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Módulo de
Cozinha Japonesa
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Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia
Plano de Ensino
Ementário
Propiciar ao aluno uma visão geral da gastronomia japonesa – hábitos e costumes alimentares e à mesa – com
a apresentação de ingredientes típicos, métodos de cocção e apresentação de uma típica refeição japonesa.
Objetivos
Conhecer a formação e técnicas culinárias da cozinha japonesa.
Conteúdo Programático
. Introdução à culinária japonesa e pratos com influência sofrida de outros países: tempurá, yakissoba, guioza,
shumai, lamen.
. Informações sobre cultura gastronômica Japonesa, ressaltando seus hábitos alimentares.
. Conhecimento do serviço de pratos de uma refeição típica Japonesa com palavras ligadas à gastronomia.
. Apresentação dos principais produtos alimentares japoneses e suas técnicas de preparo: gohan,shari,
missoshiro, sunomono , shogayaki, chawamushi, katsudon, hossomaki, temaki, uramaki.
Metodologia de Ensino
As aulas acontecem nos laboratórios, que se iniciam com a teoria e apresentação do cardápio do dia pelo chef
instrutor e depois os alunos o elaborarão. Todos os dias os alunos tem tarefas que iniciam e terminam na
mesma aula. Estas tarefas são apresentadas ao chef instrutor no final da aula, que fará a avaliação diária.
Durante as atividades, os alunos entrarão em contato com uma série de ingredientes típicos japoneses que
conferem o sabor, a cor e o aroma tão característicos de uma culinária rica e diversificada.
Bibliografia básica
FEITOSA, F. C.. Os segredos da cozinha japonesa. São Paulo, 2006.
SING, C.. Receitas Tradicionais da Cozinha Japonesa;Rio De Janeiro: Ediouro, 1980;
O Livro Essencial da Cozinha Asiatica;Colonia : Konemann, 2000;
WILSON, A.. Cozinha Japonesa e Coreana; Colonia: Konemann, 2000;
Bibliografia complementar
CADWELL, J..Tofu; São Paulo : Ground, 1980;
HAYTER, K.. Japanese cooking for Two: Simple to Make, Authentic Japanese Dishes; New Jersey :
Chartwell Books, 1996;
Relação de Medidas Caseiras, Composição Química e Receitas de Alimentos Nipo-Brasileiros /
Organizadores: Luciana Yuki Tomita, Marly Augusto Cardoso.;São Paulo : Metha, 2002.;
LAMPERT, J.. The Tofu Cookbook: Recipes for Traditional and Modern Cooking;San Francisco :
Chronicle Books, 1986;
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Plano de aula
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A Cozinha Japonesa
O Japão é um dos países que mais devotam capricho e imaginação à apresentação das
refeições, com sua comida cheia de cores e texturas e a meticulosidade que envolve o seu preparo,
fazendo assim jus à sua equiparação às demais cozinhas mundialmente apreciadas. Enquanto nas
cozinhas do ocidente, na elaboração de seus pratos, desenvolvem uma mistura de ingredientes de
forma harmônica, a japonesa procura preservar as propriedades intrínsecas de cada componente.
No Japão encontramos contrastes fortes em relação a nossa forma ocidental de alimentação.
É uma culinária mais leve e natural e quase não tem temperos e especiarias, assim as pessoas
podem apreciar o gosto real dos alimentos. E ao contrário do que muitos pensam, não se come
apenas peixe cru, ela é bem variada, sem contar com a bela aparência, que dá vontade de comer
com os olhos.
O alimento é valorizado em sua forma de mais fácil consumo, ou seja, porções previamente
cortadas, arrumadas e preparadas, oferecidas em pequenas quantidades e em diversos pratos,
todos compondo um mesmo menu necessitando somente serem comidos com um par de pauzinhos
de madeira, chamados de hashi; ao passo que nossos hábitos valorizam o volume, canalizados
para praticamente um único prato, inclusive a fase do corte final à mesa como seria o caso de um
frango assado ou filé com fritas.
O alimento deve ser admirado além de ingerido, portanto é dado ênfase aos aspectos do
contraste de cor e a arrumção nos pratos ou tigelas, que costumam ser pequenos e de padronagem
variada na cerâmica. Existem 5 tipos de arranjos dos alimentos empratados:
· Yamamori formato de montanha
· Sugimori em pé ou enviesado
· Hiramori reto ou achatado
· Ayamori trançado
· Yosemori agrupado
Estética assimétrica aparece frequentemente nos arranjos, influindo no espaço negativo
(parte vazia da travessa) contrastando com o espaço positivo (parte onde está o alimento). Já era
conhecida esta técnica nas artes do ikebana (arranjo floral) e do sumi-e (pintura de nanquim), mas
levá-la à cozinha foi novidade para nós ocidentais. Também existe uma regra geral dos opostos,
que significa por exemplo, colocar um elemento de formato redondo (rodelas de um vegetal, filé de
peixe enrolado etc.) em um prato com linhas retas, ou um elemento com linhas retas (cubos de tofu)
em pratos redondos; ou servir o duro com o macio e vice-versa.
O foco desta cozinha são os sabores frescos, mantidos através do costume de servirem
estritamente o que está disponível durante aquele período do ano, incluindo neste conceito a
travessa ou decoração que acompanha qualquer item. Realçar o natural ao máximo e através disso
demonstrar um grande respeito à natureza. O ponto de cocção também é um fator fortemente
atuante pois, entre o cru e o quase cozido, nada é servido que tenha atingido amaciamento total. Na
realidade quando cozinhamos alguma coisa, almejamos encontrar o ponto onde o elemento esteja
“crocante” ou que fique cozido, sem contudo perder seu formato.
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A imigração japonesa
A chegada ao Brasil da imigração japonesa tem data e local precisos. Foi a bordo do vapor
Kasato-Maru que, no dia 18 de junho de 1908, aportou em Santos a primeira leva organizada de
trabalhadores vindos do Japão.
Relativamente recente esta imigração terminou sendo um fenômeno tão importante que hoje
o Brasil já sedia a maior comunidade japonesa fora do Japão.
Os pratos da comida japoneses vêm sendo admirados pela delicadeza de seus sabores, que
são leves e quase sem gorduras e sendo uma comida saudável para as pessoas do dia de hoje.
Seus ingredientes principais são arroz, soja, peixes e frutos do mar, legumes, verduras, gengibre,
algas, molho de soja, pasta de soja (MISSO).
A refeição japonesa vem sempre em número de cinco, são servidos simultaneamente
incluindo: uma sopa, um cozido, um grelhado, uma guarnição de legumes e o arroz. A bebida
principal e o chá e a bebida alcoólica é o sake (fermentação de arroz).
Uma da característica da comida japonesa consiste no preparo dos ingredientes de modo à
conservação do frescor. Aroma sabor e preservação de suas cor natural, com isso o resultado e
uma bela apresentação e leveza que alivia os cansados paladares ocidentais.
A cozinha japonesa prima pela harmonia de todos os seus elementos, pois o seu povo cultua
muito a natureza nos mínimos detalhes. Todos os pratos são servidos e apresentados com extrema
sensibilidade.
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líquido, deixando mais leve o prato. Por outro lado, o macarrão crespo é utilizado nos caldos mais
suaves, exatamente para absorver e realçar o sabor.
Qualquer ingrediente pode ser servido sobre o lámen, e seu nome geralmente é determinado
pela guarnição, como corn lámen (com milho), butter lámen (com manteiga), wakame lámen (com
alga wakame). Basicamente, ele é guarnecido com um ovo cozido, menma (bambu em conserva),
kamaboko (massa de peixe), alga nori, espinafre cozido e chashû (carne de porco cozida).
Em 1899, com a assinatura de um tratado entre a China e o Japão que deu maior liberdade
aos cidadãos em ambos os países, começaram a surgir bairros chineses em cidades portuárias,
como Yokohama e, conseqüentemente, restaurantes típicos, que passaram a servir o macarrão
chinês, conhecido inicialmente como chuka-soba (chuka = chinês) ou shina-soba (shina = China), o
yakissoba (adaptação de um prato chines chamado chao min) e o china manju (guioza) em
pequenas barracas propagando-se, gradativamente, por todo o país. O termo soba é um resquício
dessa antiga denominação e não deve ser confundido com o macarrão soba (feito de trigo
sarraceno).
O Soba chegou ao Japão juntamente com o Budismo. Com o intuito de ampliar esta religião,
muitos templos foram construídos em várias regiões do país. Como conseqüência, a alimentação
dos religiosos também se tornou popular, propiciando o surgimento de diversos pratos à base de
soba.
Os antigos japoneses usavam o soba debulhado para fazer uma espécie de sopa grossa,
comendo-o ora misturado a outros cereais, ora sovando-o com água quente (sobagaki), ou como
moti (sobamochi), obtido depois de sovar a massa até que esta ficasse com a consistência de moti.
Todos estes pratos acabaram caindo no esquecimento e hoje, basicamente, come-se o soba em
forma de macarrão, conhecido como sobakiri (literalmente soba cortado), ou simplesmente soba,
que surgiu somente na Era Edo (1600 –1867).
O macarrão é feito com soba e farinha de trigo e, sovado com água, resulta em uma massa
escura, cortada depois em fios. O soba servido quente, com caldo à base de missô, na Era Edo era
conhecido como mushisoba (soba cozido ao vapor). Este prato foi apreciado até o final do século
XVII, mais precisamente até o fim do período Genroku (1688–1704). É sabido que, até então,
usava-se somente o trigo-sarraceno para fazer a massa, conhecida como kisoba, que desmanchava
na água durante o cozimento. Por este motivo, passou-se a usar a farinha de trigo como liga para a
massa. O soba e a farinha eram misturados na proporção de 8 para 2, dando origem ao
nihachisoba (ni = 2 e hachi = 8).
