a propriedade de modificar o meio, possibi-
Em geral, os negociadores estão mais preocupados com
litando que ações posteriores sejam também conduzidas.
o atendimento dos objetivos qualquer que seja seu esti-
Eficácia simbólica trata-se da visão que os participantes
lo de negociar – se competitivo ou cooperativo. Segundo
têm dos seus efeitos, e ela é tão diversa quanto forem as
Andrade et al quanto a estes estilos, “O que é preciso, é
diferenças culturais dos participantes.
Para melhor esclarecer então, e destacar a importância uma terceira alternativa, a tomada de decisão e negociação
da tomada de decisão nos processos de negociação, elas em colaboração. Essa abordagem enfatiza a criatividade,
resultam em ações. As mesmas apresentam os aspectos a construção de confiança mútua e a busca conjunta por
concretos, resultado da sua execução e aspectos simbóli- soluções que atendam aos interesses de todos...”.
cos que são variados, dependendo do enfoque que os fil- Prossegue repassando que negociar prevê relaciona-
tros de cada envolvido atribuirão. mento entre seres que tem percepções diferentes e que
As ações, a partir da tomada de decisão podem ser negociar é atacar os problemas, buscando soluções e não
classificadas como comunicativa, estratégica e lúdica. Ain- atacar uns aos outros. Outro ponto que é a sequência do
da pode ocorrer uma tríplice aliança que é o conjunto de- raciocínio anterior quanto a relacionamentos, trata-se dos
las. Vamos ao seu significado: interesses: as decisões visam atendê-los e, para tal, deve-
mos concentrar-nos menos nas posições e mais em acor-
1) ação comunicativa: uma ação transmite, na prática, dos, para que as decisões produzam valor.
intenções. Se estas intenções forem rotineiras e comuns ao Para que as decisões efetivem-se com aspectos positi-
meio cultural, são naturalmente aceitas e facilmente imple- vos, os negociadores devem apresentar mais opções mu-
mentadas, porque não exigem reflexões para que seja en- tuamente satisfatórias e menos dificuldades. Por último e,
tendida sua intencionalidade e seu poder comunicativo se considerando que as técnicas de negociação, embora pre-
apoia na sua própria intencionalidade. Com a sofisticação sentes no dia a dia do convívio social e familiar, é nas orga-
dos usos e costumes de uma sociedade, a ação comunica- nizações onde elas ocorrem em larga escala: por esta razão
tiva ganha complexidade. Muitas vezes altera comporta- cabe reproduzir esta visão de Andrade et al:
mentos. Esta complexidade muitas vezes é mais difícil de “Quem trabalha em uma organização está sempre to-
ser comunicada; mando decisões, sejam elas explícitas ou tácitas. Ao fazer
2) ação estratégica: há ações que nem sempre são isso, os profissionais moldam não só seu futuro, como tam-
claramente transmitidas. Segundo Andrade et al, “A ação bém o da empresa, de seus colegas, dos consumidores que
estratégica é, portanto, aquela que é principal ou exclusi- adquirem seus produtos, dos acionistas que investiram na
vamente considerada no aspecto de ser determinante ou, empresa e de toda a sociedade. Essas decisões frequente-
pelo menos, condicionante da prática por terceiros de ou- mente afetam o bem-estar individual e social e, portanto,
tras ações que atendam os desejos ou as expectativas do têm importantes impactos éticos sobre os envolvidos”.(An-
primeiro agente”. Ou seja, ela dá início ou proporciona que drade et al, 2004, p. 70, 71)8
outras ações sejam implementadas; 8 Fonte: www.dudelamonica.blogspot.com.br
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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A negociação e o processo de tomada de decisões Elementos do processo decisório
A teoria nos mostra que o processo de negociação não O processo de tomada de decisão pode ser dividido
deve ser isto como um fato isolado, descolado de outros em quatro elementos principais. Todo bom tomador de de-
aspectos humanos, sociais e negociais. A negociação deve cisões deve, consciente ou inconscientemente, passar por
ser encarada como uma ferramenta de obtenção de vanta- cada um deles. São eles:
gens competitivas de fundo estratégico, que colocará sua • Estruturar a questão: Isso significa definir o que
empresa em posição predominante perante os concorren- deve ser decidido e determinar, de forma preliminar, que
tes. Andrade, Alyrio e Macedo (p.53) deixam claro que ne- critérios o fariam preferir uma opção em detrimento de ou-
gociar “pressupõe a possibilidade e o interesse de superar tra. Ao fazê-lo, os bons tomadores de decisões consideram
o conflito, suprimindo-se a divergência que é seu núcleo.” o ponto de vista a partir do qual eles e os outros irão enfo-
Contudo, não se pode dizer que a negociação seja o car a questão e quais os aspectos mais importantes. Assim,
mesmo que a discussão pura e simples entre atores diver- inevitavelmente, eles simplificam o mundo;
gentes. Essa faz parte daquela, mas não é o fim em si mes-
ma. Isso quer dizer que para a negociação ser totalmente • Colher informações: Procurar tanto os fatos re-
realizada, é necessário que haja alguma discussão, onde as conhecíveis como as estimativas razoáveis a respeito dos
diferenças entre as partes serão colocadas e, eventualmen- “não-reconhecíveis”, necessários para tomar a decisão. Os
te, discutidas até que sejam removidos os entraves para o bons tomadores de decisões administram a pesquisa com
acordo acontecer. um esforço deliberado para evitar falhas, como o excesso
Os mesmos autores (p.54) informam ainda, haver duas de confiança naquilo em que confirmem suas inclinações;
condições básicas para que se obtenha um acordo após o
processo de negociação: • Chegar a conclusões: Uma estruturação perfeita
e boas informações não garantem uma decisão correta. As
a) “A negociação pressupõe de cada interlocutor a pessoas não podem tomar consistentemente boas deci-
real disponibilidade de dar atenção para o que os outros sões usando apenas critérios intuitivos, mesmo dispondo
de dados excelentes. Uma abordagem sistemática força
dizem;
você a examinar vários aspectos, conduzindo, muitas vezes,
b) Dar atenção ao próximo é atitude efetiva de aco-
a decisões melhores do que fariam horas de trabalho de-
lher o conteúdo de uma mensagem, sem preconceitos
sorganizado. Numerosos estudos têm mostrado que tanto
e idiossincrasias. A rigor, só haverá negociação na plena
iniciantes como profissionais experientes fazem julgamen-
compreensão de que o ouro é também um “eu”, uma pes-
tos mais acurados quando seguem regras sistemáticas do
soa, uma subjetividade tão consistente com a que nos ar-
que quando confiam somente em seu julgamento intuitivo;
rogamos. O tu é o espelho do eu” (ANDRADE, ALYRIO E
MACEDO, 2007, p.53).
• Aprender com o feedback: Cada um precisa es-
tabelecer um sistema para aprender com os resultados de
Para tanto, as negociações bem-sucedidas são prece- decisões passadas. Isso por via de regra significa manter o
didas de muito treinamento para a equipe de negociação acompanhamento daquilo que você esperava que acon-
e, por conseguinte, um extenso planejamento é necessário. tecesse, resguardando-se sistematicamente contra expli-
Andrade, Alyrio e Macedo (p.56) dizem que “muito antes cações egoístas e assegurando-se de rever as lições pro-
do início da barganha, terão de ser definidas as alternativas duzidas pelo feedback na próxima vez em que surgir uma
que poderão contar em caso de insucesso, uma vez que, decisão semelhante.
quanto maior o leque de alternativas, mais forte será a sua
capacidade de negociação”. A negociação poderá ocorrer segundo alguns mode-
Mas planejar não é apenas ter claras as alternativas de los, como definem Andrade, Alyrio e Macedo:
sucesso ou de insucesso envolvidas. A fase de planejamen- Por meio de mediadores – segundo a Associação de Me-
to visa também identificar e organizar elementos que po- diadores de Conflitos, o mediador é “uma terceira pessoa,
derão ser potencialmente perigosos caso sejam abordados neutro e imparcial, que não decide, não sugere soluções e
pela outra parte, identificar as fraquezas que a outra parte não presta assessoria jurídica nem técnica. O mediador tem
possa apresentar e como utilizar essas fraquezas em seu como principal função a facilitação da comunicação entre
benefício, sem que a outra parte se veja acuada a ponto de os mediados e esta facilitação é feita através de técnicas
abandonar as negociações. próprias da mediação.”
Planejamento em negociação significa conhecer as
pessoas com que se vai negociar e os limites de autoridade Por meio de juízes – Segundo Andrade, Alyrio e Ma-
que poderão ser atingidos. Porém, antes de tudo, negociar cedo (p.60), a negociação feita por meio de juízes difere
é poder tomar decisões que poderão afetar o futuro de da negociação feita por meio de mediadores porque o juiz
nossas empresas. Por esse motivo é importante que conhe- determina o resultado final da negociação. Nesse caso, é
çamos como funciona o processo decisório e como deve- interessante ter a informação de como o juiz decidiu no
mos utilizar esse conhecimento ao longo de um processo passado em casos semelhantes ao que será tratado nesse
de negociação. momento.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Por meio de agentes – Normalmente a negociação por A evolução da Administração de Materiais processou-
meio de agentes difere das anteriores pelo fato de o agente -se em várias fases:
ter interesse na representação de sua parte na negociação. • A Atividade exercida diretamente pelo proprietá-
Isso significa dizer que ele não é neutro no processo. Ele rio da empresa, pois comprar era a essência do negócio;
representará a sua posição na negociação tendo em vista • Atividades de compras como apoio às atividades
que o sucesso de seu representado significará um benefí- produtivas se, portanto, integradas à área de produção;
cio pessoal na forma de comissão ou participação do obje- • Condenação dos serviços envolvendo materiais,
to negociado. Um bom exemplo para essa modalidade de começando com o planejamento das matérias-primas e a
negociação são os empresários de atletas ou artistas que, entrega de produtos acabados, em uma organização inde-
ao negociar a ida do atleta para uma equipe em condições pendente da área produtiva;
vantajosas, ou a participação de um artista em determi- • Agregação à área logística das atividades de su-
nado evento em detrimento de outro, receberá comissão porte à área de marketing.
sobre seu trabalho.
Com a mecanização, racionalização e automação, o ex-
Por meio de administradores – por definição, adminis- cedente de produção se torna cada vez menos necessário,
trar é tomar decisões. Logo, ao se negociar em busca das e nesse caso a Administração de Materiais é uma ferramen-
melhores decisões, os administradores devem estar prepa- ta fundamental para manter o equilíbrio dos estoques, para
rados para enfrentar todos os tipos de negociações. Entre- que não falte a matéria-prima, porém não haja excedentes.
tanto, o administrador pode enfrentar dificuldades nessa Essa evolução da Administração de Materiais ao longo
tarefa. A maneira como negocia pode estar diretamente dessas fases produtivas baseou-se principalmente, pela ne-
relacionada ao objeto negociado e às consequências que cessidade de produzir mais, com custos mais baixos. Atual-
podem levar uma negociação mal sucedida, isso porque a mente a Administração de Materiais tem como função
maioria das vezes o administrador negociará em nome da principal o controle de produção e estoque, como também
organização para a qual trabalha. Esse fato poderá levar a a distribuição dos mesmos.
outras implicações, como por exemplo o fato de o adminis-
trador não ter autoridade ou nível hierárquico compatível
As Três Fases da Administração de Recursos Materiais e
com o objeto em negociação. Posições hierárquicas mais
Patrimoniais
elevadas levam a maior conhecimento e, por vias de con-
1 – Aumentar a produtividade. Busca pela eficiência.
sequência, a decisões possivelmente melhores.
2 – Aumentar a qualidade sem preocupação em pre-
judicar outras áreas da Organização. Busca pela eficácia.
A forma como se negocia, os eventuais intermediários
3 – Gerar a quantidade certa, no momento certo par
no processo de negociação e o objeto da negociação defi-
nirão as diferentes formas de negociar. Como afirma Mello atender bem o cliente, sem desperdício. Busca pela efeti-
(p.17), é fundamental que se saiba qual é o objetivo des- vidade.
sa negociação. A partir de então, as diferentes formas de
negociar se farão presentes. Por hora, apresenta-se aqui a Visão Operacional e Visão Estratégica
matriz proposta pelo autor que informa quatro diferentes Na visão operacional busca-se a melhoria relacionada
maneiras de negociar – que serão aprofundadas posterior- a atividades específicas. Melhorar algo que já existe.
mente no contexto dessa experiência.9 Na visão estratégica busca-se o diferencial. Fazer as
coisas de um modo novo. Aqui se preocupa em garantir a
alta performance de maneira sistêmica. Ou seja, envolven-
do toda a organização de maneira interrelacional.
13. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS Com relação à Fábula de La Fontaine, a preocupação
do autor era, conforme sua época, garantir a melhoria
MATERIAIS.
quantitativa das ações dos empregados. Aqueles que man-
têm uma padronização de são recompensados pela Or-
ganização. Na moderna interpretação da Fábula a autora
Recurso – Conceito = É aquele que gera, potencial- passa a idéia de que precisamos além de trabalhar investir
mente ou de forma efetiva, riqueza. no nosso talento de maneira diferencial. Assim, poderemos
não só garantir a sustentabilidade da Organização para os
Administração de Recursos - Conceitos - Atividade diversos invernos como, também, fazê-los em Paris.
que planeja, executa e controla, nas condições mais efi- Historicamente, a administração de recursos materiais
cientes e econômicas, o fluxo de material, partindo das e patrimoniais tem seu foco na eficiência de processos – vi-
especificações dos artigos e comprar até a entrega do pro- são operacional. Hoje em dia, a administração de materiais
duto terminado para o cliente. passa a ser chamada de área de logística dentro das Or-
É um sistema integrado com a finalidade de prover à ganizações devido à ênfase na melhor maneira de facilitar
administração, de forma contínua, recursos, equipamentos o fluxo de produtos entre produtores e consumidores, de
e informações essenciais para a execução de todas as ativi- forma a obter o melhor nível de rentabilidade para a orga-
dades da Organização. nização e maior satisfação dos clientes.
9 Fonte: www.estrategiaenegociacao.wordpress.com A Administração de Materiais possui hoje uma Visão
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Estratégica. Ou seja, foco em ser a melhor por meio da INOVAÇÃO e não baseado na melhor no que já existe. A partir da
visão estratégica a Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais passa ser conhecida por LOGISTICA.
Sendo assim:
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Sem o estoque de certas quantidades de materiais que atendam regularmente às necessidades dos vários setores
da organização, não se pode garantir um bom funcionamento e um padrão de atendimento desejável. Estes materiais,
necessários à manutenção, aos serviços administrativos e à produção de bens e serviços, formam grupos ou classes que
comumente constituem a classificação de materiais. Estes grupos recebem denominação de acordo com o serviço a que
se destinam (manutenção, limpeza, etc.), ou à natureza dos materiais que neles são relacionados (tintas, ferragens, etc.), ou
do tipo de demanda, estocagem, etc.
Segundo estudiosos, a origem da palavra arquivo tem duas vertentes: a primeira diz que é originária do grego arché
(palácio dos magistrados), passando depois a se chamar archeion (local utilizado para guardar e depositar documentos); e
a segunda, que é originária do latim, archivum, quer dizer: local de guarda de documentos e outros títulos.
O art. 2º da Lei nº 8.159/91 que: “dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e entidades privadas e dá outras
providências”, traz a seguinte definição:
“Consideram-se arquivos, para os fins desta lei, os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por órgãos públi-
cos, instituições de caráter público e entidades privadas, em decorrência do exercício de atividades específicas, bem como
por pessoa física, qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos.”
Outras definições de arquivo:
“designação genérica de um conjunto de documentos produzidos e recebidos por uma pessoa física ou jurídica, pú-
blica ou privada, caracterizado pela natureza orgânica de sua acumulação e conservado por essas pessoas ou por seus
sucessores, para fins de prova ou informação”, CONARQ.
“É o conjunto de documentos oficialmente produzidos e recebidos por um governo, organização ou firma, no decorrer
de suas atividades, arquivados e conservados por si e seus sucessores para efeitos futuros”, Solon Buck (Souza, 1950) (cita-
do por PAES, Marilena Leite, 1986).
“É a acumulação ordenada dos documentos, em sua maioria textuais, criados por uma instituição ou pessoa, no curso
de sua atividade, e preservados para a consecução dos seus objetivos, visando à utilidade que poderão oferecer no futuro.”
(PAES, Marilena Leite, 1986).
Obs.: O termo arquivo, em suas várias acepções, também é usado para designar: entidade; mobiliário; setor; repartição;
conjunto documental; local físico designado para conservar o acervo; órgão do governo; título de periódicos, etc.
Características do arquivo
a) o arquivo possui essência funcional/administrativa, constituindo-se na maioria das vezes de um único exemplar ou
de um limitado número de cópias;
b) conteúdo exclusivamente formado por documentos produzidos e/ou recebidos por uma entidade, família, setor,
repartição, pessoa, organismo ou instituição;
c) tem origem no desempenho das atividades que o gerou (servindo de prova) e;
d) possui caráter orgânico, ou seja, relação entre documentos de arquivo pertencentes a um mesmo conjunto (um
documento possui muito mais valor quando está integrado ao conjunto a que pertence do que quando está desagregado
dele).
Obs.: Segundo PAES, “não se considera arquivo uma coleção de manuscritos históricos, reunidos por uma pessoa”.
Arquivo, biblioteca e museu, respectivamente vinculados à Arquivologia, Biblioteconomia e Museologia, embora se-
jam ramificações da Ciência da Informação, distingue-se basicamente pelos seguintes aspectos:
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O “boom” da informação, consequência do progresso científico e tecnológico (século XIX), possibilitou o surgimento
de diversas profissões, especializações, descobertas, invenções etc., resultando na criação/produção de novos documentos
e seus variados suportes. Originou-se a partir daí os chamados Centros de Documentação ou Centros de Informação
(órgãos responsáveis pela reunião, análise, tratamento técnico, classificação, seleção, armazenamento e disseminação de
todo e qualquer tipo de documento e informação). Neles se reúnem documentos de arquivo, biblioteca e museu, ou seja,
são centros formados por elementos pertencentes as três entidades citadas.
Arquivos Públicos
Segundo a Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, art.7º, Capítulo II, que dispõe sobre a política nacional de arquivos
públicos e privados e dá outras providências:
“Os arquivos públicos são os conjuntos de documentos produzidos e recebidos, no exercício de suas atividades, por
órgãos públicos de âmbito federal, estadual, do distrito federal e municipal, em decorrência de suas funções administrati-
vas, legislativas e judiciárias”.
Igualmente importante, os dois parágrafos do mesmo artigo diz:
“§ 1º São também públicos os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por instituições de caráter público, por
entidades privadas encarregadas da gestão de serviços públicos no exercício de suas atividades.
§ 2º A cessação de atividades de instituições públicas e de caráter público implica o recolhimento de sua docu-
mentação à instituição arquivística pública ou a sua transferência à instituição sucessora.»
Atenção! Todos os documentos produzidos e/ou recebidos por órgãos públicos ou entidades privadas (revestidas de
caráter público – mediante delegação de serviços públicos) são considerados arquivos públicos, independentemente da
esfera de governo.
Ex: Arquivos Públicos das esferas: federal, estadual, distrito federal e municipal.
Obs.: Conforme o art. 175 inserido na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988: “Incumbe ao Poder Pú-
blico, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação
de serviços públicos”, ou seja, a titularidade dos serviços públicos é do poder público, mas, estes serviços, poderão ser
exercidos indiretamente pelo particular (entidades privadas) mediante concessão ou permissão.
Arquivos Privados
Segundo o art. 11 da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991: “Consideram-se arquivos privados os conjuntos de do-
cumentos produzidos ou recebidos por pessoas físicas ou jurídicas, em decorrência de suas atividades.”
Para elucidar possíveis dúvidas na definição do referido artigo, a pessoa jurídica a qual o enunciado se refere diz res-
peito à pessoa jurídica de direito privado, não se confundindo, portanto, com pessoa jurídica de direito público, pois
os órgãos que compõe a administração indireta da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, são também pessoas
jurídicas, destituídas de poder político e dotadas de personalidade jurídica própria, porém, de direito público.
Exemplos:
• Institucional: Igrejas, clubes, associações, etc.
• Pessoais: fotos de família, cartas, originais de trabalhos, etc.
• Comercial: companhias, empresas, etc.10
10 Fonte: www.editorajuspodivm.com.br – Texto adaptado de George Melo Rodrigues
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Arquivístiva Desde o desenvolvimento da Arquivologia como dis-
A arquivística é uma ciência que estuda as funções do ciplina, a partir da segunda metade do século XIX, talvez
arquivo, e também os princípios e técnicas a serem obser- nada tenha sido tão revolucionário quanto o desenvolvi-
vados durante a atuação de um arquivista sobre os arqui- mento da concepção teórica e dos desdobramentos prá-
vos. É a Ciência e disciplina que objetiva gerenciar todas as ticos da gestão.
informações que possam ser registradas em documentos
de arquivos. Para tanto, utiliza-se de princípios, normas, PRINCÍPIOS:
técnicas e procedimentos diversos, que são aplicados nos Os princípios arquivísticos constituem o marco principal
processos de composição, coleta, análise, identificação, da diferença entre a arquivística e as outras “ciências” do-
organização, processamento, desenvolvimento, utilização, cumentárias. São eles:
publicação, fornecimento, circulação, armazenamento e re-
cuperação de informações. Princípio da Proveniência: Fixa a identidade do do-
O arquivista é um profissional de nível superior, com cumento, relativamente a seu produtor. Por este princípio,
formação em arquivologia ou experiência reconhecida os arquivos devem ser organizados em obediência à com-
pelo Estado. Ele pode trabalhar em instituições públicas petência e às atividades da instituição ou pessoa legitima-
ou privadas, centros de documentação, arquivos privados mente responsável pela produção, acumulação ou guarda
ou públicos, instituições culturais etc. É o responsável pelo dos documentos. Arquivos originários de uma instituição
gerenciamento da informação, gestão documental, conser- ou de uma pessoa devem manter a respectiva individuali-
vação, preservação e disseminação da informação contida dade, dentro de seu contexto orgânico de produção, não
nos documentos. Também tem por função a preservação devendo ser mesclados a outros de origem distinta.
do patrimônio documental de uma pessoa (física ou jurí-
dica), institução e, em última instância, da sociedade como Princípio da Organicidade: As relações administra-
um todo. Ocupa-se, ainda, da recuperação da informação tivas orgânicas se refletem nos conjuntos documentais. A
e da elaboração de instrumentos de pesquisa, observan- organicidade é a qualidade segundo a qual os arquivos es-
pelham a estrutura, funções e atividades da entidade pro-
do as três idades dos arquivos: corrente, intermediária e
dutora/acumuladora em suas relações internas e externas.
permanente.
O arquivista atua desenvolvendo planejamentos, estu-
Princípio da Unicidade: Não obstante, forma, gênero,
dos e técnicas de organização sistemática e conservação
tipo ou suporte, os documentos de arquivo conservam seu
de arquivos, na elaboração de projetos e na implantação
caráter único, em função do contexto em que foram pro-
de instituições e sistemas arquivísticos, no gerenciamen-
duzidos.
to da informação e na programação e organização de ati-
vidades culturais que envolvam informação documental
Princípio da Indivisibilidade ou integridade: Os
produzida pelos arquivos públicos e privados. Uma grande fundos de arquivo devem ser preservados sem dispersão,
dificuldade é que muitas organizações não se preocupam mutilação, alienação, destruição não autorizada ou adição
com seus arquivos, desconhecendo ou desqualificando o indevida.
trabalho deste profissional, delegando a outros profissio-
nais as atividades específicas do arquivista. Isto provoca Princípio da Cumulatividade: O arquivo é uma for-
problemas quanto à qualidade do serviço e de tudo o que, mação progressiva, natural e orgânica.
direta ou indiretamente, depende dela.
Arquivo é um conjunto de documentos criados ou re- Gestão e Organização
cebidos por uma organização, firma ou indivíduo, que os Administrar, organizar e gerenciar a informação é, hoje,
mantém ordenadamente como fonte de informação para uma preocupação entre as empresas e entidades públicas
a execução de suas atividades. Os documentos preserva- e privadas de pequeno, médio e grande porte de diversos
dos pelo arquivo podem ser de vários tipos e em vários segmentos, que encontram na Tecnologia da Gestão de
suportes. As entidades mantenedoras de arquivos podem Documentos uma poderosa aliada para a tomada de deci-
ser públicas (Federal, Estadual Distrital, Municipal), institu- sões e um facilitador para a gestão de suas atividades.
cionais, comerciais e pessoais. A Gestão de Documentos é também um caminho se-
Um documento (do latim documentum, derivado de guro, rápido e eficiente para as empresas se destacarem
docere “ensinar, demonstrar”) é qualquer meio, sobretudo dos seus concorrentes e conquistarem certificações.
gráfico, que comprove a existência de um fato, a exatidão A Gestão de Documentos contribui no processo de
ou a verdade de uma afirmação etc. No meio jurídico, do- Acreditação e Certificação ISO, porque assegura que a in-
cumentos são frequentemente sinônimos de atos, cartas formação produzida e utilizada será bem gerenciada, ga-
ou escritos que carregam um valor probatório. rantindo a confidencialidade e a rastreabilidade das infor-
Documento arquivístico: Informação registrada, inde- mações, além de proporcionar benefícios como: raciona-
pendente da forma ou do suporte, produzida ou recebida lização dos espaços de guarda de documentos, eficiência
no decorrer da atividade de uma instituição ou pessoa e e rapidez no desenvolvimento das atividades diárias e o
que possui conteúdo, contexto e estrutura suficientes para controle do documento desde o momento de sua produ-
servir de prova dessa atividade. ção até a destinação final.
60
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
Com relação à Acreditação, a Gestão de Documentos É sabido que durante a sua tramitação, os arquivos cor-
é fator determinante também para cumprir a Resolução rentes podem exercer funções de protocolo (recebimento,
1.639/2002, do Conselho Federal de Medicina, onde é de- registro, distribuição, movimentação e expedição de do-
finido que os prontuários médicos são de guarda definitiva cumentos), daí a denominação comum de alguns órgãos
e, portanto, não podem ser descartados sem o devido pla- como Protocolo e Arquivo. No entanto, pode acontecer de
nejamento de como garantir a preservação das informa- as pessoas que lidam com o recebimento de documentos
ções. não saberem, ou mesmo não serem orientadas sobre como
Administrar e gerenciar documentos, a partir de con- proceder para que o documento cumpra a sua função na
ceitos da Gestão Documental, proporciona às empresas instituição.
privadas e entidades públicas maior controle sobre as in- Como alternativa para essa questão, sistemas de base
formações que produzem e recebem. de dados podem ser utilizados, de forma que se faça o re-
A implantação da Gestão de Documentos associada gistro dos documentos assim que eles cheguem às repar-
ao uso adequado da microfilmagem e das tecnologias do tições.
GED (Gerenciamento Eletrônico de Documentos) deve ser Algumas rotinas devem ser adotadas no registro do-
efetiva visando à garantia no processo de atualização da cumental, afim de que não se perca o controle, bem como
documentação, interrupção no processo de deterioração administrar problemas que facilmente poderiam ser des-
dos documentos e na eliminação do risco de perda do taca-se:
acervo, através de backup ou pela utilização de sistemas Receber as correspondências, separando as de caráter
que permitam acesso à informação pela internet e intranet. oficial da de caráter particular, distribuindo as de caráter
A eficiente gestão dos arquivos públicos municipais particular a seus destinatários.
contribui para uma melhor administração dos recursos das Separar as correspondências de caráter ostensivo das
cidades e municípios, além de resguardar os mesmos de de caráter sigiloso, encaminhado as de caráter sigiloso aos
penalidades civis e administrativas, que estes estão sujeitos seus respectivos destinatários;
se não cumprirem a legislação em vigor ou ainda, se des- Tomar conhecimento das correspondências de caráter
ostensivos por meio da leitura, requisitando a existência de
truírem documentos de valor permanente ou de interesse
antecedentes, se existirem;
público e social.
Classificar o documento de acordo com o método da
A Gestão de Documentos no âmbito da administração
instituição, carimbando-o em seguida;
pública atua na elaboração dos planos de classificação dos
Elaborar um resumo e encaminhar os documentos ao
documentos, TTD (Tabela Temporalidade Documental) e
protocolo.
comissão permanente de avaliação. Desta forma é asse-
Preparar a ficha de protocolo, em duas vias, anexando
gurado o acesso rápido à informação e preservação dos
a segunda via da ficha ao documento;
documentos.
Rearquivar as fichas de procedência e assunto, agora
com os dados das fichas de protocolo;
Protocolo: recebimento, registro, distribuição, tramita- Arquivar as fichas de protocolo.
ção e expedição de documentos. A tramitação de um documento dentro de uma ins-
Para que todo esse processo acima seja desenvolvido tituição depende diretamente se as etapas anteriores fo-
é necessário trabalhar com a gestão de documentos, que ram feitas da forma correta. Se feitas, fica mais fácil, com
nada mais é que um conjunto de procedimentos e opera- o auxílio do protocolo, saber sua exata localização, seus
ções técnicas referentes à sua produção, tramitação, uso, dados principais, como data de entrada, setores por que
avaliação e arquivamento em fase corrente e intermediária, já passou, enfim, acompanhar o desenrolar de suas fun-
visando a sua eliminação ou recolhimento para a guarda ções dentro da instituição. Isso agiliza as ações dentro da
permanente. instituição, acelerando assim, processos que anteriormente
Protocolo é a denominação geralmente atribuída a se- encontravam dificuldades, como a não localização de do-
tores encarregados do recebimento, registro, distribuição cumentos, não se podendo assim, usá-los no sentido de
e movimentação dos documentos em curso. É de conhe- valor probatório, por exemplo.
cimento comum o grande avanço que a humanidade teve Após cumprirem suas respectivas funções, os docu-
nos últimos anos, avanços esses que contribuíram para o mentos devem ter seu destino decidido, seja este a sua eli-
aumento da produção de documentos. Cabe ressaltar que minação ou recolhimento. É nesta etapa que a expedição
tal aumento teve sua importância para a área da arquivísti- de documentos torna-se importante, pois por meio dela,
ca, no sentido de ter despertado nas pessoas a importância fica mais fácil fazer uma avaliação do documento, poden-
dos arquivos. Entretanto, seja por descaso ou mesmo por do-se assim decidir de uma forma mais confiável, o destino
falta de conhecimento, a acumulação de massas documen- do documento. Dentre as recomendações com relação à
tais desnecessárias foi um problema que foi surgindo. Essas expedição de documentos, destacam-se:
massas acabam por inviabilizar que os arquivos cumpram Receber a correspondência, verificando a falta de ane-
suas funções fundamentais. Para tentar sanar esse e outros xos e completando dados;
problemas, que é recomendável o uso de um sistema de Separar as cópias, expedindo o original;
protocolo. Encaminhar as cópias ao Arquivo.
