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Aula 03

Obras Hídricas p/ Perito Polícia Federal (Engenharia Civil)


Professor: Marcus Campiteli

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Saneamento PF/2016
Teoria e Questões
Prof. Marcus Campiteli Aula 3

AULA 3: REDE E TRATAMENTO DE


ESGOTAMENTO

SUMÁRIO PÁGINA

CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 1

1. INTRODUÇÃO 2

2. UNIDADES CONSTRUTIVAS 4

3. PROJETO DA REDE COLETORA DE ESGOTO 5

3.1 - Requisitos do Projeto 6

3.2 - Atividades para elaboração do Projeto 10

3.3 - Dimensionamento hidráulico 11

3.4 - Disposições Construtivas 13

4. ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO


15
SANITÁRIO

4.1 - Definições 16

4.2 - Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) 19

4.3 - Níveis de Tratamento de Esgotos Domésticos 21

4.4 - Unidades de uma ETE 31

5. QUESTÕES COMENTADAS 32

6. QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA 08349938480

62

7. GABARITO 73

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 74

Olá pessoal,

Esta é a nossa aula de Sistemas de Esgotamento (Coleta,


Tratamento e Lançamento de Esgoto). Bons estudos!

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COLETA, TRATAMENTO E LANÇAMENTO DE ESGOTO

1 – INTRODUÇÃO

O sistema de esgoto sanitário é o conjunto de obras e


instalações destinadas a propiciar a coleta, afastamento,
condicionamento (tratamento) e disposição final do esgoto sanitário
de uma comunidade, de forma contínua e higienicamente segura.

Adotam-se as seguintes definições:

a) águas residuárias: despejos líquidos ou efluentes de


comunidades. Compreendem o esgoto doméstico, os despejos
industriais e as águas pluviais.

b) águas imundas: águas residuárias que contêm dejetos


(matéria fecal).

c) águas servidas: efluentes que resultam das operações de


limpeza e de lavagem.

d) esgoto doméstico: despejos líquidos das habitações,


estabelecimentos comerciais, instituições e edifícios públicos e
também instalações sanitárias de estabelecimentos industriais.
Incluem as águas imundas ou negras e as águas servidas. É
resultante do uso da água na higiene e necessidades fisiológicas
humanas. 08349938480

e) Despejos: refugos líquidos dos edifícios, excluídas as águas


pluviais.

f) Esgoto industrial: efluentes das operações industriais, ou


seja, de água utilizada nos processos industriais.

g) Água de infiltração: parcela das águas do subsolo que


penetra nas canalizações de esgoto.

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h) Águas pluviais: parcela das águas das chuvas que escoa


superficialmente.

i) Contribuição pluvial parasitária: parcela das águas


pluviais absorvida pela rede coletora de esgoto.

j) Esgoto sanitário: despejo líquido constituído de esgotos


domésticos e industrial, água de infiltração e contribuição pluvial
parasitária.

k) Sistema unitário de esgotamento: sistema de esgoto em


que as águas pluviais e o esgoto sanitário escoam na mesma
canalização.

l) Sistema separador absoluto: compreende dois sistemas


distintos de canalizações, um exclusivo para esgoto sanitário e outro
destinado às águas pluviais (adotado no Brasil).

m) Sistema separador parcial ou sistema misto: também


compreende dois sistemas de canalizações, porém, é considerada a
introdução de uma parcela definida de águas pluviais nas
canalizações de esgoto sanitário (águas pluviais que se originam em
áreas pavimentadas internas, terraços e telhados de edifícios).

2 – UNIDADES CONSTRUTIVAS

Um sistema de esgoto sanitário compreende:


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- canalizações: coletores (secundários, principais e troncos),


interceptores e emissários;

- órgãos acessórios: poço de visita, tubo de inspeção e


limpeza, terminal de limpeza, caixa de passagem, sifão invertido e
passagem forçada;

- estações elevatórias;

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- estações de tratamento;

- obras de lançamento final e corpo receptor.

Na concepção do sistema, a delimitação da área de


planejamento, bem como de suas bacias contribuintes, deve
obedecer às condições naturais do terreno, desconsiderando a divisão
político-administrativa.