Guioza e Shumai
Além do macarrão mais duas produções foram trazidas da China: o Guioza e o Shumai.
Ambos de origem chinesa sofreram adaptações e hoje são sucesso em várias regiões do Japão e
no mundo. Concistem em uma massa maleável recheda e cozida ao vapor. O formato é a grande
diferença entre os dois pratos: o Guioza é uma espécie de pastelzinho recheado e o Shumai um
“copinho” de massa e recheado.
As adaptações sofridas pelo Guioza, o tornou um alimento típico e muito apreciado no país.
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Ele pode ser consumido de várias maneiras: grelhado (yakigyôza), frito (agegyôza), cozido em água
quente (suigyôza) ou no vapor (mushigyôza). Apesar de sua origem, o guioza do Japão é diferente
do chinês.
Na China, ele é consumido como um prato principal, por isso, sua massa é mais grossa e
ganha variados recheios, como de legumes e verduras, carne de porco, peixe, zaasai (picles
chinês), etc. Nas reuniões de família ou celebrações, como o ano-novo, ou mesmo no cotidiano, os
chineses costumam comer o guioza cozido na água quente ou no vapor, optando por sua versão
assada somente para as “sobras”. Por outro lado, no Japão, sua massa é mais fina, e o recheio não
varia muito, sendo basicamente de carne de porco moída, verduras e alho, ingrediente não utilizado
no guioza chinês.
Os japoneses não vêem o guioza como um prato principal, mas sim como um
acompanhamento, consumindo-o normalmente grelhado (primeiro, o guioza é grelhado com um fio
de óleo, depois é coberto com um pouco de água e abafado para terminar de cozer, até ganhar uma
cor dourada), juntamente com o lámen (macarrão) ou com arroz.
Sua origem, remonta ao período da Dinastia Han (206 a.C.~220 d.C.) com uma iguaria, do
norte da China, à base de farinha e recheada com carne, verduras ou peixe e que parece ser a
precursora do guioza. No período das dinastias do sul e do norte (439~581), o guioza em formato
de meia-lua começou a ser difundido, popularizando-se na dinastia Sui (581~618). Na dinastia Tang
(618~917), produtos à base de farinha tornaram-se acessíveis ao povo, ganhando peculiaridades
regionais, propagando-se para a Ásia Central.
Sua difusão no país deu-se somente após a 2ª Guerra Mundial. Com o término da guerra,
muitos japoneses que trabalhavam na China retornaram para as várias regiões do Japão e, para
sobreviver, começaram a fazer e a vender o guioza em barracas, no mercado negro ou em templos.
Com o racionamento de alimentos no Japão pós-guerra, o pastelzinho começou a atrair
consumidores, por ser considerado um alimento protéico e nutritivo.
Um dos motivos pelo qual o yakigyoza se tornou especialmente popular no Japão, foi que, na
época, o arroz já era considerado o prato principal dos japoneses e, com a escassez de alimentos,
o ideal seria preparar o guioza de massa mais fina do que os que eram cozidos na água ou no
vapor, proporcionando uma economia de ingredientes e uma produção maior. Além disso, sendo
fácil e rápido de preparar, o yakigyoza poderia ser vendido em espaços limitados, como barracas, e,
por ser grelhado com óleo, era um alimento que saciava a fome rapidamente. Supõe-se que o alho,
ingrediente que não entra no guioza chinês, passou a ser usado no tempero do recheio para
disfarçar o forte cheiro da carne de carneiro, que era mais acessível ao povo nos tempos de
racionamento alimentar.
Com as mesmas características do Guioza – massa recheada com cocção a vapor - o
Shumai também teve algumas adaptações em solo japonês. O ingrediente principal é a carne de
porco e não uma mistura de carne de porco, carne vermelha e camarão como no original chines. A
textura é mais delicada pois a carne do recheio é bem triturada ao passo que no shumai chinês, a
carne é somente picada.
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Harumaki
O Harumaki é um enrolado frito, de massa muito crocante e com recheios variados, muitas
vezes de repolho e cenoura. Harumaki em japonês é uma palavra composta por haru (primavera) e
maki (enrolado). Por isso também é conhecido por “rolinho primavera” e springroll, em inglês.
Muitas vezes o harumaki é servido junto com o gyoza nos festivais de sushi, porém nunca
servidos juntos. Deve ser crocante e não pode estar encharcado de oleo, mole ou frio. É sempre
servido com molho agridoce.
O harumaki foi trazido ao Japão da China e tem sua origem na celebração anual do Ano
Novo Chinês, chamada de Festival da Primavera. Os primeiros rolinhos primavera eram feitos com
vegetais frescos da colheita da estação; a carne for adicionada posteriormente.
Atualmente durante as comemorações do Ano Novo Chinês, o rolinho primavera é muito
popular. A cor dourada simboliza prosperidade e riqueza para o ano vindouro.
Aqui no Brasil, existem variações, podemos encontrar rolinhos de queijo, chocolate com
morangos, entre outros. Eles são os nossos pasteis porém com outros recheios e fechamento
diferente da massa.
Nori
Devido à popularidade dos sushis, o Nori tornou-se ingrediente estrelado na culinária
japonesa. É um composto de vários tipos de algas que são maceradas e colocadas em finas
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peneiras para secar e assim formar o Nori. O método do seu preparo é semelhante ao de fazer
papel reciclado.
A folha fina, preta, de alga seca é rica em proteína vegetal, vitaminas e minerais e tem a
reputação de prevenir a anemia, a perda de cabelo e fadiga. As folhas são usadas para sushis e
guarnição, enquanto se empregam as folhas pequenas para se envolver o arroz; algumas já vêm
tostadas e temperadas.
Wakame
O Wakame (“brotos jovens”) é uma alga verdinha e tenra, repleta de vitaminas, sem o mínimo
de gordura. Um ingrediente comum no miso shiru, o wakame está presente em quase todas as
refeições no Japão, em saladas (sunomono) ou como furikake (acompanhamento de arroz).
Para uso culinário, existem as formas seca e salgada. É encontrado em pacotes, picado, e
amolece quase instantaneamente. Para se fazer salada, deixe o wakame de molho em bastante
água por cerca de 5 minutos. Escorra, despeje água fervente em cima e deixe cerca de 2 minutos,
em seguida passe em água fria. Alguns não precisam ser deixados de molho e podem ser
colocados diretamente em sopas.
Konbu
Mais larga e espessa do que as demais algas, a konbu é apropriada para cozidos, como o
nishime (legumes cozidos com shoyu), e para dar sabor a caldos básicos (dashi). Historicamente,
essa alga sempre foi associada à boa sorte, por isso é utilizada em datas comemorativas, como o
ano-novo, e seu nome faz trocadilho com a palavra yorokobu (alegrar-se).
Hijike
Escura e de sabor neutro, é riquíssima em cálcio (100 g de hijiki fornecem 1.400 mg de cálcio)
e outros minerais. Pode ser consumida refogada com legumes, cozida com arroz ou em saladas.
2. Arroz (okomê)
No Japão o cereal mais utilizado é o arroz, tornando-se notadamente o alimento base. Numa
refeição japonesa o elemento principal é o arroz, não sendo tão importante o que vem antes ou
depois, por vezes ingerido até sem acompanhamentos e sim, somente com algo que o tempere, já
que no seu cozimento nenhum ingrediente é adicionado.
Diferentemente do ocidente, o arroz tem diferentes denominações: Okomê (arroz cru),
Genmai (arroz integral), Hakumai (arroz branco), Gohan (arroz branco cozido) e Shari (arroz
temperado para sushi).
O início do cultivo do arroz no Japão é uma incógnita. Recentes pesquisas mostram que entre
a Era Jomon, há mais de 3 mil anos, e a Era Yayoi (300 a.C.~300 d.C.), o arroz foi introduzido no
arquipélago pelo norte da ilha de Kyushu, vindo do Sudeste Asiático. A introdução do arroz mudou
radicalmente o modo de vida do japonês, que até então era nômade e, com o cultivo do arroz,
tornou-se sedentário.
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O arroz cultivado era do tipo longo e avermelhado; e seu plantio, muito rudimentar. Num
terreno, abriam-se pequenos sulcos e despejavam-se os grãos, não recebendo nenhuma espécie
de cuidado. Num dado momento da história, verificou-se que, se o arroz fosse plantado num terreno
com água em abundância, a colheita seria maior e de melhor qualidade. Esta técnica de cultivo
ganhou adeptos e se espalhou por todo o território japonês.
O Japão possui condições climáticas ideais para o cultivo do arroz, por isso a colheita
aumentava a cada ano, enriquecendo e dando poder aos agricultores. Houve um período em que o
arroz era algo tão precioso que servia como pagamento de impostos e também como pagamento
aos samurais. Desde então, o arroz é considerado como um bem inestimável, tanto que até hoje é
realizado, no Palácio Imperial, o Niinamesai, cerimônia em agradecimento pela boa colheita. Para
simbolizar esse mesmo sentimento de gratidão entre o povo, foi instituído o feriado nacional do Dia
de Ação de Graça pelo Trabalho (23 de novembro).
O consumo do arroz branco iniciou-se em meados da Era Edo (século XVIII). Até então, eles
consumiam o arroz integral e o arroz semibranco. O arroz branco atingiu o status de alimento
principal do japonês somente depois da Segunda Guerra Mundial. Até então, ele era misturado com
trigo, painço ou sorgo. Além dessa mistura, a alimentação contava com milho, batata, nabo e feijão.
