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LIVRO I

DAS NORMAS PROCESSUAIS CIVIS


TÍTULO ÚNICO
DAS NORMAS FUNDAMENTAIS E DA APLICAÇÃO DAS NORMAS
PROCESSUAIS
CAPÍTULO I
DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL

NOVO CPC CPC /1973


Art. 1º O processo civil será ordenado, Sem correspondente
disciplinado e interpretado conforme
os valores e normas fundamentais
estabelecidos na Constituição da
República Federativa do Brasil,
observando-se as disposições deste
Código.

• Inspiração no CPC Português


• Capítulo inteiramente dedicado às normas fundamentais
• O art. 1o. demonstra a necessidade de respeito ao “modelo
constitucional de processo civil” (é o devido processo legal devido)
o Normas que não estão no CAP. I
▪ Na CF
• Juiz natural
• Proibição de prova ilícita
▪ No CPC
• Dever de observância dos precedentes (art. 927)
o Outras observações
▪ Algumas normas fundamentais são direito fundamentais:
• Ex: contraditório, acesso à justiça
▪ Outras não
• Julgamento prioritariamente em ordem
cronológica
▪ Problema
• “infraconstitucionalização”. Garantias
constitucionais do processo que não estavam
presentes no CPC darão margem a recurso especial,
ao invés ou junto com o Extraordinário?
o Para nós, o extraordinário depende sempre de
repercussão geral, não havendo, pode ou não
caber Resp. (mas STJ é que vai dizer).
Pensamos que se o art. É mera reprodução
de norma constitucional, não cabe. (STJ,
“clone legal”, Edcl no Resp. 181.913
▪ Lado negativo da "constitucionalização" dos diversos
ramos do direito:
• O STF como terceira instância

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Art. 2º O processo começa por Art. 262. O processo civil começa por
iniciativa da parte e se desenvolve por iniciativa da parte, mas se
impulso oficial, salvo as exceções desenvolve por impulso oficial.
previstas em lei. Art. 2º Nenhum juiz prestará a
tutela jurisdicional senão quando a
parte ou o interessado a requerer,
nos casos e forma legais.

• Princípio dispositivo (dispositionprinzip)


o A determinação do mérito compete às partes
o mas, classicamente, na doutrina brasileira, esse é o princípio da
demanda, sendo o princípio dispositivo aquele ligado à condução do
processo.
• Verhandlungsmaxime > condução do processo (no início, a doutrina alemã
congregava aí os dois princípios)
• Quais as exceções?
o Alguns procedimentos de jurisdição voluntária (ex: herança jacente,
art. 736)
o Incidente de julgamento de demandas repetitivas
o Execução da sentença no processo trabalhista (CLT, 878)
o Atenção: O inventário (CPC/73 art. 989) instaurado de ofício
não é mais possível no NCPC.
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Art. 3º Não se excluirá da apreciação Sem correspondente
jurisdicional ameaça ou lesão a
direito.
§ 1º É permitida a arbitragem, na
forma da lei.
§ 2º O Estado promoverá, sempre
que possível, a solução consensual
dos conflitos.
§ 3º A conciliação, a mediação e
outros métodos de solução
consensual de conflitos deverão ser
estimulados por juízes, advogados,
defensores públicos e membros do
Ministério Público, inclusive no curso
do processo judicial.

• Princípio da inafastabilidade da jurisdição (art. 5º, XXXV, CF)


• Meios alternativos de solução de conflitos
o Conciliação
o Mediação
▪ Centros judiciários de mediação e conciliação (art. 166 e
ss)
▪ Citação para comparecimento em audiência (art.335)
o Arbitragem
▪ Lei 9.307/96
▪ Natureza jurídica? (. CC 111.230-DF, Rel. Min. Nancy
Andrighi, julgado em 8/5/2013.)
▪ Nossa opinião
• O legislador falou em inafastabilidade da
“apreciação jurisdicional” enquanto a CF fala em
apreciação pelo Poder Judiciário.
• Quis incluir arbitragem, Senado, etc.
• Somente a apreciação pelo Poder Judiciário é
direito fundamental
o Outros casos podem decorrer da separação de
poderes
o Mas arbitragem certamente pode ser afastada
por lei.
▪ Expressão importante: Justiça Multiportas

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Art. 4º As partes têm direito de obter Art. 125. O juiz dirigirá o processo
em prazo razoável a solução conforme as disposições deste
integral do mérito, incluída a Código, competindo-lhe:
atividade satisfativa. II - velar pela rápida solução do
litígio;

• LXXVIII do artigo 5º, CF – EC/45.


