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SANTARÉM – PA
2018
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Introdução
O filme que se passa na cidade de los angeles nos Estados Unidos em uma época
bem conturbada quanto as questões voltadas a tolerância social, cultural, religiosa, isso
se deve ao fato do longo retratar uma história que na linha cronológica se passa logo após
o atentado terrorista de 11 de setembro de 2001, fato que abalou a estrutura da sociedade
americana, deixando uma lacuna que até hoje ainda não foi preenchida com a brutalidade
dos acontecimentos fatídicos deste atentado.
O mesmo acontece de forma parecida com o policial Jhon Ryan, que em uma
abordagem de rotina foi o agressor que revista abusivamente Christine na presença de seu
marido negro, que é passivo a situação não denunciando o ato dor policial por ter medo
de ser exposto nos jornais e ser comparado com negros, demonstrando neste caso
vergonha de suas próprias origens. Logo depois Ryan é exposto a uma situação
completamente inversa, fragilizado pela situação em que estava seu pai extravasou seu
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preconceito ao pedir ajuda “Não posso olhar para você sem pensar nos 5 ou 6 homens
brancos mais qualificados que não estão em seu lugar” .
Crash – no limite é um filme muito bem elaborado, que consegue unir vários
contextos para exemplificar a identidade do ser humano, tudo o que está implícito
mostrando todo o tipo de preconceito a sociedade pragmática americana, a ética
individual dos cidadãos atuais que apesar de esconde-los com a modernidade em alguns
momentos intensos acabam por reproduzi-los mesmo que por impulsividade, suas
contradições e as respostas a essas situações. Geralmente, a principal fonte de proteção é
manter todo este preconceito implícito, mantendo-o em silêncio, ou seja, não o tratando
pessoalmente e socialmente. Supor que ele não existe ou não que não possuímos
responsabilidades sobre eles, assim, equivocadamente, passa-se a acreditar que eles são
valores naturais dos seres humanos. O filme é marcado por várias cenas pela sua
violência, das mais diversas formas de preconceito existentes, o falso sonho americano,
em muitas delas o diretor trata sobre diferentes temas sociais com os quais as pessoas por
várias vezes não conseguem lidar, pois não querem se sentir responsáveis pelos efeitos
de suas ações. O diretor não propõe uma resposta para as perguntas apresentadas no filme
mas provoca o espectador a fazer uma reflexão sobre como esse capitalismo mecânico
leva o indivíduo a se sabotar. Neste contexto, há uma troca de valores, fazendo com que
os indivíduos na busca por uma posição maior, deixem de conviver com harmonia para
competir. Sendo assim, adotam como parte desse meio diminuir o outro para alcançar
mais rápido este objetivo. Trazendo para parte que sofre com estes rótulos parte da culpa
pela discriminação, por também ajudar a difundir o preconceito, apesar de ser mera vítima
dele.
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Conclusão
Tudo isso que foi percebido no enredo do longa coopera para uma grande perda
cultural e social, onde poder-se-ia tirar proveito dessas diversidades para um bem maior,
sem menosprezar ou julgar os outros pela sua maneira de ser, pela sua cor, pela sua cultura
e etc. No entanto parece que essa questão está cada vez mais distante, onde a intolerância
parece sempre falar mais alto.
Assim, diante de tudo o que o filme pode mostrar, mesmo o enredo do mesmo
ter se passado nos estados Unidos, os temas ali apresentados podem ser claramente
encontrados em nosso dia a dia, aqui mesmo no Brasil, A ausência de ética, a intolerância
e a inalteridade têm aumentado o clima de tensão, em uma sociedade marginalidade, onde
o preconceito fala sempre mais alto, muito por falta de investimento de políticas públicas
que colaborem para a inclusão de todas as mazelas da sociedade que vivem sem acesso a
sistemas públicos básicos que proporcionariam sem dúvida a formação de uma sociedade
mais justa e igualitária. Movimentos separatistas – que difundem o racismo, a xenofobia
e a discórdia; corrupção, e abuso de poder por parte da polícia – que deveria servir a
sociedade; escanda-los envolvendo nossos representantes – que tem a obrigação de zelar
pelo povo, acarretam perdas a população e proporcionam um congelamento em toda e
qualquer política inclusiva, solidária, ética e justa.
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Referências
LIMITE, Crash – No. Direção: Paul Haggis. Imagem Filmes. Estados Unidos,
2004. 1h52min. Son, color. Formato 35mm.