61
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
É importante citar que essas rotinas são apenas su- Não existe seleção de termos. Especifi-
gestões, afinal, cada instituição desenvolverá os processos cidade.
próprios, no entanto, a aplicação dessas rotinas inquestio- A descrição do conteúdo traduz, o mais
navelmente facilita todo o processo de protocolo e arquivo. próximo possível, a informação que o documento contém;
Não se utilizam termos de indexação
Sistemas de Classificação demasiados genéricos ou demasiado específicos, relativa-
Os principais Sistemas ou Tipos de classificação utiliza- mente aos conceitos expressos no documento.
dos em arquivos são:
b) Uniformidade
Classificação Alfabética É um parâmetro muito importante liga-
Classificação Numérica do a qualidade da indexação;
Classificação Alfa-numérica Procura anular a sinonímia (palavras de
Classificação Cronológica significação idêntica ou parecida, mas não tem o mesmo
Classificação Geográfica valor e emprego), representando para um mesmo conceito
Classificação Ideológica a escolha de um mesmo termo;
Classificação Decimal Utiliza, sempre que possível, termos de
Classificação Decimal Universal (CDU) estrutura idêntica para a representação de conceitos aná-
Classificação Automática logos.
62
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
Um bom plano de classificação deve possuir as seguin- A classificação deve ser realizada por servidores treina-
tes características: dos, de acordo com as seguintes operações.
• Satisfazer as necessidades práticas do serviço, a) ESTUDO: consiste na leitura de cada documento, a
adotando critérios que potenciem a resolução dos proble- fim de verificar sob que assunto deverá ser classificado e
mas. Quanto mais simples forem as regras de classificação quais as referências cruzadas que lhe corresponderão. A
adotadas, tanto melhor se efetuará a ordenação da docu- referência cruzada é um mecanismo adotado quando o
mentação; conteúdo do documento se refere a dois ou mais assuntos.
• A sua construção deve estar de acordo com as b) CODIFICAÇÃO: consiste na atribuição do código cor-
atribuições do organismo (divisão de competências) ou em respondente ao assunto de que trata o documento.
última análise, focando a estrutura das entidades de onde
provém a correspondência; Rotinas correspondentes às operações de classifica-
• Deverá ter em conta a evolução futura das atribui- ção
ções do serviço deixando espaço livre para novas inclusões;
• Ser revista periodicamente, corrigindo os erros ou 1. Receber o documento para classificação;
classificações mal efetuadas, e promover a sua atualização 2. Ler o documento, identificando o assunto principal e
sempre que se entender conveniente. o(s) secundário(s) de acordo com seu conteúdo;
3. Localizar o(s) assunto(s) no Código de classificação
A função da gestão de documentos e arquivos nos sis- de documentos de arquivo, utilizando o índice, quando ne-
temas nacionais de informação, segundo o qual um pro- cessário;
grama geral de gestão de documentos, para alcançar eco- 4. Anotar o código na primeira folha do documento;
nomia e eficácia, envolve as seguintes fases: 5. Preencher a(s) folha(s) de referência, para os assun-
- produção: concepção e gestão de formulários, pre- tos secundários.
paração e gestão de correspondência, gestão de informes e
diretrizes, fomento de sistemas de gestão da informação e A avaliação constitui-se em atividade essencial do ci-
aplicação de tecnologias modernas a esses processos;
clo de vida documental arquivístico, na medida em que
- utilização e conservação: criação e melhoramen-
define quais documentos serão preservados para fins ad-
to dos sistemas de arquivos e de recuperação de dados,
ministrativos ou de pesquisa e em que momento poderão
gestão de correio e telecomunicações, seleção e uso de
ser eliminados ou destinados aos arquivos intermediário
equipamento reprográfico, análise de sistemas, produção e
e permanente, segundo o valor e o potencial de uso que
manutenção de programas de documentos vitais e uso de
apresentam para a administração que os gerou e para a
automação e reprografia nestes processos;
- destinação: a identificação e descrição das séries sociedade.
documentais, estabelecimento de programas de avaliação Os primeiros atos legais destinados a disciplinar a ava-
e destinação de documentos, arquivamento intermediário, liação de documentos no serviço público datam do final do
eliminação e recolhimento dos documentos de valor per- século passado, em países da Europa, nos Estados Unidos
manente às instituições arquivísticas. e no Canadá. No Brasil, a preocupação com a avaliação de
documentos públicos não é recente, mas o primeiro passo
O código de classificação de documentos de arquivo é para sua regulamentação ocorreu efetivamente com a lei
um instrumento de trabalho utilizado para classificar todo federal nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que em seu artigo
e qualquer documento produzido ou recebido por um ór- 9º dispõe que “a eliminação de documentos produzidos
gão no exercício de suas funções e atividades. A classifica- por instituições públicas e de caráter público será realizada
ção por assuntos é utilizada com o objetivo de agrupar os mediante autorização de instituição arquivística pública, na
documentos sob um mesmo tema, como forma de agilizar sua específica esfera de competência”.
sua recuperação e facilitar as tarefas arquivísticas relacio- O Arquivo Nacional publicou em 1985 manual técni-
nadas com a avaliação, seleção, eliminação, transferência, co sob o título Orientação para avaliação e arquivamento
recolhimento e acesso a esses documentos, uma vez que intermediário em arquivos públicos, do qual constam dire-
o trabalho arquivístico é realizado com base no conteúdo trizes gerais para a realização da avaliação e para a elabo-
do documento, o qual reflete a atividade que o gerou e ração de tabelas de temporalidade. Em 1986, iniciaram-se
determina o uso da informação nele contida. A classifica- as primeiras atividades de avaliação dos acervos de caráter
ção define, portanto, a organização física dos documentos intermediário sob a guarda da então Divisão de Pré-Ar-
arquivados, constituindo-se em referencial básico para sua quivo do Arquivo Nacional, desta vez com a preocupação
recuperação. de estabelecer prazos de guarda com vista à eliminação
No código de classificação, as funções, atividades, es- e, consequentemente, à redução do volume documental e
pécies e tipos documentais genericamente denominados racionalização do espaço físico.
assuntos, encontram-se hierarquicamente distribuídos de A metodologia adotada à época envolveu pesquisas
acordo com as funções e atividades desempenhadas pelo na legislação que regula a prescrição de documentos ad-
órgão. Em outras palavras, os assuntos recebem códigos ministrativos, e entrevistas com historiadores e servidores
numéricos, os quais refletem a hierarquia funcional do ór- responsáveis pela execução das atividades nos órgãos pú-
gão, definida através de classes, subclasses, grupos e sub- blicos, que forneceram as informações relativas aos valores
grupos, partindo-se sempre do geral para o particular. primário e secundário dos documentos, isto é, ao seu po-
63
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
tencial de uso para fins administrativos e de pesquisa, res- plo, os métodos alfabético e geográfico, que estudaremos
pectivamente. Concluídos os trabalhos, ainda que restrito à nesta aula. Quando HÁ essa necessidade, dizemos que é
documentação já depositada no arquivo intermediário do um sistema indireto de busca e/ou recuperação, como são
Arquivo Nacional, foi constituída, em 1993, uma Comissão os métodos numéricos. Existe ainda outro sistema, chama-
Interna de Avaliação que referendou os prazos de guarda e do semidireto, que não aparece em provas, mas que serve
destinação propostos. apenas para agregar o método alfanumérico, que estuda-
Com o objetivo de elaborar uma tabela de tempora- remos adiante. Este método se caracteriza pela ―neces-
lidade para documentos da então Secretaria de Planeja- sidade parcial da utilização de instrumentos de pesquisa.
mento, Orçamento e Coordenação (SEPLAN), foi criado, Por exemplo, precisamos de uma tabela para localizar uma
em 1993, um grupo de trabalho composto por técnicos estante, mas não para localizar uma gaveta ou prateleira: a
do Arquivo Nacional e daquela secretaria, cujos resulta- partir da localização da estante, a prateleira será localizada
dos, relativos as atividade-meio, serviriam de subsídio ao deforma direta.
estabelecimento de prazos de guarda e destinação para
os documentos da administração pública federal. A tabela, A tabela de temporalidade deverá contemplar as
elaborada com base nas experiências já desenvolvidas pe- atividades-meio e atividades-fim de cada órgão público.
los dois órgãos, foi encaminhada, em 1994, à Direção Geral Desta forma, caberá aos mesmos definir a temporalidade e
do Arquivo Nacional para aprovação. destinação dos documentos relativos às suas atividades es-
Com a instalação do Conselho Nacional de Arquivos pecíficas, complementando a tabela básica. Posteriormen-
(Conarq), em novembro de 1994, foi criada, dentre outras, te, esta deverá ser encaminhada à instituição arquivística
a Câmara Técnica de Avaliação de Documentos (Ctad) para pública para aprovação e divulgação, por meio de ato legal
dar suporte às atividades do conselho. Sua primeira tarefa que lhe confira legitimidade.
foi analisar e discutir a tabela de temporalidade elabora- A tabela de temporalidade é um instrumento arquivís-
da pelo grupo de trabalho Arquivo Nacional/SEPLAN, com tico resultante de avaliação, que tem por objetivos definir
o objetivo de torná-la aplicável também aos documentos prazos de guarda e destinação de documentos, com vista
produzidos pelos órgãos públicos nas esferas estadual e a garantir o acesso à informação a quantos dela necessi-
municipal, servindo como orientação a todos os órgãos tem. Sua estrutura básica deve necessariamente contem-
participantes do Sistema Nacional de Arquivos (Sinar). plar os conjuntos documentais produzidos e recebidos por
O modelo ora apresentado constitui-se em instrumen- uma instituição no exercício de suas atividades, os prazos
to básico para elaboração de tabelas referentes as ativi- de guarda nas fases corrente e intermediária, a destina-
dade-meio do serviço público, podendo ser adaptado de ção final – eliminação ou guarda permanente, além de um
acordo com os conjuntos documentais produzidos e rece- campo para observações necessárias à sua compreensão e
bidos. Vale ressaltar que a aplicação da tabela deverá estar aplicação.
condicionada à aprovação por instituição arquivística pú-
blica na sua específica esfera de competência. Apresentam-se a seguir diretrizes para a correta utiliza-
ção do instrumento:
Arquivamento e ordenação de documentos
1. Assunto: Neste campo são apresentados os con-
O arquivamento é o conjunto de técnicas e procedi- juntos documentais produzidos e recebidos, hierarquica-
mentos que visa ao acondicionamento e armazenamento mente distribuídos de acordo com as funções e atividades
dos documentos no arquivo. Devemos considerar duas for- desempenhadas pela instituição. Para possibilitar melhor
mas de arquivamento: A horizontal e a vertical. identificação do conteúdo da informação, foram emprega-
Arquivamento Horizontal: os documentos são dispos- das funções, atividades, espécies e tipos documentais, ge-
tos uns sobre os outros, ―deitados‖, dentro do mobiliário. nericamente denominados assuntos, agrupados segundo
É indicado para arquivos permanentes e para documentos um código de classificação, cujos conjuntos constituem o
de grandes dimensões, pois evitam marcas e dobras nos referencial para o arquivamento dos documentos.
mesmos. Como instrumento auxiliar, pode ser utilizado o índice,
Arquivamento Vertical: os documentos são dispostos que contém os conjuntos documentais ordenados alfabeti-
uns atrás dos outros dentro do mobiliário. É indicado para camente para agilizar a sua localização na tabela.
arquivos correntes, pois facilita a busca pela mobilidade
na disposição dos documentos. Para o arquivamento e 2. Prazos de guarda: Referem-se ao tempo necessário
ordenação dos documentos no arquivo, devemos consi- para arquivamento dos documentos nas fases corrente
derar tantos os métodos quanto os sistemas. Os Sistemas e intermediária, visando atender exclusivamente às ne-
de Arquivamento nada mais são do que a possibilidade ou cessidades da administração que os gerou, mencionado,
não de recuperação da informação sem o uso de instru- preferencialmente, em anos. Excepcionalmente, pode ser
mentos. Tudo o que isso quer dizer é apenas se precisa ou expresso a partir de uma ação concreta que deverá neces-
não de uma ferramenta (índice, tabela ou qualquer outro sariamente ocorrer em relação a um determinado conjunto
semelhante) para localizar um documento em um arquivo. documental. Entretanto, deve ser objetivo e direto na de-
Quando NÃO HÁ essa necessidade, dizemos que é um sis- finição da ação – exemplos: até aprovação das contas; até
tema direto de busca e/ou recuperação, como por exem- homologação da aposentadoria; e até quitação da dívida.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
O prazo estabelecido para a fase corrente relaciona-se ao pela preservação dos documentos e pelo acesso às infor-
período em que o documento é frequentemente consul- mações neles contidas. Outras instituições poderão manter
tado, exigindo sua permanência junto às unidades orga- seus arquivos permanentes, seguindo orientação técnica
nizacionais. A fase intermediária relaciona-se ao período dos arquivos públicos, garantindo o intercâmbio de infor-
em que o documento ainda é necessário à administração, mações sobre os respectivos acervos.
porém com menor frequência de uso, podendo ser trans-
ferido para depósito em outro local, embora à disposição 4. Observações: Neste campo são registradas informa-
desta. ções complementares e justificativas, necessárias à correta
A realidade arquivística no Brasil aponta para variadas aplicação da tabela. Incluem-se, ainda, orientações quanto
formas de concentração dos arquivos, seja ao nível da ad- à alteração do suporte da informação e aspectos elucidati-
ministração (fases corrente e intermediária), seja no âmbito vos quanto à destinação dos documentos, segundo a par-
dos arquivos públicos (permanentes ou históricos). Assim, ticularidade dos conjuntos documentais avaliados.
a distribuição dos prazos de guarda nas fases corrente e A necessidade de comunicação é tão antiga como a for-
intermediária foi definida a partir das seguintes variáveis: mação da sociedade humana, o homem, talvez na ânsia de se
I – Órgãos que possuem arquivo central e contam com perpetuar, teve sempre a preocupação de registrar suas ob-
serviços de arquivamento intermediário: servações, seu pensamento, para legá-los às gerações futuras.
Para os órgãos federais, estaduais e municipais que se Assim começou a escrita. Na sua essência. Isto nada
enquadram nesta variável, há necessidade de redistribui- mais é do que registrar e guardar. Por sua vez, no seu sen-
ção dos prazos, considerando-se as características de cada tido mais simples, guardar é arquivar.
fase, desde que o prazo total de guarda não seja alterado, Por muito tempo reinou uma completa confusão sobre
de forma a contemplar os seguintes setores arquivísticos: o verdadeiro sentido da biblioteca, museu e arquivo. Indis-
- arquivo setorial (fase corrente, que corresponde ao cutivelmente, por anos e anos, estas instituições tiveram
arquivo da unidade organizacional); mais ou menos o mesmo objetivo. Eram elas depósitos de
- arquivo central (fase intermediária I, que corresponde tudo o que se produzira a mente humana, isto é, do resul-
ao setor de arquivo geral/central da instituição); tado do trabalho intelectual e espiritual do homem.
- arquivo intermediário (fase intermediária II, que cor- O arquivo, quando bem organizado, transmite ordens,
responde ao depósito de arquivamento intermediário, ge- evita repetição desnecessárias de experiências, diminui a
ralmente subordinado à instituição arquivística pública nas
duplicidade de documentos, revela o que está por ser feito,
esferas federal, estadual e municipal).
o que já foi feito e os resultados obtidos. Constitui fonte de
II – Órgãos que possuem arquivo central e não contam
pesquisa para todos os ramos administrativos e auxilia o
com serviços de arquivamento intermediário: Nos órgãos
administrador a tomada de decisões.
situados nesta variável, as unidades organizacionais são
responsáveis pelo arquivamento corrente e o arquivo cen-
Acondicionamento, Armazenamento, Preservação
tral funciona como arquivo intermediário, obedecendo aos
e Conservação de Documentos de Arquivo
prazos previstos para esta fase e efetuando o recolhimento
ao arquivo permanente. Nos processos de produção, tramitação, organização e
III – Órgãos que não possuem arquivo central e contam acesso aos documentos, deverão ser observados procedi-
com serviços de arquivamento intermediário: Nesta variá- mentos específicos, de acordo com os diferentes gêneros
vel, as unidades organizacionais também funcionam como documentais, com vistas a assegurar sua preservação du-
arquivo corrente, transferindo os documentos – depois de rante o prazo de guarda estabelecido na tabela de tempo-
cessado o prazo previsto para esta fase – para o arquivo ralidade e destinação.
intermediário, que promoverá o recolhimento ao arquivo Alguns documentos, conforme as normas vigentes de-
permanente. verão ser produzidos em formatos padronizados. Os docu-
IV – Órgãos que não possuem arquivo central nem mentos identificados nas tabelas de temporalidade e des-
contam com serviços de arquivamento intermediário: tinação como de valor permanente deverão ser produzidos
Quanto aos órgãos situados nesta variável, as unidades em papéis alcalinos.
organizacionais são igualmente responsáveis pelo arquiva- Cabe acrescentar que:
mento corrente, ficando a guarda intermediária a cargo das - Os papéis das capas de processos devem ser alcali-
mesmas ou do arquivo público, o qual deverá assumir tais nos;
funções. - As presilhas devem ser em plástico ou metal não oxi-
dável;
3. Destinação final: Neste campo é registrada a desti- - As práticas de grampear e de colar documentos de-
nação estabelecida que pode ser a eliminação, quando o vem ser evitadas;
documento não apresenta valor secundário (probatório ou - Os dossiês, processos e volumes devem ser arquiva-
informativo) ou a guarda permanente, quando as informa- dos em pastas suspensas ou em caixas, de acordo com suas
ções contidas no documento são consideradas importan- dimensões.
tes para fins de prova, informação e pesquisa. Todos os documentos devem ser preservados em con-
A guarda permanente será sempre nas instituições ar- dições adequadas ao seu uso, pelos prazos de guarda es-
quivísticas públicas (Arquivo Nacional e arquivos públicos tabelecidos nas tabelas de temporalidade e destinação de
estaduais, do Distrito Federal e municipais), responsáveis documentos.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
A informação deve estar adequadamente identificada, - evitar tubulações hidráulicas, caixas d’água e quadros
classificada e controlada, para que a localização e a devolu- de energia elétrica sobre as áreas de depósito;
ção ao local de depósito sejam realizadas de forma ágil e sem - evitar todo tipo de material que possa promover risco
riscos de danos ou extravios. Para que esses procedimentos de propagação de fogo ou formação de gases, como ma-
sejam efetivos e possam assegurar a manutenção das condi- deiras, pinturas e revestimentos;
ções de acesso, eles devem ser regularmente revistos. - aumentar a resistência térmica ou a estanqueidade
É importante que os registros relativos aos documen- das paredes externas, em especial daquelas sujeitas à ação
tos sejam incorporados a um sistema de informações, direta de raios solares, por meio de isolamento térmico e/
como um banco de dados, e que os sistemas de recupera- ou pintura de cor clara, de efeito reflexivo. Além dos recur-
ção sejam amplamente compatíveis. sos construtivos utilizados para amenizar as temperaturas
internas, sempre que for possível, posicionar os depósitos
Áreas de Armazenamento nos prismas de menor insolação;
Todos os documentos devem ser armazenados em lo- - promover a ventilação dos ambientes de forma natu-
cais que apresentem condições ambientais apropriadas às ral ou artificial com soluções de baixo custo, inclusive com
suas necessidades de preservação, pelo prazo de guarda a disposição adequada do mobiliário, de forma a facilitar o
estabelecido em tabela de temporalidade e destinação. fluxo do ar;
- evitar a presença de pessoas em trabalho ou consulta
Áreas Externas em tais ambientes;
A localização de um depósito de arquivo deve prever - manter suprimento elétrico de emergência.
facilidades de acesso e de segurança contra perigos imi- Nas áreas de depósito, os documentos devem ser ar-
nentes, evitando-se, por exemplo: mazenados separadamente, de acordo com o seu suporte
- áreas de risco de vendavais e outras intempéries, e de e suas especificidades, a saber:
inundações, como margens de rios e subsolos; - documentos textuais, como manuscritos e impressos;
- áreas de risco de incêndios, próximas a postos de - documentos encadernados;
combustíveis, depósitos e distribuidoras de gases, e cons- - documentos textuais de grande formato;
- documentos cartográficos, como mapas e plantas ar-
truções irregulares;
quitetônicas;
- áreas próximas a indústrias pesadas com altos índices
- documentos iconográficos, como desenhos, gravuras
de poluição atmosférica, como refinarias de petróleo;
e cartazes;
- áreas próximas a instalações estratégicas, como in-
- documentos em meio micrográficos;
dústrias e depósitos de munições, de material bélico e ae-
- documentos fotográficos;
roportos.
- documentos sonoros;
- documentos cinematográficos;
Áreas Internas - documentos em meios magnéticos e ópticos.
As áreas de trabalho e de circulação de público deve-
rão atender às necessidades de funcionalidade e conforto, Os filmes em bases de nitrato e de acetato de celulose
enquanto as de armazenamento de documentos devem devem ser armazenados separadamente, de acordo com
ser totalmente independentes das demais. O manual Reco- sua base e condição de preservação.
mendações para a construção de arquivos, publicado pelo
CONARQ em 2000, reúne as indicações para a construção, Condições Ambientais
reforma e adequação de edifícios de arquivos. Quanto às condições climáticas, as áreas de pesquisa
• Áreas de Depósito e de trabalho devem receber tratamento diferenciado das
Nas áreas de depósito, os cuidados devem ser dirigi- áreas dos depósitos, as quais, por sua vez, também devem
dos a: se diferenciar entre si, considerando-se as necessidades es-
- evitar, principalmente, os subsolos e porões, em ra- pecíficas de preservação para cada tipo de suporte.
zão do grande risco de inundações, dando preferência a
terrenos mais elevados, distanciados do lençol freático. No Recomenda-se um estudo prévio das condições climá-
caso de depósitos em andares térreos, prever pisos mais ticas da região, nos casos de se elaborar um projeto de
elevados em relação ao solo e com boas condições de dre- construção ou reforma, com vistas a obter os melhores
nagem deste, pelas mesmas razões; benefícios, com baixo custo, em favor da preservação dos
- prever condições estruturais de resistência a cargas, acervos.
de acordo com as Recomendações para a construção de ar- A deterioração natural dos suportes dos documen-
quivos, do CONARQ; tos, ao longo do tempo, ocorre por reações químicas, que
- a área dos depósitos não deve exceder a 200m2. Se são aceleradas por flutuações e extremos de temperatura
necessário, os depósitos deverão ser compartimentados. e umidade relativa do ar e pela exposição aos poluentes
Os compartimentos devem ser independentes entre si, atmosféricos e às radiações luminosas, especialmente dos
separados por corredores, com acessos equipados com raios ultravioleta.
portas corta-fogo e, de preferência, também com sistemas A adoção dos parâmetros recomendados por diferen-
independentes de energia elétrica, de aeração ou de cli- tes autores (de temperatura entre 15° e 22° C e de umidade
matização; relativa entre 45% e 60%) exige, nos climas quentes e úmi-
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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dos, o emprego de meios mecânicos sofisticados, resul- Os documentos de valor permanente que apresentam
tando em altos custos de investimento em equipamentos, grandes formatos como mapas, plantas e cartazes, devem
manutenção e energia. ser armazenados horizontalmente, em mapotecas adequa-
Os índices muito elevados de temperatura e umidade das às suas medidas, ou enrolados sobre tubos confeccio-
relativa do ar, as variações bruscas e a falta de ventilação nados em cartão alcalino e acondicionados em armários ou
promovem a ocorrência de infestações de insetos e o de- gavetas. Nenhum documento deve ser armazenado direta-
senvolvimento de microorganismos, que aumentam as mente sobre o chão.
proporções dos danos. As mídias magnéticas, como fitas de vídeo, áudio e de
Com base nessas constatações, recomenda-se: computador, devem ser armazenadas longe de campos
- armazenar todos os documentos em condições am- magnéticos que possam causar a distorção ou a perda de
bientais que assegurem sua preservação, pelo prazo de dados. O armazenamento será preferencialmente em mo-
guarda estabelecido, isto é, em temperatura e umidade re- biliário de aço tratado com pintura sintética, de efeito an-
lativa do ar adequadas a cada suporte documental;
tiestático.
- monitorar as condições de temperatura e umidade
As embalagens protegem os documentos contra a
relativa do ar, utilizando pessoal treinado, a partir de meto-
poeira e danos acidentais, minimizam as variações externas
dologia previamente definida;
- utilizar preferencialmente soluções de baixo custo di- de temperatura e umidade relativa e reduzem os riscos de
recionadas à obtenção de níveis de temperatura e umidade danos por água e fogo em casos de desastre.
relativa estabilizados na média, evitando variações súbitas; As caixas de arquivo devem ser resistentes ao manu-
- reavaliar a utilidade de condicionadores mecânicos seio, ao peso dos documentos e à pressão, caso tenham de
quando os equipamentos de climatização não puderem ser ser empilhadas. Precisam ser mantidas em boas condições
mantidos em funcionamento sem interrupção; de conservação e limpeza, de forma a proteger os docu-
- proteger os documentos e suas embalagens da incidên- mentos.
cia direta de luz solar, por meio de filtros, persianas ou cortinas; As medidas de caixas, envelopes ou pastas devem res-
- monitorar os níveis de luminosidade, em especial das peitar formatos padronizados, e devem ser sempre supe-
radiações ultravioleta; riores às dos documentos que irão abrigar.
- reduzir ao máximo a radiação UV emitida por lâmpa- Todos os materiais usados para o armazenamento de
das fluorescentes, aplicando filtros bloqueadores aos tubos documentos permanentes devem manter-se quimicamente
ou às luminárias; estáveis ao longo do tempo, não podendo provocar quais-
- promover regularmente a limpeza e o controle de in- quer reações que afetem a preservação dos documentos.
setos rasteiros nas áreas de armazenamento; Os papéis e cartões empregados na produção de cai-
- manter um programa integrado de higienização do xas e invólucros devem ser alcalinos e corresponder às ex-
acervo e de prevenção de insetos; pectativas de preservação dos documentos.
- monitorar as condições do ar quanto à presença de No caso de caixas não confeccionados em cartão alca-
poeira e poluentes, procurando reduzir ao máximo os con- lino, recomenda-se o uso de invólucros internos de papel
taminantes, utilizando cortinas, filtros, bem como realizan- alcalino, para evitar o contato direto de documentos com
do o fechamento e a abertura controlada de janelas; materiais instáveis.
- armazenar os acervos de fotografias, filmes, meios
magnéticos e ópticos em condições climáticas especiais, Manuseio e Transporte
de baixa temperatura e umidade relativa, obtidas por meio O manuseio requer cuidados especiais, tanto pelos téc-
de equipamentos mecânicos bem dimensionados, sobre-
nicos, durante o tratamento dos documentos, quanto pelos
tudo para a manutenção da estabilidade dessas condições,
usuários, merecendo recomendações afixadas nas salas de
a saber: fotografias em preto e branco T 12ºC ± 1ºC e UR
trabalho e de consulta, a saber:
35% ± 5% fotografias em cor T 5ºC ± 1ºC e UR 35% ± 5%
filmes e registros magnéticos T 18ºC ± 1ºC e UR 40% ± 5%. - manusear os documentos originais com mãos limpas,
de preferência fazendo uso de luvas. Além de luvas, os téc-
Acondicionamento nicos devem também utilizar guarda-pós, e máscaras para
Os documentos devem ser acondicionados em mobi- o manuseio de documentos.
liário e invólucros apropriados, que assegurem sua preser- Esta recomendação atende à saúde de usuários e téc-
vação. nicos, considerando-se que no passado foi frequente o uso
A escolha deverá ser feita observando-se as caracte- de inseticidas, que em muitos casos ainda preservam ele-
rísticas físicas e a natureza de cada suporte. A confecção e vados níveis de toxidez.
a disposição do mobiliário deverão acatar as normas exis- Esporos de microorganismos também podem ser fato-
tentes sobre qualidade e resistência e sobre segurança no res de contaminação e toxidez;
trabalho. - utilizar também luvas e máscaras ao manusear foto-
O mobiliário facilita o acesso seguro aos documentos, grafias, filmes, microfilmes, discos e suportes magnéticos e
promove a proteção contra danos físicos, químicos e me- ópticos, considerando-se a fragilidade desses materiais e a
cânicos. Os documentos devem ser guardados em arqui- necessidade de proteção dos usuários;
vos, estantes, armários ou prateleiras, apropriados a cada - manusear documentos de grandes formatos em me-
suporte e formato. sas de grandes dimensões;
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- utilizar escadas seguras, especialmente desenhadas Uma vez elaborados, os planos de emergência irão re-
para a retirada de documentos das estantes, bem como querer recursos materiais e humanos, sendo interessante
carrinhos, para o seu transporte entre o depósito e a sala poder organizá-los de forma cooperativa, entre instituições
de consulta, visando à segurança no trabalho e à integrida- de uma mesma cidade ou região.
de dos documentos; Um plano de emergência contém as providências ne-
- transportar documentos entre seções, para expo- cessárias para o salvamento dos documentos. Entre os
sições ou para empréstimos externos ou serviços de ter- preparativos estão os de minimizar ao máximo os riscos
ceiros, como microfilmagem e conservação, seguindo de fogo, por meio de sistemas de alarmes e supressão au-
procedimentos padronizados de embalagem, transporte tomática, e todos os outros riscos potenciais, como vimos,
e manuseio, visando à preservação e segurança dos do- por meio de vistorias e manutenção periódicas.
cumentos. Acervos de grande importância para a instituição deve-
rão ser identificados com antecedência. O ideal é que este
Segurança
procedimento inclua uma planta baixa que indique clara-
Toda instituição arquivística deve contar com um Plano
mente a localização dos acervos prioritários para efeito de
de Emergência escrito, direcionado para a prevenção con-
resgate.
tra riscos potenciais e para o salvamento de acervos em
O plano de emergência contará com uma equipe téc-
situações de calamidade com fogo, água, insetos, roubo e
vandalismo. nica e uma administrativa com atribuições específicas, para
Este plano deve incluir: as várias atividades que irão demandar a pronta resposta
Um programa de manutenção do edifício, partindo de e a recuperação dos acervos atingidos, no caso de algum
um diagnóstico prévio do prédio e de sua localização, para sinistro.
identificar: Cada instituição deverá ter o seu próprio coordenador
- riscos geográficos e climáticos que possam ameaçar de emergência, mesmo que esteja organizada em um pla-
o prédio e o acervo; no cooperativo.