O arroz branco só era consumido em ocasiões especiais, como Ano Novo e Finados (Obon).
Durante a guerra, o arroz praticamente desapareceu da mesa do japonês. Nesta época, eles
comiam batatas e abóboras, até mesmo o caule destas serviam como alimento. Somente no pós-
guerra é que a produção de arroz não só se normalizou, como também cresceu 50%, se comparado
com o período antes da guerra. Atualmente, verifica-se uma queda no consumo do arroz, devido ao
crescimento do consumo de pão, resultante da influência da cultura ocidental.
Para se obter melhor resultado, o arroz indicado é o que denominamos no Brasil de cateto,
miúdo e branco que quando cozido torna-se macio e grudento. No momento da compra, avalie se
foi colhido recentemente e se sua aparência é rechonchuda, quase transparente e com aspecto
brilhoso. Entretanto, se utilizarmos o arroz plantado nos trópicos, arroz longo polido tipo 1 que têm
uma textura mais “crocante”, não teremos o resultado desejado, já que a característica que
buscamos é a de que com o arroz “ligado” (devido a quantidade de amido contida no arroz),
permite-se juntarmos os grãos formando com isso os diferentes pratos típicos, ou somente comê-los
com ajuda de hashis.
O cozimento do arroz deve ser feito, preferencialmente, com água mineral, para não
comprometer o sabor. A medida para se preparar um Gohan (arroz cozido) é de 1 parte de arroz
para 1 ½ parte de água. Para o preparo do Shari (arroz temperado), é de 1 parte de arroz para 1
parte de água. No início, são necessários cerca de 10 minutos até a água começar a ferver. Se o
fogo for muito forte, levantará fervura em menos tempo. Com isso, somente a parte externa dos
grãos receberá calor. A parte interna, além de não receber calor, não recebe também a umidade
necessária para o bom cozimento. Passada esta fase, aumente o fogo para que o processo de
ebulição seja rápido. Quando o vapor diminuir, o fogo deve ser baixado e aumentado novamente no
fim. Deixe-o alto de 20 a 30 segundos, para fazer evaporar a umidade do fundo da panela. Depois,
deve-se apagar o fogo. Deixe a panela tampada por um tempo.
Além de ser servido tradicionalmente como um simples acompanhamento, pode-se prepará-lo
de diversas maneiras, como por exeplos: Onigiris (bolinhos de arroz com ou sem recheios),
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Donburis (arroz cozido e coberto com carne, legumes, ovos etc.), Ochazuque (rega-se o arroz com
Ban-cha ou Dashi), Sushis (arroz temperado coberto com fatias de peixe).
Um hábito muito antigo é o de usar o arroz como base para piqueniques, servindo-o frio
recheado, coberto com uma omelete, folha de alga, peixes e frutos do mar ou em forma de bolinho.
Esta refeição, no século XI era colocado em caixas de laca com divisórias – Bentô.
Poderíamos ressaltar que o aspecto nutricional do arroz é deveras interessante: produz
energia para o corpo, contem uma dose equilibrada de aminoácidos necessários ao organismo e
tem baixo índice de gordura. Entretanto, um consumo exagerado deste ingrediente pode causar
aumento de peso.
5. Cogumelo (kinoko)
Os cogumelos mais comun na culinária japonesa são o Shimeji e o Shiitake, apesar de os
outros tipos serem também muito utilizados no preparo de pratos.
Os shimejis são pequenos cogumelos que parecem botõezinhos e se juntam em cachos com
hastes de até 7,5 cm. O aroma e o sabor são suaves, mas eles são valorizados pelo frescor e pela
textura substanciosa que combinam perfeitamente com os delicados pratos japoneses.
O cogumelo shiitake, que se asemelha a um chapéu marron, crescem sob árvores como o
shii , o carvalho e a castanheira, embora sejam cultivados em larga escala. O shiitake seco tem um
sabor bem mais pronunciado, mas o o cogumelo fresco é mais usado na culinária por sua sutileza.
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7. Gengibre (shoga)
Shoga é o nome dado na culinária japonesa.
Gingerol e shogaol são os principais ativos dessa raiz, que possui efeito bactericida. Fortalece
o sistema de defesa do organismo e possui ação antiinflamatória. Também é um ótimo digestivo.
É consumido em conserva (Gari) ou como acompanhamento de sashimi. Ele é usado em
cozidos de legumes e peixes e servido ralado juntamente com o tofu.
8. Gergelim (goma)
As sementes de sésamo, também chamadas de gergelim, são usadas para fazer um creme
para barrar, o tahini. São também utilizadas para polvilhar saladas. Têm uma grande riqueza de
gorduras insaturadas (cerca de 50%), o que as torna particularmente benéficas para a prevenção
das doenças cardiovasculares e diminuição do colesterol.
Existem dois tipos principais de sementes de sésamo: as brancas e as pretas. As primeiras
são utilizadas na medicina tradicional chinesa para lubrificar o coração, o fígado, os rins, o pâncreas
e os pulmões, e ajudam também a tratar a prisão de ventre. As segundas têm propriedades
semelhantes, mas um pouco mais fracas.
A sua riqueza em vitamina E (que é uma vitamina lipossolúvel e sensível ao calor), também
as torna de grande interesse nutricional. Uma colher de sopa de sementes de sésamo fornece cerca
de 15% das necessidades diárias de cálcio, tornando estas sementes de numa fonte de potencial
importância para os vegetarianos. São ainda ricas em proteínas, ferro, niacina, magnésio e ácido
fólico. Uma dose de 50 g de sementes de sésamo tem a quantidade diária de ácido fólico
necessária à alimentação da mulher. Estas sementes podem ser utilizadas cruas ou torradas, para
enfeitar saladas ou outros pratos.
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Hatcho miso
Robusto, forte, rico e salgado, é um miso vermelho, que dizem que é originário de Okazaki,
próximo à cidade de Nagoya, província de Aichi. É feito basicamente de soja. Sua textura não é lisa
e é o mais consistente de todos. Em Nagoya, o miso vermelho entra no caldo do udon (massa tipo
talharim, feito apenas de trigo, água e sal), no molho para o tonkatsu (porco empanado) e outros
pratos como o tendão de boi cozido.
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Espera-se que todo prato da cozinha japonesa tenha sabor, cor, aroma, textura e forma. A fim
de obtermos o máximo de cada uma das qualidades, certos cuidados devem ser tomados:
Ingredientes
Devem ser selecionados de forma que seus sabores sejam compatíveis ou contrastem de
forma harmoniosa, oferecendo uma variedade razoável de texturas, cores e formas para um maior
apelo visual, além de assegurar uma quantidade adequada de nutrientes.
Mise en place
Todos os ingredientes devem estar prontos (cortados e porcionados) para a cocção.
Ingredientes secos devem estar propriamente reidratados e porcionados para o preparo. Carnes e
legumes devem estar cortados na forma e tamanho de acordo com o tempo de cocção de cada
item. Uma vez iniciada a cocção, teremos muito pouco tempo para preparo de última hora.
Tempo de Cocção
Como mencionado anteriormente, é importante para se preservar a forma, sabor, textura, cor
e nutrientes. O tempo de cocção deve ser curto. Os ingredientes devem ser adicionados ao
recipiente de acordo com o tempo de cocção de cada item e preparados somente com a chegada
dos convidados.
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Dashi
A produção mais básica na culinária japonesa é o Dashi. Ele entra nas sopas, molhos, caldos
para massas, cozidos. É mais fácil fazer uma refeição inteira sem shoyu ou misso, mas sem dashi,
é quase impossível.
Apesar da maioria já ter se rendido ao caldo industrializado, nada se compara ao caldo feito
em casa. Ele é muito simples de fazer. Infelizmente, os ingredientes são caros, mesmo no Japão:
bonito seco e alga kombu.
Nota: a alga e os flocos utilizados podem ser aproveitados para outras produções.
Miso shiru
Depois do dashi, a sopa feita com pasta de soja (miso shiru) é a coisa mais característica da
culinária japonesa. Servida no desjejum, almoço e/ou jantar, para todas as idades. Não há uma
receita e sim, milhares, milhões, talvez. Variando o caldo-base, miso (pasta de soja), e outros
ingredientes, as possibilidades são enormes.
Uma das receitas mais clássicas é o miso shiru com cubos de tofu e alga wakame: Ferver o
dashi e acrescentar o tofu e a alga; Abaixar o fogo e cozinhar até amolecer a alga; Temperar com o
misso: dissolver o misso com um pouco do caldo e voltar à panela; Misturar bem e desligar o fogo.
Não é recomendável ferver, porque isso comprometerá o aroma.
Outros ingredientes utilizados para o preparo de miso shiru: acelga em chifonade, tiras de
tofu frito (age ou abura-age), ovos, cebolinha, nabo em palitos. Existem também versões com carne,
pedaços de peixe e até com batatas ou inhame.
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Agemono (frituras)
Karaage É apreciada e consumida pelos japoneses durante todo o ano. Consiste em
pequenos pedaços de carne de frango previamente marinados em molho de soja,
alho e gengibre e posteriormente fritos em bastante óleo e acompanhados por um
gomo de limão ou maionese.
Korokke (croquete) Bolas de puré de batata recheadas com vegetais cremosos, frutos do mar ou
carnes e depois fritas
Kushiage Carne fritas em espeto
Tempurá Vegetais em pedaços ou frutos do mar empanados e fritos.
Tonkatsu Costeleta da carne de porco empanada e frita por imersão.