3 – PROJETO DA REDE COLETORA DE ESGOTO (NBR 9649)

A NBR 9649 adota as seguintes definições:

Ligação predial: Trecho do coletor predial compreendido entre


o limite do terreno e o coletor de esgoto.

Coletor predial: Canalização que conduz o esgoto sanitário


dos edifícios até a rede de esgoto.

Coletor de esgoto: Tubulação da rede coletora que recebe


contribuição de esgoto dos coletores prediais em qualquer ponto ao
longo de seu comprimento.

Coletor principal: Coletor de esgoto de maior extensão dentro


de uma mesma bacia.

Coletor tronco: Tubulação da rede coletora que recebe apenas


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contribuição de esgoto de outros coletores.

Corpo receptor: coleção de água ou solo que recebe o esgoto


sanitário em estágio final.

Emissário: Tubulação que recebe esgoto exclusivamente na


extremidade de montante.

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Estações elevatórias: Instalações eletromecânicas e obras


civis destinadas ao transporte do esgoto sanitário do poço de sucção
das bombas ao nível de descarga do recalque.

Rede coletora: Conjunto constituído por ligações prediais,


coletores de esgoto, e seus órgãos acessórios.

Trecho: Segmento de coletor, coletor tronco, interceptor ou


emissário, compreendido entre singularidades sucessivas; entende-se
por singularidade qualquer órgão acessório, mudança de direção e
variações de seção, de declividade e de vazão quando significativa.

Órgãos acessórios: dispositivos fixos desprovidos de


equipamentos mecânicos, construídos em pontos singulares da rede
de esgoto. São eles: poço de visita, tubo de inspeção e limpeza,
terminal de limpeza, caixa de passagem, sifão invertido e passagem
forçada.

- Poço de visita (PV): Câmara visitável através de abertura


existente em sua parte superior, destinada à execução de trabalhos
de manutenção.

- Tubo de inspeção e limpeza (TIL): Dispositivo não visitável


que permite inspeção e introdução de equipamentos de limpeza.

- Terminal de limpeza 08349938480


(TL): Dispositivo que permite
introdução de equipamentos de limpeza, localizado na cabeceira de
qualquer coletor.

- Caixa de passagem (CP): Câmara sem acesso localizada em


pontos singulares por necessidade construtiva.

- Sifão invertido: Trecho rebaixado com escoamento sob


pressão, cuja finalidade é transpor obstáculos, depressões do terreno
ou cursos d’água.

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- Passagem forçada: Trecho com escoamento sob pressão,


sem rebaixamento.

Profundidade: Diferença de nível entre a superfície do terreno


e a geratriz inferior interna do coletor.

Recobrimento: Diferença de nível entre a superfície do terreno


e a geratriz superior externa do coletor.

Tubo de queda: Dispositivo instalado no poço de visita (PV),


ligando um coletor afluente ao fundo do poço.

Coeficiente de retorno: Relação média entre os volumes de


esgoto produzido e de água efetivamente consumida.

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Sistema Convencional de Esgoto.


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EEE – Estação Elevatória de Esgoto

Fonte: Sandro Filippo (IME)

3.1 - Requisitos do Projeto

O levantamento planialtimétrico da área de projeto e de


suas zonas de expansão deve ser apresentado em escala mínima de

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1:2000, com curvas de nível de metro em metro e pontos cotados


onde necessários.

A planta topográfica deve indicar, pelo menos, o arruamento,


as curvas de nível, as cotas de pontos característicos (cruzamentos
de ruas), os talvegues, a rede existente eventual, os cursos d’água
ou outros locais de descarga do esgoto coletado e as interferências ao
caminhamento dos coletores, tais como adutoras e galerias.

A planta deve ser apresentada com escala mínima de


1:10000, onde estejam representadas em conjunto as áreas das
bacias de esgotamento de interesse para o projeto.

Dave haver o levantamento de obstáculos superficiais e


subterrâneos nos logradouros onde, provavelmente, deve ser traçada
a rede coletora, assim como o levantamento cadastral da rede
existente.