- vulnerabilidades do edifício, quanto à sua função de a) Coordenador – tomará as decisões e irá interagir
proteger os acervos; com os demais membros do grupo, com as equipes de
- níveis de vulnerabilidade dos materiais que compõem resgate técnica e administrativa e com as áreas técnicas e
o acervo; administrativas da instituição;
- vulnerabilidades administrativas (ex.: seguro, segu- b) Agentes de comunicação – farão contato com:
rança). - autoridades policiais, Corpo de Bombeiros ou Defesa
Civil;
Um plano de metas concretas e cronograma de prio- - áreas técnicas da instituição;
ridades para a eliminação do maior número possível de - demais instituições, imprensa;
riscos: - empresas fornecedoras de materiais.
- inspecionar regularmente o prédio; c) Especialistas de conservação, para os diferentes ti-
- manter em perfeitas condições de funcionamento os pos de acervo, que poderão ser da própria instituição ou
sistemas elétrico, hidráulico e de esgoto do prédio; externos, dentro de um programa de cooperação entre
- implantar um programa integrado contra pragas; instituições.
- instalar sistemas confiáveis de detecção e combate d) Equipe técnica substituta – quando os integrantes
de incêndio e de suprimento elétrico de emergência; da equipe titular não conseguirem chegar ao local a tempo.
- manter todo o acervo documental identificado e in-
Esta equipe deverá participar de todos os treinamentos e
ventariado;
simulações.
- implantar procedimentos de segurança e de limpeza
O plano deve ser testado e revisto em intervalos regu-
periódica nos depósitos.
lares, e todo o pessoal da instituição precisa estar familiari-
Um plano de salvamento e de segurança humanos: zado com ele, seja tendo participado de sua elaboração, ou
- formar e treinar periodicamente a brigada de incên- pelo treinamento nos procedimentos de emergência.
dio;
- utilizar sinalização de segurança e de escape para ca- Preservação e conservação de documentos de ar-
sos de emergência; quivo
- efetuar treinamentos e simulações periódicas de
emergência. Preservação: é um conjunto de medidas e estratégias
de ordem administrativa, política e operacional que contri-
Um plano de salvamento de acervos (plano de emer- buem direta ou indiretamente para a preservação da inte-
gência): gridade dos materiais.
As instituições depositárias de acervos deverão ter um Conservação: é um conjunto de ações estabilizadoras
plano de emergência escrito para salvamento do acervo que visam desacelerar o processo de degradação de do-
em casos de calamidade, atendendo às especificidades de cumentos ou objetos, por meio de controle ambiental e
seu acervo e às condições de localização do mesmo em de tratamentos específicos (higienização, reparos e acon-
suas dependências. dicionamento).
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Restauração: é um conjunto de medidas que objetivam Todos fazem parte do ambiente e atuam em conjunto.
a estabilização ou a reversão de danos físicos ou químicos Sem a pretensão de aprofundar as explicações cien-
adquiridos pelo documento ao longo do tempo e do uso, tíficas de tais fatores, podemos resumir suas ações da se-
intervindo de modo a não comprometer sua integridade e guinte forma:
seu caráter histórico. 1.1 Temperatura e umidade relativa: O calor e a umi-
dade contribuem significativamente para a destruição dos
FATORES DE DETERIORAÇÃO EM ACERVOS DE ARQUIVOS documentos, principalmente quando em suporte-papel. O
Conhecendo-se a natureza dos materiais componen- desequilíbrio de um interfere no equilíbrio do outro. O ca-
tes dos acervos e seu comportamento diante dos fatores lor acelera a deterioração. A velocidade de muitas reações
aos quais estão expostos, torna-se bastante fácil detectar químicas, inclusive as de deterioração, é dobrada a cada
elementos nocivos e traçar políticas de conservação para aumento de 10°C. A umidade relativa alta proporciona as
minimizá-los. condições necessárias para desencadear intensas reações
Os acervos de bibliotecas e arquivos são em geral químicas nos materiais. Evidências de temperatura e umi-
constituídos de livros, mapas, fotografias, obras de arte, dade relativa altas são detectadas com a presença de co-
revistas, manuscritos etc., que utilizam, em grande parte, lônias de fungos nos documentos, sejam estes em papel,
o papel como suporte da informação, além de tintas das couro, tecido ou outros materiais.
mais diversas composições. Umidade relativa do ar e temperatura muito baixas
O papel, por mais variada que possa ser sua com posi- transparecem em documentos distorcidos e ressecados.
ção, é formado basicamente por fibras de celulose prove- As flutuações de temperatura e umidade relativa do ar
nientes de diferentes origens. são muito mais nocivas do que os índices superiores aos
Cabe-nos, portanto, encontrar soluções que permitam considerados ideais, desde que estáveis e constantes. To-
oferecer o melhor conforto e estabilidade ao suporte da dos os materiais encontrados nos acervos são higroscópi-
maioria dos documentos, que é o papel. cos, isto é, absorvem e liberam umidade muito facilmente
A degradação da celulose ocorre quando agentes noci- e, portanto, se expandem e se contraem com as variações
vos atacam as ligações celulósicas, rompendo-as ou fazendo
de temperatura e umidade relativa do ar.
com que se agreguem a elas novos componentes que, uma
Essas variações dimensionais aceleram o processo de
vez instalados na molécula, desencadeiam reações químicas
deterioração e provocam danos visíveis aos documentos,
que levam ao rompimento das cadeias celulósicas.
ocasionando o craquelamento de tintas, ondulações nos
A acidez e a oxidação são os maiores processos de
papéis e nos materiais de revestimento de livros, danos nas
deterioração química da celulose. Também há os agentes
emulsões de fotos etc..
físicos de deterioração, responsáveis pelos danos mecâni-
cos dos documentos. Os mais frequentes são os insetos, os O mais recomendado é manter a temperatura o mais
roedores e o próprio homem. próximo possível de 20°C e a umidade relativa de 45% a
Resumindo, podemos dizer que consideramos agen- 50%, evitando-se de todas as formas as oscilações de 3°C
tes de deterioração dos acervos de bibliotecas e arquivos de temperatura e 10% de umidade relativa.
aqueles que levam os documentos a um estado de insta- O monitoramento, que nos dá as diretrizes para qual-
bilidade física ou química, com comprometimento de sua quer projeto de mudança, é feito através do termo higrô-
integridade e existência. metro (aparelho medidor da umidade e temperatura simul-
Embora, com muita frequência, não possamos elimi- taneamente).
nar totalmente as causas do processo de deterioração dos A circulação do ar ambiente representa um fator bas-
documentos, com certeza podemos diminuir consideravel- tante importante para amenizar os efeitos da temperatura
mente seu ritmo, através de cuidados com o ambiente, o e umidade relativa elevada.
manuseio, as intervenções e a higiene, entre outros. 1.2 Radiação da luz: Toda fonte de luz, seja ela natural
Antes de citar os principais fatores de degradação, tor- ou artificial, emite radiação nociva aos materiais de acer-
na-se indispensável dizer que existe estreita ligação entre vos, provocando consideráveis danos através da oxidação.
eles, o que faz com que o processo de deterioração tome O papel se torna frágil, quebradiço, amarelecido, escure-
proporções devastadoras. cido. As tintas desbotam ou mudam de cor, alterando a
Para facilitar a compreensão dos efeitos nocivos nos legibilidade dos documentos textuais, dos iconográficos e
acervos podemos classificar os agentes de deterioração das encadernações. O componente da luz que mais merece
em Fatores Ambientais, Fatores Biológicos, Intervenções atenção é a radiação ultravioleta (UV). Qualquer exposição
Impróprias, Agentes Biológicos, Furtos e Vandalismo. à luz, mesmo que por pouco tempo, é nociva e o dano é
cumulativo e irreversível. A luz pode ser de origem natural
1. Fatores ambientais (sol) e artificial, proveniente de lâmpadas incandescentes
Os agentes ambientais são exatamente aqueles que (tungstênio) e fluorescentes (vapor de mercúrio). Deve-se
existem no ambiente físico do acervo: Temperatura, Umi- evitar a luz natural e as lâmpadas fluorescentes, que são
dade Relativa do Ar, Radiação da Luz, Qualidade do Ar. fontes geradoras de UV. A intensidade da luz é medida
Num levantamento cuidadoso das condições de conser- através de um aparelho denominado luxímetro ou fotôme-
vação dos documentos de um acervo, é possível identificar tro.
facilmente as consequências desses fatores, quando não Algumas medidas podem ser tomadas para proteção
controlados dentro de uma margem de valores aceitável. dos acervos:
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- As janelas devem ser protegidas por cortinas ou per- mosfera local, nos materiais atacados e na própria colônia
sianas que bloqueiem totalmente o sol; essa medida tam- de fungos. Além da umidade e nutrientes, outras condições
bém ajuda no controle de temperatura, minimizando a ge- contribuem para o crescimento das colônias: temperatura
ração de calor durante o dia. elevada, falta de circulação de ar e falta de higiene.
- Filtros feitos de filmes especiais também ajudam no Os fungos, além de atacarem o substrato, fragilizando
controle da radiação UV, tanto nos vidros de janelas quan- o suporte, causam manchas de coloração diversas e inten-
to em lâmpadas fluorescentes (esses filmes têm prazo de sas de difícil remoção. A proliferação se dá através dos es-
vida limitado). poros que, em circunstâncias propícias, se reproduzem de
- Cuidados especiais devem ser considerados em ex- forma abundante e rápida.
posições de curto, médio e longo tempo: Se as condições, entretanto, forem adversas, esses es-
- não expor um objeto valioso por muito tempo; poros se tornam “dormentes”. A dormência ocorre quando
- manter o nível de luz o mais baixo possível; as condições ambientais se tornam desfavoráveis, como,
- não colocar lâmpadas dentro de vitrines; por exemplo, a umidade relativa do ar com índices baixos.
- proteger objetos com filtros especiais; Quando dormentes, os esporos ficam inativos e, por-
- certificar-se de que as vitrines sejam feitas de mate- tanto, não se reproduzem nem atacam os documentos.
riais que não danifiquem os documentos. Esse estado, porém, é reversível; se as condições forem
ideais, os esporos revivem e voltam a crescer e agir, mesmo
1.3 Qualidades do ar: O controle da qualidade do ar que tenham sido submetidos a congelamento ou secagem.
é essencial num programa de conservação de acervos. Os Os esporos ativos ou dormentes estão presentes em
poluentes contribuem pesadamente para a deterioração todos os lugares, em todas as salas, em cada peça do acer-
de materiais de bibliotecas e arquivos. Há dois tipos de vo e em todas as pessoas, mas não é tão difícil controlá-los.
poluentes – os gases e as partículas sólidas – que podem As medidas a serem adotadas para manter os acervos
ter duas origens: os que vêm do ambiente externo e os sob controle de infestação de fungos são:
gerados no próprio ambiente. Os poluentes externos são - estabelecer política de controle ambiental, principal-
principalmente o dióxido de enxofre (SO2), óxidos de ni- mente temperatura, umidade relativa e ar circulante, man-
trogênio (NO e NO2) e o Ozônio (O3). São gases que pro-
tendo os índices o mais próximo possível do ideal e evitan-
vocam reações químicas, com formação de ácidos que cau-
do oscilações acentuadas;
sam danos sérios e irreversíveis aos materiais. O papel fica
- praticar a higienização tanto do local quanto dos do-
quebradiço e descolorido; o couro perde a pele e deteriora.
cumentos, com metodologia e técnicas adequadas;
As partículas sólidas, além de carregarem gases poluentes,
- instruir o usuário e os funcionários com relação ao
agem como abrasivos e desfiguram os documentos. Agen-
manuseio dos documentos e regras de higiene do local;
tes poluentes podem ter origem no próprio ambiente do
acervo, como no caso de aplicação de vernizes, madeiras, - manter vigilância constante dos documentos con-
adesivos, tintas etc., que podem liberar gases prejudiciais à tra acidentes com água, secando-os imediatamente caso
conservação de todos os materiais. ocorram.
Observações importantes:
2. Agentes biológicos: Os agentes biológicos de dete- - O uso de fungicidas não é recomendado; os danos
rioração de acervos são, entre outros, os insetos (baratas, causados superam em muito a eficiência dos produtos so-
brocas, cupins), os roedores e os fungos, cuja presença bre os documentos.
depende quase que exclusivamente das condições am- - Caso se detecte situação de infestação, chamar pro-
bientais reinantes nas dependências onde se encontram os fissionais especializados em conservação de acervos.
documentos. Para que atuem sobre os documentos e pro- - Não limpar o ambiente com água, pois esta, ao secar,
liferem, necessitam de conforto ambiental e alimentação. O eleva a umidade relativa do ar, favorecendo a proliferação
conforto ambiental para praticamente todos os seres vivos de colônias de fungos.
está basicamente na temperatura e umidade relativa eleva- - Na higienização do ambiente, é recomendado o uso
das, pouca circulação de ar, falta de higiene etc. de aspirador.
Alguns conselhos para limpeza de material com fun-
2.1 Fungos: Os fungos representam um grupo grande gos:
de organismos. São conhecidos mais de 100.000 tipos que - Usar proteção pessoal: luvas de látex, máscaras, aven-
atuam em diferentes ambientes, atacando diversos subs- tais, toucas e óculos de proteção (nos casos de sensibilida-
tratos. No caso dos acervos de bibliotecas e arquivos, são de alérgica).
mais comuns aqueles que vivem dos nutrientes encontra- - Luvas, toucas e máscaras devem ser descartáveis.
dos nos documentos. Os fungos são organismos que se
reproduzem através de esporos e de forma muito intensa e 2.2 Roedores
rápida dentro de determinadas condições. Como qualquer A presença de roedores em recintos de bibliotecas e
outro ser vivo, necessitam de alimento e umidade para so- arquivos ocorre pelos mesmos motivos citados acima. Ten-
breviver e proliferar. O alimento provém dos papéis, ami- tar obstruir as possíveis entradas para os ambientes dos
dos (colas), couros, pigmentos, tecidos etc. A umidade é acervos é um começo. As iscas são válidas, mas para que
fator indispensável para o metabolismo dos nutrientes e surtam efeito devem ser definidas por especialistas em
para sua proliferação. Essa umidade é encontrada na at- zoonose. O produto deve ser eficiente, desde que não pro-
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voque a morte dos roedores no recinto. A profilaxia se faz Estes insetos precisam ser muito bem controlados: por
nos mesmos moldes citados acima: temperatura e umida- mais que se higienize o ambiente e se removam as larvas
de relativa controladas, além de higiene periódica. e resíduos, corre-se o risco de não eliminar totalmente os
ovos. Portanto, após a higienização, os documentos devem
2.3 Ataques de insetos: Baratas – Esses insetos atacam ser revistos de tempos em tempos.
tanto papel quanto revestimentos. A variedade também é Todo tratamento mais agressivo deve ser feito por pro-
grande. O ataque tem características bem próprias, reve- fissionais especializados, pois o uso de qualquer produto
lando-se principalmente por perdas de superfície e man- químico pode acarretar danos intensos aos documentos.
chas de excrementos. As baratas se reproduzem no próprio Cupins (Térmitas) – Os cupins representam risco não só
local e se tornam infestação muito rapidamente, caso não para as coleções como para o prédio em si.
sejam combatidas. São atraídas pelos mesmos fatores já Vivem em sociedades muito bem organizadas, repro-
mencionados: temperatura e umidade elevadas, resíduos duzem-se em ninhos e a ação é devastadora onde quer
de alimentos, falta de higiene no ambiente e no acervo. que ataquem. Na grande maioria das vezes, sua presença
Existem iscas para combater as baratas, mas, uma vez só é detectada depois de terem causado grandes danos.
instalada a infestação, devemos buscar a orientação de Os cupins percorrem áreas internas de alvenaria, tubu-
profissionais. lações, conduteis de instalações elétricas, rodapés, baten-
Brocas (Anobídios) – São insetos que causam danos tes de portas e janelas etc., muitas vezes fora do alcance
imensos em acervos, principalmente em livros. dos nossos olhos.
A sua presença se dá principalmente por falta de pro- Chegam aos acervos em ataques massivos, através de
grama de higienização das coleções e do ambiente e ocor- estantes coladas às paredes, caixas de interruptores de luz,
re muitas vezes por contato com material contaminado, assoalhos etc.
cujo ingresso no acervo não foi objeto de controle. Exigem Os ninhos não precisam obrigatoriamente estar dentro
vigilância constante, devido ao tipo de ataque que exer- dos edifícios das bibliotecas e arquivos.
cem. Os sintomas desse ataque são claros e inconfundíveis. Podem estar a muitos metros de distância, inclusive na
Para combatê-lo se torna necessário conhecer sua natureza base de árvores ou outros prédios.
e comportamento. As brocas têm um ciclo de vida em qua- Com muita frequência, quando os cupins atacam o
tro fases: ovos – larva – pupa – adulta. acervo, já estão instalados em todo o prédio. Da mesma
A fase de ataque ao acervo é a de larva. Esse inseto se forma que os outros agentes citados anteriormente, os
reproduz por acasalamento, que ocorre no próprio acervo. cupins se instalam em ambientes com índices de tempe-
Uma vez instalado, ataca não só o papel e seus derivados, ratura e umidade relativa elevados, ausência de boa circu-
como também a madeira do mobiliário, portas, pisos e to- lação de ar, falta de higienização e pouco manuseio dos
dos os materiais à base de celulose. documentos.
O ataque causa perda de suporte. A larva digere os No caso de ataque de cupim, não há como solucionar
materiais para chegar à fase adulta. Na fase adulta, acasala o problema sozinho. O ideal é buscar auxílio com um pro-
e põe ovos. Os ovos eclodem e o ciclo se repete. fissional especializado na área de conservação de acervos
As brocas precisam encontrar condições especiais que, para cuidar dos documentos atacados e outro profissional
como todos os outros agentes biológicos, são temperatura capacitado para cuidar do extermínio dos cupins que estão
e umidade relativa elevadas, falta de ar circulante e falta de na parte física do prédio. O tratamento recomendado para
higienização periódica no local e no acervo. o extermínio dos cupins ou para prevenção contra novos
A característica do ataque é o pó que se encontra na ataques é feito mediante barreiras químicas adequada-
estante em contato com o documento. mente projetadas.
Este pó contém saliva, excrementos, ovos e resíduos
de cola, papel etc. Em geral as brocas vão em busca do 3. Intervenções inadequadas nos acervos
adesivo de amido, instalando-se nos papelões das capas, Chamamos de intervenções inadequadas todos os pro-
no miolo e no suporte do miolo dos livros. As perdas são cedimentos de conservação que realizamos em um con-
em forma de orifícios bem redondinhos. junto de documentos com o objetivo de interromper ou
A higienização metódica é a única forma de se fazer o melhorar seu estado de degradação. Muitas vezes, com a
controle das condições de conservação dos documentos e, boa intenção de protegê-los, fazemos intervenções que re-
assim, detectar a presença dos insetos. Uma medida que sultam em danos ainda maiores.
deve ser obedecida sempre é a higienização e separação Nos acervos formados por livros, fotografias, docu-
de todo exemplar que for incorporado ao acervo, seja ele mentos impressos, documentos manuscritos, mapas, plan-
originário de doação, aquisição ou recolhimento. tas de arquitetura, obras de arte etc., é preciso ver que,
Quando o ataque se torna uma infestação, é preciso segundo sua natureza, cada um apresenta suportes, tintas,
buscar a ajuda de um profissional especializado. pigmentos, estruturas etc. completamente diferentes.
A providência a ser tomada é identificar o documento Qualquer tratamento que se queira aplicar exige um
atacado e, se possível, isolá-lo até tratamento. A higieniza- conhecimento das características individuais dos docu-
ção de infestados por brocas deve ser feita em lugar dis- mentos e dos materiais a serem empregados no proces-
tante, devido ao risco de espalhar ovos ou muitas larvas so de conservação. Todos os profissionais de bibliotecas
pelo ambiente. e arquivos devem ter noções básicas de conservação dos
71
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documentos com que lidam, seja para efetivamente exe- Alguns investimentos de baixo custo devem ser feitos,
cutá-la, seja para escolher os técnicos capazes de fazê-lo, a começar por:
controlando seu trabalho. Os conhecimentos de conserva- • treinamento dos profissionais na área da conservação
ção ajudam a manter equipes de controle ambiental, con- e preservação;
trole de infestações, higienização do ambiente e dos docu- • atualização desses profissionais (a conservação é uma
mentos, melhorando as condições do acervo. ciência em desenvolvimento constante e a cada dia novas
Pequenos reparos e acondicionamentos simples po- técnicas, materiais e equipamentos surgem para facilitar e
dem ser realizados por aqueles que tenham sido treinados melhorar a conservação dos documentos);
nas técnicas e critérios básicos de intervenção. • monitoração do ambiente – temperatura e umidade
relativa em níveis aceitáveis;
4. Problemas no manuseio de livros e documentos: O • uso de filtros e protetores contra a luz direta nos do-
manuseio inadequado dos documentos é um fator de de- cumentos;
gradação muito frequente em qualquer tipo de acervo. O • adoção de política de higienização do ambiente e dos
manuseio abrange todas as ações de tocar no documento, acervos;
sejam elas durante a higienização pelos funcionários da ins- • contato com profissionais experientes que possam
tituição, na remoção das estantes ou arquivos para uso do assessorar em caso de necessidade.
pesquisador, nas foto-reproduções, na pesquisa pelo usuário Conservação: critérios de intervenção para a estabiliza-
etc. O suporte-papel tem uma resistência determinada pelo ção de documentos
seu estado de conservação. Os critérios para higienização, Os documentos que sofrem algum tipo de dano apre-
por exemplo, devem ser formulados mediante avaliação do sentam um processo de deterioração que progressivamen-
estado de degradação do documento. Os limites devem ser te vai levá-los a um estado de perda total. Para evitar esse
obedecidos. Há documentos que, por mais que necessitem desfecho, interrompe-se o processo através de interven-
de limpeza, não podem ser manipulados durante um proce- ções que levam à estabilização do documento.
dimento de higienização, porque o tratamento seria muito Estabilizar um documento é, portanto, interromper
mais nocivo à sua integridade, que é o item mais importante
um processo que esteja deteriorando o suporte e/ou seus
a preservar, do que a eliminação da sujidade.
agregados, através de procedimentos mínimos de inter-
venção. Por exemplo: estabilizar por higienização significa
4.1 Furto e vandalismo: Um volume muito grande de do-
que uma limpeza mecânica corrige o processo de deterio-
cumentos em nossos acervos é vítima de furtos e vandalismo.
ração. No capítulo anterior, vimos os fatores de deteriora-
A falta de segurança e nenhuma política de controle
ção e seus efeitos nos documentos. O segundo passo será
são a causa desse desastre.
Além do furto, o vandalismo é muito frequente. A a intervenção nesse processo de deterioração, através de
quantidade de documentos mutilados aumenta dia a dia. estabilização dos documentos danificados.
Esse é o tipo de dano que, muitas vezes, só se constata Para se fazer qualquer intervenção, deve-se obedecer
muito tempo depois. É necessário implantar uma política a critérios de prioridade estabelecidos no tratamento dos
de proteção, mesmo que seja através de um sistema de acervos: de coleções gerais ou de obras raras, no caso de
segurança simples. bibliotecas, de documentos antigos ou mais recentes, no
Durante o período de fechamento das instituições, a caso de arquivos.
melhor proteção é feita com alarmes e detectores internos. Antes de qualquer intervenção, a primeira avaliação é
O problema é durante o horário de funcionamento, que é se nós somos capazes de executá-la.
quando os fatos acontecem. Alguns de nós seremos capazes e muitos outros não.
O recomendado é que se tenha uma só porta de entra- Esse é o primeiro critério a seguir.
da e saída das instalações onde se encontra o acervo, para Caso não nos julguemos com conhecimentos necessá-
ser usada tanto pelos consulentes/pesquisadores quanto rios, a solução é buscar algum especialista da área ou acon-
pelos funcionários. dicionar o documento enquanto aguardamos o momento
As janelas devem ser mantidas fechadas e trancadas. oportuno de intervir.
Nas áreas destinadas aos usuários, o encarregado precisa
ter uma visão de todas as mesas, permanecendo no local 6. Características gerais dos materiais empregados em
durante todo o horário de funcionamento. As chaves das conservação:
salas de acervo e o acesso a elas devem estar disponíveis Nos projetos de conservação/preservação de acervos
apenas a um número restrito de funcionários. de bibliotecas, arquivos e museus, é recomendado apenas
Na devolução dos documentos, é preciso que o funcio- o uso de materiais de qualidade arquivística, isto é, daque-
nário faça uma vistoria geral em cada um. les materiais livres de quaisquer impurezas, quimicamente
estáveis, resistentes, duráveis. Suas características, em re-
5. Fatores de deterioração - conclusão lação aos documentos onde são aplicados, distinguem-se
Como podemos ver, os danos são intensos e muitos pela estabilidade, neutralidade, reversibilidade e inércia. Os
são irreversíveis. Apesar de toda a problemática dos custos materiais não enquadrados nessa classificação não podem
de uma política de conservação, existem medidas que po- ser usados, pois apresentam problemas de instabilidade,
demos tomar sem despender grandes somas de dinheiro, reagem com o tempo e decompõem-se em outras subs-
minimizando drasticamente os efeitos desses agentes. tâncias que vão deteriorar os documentos com os quais
72
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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estão em contato. Além disso, são de natureza irreversível, • Os poluentes atmosféricos são altamente ácidos e,
ou seja, uma vez aplicados aos documentos não podem ser portanto, extremamente nocivos ao papel. São rapidamen-
removidos. te absorvidos, alterando seriamente o pH do papel.
Dentro das especificações positivas, encontramos vá-
rios materiais: os papéis e cartões alcalinos, os poliésteres 8.1.3 Avaliação do objeto a ser limpo
inertes, os adesivos alcalinos e reversíveis, os papéis orien- Cada objeto deve ser avaliado individualmente para
tais, borrachas plásticas etc., usados tanto para pequenas determinar se a higienização é necessária e se pode ser
intervenções sobre os documentos como para acondicio- realizada com segurança. No caso de termos as condições
namento. abaixo, provavelmente o tratamento não será possível:
• Fragilidade física do suporte – Objetos com áreas
7. Critérios para a escolha de técnicas e de materiais finas, perdas, rasgos intensos podem estar muito frágeis
para a conservação de acervos: para limpeza. Áreas com manchas e áreas atacadas por
Como já enfatizamos anteriormente, é muito impor-
fungos podem não resistir à limpeza: o suporte torna-se
tante ter conhecimentos básicos sobre os materiais que
escuro, quebradiço, manchado e, portanto, muito facil-
integram nossos acervos para que não corramos o risco de
mente danificado.
lhes causar mais danos.
Vários são os procedimentos que, apesar de simples, são Quando o papel se degrada, até mesmo um suave
de grande importância para a estabilização dos documentos. contato com o pó de borracha pode provocar a fragmen-
tação do documento.
8. Higienização: • Papéis de textura muito porosa – Não se deve passar
A sujidade é o agente de deterioração que mais afeta os borracha nesses materiais, pois a remoção das partículas
documentos. A sujidade não é inócua e, quando conjugada residuais com pincel se torna difícil:
a condições ambientais inadequadas, provoca reações de - papel japonês;
destruição de todos os suportes num acervo. Portanto, a - papel de textura fragilizada pelo ataque de fungos
higienização das coleções deve ser um hábito de rotina na (que degradam a celulose, consumindo a encolagem);
manutenção de bibliotecas ou arquivos, razão por que é - papel molhado (que perde a encolagem e, após a se-
considerada a conservação preventiva por excelência. cagem, torna-se frágil).
Durante a higienização de documentos, procedemos
também de forma simultânea a um levantamento de da- 8.1.4 Materiais usados para limpeza de superfície:
dos sobre suas condições de conservação, para efeitos de A remoção da sujidade superficial (que está solta so-
futuras intervenções. É hora Durante a higienização de do- bre o documento) é feita através de pincéis, flanela macia,
cumentos, procedemos também de forma simultânea a um aspirador e inúmeras outras ferramentas que se adaptam
levantamento de dados sobre suas condições de conserva- à técnica.
ção, para efeitos de futuras intervenções. É hora também Como já foi dito anteriormente, essa etapa é obrigató-
de executar os primeiros socorros para que um processo ria e sempre se realiza como primeiro tratamento, quais-
de deterioração em andamento seja interrompido, mesmo quer que sejam as outras intervenções previstas.
que não possa ser sanado no momento. • Pincéis: são muitos os tipos de pincéis utilizados na
limpeza mecânica, de diferentes formas, tamanhos, quali-
8.1 Processos de higienização: dade e tipos de cerdas (podem ser usados com carga es-
8.1.1 Limpeza de superfície: tática atritando as cerdas contra o nylon, material sintético
O processo de limpeza de acervos de bibliotecas e ar-
ou lã);
quivos se restringe à limpeza de superfície e, portanto, é
• Flanela: serve para remover sujidade de encaderna-
mecânica, feita a seco. A técnica é aplicada com o objetivo
ções, por exemplo;
de reduzir poeira, partículas sólidas, incrustações, resíduos
• Aspirador de pó: sempre com proteção de bocal e
de excrementos de insetos ou outros depósitos de super-
fície. Nesse processo, não se usam solventes. A limpeza de com potência de sucção controlada;
superfície é uma etapa independente de qualquer trata- • Outros materiais usados para a limpeza: bisturi, pinça,
mento mais intenso de conservação; é, porém, sempre a espátula, agulha, cotonete;
primeira etapa a ser realizada. • Materiais de apoio necessários para limpeza mecâ-
nica:
8.1.2 Razões que levam a realizar a limpeza do acervo: - raladores de plástico ou aço inox; borrachas de vinil;
• A sujidade escurece e desfigura o documento, preju- - fita-crepe;
dicando-o do ponto de vista estético. - lápis de borracha;
• As manchas ocorrem quando as partículas de poei- - luvas de látex ou algodão;
ra se umedecem, com a alta umidade relativa ou mesmo - máscaras;
por ataque de água, e penetram rapidamente no papel. A - papel mata-borrão;
sujeira e outras substâncias dissolvidas se depositam nas - pesos;
margens das áreas molhadas, provocando a formação de - poliéster (mylar);
manchas. A remoção dessas manchas requer a intervenção - folhas de papel siliconado;
de um restaurador. - microscópios;
73
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
Os livros, além do suporte-papel, exigem também tra- - Oxigenar as folhas várias vezes.
tamento de revestimento. Assim, o couro(inclui-se aqui o Num programa de manutenção, pode-se limpar a en-
pergaminho), tecidos e plastificados fazem parte dos ma- cadernação, cortes e aproximadamente as primeiras e últi-
teriais pertencentes aos livros. mas 15 folhas, que são as mais sujeitas a receber sujidade,
Para a limpeza de livros utilizamos trinchas de diferen- devido à estrutura das encadernações. Nos livros mais frá-
tes tamanhos, pincéis, flanelas macias, aspiradores de baixa geis, deve-se suportar o volume em estruturas adequadas
potência com proteção de boca, pinças, espátulas de me- durante a operação para evitar danos na manipulação e
tal, entre outros materiais. tratamento.