Yakimono (grelhados)
Gyoza Pastéizinhos cozidos no vapor e posteriormente colocados na chapa, normalmente
recheados com carne de porco, camarão e vegetais
Hamachi Kama Osso da bochecha, maxilar e cauda de atum amarelo grelhado
Kushiyaki (Robatas) Espetos de carne e vegetais.
Omu-Soba Omelete com yakisoba como seu recheio
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Nabemono (caldeiradas)
Desde a Antiguidade, o povo japonês preparava caldeiradas de peixes e animais, frutos da caça nos
mares e nas montanhas. Nos dias frios, pratos preparados em caçarolas de barro tinham a preferência dos
japoneses. Embora não haja registros em livros de culinária da Era Edo (1603~1867), sabe-se da prática
constante do prato entre o povo e de sua vasta aceitação pelas camadas populares. Já no final da Era Edo,
algumas obras literárias relatam caldeiradas como o yosenabe.
Originalmente servida na própria panela, a caldeirada reunia as famílias em volta do irori (espécie de
lareira cavada no assoalho) para a refeição. O advento dos restaurantes viabilizou o alcance do prato a esses
estabelecimentos públicos. A caldeirada era preparada na cozinha e servida em pequenos pratos; entretanto,
para facilitar o trabalho dos cozinheiros, ela passou a ser servida na própria caçarola. Atualmente, a caldeirada
é preparada diante dos degustadores, e cada um usa seu próprio hashi.
Shabu shabu, sukiaki, yosenabe e chankonabe são os tipos de caldeirada mais conhecidos. O molho
(tare) que acompanha os nabemono (caldeirada) pode ser à base de shoyu, missô ou ponzu (calda de laranja
amarga misturada ao vinagre). Hoje, tanto o molho como o caldo são vendidos prontos.
Para se preparar um nabemono, a panela deve ser de barro (donabe), pesada, com boa espessura e
conservação de calor, com boca larga, mas não muito funda. Carnes e peixes são colocados no início, para dar
sabor ao caldo. Utilize ingredientes típicos da estação. Quando a água ou o caldo levantarem fervura, coloque
em fogo médio. Não cozinhe demais. A escuma deve ser cuidadosamente retirada. Mesmo num país pequeno
como o Japão, o nabemono apresenta diferenças no tempero, dependendo da região em que ela é preparada.
Por exemplo: a caldeirada preparada em Tóquio tem um sabor mais forte, e a preparada em Osaka possui um
sabor mais suave. Há panelas especiais para cada tipo de caldeirada. O shabu shabu deve ser preparado na
panela de bronze; o sukiyaki, na panela de ferro; e o yosenabe, na panela de barro.
Sukiyaki Mistura de massas, carne de vaca finamente fatiada, ovo e vegetais fervidos num
molho especial feito de caldo de peixe,molho se soja , açúcar e saquê
Shabu-shabu Massas, vegetais e camarão ou carne de vaca finamente fatiada fervidos num
molho leve e mergulhados em soja ou molho de soja antes de comer
Yosenabe Um dos nabemono mais populares do Japão. Yose significa ‘agrupar’.
Os ingredientes – carne, mariscos, ovo, tofu e verduras - são cozidos juntos.
O yosenabe costuma basear-se em um caldo bem temperado com miso ou molho
de soja.
Motsunabe Vísceras de vaca, hakusai (bok choi) e vários vegetais são cozidos numa base
leve de sopa.
Kimuchinabe Similar ao motsunabe, tirando a base kimuchi usando carne de porco finamente
fatida. Kimchi é um prato tradicional coreano, mas também se tornou muito popular
no Japão, particularmente no sul da ilha de Kyushu, que é próximo da Coreia do
Sul.
Nikujaga Uma versão japonesa de guisado de vaca.
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Por volta do século XIV, os japoneses, grandes apreciadores de arroz, passam a consumir
não só o peixe como também o arroz, antes que este fermentasse. Surge assim o Namanarizushi,
que originou os tipos de sushi conhecidos na atualidade.
No período Edo (séculos XVII a XIX), o arroz passa a ser temperado com o vinagre e o peixe,
devido à fartura de pescados e frutos do mar na baía de Tóquio passa a ser consumido cru e fresco.
Surgiu assim o Hayazushi. Preparado basicamente com arroz, peixes e frutos do mar, o sushi
tornou-se moda em vários países do Ocidente, por seu sabor exótico e agradável e por ser
reconhecido como uma das iguarias mais saudáveis do mundo.
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Tipos de sushi
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Os requintes da etiqueta japonesa teve seu início no século XVI, na era dos samurais,
somente os guerreiros e a nobreza tinham acesso ás regras de etiqueta na época. Foram os
samurais que estabeleceram a ética de conduta por volta do século XVI. Com o passar do tempo
estas regras se popularizaram.
Um dos exemplos clássicos está na maneira de servir as pessoas: não servir os convidados
com a mão esquerda, quando servimos um convidado com a mão esquerda, significa que ele é
nosso inimigo. A mão direita significa que se trata de um aliado.
Oshibori
Limpe as mãos com as toalhinhas (oshibori) antes de comer, elas são usadas para limpar as
mãos e depois serem colocadas na mesa sem dobrá-las. Não usá-las para limpar o rosto.
Saquê
Existe um ritual especial à mesa para tomar o saquê. Levante o seu copinho para receber a
bebida, servida sempre por seu vizinho de mesa, apoiando-o com a mão esquerda e segurando-o
com a direita. É imprescindível que você sirva o seu vizinho de mesa porque não é de bom tom
servir a si próprio. O copo de saquê deve sempre ficar cheio até o final da refeição.
A tradição manda fazer um brinde: Campai, esvaziando o copinho num só gole. É sinal de
hospitalidade e atenção. Não inclinar para beber o saquê, o saquê sempre deve ser levado à boca.
Hashi
São normalmente colocados na frente da bandeja próxima da pessoa, com suas pontas
apontadas para a esquerda e normalmente apoiadas em um suporte de hashi, OKI ou hashioki.
Não espete o hashi em nenhum tipo de comida, além de ser feio, esse ato tem um sentido
especial para os japoneses: Esta atitude só é permitida nos oratórios, templos budistas ou
shintoístas para as pessoas que já morreram. O hashi é espetado na posição vertical nas missas
religiosas, quando os japoneses oram e acendem o incensos no butsudan.
Evite passar a comida de um hashi para outro, evite também chupar a ponta do hashi.
Não cruze os hashis , eles devem ser mantidos sempre paralelos à borda da mesa, evite
deixar jogado sobre a mesa.
Barulhos
Faz parte da etiqueta produzir barulhinhos ao comer macarrão ou tomar sopas. Mas atenção:
arrotar é considerado extrema falta de educação.
Sushi e sashimi
Não use talheres para cortar o sushi, pedir faca para cortar o sushi ou o sashimi é uma ofensa ao
sushiman. Não compartilhe a tigela de shoyu, compartilhar a tigela de shoyu é um exemplo de mau gosto.
Miso shiru
Não tome o missôshiru com colher, o correto é levar otchawan (tigela) à boca.
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A refeição japonesa
A arrumação tradicional da mesa japonesa tem variado consideravelmente nos últimos
séculos. Antes do século XIX, pequenas mesas individuais (hakozen) ou bandejas planas utilizadas
no chão eram arrumadas antes de cada refeição. Mesas baixas maiores (chabudai), que
acomodavam famílias inteiras, começaram a se tornar mais populares no começo do século XX,
mas esse estilo deu lugar ao estilo ocidental de mesas e cadeiras de jantar, no final do século XX.
As refeições tradicionais recebem seu nome de acordo com o número de acompanhamentos
que vêm junto do arroz e da sopa. A refeição japonesa mais simples, por exemplo, consiste
de ichijū-issai ("uma sopa, um acompanhamento" ou "refeição de um prato"). Isto quer dizer que a
refeição é composta de sopa, arroz e de algum acompanhamento — normalmente um legume em
conserva.
A refeição mais comum, entretanto, é conhecida por ichijū-sansai ("uma sopa, três
acompanhamentos"), ou por sopa, arroz e três acompanhamentos, cada um empregando uma
técnica de culinária diferente. Estes acompanhamentos normalmente são peixe cru (sashimi), um
prato frito e um prato fermentado ou cozido no vapor — ainda que pratos fritos, empanados ou agri-
doces podem substituir os pratos cozidos. O Ichijū-sansai normalmente se encerra com conservas,
como oumeboshi, e chá verde.
A refeição para os japoneses é constituída de duas categorias: Shushoku – prato principal e
Fukushoku – acompanhamentos, que também são denominados okazu.
O ator principal da mesa de refeição é o gohan (arroz), rico em carboidrato e proteína de
origem vegetal. Okazu são pratos de verduras, peixes e outros. O okazu tem o papel coadjuvante
de estimular o apetite para facilitar à ingestão de arroz. Assim, considera-se uma refeição padrão
aquela em que gohan e okazu são servidas ao mesmo tempo.
Tipicamente, cinco tijelas e pratos são dispostos à mesa. Na ponta, são colocadas a tijela de
arroz e a de sopa. Atrás destas ficam três pratos planos que seguram os três acompanhamentos,
um à extrema esquerda (onde pode se servir um prato fermentado), um à extrema direita (no qual
pode se servir vegetais cozidos) e um no centro (no qual pode se servir um prato assado). Vegetais
cortados também costumam ser servidos e comidos no final da refeição, mas não fazem parte dos
três pratos de acompanhamento.
