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O PROBLEMA DA DOR

PSICOSSOMÁTICA HOJE
 A dor e o medo são provavelmente os mais primitivos
sofrimentos do homem, diante dos quais, ao contrário do
que ocorria com o frio e a fome, ele ficava totalmente
impotente.
 Nada estranho se considerarmos que ao contrário da
visão, por exemplo, a dor não possui um órgão
individualizado de percepção nem é restrita a uma parte
do corpo, mas abrange-o na sua totalidade.
Conceito
 De acordo com a IASP (Associação Internacional
para o Estudo da Dor), a dor é uma experiência
desagradável, sensitiva e emocional, associada com
lesão real ou potencial dos tecidos ou descrita em
termos dessa lesão.
 Temos que admitir que, na ausência de lesão tecidual,
o paciente com dor interpreta seu sofrimento como
se houvesse aquela lesão ou, em outros termos, ele
relaciona a experiência desagradável como algo que
tivesse alterando seu organismo.
Em outros termos: sempre existe dor quando alguém se
queixa de dor, haja ou não estímulo nociceptivo
reconhecido.
O QUE SIGNIFICA
DOR?!!!
Dor significa...
1. Um sinal registrado pelo ego de que se acha em curso
uma ameaça à integridade estrutural ou funcional do
organismo.
2. Ao verificar-se que a experiência pode ser repartida,
isto é, comunicada a outra pessoa, faz da dor um meio
básico de pedir ajuda.
3. A dor não mais denota uma referência ao corpo, mas
pode sim expressar queixa, ataque, aviso de perda
iminente do objeto.
Simbolização
 Forma de manipular os outros.
 Ganhar controle sobre os outros.
 Aliviar a culpa por alguma falta real ou imaginária
cometida anteriormente.
Em termos práticos...
... a dor aparece como sintoma mais comum em Medicina
Clínica e se admite que 75% dos pacientes que consultam
um hospital geral têm dor como sintoma predominante.
Neurofisiologia da Dor
1. Limiar Fisiológico: o ponto ou momento em
que um dado estímulo é reconhecido como
doloroso.
2. Limiar de Tolerância: é o ponto em que o
estímulo alcança tal intensidade que não mais pode
ser aceitavelmente tolerado.
3. Resistência à Dor: é a diferença entre os dois
limiares.
4. Expressão da Dor: forma pela qual a dor,
experiência que pode ser dividida, é comunicada
pelo paciente. A expressão da dor está ligada a
fatores culturais.
Classificação
1. Superficial (cutânea).
2. Profunda (músculos, ossos, articulações, vísceras).
3. Referida (dor profunda sentida longe de seu local
de origem).
4. Dor por Deaferenciação (desconforto onde os
impulsos nervosos aferentes tenham sido parcial
ou totalmente interrompidos).
5. Psicogênica (nenhuma etiologia orgânica pode
ser encontrada).
DOR AGUDA
 Curta duração.
 A resposta emocional básica do indivíduo à dor aguda, na
medida em que ela representa um evento ameaçador ( ou
como tal interpretado), é a ansiedade aguda e todas as
reações físicas que a acompanham.
DOR AGUDA
 A ansiedade que acompanha a dor aguda estaria ligada a
diferentes tipos de temores surgidos no enfermo, sua
ignorância da causa do problema, a incapacidade de
resolvê-lo, o medo sempre presente de que haja alguma
doença muito grave (proporcional à intensidade da dor), a
possibilidade de que o sofrimento se possa perpetuar.
Isso tudo, ao lado das interrogações que pairam quanto
ao futuro (trabalho, família, etc).
DOR AGUDA
Manejo da ansiedade que acompanha a dor aguda:
 Técnica da informação antecipada
 Técnica de tranquilização
 Uso de diazepínicos – fármacos para diminuição do
estímulo da dor e ansiedade
DOR CRÔNICA
 Dor que dura mais de 4 a 6 meses.
 Com o passar do tempo, a dor torna-se o centro da vida
do indivíduo (e de sua família).
 Existem algumas síndromes dolorosas que podem
depender, seja de fatores orgânicos, seja de causas
emocionais.
DOR CRÔNICA
 À medida que passa o tempo, mais intervêm os fatores
emocionais, estabelecendo-se uma mistura de causas e
consequências somáticas e emocionais, permitindo que se
diga com toda a propriedade que a dor crônica é a
verdadeira dor psicossomática.
DOR CRÔNICA
 Assim como a ansiedade é o afeto mobilizado na
dor aguda, a depressão pode surgir como
fenômeno secundário na dor crônica orgânica.
 O comportamento de dor crônica pode ser um
reflexo e um símbolo de sofrimento
experimentado pelo doente em outras áreas da
vida, tal como a perda de um ou mais entes
amados, situações existenciais difíceis, desajuste
profissional, responsabilidades sociais pesadas,
discórdia conjugal, etc.
Dor e depressão
 Doença depressiva maior é achada em cerca de 25% dos
pacientes com dor crônica, mas até 100% dos enfermos
com síndromes dolorosas crônicas têm sintomas de
desordem depressiva, eventualmente secundária à dor.
DOR CRÔNICA
Procedimentos não farmacológicos para alívio da dor:
 Ambiente terapêutico
 Comunicação
 Hipnose
 Técnica de relaxamento
 Meditação
 Biofeedback
 Calor e Frio
 Massoterapia
 Pressão
 Estimulação elétrica transcutânea
 Acupuntura
Pacientes propensos à dor
Nesses enfermos, os fatores psíquicos desempenham um
papel primário na gênese da dor, quer haja ou não lesões.
 Proeminência de culpa.
 História de sofrimentos frequentes, seguidos revezes e
intolerância ao sucesso.
 Intensos impulsos agressivos não satisfeitos.
 Aparecimento de dor diante de uma perda, real ou
ameaçada.
Simulação
 É a única dor que quem dela se queixa, de fato não a
sente; é a dor fingida.
 Se assemelha à histeria.
Tratamento das dores psicogênicas
 Parece importante, em primeiro lugar, acreditar que
realmente o doente tem dor e que isso deve ser
escutado pacientemente, ao tempo em que o clínico de
forma imperceptível vai orientando a entrevista para os
aspectos pessoais do enfermo.
 O foco de discussão é sutilmente mudado da dor, como
tal, para a área dos conflitos na existência. Dizem que
com tal progressão o próprio enfermo vai gradualmente
desistindo de falar só na sua dor e, então, se pode esperar
uma melhora razoável do sintoma.
O efeito placebo
 Droga inerte.
 O alívio da dor com o uso de placebo oscila em eficácia
de 20 a 50% dos pacientes, isto numa gama de situações
clínicas, algumas delas envolvendo sofrimento
considerável.
 O efeito analgésico do placebo é diretamente
proporcional ao cuidado do médico em transmitir ao
enfermo a convicção de que a droga terá efeito favorável.

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