Na limpeza do couro, é recomendável somente a utili- Todo o documento que contiver gravuras ou outra téc-
zação de pincel e flanela macia, caso o couro esteja íntegro. nica de obra de arte no seu interior necessita um cuidado
Não se deve tratá-lo com óleos e solventes. redobrado. Antes de qualquer intervenção com pincéis,
A encadernação em pergaminho não necessita do trinchas, flanelas, é necessário examinar bem o documento,
mesmo tratamento do couro. Como é muito sensível à pois, nesse caso, só será recomendada a limpeza de super-
umidade, o tratamento aquoso deve ser evitado. Para sua fície se não houver nenhum risco de dano.
limpeza, apresenta bons resultados o uso de algodão em- No caso dos documentos impressos como os livros,
bebido em solvente de 50% de água e álcool. O algodão existe uma grande margem de segurança na resistência
precisa estar bem enxuto, e deve-se sempre buscar traba- das tintas em relação ao pincel. Mesmo assim, devemos
lhar o suporte em pequenas áreas de cada vez. Nessa lim- escolher o pincel de maciez adequada para cada situação.
peza, é importante ter muito cuidado com os pergaminhos Em relação às obras de arte, as técnicas são tão variadas e
muito ressecados e distorcidos. A fragilidade é intensa e as tintas de composições tão diversas que, de modo algum,
o documento pode desintegrar-se. A estabilização de per- se deve confiar na sua estabilidade frente à ação do pincel
gaminhos, nesse caso, requer os serviços de especialistas. ou outro material.
Há muita controvérsia no uso de Leather Dressing para
a hidratação dos couros. Os componentes das diversas 8.3 Higienização de documentos de arquivo:
fórmulas do produto variam muito (óleos, graxas, gordu-
Materiais arquivísticos têm os seus suportes geralmen-
ras) e, se mal aplicados, podem causar sérios problemas
te quebradiços, frágeis, distorcidos ou fragmentados. Isso
de conservação ao couro. A fórmula do British Museum é
se deve principalmente ao alto índice de acidez resultante
a mais usada e recomendada. O uso deve ser criterioso e
do uso de papéis de baixa qualidade. As más condições de
não indiscriminado. Em casos específicos de livros novos
armazenamento e o excesso de manuseio também contri-
de coleções de bibliotecas, pode ser apropriado o seu uso
buem para a degradação dos materiais. Tais documentos
como parte integrante de um programa de manutenção.
No caso dos revestimentos em tecido, a aplicação de têm que ser higienizados com muito critério e cuidado.
trincha ou aspirador é recomendável, caso sua integridade
o permita. 8.3.1 Documentos manuscritos:
Nas capas de livros revestidas em papel, pode ser uti- Os mesmos cuidados para com os livros devem ser to-
lizado pó de borracha ou diretamente a borracha, caso a mados em relação aos manuscritos. O exame dos docu-
integridade do papel e das tintas não fique comprometida mentos, testes de estabilidade de seus componentes para
com essa ação. o uso dos materiais de limpeza mecânica e critérios de in-
E, nos revestimentos plastificados (percalux e outros), tervenção devem ser cuidadosamente realizados.
deve-se usar apenas uma flanela seca e bem macia. As tintas ferrogálicas, conforme o caso podem destruir
Na limpeza do miolo do livro, utilizamos um pincel um documento pelo seu alto índice de acidez. Todo cuida-
macio, sem aplicar borracha ou pó de borracha. Além de do é pouco para manusear esses documentos. As espessas
agredir as tintas, o resíduo de borracha é permanente e de tintas encontradas em partituras de música, por exemplo,
difícil remoção. Os resíduos agem como abrasivos e per- podem estar soltas ou em estado de pó.
manecerão em contato com o suporte para sempre. Tintas, como de cópias de carbono, são fáceis de “bor-
rar”, ao mesmo tempo em que o tipo de papel utilizado
8.2.1 Limpeza de livros – metodologia em mesa de hi- para isso é fino e quebradiço, tornando o manuseio mui-
gienização to arriscado e a limpeza de superfície desaconselhável. As
- Encadernação (capa do livro) – limpar com trincha, áreas ilustradas e decorativas dos manuscritos iluminados
pincel macio, aspirador, flanela macia, conforme o estado são desenhadas com tintas à base de água que podem es-
da encadernação; tar secas e pulverulentas. A limpeza mecânica, nesses ca-
- Miolo (livro em si) – segurar firmemente o livro pela sos, deve ser evitada.
lombada, apertando o miolo. Com uma trincha ou pincel,
limpar os cortes, começando pela cabeça do livro, que é 8.3.2 Documentos em grande formato:
a área que está mais exposta à sujidade. Quando a sujei- Desenhos de Arquitetura – Os papéis de arquitetura
ra está muito incrustada e intensa, utilizar, primeiramente, (no geral em papel vegetal) podem ser limpos com pó de
aspirador de pó de baixa potência ou ainda um pedaço de borracha, após testes. Pode-se também usar um cotonete -
carpete sem uso; bem enxuto e embebido em álcool. Muito sensíveis à água,
- O miolo deve ser limpo com pincel folha a folha, esses papéis podem ter distorções causadas pela umidade
numa primeira higienização; que são irreversíveis ou de difícil remoção.
74
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Posters (Cartazes) – As tintas e suportes de posters são Eliminação de documentos
muito frágeis. Não se recomenda limpar a área pictórica. A eliminação de documentos é definida após a análise
Todo cuidado é pouco, até mesmo na escolha de seu acon- da Subcomissão de Avaliação, que julga os valores primário
dicionamento. e secundário dos documentos, seguindo os critérios indica-
Mapas – Os mapas coloridos à mão merecem uma dos neste manual e os prazos de arquivamento da Tabela
atenção especial na limpeza. Em mapas impressos, desde de Temporalidade.
que em boas condições, o pó de borracha pode ser aplica- Segundo a Resolução Federal nº 7, de 20/05/1997, de-
do para tratar grandes áreas. Os grandes mapas impressos, finida pelo CONARQ – Conselho.
muitas vezes, têm várias folhas de papel coladas entre si Nacional de Arquivos, o registro dos documentos a se-
nas margens, visando permitir uma impressão maior. Ao rem eliminados deverá ser efetuado por meio dos seguin-
fazer a limpeza de um documento desses, o cuidado com tes instrumentos, que são de guarda permanente:
as emendas deve ser redobrado, pois nessas, geralmen- § Listagem de Eliminação de Documentos. Tem por
te, ocorrem descolamentos que podem reter resíduos de objetivo registrar informações pertinentes aos documentos
borracha da limpeza, gerando degradação. Outros mapas a serem eliminados. Esta deve ser aprovada pela Comissão
são montados em linho ou algodão com cola de amido. O da Avaliação de Documentos – CAD.
verso desses documentos retém muita sujidade. Recomen- § Edital de Ciência de Eliminação de Documentos.
da-se remover o máximo com aspirador de pó (munido das Tem por objetivo tornar público, em periódicos oficiais, o
devidas proteções em seu bocal e no documento). ato de eliminação dos acervos arquivísticos. O modelo do
Edital de Ciência de Eliminação de Documentos baseia-se
9. Pequenos reparos: na Resolução Federal nº 5, de 30/09/1996, definida pelo
Os pequenos reparos são diminutas intervenções que CONARQ, que dispõe sobre o assunto e dá outras provi-
podemos executar visando interromper um processo de dências. (Formulário II).
deterioração em andamento. Essas pequenas intervenções § Termo de Eliminação de Documentos. Tem por ob-
devem obedecer a critérios rigorosos de ética e técnica e jetivo registrar as informações relativas ao ato de elimina-
têm a função de melhorar o estado de conservação dos
ção. (Formulário III).
documentos. Caso esses critérios não sejam obedecidos, o
risco de aumentar os danos é muito grande e muitas vezes
Os documentos que aguardam aprovação para sua eli-
de caráter irreversível.
minação devem ser acondicionados em caixas-box, identi-
Os livros raros e os documentos de arquivo mais an-
ficadas com lombadas específicas.
tigos devem ser tratados por especialistas da área. Os
demais documentos permitem algumas intervenções, de
Para algumas vias do documento, a eliminação pode
simples a moderadas. Os materiais utilizados para esse fim
ser efetuada no próprio arquivo corrente, pelos servidores
devem ser de qualidade arquivística e de caráter reversí-
vel. Da mesma forma, toda a intervenção deve obedecer daquela unidade, sob orientação da comissão ou grupo de
a técnicas e procedimentos reversíveis. Isso significa que, avaliação.
caso seja necessário reverter o processo, não pode existir De alguns documentos são eliminadas todas as vidas,
nenhum obstáculo na técnica e nos materiais utilizados. por não possuírem qualquer interesse para a guarda per-
Os procedimentos e técnicas para a realização de re- manente ou porque suas informações são importantes,
paros em documentos exigem os seguintes instrumentos:
- mesa de trabalho; Como classificar os documentos para eliminar
- pinça; Para os documentos que serão avaliados para destina-
- papel mata-borrão; ção final também se utiliza o assunto como critério classifi-
- entretela sem cola; cador, devendo proceder da seguinte maneira:
- placa de vidro;
- peso de mármore; 1. Separar os documentos por assunto;
- espátula de metal; 2. Localizar o assunto no Código de Classificação de
- espátula de osso; Documentos;
- pincel chato; 3. Anotar o Código/Assunto em folha A4 ou planilha,
- pincel fino; que será a folha de rosto dos documentos agrupados;
- filme de poliéster. 4. Acondicionar esses documentos utilizando uma cai-
xa arquivo para cada assunto/código pois será quantifica-
EPIs – Equipamentos de Proteção Individual - São os do no momento do preenchimento do formulário de elimi-
dispositivos de uso pessoal destinados a resguardar a saú- nação (Ver modelo de lombada nos anexos);
de e a integridade física do trabalhador. Devemos traba- 5. Colar nesta caixa a etiqueta padrão para Eliminação;
lhar sempre protegidos com avental, luva, máscara, toucas, 6. Caso o documento não pertença mais ao arquivo
óculos de proteção e pró-pé/bota. corrente, mas está em uma caixa aguardando avaliação, ou
A não-utilização de EPIs durante a realização do traba- seja, a definição de sua temporalidade, ele deverá ser agru-
lho, pode acarretar diversas manifestações alérgicas, como pado com os outros do mesmo código e acondicionado
rinite, irritação ocular, problemas respiratórios. em caixa arquivo com etiqueta padrão;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
7. O documento que já cumpriu a fase intermediária e Finalmente, um projeto de digitalização de docu-
é de guarda permanente, será higienizado e acondicionado mentos arquivísticos de valor permanente deve procurar
para futuro tratamento. atingir requisitos não apenas para as necessidades atuais,
mas também para o futuro, requisitos estes que garantam
Digitalização e controle de qualidade uma fidelidade maior e melhor ao original, formatos digi-
Essa recomendação visa auxiliar as instituições de- tais abertos, capacidade de interoperabilidade, evitando-
tentoras de acervos arquivísticos de valor permanente, na -se também em momento muito próximo a necessidade
concepção e execução de projetos e programas de digita- de refazer a digitalização, além de conseguir a satisfação
lização. dos usuários finais apresentando um produto que esteja de
O processo de digitalização pode desempenhar função acordo com as suas necessidades.
essencial no acesso aos documentos de arquivo e como
auxílio à sua preservação, constituindo-se como instru- Entendemos a digitalização como é um processo de
mento capaz de dar acesso simultâneo local ou remoto aos conversão dos documentos arquivísticos para formato di-
representantes digitais de diferentes gêneros documen- gital, e que consiste em unidades de dados binários, deno-
tais, como os documentos textuais, cartográficos e icono- minadas de bits, com os quais os computadores criam, re-
gráficos em suportes convencionais. cebem, processam, transmitem e armazenam dados. Todo
A digitalização de acervos é uma das ferramentas es- o tipo de documento que contenha textos, imagens (fixas
senciais ao acesso e à difusão dos acervos arquivísticos, ou em movimento) e áudio pode ser convertido para um
além de contribuir para a sua preservação, uma vez que formato digital similar, o que significa que o resultado des-
restringe o manuseio aos originais. Entretanto, não se pode sa conversão não é igual ao original.
privilegiar ações de digitalização em detrimento das ações De acordo com a natureza do documento arquivísti-
de conservação convencional dos acervos físicos custo- co original, diversos dispositivos tecnológicos (hardware)
diados em instituições arquivísticas, pois os originais são e programas de computadores (software) serão utilizados
únicos e insubstituíveis, quanto ao seu conteúdo como em para converter em dados binários o documento original
seus elementos materiais. para diferentes formatos digitais.
A adoção de um processo de digitalização implica no Representantes digitais dos documentos permanentes
conhecimento não só dos princípios da arquivologia, mas não os substituem como originais e que devem ser preser-
também das questões relacionadas à escolha e ao geren- vados. A digitalização, portanto é dirigida para o acesso,
ciamento do ambiente tecnológico em que se inserem os difusão e preservação do acervo documental.
representantes digitais. Isto quer dizer que os gestores das
instituições arquivísticas e os demais profissionais envolvi- Por que digitalizar:
dos deverão levar em consideração os custos de implan- ·Contribuir para o amplo acesso aos documentos ar-
tação do projeto de digitalização, compreendendo que quivísticos.
um processo como este exige necessariamente um pla- ·Incrementar a preservação e segurança dos documen-
nejamento de longo prazo, com previsão orçamentária e tos arquivísticos originais em outros suportes.
financeira capaz de garantir a atualização e a aquisição de ·Permitir o intercâmbio de acervos e de instrumentos
novas versões de software e hardware, seleção de formatos de pesquisa por meio de redes informatizadas.
digitais e a adoção de requisitos mínimos, que garantam a ·Promover a difusão e reprodução dos acervos arqui-
preservação e a acessibilidade a curto, médio e longo pra- vísticos não digitais, em formatos e apresentações diferen-
zo dos representantes digitais. ciados do formato original.
É fundamental reconhecer que um projeto de digitali-
zação envolve a captura digital, o processamento, o arma- Projeto de digitalização
zenamento e a distribuição, bem como o gerenciamento do Pressupõe-se que a organização arquivística dos docu-
ambiente tecnológico em que está inserido. A tomada de mentos e o estabelecimento de um programa de avaliação
decisão relativa à adoção da tecnologia digital deve prever e seleção dos conjuntos documentais a serem digitaliza-
a infra-estrutura para a implantação e sustentabilidade do dos, já tenham sido desenvolvidos, e o acervo arquivístico
projeto em longo prazo, além dos recursos orçamentários selecionado deve, previamente, estar higienizado, identifi-
e financeiros para a sua manutenção. cado e organizado (arranjo, descrição e indexação) antes
Devido à natureza complexa de um ambiente tec- do processo de digitalização.
nológico de rápidas mudanças e de elevados custos de Com a identificação das espécies documentais e das
implementação e manutenção para a obtenção de uma características físicas do acervo, do seu estado de conser-
qualidade arquivística é recomendável atuar em projetos vação, dos tipos e a quantificação será determinado, em
cooperativos, onde as entidades custodiadoras de acervos primeiro lugar, o menor caractere (linha, traço, ponto, man-
a serem digitalizados interajam com outras organizações cha de impressão) a ser digitalizado, a fim de se determinar
possuidoras de infra-estrutura tecnológica e pessoal téc- o tipo de equipamento, e a resolução a serem utilizados
nico especializado, que sirvam como repositórios digitais para a captura digital, oferecendo a criação de um repre-
de segurança e preservação a longo prazo, tendo ainda al- sentante digital com qualidade satisfatória para o uso que
gumas a finalidade de oferecer apropriada estrutura para se pretende dar (acesso, reprodução). Em segundo lugar
acesso aos representantes digitais. serão definidos os equipamentos de captura digital que
76
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
devem estar adequados às características físico-químicas Deve-se fazer a consulta aos Cadernos Técnicos do
de cada tipo de documento, de modo a não oferecer riscos CBPA, de nº 51 do CBPA: Requisitos de resolução digital
a integridade física do original. para textos: métodos para o estabelecimento de critérios
Como os documentos arquivísticos originais a serem de qualidade de imagem, e o Caderno Técnico de nº 44
digitalizados devem possuir as condições de conservação e O básico sobre o processo de digitalizar imagens, e a re-
manuseio que permitam, sem causar danos aos mesmos, o comendação do National Archives and Records Adminis-
processo de captura digital, recomenda-se a consulta aos tration (NARA). Technical Guidelines for Digitizing Archival
Cadernos Técnicos do Projeto de Conservação Preventiva Materials for Electronic Access: Creation ofProduction Master
de Bibliotecas e Arquivos - CPBA, de nºs 1 a 9: Armazena- Files – Raster Images For the Following Record Types- Tex-
gem e Manuseio; 10 a 12: Procedimentos de Conservação, tual, GraphicIllustrations/Artwork/Originals, Maps, Plans,
13 - Manual de Pequenos Reparos emLivros, nº 39 - Preser- Oversized, Photographs, Aerial Photographs,and Objects/
vação de fotografias: métodos básicos para salvaguardar Artifacts.
suas coleções e, nº 41 - Indicações para o cuidado e a iden-
tificação da base de filmes fotográficos. Parâmetros para a obtenção de qualidade da ima-
O processo de digitalização deverá ser realizado, pre- gem digital
ferencialmente, nas instalações das instituições detentoras A qualidade da imagem digital é o resultado dos se-
do acervo documental, evitando seu transporte e manu- guintes fatores: da resolução de escaneamento adotada,
seio inadequados, e a possibilidade de danos causados por da profundidade de bit, dos processos de interpolação
questões ambientais, roubo ou extravio. (quando utilizados) e dos níveis de compressão, além, das
Recomenda-se a digitalização de conjuntos documen- características dos próprios equipamentos e técnicas utili-
tais integrais, como fundos/coleções, ou séries. No entanto zadas nos procedimentos que resultam na imagem digital:
é possível digitalizar itens documentais isolados, devido à A resolução linear é determinada pelo número de pi-
constatação de alta frequência de acesso e uso, alto valor xels utilizados para apresentar a imagem, e expressa em
intrínseco6, estado de conservação, necessidade de incre- pontos por polegada (dpi) ou pixels por polegada (ppi) da
mentar a segurança sem, entretanto, descontextualizá-los vertical e horizontal da imagem digital (eixo X,Y). Quanto
do conjunto a que pertencem. maior o número de pixels utilizados no processo de captu-
ra digital de imagem, mais elevada será a resolução linear
Captura da imagem e, portanto, a possibilidade de representar a imagem origi-
O processo de captura da imagem deverá ser realizado nal com a riqueza de detalhes do documento original.
com o objetivo de garantir o máximo de fidelidade entre o A profundidade de bit é uma forma de mensuração
representante digital e o documento original, levando em para o número de bits utilizados para definir cada pixel.
consideração suas características físicas, estado de conser- Quanto maior o numero de bits para compor cada pixel,
vação e finalidade de uso do representante digital. maior será a escala de tonalidades de cinza (greyscale) –
No processo de captura digital dos documentos arqui- onde há um bit por pixel para as cores (modo de cores) a
vísticos, deve-se observar os parâmetros que possam sig- serem apresentadas. Quando só se utiliza um bit por pixel
nificar riscos ao documento original, desde as condições de denominamos de bitonal, ou seja, há apenas o preto ou o
manuseio, a definição dos equipamentos de captura, o tipo branco.
de iluminação, o estado de conservação e o valor intrínseco A interpolação em imagens digitais consiste na adição,
do documento. por meio de software, de novos pixels, a partir dos pixels
A definição de metodologia de processamento deve existentes. Seu propósito é fazer com que uma imagem
garantir a maior e melhor fidelidade do representante di- digital pareça sido capturada originalmente com maior re-
gital em relação ao documento original e registrar os me- solução. É para uso, por exemplo, em imagens pequenas,
tadados técnicos a respeito do ambiente tecnológico (do como thumbnails em sítios da internet é um recurso que
original, da captura digital, do formato digital) e as caracte- não pode ser utilizado para a geração de matrizes digitais.
rísticas físicas dos documentos originais. Para manter uma A compressão de formato de imagem digital é um re-
desejável fidelidade visual do representante digital em re- curso amplamente utilizado, tanto para armazenamento
lação ao documento original, recomenda-se que sejam di- quanto para a transmissão de dados, e muitos formatos di-
gitalizadas as capas, contracapas e envoltórios, bem como gitais e softwares de imagem permitem a sua compressão,
páginas sem impressão. o que os tornam menores em bits. Existem formatos de
É necessário que os equipamentos utilizados possibi- compressão sem perdas (lossless), ou de compressão com
litem a captura digital de um documento arquivístico de perdas (lossy). A compressão não deve afetar a qualidade
forma a garantir a geração de um representante digital que da imagem digital em relação a sua fidelidade visual em
reproduza, no mínimo, a mesma dimensão física do ori- relação ao original na escala 1:1.
ginal em escala 1:1, sem qualquer tipo de processamento
posterior através de softwares. Recomendamos a adoção Modelo de verificação da qualidade do representante
de resolução entre 300 a 600 dpi, sendo a resolução de 300 digital
dpi a menor possível para a obtenção de um representante Essa lista de verificação é para se obter um indicativo
digital com capacidade de reproduzir o original em escala de qualidade da captura digital e da criação dos represen-
1:1. tantes digitais. Matriz digital e das derivadas.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
Além da facilidade e velocidade de organização do Para escolha dos equipamentos pessoais ou para em-
GED, uma diferença importante dessa evolução tecnoló- presas, deve-se considerar as necessidades de digitali-
gica, é a questão do documento de papel estar sempre zação. Há diferentes scanners, com diferentes funções e
exposto ao meio; a tinta se apaga com o tempo, envelhe- essa escolha depende basicamente dos fatores abaixo:
ce, amassa, existe a exposição e risco de queimar, molhar, • Quantidade de documentos a serem digitaliza-
rasgar, etc. A perda total de documentos de papel é muito dos e ciclo diário: a quantidade que será digitalizada no
fácil. dia a dia.
Proteja seus documentos. Segurança de dados e back • Formato dos arquivos (A3, A4, fotos, filmes, car-
up automatizados tões, etc).
O GED pode incluir os documentos já criados digital- • Velocidade de digitalização.
mente, ou seja, que não vieram de documentos físicos. • Tamanho dos arquivos a serem armazenados.
Um sistema de GED é uma forma extremamente se- • Disponibilidade dos equipamentos (uso em re-
gura de acesso aos arquivos, todo o movimento digital des, departamentos, etc).
é gravado, e pode-se saber, quem, quantas vezes, hora e Para melhor custo-benefício da empresa ou pessoa
data que arquivo foi acessado. Há um registro completo do física, a escolha do Scanner depende da necessidade de
tráfego do seu documento. cada um, já há variações de modelos de Scanners que se
Os arquivos de uma empresa têm diversos graus de adaptam as necessidades do usuário.
confidencialidade e esse sistema assegura que apenas Hoje existem Scanners disponíveis que digitalizam
usuários autorizados possam acessar os documentos digi- até 210 folhas por minuto (os Scanners para Produção)
talizados. Existe usuário, senha e níveis de permissão para e Scanners de mesa que digitalizam até 100 páginas por
cada pessoa. minuto (os Scanners Profissionais de Alta Velocidade),
A questão da segurança contra Hackers também é como também existem scanners portáteis e compactos
pensada e criada especificamente. Os documentos estão que funcionam sem fonte de alimentação e que digitali-
salvos, porém em um sistema criptografado, que não per- zam até 20 páginas por minuto frente e verso.
mite que o Hacker consiga a informação completa do ar-
Scanners de rede permitem que usuários de médios e
quivo.
grandes escritórios compartilhem o mesmo equipamen-
Se ele consegue o acesso, que já é pouco provável,
to.
ele não consegue o acesso ao documento completo. Além
A escolha de um scanner profissional se destaca
desses sistemas de segurança, há muitos outros facilitado-
pela compactação de arquivos digitais e imagens sem
res pensados especificamente para a segurança e pratici-
perder a qualidade, ajuste de brilho automático e digitali-
dade no acesso aos documentos.
zação frente e verso (duplex) também automática dentre
Mas a segurança não deve ser pensada somente no
outras funcionalidades.
que diz respeito ao acesso não autorizado. Perdas de da-
dos também podem acontecer em meios digitais por mo- Além da diferença de velocidade e softwares comple-
tivos diversos, como defeitos nos equipamentos ou falhas tos e específicos para a ação de digitalização, os scanners
operacionais. se destacam por não precisarem de tanta frequência na
É imprescindível ter uma política de cópias de segu- limpeza e nas trocas dos consumíveis.
rança (back up) do seu acervo de documentos. Esta cópia
previne perdas ou documentos corrompidos de forma di- Compartilhamento e nuvem – A tecnologia da velo-
gital. cidade e praticidade
Sistemas de GED devem estar configurados para efe- Atualmente no mercado, além dos scanners, também
tuar as cópias automaticamente e de forma periódica. existem multifuncionais avançadas que sincronizam ta-
blets, celulares ou notebooks, com as funções de impres-
Como escolher o melhor equipamento para sua ne- são e digitalização.
cessidade Esta tecnologia permite operar os pedidos de im-
O principal equipamento necessário para a digitali- pressão e digitalização de qualquer um dos diversos apa-
zação de documentos é o Scanner. Você pode utilizar um relhos, via rede sem fio. Muitas vezes sem a necessidade
scanner profissional de maior volume ou um equipamento de um computador de mesa.
multifuncional O sistema permite sincronizar os arquivos digitaliza-
Atualmente existem disponíveis no mercado diversos dos com a nuvem (cloud computing), ou imprimir arqui-
tipos de equipamento de captura digital para imagens, que vos da nuvem, sem necessidade da conexão de cabos.
se aplicam aos diversos tipos de documentos arquivísticos. O armazenamento automático na nuvem, só facilita
A definição do equipamento de captura digital a ser utili- a segurança e organização dos arquivos e diminui a ne-
zado só poderá ser realizada após o minucioso exame do cessidade de espaço para armazenamento em seu com-
suporte original, considerando suas características físicas e putador ou rede.
estado de conservação, de forma a garantir aos represen- Vários outros aplicativos podem ser compatíveis com
tantes digitais a melhor fidelidade visual em relação aos essas multifuncionais, por exemplo: Facebook, Flicker, Pi-
documentos originais, e sem comprometer seu estado de casa, Googles docs, Evernote e Dropbox.
conservação.
79
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
Microfilmagem – A tecnologia da preservação CAPÍTULO I
A microfilmagem é o processo que transfere o con- Disposições Gerais
teúdo de um documento em papel, ou de outros tipos de
documentos para imagens em microfilme (filme fotográfi- Art. 1º É dever do Poder Público a gestão documental
co) com qualidade arquivística de até 500 anos. e a de proteção especial a documentos de arquivos, como
Uma área interessante que está inteiramente ligada ao instrumento de apoio à administração, à cultura, ao desen-
processo de microfilmagem é a de Arquivologia. volvimento científico e como elementos de prova e infor-
Esta área têm como finalidade a restauração de livros, mação.
desenhos, etc. e com a microfilmagem é possível guardar e
organizar os documentos recuperados de forma compacta, Art. 2º Consideram-se arquivos, para os fins desta lei,
reduzindo a necessidade de espaço para armazenamento os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por
desses documentos. órgãos públicos, instituições de caráter público e entidades
O documento microfilmado tem o mesmo valor do do- privadas, em decorrência do exercício de atividades espe-
cumento original. Isso permite que após a microfilmagem, cíficas, bem como por pessoa física, qualquer que seja o
a empresa possa eliminar o documento em papel, restando suporte da informação ou a natureza dos documentos.
apenas os rolos compactos de microfilme.
Art. 3º Considera-se gestão de documentos o conjunto
Conclusão – O mundo acompanha a tecnologia de procedimentos e operações técnicas referentes à sua
É preciso estar atualizado e rever as necessidades para produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento em
melhor adaptação à era tecnológica. O digital é o futuro fase corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou
no presente, novos conceitos e mudanças, não só opera- recolhimento para guarda permanente.
cionais, mas principalmente culturais.
O mundo digital só é implantado para melhora de ve- Art. 4º Todos têm direito a receber dos órgãos públicos
locidade nos processos feitos com folhas de papel, porque informações de seu interesse particular ou de interesse co-
letivo ou geral, contidas em documentos de arquivos, que
hoje, em qualquer parte do planeta, o mundo dos negócios
serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabili-
de exige agilidade. “Tempo é dinheiro”.
dade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à
As tecnologias estão a cada dia otimizando os aspec-
segurança da sociedade e do Estado, bem como à invio-
tos de rapidez de acesso às informações e observando
labilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da
cada vez mais o aumento da produtividade. A adaptação
imagem das pessoas.
ao processo digital é mais que essencial, afinal ninguém
quer parar a evolução e nem ficar pra trás.11
Art. 5º A Administração Pública franqueará a consulta
aos documentos públicos na forma desta lei.
Legislação Arquivística
Legislação arquivística Art. 6º Fica resguardado o direito de indenização pelo
dano material ou moral decorrente da violação do sigilo,
Papel da Legislação sem prejuízo das ações penal, civil e administrativa.