Deve-se realizar sondagens de reconhecimento para


determinação da natureza do terreno e dos níveis do lençol freático.

a) Traçados da Rede

O traçado da rede de esgotos está diretamente relacionado à


topografia da cidade, uma vez que o escoamento se processa
segundo o caimento do terreno.
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Para definição do traçado da rede coletora, primeiramente,


identificam-se os divisores de água e os talvegues. Com isso, loca-se
o ponto de lançamento final dos esgotos na planta. Em seguida,
locam-se os condutos principais, canalizações interceptoras e
emissárias, focando a redução das dimensões às menores possíveis,
em todos os níveis.

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Definida essa concepção geral do projeto, parte-se para o


projeto dos coletores secundários. A princípio, todas as ruas deverão
possuir coletores de esgotos. Com isso, o traçado de uma rede terá
forma similar ao das vias públicas, em combinação com a topografia,
geologia e hidrologia da área.
O traçado, de acordo com a sua forma, classifica-se em:
perpendicular, leque, interceptor, zonal ou distrital e radial.

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Fonte: Sandro Filippo (IME)

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- Traçado perpendicular: é indicado para cidades atravessadas


ou circundadas por cursos de água e compõe-se de vários
coletores-tronco independentes, com traçado mais ou menos
perpendicular ao curso de água. Um interceptor marginal deverá
receber esses coletores, levando os efluentes ao destino adequado. A
conformação topográfica acarreta a existência de diversos coletores
principais, aproximadamente perpendiculares ao interceptor.

- Traçado em leque: é próprio para terrenos acidentados. Os


coletores troncos correm pelos fundos dos vales ou pela parte baixa
das bacias e nele incidem os coletores secundários, com um traçado
em forma de leque ou fazendo lembrar uma espinha de peixe.

- Traçado radial ou distrital: é característico de cidades planas. A


cidade é dividida em distritos ou setores independentes; em cada um
criam-se pontos baixos, para onde são dirigidos os esgotos. Dos
pontos baixos, o esgoto é recalcado, ou para o distrito vizinho, ou
para o destino final.

3.2 - Atividades para elaboração do Projeto

a) Delimitação das bacias e sub-bacias de esgotamento cujas


contribuições podem influir no dimensionamento da rede, inclusive as
zonas de expansão previstas, desconsiderando os limites políticos
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administrativos.

b) Delimitação da área do projeto.

c) Fixação do início de operação da rede e determinação do


alcance do projeto e respectivas etapas de implantação para as
diversas bacias de esgotamento.

d) Cálculo das taxas de contribuição inicial e final

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e) Traçado da rede, interligações com a rede existente, se


prevista sua utilização, e posição dos outros componentes do sistema
em relação à rede.

f) Verificação da capacidade da rede existente, se prevista sua


utilização.

g) Dimensionamento hidráulico da rede e seus órgãos


acessórios.

h) Desenho da rede coletora e de seus órgãos acessórios.


Devem ser localizadas em planta as contribuições industriais e outras
contribuições singulares.

i) Relatório de apresentação do projeto contendo no mínimo:

- apreciação comparativa em relação às diretrizes da concepção


básica;

- cálculo hidráulico;

- aspectos construtivos;

- definição dos tubos, materiais e respectivas quantidades;

- especificações de serviços;

- orçamentos;
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- aspectos de operação e manutenção;

- desenhos.

3.3 - Dimensionamento hidráulico

Os coletores, interceptores e emissários são projetados para


funcionar como condutos livres.

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Para todos os trechos da rede devem ser estimadas as vazões


inicial e final (Qi e Qf).

Inexistindo dados pesquisados e comprovados, com validade


estatística, recomenda-se como a menor valor de vazão 1,5 L/s
em qualquer trecho, que corresponde ao pico instantâneo
decorrente de descarga do vaso sanitário.

Os diâmetros a empregar devem ser os previstos nas normas e


especificações brasileiras relativas aos diversos materiais, o menor
não sendo inferior a DN 100.

A declividade de cada trecho da rede coletora não deve ser


inferior à mínima admissível e nem superior à máxima calculada
segundo o critério dos parágrafos seguintes.