• Reflexos:
o Feitos repetitivos/precedentes (prazo max de suspensão de 1
ano)
▪ Problema: não há mais limite para suspensão em caso
de Re e Resp repetitivos.
o Ordem preferencialmente cronológica de julgamento (art. 12)
o Inclusão da efetivação da tutela
o ? direito à solução de mérito? E as condições da ação?
▪ ∫A norma é pela “primazia da solução de mérito”
▪ comunica-se com o sistema de nulidades do NCPC.
• ART. 282, 2O: necessidade de prejuízo a quem não
causou a nulidade para que o uiz deixe de julgar
o mérito.
• Art. 1.029, 3o.: STF/STJ
o ?efetivação da solução de mérito?
▪ Pergunta-se: cláusula geral executiva – art. 139-IV x
cumprimento de sentença – 513 e sgts. ?
• Pergunta-se: o que é duração razoável?
• diferença para "celeridade" ("meios que garantam a celeridade
de sua tramitação". Art. 5o. LXXVIII)
• O outro lado: direito a prazo que possibilite a manifestação
adequada, capaz de influenciar no convencimento do juiz.
• Critérios da Corte Europeia dos Direitos do Homem
o Complexidade do assunto
o Comportamento dos litigantes e procuradores
o Atuação do órgão jurisdicional
• Juiz tem o dever de redistribuir o ônus temporal do processo do
modo mais razoável: tutelas de urgência e da evidência
• A "economia processual" contribui para a duração razoável e para a
concessão da "tutela tempestiva" (Luigi Paolo Comoglio)
• Qual o remédio contra a violação à duração razoável?
o tutela ressarcitória contra o Estado, se aviolação já se
consumou (Marinoni/Mitidiero)
o Mandado de segurança contra ato omissivo, se a violação está
em curso?
o Punição administrativa do juiz?
o Problema: acúmulo de trabalho.

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Art. 5º Aquele que de qualquer forma Art. 14. São deveres das partes e de
participa do processo deve comportar- todos aqueles que de qualquer forma
se de acordo com a boa-fé. participam do processo:
II - proceder com lealdade e boa-fé;

• No CPC/73 era dever da parte/procurador. Agora é norma


fundamental de processo.
• Inspiração: CPC Suíço, art. 52. Mas a maioria dos ordenamentos
processuais modernos têm algo sobre a boa-fé.
• Fundamento constitucional
o STF: Devido processo legal – Re. 464.963-2/GO
o EUA: due process = fair trial
o Portugal: processo equitativo
• Conteúdo
o Boa-fé subjetiva: art. 79 a 81 = litigância de má-fé (Paula
Costa e Silva)
o Boa-fé objetiva: conduta coerente e esperada.
o (Antônio Menezes Cordeiro)
▪ exceptio doli: exceção para paralisar o comportamento
de quem age dolosamente
▪ venire contra factum proprium: proibição do
comportamento contraditório. Ex: julgamento conforme o
estado e improcedência por falta de provas = nulidade.
▪ inalegabilidade das nulidades formais: quem deu
causa, não pode alegar nulidades em proveito próprio.
▪ supressio: perda de uma posição jurídica pela constante
falta de exercício por tempo suficiente que leve o outro a
crer razoavelmente que ela não será mais exercida (ex:
deixar de alegar uma nulidade no momento em que
poderia ter feito para anular o processo ao final)
▪ surrectio: decorre da "supressio". É o direito que surge
para a outra parte em sua decorrência. (direito de
afastar aquela nulidade; direito de continuar se
manifestando em prazo que vem sendo constantemente
dilatado pelo juiz)
▪ tu quoque: proibição de exercer posição jurídica
decorrente da violação de uma norma jurídica pela
própria pessoa. (ex: nomear bem de terceiro a penhora e
depois requerer indenização por danos daí decorrente)
• Reflexos:
o Honorários recursais (85, §11)
o Melhor e mais rigorosa regulação da litigância de má fé – art.
79-81 (art. 77, §2o).
o interpretação da decisão judicial (art. 486, §3o.)
o interpretação do pedido (art. 322, §2o.) > súmula 551 do STF
o tutela da evidência contra comportamento protelatório (art.
311, I)
o problema:
▪ impossibilidade de multar o advogado (art. 77, 2o.
“contempt of court”)
o fala-se em devido processo leal (Junoy)