Normatizar a atuação do arquivista;
Regulamentar a atuação profissional e as ativida- CAPÍTULO II
des do arquivista junto aos documentos e aos arquivos; Dos Arquivos Públicos
Apresentar diretrizes para a gestão de arquivos
Estabelecer padrões para o desenvolvimento de Art. 7º Os arquivos públicos são os conjuntos de docu-
atividades de arquivo; mentos produzidos e recebidos, no exercício de suas ativi-
Garantir o desempenho de atividades conforme dades, por órgãos públicos de âmbito federal, estadual, do
normas gerais e disposições específicas para alguns tipos Distrito Federal e municipal em decorrência de suas fun-
de instituição; ções administrativas, legislativas e judiciárias.
Recomendar ações rotineiras e preventivas junto § 1º São também públicos os conjuntos de documen-
aos documentos de arquivo tos produzidos e recebidos por instituições de caráter pú-
blico, por entidades privadas encarregadas da gestão de
LEGISLAÇÃO serviços públicos no exercício de suas atividades.
Lei nº 8.159, de 08 de janeiro de 1991 § 2º A cessação de atividades de instituições públicas
LEI Nº 8.159, DE 8 DE JANEIRO DE 1991 e de caráter público implica o recolhimento de sua docu-
Dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos mentação à instituição arquivística pública ou a sua trans-
e privados e dá outras providências. ferência à instituição sucessora.
Decreto nº 4.073, de 03.01.02, regulamenta a Lei
8.159/91 Art. 8º Os documentos públicos são identificados como
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Con- correntes, intermediários e permanentes.
gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: § 1º Consideram-se documentos correntes aqueles em
curso ou que, mesmo sem movimentação, constituam ob-
11 http://netscandigital.com jeto de consultas frequentes.
80
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
§ 2º Consideram-se documentos intermediários aque- cutivo os arquivos do Ministério da Marinha, do Ministério
les que, não sendo de uso corrente nos órgãos produtores, das Relações Exteriores, do Ministério do Exército e do Mi-
por razões de interesse administrativo, aguardam a sua eli- nistério da Aeronáutica.
minação ou recolhimento para guarda permanente. § 2º São Arquivos Estaduais o arquivo do Poder Execu-
§ 3º Consideram-se permanentes os conjuntos de do- tivo, o arquivo do Poder Legislativo e o arquivo do Poder
cumentos de valor histórico, probatório e informativo que Judiciário.
devem ser definitivamente preservados. § 3º São Arquivos do Distrito Federal o arquivo do Po-
der Executivo, o Arquivo do Poder Legislativo e o arquivo
Art. 9º A eliminação de documentos produzidos por do Poder Judiciário.
instituições públicas e de caráter público será realizada § 4º São Arquivos Municipais o arquivo do Poder Exe-
mediante autorização da instituição arquivística pública, na cutivo e o arquivo do Poder Legislativo.
sua específica esfera de competência. § 5º Os arquivos públicos dos Territórios são organiza-
dos de acordo com sua estrutura político-jurídica.
Art. 10. Os documentos de valor permanente são ina-
lienáveis e imprescritíveis. Art. 18. Compete ao Arquivo Nacional a gestão e o re-
colhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo
CAPÍTULO III Poder Executivo Federal, bem como preservar e facultar o
Dos Arquivos Privados acesso aos documentos sob sua guarda, e acompanhar e
implementar a política nacional de arquivos.
Art. 11. Consideram-se arquivos privados os conjuntos Parágrafo único. Para o pleno exercício de suas fun-
de documentos produzidos ou recebidos por pessoas físi- ções, o Arquivo Nacional poderá criar unidades regionais.
cas ou jurídicas, em decorrência de suas atividades.
Art. 19. Competem aos arquivos do Poder Legislativo
Art. 12. Os arquivos privados podem ser identificados Federal a gestão e o recolhimento dos documentos produ-
pelo Poder Público como de interesse público e social, zidos e recebidos pelo Poder Legislativo Federal no exer-
desde que sejam considerados como conjuntos de fontes cício das suas funções, bem como preservar e facultar o
relevantes para a história e desenvolvimento científico na- acesso aos documentos sob sua guarda.
cional.
Art. 20. Competem aos arquivos do Poder Judiciário
Art. 13. Os arquivos privados identificados como de Federal a gestão e o recolhimento dos documentos produ-
interesse público e social não poderão ser alienados com zidos e recebidos pelo Poder Judiciário Federal no exercício
dispersão ou perda da unidade documental, nem transferi- de suas funções, tramitados em juízo e oriundos de cartó-
dos para o exterior. rios e secretarias, bem como preservar e facultar o acesso
Parágrafo único. Na alienação desses arquivos o Poder aos documentos sob sua guarda.
Público exercerá preferência na aquisição.
Art. 21. Legislação estadual, do Distrito Federal e muni-
Art. 14. O acesso aos documentos de arquivos privados cipal definirá os critérios de organização e vinculação dos
identificados como de interesse público e social poderá ser arquivos estaduais e municipais, bem como a gestão e o
franqueado mediante autorização de seu proprietário ou acesso aos documentos, observado o disposto na Consti-
possuidor. tuição Federal e nesta lei.
81
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
§ 1º O Conselho Nacional de Arquivos será presidido A eficiente gestão dos arquivos públicos municipais
pelo Diretor-Geral do Arquivo Nacional e integrado por contribui para uma melhor administração dos recursos das
representantes de instituições arquivísticas e acadêmicas, cidades e municípios, além de resguardar os mesmos de
públicas e privadas. penalidades civis e administrativas, que estes estão sujeitos
§ 2º A estrutura e funcionamento do conselho criado se não cumprirem a legislação em vigor ou ainda, se des-
neste artigo serão estabelecidos em regulamento. truírem documentos de valor permanente ou de interesse
público e social.
Art. 27. Esta lei entra em vigor na data de sua publica- A Gestão de Documentos no âmbito da administração
ção. pública atua na elaboração dos planos de classificação dos
documentos, TTD (Tabela Temporalidade Documental) e
Art. 28. Revogam-se as disposições em contrário. comissão permanente de avaliação. Desta forma é asse-
gurado o acesso rápido à informação e preservação dos
FERNANDO COLLOR documentos.
Jarbas Passarinho
Protocolo
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
Separar as correspondências de caráter ostensivo das A indexação é a operação que consiste em descrever
de caráter sigiloso, encaminhado as de caráter sigiloso aos e caracterizar um documento com o auxilio de represen-
seus respectivos destinatários; tações dos conceitos contidos nesses documentos, isto é,
Tomar conhecimento das correspondências de caráter em transcrever para linguagem documental os conceitos
ostensivos por meio da leitura, requisitando a existência de depois de terem sido extraídos dos documentos por meio
antecedentes, se existirem; de uma análise dos mesmos. A indexação permite uma
Classificar o documento de acordo com o método da pesquisa eficaz das informações contidas no acervo docu-
instituição, carimbando-o em seguida; mental.
Elaborar um resumo e encaminhar os documentos ao A indexação conduz ao registro dos conceitos contidos
protocolo. num documento de uma forma organizada e facilmente
Preparar a ficha de protocolo, em duas vias, anexando acessível, mediante a constituição de instrumentos de pes-
a segunda via da ficha ao documento; quisa documental como índices e catálogos alfabéticos de
Rearquivar as fichas de procedência e assunto, agora matérias. A informação contida num documento é repre-
com os dados das fichas de protocolo; sentada por um conjunto de conceitos ou combinações de
Arquivar as fichas de protocolo. conceitos.
A tramitação de um documento dentro de uma ins-
tituição depende diretamente se as etapas anteriores fo- A indexação processa-se em duas fases:
ram feitas da forma correta. Se feitas, fica mais fácil, com
o auxílio do protocolo, saber sua exata localização, seus a. Reconhecimento dos conceitos que contêm infor-
dados principais, como data de entrada, setores por que mação:
já passou, enfim, acompanhar o desenrolar de suas fun- Apreensão do conteúdo total do documento;
ções dentro da instituição. Isso agiliza as ações dentro da Identificação dos conceitos que representam esse con-
instituição, acelerando assim, processos que anteriormente teúdo;
encontravam dificuldades, como a não localização de do- Seleção dos conceitos necessários para uma pesquisa
cumentos, não se podendo assim, usá-los no sentido de posterior.
valor probatório, por exemplo.
Após cumprirem suas respectivas funções, os docu- b. Representação dos conceitos em linguagem do-
mentos devem ter seu destino decidido, seja este a sua eli- cumental com o auxílio dos instrumentos de indexação:
minação ou recolhimento. É nesta etapa que a expedição Servem ao indexador para indexar o documento;
de documentos torna-se importante, pois por meio dela, Servem ao utilizador para recuperar a informação;
fica mais fácil fazer uma avaliação do documento, poden- Contribuem para a uniformidade e consistência da in-
do-se assim decidir de uma forma mais confiável, o destino dexação;
do documento. Dentre as recomendações com relação à
expedição de documentos, destacam-se: Nos arquivos e centros, ou serviços de documentação,
Receber a correspondência, verificando a falta de ane- utilizam-se, normalmente, a indexação coordenada e a in-
xos e completando dados; dexação por temas.
Separar as cópias, expedindo o original;
Encaminhar as cópias ao Arquivo. Os parâmetros a ter em conta para realizar tarefa de
indexação são:
É importante citar que essas rotinas são apenas su-
gestões, afinal, cada instituição desenvolverá os processos a) Exaustividade
próprios, no entanto, a aplicação dessas rotinas inquestio- Todos os assuntos (conceitos) de que trata o documen-
navelmente facilita todo o processo de protocolo e arquivo. to estão representados na indexação;
Não existe seleção de termos. Especificidade.
Classificação de Documentos de Arquivo A descrição do conteúdo traduz, o mais próximo possí-
vel, a informação que o documento contém;
Os principais Sistemas ou Tipos de classificação utiliza- Não se utilizam termos de indexação demasiados ge-
dos em arquivos são: néricos ou demasiado específicos, relativamente aos con-
ceitos expressos no documento.
Classificação Alfabética
Classificação Numérica b) Uniformidade
Classificação Alfa-numérica É um parâmetro muito importante ligado a qualidade
Classificação Cronológica da indexação;
Classificação Geográfica Procura anular a sinonímia (palavras de significação
Classificação Ideológica idêntica ou parecida, mas não tem o mesmo valor e em-
Classificação Decimal prego), representando para um mesmo conceito a escolha
Classificação Decimal Universal (CDU) de um mesmo termo;
Classificação Automática Utiliza, sempre que possível, termos de estrutura idên-
tica para a representação de conceitos análogos.
83
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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c) Coerência - produção: concepção e gestão de formulários, pre-
Aplicação dos mesmos princípios e critérios de escolha paração e gestão de correspondência, gestão de informes e
para a resolução de casos análogos, implicando uma uni- diretrizes, fomento de sistemas de gestão da informação e
formidade intrínseca ao próprio sistema. aplicação de tecnologias modernas a esses processos;
- utilização e conservação: criação e melhoramen-
d) Pertinência to dos sistemas de arquivos e de recuperação de dados,
A indexação deve ser feita sempre em função do uti- gestão de correio e telecomunicações, seleção e uso de
lizador. equipamento reprográfico, análise de sistemas, produção e
manutenção de programas de documentos vitais e uso de
e) Eficácia automação e reprografia nestes processos;
Capacidade de um sistema de informação recuperar a - destinação: a identificação e descrição das séries
informação relevante, nele armazenada de uma forma efi- documentais, estabelecimento de programas de avaliação
caz e com o mínimo de custo. A qualidade num processo e destinação de documentos, arquivamento intermediário,
de indexação é influenciada pelos seguintes parâmetros: eliminação e recolhimento dos documentos de valor per-
Características dos instrumentos de indexação utiliza- manente às instituições arquivísticas.
dos;
Características do indexador: O código de classificação de documentos de arquivo é
um instrumento de trabalho utilizado para classificar todo
Pessoais: objetividade, imparcialidade, espírito de aná- e qualquer documento produzido ou recebido por um ór-
lise, capacidade de síntese, desenvolvimento intelectual, gão no exercício de suas funções e atividades. A classifica-
sociabilidade, cultura geral, cultura específica e outras. ção por assuntos é utilizada com o objetivo de agrupar os
Profissionais: conhecimento técnicos que permitam documentos sob um mesmo tema, como forma de agilizar
decisões acertadas, conhecimentos profundos acerca do sua recuperação e facilitar as tarefas arquivísticas relacio-
sistema de indexação em que está integrado. nadas com a avaliação, seleção, eliminação, transferência,
recolhimento e acesso a esses documentos, uma vez que
Plano de Classificação
o trabalho arquivístico é realizado com base no conteúdo
O objetivo primordial de uma eficaz estruturação dos ar-
do documento, o qual reflete a atividade que o gerou e
quivos consiste na criação de condições para a recuperação
determina o uso da informação nele contida. A classifica-
da informação de forma rápida, segura e eficaz. Por esta ra-
ção define, portanto, a organização física dos documentos
zão, se deve estabelecer no início de funcionamento de um
arquivados, constituindo-se em referencial básico para sua
arquivo, o plano de classificação ou plano do arquivo.
O conceito de classificação e o respectivo sistema clas- recuperação.
sificativo a ser adotado, são de uma importância decisiva No código de classificação, as funções, atividades, es-
na elaboração de um plano de classificação que permita pécies e tipos documentais genericamente denominados
um bom funcionamento do arquivo. É uma tarefa muito assuntos, encontram-se hierarquicamente distribuídos de
importante, primordial, difícil e morosa e deve ser elabora- acordo com as funções e atividades desempenhadas pelo
da com o máximo cuidado de forma a não se cometerem órgão. Em outras palavras, os assuntos recebem códigos
erros que se repercutirão na estrutura e bom funcionamen- numéricos, os quais refletem a hierarquia funcional do ór-
to do arquivo. gão, definida através de classes, subclasses, grupos e sub-
Um bom plano de classificação deve possuir as seguin- grupos, partindo-se sempre do geral para o particular.
tes características: A classificação deve ser realizada por servidores treina-
dos, de acordo com as seguintes operações.
Satisfazer as necessidades práticas do serviço, adotando
critérios que potenciem a resolução dos problemas. Quanto a) ESTUDO: consiste na leitura de cada documento, a
mais simples forem as regras de classificação adotadas, tanto fim de verificar sob que assunto deverá ser classificado e
melhor se efetuará a ordenação da documentação; quais as referências cruzadas que lhe corresponderão. A
A sua construção deve estar de acordo com as atribui- referência cruzada é um mecanismo adotado quando o
ções do organismo (divisão de competências) ou em última conteúdo do documento se refere a dois ou mais assuntos.
análise, focando a estrutura das entidades de onde provém b) CODIFICAÇÃO: consiste na atribuição do código cor-
a correspondência; respondente ao assunto de que trata o documento.
Deverá ter em conta a evolução futura das atribuições
do serviço deixando espaço livre para novas inclusões; Rotinas correspondentes às operações de classificação
Ser revista periodicamente, corrigindo os erros ou
classificações mal efetuadas, e promover a sua atualização 1. Receber o documento para classificação;
sempre que se entender conveniente. 2. Ler o documento, identificando o assunto principal e
o(s) secundário(s) de
A função da gestão de documentos e arquivos nos sis- acordo com seu conteúdo;
temas nacionais de informação, segundo o qual um pro- 3. Localizar o(s) assunto(s) no Código de classificação
grama geral de gestão de documentos, para alcançar eco- de documentos de arquivo, utilizando o índice, quando ne-
nomia e eficácia, envolve as seguintes fases: cessário;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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4. Anotar o código na primeira folha do documento; dar suporte às atividades do conselho. Sua primeira tarefa
5. Preencher a(s) folha(s) de referência, para os assun- foi analisar e discutir a tabela de temporalidade elabora-
tos secundários. da pelo grupo de trabalho Arquivo Nacional/SEPLAN, com
o objetivo de torná-la aplicável também aos documentos
A avaliação constitui-se em atividade essencial do ci- produzidos pelos órgãos públicos nas esferas estadual e
clo de vida documental arquivístico, na medida em que municipal, servindo como orientação a todos os órgãos
define quais documentos serão preservados para fins ad- participantes do Sistema Nacional de Arquivos (Sinar).
ministrativos ou de pesquisa e em que momento poderão O modelo ora apresentado constitui-se em instrumen-
ser eliminados ou destinados aos arquivos intermediário to básico para elaboração de tabelas referentes às ativi-
e permanente, segundo o valor e o potencial de uso que dade-meio do serviço público, podendo ser adaptado de
apresentam para a administração que os gerou e para a acordo com os conjuntos documentais produzidos e rece-
sociedade. bidos. Vale ressaltar que a aplicação da tabela deverá estar
Os primeiros atos legais destinados a disciplinar a ava- condicionada à aprovação por instituição arquivística pú-
liação de documentos no serviço público datam do final do blica na sua específica esfera de competência.
século passado, em países da Europa, nos Estados Unidos
e no Canadá. No Brasil, a preocupação com a avaliação de Tabela de Temporalidade
documentos públicos não é recente, mas o primeiro passo A tabela de temporalidade deverá contemplar as ati-
para sua regulamentação ocorreu efetivamente com a lei vidade-meio e atividades-fim de cada órgão público. Desta
federal nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que em seu artigo forma, caberá aos mesmos definir a temporalidade e des-
9º dispõe que “a eliminação de documentos produzidos tinação dos documentos relativos às suas atividades espe-
por instituições públicas e de caráter público será realizada cíficas, complementando a tabela básica. Posteriormente,
mediante autorização de instituição arquivística pública, na esta deverá ser encaminhada à instituição arquivística pú-
sua específica esfera de competência”. blica para aprovação e divulgação, por meio de ato legal
O Arquivo Nacional publicou em 1985 manual técni- que lhe confira legitimidade.
co sob o título Orientação para avaliação e arquivamento A tabela de temporalidade é um instrumento arquivís-
intermediário em arquivos públicos, do qual constam dire- tico resultante de avaliação, que tem por objetivos definir
trizes gerais para a realização da avaliação e para a elabo- prazos de guarda e destinação de documentos, com vista
ração de tabelas de temporalidade. Em 1986, iniciaram-se a garantir o acesso à informação a quantos dela necessi-
as primeiras atividades de avaliação dos acervos de caráter tem. Sua estrutura básica deve necessariamente contem-
intermediário sob a guarda da então Divisão de Pré-Ar- plar os conjuntos documentais produzidos e recebidos por
quivo do Arquivo Nacional, desta vez com a preocupação uma instituição no exercício de suas atividades, os prazos
de estabelecer prazos de guarda com vista à eliminação de guarda nas fases corrente e intermediária, a destina-
e, consequentemente, à redução do volume documental e ção final – eliminação ou guarda permanente, além de um
racionalização do espaço físico. campo para observações necessárias à sua compreensão e
A metodologia adotada à época envolveu pesquisas aplicação.
na legislação que regula a prescrição de documentos ad-
ministrativos, e entrevistas com historiadores e servidores
Apresentam-se a seguir diretrizes para a correta utiliza-
responsáveis pela execução das atividades nos órgãos pú-
ção do instrumento:
blicos, que forneceram as informações relativas aos valores
primário e secundário dos documentos, isto é, ao seu po-
1. Assunto: Neste campo são apresentados os con-
tencial de uso para fins administrativos e de pesquisa, res-
juntos documentais produzidos e recebidos, hierarquica-
pectivamente. Concluídos os trabalhos, ainda que restrito à
mente distribuídos de acordo com as funções e atividades
documentação já depositada no arquivo intermediário do
Arquivo Nacional, foi constituída, em 1993, uma Comissão desempenhadas pela instituição. Para possibilitar melhor
Interna de Avaliação que referendou os prazos de guarda e identificação do conteúdo da informação, foram emprega-
destinação propostos. das funções, atividades, espécies e tipos documentais, ge-
Com o objetivo de elaborar uma tabela de tempora- nericamente denominados assuntos, agrupados segundo
lidade para documentos da então Secretaria de Planeja- um código de classificação, cujos conjuntos constituem o
mento, Orçamento e Coordenação (SEPLAN), foi criado, referencial para o arquivamento dos documentos.
em 1993, um grupo de trabalho composto por técnicos Como instrumento auxiliar, pode ser utilizado o índice,
do Arquivo Nacional e daquela secretaria, cujos resultados, que contém os conjuntos documentais ordenados alfabeti-
relativos às atividade-meio, serviriam de subsídio ao es- camente para agilizar a sua localização na tabela.
tabelecimento de prazos de guarda e destinação para os
documentos da administração pública federal. A tabela, 2. Prazos de guarda: Referem-se ao tempo necessário
elaborada com base nas experiências já desenvolvidas pe- para arquivamento dos documentos nas fases corrente
los dois órgãos, foi encaminhada, em 1994, à Direção Geral e intermediária, visando atender exclusivamente às ne-
do Arquivo Nacional para aprovação. cessidades da administração que os gerou, mencionado,
Com a instalação do Conselho Nacional de Arquivos preferencialmente, em anos. Excepcionalmente, pode ser
(Conarq), em novembro de 1994, foi criada, dentre outras, expresso a partir de uma ação concreta que deverá neces-
a Câmara Técnica de Avaliação de Documentos (Ctad) para sariamente ocorrer em relação a um determinado conjunto
85
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
documental. Entretanto, deve ser objetivo e direto na de- A guarda permanente será sempre nas instituições ar-
finição da ação – exemplos: até aprovação das contas; até quivísticas públicas (Arquivo Nacional e arquivos públicos
homologação da aposentadoria; e até quitação da dívida. estaduais, do Distrito Federal e municipais), responsáveis
O prazo estabelecido para a fase corrente relaciona-se ao pela preservação dos documentos e pelo acesso às infor-
período em que o documento é frequentemente consul- mações neles contidas. Outras instituições poderão manter
tado, exigindo sua permanência junto às unidades orga- seus arquivos permanentes, seguindo orientação técnica
nizacionais. A fase intermediária relaciona-se ao período dos arquivos públicos, garantindo o intercâmbio de infor-
em que o documento ainda é necessário à administração, mações sobre os respectivos acervos.
porém com menor frequência de uso, podendo ser trans-
ferido para depósito em outro local, embora à disposição 4. Observações: Neste campo são registradas informa-
desta. ções complementares e justificativas, necessárias à correta
A realidade arquivística no Brasil aponta para variadas aplicação da tabela. Incluem-se, ainda, orientações quanto
formas de concentração dos arquivos, seja ao nível da ad- à alteração do suporte da informação e aspectos elucidati-
ministração (fases corrente e intermediária), seja no âmbito vos quanto à destinação dos documentos, segundo a par-
dos arquivos públicos (permanentes ou históricos). Assim, ticularidade dos conjuntos documentais avaliados.
a distribuição dos prazos de guarda nas fases corrente e A necessidade de comunicação é tão antiga como a for-
intermediária foi definida a partir das seguintes variáveis: mação da sociedade humana, o homem, talvez na ânsia de se
I – Órgãos que possuem arquivo central e contam com perpetuar, teve sempre a preocupação de registrar suas ob-
serviços de arquivamento intermediário: servações, seu pensamento, para os legar às gerações futuras.
Para os órgãos federais, estaduais e municipais que se Assim começou a escrita. Na sua essência. Isto nada
enquadram nesta variável, há necessidade de redistribui- mais é do que registrar e guardar. Por sua vez, no seu sen-
ção dos prazos, considerando-se as características de cada tido mais simples, guardar é arquivar.
fase, desde que o prazo total de guarda não seja alterado, Por muito tempo reinou uma completa confusão sobre
de forma a contemplar os seguintes setores arquivísticos: o verdadeiro sentido da biblioteca, museu e arquivo. Indis-
- arquivo setorial (fase corrente, que corresponde ao cutivelmente, por anos e anos, estas instituições tiveram
arquivo da unidade organizacional); mais ou menos o mesmo objetivo. Eram elas depósitos de
- arquivo central (fase intermediária I, que corresponde tudo o que se produzira a mente humana, isto é, do resul-
ao setor de arquivo geral/central da instituição); tado do trabalho intelectual e espiritual do homem.
- arquivo intermediário (fase intermediária II, que cor- O arquivo, quando bem organizado, transmite ordens,
responde ao depósito de arquivamento intermediário, ge- evita repetição desnecessárias de experiências, diminui a
ralmente subordinado à instituição arquivística pública nas duplicidade de documentos, revela o que está por ser feito,
esferas federal, estadual e municipal). o que já foi feito e os resultados obtidos. Constitui fonte de
II – Órgãos que possuem arquivo central e não contam pesquisa para todos os ramos administrativos e auxilia o
com serviços de arquivamento intermediário: Nos órgãos administrador a tomada de decisões.
situados nesta variável, as unidades organizacionais são
responsáveis pelo arquivamento corrente e o arquivo cen- Sobre os tipos de correspondências oficiais veremos o
tral funciona como arquivo intermediário, obedecendo aos assunto de forma mais aprofundada abaixo no tópico 6.
prazos previstos para esta fase e efetuando o recolhimento
ao arquivo permanente.
III – Órgãos que não possuem arquivo central e contam
com serviços de arquivamento intermediário: Nesta variá- 16. ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO.
vel, as unidades organizacionais também funcionam como
arquivo corrente, transferindo os documentos – depois de
cessado o prazo previsto para esta fase – para o arquivo
intermediário, que promoverá o recolhimento ao arquivo Quando se fala em ética na função pública, não se trata
permanente. do simples respeito à moral social: a obrigação ética no se-
IV – Órgãos que não possuem arquivo central nem tor público vai além e encontra-se disciplinada em detalhes
contam com serviços de arquivamento intermediário: na legislação, tanto na esfera constitucional (notadamente
Quanto aos órgãos situados nesta variável, as unidades no artigo 37) quanto na ordinária (em que se destaca a
organizacionais são igualmente responsáveis pelo arquiva- Lei n° 8.429/92 - Lei de Improbidade Administrativa, a qual
mento corrente, ficando a guarda intermediária a cargo das traz um amplo conceito de funcionário público no qual po-
mesmas ou do arquivo público, o qual deverá assumir tais dem ser incluídos os servidores do Banco do Brasil). Ocorre
funções. que o funcionário de uma instituição financeira da qual o
Estado participe de certo modo exterioriza os valores es-
3. Destinação final: Neste campo é registrada a desti- tatais, sendo que o Estado é o ente que possui a maior
nação estabelecida que pode ser a eliminação, quando o necessidade de respeito à ética. Por isso, o servidor além
documento não apresenta valor secundário (probatório ou de poder incidir em ato de improbidade administrativa (cí-
informativo) ou a guarda permanente, quando as informa- vel), poderá praticar crime contra a Administração Pública
ções contidas no documento são consideradas importan- (penal). Então, a ética profissional daquele que serve algum
tes para fins de prova, informação e pesquisa. interesse estatal deve ser ainda mais consolidada.
86
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
Se a Ética, num sentido amplo, é composta por ao me- do Estado tomam uma atitude correta perante os ditames
nos dois elementos - a Moral e o Direito (justo); no caso da éticos há uma ampliação e uma consolidação do valor ético
disciplina da Ética no Setor Público a expressão é adotada do Estado.
num sentido estrito - ética corresponde ao valor do justo, Alguns cidadãos recebem poderes e funções específi-
previsto no Direito vigente, o qual é estabelecido com um cas dentro da administração pública, passando a desem-
olhar atento às prescrições da Moral para a vida social. Em penhar um papel de fundamental interesse para o Estado.
outras palavras, quando se fala em ética no âmbito dos in- Quando estiver nesta condição, mais ainda, será exigido o
teresses do Estado não se deve pensar apenas na Moral, respeito à ética. Afinal, o Estado é responsável pela manu-
mas sim em efetivas normas jurídicas que a regulamentam, tenção da sociedade, que espera dele uma conduta ilibada
o que permite a aplicação de sanções. Veja o organograma: e transparente.
Quando uma pessoa é nomeada como servidor públi-
co, passa a ser uma extensão daquilo que o Estado repre-
senta na sociedade, devendo, por isso, respeitar ao máximo
todos os consagrados preceitos éticos.
Todas as profissões reclamam um agir ético dos que a
exercem, o qual geralmente se encontra consubstanciado
em Códigos de Ética diversos atribuídos a cada categoria
profissional. No caso das profissões na esfera pública, esta
exigência se amplia.
Não se trata do simples respeito à moral social: a obri-
gação ética no setor público vai além e encontra-se disci-
plinada em detalhes na legislação, tanto na esfera constitu-
cional (notadamente no artigo 37) quanto na ordinária (em
que se destacam o Decreto n° 1.171/94 - Código de Ética
- a Lei n° 8.429/92 - Lei de Improbidade Administrativa - e
As regras éticas do setor público são mais do que regu- a Lei n° 8.112/90 - regime jurídico dos servidores públicos
lamentos morais, são normas jurídicas e, como tais, passí- civis na esfera federal).
veis de coação. A desobediência ao princípio da moralida- Em verdade, “[...] a profissão, como exercício habitual
de caracteriza ato de improbidade administrativa, sujeitan- de uma tarefa, a serviço de outras pessoas, insere-se no com-
do o servidor às penas previstas em lei. Da mesma forma, plexo da sociedade como uma atividade específica. Trazendo
o seu comportamento em relação ao Código de Ética pode tal prática benefícios recíprocos a quem a pratica e a quem
gerar benefícios, como promoções, e prejuízos, como cen- recebe o fruto do trabalho, também exige, nessas relações, a
sura e outras penas administrativas. A disciplina constitu- preservação de uma conduta condizente com os princípios
cional é expressa no sentido de prescrever a moralidade éticos específicos. O grupamento de profissionais que exer-
como um dos princípios fundadores da atuação da admi- cem o mesmo ofício termina por criar as distintas classes pro-
nistração pública direta e indireta, bem como outros prin- fissionais e também a conduta pertinente. Existem aspectos
cípios correlatos. Logo, o Estado brasileiro deve se conduzir claros de observação do comportamento, nas diversas esfe-
moralmente por vontade expressa do constituinte, sendo ras em que ele se processa: perante o conhecimento, perante
que à imoralidade administrativa aplicam-se sanções. o cliente, perante o colega, perante a classe, perante a socie-
Assim, tem-se que a obediência à ética não deve se dade, perante a pátria, perante a própria humanidade como
dar somente no âmbito da vida particular, mas também na conceito global”13. Todos estes aspectos serão considerados
atuação profissional, principalmente se tal atuação se der em termos de conduta ética esperada.
no âmbito estatal, caso em que haverá coação. O Estado é Em geral, as diretivas a respeito do comportamento
a forma social mais abrangente, a sociedade de fins gerais profissional ético podem ser bem resumidas em alguns
que permite o desenvolvimento, em seu seio, das indivi- princípios basilares.
dualidades e das demais sociedades, chamadas de fins par- Segundo Nalini14, o princípio fundamental seria o de
ticulares. O Estado, como pessoa, é uma ficção, é um arran- agir de acordo com a ciência, se mantendo sempre atuali-
jo formulado pelos homens para organizar a sociedade de zado, e de acordo com a consciência, sabendo de seu dever
disciplinar o poder visando que todos possam se realizar ético; tomando-se como princípios específicos:
em plenitude, atingindo suas finalidades particulares.12 - Princípio da conduta ilibada - conduta irrepreensível
O Estado tem um valor ético, de modo que sua na vida pública e na vida particular.
atuação deve se guiar pela moral idônea. Mas não é pro- - Princípio da dignidade e do decoro profissional - agir
priamente o Estado que é aético, porque ele é composto da melhor maneira esperada em sua profissão e fora dela,
por homens. Assim, falta ética ou não aos homens que o com técnica, justiça e discrição.
compõe. Ou seja, o bom comportamento profissional do
funcionário público é uma questão ligada à ética no ser- 13 SÁ, Antônio Lopes de. Ética profissional. 9. ed. São
viço público, pois se os homens que compõe a estrutura Paulo: Atlas, 2010.