Cada trecho deve ser verificado pelo critério de tensão trativa


média de valor mínimo t = 1,0 Pa, calculada para vazão inicial (Qi),
para coeficiente de Manning n = 0,013. A declividade mínima que
satisfaz essa condição pode ser determinada pela expressão
aproximada: Iomín. = 0,0055.Qi - 0,47, sendo Iomín. em m/m e Qi
em L/s.

Para coeficiente de Manning diferente de 0,013, os valores de


tensão trativa média e declividade mínima a adotar devem ser
justificados.
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A máxima declividade admissível é aquela para a qual se


tenha velocidade final = 5 m/s, a fim de evitar erosão da
tubulação.

Quando a velocidade final é superior à velocidade crítica, a


maior lâmina admissível deve ser reduzida para 50% do diâmetro do
coletor, assegurando-se a ventilação do trecho. Isso decorre da

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possibilidade de emulsão de ar no líquido, aumentando a área


molhada no conduto.

A velocidade crítica é definida por: vc = 6 (g.RH)1/2 ,onde g =


aceleração da gravidade e RH = raio hidráulico.

As lâminas d’água devem ser sempre calculadas


admitindo o escoamento em regime uniforme e permanente,
sendo o seu valor máximo, para vazão final (Qf), ≤ a 75% do
diâmetro do coletor (lâmina de água máxima igual a 0,75.do).

A parte superior dos condutos destina-se à ventilação do


sistema e às imprevisões e flutuações excepcionais de nível.

A declividade da linha de energia equivale à declividade do


conduto e é igual à perda de carga unitária.

Sempre que a cota do nível d’água na saída de qualquer PV ou


TIL está acima de qualquer das cotas dos níveis d’água de entrada,
deve ser verificada a influência do remanso no trecho de montante.

3.4 - Disposições construtivas

Devem ser construídos poços de visita (PV) em todos os pontos


singulares da rede coletora, tais como no início de coletores, nas
mudanças de direção, de declividade, de diâmetro e de material, na
reunião de coletores e onde há degraus.08349938480

Garantidas as condições de acesso de equipamento para


limpeza do trecho a jusante, pode ser usada caixa de passagem (CP)
em substituição a poço de visita (PV), nas mudanças de direção,
declividade, material e diâmetro, quando possível a supressão de
degrau.

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As caixas de passagem (CP) podem ser substituídas por


conexões nas mudanças de direção e declividade, quando as
deflexões coincidem com as dessas peças.

As posições das caixas de passagem (CP) e das conexões


utilizadas devem ser obrigatoriamente cadastradas.

Terminal de limpeza (TL) pode ser usado em substituição a


poço de visita (PV) no início de coletores.

Tubo de inspeção e limpeza (TIL) pode ser usado em


substituição a poço de visita (PV), nos casos previstos acima e nos
seguintes casos:

a) na reunião de até dois trechos ao coletor (três entradas e


uma saída);

b) nos pontos com degrau de altura inferior a 0,50 m;

c) a jusante de ligações prediais cujas contribuições podem


acarretar problema de manutenção.

O Poço de Visita (PV) deve ser obrigatoriamente usado nos


seguintes casos:

a) na reunião de mais de dois trechos ao coletor;

b) na reunião que exige colocação de tubo de queda;


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c) nas extremidades de sifões invertidos e passagens forçadas;

d) nos casos previstos anteriormente quando a profundidade for


maior ou igual a 3,00 m.

O Tubo de Queda deve ser colocado quando o coletor afluente


apresentar degrau com altura maior ou igual a 0,50 m.

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As dimensões dos poços de visita (PV) devem se ater aos


seguintes limites:

a) tampão: diâmetro mínimo de 0,60m;

b) câmara: dimensão mínima em planta de 0,80 m.

A distância entre PV, TIL ou TL consecutivos deve ser limitada


pelo alcance dos equipamentos de desobstrução.

O fundo de PV, TIL e CP deve ser constituído de calhas


destinadas a guiar os fluxos afluentes em direção à saída.
Lateralmente, as calhas devem ter altura coincidindo com a geratriz
superior do tubo de saída.