> Polêmica: comportamento contraditório entre processos


diferentes?

TUTELA ANTECIPADA
Segunda Seção
DIREITO PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. DEVOLUÇÃO
DE VALORES RECEBIDOS A TÍTULO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
POSTERIORMENTE REVOGADA.
Se a antecipação da tutela anteriormente concedida a assistido de
plano de previdência complementar fechada houver sido revogada
em decorrência de sentença de improcedência do seu pedido,
independentemente de culpa ou má-fé, será possível à entidade
previdenciária - administradora do plano de benefícios que tenha
suportado os prejuízos da tutela antecipada - efetuar descontos
mensais no percentual de 10% sobre o montante total de cada
prestação do benefício suplementar que vier a ser recebida pelo
assistido, até que ocorra a integral compensação, com atualização
monetária, da verba que fora antecipada, ainda que não tenha
havido prévio pedido ou reconhecimento judicial da restituição.(...)

REsp 1.548.749-RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em


13/4/2016, DJe 6/6/2016. (Informativo 585)

SEGUNDA TURMA
Intimação pessoal da Defensoria Pública e preclusão
A não observância da intimação pessoal da Defensoria Pública — prerrogativa
para o efetivo exercício de sua missão institucional — deve ser impugnada,
imediatamente, na primeira oportunidade processual, sob pena de
preclusão. Com base nesse entendimento, a Segunda Turma indeferiu a ordem
de “habeas corpus”. No caso, no julgamento da apelação, não teria havido
intimação pessoal da Defensoria Pública. No entanto, tal insurgência somente
fora veiculada no recuso especial, não obstante a Defensoria anteriormente
houvesse oposto embargos de declaração. HC 133476, rel. Min. Teori Zavascki,
14.6.2016. (HC-133476) (Informativo 830)

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Art. 6º Todos os sujeitos do processo Sem correspondente
devem cooperar entre si para que se
obtenha, em tempo razoável, decisão
de mérito justa e efetiva.

• princípio da cooperação entre os sujeitos do processo.


o Objetivo: decisão justa em tempo razoável.
o Conteúdo
▪ Para o juiz
• dever de esclarecimento
• dever de consulta (art. 10)
• dever de prevenir/auxiliar
▪ Para as partes
• limites aos negócios processuais
• elaboração das manifestações processuais
(inicial/contestação/recursos)
• vedações/sanções a comportamentos
protelatórios.
o Problema
▪ Como diferenciar o conteúdo da cooperação e da boa-
fé? Tentativa:
• Boa-fé = mais negativo que positivo. Alteração de
direitos/deveres e sanções.
• Cooperação: mais positivo que negativo
o Mais focado na ideia de diálogo,
envolvendo, claro, o juiz.
o Sanções?
▪ Modelo cooperativo x modelo adversarial x modelo
inquisitivo.
• Ex: Portugal: dever de auxílio
o O tribunal deve apontar para a parte a
necessidade de esclarecimento em relação
a um pedido.
o Para nós: PROBLEMA CULTURAL. JUIZ
BABÁ?
▪ A COOPERAÇÃO É EFETIVAMENTE POSSÍVEL?
ENTRE QUEM? COMO?
▪ Condução simétrica e decisão assimétrica

