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Certa vez acompanhei uma cena familiar que me fez refletir bastante. Um casal
tentou de todas as formas mostrar um filme para um amigo visitante, mas não tiveram
sucesso porque o filho de quatro anos não permitiu. Não porque o menino queria ver
outra coisa na televisão naquele momento, mas porque estava chateado com os pais e
daí resolveu que ninguém iria a ligar a TV. E não ligaram. Lógico, pais e visitante sem
graça diante de uma criança de quatro anos que naquele momento se fez o imperador da
casa.
Mesmo sendo uma pequena reflexão uma coisa ficou clara: a Palavra de Deus
tem uma proposta no que diz respeito à educação dos filhos e sua respectiva relação
com os pais. Os pais tem o dever de educar, corrigir, de colocar limites. Os filhos tem o
dever de obedecer aos pais, de honrá-los como ordena o 4º mandamento. Mas assim que
fechei a Bíblia outra questão me veio à mente: e os pais que não acreditam na Bíblia,
que preferem outras “pedagogias”? Pedagogia? Quem sabe esta palavra, pedagogia, tem
alguma coisa a nos oferecer, independente de se crer ou não na Bíblia?
Fui então fazer minhas interrogações não mais nas páginas bíblicas, mas, num
dicionário etimológico. Lá encontrei o seguinte: pedagogia vem de pedagogo, palavra
de origem grega, que por sua vez está ligada ao vocábulo paidia, que significa criança
ou adolescente. Pedagogo, portanto, era a pessoa responsável de levar a criança para ser
educada. O pedagogo na verdade não ensinava, não era professor. Literalmente,
paidagogos, como se diz em grego (paidós = criança ou jovem, agogé = condução),
significa “condutor de jovens”1. O pedagogo era muitas vezes um escravo responsável
de conduzir o jovem até seu mestre, e se necessário tinha o direito de obrigar até pela
força que o educando chegasse até seu professor.
1
Cfr. G. Schneider, παιδαγωγός, in H. Balz – G. Schneider, ed., Dizionario Esegetico del Nuovo
Testamento, Brescia 2004.