O recobrimento não deve ser inferior a 0,90 m para coletor


assentado no leito da via de tráfego, ou a 0,65 m para coletor
assentado no passeio. Recobrimento menor deve ser justificado.

A rede coletora não deve ser aprofundada para atendimento de


economia com cota de soleira abaixo do nível da rua. Nos casos de
atendimento considerado necessário, devem ser feitas análises da
conveniência do aprofundamento, considerados seus efeitos nos
trechos subsequentes e comparando-se com outras soluções.

4 – ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO


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A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) é o conjunto de


unidades de tratamento, equipamentos, órgãos auxiliares, acessórios
e sistemas de utilidades, cuja finalidade é a redução das cargas
poluidoras do esgoto sanitário e condicionamento da matéria residual
resultante do tratamento.

Os principais componentes que devem ser retirados dos


esgotos sanitários são os sólidos suspensos, os compostos
orgânicos biodegradáveis e os organismos patogênicos. Outros

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componentes a serem removidos são os nutrientes (nitrogênio e


fósforo), os orgânicos refratários, os metais pesados e os sólidos
dissolvidos inorgânicos.

Os compostos orgânicos biodegradáveis reduzem a


concentração de oxigênio dissolvido na água devido à ação de
degradação desses compostos por microorganismos. Os compostos
orgânicos biodegradáveis são medidos pela Demanda Bioquímica de
Oxigênio - DBO e Demanda Química de Oxigênio - DQO.

Consideram-se os seguintes níveis de tratamento de esgotos


domésticos: preliminar, primário, secundário e terciário.

4.1 – Definições

Acessório (válvulas, comportas, medidores): Dispositivo


mecânico de regulagem, distribuição, interrupção ou medição do
fluxo.

Altura mínima de água: Altura da lâmina de líquido contido em


uma unidade de tratamento, medida a partir da superfície livre até o
final do paramento vertical das paredes laterais, quando a unidade
opera com sua vazão de dimensionamento.

Eficiência do tratamento: Redução percentual dos parâmetros de


carga poluidora promovida pelo tratamento.
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Fator de carga: Relação entre a massa de demanda bioquímica de


oxigênio (DBO5), fornecida por dia ao processo de lodos ativados e a
massa de sólidos em suspensão (SS), contida no tanque de aeração.

Idade do lodo ou detenção celular: Tempo médio, em dias, de


permanência no processo de uma partícula em suspensão;
numericamente igual à relação entre a massa de sólidos em

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suspensão voláteis (SSV) ou SS, contida no tanque de aeração, e a


massa de SSV (ou SS), descartada por dia com o excesso de lodo.

Lodo: Suspensão aquosa de substâncias minerais e orgânicas


separadas no processo de tratamento.

Lodo biológico: Lodo produzido em um processo de tratamento


biológico.

Lodo estabilizado: Lodo não sujeito à putrefação.

Lodo misto: Mistura de lodo primário e lodo biológico.

Lodo primário: Lodo resultante da remoção de sólidos em


suspensão do esgoto afluente à ETE.

Lodo seco: Lodo resultante de uma operação de desidratação.

Operação unitária: Procedimento de que resulta transformação


física do esgoto ou da matéria residual resultante do tratamento.

Órgão auxiliar (canais, caixas, vertedores, tubulações):


Dispositivo fixo no qual flui esgoto sanitário ou lodo.

Processo unitário: Procedimento de que resulta transformação


química ou biológica do esgoto ou da matéria residual resultante
do tratamento.
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Processo de tratamento: Conjunto de técnicas aplicadas em uma


ETE, compreendendo operações unitárias e processos unitários.

Relação alimento x microorganismos: Relação entre a massa de


DBO5, fornecida por dia ao processo de lodos ativados e a massa de
SSV, contida no tanque de aeração.

Relação de recirculação: Relação entre a vazão de recirculação e a


vazão média afluente à ETE.

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Sistema de utilidade (água potável, combate a incêndio,


distribuição de energia, drenagem pluvial): Instalação
permanente que supre necessidade acessória indispensável à
operação da ETE.