PLENÁRIO
Execução em juizado e apresentação de cálculo pelo devedor - 2
O relator explicou que, de acordo com o art. 139 do CPC/2015, caberia ao
magistrado conduzir o processo, de modo a assegurar a igualdade de
tratamento entre as partes — princípio da paridade de armas, corolário dos
princípios constitucionais da igualdade, do contraditório e do devido processo
legal. Ponderou que a relação estabelecida entre o particular que procurasse
o juizado e a União seria evidentemente assimétrica. O Poder Público
possuiria corpo de servidores especializados nas questões discutidas em juízos.
A advocacia pública hoje estaria satisfatoriamente aparelhada, sendo composta
por pessoas altamente qualificadas para a defesa das pretensões do Estado. O
particular, às vezes, nem de advogado disporia, porquanto a legislação lhe
conferiria capacidade postulatória. Ademais, a legislação permitiria que a
execução nos juizados especiais fosse feita mediante simples expedição de ofício
do Juízo à Administração Pública (Lei 10.259/2001, art. 16). Além disso, o art.
11 desse mesmo diploma imporia à Administração o dever de apresentar a
documentação alusiva à causa. O art. 10, por sua vez, deferiria ao representante
judicial da Fazenda a possibilidade de transigir com os particulares — exceção
ao conhecido princípio da indisponibilidade do interesse público —, pressupondo
que, desde logo, a Administração agiria no intuito de buscar a efetividade dos
direitos dos administrados. Realçou que os cálculos, quando efetuados por
perito, deveriam ser posteriormente revistos pela própria Administração
fazendária, a fim de verificar a correção — a viabilizar, eventualmente, a
interposição de embargos. A nomeação de perito representaria, portanto,
duplo custo para o erário: primeiro, com os correspondentes honorários
periciais; segundo, com o servidor público responsável pela revisão daquele
trabalho. Exigir que existisse sempre a intervenção de perito designado pelo
juízo revelaria incompatibilidade com os princípios da economia
processual, da celeridade e da efetividade do processo. Portanto, o dever de
colaboração imputável ao Estado, consoante essa visão, decorreria, em
última análise, dos princípios da legalidade, da moralidade e da eficiência,
e do subprincípio da economicidade, que norteariam a interpretação a ser
adotada. Por último, caso o exequente apresentasse valor excessivo, como
devido, caberia à Fazenda “declarar de imediato o valor que entendesse
correto, sob pena de não conhecimento da arguição” (CPC/2015, art. 535, §
2º). A União, todavia, teria insistido em projetar no tempo o cumprimento
de decisão transitada em julgado, mesmo sendo detentora de dados
necessários sobre a exatidão do valor. Em seguida, pediu vista o Ministro Luiz
Fux. ADPF 219/DF, rel. Min. Marco Aurélio, 23.6.2016. (ADPF-219) (Informativo
831)

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Art. 7º É assegurada às partes Art. 125. O juiz dirigirá o processo
paridade de tratamento em relação conforme as disposições deste
ao exercício de direitos e faculdades Código, competindo-lhe:
processuais, aos meios de defesa, aos I - assegurar às partes igualdade de
ônus, aos deveres e à aplicação de tratamento;
sanções processuais, competindo ao
juiz zelar pelo efetivo contraditório.

• princípios da isonomia e do contraditório efetivo


o de dever do juiz a norma fundamental de direito processual
o processos repetitivos
o reforço do escopo jurisdicional da pacificação social
o decisões surpresa
o igualdade no processo x igualdade pelo processo?
▪ precedentes e decisões semelhantes para casos
semelhantes.

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Art. 8º Ao aplicar o ordenamento Sem correspondente
jurídico, o juiz atenderá aos fins
sociais e às exigências do bem
comum, resguardando e promovendo
a dignidade da pessoa humana e
observando a proporcionalidade, a
razoabilidade, a legalidade, a
publicidade e a eficiência.