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Teishoku especial
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Donburimono
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Obento
Obento ou bento (pronuncia-se bentô) é a tradução da refeição portátil nipônica e pode ser
visto, aos montes, em qualquer esquina ou parque por lá. Trata-se de uma marmita japonesa em
que os alimentos são cuidadosamente dispostos dentro de uma caixa e comidos à temperatura
ambiente.
O obento data da era Kofun (séc. IV d.C.), onde os viajantes e agricultores saiam para
trabalhar levando almoço num pote feito de folhas de bambu. Consistia em arroz integral ou arroz
branco cozido ou no vapor posto ao sol para secar. Após este processo, o arroz transformava-se
num alimento não perecível, de fácil transporte. Na hora das refeições, bastava mergulhar este
arroz seco em um pouco de água que ele amolecia e estava pronto para ser consumido. Não
havendo água, era só mastigá-lo diversas vezes para torná-lo comestível.
O obento bako (caixa para obentô) surgiu na Era Azuchi Momoyama (1573~1598). Nessa
fase, o obento era um traço da elite: famílias endinheiradas levavam seu lanche, decorado em belas
caixas de madeira, para contemplar dois hits locais, as vermelhas folhas das árvores no outono
(momije) e as rosa-claro de sakura, as cerejeiras.
No final do século 19, ele se popularizou, impulsionado pela expansão ferroviária. O obentô
das camadas populares consistia geralmente em onigiri recheado com umeboshi. No mesmo
período, surgiu o makunouchi (literalmente, intervalo entre atos de uma peça teatral). Os
espectadores de teatro levavam o obentô para consumi-lo nos intervalos das apresentações. O
costume de comer obentô nos intervalos de peças teatrais ainda acontece hoje, principalmente nas
apresentações de kabuki.
A população japonesa tem o hábito de preparar e levar obentos para o trabalho e para a
escola, apesar de em grandes cidades ser mais comum comprar o obento pronto, por questão de
praticidade. Por ser uma refição prática, esta presente em muitas atividades do cotidiano dos
japoneses.
A proporção considerada ideal para montar um obentô equilibrado é de 1:2:3. Uma porção de
proteína, duas porções de vegetais ou frutas (fibras e vitaminas) e três porções de arroz (ou outro
carboidrato). Outra preocupação são as cores: vermelho, amarelo, verde, preto e marrom. A
culinária japonesa tem que ser saborosa tanto para o paladar quanto para o olhar, considerando
sempre o valor nutritivo dos alimentos.
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Forme uma base com a mão esquerda e acomode o arroz; coloque a mão direita sobre o arroz
acomodando na mão esquerda, formando um triângulo. Pressione o triangulo sobre a palma da mão esquerda
e ajeite cada canto do triângulo com a mão direita. Finalize com um pedaço de nori.
Forma em disco
Deixe a mão esquerda semicurvada/curvada para criar uma borda arredondada, pressione delicadamente
girando com a mão direita. Segure com a mão direita entre o polegar e o indicador, acomodando entre eles o
onigiri; pressione delicadamente o centro e as laterais moldando-o gentilmente regulando a pressão para não
desmanchar. Finalize com um pedaço de nori.
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Forma em cápsula
Forme um cilindro com a mão direita e ao mesmo tempo gire com a mão esquerda. Segure o cilindro com a
mão esquerda; pressione o lado superior e inferior com o dedo indicador e polegar da mão direita. Finalize com
um pedaço de nori.
Kaiseki
Kaiseki era, originalmente, uma refeição simples servida aos monges zen-budistas com chá,
que se desenvolveu na cermônia do chá, recebendo, também, o nome de Cha-kaiseki. Mais tarde o
prato deu origem ao Kaiseki Ryuri, um sofisticando banquete servido em restaurantes elegantes e
hotéis “5 estrelas” e é sempre necessário fazer reserva para esse tipo de serviço.
Os dois tipos de Kaiseki, pronunciados de maneira idêntica porém com ideogramas
diferentes, têm pequenas variações entre si:
. Um, designa a refeição leve, servida antes da cerimônia do chá, de maneira a torná-la mais
agradável. Ela segue uma etiqueta severa, que pode variar conforme a escola.
. Outro, é a refeição servida em banquetes, para saborear o saquê. Não segue a etiqueta tão rígida
da outra e pode ser degustada em ryoutei, hotéis e cerimônias de casamento.
Kaiseki Ryuri
Conhecida como a alta culinária japonesa, o Kaiseki Ryuri, ou simpolesmente Kaiseki, é uma
refeição formal e sofisticada, que consiste em um número de pequenos pratos, servidos de maneira
artística e graciosa, Neste seerviço, o cozinheiro procura esmerar com toda a sua habilidade na
elaboração de misturas onde se trabalham os produtos típicos da região e da época se atentando,
também, à apresentação (moritsuke) e na arte de temperar.
São servidos vários pratos em sequência e em pequenas porções, como que um espelho de
arte minimalista. Não se deve estranhar que nesse caso o arroz branco e a sopa são servidos
somente no final. Para kaiseki dos restaurantes esta é a ordem correta, enquanto que no kaiseki da
cerimônia do chá, o arroz (em pequeníssima quantidade) é servido logo no início.
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Menu
O padrão do Kaiseki Ryouri, é obedecer uma sequência rigorosa, onde um sabor complementa o
outro:
1. Inicialmente é servido Sake para brinde. É etiqueta que mesmo quem não aprecia uma bebida
alcoólica deve ao menos levar a taça à boca. Quem serve, deverá segurar o tyoshi com ambas as
mãos, servir cerca de 80% da taça (sakazuki), girar o tyoshi para “cortar” o líquido. Quem é servido
igualmente deve segurar sakazuki com ambas as mãos.
2. Após o brinde, serve-se de Sakizuke (aperitivo). É regra que se corte com hashi em tamanho
adequado (um bocado), e segurar a tigela por baixo, a fim de evitar que o respingo caia sobre a
mesa ou sobre a roupa.
3. A seguir vem o Zensai (várias misturas combinadas). Deve-se servir em ordem daquilo que está
mais próximo para o que se encontra mais afastado. Se acaso alguma coisa for servida em espeto,
deverá ser retirada com hashi, antes de ser levada à boca. Aquilo que for difícil de se segurar com
hashi, deverá ter o auxílio de kaishi (papel especial para a ocasião).
4. Em sequência vem Wanmono (sopa). O chawam deve ser seguro com a mão esquerda,
tomando-se a tampa com a direita e, após assegurar-se que não está 'gotejando', deve ser
colocada à direita, voltada para cima. Toma-se primeiro o caldo para depois apreciar o conteúdo e
assim alternadamente. Após o término, a tampa deve ser recolocada.
5. Mukouzuke (também chamado de otsukuri e é sinônimo de sashimi). Aprecia-se na ordem
descendente. Aconselha-se segurar o pratinho de molho a fim de evitar sujar a roupa. recomenda-
se comer o peixe e o acompanhamento (tsuma) alternadamente.
6. Nimono. Quando é acompanhado com tampa, segue-se o mesmo procedimento de wanmono.
Deve-se cortar em tamanho apropriado e se o conteúdo for escorregadio (como inhame) a tigela
pode ser segura nas mãos. É sempre deselegante e desaconselhável 'espetar' com hashi. Quando
a tigela é demasiado grande, utiliza-se de kaishi (papel especial para a ocasião) como 'apoio'.
7. Yakimono. Geralmente são peixes assados frequentemente com cabeça. Utiliza-se kaishi para
segurar a cabeça do peixe (posicionada do lado esquerdo), enquanto com a mão direita se extrai a
carne do peixe com hashi. Após término é conveniente juntar-se os espinhos no centro do prato. A
etiqueta é nunca deixar o prato em desordem.
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8. Aguemono. Aprecia-se quente. Inicialmente se coloca yakumi ou nabo ralado no molho. No caso
de se colocar sumo de limão, deve-se tomar o cuidado de respingo, cobrindo com a outra mão.
Segura-se a tigela do caldo para evitar que o mesmo suje a roupa ou mesa. Tudo que não se pode
servir um bocado deve ser cortado sobre o prato.
9. Gohan. O arroz, ou alguma produção à base de arroz, é servido no final.
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A
Abura-age fatias finas de tofu e fritas em óleo de gergelim.
Aemono prato frio (normalmente vegetais, peixe ou frango) servidos com um molho.
Agedashi-dofu tofu frito por imersão
Aji sabor
Ama-ebi tipo de camarão adocicado
Anago enguia
Anko doce de feijão azuki em pasta
Arukôru alcool
Asa-gohan café da manhã
Asari vongole
Awabi abalone
Azuki pequeno feijão de cor avermelhada
B
Ban-gohan ou yushoku: jantar
Bento espécie de marmita servida em restaurantes, estações de trem ou lancheira de crianças
Bifu sutêki “steak”
Biru cerveja
Bitamin vitamina
Buri tipo de peixe
C
Chankonabe tradicional cozido misto, alimento de lutadores de sumô.
Chawan-mushi pudim salgado a base de ovos
Cha-zuke chá verde regado sobre arroz (Gohan)
Chirashi-zushi arroz de sushi (shari) sob sushis e sashimis. Servido em domburi
Chiizu queijo
Choko o-choko – copo para sakê.
Chushoku almoço
D
Daikon tipo de nabo.
Dashi caldo a base de flocos secos de peixe (katsuobushi) e alga (kombu).
Muito utilizado na culinária japonesa.
Dengaku miso sobre tofu ou konnyaku
Donburi prato de arroz com carne, ovos ou outro ingrediente por cima.
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E
Ebi camarão
Edamame soja verde servida como aperitivo ou como acompanhamento de cerveja.