Taxa de aplicação hidráulica: Relação entre a vazão afluente a


uma unidade de tratamento e a área horizontal sobre a qual é
distribuída.

Taxa de aplicação de sólidos: Relação entre a massa de sólidos em


suspensão introduzida numa unidade de tratamento e a área sobre a
qual é aplicada, por unidade de tempo.

Taxa de escoamento superficial: Relação entre a vazão do


efluente líquido de uma unidade de tratamento e a área horizontal
sobre a qual é distribuída.

Taxa de utilização de substrato: Relação entre a massa de DBO5,


removida por dia no processo, e a massa de SSV, contida no tanque
de aeração.

Tempo de detenção hidráulica: Relação entre o volume útil de


uma unidade de tratamento e a vazão afluente.

Unidade de tratamento: Qualquer das partes de uma ETE cuja


função seja a realização de operação unitária ou processo unitário.
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Vazão máxima afluente à ETE: Vazão final de esgoto sanitário


encaminhada à ETE, avaliada conforme critérios da NBR 9649 e NBR
12207.

Vazão média afluente à ETE: Vazão final de esgoto sanitário


encaminhada à ETE, avaliada conforme critérios da NBR 9649 e NBR
12207, desprezada a variabilidade do fluxo (k1 e k2).

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Vazão de recirculação: Vazão que retorna de jusante para


montante de qualquer unidade de tratamento.

4.2 – Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO)

A DBO é um índice de concentração de matéria orgânica


presente em um volume de água e, por consequência, um indicativo
de seus efeitos na poluição. A DBO mede a quantidade de oxigênio
necessária para estabilizar biologicamente, por bactérias aeróbicas, a
matéria orgânica presente em um volume de água.

Nos esgotos são encontrados os seguintes tipos de bactérias:


aeróbias, anaeróbias e facultativas.

As bactérias aeróbias são as que retiram o oxigênio contido no


ar, seja diretamente da atmosfera, seja do ar dissolvido na água.
Essa ação bacteriana é chamada oxidação ou decomposição aeróbia.
A matéria orgânica, sob a ação dessas bactérias, é transformada em
alimento para as mesmas, processando-se ações bioquímicas com a
formação de produtos estáveis.

As bactérias anaeróbias retiram o ar que necessitam não do ar,


mas através de ações sobre compostos orgânicos ou inorgânicos que
contêm oxigênio, retirando-o de suas moléculas. Esse processo
denomina-se putrefação ou decomposição anaeróbia.
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As bactérias facultativas podem viver tanto em meios dos quais


possam retirar o oxigênio, como retirá-lo de substâncias que o
contêm.

Portanto, as bactérias aeróbias oxidam compostos nitrogenados


e carbonados transformando-os em compostos estáveis. Sem
oxigênio, não há condições para a estabilização da matéria orgânica
existente no esgoto. Essa necessidade de oxigênio para atender ao

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metabolismo das bactérias e a transformação da matéria orgânica


denomina-se Demanda Bioquímica de Oxigênio.

A determinação de DBO realiza-se medindo a quantidade de


oxigênio consumida em uma amostra do líquido a 20ºC, durante
cinco dias (DBO5,20ºC).

Por exemplo, se a DBO5,20ºC = 320 mg/litro ou 320 ppm,


significa dizer que os esgotos considerados na temperatura de 20ºC
retiram 320 mg de oxigênio por litro.

Nos esgotos domésticos a DBO5,20ºC varia entre 100 a 300


mg/L. Quando o tratamento é eficiente, a redução pode situar a
DBO5,20ºC entre 20 e 30 mg/L.

O grau de tratamento ou a eficiência do tratamento é a relação


pode ser expressa percentualmente entre a DBO5,20ºC após e antes do
tratamento do esgoto bruto.

4.3 – Níveis de Tratamento de Esgotos Domésticos

a) Tratamento Preliminar

Destina-se à remoção de sólidos grosseiros, detritos minerais


(areia), materiais flutuantes, óleos e graxas para proteção das
unidades de tratamento, equipamentos e tubulações subsequentes.
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Os principais dispositivos empregados no tratamento preliminar


são: grades, caixas de areia, tanques para remoção de sólidos
flutuantes e tanques para remoção de óleos e graxas.