12 SPITZCOVSKY, Celso. Direito Administrativo. 13. ed. 14 NALINI, José Renato. Ética geral e profissional. 8. ed.
São Paulo: Método, 2011. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.
87
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
- Princípio da incompatibilidade - não se deve acumular SEGUNDO: “Respeitar a dignidade da pessoa humana”.
funções incompatíveis. A expressão “dignidade da pessoa humana” está es-
- Princípio da correção profissional - atuação com trans- tabelecida na Constituição Federal Brasileira, em seu art.
parência e em prol da justiça. 3º, III, como um dos fundamentos da República Federativa
- Princípio do coleguismo - ciência de que você e todos do Brasil. Ao adotar um significado mínimo apreendido no
os demais operadores do Direito querem a mesma coisa, discurso antropocentrista do humanismo, a expressão va-
realizar a justiça. loriza o ser humano, considerando este o centro da criação,
- Princípio da diligência - agir com zelo e escrúpulo em o ser mais elevado que habita o planeta, o que justifica
todas funções. a grande consideração pelo Estado e pelos outros seres
- Princípio do desinteresse - relegar a ambição pessoal humanos na sua generalidade em relação a ele. Respeitar
para buscar o interesse da justiça. a dignidade da pessoa humana significa tomar o homem
- Princípio da confiança - cada profissional de Direito é como valor-fonte para todas as ações e escolhas, inclusive
dotado de atributos personalíssimos e intransferíveis, sen- na atuação empresarial.
do escolhido por causa deles, de forma que a relação esta-
belecida entre aquele que busca o serviço e o profissional TERCEIRO: “Ser justo e imparcial no julgamento dos atos
é de confiança. e na apreciação do mérito dos subordinados”.
- Princípio da fidelidade - Fidelidade à causa da justiça, Retoma-se a questão dos planos de carreira, que ex-
aos valores constitucionais, à verdade, à transparência. teriorizam a imparcialidade e a impessoalidade na escolha
- Princípio da independência profissional - a maior au- dos que deverão ser promovidos, a qual se fará exclusiva-
tonomia no exercício da profissão do operador do Direito mente com base no mérito. Não se pode tomar questões
não deve impedir o caráter ético. pessoais, como desavenças ou afinidades, quando o julga-
- Princípio da reserva - deve-se guardar segredo sobre mento se faz sobre a ação de um funcionário - se agiu bem,
as informações que acessa no exercício da profissão. merece ser recompensado; se agiu mal, deve ser punido.
- Princípio da lealdade e da verdade - agir com boa-fé e
de forma correta, com lealdade processual. QUARTO: “Zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual
e, também, pelo dos subordinados, tendo em vista o cumpri-
- Princípio da discricionariedade - geralmente, o profis-
mento da missão institucional”.
sional do Direito é liberal, exercendo com boa autonomia
A missão institucional envolve a obtenção de lucros, em
sua profissão.
regra, mas sempre aliada à promoção da ética. Na missão
- Outros princípios éticos, como informação, solidarie-
institucional serão estabelecidas determinadas metas para
dade, cidadania, residência, localização, continuidade da
a empresa, que deverão ser buscadas pelos funcionários.
profissão, liberdade profissional, função social da profissão,
Para tanto, cada um deve se preocupar com o aperfeiçoa-
severidade consigo mesmo, defesa das prerrogativas, mo- mento de suas capacidades, tornando-se paulatinamente
deração e tolerância. um melhor funcionário, por exemplo, buscando cursos e
O rol acima é apenas um pequeno exemplo de atitudes estudando técnicas.
que podem ser esperadas do profissional, mas assim como
é difícil delimitar um conceito de ética, é complicado es- QUINTO: “Acatar as ordens legais, não ser negligente e
tabelecer exatamente quais as condutas esperadas de um trabalhar em harmonia com a estrutura do órgão, respeitan-
servidor: melhor mesmo é observar o caso concreto e pon- do a hierarquia, seus colegas e cada concidadão, colaboran-
derar com razoabilidade. do e aceitando colaboração”.
Em suma, respeitar a ética profissional é ter em men- Existe uma hierarquia para que as funções sejam de-
te os princípios éticos consagrados em sociedade, fazendo sempenhadas da melhor maneira possível, pois a desor-
com que cada atividade desempenhada no exercício da dem não permite que as atividades se encadeiem e se en-
profissão exteriorize tais postulados, inclusive direcionan- lacem, gerando perda de tempo e desperdício de recursos.
do os rumos da ética empresarial na escolha de diretrizes e Não significa que ordens contrárias à ética devam ser obe-
políticas institucionais. decidas, caso em que a medida cabível é levar a questão
O funcionário que busca efetuar uma gestão ética se para as autoridades responsáveis pelo controle da ética da
guia por determinados mandamentos de ação, os quais instituição. Cada atividade deve ser desempenhada da me-
valem tanto para a esfera pública quanto para a privada, lhor maneira possível, isto é, não se pode deixar de praticá-
embora a punição dos que violam ditames éticos no âmbi- -la corretamente por ser mais trabalhoso (por negligência
to do interesse estatal seja mais rigorosa. entende-se uma omissão perigosa). No tratamento dos
Neste sentido, destacam-se os dez mandamentos da demais colegas e do público, o funcionário deve ser cordial
gestão ética nas empresas públicas: e ético, embora somente assim estará contribuindo para a
gestão ética da empresa.
PRIMEIRO: “Amar a verdade, a lealdade, a probidade e a
responsabilidade como fundamentos de dignidade pessoal”. SEXTO: “Agir, na vida pessoal e funcional, com dignida-
Significa desempenhar suas funções com transparên- de, decoro, zelo, eficácia e moralidade”.
cia, de forma honesta e responsável, sendo leal à institui- O bom comportamento não deve se fazer presente
ção. O funcionário deve se portar de forma digna, exterio- somente no exercício das funções. Cabe ao funcionário se
rizando virtudes em suas ações. portar bem quando estiver em sua vida privada, na convi-
88
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
vência com seus amigos e familiares, bem como nos mo- O paradigma da Ética Pública parte da noção de liber-
mentos de lazer. Por melhor que seja como funcionário, dade social, envolta nos valores da segurança, igualdade e
não será aceito aquele que, por exemplo, for visto frequen- solidariedade. Neste sentido, cada pessoa deve ter espaço
temente embriagado ou for sempre denunciado por vio- para exercer individualmente sua liberdade moral, cabendo
lência doméstica. à ética pública garantir que os indivíduos que vivem em
Dignidade é a característica que incorpora todas as de- sociedade realizem projetos morais individuais.
mais, significando o bom comportamento enquanto pes- A Ética Pública pode ser vista sob o aspecto da mo-
soa humana, tratando os outros como gosta de ser tratado. ralidade crítica e sob o aspecto da moralidade legalizada:
Decoro significa discrição, aparecer o mínimo possível, não quando estuda-se a lei posta ou a ausência de lei e ques-
se vangloriar com base em feitos institucionais. Zelo quer tiona-se a falta de justiça, há uma moralidade crítica; quan-
dizer cuidado, cautela, para que as atividades sempre se- do a regra justa é incorporada ao Direito, há moralidade
jam desempenhadas do melhor modo. Eficácia remete ao legalizada ou positivada.
dever de fazer com que suas atividades atinjam o fim para Sobre a Ética Pública, explica Nalini16: “Ética é sempre
o qual foram praticadas, isto é, que não sejam abandona- ética, poder-se-ia afirmar. Ser ético é obrigação de todos.
das pela metade. Moralidade significa respeitar os ditames Seja no exercício de alguma atividade estatal, seja no com-
morais, mais que jurídicos, que exteriorizam os valores tra- portamento individual. Mas pode-se falar em ética realçada
dicionais consolidados na sociedade através dos tempos. quando se atua num universo mais amplo, de interesse de
todos. Existe, pois, uma Ética Pública, e apura-se o seu sen-
SÉTIMO: “Jamais tratar mal ou deixar à espera de solu- tido em contraposição com o de Ética Privada. Um nome
ção uma pessoa que busca perante a Administração Pública pelo qual a Ética Pública tem sido conhecida é o da justiça”.
satisfazer um direito que acredita ser legítimo”. Assim, ética pública seria a moral incorporada ao Di-
O bom atendimento do público é necessário para que reito, consolidando o valor do justo. Diante da relevância
uma gestão possa ser considerada ética. Aquele que tem social de que a Ética se faça presente no exercício das ati-
um direito merece ser ouvido, não pode ser deixado de vidades públicas, as regras éticas para a vida pública são
lado pelo funcionário, esperando por horas uma solução. mais do que regras morais, são regras jurídicas estabeleci-
Mesmo que a pessoa esteja errada, isto deve ser esclareci- das em diversos diplomas do ordenamento, possibilitando
do, de forma que a confiabilidade na instituição não fique a coação em caso de infração por parte daqueles que de-
abalada. sempenham a função pública.
Os valores éticos inerentes ao Estado, os quais permi-
OITAVO: “Cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamen- tem que ele consolide o bem comum e garanta a preser-
tos, as instruções e as ordens das autoridades a que estiver vação dos interesses da coletividade, se encontram exte-
subordinado”. riorizados em princípios e regras. Estes, por sua vez, são
O Direito é uma das facetas mais relevantes da Ética estabelecidos na Constituição Federal e em legislações in-
porque exterioriza o valor do justo e o seu cumprimento é fraconstitucionais, a exemplo das que serão estudadas nes-
essencial para que a gestão ética seja efetiva. te tópico, quais sejam: Decreto n° 1.171/94, Lei n° 8.112/90
e Lei n° 8.429/92.
NONO: “Agir dentro da lei e da sua competência, atento Todas as diretivas de leis específicas sobre a ética no
à finalidade do serviço público”. setor público partem da Constituição Federal, que estabe-
Não basta cumprir o Direito, é preciso respeitar a divi- lece alguns princípios fundamentais para a ética no setor
são de funções feitas com o objetivo de otimizar as ativida- público. Em outras palavras, é o texto constitucional do ar-
des desempenhadas. tigo 37, especialmente o caput, que permite a compreen-
são de boa parte do conteúdo das leis específicas, porque
DÉCIMO: “Buscar o bem-comum, extraído do equilíbrio possui um caráter amplo ao preconizar os princípios fun-
entre a legalidade e finalidade do ato administrativo a ser damentais da administração pública. Estabelece a Consti-
praticado”. tuição Federal:
Bem comum é o bem de toda a coletividade e não de
um só indivíduo. Este conceito exterioriza a dimensão cole- Art. 37. A administração pública direta e indireta de
tiva da ética. Maritain15 apontou as características essenciais qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Fe-
do bem comum: redistribuição, pela qual o bem comum deral e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalida-
deve ser redistribuído às pessoas e colaborar para o de- de, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e,
senvolvimento delas; respeito à autoridade na sociedade, também, ao seguinte: [...]
pois a autoridade é necessária para conduzir a comunidade São princípios da administração pública, nesta ordem:
de pessoas humanas para o bem comum; moralidade, que Legalidade
constitui a retidão de vida, sendo a justiça e a retidão moral Impessoalidade
elementos essenciais do bem comum. Moralidade
Publicidade
15 MARITAIN, Jacques. Os direitos do homem e a lei Eficiência
natural. 3. ed. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio 16 NALINI, José Renato. Ética geral e profissional. 8. ed.
Editora, 1967. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.
89
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
Para memorizar: veja que as iniciais das palavras for- de dados. Daí a publicação em órgãos da imprensa e a
mam o vocábulo LIMPE, que remete à limpeza esperada da afixação de portarias. Por exemplo, a própria expressão
Administração Pública. É de fundamental importância um concurso público (art. 37, II, CF) remonta ao ideário de que
olhar atento ao significado de cada um destes princípios, todos devem tomar conhecimento do processo seletivo de
posto que eles estruturam todas as regras éticas prescritas servidores do Estado. Diante disso, como será visto, se ne-
no Código de Ética e na Lei de Improbidade Administrativa, gar indevidamente a fornecer informações ao administra-
tomando como base os ensinamentos de Carvalho Filho17 do caracteriza ato de improbidade administrativa. Somen-
e Spitzcovsky18: te pela publicidade os indivíduos controlarão a legalidade
a) Princípio da legalidade: Para o particular, legali- e a eficiência dos atos administrativos. Os instrumentos
dade significa a permissão de fazer tudo o que a lei não para proteção são o direito de petição e as certidões (art.
proíbe. Contudo, como a administração pública representa 5°, XXXIV, CF), além do habeas data e - residualmente - do
os interesses da coletividade, ela se sujeita a uma relação mandado de segurança.
de subordinação, pela qual só poderá fazer o que a lei ex- e) Princípio da eficiência: A administração pública
pressamente determina (assim, na esfera estatal, é preciso deve manter o ampliar a qualidade de seus serviços com
lei anterior editando a matéria para que seja preservado o controle de gastos. Isso envolve eficiência ao contratar
princípio da legalidade). A origem deste princípio está na pessoas (o concurso público seleciona os mais qualifica-
criação do Estado de Direito, no sentido de que o próprio dos ao exercício do cargo), ao manter tais pessoas em
Estado deve respeitar as leis que dita. seus cargos (pois é possível exonerar um servidor público
b) Princípio da impessoalidade: Por força dos interes- por ineficiência) e ao controlar gastos (limitando o teto de
ses que representa, a administração pública está proibida remuneração), por exemplo. O núcleo deste princípio é a
de promover discriminações gratuitas. Discriminar é tratar procura por produtividade e economicidade. Alcança os
alguém de forma diferente dos demais, privilegiando ou serviços públicos e os serviços administrativos internos, se
prejudicando. Segundo este princípio, a administração pú- referindo diretamente à conduta dos agentes.
blica deve tratar igualmente todos aqueles que se encon-
trem na mesma situação jurídica (princípio da isonomia ou
Segue Decreto Nº 1.171/1994:
igualdade). Por exemplo, a licitação reflete a impessoalida-
de no que tange à contratação de serviços. O princípio da
DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994
impessoalidade correlaciona-se ao princípio da finalidade,
pelo qual o alvo a ser alcançado pela administração públi-
Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Pú-
ca é somente o interesse público. Com efeito, o interesse
blico Civil do Poder Executivo Federal.
particular não pode influenciar no tratamento das pessoas,
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições
já que deve-se buscar somente a preservação do interesse
que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, e ainda tendo
coletivo.
c) Princípio da moralidade: A posição deste princí- em vista o disposto no art. 37 da Constituição, bem como
pio no artigo 37 da CF representa o reconhecimento de nos arts. 116 e 117 da Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de
uma espécie de moralidade administrativa, intimamente 1990, e nos arts. 10, 11 e 12 da Lei n° 8.429, de 2 de junho
relacionada ao poder público. A administração pública não de 1992,
atua como um particular, de modo que enquanto o des- DECRETA:
cumprimento dos preceitos morais por parte deste parti- Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissional do
cular não é punido pelo Direito (a priori), o ordenamento Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, que com
jurídico adota tratamento rigoroso do comportamento este baixa.
imoral por parte dos representantes do Estado. O princípio Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração Pública
da moralidade deve se fazer presente não só para com os Federal direta e indireta implementarão, em sessenta dias,
administrados, mas também no âmbito interno. Está indis- as providências necessárias à plena vigência do Código de
sociavelmente ligado à noção de bom administrador, que Ética, inclusive mediante a Constituição da respectiva Co-
não somente deve ser conhecedor da lei, mas também dos missão de Ética, integrada por três servidores ou empre-
princípios éticos regentes da função administrativa. TODO gados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente.
ATO IMORAL SERÁ DIRETAMENTE ILEGAL OU AO MENOS Parágrafo único. A constituição da Comissão de Ética
IMPESSOAL, daí a intrínseca ligação com os dois princípios será comunicada à Secretaria da Administração Federal da
anteriores. Presidência da República, com a indicação dos respectivos
d) Princípio da publicidade: A administração pública membros titulares e suplentes.
é obrigada a manter transparência em relação a todos seus Art. 3° Este decreto entra em vigor na data de sua pu-
atos e a todas informações armazenadas nos seus bancos blicação.
Brasília, 22 de junho de 1994, 173° da Independência
17 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de di- e 106° da República.
reito administrativo. 23. ed. Rio de Janeiro: Lumen juris,
2010.
18 SPITZCOVSKY, Celso. Direito Administrativo. 13. ed.
São Paulo: Método, 2011.
90
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
ANEXO direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da
Código de Ética Profissional do Servidor Público mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao
Civil do Poder Executivo Federal patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má
CAPÍTULO I vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento
Seção I e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de
Das Regras Deontológicas boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo,
suas esperanças e seus esforços para construí-los.
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciên- X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera
cia dos princípios morais são primados maiores que devem de solução que compete ao setor em que exerça suas fun-
nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou ções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer
função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação outra espécie de atraso na prestação do serviço, não carac-
do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e ati- teriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanida-
tudes serão direcionados para a preservação da honra e da de, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos
tradição dos serviços públicos. serviços públicos.
II - O servidor público não poderá jamais desprezar o XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às or-
elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que de- dens legais de seus superiores, velando atentamente por
cidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligen-
o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inopor- te. Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios
tuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até
consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da mesmo imprudência no desempenho da função pública.
Constituição Federal. XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de
III - A moralidade da Administração Pública não se limi- trabalho é fator de desmoralização do serviço público, o que
ta à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida quase sempre conduz à desordem nas relações humanas.
da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a es-
entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor trutura organizacional, respeitando seus colegas e cada
público, é que poderá consolidar a moralidade do ato ad- concidadão, colabora e de todos pode receber colabora-
ministrativo. ção, pois sua atividade pública é a grande oportunidade
IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos para o crescimento e o engrandecimento da Nação.
tributos pagos direta ou indiretamente por todos, até por
ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a Seção II
moralidade administrativa se integre no Direito, como ele- Dos Principais Deveres do Servidor Público
mento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade,
erigindo-se, como consequência, em fator de legalidade. XIV - São deveres fundamentais do servidor público:
V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público pe- a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, fun-
rante a comunidade deve ser entendido como acréscimo ção ou emprego público de que seja titular;
ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e
da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente
como seu maior patrimônio. resolver situações procrastinatórias, principalmente diante
VI - A função pública deve ser tida como exercício pro- de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na presta-
fissional e, portanto, se integra na vida particular de cada ção dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições,
servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na con- com o fim de evitar dano moral ao usuário;
duta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a
diminuir o seu bom conceito na vida funcional. integridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando
VII - Salvo os casos de segurança nacional, investiga- estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa
ções policiais ou interesse superior do Estado e da Admi- para o bem comum;
nistração Pública, a serem preservados em processo previa- d) jamais retardar qualquer prestação de contas, con-
mente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade dição essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da
de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficá- coletividade a seu cargo;
cia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimen- e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços
to ético contra o bem comum, imputável a quem a negar. aperfeiçoando o processo de comunicação e contato com
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não o público;
pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos inte- f) ter consciência de que seu trabalho é regido por
resses da própria pessoa interessada ou da Administração princípios éticos que se materializam na adequada presta-
Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se so- ção dos serviços públicos;
bre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e aten-
da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade ção, respeitando a capacidade e as limitações individuais
humana quanto mais a de uma Nação. de todos os usuários do serviço público, sem qualquer es-
IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo pécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, naciona-
dedicados ao serviço público caracterizam o esforço pela lidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social,
disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral;
91
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao
de representar contra qualquer comprometimento indevi- seu alcance ou do seu conhecimento para atendimento do
do da estrutura em que se funda o Poder Estatal; seu mister;
i) resistir a todas as pressões de superiores hierárqui- f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, ca-
cos, de contratantes, interessados e outros que visem ob- prichos, paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram
ter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em no trato com o público, com os jurisdicionados adminis-
decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denun- trativos ou com colegas hierarquicamente superiores ou
ciá-las; inferiores;
j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigên- g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qual-
cias específicas da defesa da vida e da segurança coletiva; quer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio, comis-
l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que são, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, fa-
sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refle- miliares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua
tindo negativamente em todo o sistema; missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo
m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e fim;
qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, exigin- h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva
do as providências cabíveis; encaminhar para providências;
n) manter limpo e em perfeita ordem o local de traba- i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite
lho, seguindo os métodos mais adequados à sua organiza- do atendimento em serviços públicos;
ção e distribuição; j) desviar servidor público para atendimento a interes-
o) participar dos movimentos e estudos que se relacio- se particular;
nem com a melhoria do exercício de suas funções, tendo l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente
por escopo a realização do bem comum; autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente
p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequa- ao patrimônio público;
das ao exercício da função; m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no
q) manter-se atualizado com as instruções, as normas âmbito interno de seu serviço, em benefício próprio, de pa-
de serviço e a legislação pertinentes ao órgão onde exerce rentes, de amigos ou de terceiros;
suas funções; n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele
r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as habitualmente;
instruções superiores, as tarefas de seu cargo ou função, o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente
tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez, contra a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa
mantendo tudo sempre em boa ordem. humana;
s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu
quem de direito; nome a empreendimentos de cunho duvidoso.
t) exercer com estrita moderação as prerrogativas fun-
cionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo CAPÍTULO II
contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do DAS COMISSÕES DE ÉTICA
serviço público e dos jurisdicionados administrativos;
u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administra-
poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse ção Pública Federal direta, indireta autárquica e fundacio-
público, mesmo que observando as formalidades legais e nal, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribui-
não cometendo qualquer violação expressa à lei; ções delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma
v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua Comissão de Ética, encarregada de orientar e aconselhar
classe sobre a existência deste Código de Ética, estimulan- sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com
do o seu integral cumprimento. as pessoas e com o patrimônio público, competindo-lhe
conhecer concretamente de imputação ou de procedimen-
Seção III to susceptível de censura.
Das Vedações ao Servidor Público XVII -- (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)
XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos or-
XV - E vedado ao servidor público; ganismos encarregados da execução do quadro de carreira
a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, dos servidores, os registros sobre sua conduta ética, para
tempo, posição e influências, para obter qualquer favoreci- o efeito de instruir e fundamentar promoções e para todos
mento, para si ou para outrem; os demais procedimentos próprios da carreira do servidor
b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros público.
servidores ou de cidadãos que deles dependam; XIX - (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)
c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, co- XX - (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)
nivente com erro ou infração a este Código de Ética ou ao XXI - (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)
Código de Ética de sua profissão; XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comis-
d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o são de Ética é a de censura e sua fundamentação constará
exercício regular de direito por qualquer pessoa, causan- do respectivo parecer, assinado por todos os seus inte-
do-lhe dano moral ou material; grantes, com ciência do faltoso.
92
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
XXIII - (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)
XXIV - Para fins de apuração do comprometimento éti- 18. NOÇÕES DE EMPREENDEDORISMO E
co, entende-se por servidor público todo aquele que, por INTRA-EMPREENDEDORISMO.
força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste
serviços de natureza permanente, temporária ou excepcio-
nal, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado
direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, Há tempo o empreendedorismo, que tem como foco
como as autarquias, as fundações públicas, as entidades uma postura na gestão de inovação, busca por alternati-
paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de eco- vas, e principalmente excelência em resultados se faz pre-
nomia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o inte- sente na Administração Publica, isso percebe-se através
resse do Estado. de alguma iniciativas
XXV - (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007) Parcerias com o setor privado e com as (ONGs);
Avaliação de desempenho individual e de resul-
tados organizacionais, atrelados a indicadores de qualida-
de e produtividade;
17. NOÇÕES SOBRE TECNOLOGIAS DA Autonomia às agências governamentais, horizon-
INFORMAÇÃO. talizando a estrutura;
Descentralização política: poder de decisão pró-
ximo ao cidadão, melhoria da qualidade e da accounta-
bility;
Um sistema de informação é um conjunto organiza-
Estabelecimento do conceito de planejamento
do de elementos, podendo ser pessoas, dados, atividades
estratégico;
ou recursos materiais em geral. Estes elementos interagem
Flexibilização das regras que regem a burocracia
entre si para processar informação e divulga-la de forma
adequada em função dos objetivos de uma organização. pública;
O estudo dos sistemas de informação surgiu como uma Profissionalização do servidor público, através de
subdisciplina das ciências da computação, com o objetivo políticas de motivação, de desenvolvimento pessoal e re-
de racionalizar a administração da tecnologia no seio das valorização a questão da ética no serviço público;
organizações. O campo de estudo foi-se desenvolvendo Desenvolvimento das habilidades gerenciais dos
até vir mesmo a fazer parte dos estudos superiores dentro funcionários;
da administração. Competição administrada;
No prisma empresarial, os sistemas de informação po- Princípio da subsidiariedade, como base do con-
dem classificar-se de diversas formas. Existem, por exem- ceito de descentralização.
plo, sistemas de informação operacional ou de processa- Ênfase e orientação da ação do Estado para o ci-
mento de transações (que gerem a informação referente dadão-cliente;
às transações que têm lugar numa empresa), sistemas de Controle social com mecanismo de prestação de
informação de gestão (para solucionar problemas empre- contas e avaliação de desempenho;
sariais em geral), sistemas de informação estratégicos ou Vê o cidadão como contribuinte de impostos e
de apoio à decisão (analisam as distintas variáveis de ne- como cliente de se seus serviços;
gócio para a tomada de decisões), sistemas de informação Resultados são considerados bons não porque os
executiva (para diretores, gerentes e administradores), sis- processos administrativos estão sob controle e são segu-
temas de automatização de escritórios (aplicações que aju- ros (APB), mas porque as necessidades do cidadão-cliente
dam no trabalho administrativo) e sistemas especializados estão sendo atendidas (interesse público – diferenças do
(que emulam o comportamento de um especialista numa significado;
área concreta). Confiança, descentralização das decisões e de
Convém frisar que o conceito de sistemas de informa- funções.
ção costuma ser utilizado como sinônimo de sistema de
informação informática, ainda que não seja o mesmo. Este Não se trata de descartar a administração racional-le-
último pertence ao campo de estudo das tecnologias da gal, mas de manter as características que ainda se man-
informação, podendo fazer parte de um sistema de infor- tém válidas para garantir efetividade à administração e
mação enquanto recurso material. Em todo o caso, diz-se trazer novas ações e ferramentas que aprimorem essa
que os sistemas de informação tratam do desenvolvimento administração, permitindo que ela fique mais atualizada,
e da administração da infraestrutura tecnológica de uma mais atenta às mudanças comportamentais da sociedade
organização. e também às mudanças que o próprio mercado privado
sobre e que de certa forma afeta a gestão pública.
Fonte: http://conceito.de/sistema-de-informacao#ixz- Portanto, cabe às novas lideranças (líderes públicos)
z4J0L5JLMS estarem se inserindo nesse modelo e desenvolver ações
políticas baseadas em objetivos e comportamentos que:
93
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
Melhorem a eficiência, eficácia e efetividade na ter parcial, na qual a ênfase passa a ser no formato e não
produção de bens e serviços públicos, no conteúdo. Dessa forma, o reduzido esforço de reflexão
Minimizem esforços, custos, maximizando e bus- crítica (em que os modelos são importados de casos de
cando novas fontes de receitas, através de aplicações fi- sucesso em outros países, ou, quando adaptado com pre-
nanceiras; servando seu formato original) favorece a coexistência de
Criem uma gestão baseada na avaliação pela so- elementos e práticas gerenciais tradicionais e inovadoras
ciedade, mensuração do desempenho e dos resultados; na administração pública.
Sejam inovador, pró-ativo; criativo; que corram ris- Portanto, estudar o empreendedorismo no setor pú-
cos calculados, que sejam mobilizadores de ação conjunta blico do Brasil torna-se uma oportunidade de pesquisa na
voluntária privada e pública, que sejam intraempreende- área, a qual é movida por uma inquietação: Qual a aplicabi-
dores. lidade deste construto, na administração pública brasileira?
Frente a este questionamento, este ensaio busca contribuir,
O Fenômeno do Empreendedorismo Público: Um de forma crítica, para a compreensão do empreendedoris-
Ensaio sobre a Aplicabilidade desse Construto na Ad- mo no setor público brasileiro, a partir das contribuições
ministração Pública Brasileira da literatura estrangeira. Desta forma, tem como objetivo
As mudanças ocorridas no setor público, nos últimos analisar o potencial e o alcance de aplicação da noção de
anos, têm promovido o aumento das expectativas de refor- empreendedorismo na administração de organizações pú-
ço de sua modernização e o interesse de diversos pesqui- blicas no Brasil.
sadores, como Orborne e Gaebler (1992), Bellone e Goerl A sua operacionalização ocorreu em três seções estru-
(1992), Moore (1995), Morris e Jones (1999), Barnier e Hafsi turantes, além desta introdução.
(2007), Currie et al. (2008) e Diefenbach (2011) em enten- A primeira traz uma revisão acerca do empreendedo-
der os possíveis desdobramentos, talvez contraditórios, rismo e suas principais abordagens, focando principalmen-
que essa modernização acarretou ao Estado. te a teorização deste construto nas organizações. A segun-
Nas últimas décadas, esse processo de modernização da seção busca definir a noção de empreendedorismo nas
tem sido associado a noções comportamentais e geren- organizações públicas, a partir da literatura internacional,
ciais, imbuídas de conceitos e práticas, que eram próprias principalmente europeia. A terceira, e principal parte, traz
e, até então, restritas à esfera das organizações empresa- reflexões pontuais acerca da aplicabilidade do empreende-
riais. dorismo público no contexto brasileiro.