- interpretação e aplicação da norma processual

• Dignidade da pessoa humana como guia


• Razoabilidade e proporcionalidade como método. – Art. 489, §2o.
• Legalidade/publicidade/eficiência (tal qual a administração pública
– art. 1o. III da CF)
• No mais, repete-se a LICC (agora LINDB), que fica “temperada” de
modernidades.
• O problema da "eficiência" (ou da falta da)
o cooperação pode ajudar
o medidas de gestão da justiça (dentro e fora do processo)

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Art. 9º Não se proferirá decisão Sem correspondente
contra uma das partes sem que esta
seja previamente ouvida.
Parágrafo único. O disposto no caput
não se aplica:
I – à tutela provisória de urgência;
II – às hipóteses de tutela da evidência
previstas no art. 309, incisos II e III;
III – à decisão prevista no art. 699

• Mais um reflexo do contraditório efetivo


• A nulidade deve ser protestada, pena de convalidação (ressalvadas
as absolutas). O prejuízo já está contido na norma (proferida
“contra”)
• As ressalvas são obvias (o art. 699 regula a expedição de mandado
de pagamento na ação monitória)

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Art. 10. É vedado ao juiz, em Sem correspondente
qualquer grau de jurisdição, decidir
com base em fundamento a respeito
do qual não se tenha oportunizado
manifestação das partes, ainda que se
trate de matéria apreciável de ofício.

• Vedação as decisões-surpresa ou de terceira via


• Afetará a sum 456 do STF, inclusive.
• Contraditório efetivo/participativo

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Art. 11. Todos os julgamentos do Art. 155. Os atos processuais são
Poder Judiciário serão públicos, e públicos. Correm, todavia, em
fundamentadas todas as decisões, segredo de justiça os processos:
sob pena de nulidade. I - em que o exigir o interesse público;
Parágrafo único. Nos casos de segredo Il - que dizem respeito a casamento,
de justiça, pode ser autorizada filiação, separação dos cônjuges,
somente a presença das partes, de conversão desta em divórcio,
seus advogados, de defensores alimentos e guarda de menores.
públicos ou do Ministério Público. Parágrafo único. O direito de
consultar os autos e de pedir
certidões de seus atos é restrito às
partes e a seus procuradores. O
terceiro, que demonstrar interesse
jurídico, pode requerer ao juiz
certidão do dispositivo da sentença,
bem como de inventário e partilha
resultante do desquite.

• Publicidade e fundamentação das decisões


• Reprodução do art. 93, X da CF.
• Mas sem a ressalva do próprio 93, X:
• “em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do
interessado no sigilo não prejudique o interesse público à
informação”.
o Portanto, o direito de certidão do art. 155, parágrafo único do
CPC/73 continua existindo. (NCPC art. 152, X – deveres do
escrivão e 188 p. único)
• Mas quais são os casos de segredo de justiça?

Art. 188. Os atos processuais são públicos. Tramitam, todavia, em


segredo de justiça os processos:
I – em que o exija o interesse público ou social;
II – que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio,
separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de
crianças e adolescentes;
III – em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à
intimidade;
IV – que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de
carta arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem
seja comprovada perante o juízo.
Parágrafo único. O direito de consultar os autos de processo que tramite
em segredo de justiça e de pedir certidões de seus atos é restrito às
partes e aos seus procuradores. O terceiro que demonstrar interesse
jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da
sentença, bem como de inventário e partilha resultante de
divórcio ou separação.