Ekiben abreviação para "Eki no bento": marmita vendida em estações de trem para serem
consumidos durante a viagem.
Enoki tipo de cogumelo
F
Fôku garfo
Fugu baiacu. Peixe venenoso servido como iguaria no Japão.
Furikake misto de temperos secos para ser polvilhado sobre arroz cozido
G
Gari tipo de picles de gengibre
Gasu renhi /
Gasu dai fogão
Genmai arroz integral
Gobo bardana. Tipo de raiz.
Gohan arroz cozido
Gotchisosama saudação formal para o final da refeição
Gyoza pasteizinhos feitos no vapor de origem chinesa
H
Hakusai acelga
Hambâga hamburguer
Harumaki rolinho primavera
Harusame macarrão bem fino e quase transparente. É feito principalmente de amido de feijão.
Hashi “pauzinhos” utilizados para se servir do alimento.
Hijiki tipo de alga
Hiru-gohan ou chushoku lunch
Hiyayakko cubo de tofu servido frio com cebolinha, gengibre ralado e shoyu.
Hocho tipo de faca de cozinha
Horenso espinafre
Hotate vieira
I
Ika lula
Ikura ova de salmão
Inarizushi sushi vegetariano, geralmente uma bola de shari servida dentro de um abura-age
Iriko anchova seca
Ittadakimasu tradicional saudação para inicio de refeição
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J
Jamaigo batata
Jubako caixas de madeira laqueada
Jûsu suco
Jyaga-imo tipo de batata
K
Kabocha tipo de abobora
Kaiseki ryori Alta gastronomia japonesa composta por um grande curso com pequenos pratos.
Kaki ostra
Kamaboko massa industrializada a base de peixe
Kani caranguejo
Katsuo bonito (peixe)
Katsuobushi flocos desidratados de bonito
Kazunoko ovas de arenque
Kinoko tipo de cogumelo
Kitsune soba ou udon servido com tofu frito
Kohaku kamaboko massa a base de peixe vermelho e branco
Koi carpa
Kombu tipo de alga.
Kome – (o-kome) arroz cru
Konnyaku massa translúcida e gelatinosa feita a base de tubérculo
Koohii café
Kosu curso – iguarias servidas ao longo de um serviço de refeição
M
Maki-zushi sushis envoltos em nori
Manaita tabua de corte
Matsutake tipo de cogumelo
Men macarrão
Mirin tipo de saquê licoroso utilizado para culinária
Miruku leite
Miso pasta de soja fermentada
Mizu água
Mochi massa a base de arroz. Ingrediente de vários pratos incluindo doces.
Moyashi brotos de feijão
Momo pêssego
Mushimono pratos feitos no vapor
N
Nabe panela / tipo de caldeirada servida no inverno
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Naifu faca
Nasu berinjela
Natto prato a base de soja fermentada
Negui cebolinha
Neta pedaço de peixe utilizado no topo do sushi
Nimono alimentos cozidos lentamente em caldo.
Ninniku alho
Nomimono bebidas
Nori folha de algas prensadas
O
O-cha chá
Okomê arroz cru
Oden vegetais, tofu e massa de peixe em caldo.
Onigiri “bola” de arroz cozido, pode ser ou não envolto em nori e pode ou não ter recheio
Onsen-tamago ovo cozido
Oroshigane ralador
Oshibori toalha quente para limpar as mãos
Ochawan tigela para tomar sopa
Oyatsu petisco
P
Pan pão
Panko farinha grosseira de pão
Piiman pimenta
Ponzu molho a base de limão, shoyu e sakê
Poteto-furai batata frita
R
Rakkyo tipo de picles de echalota
Ramen (ou Lamen) macarrão fino servido em caldos
Ranchi almoço
Reizôko geladeira
Renkon raiz de lotus
Resutoran restaurante
S
Sakana peixe
Sake destilado de arroz
Sara prato
Sarada salada
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T
Tako polvo
Takoyaki bolinhos de polvo
Takenoko broto de bambu
Tamago ovo
Tazukuri sardinha seca cozida em shoyu e açúcar
Teishoku refeição completa
Teriyaki pratos cozidos em mistura de mirin, açúcar, shoyu e saquê
Tobiko ovas de peixe voador
Tofu queijo de soja
Togarashi pimenta
Tomato tomate
Tonkatsu costeleta de porco
Toro atum gordo
Tsukemono picles de vegetais
Tsumami (ou o-tsumami) - hors d'oeuvre servidos com drinks
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U
Udon tipo de macarrão grosso
Umeboshi ameixa agridoce, geralmente servida com Gohan.
Unagi enguia
Uni ouriço do mar
W
Wain vinho
Wakame tipo de alga
Warishita molho usado para sukiyaki a base de açúcar, sakê, mirin, shoyu e água.
Wasabi raiz forte
Y
Yaki-mono pratos grelhados
Yakitori espetos de frango grelhados
Yûshoku jantar
Z
Zaru cesta de bambu
Zaru-soba soba frio
Zashiki sala de refeição, em restaurante ou casa.
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Objetivo
. Identificar produtos da cozinha japonesa
. Conhecer refeições japonesa: Teishoku, Bentobaku e Domburimono
. Cortes e Métodos de coção
Produções
Todas os grupos . Gohan
……………….
Por grupo 1 . Sunomono
. Nasu no miso
. Hiyashi somen
2 . Misoshiru
. Harussame
3 . Gyudon
4 . Guioza
5 . Harumaki
6 . Kareraisu
……………….
Demo . Kimpira Gobo
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Gohan to furikake
Arroz com condimento seco
Para se cozinhar o okome, o ideal é usar uma gohan nabe - panela com
borda alta e tampa própria para cozinhar arroz. A gohan nabe tem a borda
alta para evitar que a água que sobe com o cozimento do arroz
transborde. O ideal é utilizar uma panela com 1,5 a altura do arroz na
panela.
Furikake é um condimento seco japonês feito para ser polvilhado por cima
do gohan. Normalmente seus ingredientes são uma mistura de peixe seco
e moído, sementes de gergelim, algas picadas, açúcar, sal e glutamato
monossódico. Outros ingredientes saborosos como katsuobushi (peixe
seco), partículas liofilizadas de salmão, shiso, ovo, pó de missô e
legumes, são muitas vezes adicionados à mistura.
Ele pode ter sabor leve de peixe ou frutos do mar, e ser picante.
É usado na culinária japonesa não só para polvilhar sobre o gohan como
para decapagem de alimentos como oniguiri (bolinhos de arroz).
1. Lavar o arroz 3 a 4 vezes delicadamente, tomando o cuidado para não quebrar os grãos. Escorrer.
2. Colocar o arroz em uma panela e colocar a água (pedida no mise em place).
3. Deixar descansar por cerca de 20 minutos.
É importante deixar o arroz de molho para que a água chegue até o interior do grão.
4. Levar a panela ao fogo com a tampa semi-aberta e cozinhar em fogo alto até começar a ferver.
5. Abaixar bem o fogo, tampar e cozinhar por 10 minutos.
6. Desligar o fogo e deixar descansar tampado por mais 10 minutos.
7. Servir o gohan com o furikake à parte.
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Sunomono (1 x)
Conserva
Sal 0,015 kg
Açúcar 0,010 kg
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Misoshiru (1 x)
Caldo de soja fermentada
Misso 0,040 kg
Wakame 0,004 kg
Cebolinha qb -
Pré preparo
1. Fatiar a cebolinha finamente. Reservar.
2. Cortar o tofu em cubos de 1 x 1 cm. Reservar.
3. Hidratar o wakame em água. Reservar.
Sopa
1. Levar o dashi ao fogo e deixar ferver.
2. Juntar o saquê. Ao ferver novamente, desligar o fogo.
Adicionar uma pitada de glutamato monosódico
3. Colocar o missô em uma concha e afundá-la vagarosamente no caldo ao mesmo tempo que,
ao entrar caldo na concha, misturar bem para dissolver o missô.
4. Juntar o tofu reservado.
5. Servir quente em chawans com a cebolinha.
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Nasu no Miso (1 x)
Berinjela com misso
Gengibre 6 cm
Missô 0,080 kg
Açúcar 0,010 kg
Gergelim preto qb -
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Hiyashi somen (1 x)
Macarrão somen frio
Gengibre ralado qb -
Hiyashi somen
1. Levar o Dashi ao fogo e adicionar o Mirin e o Shoyu.
Cozinhar por cerca de 2 minutos.
2. Retirar do fogo, deixar esfriar e levar para gelar.
3. À parte levar água do macarrão para ferver e colocar o somen.
4. Ao voltar a ferver despejar água fria para interromper a cocção e deixar ferver novamente.
5. Repetir o processo por mais duas vezes, ou até o macarrão ficar cozido e firme.
6. Escorrer e colocar em um bowl com água e gelo.
7. Com as mãos, pegar o equivalente a uma porção e enrolar nos dedos formando um ninho.
8. Dispor numa vasilha e levar para a geladeira até a hora de servir.
Montagem
1. Num chawan (vasilha ou cumbuca para sopas), colocar a porção de somen (em ninho alto).
2. Colocar um pouco do caldo gelado, polvilhar a cebolinha cortada em diagonais fininhas.
3. Servir com o gengibre ralado.
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Harussame 0,300 kg
Açúcar 0,030 kg
Óleo de gergelim qb -
(*)
O nome “harussame” significa literalmente “chuva de primavera” e pode ser consumido frio ou quente.
A massa também é chamada de “macarrão celofane” pela aparência translúcida que adquire depois de
hidratado.