O empreendedorismo é uma dessas noções que tem
sido empregada no setor público, principalmente em paí- A Teorização sobre Empreendedorismo nas Organi-
ses europeus, como forma de criar valor para os cidadãos. zações
Essa noção sinaliza a necessidade de as organizações pú- Sadler (2000) indica que o termo empreendedorismo
blicas desenvolverem uma Orientação Empreendedora deriva do verbo francês entreprendre, que significa iniciar
(OE) voltada para a capacidade de se adequar e de inovar ou realizar algum empreendimento. Os autores pioneiros
frente às novas demandas do setor público (MILLER, 1983; dessa temática foram Cantillon (1755) e Say (1803) (FILION,
COVIN e SLEVIN, 1991; LUMPKIN e DESS, 1996). Todavia, 1997). Sadler (2000) indica que o conceito de Richard Can-
enquanto no setor privado as contribuições e os desafios tillon buscou explicar a receptividade ao risco de comprar
do empreendedorismo têm sido extensivamente estuda- algo por um preço e vendê-lo em regime de incerteza.
dos, no setor público, sobretudo no Brasil, estudos sobre Jean-Baptiste Say (1803) sustentou que o empreende-
esse assunto são difíceis de serem encontrados. Possíveis dor era capaz de alterar os recursos econômicos de uma
causas dessa limitada produção nacional seriam: o assunto área de baixa produtividade, transformando em uma área
é recente no Brasil; há poucas evidências verificadas cien- de produtividade e lucratividade elevadas, sendo que ele
tificamente; e os setores público e privado apresentam di- atuava como o catalisador do desenvolvimento econômi-
ferenças importantes tornando a transposição de práticas co. Tanto na definição de Cantillon (1755) como na de Say
complexa e, em algumas situações inadequadas (BERGUE, (1803), o empreendedor é tomado como um agente toma-
2011; DIENFEBACH, 2011). dor de risco (SADLER, 2000).
Bergue (2008, p. 2) observa que “o atual cenário da Outro autor clássico do construto é Joseph Schum-
administração pública brasileira revela forte e sem prece- peter. Esse é quem lançou o estudo contemporâneo de
dente inclinação para adição de práticas gerenciais usuais empreendedorismo ao alinha-lo com a inovação (SADLER,
no campo gerencial”. Esse movimento apresenta-se em 2000). Para o referido autor, o empreendedor era tratado
forma de duas perspectivas: a) oferta – esforços exóge- de forma peculiar por sua capacidade de criar, inovar e de
nos que promovem e estimulam a transferência, como as agregar valor em produtos, processos e serviços, nos quais
influências dos conceitos estrangeiros; e, b) demanda – a a inovação era a principal força para criação de nova de-
busca das organizações públicas por inovações gerenciais, manda e riqueza. Esse pesquisador percebeu que o em-
como recurso de legitimação e sobrevivência. No entan- preendedor conduzia, criava, novas combinações de pro-
to, a apropriação de técnicas gerenciais no setor público dução por meio do processo de destruição criativa. Nesse
apresenta algumas limitações significativas. Bergue (2011) sentido, Schumpeter (1954) observa que o ímpeto para o
observa que essa prática tem sido denotada de um cará- sistema econômico vem de homens de coragem, que arris-
cam suas fortunas para implementar, inovar, experimentar
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
e expandir novas ideias. Escritores posteriores a Schumpeter (1954), como Higgins (1959), Baumol (1968), ampliaram a
noção de empreendedorismo ao indicarem que este poderia ser visualizado como causador da substituição de produtos
obsoletos por produtos mais inovadores e com maior potencial de lucro.
Drucker (1985) considera o empreendedorismo uma forma de intensa mudança e o empreendedor como alguém que
sempre se apoia nessas mudanças para a busca e exploração de novas oportunidades. No caso da administração pública,
vale destacar que o aspecto burocrático é muito evidente em tal tipo de organização. Buscar oportunidades, nesse contex-
to, torna muito mais desafiador ao empreendedor. É preciso refletir se o empreendedor poderia sustentar-se em um am-
biente mais estático. Apesar de o setor público ter se tornado mais ágil, percebe-se que, em comparação com o mercado,
mudanças ainda são reativas e lentas.
O empreendedorismo pode ser entendido sobre duas principais perspectivas. A perspectiva econômica, com Schum-
peter como seu principal autor, e a comportamental, com McClelland como seu principal teórico. Para os economistas o
empreendedorismo é compreendido como um agente de desenvolvimento econômico (SMITH, 1766; BAUMOL, 1968);
empreendedores de negócios (HIGGINS, 1959); tomadores de riscos (KIHLSTROM e LAFFONT, 1979); trabalhadores em
condições de ambiguidade e incerteza (SADLER, 2000).
Apesar de todas essas atribuições, Sadler (2000) observa que a noção de empreendedorismo apregoada pelos econo-
mistas é associada à capacidade do homem, enquanto empreendedor, de inovar e de poder contribuir para o desenvolvi-
mento local da economia. Essa noção pode ter intensas influências do sistema de produção em vigor na época dos clássicos
da economia. Um sistema que buscava a noção e o homos econômicus, no qual o indivíduo era considerado uma mera
extensão da máquina produtiva. Na tentativa de compreender a figura do empreendedor, ou seja, da pessoa que age de
forma empreendedora, a perspectiva comportamental importou da teoria de recursos humanos importantes conceituações
comportamentais para a teoria do empreendedorismo (SADLER, 2000). Essa perspectiva focou na descrição de um perfil
empreendedor.
Stevenson e Jarillo (1990), Covin e Slevin (1991), Cunningham e Lischeron (1991) e Bygrave (1993) tentaram descrever
tal perfil. Com base nas informações deste, Filion (1997) evidenciou que os empreendedores são fruto de seu ambiente. O
autor constatou que o empreendedor pode ser desenvolvido e que uma cultura empreendedora pode ser um mecanismo
catalisador para a formação de um perfil empreendedor. O ambiente, então, torna-se muito importante na formação do
perfil. Se a pessoa cresce em um local onde é incitado a agir de forma empreendedora e a vencer seus desafios, torna-se
propenso a desenvolver um perfil empreendedor. Deve-se destacar que no âmago do empreendedor está a busca pela
sua autorrealização. Nesse sentido, conforme destaca Sadler (2000) o empreendedor pode se tornar um risco para a admi-
nistração pública, pois pode adotar várias facetas em busca de seu objetivo próprio, podendo ser caracterizado como um
camaleão dentro do setor público, que muda de cor em razão do atendimento de seus objetivos particulares.
Até a década de 1970, as pesquisas sobre empreendedorismo priorizavam as ações e características individuais dos
empreendedores (DRUCKER, 1985; SADLER, 2000). No entanto, a partir de 1980, autores como Miller & Friesen (1982),
Burgelmann (1983), Pinchot, (1985), Cornwall e Perlman (1990), Hashimoto (2009) e Diefenbach (2011) desenvolveram pes-
quisas que compreendessem a noção de empreendedorismo dentro das organizações.
Surgiu, assim, o empreendedorismo corporativo, ou seja, o estudo do comportamento empreendedor dentro das
organizações (HASHIMOTO, 2009).
Os proponentes dessa escola corporativa foram Cuninghan e Lischeron (1991), na qual buscaram valorizar as habili-
dades empreendedoras como variáveis úteis para organizações complexas. Hashimoto (2009) destaca que os primeiros
estudos sobre essa escola datam de 1970, com os trabalhos de Peter Drucker e Arnie Cooper. Para Drucker (1985), a res-
ponsabilidade das empresas existentes do ponto de vista empreendedor, sobretudo para empresas já bem-sucedidas, é
manter-se bem-sucedida no futuro. Tais ideias, conforme evidenciado acima, ganharam força na década de 1980, quando
as empresas japonesas começaram a invadir o país com seus produtos mais baratos e de melhor qualidade. A partir desse
momento, houve um interesse crescente de pesquisadores no estabelecimento de relações entre empreendedorismo e
corporações, gerando várias terminologias ao longo do tempo, conforme ilustra a Figura 1:
95
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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A diversidade dos termos que definem o empreendedorismo dentro de organizações pode gerar confusão, bem como
contradições. Zahra et al. (1991), Antonic & Hisrich (2001) e Kearney et al. (2009) associam os termos mencionados na
Figura 1 como sinônimos, em que ambos denotam ações de empreendedores dentro de organizações como agentes pro-
pulsores de inovação em produtos, processos e serviços (PINCHOT, 1985; BURGELMAN & SAYLES, 1986; ZAHRA et al., 1991;
HISRICH e PETERS, 2004). No contexto brasileiro, no trabalho desenvolvido por Emmendoerfer e Valadares (2011), no qual
se propôs fazer reflexões sobre a construção do empreendedorismo interno, foram encontradas características próprias do
Empreendedorismo Corporativo e do Intraempreendedorismo. No entanto, essas diferenciações fogem do escopo deste
ensaio. Dessa forma, será adotado o termo Empreendedorismo Corporativo (EC) como alusão ao empreendedorismo as-
sociado à organizações.
O empreendedorismo corporativo baseia-se no conceito de Orientação Empreendedora (OE) da organização (MILLER,
1983; COVIN e SLEVIN, 1991; LUMPKIN e DESS, 1996).
Miller (1983) destaca que a OE é conceituada através de três perspectivas – a da inovação, da proatividade e da tomada
de risco. O referido conceito foi redimensionado por Covin e Slevin (1991) e Lumpkin e Dess (1996). Ao longo dos traba-
lhos, foram incorporados novos conceitos ao construto, porém Rauch et al. (2009) observa que a maioria dos estudos tem
adotado as três principais dimensões da OE cunhadas por Miller (1983).
Portanto, a partir da perspectiva de Miller (1983), Covin e Slevin (1991), Lumpkin e Dess (1996), Rauch et al. (2009) e
Diefenbach (2011), o termo Empreendedorismo Corporativo (EC) refere-se ao processo cujo indivíduo ou grupos em as-
sociação com uma organização cria uma nova organização ou instiga um ambiente propício a inovações, de modo que a
organização detenha uma orientação empreendedora que permita o desenvolvimento e a manutenção de comportamen-
tos empreendedores (inovação, proatividade e tomada de riscos). A partir dessas considerações iniciais sobre a teorização
do empreendedorismo nas organizações, apresenta-se na Figura 2, de forma sintética, os principais termos que formam os
referidos construtos.
96
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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A Figura 2 evidencia as duas abordagens de estudo do empreendedorismo. Para os fins deste ensaio, não serão reali-
zadas análises em relação ao empreendedorismo independente, ou seja, à criação de novas organizações. Será ressaltada a
escola corporativa, a partir da qual serão feitas análises nas organizações públicas, levando em consideração a Orientação
Empreendedora (OE) e o Comportamento Empreendedor (CE). Estas duas premissas, segundo Diefenbach (2011), são fato-
res básicos para a implementação do empreendedorismo em organizações públicas.
97
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Dessa forma, o empreendedorismo público implica em um papel inovador e proativo do governo na condução da
sociedade para melhoria da qualidade de vida, com a inclusão de geração de receitas alternativas, melhoria de processos
internos e desenvolvimento de soluções inovadoras para satisfazer as necessidades sociais e econômicas (DIEFENBACH,
2011).
Shockley et al. (2006) indicam que o EP ocorre sempre que um ator político está em alerta com as problemáticas da
administração pública e age em oportunidades potenciais de lucro, mudando o sistema em que ator está incorporado em
direção ao equilíbrio. Kearney et al. (2007) refere-se à empresa estatal/ serviço civil. Sob esse aspecto, o EP é definido como
um indivíduo ou grupo de indivíduos que se compromete com a atividade desejada para iniciar a mudança dentro da or-
ganização, na qual busca adaptar, inovar e facilitar o risco.
Nessa conceituação, metas e objetivos pessoais são menos importantes do que a geração de um bom resultado para
a organização pública.
Na conceituação de Currie et al. (2008), o empreendedorismo público é visto como o processo de identificação e
busca de oportunidades de indivíduos e, ou, organizações. Além disso, esse processo é muitas vezes caracterizado pela
capacidade de inovação, tomada de riscos e proatividade. Morris et al. (2008) evidenciam que as organizações podem ser
caracterizadas em termos de sua orientação ou intensidade empreendedora, que é um reflexo das atividades empresariais
no qual estão fazendo. Essas atividades são baseadas no conceito de OE (inovadoras, arriscadas e proativas). Os passos bá-
sicos para esse processo identificado (no setor privado) não deve ser diferente em um contexto de organizações públicas.
Alguns autores também se dedicaram a definir o perfil do empreendedor público. Neste sentido, Ramamurti (1986)
afirma que o empreendedor público é um indivíduo que se compromete para iniciar e manter uma ou mais organização
do setor público. Para Bellone e Goerl (1992), o empreendedor público pode ser definido a partir de quatro características,
a saber: a) autonomia; b) visão pessoal do futuro; c) sigilo; e, d) tomada de risco. Essas características, segundo o autor,
podem ser conciliadas com os valores democráticos fundamentais como accountability, participação cidadã, formulação de
políticas públicas transparentes e planejamento de longo prazo. Já Roberts (1992) caracteriza o EP como um indivíduo que
gera, projeta e implementa ideias inovadoras no domínio público.
Na visão de Schneider et al. (1995), o empreendedor público é definido por dois fatores: a) sua vontade de tomar
medidas de risco; e, b) sua capacidade de coordenar as ações de outras pessoas para cumprir metas. Segundo Currie et al.
(2008), o empreendedor público é um líder que amplia metas, mandatos, funções e poder de suas organizações de forma
não prevista pelos agentes públicos. Ele constrói coalizões políticas para usufruir as oportunidades empreendedoras na
organização.
Apesar de difusas, as definições de empreendedorismo no setor público também se aproximam em alguns aspectos
(DIEFENBACH, 2011). Um dos aspectos são as dimensões inovação, proatividade e tomada de riscos. Elas se repetem em
várias conceituações, como a conceituação de Kearney (2007), Currie et al. (2008) e Morris et al. (2008). Outro ponto em
comum é que algumas conceituações incorporam o conceito de criação de valor, o qual é evidenciado por Morris e Jones
(1999) e Bernier e Hafsi (2007).
Portanto, observa-se que o construto empreendedorismo público ainda está em formação e que as suas influências
estão arraigadas em pesquisas internacionais, principalmente europeias, as quais se têm dedicado a compreender melhor
esse construto (MORRIS e JONES, 1999; SADLER, 2000; BARNIER e HAFSI, 2007; MORRIS et al., 2008; CURRIE, et al. 2008;
KEARNEY et al., 2009; DIEFENBACH, 2011).
Ao analisar os setores público e privado, observa-se algumas diferenças significativas.
Deve-se entender que os empreendedorismos público e privado também seguem a mesma lógica. Dessa forma, apre-
sentam-se na Figura 3 as principais diferenças entre o empreendedorismo no setor público e no privado.
98
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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A partir da análise das diferenças mencionadas na Figura 3, observa-se que a transposição de práticas de um setor para
outro se torna delicada. Portanto, é preciso conceber o empreendedorismo público como um construto em processo de
formação. Muito se tem a elucidar de sua verdadeira contribuição para a administração pública, dado que a discussão sobre
empreendedores no setor público é balizada, principalmente, em um modelo de administração pública gerencial, passível
de inúmeras críticas.
No Brasil, nos últimos anos, tem surgido a noção de empreendedorismo público.
Identificou-se de forma exploratória que um governo estadual de uma unidade federativa no país possui indicativos de
empreendedorismo público, os quais podem ser verificados pela criação e pelo gerenciamento de um cargo, comissionado
e de livre nomeação, cuja denominação faz alusão a essa noção (VALADARES et al. 2010; VALADARES e EMMENDOERFER,
2011). Impulsionado por essa evidência, buscou-se compreender a aplicabilidade do empreendedorismo no setor público
brasileiro. No entanto, antes de fazer as devidas análises, é necessário contextualizar a realidade da administração pública
brasileira.
Dessa forma, na próxima seção, buscar-se-á caracterizar, de forma sucinta, a evolução da administração pública desse país.
99
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Apesar da existência desses três modelos, observa-se tanciamento de práticas patrimoniais e burocráticas (BRES-
que na história de administração pública brasileira, não é SER-PEREIRA, 2010). Ele passou a priorizar os resultados de
possível enquadra-la em um só modelo (TORRES, 2004), sua administração e não as questões jurídico-legais.
pois, ela é caracterizada por uma gestão híbrida, na qual Segundo esse autor, a reforma gerencial foi um dos
os três modelos (patrimonial, burocrático e gerencial) coe- produtos da grande evolução da forma que o Brasil estava
xistem na estrutura administrativa. No entanto, percebe-se propondo. A modernização da Administração Pública foi
que apesar da irregularidade, um modelo sempre se so- pautada em contratações de técnicos competentes, extin-
brepôs ao outro em relação ao período que estava em evi- ção de secretarias e cargos públicos, fixação de tetos sa-
dência. É possível afirmar que o modelo patrimonialista é lariais do poder executivo e atualização de processos de
encontrado em todas as fases da modernização do Estado compras e licitações (BRESSER-PEREIRA, 2010). Portanto,
supracitado, o que faz dele uma característica dominante passa-se a aplicar como foco central na gestão do Estado
na administração pública brasileira (JANOTTI, 1987; NU- brasileiro, a partir da reforma gerencial de 1995, a adminis-
NES, 1997; FAORO, 2000; HOLANDA, 2000; PAULA, 2005; tração por resultados.
MATIAS-PEREIRA, 2009; CABOBIANGO et al., 2010). Depois de ser institucionalizado o modelo gerencial,
Historicamente, até a Revolução de 1930, o Estado bra- surgiram várias críticas a esse modelo, principalmente no
sileiro era refém dos interesses de uma elite agrária com- que diz respeito à falta de participação do povo em relação
posta de aristocráticos proprietários rurais. A urbanização e à tomada de decisão dos governos. Assim, surgiu a neces-
industrialização que o Brasil experimentou a partir de 1930 sidade de as decisões da administração pública terem par-
fizeram que o país passasse por um rearranjo político do ticipação ampla do povo. Dessa forma, um novo modelo
Estado, atendendo às pressões para modernização deste de administração pública começa a ser evidenciado como
por parte da burguesia (TORRES, 2004). Deve-se ressaltar tendência na administração pública brasileira. Esse novo
que a reforma administrativa de Vargas foi um dos primei- modelo ficou conhecido como modelo societal, que tem
ros esforços para superar o modelo patrimonial em voga como base as diretrizes do novo serviço público, no qual
no contexto brasileiro, embora suas raízes patrimoniais não o bem público ou o serviço público é realizado com a so-
tenham sido suplantadas. Essas ligações, segundo Holanda ciedade e pela sociedade (PAULA, 2005; CAPOBIANGO, et
(2000), são características fundamentais do “homem cor- al. 2010). Essa perspectiva denota uma administração pú-
dial” brasileiro que, em sua caminhada e busca pelo poder, blica voltada para o cidadão. Entretanto, deve-se ressaltar
não consegue distinguir os aspectos público e privado. que esse modelo ainda está em processo de construção,
Prosseguindo na reforma administrativa burocrática, de modo que ainda seja um campo fértil de pesquisas para
no contexto do governo militar da década de 1960, sur- sua consolidação.
giu um decreto-lei que visava modernizar a administração A partir desta breve delimitação do contexto da evolu-
pública por meio da utilização de instrumentos gerenciais ção da administração pública no Brasil, percebe-se que ela
utilizados pela iniciativa privada. Além da normatização segue tendências mundiais de transformações do Estado.
e da padronização de procedimentos nas áreas de pes- Apesar de haver muito em que se avançar, existe um esfor-
soal, compras governamentais e execução orçamentária, ço do governo brasileiro, ao menos no discurso, de atender
buscava-se também estruturar o governo. As estratégias às demandas da sociedade. No entanto, o modelo que está
adotadas para alcançar a estruturação seriam planejamen- em voga, o gerencial, se apega, sobretudo, à transposição
to, coordenação, descentralização, delegação de compe- de práticas gerenciais para as organizações públicas.
tências, controle e investimento em administração indireta
(COSTA, 2008). (De) limitações acerca da aplicabilidade do em-
Na tentativa de evoluir os quadros existentes frente às preendedorismo na administração pública brasileira
limitações dos modelos preconizados e institucionalizados Sadler (2000), Kearney (2009) e Diefenbach (2011) ob-
na administração pública brasileira, foi instituída uma nova servam que pouco tem sido escrito sobre o empreendedo-
reforma, que aconteceu em 1995, dando início ao modelo rismo no setor público. Além da escassez de estudos nessa
gerencial. Um dos objetivos dessa reforma era o de tornar temática, o que existe na literatura baseia-se, em grande
o Estado mais eficiente, mais capaz de prestar serviços so- parte, no pensamento abstrato, decorrente da apropriação
ciais, culturais e científicos com baixo custo e boa qualida- de estudos do empreendedorismo no setor privado (SA-
de. Envolveram-se a descentralização de trabalhos sociais DLER, 2000). O problema de optar-se por uma apropriação
para estados e municípios; a delimitação mais precisa da mimética dos termos sem uma correta adaptação é que,
área de atuação do Estado; a distinção entre as atividades em muitos casos, a técnica aplicada na organização priva-
do núcleo estratégico; a separação entre a formulação de da não se adapta à organização pública ficando como um
políticas e a sua execução; a maior autonomia tanto para corpo estranho na organização, porém, sem função algu-
as atividades executivas exclusivas do Estado como para ma (BERGUE, 2008). Nesse sentido, o empreendedorismo
os serviços sociais e científicos que este presta; e, ainda, a nas organizações públicas pode ser compreendido como
segurança da responsabilização (accountability) por meio uma prática cerimonial ou “para inglês ver”, o que não gera
da administração por objetivos (BRESSER-PEREIRA, 1998). impacto na gestão pública. Porém cabe destacar, que ape-
A reforma gerencial de 1995 trouxe uma mudança de sar de não gerar impacto nas práticas internas das organi-
conceitos em toda estrutura administrativa do país, pois se zações públicas, o empreendedorismo público pode gerar
objetivou deixar o Estado mais gerencial, a partir do dis- impacto no ambiente externo (mídia, sociedade, outros
100
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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governos) onde o termo pode ser tratado como uma no- nantes propusessem um modelo de administração pública
vidade projetando positivamente a imagem do governante que promovia uma cultura empreendedora nas organiza-
e de seu governo. Desta forma, observa-se que a adoção ções públicas. Esse novo modelo, conhecido como New
de empreendedorismo no setor público brasileiro pode Public Management (NPM), orientou-se para uma prática
estar atrelado ao discurso de governantes para que possa gerencial no setor público que teve, como uma de suas
alcançar legitimação e manutenção de poder (VALADARES premissas norteadoras, a priorização do alcance de resulta-
e EMMENDOERFER, 2011). dos efetivos nas ações do poder público.
É necessário haver uma reflexão crítica antes de sair Essas mudanças, de fato, buscaram uma forma de su-
apropriando técnicas gerenciais nas organizações públicas, perar características mais rígidas das organizações públicas
pois ambas apresentam diferenças ambientais e estruturais pela incorporação dos valores de eficácia e efetividade. Em
(BERGUE, 2008; KEARNEY et al., 2009). Stoker (2006) contri- síntese, a NPM procurou melhorar a gestão dos processos
bui para essa afirmação ao observar que o governo não se através da aplicação de técnicas de gestão presentes no
sustenta no mecanismo de compra e venda de mercado- setor privado (COOKE, 2004; HENISZ, ZELNER e GUILLÉN,
ria. Esta lógica, segundo o autor, aplica-se à organização 2005; IMASATO, MARTINS e PIERANTI, 2010). No entanto,
privada, a qual em seu contexto visa à maximização das esse novo modelo de administração não é isento de críti-
riquezas do empreendedor. No entanto, no setor público, cas.
a principal preocupação deve ser seu usuário. Dentre as principais, incluem-se:
A literatura acerca do empreendedorismo, conforme a) os cidadãos vistos como clientes;
visto acima, pode ser concebida por meio de dois lócus de b) a “agenda oculta” de corte de custos;
análise: c) a negligência das necessidades de serviços diferen-
a) a criação de empresas (empreendedorismo inde- tes para grupo diferentes;
pendente); e, d) o favorecimento de pequenos grupos; e,
b) o comportamento empreendedor dentro das orga- e) a falta de envolvimento dos cidadãos e grupos inte-
nizações (empreendedorismo corporativo). ressados (DIEFENBACH, 2011).
No contexto do setor público, aplica-se a noção do
Dessa forma, o empreendedorismo no setor público
empreendedorismo corporativo. Ao que se atém a esse
também apresenta algumas limitações importantes, pois a
contexto, a escola corporativa indica que o empreendedo-
sua base está relacionada à implementação da NPM. Se-
rismo pode ser entendido por duas formas, a do indivíduo
gundo a literatura, três grandes temas limitam a aplicabili-
agindo de forma empreendedora ou a da organização pos-
dade dessa noção no setor público:
suindo uma orientação empreendedora.
a) a ameaça à governabilidade democrática, em que a
Na perspectiva de Miller (1983), Covin e Slevin (1991),
principal crítica reside na falta de legitimidade (DELEON e
Lumpkin e Dess (1996) e Diefenbach (2011) comportamen-
DENHARDT, 2000);
to empreendedor é entendido como a busca do agente
público por inovação, proatividade, tomada de riscos e b) esses empreendedores podem perseguir interesses
orientação empreendedora é entendida como a busca da próprios, fazer mal uso de fundos públicos, estabelecer do-
organização pública por promover um ambiente propício mínio sobre outros (poder), implementar mudanças radi-
à inovação, proatividade e tomada de riscos. Assim, o em- cais, ignorando, assim, padrões das organizações públicas
preendedorismo público pode ser conceituado, de uma (CURRIE et al., 2008); e,
forma geral, por meio da ação de empreendedores e, ou, c) os objetivos da atividade empresarial não está com-
de organizações públicas de modo inovador, proativo e to- pletamente alinhada aos objetivos da organização públi-
mador de riscos. ca, o que pode gerar, por conseguinte, a mudança de foco
Todavia, aplicar a noção de empreendedorismo na or- do gestor público, ou seja, este pode negligenciar as suas
ganização pública é diferente de aplicá-la no setor privado principais responsabilidades que está no usuário (MORRIS
devido ao fato dos dois setores apresentarem característi- e JONES, 1999).
cas particulares. No caso da organização pública, o lócus Na realidade brasileira, desenvolver empreendedores
de atuação é mais complexo, pois suas públicos se torna complexo devido à própria formação de
intensas relações políticas, pressupostos de equidade, sua administração pública contemporânea. Apesar da ten-
responsabilidade, transparência, multiplicidade de con- tativa de se estabelecer um modelo gerencial, e até mes-
flitos entre os gestores, estrutura tradicionalmente mais mo societal, com maior participação da sociedade, um dos
centralizada na qual os gestores tem menor autonomia principais desafios é o aspecto cultural. O setor público
de decisão, menor incentivo/recompensas e menor risco, brasileiro ainda é muito caracterizado pelas relações políti-
contribuem para uma cultura que vai de encontro à cul- cas do “homem cordial”, no qual práticas clientelistas, pa-
tura empreendedora (KEARNEY et al., 2009). Assim, para ternalistas e patrimonialistas ainda se sobressaem. Partindo
promover o comportamento empreendedor nos agentes do pressuposto da metáfora do camaleão (SADLER, 2000) e
públicos, é preciso desenvolver uma orientação empreen- de que o empreendedor é formado pelas características do
dedora nas organizações públicas. ambiente na qual está inserido, o empreendedorismo na
As reformas administrativas que aconteceram em ní- administração pública brasileira pode catalisar a busca por
veis globais logo depois da crise do petróleo no final da interesses próprios, mal uso de fundos e fortalecimento de
década de 1970 e início da de 1980, fizeram que os gover- elites classistas nos governos.
101
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Assim, ao invés de trazer maior dinamismo, o em- Apesar das propostas inovadoras do empreendedoris-
preendedorismo público no Brasil pode acarretar um mo público é preciso também se atentar às limitações de
aumento do insulamento da administração pública. Essa tal noção aplicada ao setor público brasileiro. A literatura
prática pode ser evidenciada no trabalho de Valadares e supracitada indica que o EP é tratado como uma prática
Emmendoerfer (2011), o qual ressalta que o empreende- cerimonialista ou simbólica que trabalha a imagem de no-
dorismo público em uma Unidade Federativa Brasileira vidade (inovação) do governante e do seu governo. Neste
pode estar correlacionado com a formação de uma elite sentido, pode-se tornar um risco para as Políticas de Esta-
classista que detém o controle do Estado no intuito de do, pois, os governos podem buscar benefícios para legi-
manter o governo de situação. timar o seu governo. Desta forma, o empreendedorismo
Neste sentido, a prática de insulamento burocrático pode ser mais uma ferramenta promocional do discurso
limita a gestão das organizações em base tecnicista, ao político. Deve-se ressaltar que este ensaio buscou suscitar
ter de forma concentrada e fechada, a tomada de decisão reflexões teóricas sobre o potencial e alcance da aplicação
juntamente com a formulação e implementação da polí- do empreendedorismo público no Brasil.
tica pública. Isto contribui para gestor público abandonar Assim, cabem às pesquisas futuras testar, empirica-
qualquer tentativa de estabelecer accountability ou res- mente, a aplicabilidade deste construto na realidade bra-
ponsiveness pelos seus atos (XAVIER, 2006). Dessa forma, sileira.19
o insulamento burocrático torna a administração pública
imune ao controle da sociedade e do sistema político,
podendo comprometer a sustentabilidade da democra- QUESTÕES
cia. Diniz (2003) indica que o alcance da estabilidade da
democracia requer superar o déficit da inclusão social no 01. No que se refere ao gerenciamento da informação
qual objetiva reverter altos graus de concentração de ren- e à gestão de documentos, julgue os itens subsequentes.
da e de desigualdade, o déficit de capacidade de produzir
resultados socialmente desejados, de modo a reverter o Por atenderem a necessidades especiais, os documen-
tos do arquivo corrente podem permanecer distantes de
padrão patrimonialista de ação estatal e o déficit de ac-
seus usuários diretos.
countability, que reduz os graus de discricionariedade das
( ) Certo ( ) Errado
autoridades governamentais.