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Art. 12. Os juízes e os tribunais Sem correspondente
atenderão, preferencialmente, à
ordem cronológica de conclusão para
proferir sentença ou acórdão.
§ 1º A lista de processos aptos a
julgamento deverá estar
permanentemente à disposição para
consulta pública em cartório e na rede
mundial de computadores.
§ 2º Estão excluídos da regra do
caput:
I – as sentenças proferidas em
audiência, homologatórias de acordo
ou de improcedência liminar do
pedido;
II – o julgamento de processos em
bloco para aplicação de tese jurídica
firmada em julgamento de casos
repetitivos;
III – o julgamento de recursos
repetitivos ou de incidente de
resolução de demandas repetitivas;
IV – as decisões proferidas com base
nos arts. 482 e 930
V – o julgamento de embargos de
declaração;
VI – o julgamento de agravo interno;
VII – as preferências legais e as metas
estabelecidas pelo Conselho Nacional
de Justiça;
VIII – os processos criminais, nos
órgãos jurisdicionais que tenham
competência penal;
IX – a causa que exija urgência no
julgamento, assim reconhecida por
decisão fundamentada.
§ 3º Após elaboração de lista própria,
respeitar-se-á a ordem cronológica
das conclusões entre as preferências
legais.
§ 4º Após a inclusão do processo na
lista de que trata o § 1º, o
requerimento formulado pela parte
não altera a ordem cronológica para a
decisão, exceto quando implicar a
reabertura da instrução ou a
conversão do julgamento em
diligência.
§ 5º Decidido o requerimento previsto
no § 4º, o processo retornará à mesma
posição em que anteriormente se
encontrava na lista.
§ 6º Ocupará o primeiro lugar na lista
prevista no § 1º ou, conforme o caso,
no § 3º, o processo:
I – que tiver sua sentença ou acordão
anulado, salvo quando houver
necessidade de realização de
diligência ou de complementação da
instrução;
II – quando ocorrer a hipótese do art.
1.037, inciso II.

➢ Julgamento dos processos em ordem cronológica

• Um dos art. mais polêmicos do código


• Alterado pela lei 13.256/2016
o Passa a ser uma preferência de julgamento
o Mas parece que a regra continua existindo, ainda que
suavizada
o Alterado o 153 tb
• Problemas com a gestão processual x morosidade e favorecimento
pessoal
• Objeto
o 1a. instância: ficam de fora as interlocutórias
o Tribunal: ficam de fora as decisões monocráticas e os
acórdãos interlocutórios (porque “conclusão” é para decisão
final.
• O critério para determinação da ordem é a data da conclusão
o A lista de conclusão é pública
o As preferencias geram lista a parte (dentro dela vale a
cronologia)
o Requerimentos posteriores a conclusão não retiram o
processo da fila, salvo se houver conversão em diligência
o Primeiro lugar da lista (prioridade máxima):
▪ Sentenças/acórdãos anulados, para nova decisão (salvo
reabertura de fase instrutória > nesse caso volta para
o fim da fila?)
▪ Feitos sobrestados em razão do julgamento de Re/Resp
repetitivo
• Exceções:
o as sentenças proferidas em audiência, homologatórias de
acordo ou de improcedência liminar do pedido;
o processos repetitivos
o sentenças que não resolvem o mérito
o embargos de declaração;
o agravo interno;
o as preferências legais
o metas do CNJ
o feitos criminais
o urgências em geral (devidamente fundamentadas), incluindo
acordão que aprecia tutela antecipada no recurso

CAPÍTULO II
DA APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS

NOVO CPC CPC /1973


Art. 13. A jurisdição civil será regida Art. 1.211. Este Código regerá o
pelas normas processuais brasileiras, processo civil em todo o território
ressalvadas as disposições específicas brasileiro. Ao entrar em vigor, suas
previstas em tratados, convenções ou disposições aplicar-se-ão desde logo
acordos internacionais de que o Brasil aos processos pendentes.
seja parte.

• Mero aprimoramento para incluir normas internacionais da qual


somos signatários.
• Sem outras novidades

NOVO CPC CPC /1973


Art. 14. A norma processual não Art. 1.211. Este Código regerá o
retroagirá e será aplicável processo civil em todo o território
imediatamente aos processos em brasileiro. Ao entrar em vigor, suas
curso, respeitados os atos disposições aplicar-se-ão desde logo
processuais praticados e as situações aos processos pendentes.
jurídicas consolidadas sob a vigência
da norma revogada.