Uma outra opção para se usar o harussame, é fritar pequenos pedaços do macarrão seco em imersão
para que fique crocante .
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Kimpira Gobo (1 x)
Bardana refogada
Vinagre branco qb -
Açúcar 0,005 kg
Gergelim torrado qb -
1. Lavar muito bem a raiz de bardana e descascar com as costas da faca raspando-a.
2. Em seguida, cortar a parte mais grossa da bardana em fatias transversais.
3. Depois cortar em julienne (mais ou menos na espessura de um palito de fósforo).
4. Colocar tudo numa tigela com água e vinagre para não escurecer.
(Deixar para escorrer um pouco antes de refogar)
5. Descascar e cortar a cenoura como a bardana. Reservar.
6. Escorrer a bardana da água e deixar secando por alguns instantes.
7. Colocar o óleo de gergelim e os anéis de pimenta numa frigideira e levar ao fogo baixo.
8. Ao começar a fritar, colocar a bardana e deixar refogar alguns minutos em fogo médio para alto.
9. Juntar a cenoura, misturar e refogar mais alguns instantes.
10. Colocar a água e o açúcar e misturar bem até dissolver o açúcar.
11. Juntar os demais ingredientes e refogar em fogo baixo até o caldo quase secar.
Se nescessário acrescentar mais água.
12. Desligar o fogo, tampar e deixar abafado por uns 5 minutos.
13. Na hora de servir, colocar em pratinhos e polvilhar o gergelim.
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Gyudon (1 x)
Carne de boi na tijela
Gyudon significa literalmente “Tigela com carne”. Consiste em um domburi com Gohan
coberto com fatias finas de carne com cebola em um molho levemente adocicado com açúcar,
shoyu e mirin.
Em algumas receitas está incluso ovo cru (ou levemente cozido) como cobertura, porém as
grandes redes de restaurantes servem a versão carne com cebola apenas. Normalmente é servido
com Beni shoga (gengibre em conserva), Shichimi (pimenta ralada) e missoshiro.
Por ser barato e delicioso, este prato é muito apreciado e consumido no Japão.
Cebola 1 kg
Açúcar 0,075 kg
Cebolinha verde qb -
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Modo de preparo
Gyudon
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Guioza (1 x)
Recheio
ingredientes quantidade unidade
Nira 1/2 maço
Sal 0,010 kg
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Guioza
Montagem
1. Colocar uma pequena porção do recheio sobra a massa e umedecer as bordas com água.
2. Fechar os guiozas montando um pastelzinho formando pequenas pregas.
3. Preparar os Guiozas e servir com o molho Ponzu, ou simplesmente com shoyu e vinagre.
Modo de preparo
Pode-se prepara os Guiozas de 2 maneiras:
a. . Numa frigideira com pouco de óleo – de preferência, antiaderente – dispor 6 guiozas,
um apoiado no outro.
. Fritar os guiozas de um lado só até dourar levemente.
. Acrescentar água até cerca de 1/5 da altura dos guiozas, tampar e cozinhar por cerca de
15 minutos, ou até secar a água.
. Adicionar um fio de azeite e fritar mais um pouco para dourar.
Molho Ponzu
ingredientes quantidade unidade
Molho de soja 0,045 litro
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Harumaki
Rolinho primavera
Recheio
1. Cortar a carne de porco em tiras finas (como julienne) e temperar com shoyu, saquê, gengibre
ralado e uma colher de chá de amido de milho.
2. Saltear no óleo, retirar da sautese e reservar.
3. Na mesma sautese saltear os vegetais rapidamente.
4. Juntar a carne reservada e temperar com sal, uma pitada de açúcar, shoyu e glutamato monossódico.
5. Acrescentar 1 colher de chá de amido de milho dissolvido em um pouco de água e mexer rapidamente.
6. Juntar a cebolinha e mexer.
7. Deixar esfriar sobre peneira antes de utilizar.
Finalização
1. Colocar uma pequena quantidade de recheio sobre a massa.
2. Dobrar as laterais da massa sobre o recheio e enrolar.
3. Fechar bem e fritar em óleo quente. Servir quente com molho agridoce.
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Molho agridoce
ingredientes quantidade unidade
Colorau 1 pitada
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Kareraisu (1 x)
Guisado de frango e vegetais ao curry
ingredientes quantidade unidade
Açúcar 0,015 kg
Para o Curry
Cebola media (cerca de 200 g) 2 unid
Curry 0,030 kg
Açúcar 0,020 kg
Sal qb -
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Objetivo
. Conhecer produções de influência chinesa e portuguesa
. Conhecer método de preparo de Tempurá
. Conhecer método de preparo de Tempurá
. Métodos de frituras
Produções
Todos os grupos
Cozinha
. Tempurá – individual e misto
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Salmão limpo 4 kg
Atum 3 kg
Shari
Arroz temperado
O tempero do arroz (amasu ou su) pode ser feito com antecedência e guardado em
geladeira. A unica preocupação que se deve ter, é a de aquecê-lo antes de misturar ao
arroz quente para não haver choque térmico.
A medida do tempero é para cada 1 kg de arroz usar 300 ml de amasu.
O ideal é preparar o shari com antecedencia. Desse jeito o tempero pega mais o sabor
e tem uma liga melhor. Depois de preparar o arroz e colocar o tempero, tampe o
recipiente com um pano levemente umedecido e deixe-o fora da geladeira por cerca
de 12 a 24 horas.
Amasu
Vinagre de arroz 0,200 litro
Açúcar 0,100 kg
Sal 0,004 kg
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Modo de preparo
Shari
Arroz
1. Colocar o arroz em um bowl e acrescentar um pouco de água.
Misturar com a ponta dos dedos em movimentos circulares, com cuidado para não quebrar os grãos.
2. Completar com água e misturar em movimentos circulares novamente.
3. Escorrer a água e repetir por 3 vezes.
4. Colocar o arroz, lavado e escorrido, em uma panela e adicionar a água e a folha de kombu (opcional).
É importante que a panela seja 1,5 vezes mais alta que a altura de arroz
5. Deixar descansar por cerca de 20 minutos. Retirar a folha de kombu e reservá-la.
6. Iniciar o cozimento com fogo alto. Ao se iniciar a fervura, reduzir para fogo médio e cozinhar por 1 minuto.
7. Abaixar o fogo ao mínimo e cozinhar tampado por cerca de 10 minutos.
(Durante esse período, preparar o molho - amasu)
8. Apagar o fogo e deixar descansando, tampado, por cerca de 10 minutos.
Amasu
1. Em uma panela com fogo alto, misturar o vinagre, o açúcar, o mirin e o sal, mexendo sempre.
Não deixar o açúcar grudar no fundo da panela.
2. Antes de levantar fervura, desligar o fogo e colocar o kombu reservado no amasu.
Finalização
1. Após o descanso do arroz, colocá-lo em um recipiente largo de plástico.
2. Despejar o amasu sobre o arroz e misturar delicadamente, como se o estivesse “cortando”, para
distribuir o molho, evitando a formação de pelotas, abanando constantemente para esfriar o mais
rápido possível.
Acrescentar o amasu até o arroz absorver o liquido e ficar brilhante.
3. Cobrir com pano levemente úmido e guardar fora da geladeira.
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Sal 0,002 kg
Nabo 0,300 kg
Camarão
1. Colocar o espeto entre a carapaça e a carne.
2. Cozinhar em água com vinagre e sal até ficar rosado. Dar choque térmico.
Nabo
1. Descascar o nabo e cortar em julienne asiático. Lavar até eliminar o cheiro.
2. Reservar em água.
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Gari
Gengibre marinado
ingredientes quantidade unidade
Sal 0,002 kg
Amasu
Vinagre de arroz 0,050 litro
Açúcar 0,030 kg
Sal 0,001 kg
Amasu
1. Levar todos os ingredientes ao fogo e cozinhar até dissolver o açúcar.
Gari
1. Cortar o gengibre em fatias bem finas.
2. Polvilhar com sal e deixar por 5 minutos para amolecer.
3. Lavar em água corrente para retirar o excesso de sal.
4. Colocar em uma panela com água o suficiente para cobrir o gengibre e levar ao fogo até ferver.
5. Retirar do fogo, escorrer a água e deixar esfriar.
6. Colocar amasu suficiente para cobrir o gengibre.
7. Deixar marinando até o dia seguinte.
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Tempurá
Tempura é um prato clássico da cozinha japonesa. Consiste de pedaços fritos de vegetais ou
frutos do mar envoltos em uma massa mole. A fritura é realizada em óleo muito quente,
durante apenas cerca de dois ou três minutos. O valor nutricional dos alimentos é mantido
devido a técnica utilizada e dada uma textura crocante ao alimento.
O tempura foi introduzido no Japão por missionários portugueses ativos particularmente na
cidade de Nagasaki (cidade fundada por portugueses no séc XVI). A palavra tempura poderia
ter sido derivada tanto da palavra portuguesa “tempero”, como de “têmpora” - dias de jejum
religioso tais como a Quaresma (chamada em latim de Quadragesima tempora) nos quais os
católicos portugueses não comiam carne e fritavam empanados de legumes e peixes.
Água gelada qb -
Tempurá individual
Palito de dente qb -
Sakura
1. Pegar um pequeno punhado de Somen e segurado o feixe, mergulhar a ponta (cerca de 2 cm) de um
dos lados na massa. Mergulhar somente a ponta com massa no óleo. Repetir por 2 ou 3 vezes.
2. Na última vez, soltar o feixe todo na wok. Salpicar a massa por cima.
Montagem
1. Colocar o Sakura apoiado em umá pequena porção de tempurá.
Colocar o restante de tempurá na frente do Sakura.