02. O arquivo constituído por documentos que são de
Dessa forma, é preciso compreender que o setor pú-
uso exclusivo da unidade que os gerou ou recebeu, deno-
blico é caracterizado pelos princípios burocráticos, os
mina-se
quais garantem a legitimidade de suas atividades, e nesse
(A) ostensivo.
setor, a democracia representativa ainda precisa do ethos
(B) sigiloso.
burocrático. É preciso tomar cuidado com as expectativas
(C) permanente.
exageradas por parte do empreendedor público, para que (D) intermediário.
não o torne a solução para todos os problemas. (E) corrente.
Este estudo sugere que o desenvolvimento de em-
preendedores no setor público possui conotação dupla. 03. Com relação à gestão de documentos, julgue o
De um lado, com sua visão de futuro, autonomia e toma- item que se segue.
da de risco contribui para construir novas maneiras para Para facilitar o acesso rápido ao material, recomenda-
maximizar a produtividade e a efetividade organizacionais. -se que arquivos correntes sejam armazenados em caixas-
Por outro lado, representa riscos para a manutenção da -arquivo.
democracia no setor público, no qual suas ações podem ( ) Certo ( ) Errado
visar a interesses próprios. Nesse sentido, entende-se que
o potencial e alcance da aplicação da noção de empreen- 04. Em relação ao arquivo corrente, NÃO se pode afir-
dedorismo no setor público brasileiro estão diretamente mar que:
correlacionados com a compreensão da capacidade e da (A) Tem valor primário.
limitação desse agente para a administração pública. (B) Abrange apenas documentos em tramitação.
O potencial do EP relaciona-se à adoção deste cons- (C) Abrange documentos em tramitação ou não.
truto no âmbito da apropriação de técnicas gerenciais na (D) É objeto de consultas frequentes.
administração pública. Estas técnicas, quando bem deli-
mitadas e adaptadas ao contexto local, podem contribuir 05. Os documentos correntes são de acesso restrito e
para o alcance de maior efetividade da organização públi- devem ficar próximos aos servidores que são seus usuários
ca. Neste sentido o empreendedor público pode contri- diretos.
buir, pois, devido a seu comportamento, auxilia a organi- ( ) Certo ( ) Errado
zação a se tornar mais dinâmica, flexível e focada nos re-
sultados. No entanto, para que isso aconteça, observa-se a
necessidade de desenvolver uma cultura empreendedora 19 Fonte: www.anpad.org.br - Por Josiel Lopes Valadares,
na organização pública. Magnus Luiz Emmendoerfer, Renner Coelho Messias Alves,
Mateus Cerqueira Anício Morais
102
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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06. Quando o documento de arquivo tem uma grande EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
possibilidade de uso, ele deve ser considerado como docu-
mento do arquivo corrente. 1) (UNIFESP - Administrador - CAIPIMES/2013)
( ) Certo ( ) Errado São características dos serviços, que afetam enorme-
mente a elaboração de programas de marketing, exce-
07. No que se refere ao gerenciamento da informação to:
e à gestão de documentos, julgue o item subsequente. A) Imperecibilidade.
Após passarem pelos arquivos correntes, os documen- B) lntangibilidade.
tos de arquivo podem ser eliminados, ser encaminhados ao C) Variabilidade.
arquivo intermediário, ou, ainda, ser recolhidos aos arqui- D) lnseparabilidade.
vos permanentes.
( ) Certo ( ) Errado Vejamos: A imperecibilidade não é característica dos
serviços, pois eles são perecíveis.
08. Considere os nomes a seguir:
RESPOSTA: “A”.
1. Alberto Soares Júnior
2. João Castelo Branco 3. Everaldo Santo Cristo 2) (Sergipe Gás S.A. - Analista de Marketing –
4. Dr.Alexandre Silva FCC/2013) A gestão de marketing se ocupa, nas organi-
5. Maria Cardoso Silva zações, com o conjunto de atividades:
A) da gestão do relacionamento das organizações
O nome arquivado corretamente, segundo o método com seus clientes.
alfabético, é: B) de promoção e comunicação de oferta de bens
(A) Júnior, Alberto Soares e serviços em um dado mercado.
(B) Branco, João Castelo C) relacionadas à venda de produtos e serviços no
(C) Santo Cristo, Everaldo mercado.
(D) Silva, Dr.Alexandre D) relacionadas aos processos de troca entre
(E) Cardoso Silva, Maria agentes no mercado.
E) que estimulam a realização de transações que
09. O método de arquivamento alfanumérico, que con- visam aumentar a lucratividade das empresas.
siste na combinação de letras e números, pertence ao sis-
tema indireto. Vejamos: Gestão de Marketing é processo de ana-
( ) Certo ( ) Errado lisar, planejar, implementar e controlar as estratégias, os
programas e projetos elaborados para desenvolver e man-
ter trocas e relacionamentos com os mercados-alvo.
GABARITO
RESPOSTA: “D”.
(01-Errado), (02-E), (03-Errado), (04-B), (05-Certo),
(06-Certo), (07-Certo), (08-C), (09-Errado) 3) (Sergipe Gás S.A. - Analista de Marketing –
FCC/2013) Para o profissional de marketing, mercado
(Footnotes) consumidor é o:
1 Fonte: www.unesp.br A) local físico onde ocorrem as transações.
B) agrupamento de pessoas que podem e querem
adquirir produtos.
C) agrupamento de vendedores que atendem aos
diferentes clientes.
D) agrupamento de profissionais que elaboram os
planos de atendimento ao cliente.
E) agrupamento de empresas que oferecem pro-
dutos.
RESPOSTA: “B”.
103
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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4) (Banco do Brasil - Escriturário - FCC/2013) O 6) (Banco do Brasil - Escriturário - FCC/2013) Os
atendimento bancário pode ser classificado como um serviços são interações complexas afetadas por uma
tipo específico de SERVIÇO. Como tal, apresenta uma série de elementos e, portanto, adotar uma perspectiva
série de características que posicionam esse produto de marketing holístico é fundamental. A complexidade
nessa categoria. A característica que NÃO pertence à do marketing holístico de serviços exige marketing
categoria dos SERVIÇOS é a A) Externo, apenas.
A) Intangibilidade. B) Interno, apenas.
B) Estocabilidade. C) Interativo, apenas.
C) inseparabilidade. D) Externo e interno, apenas.
D) perecibilidade. E) Externo, interno e interativo.
E) heterogeneidade.
Vejamos: Holístico quer dizer “o todo; integral”.
Vejamos: Não há como estocar serviços. Uma forma Marketing Holístico = Marketing Interno + Marke-
de diferenciar os bens dos serviços é devido aos produ- ting Externo + Marketing Interativo.
tos serem tangíveis. A tangibilidade é a característica do
bem físico, palpável. A tangibilidade leva a estocabilidade RESPOSTA: “E”.
e transportabilidade.
7) (Banco do Brasil - Escriturário - FCC/2013)
RESPOSTA: “B”. O Banco MNO tem utilizado, em suas campanhas de
marketing, um conjunto de ferramentas de incentivo,
5) (Banco do Brasil - Escriturário - FCC/2013) O projetadas para estimular a compra de produtos ou
Banco ABC se orgulha da história de ter crescido ar- serviços específicos por parte do cliente. Esta prática é
regimentando uma base de clientes extremamente denominada:
fiéis que permanecem como seus correntistas desde a A) propaganda.
fundação da instituição. A principal diretriz do Banco, B) promoção de vendas.
desde sua origem, foi a de orientar seus funcionários C) marketing direto.
para a satisfação da clientela e para a construção de D) distribuição intensiva.
relacionamentos. E) distribuição seletiva.
Uma importante característica do chamado marke-
ting de relacionamento é: Vejamos: Estimular a compra; Incentivar o uso; Incitar o
A) Uma mudança de paradigma para a área experimento = Promoção de Vendas.
do marketing, alterando seu foco do binômio retenção/ Promoção de vendas é um dos quatro aspectos do
relações para o binômio compras/transações. promocional mix. Diz respeito ao conjunto de ferramentas
B) Uma estratégia de fazer negócios cuja força re- usadas para desenvolver e acelerar a vendas de um produ-
cai sobre a conquista de novos clientes, e não na manu- to ou de um serviço.
tenção e aperfeiçoamento dos atuais clientes.
C) Tem como objetivo a construção e a manuten- RESPOSTA: “B”.
ção de uma base de clientes comprometidos que sejam
rentáveis para a organização. 8) (BANPARÁ - Técnico Bancário – ESPP/2012)
D) Os clientes podem beneficiar-se das associa- O relacionamento das empresas com os clientes, em-
ções de longo prazo obtidas por meio da consolidação pregados, fornecedores, distribuidores, revendedores e
da lealdade mútua em detrimento dos interesses das varejistas é uma das coisas mais importantes e valio-
empresas. sas. Leia as sentenças abaixo e identifique a que con-
E) Uma estratégia de priorização de resultados, tém afirmações verdadeiras sobre as principais caracte-
buscando a ampliação sustentada das vendas articula- rísticas do marketing de relacionamento.
da com ações que levem à redução de custos. A) Concentra-se nos parceiros e clientes em vez de
nos produtos/ serviços. Ouve mais o cliente e valoriza
Vejamos: O Marketing de Relacionamento visa firmar mais as atividades isoladas de cada departamento.
relacionamentos duradouros com os clientes, e que sejam B) A necessidade de cultivo de novos clientes so-
rentáveis para as duas partes. brepõe à retenção dos já existentes
C) Ouve e aprende, concentra-se nos parceiros e
RESPOSTA: “C”. clientes, não nos produtos/ serviços. Valoriza o traba-
lho de equipes interfuncionais.
D) É um retrocesso da indústria moderna, desconsi-
derando a importância da produção em série característica
fundamental para o sucesso das empresas no mundo atual.
E) Concentra-se mais nos produtos e serviços e
acredita ser irrelevante a opinião do cliente.
104
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Vejamos: O Marketing de Relacionamento tem foco 12) (Banco do Brasil - Escriturário - CESGRAN-
nos clientes e parceiros, visa os relacionamentos e valoriza RIO/2012) O conceito de valor para os clientes é o re-
o trabalho em equipe. sultado da comparação que eles fazem, ao efetuar uma
transação comercial, entre:
RESPOSTA: “C”. A) atendimento e tempo
B) atributos e preços
9) (Caixa - Técnico Bancário – CESGRANRIO/2012) C) benefícios e custos
Atualmente, as estratégias mercadológicas dos bancos D) empresa e concorrência
consideram que os clientes compram para satisfazer E) qualidade e reclamações
suas necessidades. Nesse sentido, deve-se levar em
consideração que, na venda de produtos bancários, es- Vejamos: Para o cliente, valor é a percepção que ele
sas necessidades serão satisfeitas por: faz entre o custo e todos os benefícios que o produto ou
A) conhecimento dos produtos ofertados serviço traz a ele.
B) número de visitas dos clientes à agência
C) procedimentos técnico-operacionais RESPOSTA: “C”.
D) benefícios proporcionados aos correntistas
E) apresentações eficientes dos serviços 13) (Banco do Brasil - Escriturário - CESGRAN-
RIO/2012) Para medir o resultado das propagandas em
Vejamos: Por se tratar de produtos, a satisfação virá diversas mídias, como tevês e revistas de opinião, os
através de benefícios e vantagens. bancos necessitam de um feedback, que pode ser ad-
quirido pela realização de:
RESPOSTA: “D”. A) análise da concorrência
B) campanhas persuasivas
10) (Banco do Brasil - Escriturário - CESGRAN- C) orçamentos cruzados
RIO/2012) Uma característica típica do marketing em
D) marketing direto
empresas de serviços, que interfere decisivamente em
E) pesquisas de mercado
sua gestão, é o fato de que sua prestação:
A) ocorre simultaneamente ao consumo.
Vejamos: A ferramenta adequada para se ter feedback
B) costuma não variar de cliente para cliente.
sobre o resultado das propagandas em diversas mídias é a
C) depende pouco dos funcionários e dos clientes
pesquisa de mercado.
D) pode ser estocada para as horas de movimento.
E) é facilmente percebida pelo cliente antes da compra.
RESPOSTA: “E”.
Vejamos: Diferentemente dos produtos, a prestação de
serviços ocorre simultaneamente ao seu consumo. Estes só 14) (Banco do Brasil - Escriturário – FCC/2011) Em
poderão ser avaliados depois de sua efetiva prestação. uma organização, toda atividade ou benefício, essen-
cialmente intangível, que uma parte pode oferecer à
RESPOSTA: “A”. outra e que não resulte na posse de algum bem, é de-
nominada:
11) (Banco do Brasil - Escriturário - CESGRAN- A) especialidade.
RIO/2012) As ações mercadológicas postas em prática B) serviço.
no interior das agências bancárias, tais como a distri- C) conveniência.
buição de brindes e a exposição de ofertas de serviços D) sistema.
em cartazes e displays, são exemplos de: E) processo.
A) Publicidade
B) Propaganda Vejamos: Serviços são preponderantemente
C) marketing direto intangíveis; não podem ser estocados nem transportados.
D) relações públicas Além disso, sua prestação ocorre simultaneamente ao seu
E) promoção de vendas consumo.
RESPOSTA: “E”.
105
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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15) (Banco do Brasil - Escriturário – FCC/2011) No 18) (Caixa - Técnico Bancário – CESPE/2010) O
processo de gestão do marketing de serviços, a técnica anúncio de um banco veiculado na televisão, pago,
de pesquisa de compreensão da satisfação dos clientes, inovador e específico, por si só caracteriza exemplo de:
em que a empresa contrata pesquisadores para utiliza- A) network.
rem seus serviços, pesquisadores estes que não serão B) marketing de relacionamento.
identificados pelos atendentes de marketing, é deno- C) endomarketing.
minada: D) propaganda.
A) Venda. E) campanha publicitária.
B) Grupos de foco.
C) Compra direta. Vejamos: Network = cadeia de relacionamentos.
D) Compra misteriosa. Marketing de relacionamento = visa o relacionamento
E) Painel de clientes. da empresa com parceiros e clientes.
Endomarketing = é o marketing interno, ou seja, vol-
Vejamos: A técnica de contratação de pesquisadores tado para dentro da empresa.
para experimentação dos produtos e serviços, para medi- Propaganda = é responsável por levar o cliente até o
ção da satisfação, é denominado compra misteriosa. produto. É um anúncio específico e pago, de determinada
empresa ou produto.
RESPOSTA: “D”. Publicidade = quando algo é bom ou ruim, a marca
tem publicidade positiva ou negativa, ou seja, divulgação
16) (Banco do Brasil - Escriturário – FCC/2011) Ma- espontânea e que foge ao controle da empresa.
neira de se comunicar com o mercado de forma impes-
soal, utiliza os meios de comunicação de massa ou ele- RESPOSTA: “D”.
trônicos, visa formar imagem e construir a percepção
desejada na mente do público-alvo, e o anunciante da 19) (Sergipe Gás S.A. - Analista de Marketing –
mensagem é conhecido. Trata-se de:
FCC/2013) Ao assumir a gestão de marketing de uma
A) marketing digital.
organização, Paulo, um profissional de marketing, ob-
B) promoção.
servou que as estratégias eram idênticas para todos os
C) relações públicas.
clientes e consumidores. “Isso está errado”, disse ele
D) propaganda.
em reunião com a alta direção. “Nem todos os compra-
E) publicidade.
dores possuem as mesmas necessidades e respondem
de modo semelhante às ações de marketing. Precisa-
Vejamos: Propaganda é o alastramento de princípios,
mos estudá-los melhor e dividir o mercado em grupos
ideias, conhecimentos ou teorias. Trata-se de expressão
genérica, que envolve a divulgação do nome de pessoas distintos para avaliar quais merecem maior atenção e
(propaganda eleitoral ou profissional), de coisas à venda quais estratégias são mais adequadas para cada um de-
(mercadorias, imóveis, etc.) e também de ideias. les”. Para justificar as recomendações, Paulo utilizou,
dentre os conceitos do planejamento em marketing, a
RESPOSTA: “D”. análise:
A) SWOT.
17) (Caixa - Técnico Bancário – CESPE/2010) B) do posicionamento da oferta.
O marketing de relacionamento C) da segmentação do mercado.
A) não utiliza ferramentas de CRM (customer rela- D) das cadeias de valor.
tionship management). E) do Brand Equity.
B) pressupõe diálogo entre empresa e cliente, mas
a comunicação não deve ser particularizada. Vejamos: Segundo Philip Kolter, um segmento de mer-
C) não diz respeito a ações de pós-venda. cado é formado por consumidores que reagem de maneira
D) não prescinde da comunicação via Internet. similar a determinado conjunto de esforços de marketing.
E) não se relaciona com o endomarketing.
RESPOSTA: “C”.
Vejamos: Prescindir = Não precisar.
O Marketing de Relacionamento precisa da comunica-
ção via internet.
Reparem que para responder essa questão é funda-
mental saber o significado das palavras e ter uma boa in-
terpretação (muito mais do que conceitos).
RESPOSTA: “D”.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
20) (Sergipe Gás S.A. - Analista de Marketing – 22) (UFAL - Secretário Executivo – COPEVE/2011)
FCC/2013) O ROI é uma das medidas mais comumente O Marketing surge quando necessidades e desejos sa-
utilizadas na avaliação de programas de marketing, e tisfazem as pessoas por meio da troca.
significa: I. Mercado – Grupo de consumidores com ne-
A) Retorno sobre Investimento, ou o cálculo dos cessidades homogêneas, onde a empresa poderá fazer
retornos obtidos pelo investimento realizado em ações uma oferta mercadológica.
de marketing. II. Rede de Marketing – Sistema derivado das ven-
B) Resultados Operacionais dos Impactos de mar- das diretas, onde os produtos e serviços chegam aos
keting, isso é, a avaliação das modificações obtidas pela consumidores sem intermediários.
gestão das variáveis do composto do marketing. III. Segmento – Conjunto de consumidores de pro-
C) Reativação de Operações Interrompidas, isso é, dutos ou serviços oferecidos por determinada empresa.
a capacidade de a empresa reativar clientes que deixa- IV. CRM – (Customer relationship Management)
ram de realizar compras mas que eram ativos no pas- Meio abrangente de gerenciar o relacionamento com
sado. clientes.
D) Results on Incomes, ou seja, Resultados de Re- V. Marketing de Relacionamento – Desenvolvimen-
ceitas que expressam o desempenho de vendas da or- to de relações entre empresas e consumidores institu-
ganização em relação às metas contábeis estabelecidas cionais.
no trimestre. A) I e II, apenas.
E) Rewards On Impacts, ou seja, recompensas B) III e IV, apenas .
sobre impactos das atividades de gestão estratégica C) I, II, III e IV.
de marketing. D) III, IV e V.
E) II, IV e V.
Vejamos: Retorno sobre o investimento de marketing
(ROI) é o retorno líquido de um investimento de marketing Vejamos: Mercado – a definição de troca nos trans-
dividido pelos seus custos. Ele mensura os lucros gerados porta ao conceito de mercado. Um mercado consiste em
todos os consumidores potenciais que compartilham uma
pelos investimentos em atividades de marketing.
necessidade ou desejos específicos, dispostos e habilitados
a fazer uma troca que satisfaça essa necessidade ou desejo.
RESPOSTA: “A”.
Marketing de Rede - O marketing de rede é um sistema
proveniente das vendas diretas.
21) (Transpetro - Administrador Júnior - CES-
Segmento - A segmentação do mercado consiste num
GRANRIO/2012) Analistas apontam o rápido cresci-
processo de análise e identificação de grupos de clientes
mento das vendas de óleo no país e a maior concorrên- com necessidade e preferências homogêneas ou com al-
cia nesse setor. Os custos das empresas para obterem gum grau de homogeneidade. Por meio do processo de
clientes são médios, e os lucros são crescentes, de for- segmentação, o mercado se divide em grupos de clientes
ma que é possível afirmar que o ciclo de vida desse pro- com necessidades e preferências semelhantes, permitindo
duto se encontra no estágio de crescimento. Nesse mo- que a empresa adapte melhor suas políticas de marketing
mento, os gerentes de marketing devem adotar como ao seu mercado-alvo.
estratégia preços: CRM - Gestão do relacionamento com o consumidor.
A) Elevados Marketing de relacionamento – Consiste em construir e
B) Reduzidos sustentar a infraestrutura dos relacionamentos de clientes.
C) de penetração É a integração dos clientes com a empresa, desde o proje-
D) de desnatamento to, desenvolvimento de processos industriais e de vendas.
E) equivalentes aos da concorrência
RESPOSTA: “E”.
Vejamos: O mercado citado na questão está em cres-
cimento já ultrapassou a fase de introdução e já está co- 23) (FUB - Secretário Executivo – CESPE/2011) De
nhecido. Os investimentos devem continuar para que ele acordo com os preceitos do endomarketing, a tarefa da
não tenha um declínio precoce. Para entrar nesse mercado, administração, mais do que fabricar produtos, é a de pro-
com tanto crescimento e concorrência, o preço deve ser porcionar satisfação aos seus empregados para que estes
atrativo, para que o cliente experimente seu produto. conquistem, cada vez mais, melhores cargos na empresa.
( ) Certo
REPOSTA: “C”. ( ) Errado
RESPOSTA: “ERRADO”.
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Assistente Técnico Legislativo - Agente Administrativo
24) (TRE/ES - Analista – CESPE/2011) Ações de res- 28) (ELETROBRÁS - Administrador - CESGRAN-
ponsabilidade social não devem ser utilizadas pelo mar- RIO/2010) Manter relacionamentos com os clientes
keting corporativo, sob a pena de resultarem, para a pode ser uma forma de obter uma vantagem compe-
organização, em perda de credibilidade. titiva. Entretanto, nem todas as empresas conseguem
( ) Certo manter relacionamentos diretos com clientes. Assim,
( ) Errado analise as circunstâncias a seguir, identificando aque-
la(s) em que os profissionais de marketing têm maior
Vejamos: É exatamente o contrário, as ações de res- facilidade em construir relacionamentos diretos.
ponsabilidade social devem ser utilizadas pelo marketing I - A marca dos produtos é conhecida e há uma
corporativo, o qual pode fortalecer a imagem da empresa quantidade de clientes muito grande.
junto aos stakeholders. II - Os produtos têm significados para os clientes,
embora os clientes individuais não sejam conhecidos.
RESPOSTA: “ERRADO”. III - Seus produtos ou serviços são comprados com
25) frequência e têm elevado preço unitário ou alta mar-
26) (TRE/ES - Analista – CESPE/2011) Denominam- gem de lucro.
-se stakeholders as barreiras que impedem a prática da A(s) circunstância(s) que oferece(m) maior facili-
responsabilidade social em algumas organizações. dade para a construção de relacionamentos diretos é(-
( ) Certo são) APENAS:
( ) Errado A) I.
B) II.
Vejamos: Stakeholders são todos os envolvidos e inte- C) III.
ressados nos negócios da organização. D) I e II.
E) II e III.
RESPOSTA: “ERRADO”.
Vejamos: A grande quantidade de clientes e o desconhe-
cimento individual deles dificultam o relacionamento direto.
27) (ELETROBRÁS - Administrador - CESGRAN-
RIO/2010) Da mesma forma que os profissionais de
RESPOSTA: “C”.
logística são responsáveis pela gestão do suprimento,
os profissionais de marketing são responsáveis pela
29) (Sergipe Gás S.A. - Analista de Marketing –
gestão da demanda. A respeito dos tipos de demanda,
FCC/2013) Lucas está analisando o grau de fidelidade
analise as afirmações abaixo.
de sua base de clientes. Representa um índice relevante
I - Demanda Negativa acontece quando a empresa para análise do grau de fidelidade da base de clientes:
possui nível de demanda maior do que pode suportar. A) o número de indicações de novos clientes por
II - Quando há variações sazonais que causam ócio parte de clientes atuais.
ou sobrecarga de oferta, fica caracterizada a Demanda B) o valor médio das compras do cliente
Irregular. C) a taxa de compra de marcas próprias da empresa
III - Quando a empresa está satisfeita com o seu vo- D) a taxa de crescimento da base de clientes
lume de negócios, ela se encontra em Plena Demanda. E) o índice do crescimento do faturamento
IV - Quando uma parcela significativa do mercado
não aprecia ou evita o produto, a empresa se encontra Vejamos: Um cliente satisfeito indica a empresa pela
com Demanda Excessiva. qual ele é fiel aos produtos e serviços.
Está correto APENAS o que se afirma em
A) I e II. RESPOSTA: “A”.
B) I e III.
C) I e IV. 30) (Sergipe Gás S.A. - Analista de Marketing –
D) II e III. FCC/2013) Quando uma organização contrata uma au-
E) II e IV. ditoria em marketing, significa que quer:
A) avaliar o desempenho da equipe de vendas na
Vejamos: Os itens I e IV estão invertidos, e a II e III estão lucratividade dos negócios.
corretos. B) investigar se houve ilícitos no uso das verbas
destinadas ao setor.
RESPOSTA: “D”. C) avaliar a adequação das atividades de marke-
ting da organização em relação aos objetivos previa-
mente estabelecidos.
D) avaliar se o composto de marketing está ajus-
tado a sua missão e a seus valores declarados.
E) avaliar o grau de satisfação do cliente em rela-
ção aos produtos e serviços disponibilizados no mer-
cado.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Vejamos: Auditoria de Marketing tem por objetivo exa- disso, ela é usada quando se busca um entendimento
minar, periodicamente, os objetivos, as estratégias e as ati- sobre a natureza geral de um problema, ou seja, as
vidades da empresa, para determinar áreas com problemas possíveis hipóteses alternativas e as variáveis relevantes
e oportunidades. que precisam ser consideradas.
31) (Sergipe Gás S.A. - Analista de Marketing – 33) (Sergipe Gás S.A. - Analista de Marketing –
FCC/2013) Uma abordagem influente sobre motivação, FCC/2013) Uma das atividades mais disseminadas no
e incorporada pelos profissionais de marketing, foi for- mercado é o telemarketing, ou o esforço de contatar
mulada pelo psicólogo Abraham Maslow, que propôs clientes e consumidores, atendê-los ou realizar vendas
uma hierarquia das necessidades humanas. A proposta por meio do telefone. Pelo ponto de vista da gestão do
de Maslow: composto de marketing, o motivo que justifica a utili-
A) divide as motivações de consumo em 3 níveis: zação dessa atividade é:
as motivações de associação (necessidade de se ajustar A) a intimidade: a gestão dos contatos com os
a grupos de referência); motivações de poder (quando clientes permite maior confiança e intimidade, alcan-
o consumidor busca controlar o ambiente à sua volta); çadas pela maior flexibilidade nos diálogos e scripts de
e motivações de singularidade (centradas na afirmação atendimento e interação, ajustados a cada pessoa.
da identidade do consumidor). B) a receptividade: a interação pessoa a pessoa
B) propõe que fatores pessoais e culturais se com- permite o tratamento pessoal e a formulação de men-
binam para criar um desejo, que é a manifestação no sagens exclusivas na comunicação com o cliente, o que
nível mais elevado da hierarquia da motivação humana. aumenta a aceitação deste tipo de contato.
C) estabelece que certos comportamentos são C) o custo: o telemarketing pode substituir a dis-
motivados por instintos inatos, que são comportamen- ponibilização de vendedores e atendentes em locações
tos universais da espécie humana. físicas, o que gera economia de recursos.
D) divide as necessidades humanas em “utilitá- D) a inovação: há cada vez mais formatos diferen-
rias”, isto é, aquelas que enfatizam atributos tangíveis ciados para o atendimento do público e também nos
e objetivos das ofertas e em necessidades “hedônicas”,
esforços de abordagem e qualificação de potenciais
que são subjetivas e próprias da experiência além dos
clientes.
aspectos funcionais das ofertas.
E) a frequência: pelo seu custo reduzido e pela
E) é a de que os seres humanos procuram primeiro
facilidade de contato com o consumidor, o telemarke-
satisfazer suas necessidades básicas antes de buscar satis-
ting ativo oferece maior eficiência na repetição da men-
fazer níveis mais elaborados de necessidades, como status,
sagem junto aos públicos-alvo.
amizade ou autorrealização.
Vejamos: A proposta de Maslow apresenta uma divisão Vejamos: O maior benefício que o telemarketing traz
hierárquica em que as necessidades consideradas de nível para as empresas ainda é o custo.
mais baixo devem ser satisfeitas antes das necessidades de
nível mais alto. RESPOSTA: “C”.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Vejamos: As empresas investem no marketing espor- 37) (PRODEMGE - Analista de Gestão Administra-
tivo com o intuito de relacionar sua marca com a equipe tiva – FUMARC/2011) Leia a definição de Marketing,
patrocinada. segundo a AMA - American Marketing Association:
“Marketing é uma função organizacional e uma série de
RESPOSTA: “E”. processos para a criação, comunicação e entrega de va-
lor para clientes, e para a gerência de relacionamentos
35) (Transpetro - Administrador Júnior – CES- com eles de forma que beneficiem a organização e seus
GRANRIO/2012) A empresa estava pronta para lançar stakeholders”. Com base na definição citada anterior-
seu novo lubrificante e precisava fazer um teste de mente, o marketing:
mercado com resultados rápidos. Dessa forma, ofere- A) deve cuidar essencialmente da comunicação
ceu gratuitamente seu produto a determinados con- dos produtos e serviços.
sumidores e, no intervalo de dez dias, ofereceu-lhes o B) proporciona benefícios apenas para os clientes
mesmo produto a um preço menor que o normal. Essa e para a gerência de relacionamentos.
oferta se repetiu por mais três vezes para que os geren- C) deve ser visto como um processo que contribui
tes observassem as escolhas e os níveis de satisfação para a criação, comunicação e entrega de valor para to-
dos clientes. dos os públicos de interesse.
Esse método de teste de produtos de consumo no D) deve atuar de maneira isolada do restante da
mercado é classificado como pesquisa de: organização, cuidando do relacionamento com clientes.
A) adotantes imediatos
B) estágios de mercados Vejamos: Marketing é uma função organizacional para
C) mercado-teste simulado a criação, comunicação e entrega de valor para clientes, e
D) mercado-teste controlado para a gerência de relacionamentos com eles de forma que
E) onda de vendas beneficiem a organização e seus stakeholders.
RESPOSTA: “C”.
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