• Direito intertemporal: mesma regra do CPC/73 (isolamento dos atos


processuais)
• MAS, as disposições transitórias tem diversas regras específicas, inclusive
mantendo a vigência temporária do CPC/73 em determinados temas
(ex: execução contra insolvente, art. 1066, valendo o 748/786-A, do
CPC/73)

STJ
Enunciado administrativo n. 1
O Plenário do STJ, em sessão administrativa em que se interpretou o art. 1.045
do novo Código de Processo Civil, decidiu, por unanimidade, que o Código de
Processo Civil aprovado pela Lei n. 13.105/2015, entrará em vigor no dia
18 de março de 2016.

Enunciado administrativo n. 2
Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/1973 (relativos a
decisões publicadas até 17 de março de 2016) devem ser exigidos os
requisitos de admissibilidade na forma nele prevista, com as
interpretações dadas, até então, pela jurisprudência do Superior Tribunal
de Justiça.

Enunciado administrativo n. 3
Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015 (relativos a
decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os
requisitos de admissibilidade recursal na forma do novo CPC

Enunciado administrativo n. 4
Nos feitos de competência civil originária e recursal do STJ, os atos
processuais que vierem a ser praticados por julgadores, partes, Ministério
Público, procuradores, serventuários e auxiliares da Justiça a partir de 18 de
março de 2016, deverão observar os novos procedimentos trazidos pelo
CPC/2015, sem prejuízo do disposto em legislação processual especial.
Enunciado administrativo n. 5
Nos recursos tempestivos interpostos com fundamento no CPC/1973
(relativos a decisões publicadas até 17 de março de 2016), não caberá
a abertura de prazo prevista no art. 932, parágrafo único, c/c o art.
1.029, § 3º, do novo CPC.

Enunciado administrativo n. 6
Nos recursos tempestivos interpostos com fundamento no CPC/2015
(relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016), somente
será concedido o prazo previsto no art. 932, parágrafo único, c/c o art. 1.029,
§ 3º, do novo CPC para que a parte sane vício estritamente formal.

Enunciado administrativo n. 7
Somente nos recursos interpostos contra decisão publicada a partir de
18 de março de 2016, será possível o arbitramento de honorários
sucumbenciais recursais, na forma do art. 85, § 11, do novo CPC.

Art. 15

NOVO CPC CPC /1973


Art. 15. Na ausência de normas que Sem correspondente
regulem processos eleitorais,
trabalhistas ou administrativos, as
disposições deste Código lhes serão
aplicadas supletiva e
subsidiariamente.

• Já era assim (CLT, art. 769)


• Processos administrativos
o Cada ente federado tem o seu procedimento
▪ No federal lei 9.784/99
▪ Para STJ,A É ESSA NORMA E NÃO O CPC que
se aplica subsidiariamente – Resp 852.493.

PRAZO

SEGUNDA TURMA
Processo eletrônico: corréus com advogados distintos e prazo em dobro
Não cabe a aplicação subsidiária do art. 229, “caput”, do CPC/2015 em
inquéritos e ações penais originárias em que os atos processuais das partes
são praticados por via eletrônica e todos os interessados — advogados e
membros do Ministério Público — têm acesso amplo e simultâneo ao inteiro
teor dos autos. Nesse sentido, a Segunda Turma resolveu questão de ordem em
que acusados representados por advogados distintos requisitavam prazo em
dobro para a resposta prevista no art. 4º da Lei 8.038/1990. Com o advento do
novo CPC, o Colegiado consignou que, nos processos eletrônicos, não há
falar em prazo em dobro para as manifestações de corréus com diferentes
procuradores, seja em qualquer juízo ou tribunal, dependente ou não de
requerimento. Além disso, na situação dos autos, o acesso amplo e simultâneo
aos atos processuais praticados por via eletrônica estaria evidenciado, uma vez
que junto com o mandado de notificação dos corréus fora enviada uma mídia
digital em CD, contendo cópia integral dos autos. Aliado a isso, constantemente
é realizada a atualização do material digital, sendo permitido e utilizado o
peticionamento eletrônico. Inq 3980 QO/DF, rel. Min. Teori Zavascki, 7.6.2016.
(Inq-3980) (Informativo 829)

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