2. Servir com molho Tentsuyu.
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Tempurá misto
Vagem 4 unid
Molho Tentsuyu
Hondashi 0,010 kg
Nabo 0,030 kg
Gengibre 0,010 kg
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Conteúdo
. Identificar produtos da cozinha japonesa
. Cortes de Sashimi
. Elaboração de diferentes sushis
Produções
. Combinado:
. Sashimi
. Sushis: Nigirizushi, Uramaki, Hossomaki, Gunkan maki, Temaki
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Wassabi
Wassabi 0,015 kg
Àgua qb -
Sashimi
ingredientes quantidade unidade
Atum fresco - -
Salmão fresco - -
Nabo - -
Sashimi
1. Fazer um montinho com o nabo cortado em fios.
2. Pousar a folha de alface em ângulo de 45º.
3. Fatiar o atum e o salmão.
4. Arrumar os Netas (fatias de peixe) sobre a folha de alface.
5. Dispor o wassabi e o gari escorrido ao lado.
6. Servir com shoyu.
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Sushi:
Nigirizushi, Hosomaki, Uramaki, Gunkan maki.
Para o preparo de sushis, usa-se o Tezu: uma mistura de água, vinagre de
arroz e uma pitada de sal. Usa-se para umedecer os utensílios e as mãos
durante o preparo do sushi.
Gergelim branco qb -
Gergelim preto qb -
Wassabi 0,015 kg
Papel filme qb -
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Nigiri
Gunkan maki
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Temaki zushi
Nori 1 folha
Cebolinha 1 talo
Wassabi 0,008 kg
Gergelim 0,005 kg
Wassabi
1. Colocar o pó de wassabi em uma xicara.
2. Colocar MUITO POUCO de água filtrada e misturar bem. O resultado final é uma pasta densa.
3. Deixar a xícara emborcada até a utilização. Dessa maneira intensifica o aroma e sabor do wassabi.
Temaki
1. Cortar a cebolinha em fatias finas.
2. Cortar o peixe em tiras e depois em pedaços pequenos (como tartar). Misturar a cebolinha picada.
3. Colocar o nori, bem seco, na mão esquerda.
4. Umedecer a mão com o tezu e pegar o shari.
5. Colocar o shari na metade esquerda do nori deixando um triangulo sem shari no canto superior
esquerdo.
6. Pincelar o wassabi e polvilhar o gergelim torrado.
7. Dispor a alface e o salmão. Colocar uma porção maior na parte que ficará para cima do temaki.
8. Pegar a ponta do nori do canto inferior esquerdo e levar para o final do shari no canto superior
direito, enrolando e apertando para fechar.
9. Fechar o cone com um grão de shari.
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Avaliação Escrita
Avaliação Prática
Produções
. Yakisoba
. Hiyashi chuka
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Yakissoba
No Japão, o termo yakissoba (yaki = assar, grelhar, soba = macarrão), refere-se
normalmente ao molho yakisoba, isto é, um prato muito simples, feito de macarrão
refogado com legumes e carnes, temperados com um molho específico com sabor similar
ao molho inglês, porém mais espesso. Apesar de sua origem chinesa, o yakissoba criou
raízes no Japão e, atualmente, é tão popular, que aparece obrigatoriamente em festas
populares de rua, nos supermercados ou lojas de conveniência, nos tradicionais obentô
(refeições prontas), e é uma prática e saborosa opção de cardápio nos lares japoneses.
O molho yakisoba é tão apreciado no arquipélago, que é utilizado como
acompanhamento de vários outros pratos, como o hiroshima-yaki (okonomiyaki ou pizza
japonesa, típica de Hiroshima, recheada com yakissoba), yakisoba-pan (sanduíche de
yakissoba), soba-meshi (arroz refogado com yakissoba), omu-soba (omelete recheada
com yakissoba), etc. Além do molho yakisoba, existem outras variedades de yakissoba no
Japão, como o gomoku yakisoba, mais parecido com o yakissoba consumido no Brasil,
que consiste em macarrão refogado no óleo, com ankake (cobertura) de legumes e
carnes, refogados e temperados com um molho encorpado, à base de shoyu; e o kata-
yakisoba (kata = duro), macarrão frito e crocante com ankake.
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Modo de preparo
Yakissoba
Pré preparo
1. Cortar as carnes em êmince. Temperar levemente com sal e pimenta. Reservar.
2. Cortar a cenoura e o bambu em lâminas, a cebola em pétalas , o pimentão em julienne.
Resevar em separado.
3. Cortar a parte branca da acelga em 3 cm. Reservar separado: a parte branca das verdes.
4. Cortar o brócolis em floretes. Reservar.
5. Cozinhar o macarrão por cerca de 7 minutos (ou até ficar cozido) e escorrer .
Aquecer uma wok e fritar o macarrão - em disco.
Colocar em um prato e reservar.
Preparo
1. Colocar o óleo na wok e saltear as carnes. Retirar as carnes e reservar.
2. Na wok colocar óleo e em seguida o alho.
Acrescentar os itens: brócolis, cenoura, cebola, acelga (parte branca), broto de bambu,
pimentão, champignon, acelga (parte verde).
3. Juntar as carnes reservadas e o fundo.
4. Esperar 40 segundos e temperar com molho de soja, sake, pimenta e molho de ostra.
5. Preparar e acrescentar o slurry. Cozinhar para espessar.
6. Desligar o fogo e adicionar o óleo de gergelim torrado.
7. Verter os vegetais sobre o macarrão e servir quente.
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fonte: hashitag.com.br
Ovo 3 unid
Caldo
Água (para o Dashi) 0,090 litro
“Hondashi” 0,005 kg
Açúcar 0,004 kg
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Misso 0,015 kg
Açucar qb -
Modo de preparo
Pré preparo
Caldo
1. Misturar todos os ingredientes com ajuda de um fouet. Reservar.
Montagem
1. Dividir o macarrão em dois pratos e regar com o caldo.
2. Dispor as tiras de pepino, presunto, kani, omelete e as metades de tomate.
3. Colocar a mostarda em um canto do prato.
4. Servir com o molho de gergelim e misso à parte.
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Receita Anexa
Lamen
São três os modos de temperar o caldo de Ramen (Lamen): Sal ou Shio-Ramen, molho de soja ou
Shoyu-Ramen e pasta de soja ou Miso-Ramen.
Shio-Ramen Levar ao fogo o caldo básico, deixar ferver. Acrescentar saquê, sal (10 g : 1,5 litro),
pimenta do reino em pó, óleo de gergelim, shoyu e katsuboshi (peixe seco) e molho de ostra. O caldo deve
estar um pouco salgado ao paladar, quando for provado sem o macarrão, isto é, quando ele estiver “correto”
significa que vai faltar um pouco de sal quando acrescentados outros ingredientes.
Shoyu-Ramen Levar ao fogo o caldo básico, deixar ferver. Acrescentar “shoyu”, “mirin” ou saquê,
sal (muito pouco), pimenta do reino, óleo de gergelim, “pó de peixe seco” e opcionalmente, molho de ostra. A
exemplo de “Shio-Ramen”, o caldo deve estar um pouco “salgado” ao paladar.
Miso-Ramen Levar ao fogo o caldo básico, deixar ferver. Acrescentar o mrin, o katsuoboshi e
ferver mais uns 2 minutos. Coar, voltar ao fogo baixo e acrescentar o missô e o oleo de gergelim.
Opcionalmente, os caldos podem ser acrescidos de alho e/ou cebola refogados, sendo o primeiro, bem
dourado, enquanto a segunda deve ser levemente dourada. E devem ser colocados desde o início.
Lombo
ingredientes quantidade unidade
Sal 0,002 kg
Barbante qb -
Caldo
ingredientes quantidade unidade
Caldo de frango 0,500 litro
Costelinha suina 1 unid
Shoyu 0,015 litro
Mirin 0,010 litro
Óleo de gergelim 0,003 litro
Glutamato monossódico qb -
Sal qb -
Pimenta-do-reino branca moída qb -
1. Selar a costelinha com muito pouco óleo para não engordurar o caldo.
2. Acrescentar o restante dos ingredientes ao fogo e deixar até levantar fervura. Escumar, se necessário.
3. Retirar e reservar.
Lamen
Lamen (de preferência fresco) 0,150 kg
Ovo 1 unid
Kamaboko (fatias de 3 mm) 6 fatia
Nori 1/2 folha
Moyashi 0,050 kg
Missô 0,050 kg
Cebolinha verde fresca (parte verde) 1 talo
Montagem
1. Dividir o lamen em 2 domburis e dispor o moyashi por cima.
2. Aquecer o caldo e dissolver o missô. (não pode ferver)
3. Dispor as fatias de kamaboko e as fatias de lombo em volta do moyashi.
4. Colocar a caldo delicadamente no domburi.
5. Dispor as folhas de nori cortadas, metade do ovo e salpicar a cebolinha.
6. Servir imediatamente.
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Referência Bibliográfica
KAZUKO, E. Culinária Japonesa – receitas especiais fáceis de fazer. São Paulo: Publifolha, 2008.
Fascículos. Menu - Cozinha Internacional Japonesa. São Paulo: Editora Tres.
KONISHI, K. Cozinha Japonesa. São Paulo : Art Editora Ltda , 1983.
FUKUOKA, Y. Cozinha Japonesa – uma versão saudável da culinária tradicional. São Paulo: MarcoZero, 2008.
Sites:
http://www.culturajaponesa.com.br
http://www.zashi.com.br
http://www.nippo.com.br
http://www.hashitag.com.br
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