O gradeamento destina-se a reter sólidos grosseiros em


suspensão e corpos flutuantes, constituindo-se na primeira unidade
de uma ETE. As grades podem ser:

- simples: de limpeza manual, para pequenas instalações;

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- mecanizadas: de limpeza mecânica, para grandes instalações.

As caixas de areia ou desarenadores são unidades destinadas a


reter areia e outros detritos minerais inertes e pesados.

A remoção de gorduras e sólidos flutuantes visa eliminar óleos,


graxas, gorduras, ceras e outros materiais de densidade inferior à da
água, oriundos de esgotos domésticos, postos de gasolina, garagens
e pequenos estabelecimentos industriais. Essas substâncias também
são denominadas de sólidos flutuantes, escuma ou gorduras.

Os principais dispositivos para remoção de gorduras e


sólidos flutuantes são:

- caixas de gordura domiciliares ou coletivas: antes do


lançamento na rede coletora;

- separador de óleo: indústrias e postos de gasolina;

- dispositivos de remoção de gordura em decantadores:


adaptados nos decantadores (tratamento primário em geral), que
permitem recolher o material flutuante em depósitos projetados para
o encaminhamento posterior às unidades de tratamento de lodo;

- tanques aerados: dispositivos que insuflam ar comprimido


ao tanque, ou ar dissolvido, com o fim de auxiliar a flotação e
aumentar a eficiência do processo. 08349938480

b) Tratamento Primário

Removem as impurezas sedimentares, sólidos em suspensão e


cerca de 40% da demanda bioquímica de oxigênio. Esses tratamentos
realizam-se nas estações depuradoras de esgotos e compreendem:

- tratamentos preliminares (grades, caixas de areia e


desarenadores);

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- decantação primária (sedimentação);

- digestão de lodo, anaeróbia ou aeróbia;

- secagem do lodo;

- remoção e destinação do lodo.

Os dispositivos mais empregados nas ETE de médias e grandes


vazões são os decantadores primários, empregados para remoção de
sólidos sedimentáveis antes de qualquer tratamento biológico, ou
para evitar a formação de depósitos de lodo nos corpos receptadores
quando não há tratamento posterior.

Nos decantadores primários ocorre a sedimentação floculenta,


em que as partículas em pequena concentração formam partículas
maiores e a velocidade de sedimentação cresce com o tempo. Nesses
decantadores são removidos entre 40% a 60% dos sólidos em
suspensão (SS) e reduz-se de 25 a 35% da DBO.

Comumente existem dispositivos para remover a gordura e a


escuma não removidos no tratamento preliminar. A escuma
normalmente vai para um poço de escuma e daí para os digestores.
O lodo acumulado é removido diretamente para os digestores ou para
adensadores de lodo, por bombeamento.

Os decantadores podem ser classificados:


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- pela forma: circular ou retangular;

- pelo fundo: pouco inclinado, inclinado (1 a 4%) ou fundo de


poço;

- pelo sistema de remoção de lodos: mecanizado ou de limpeza


manual;

- pelo sentido do fluxo: horizontal ou vertical.

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Fonte: Sandro Fillipo (IME)

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Fonte: <www.bishenambiental.com.br>

A taxa de escoamento superficial, medida em m3/m2.dia, é o


elemento mais importante para o dimensionamento dos
decantadores. Taxas muito elevadas resultam em pequeno % de

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redução da DBO e de sólidos suspensos enquanto taxas baixas


resultam em decantadores antieconômicos.

Para pequenas vazões, adotam-se as fossas sépticas e os


tanques Imhoff. Os sólidos sedimentáveis são removidos para o
fundo, permanecendo alguns meses, período suficiente para a sua
estabilização.

Fossa séptica. Fonte: <www.tigre.com.br>

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Funcionamento da Fossa Séptica


Fonte: NBR 7229

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Tanques Imhoff. Fonte: < www.techuniversal.es>

c) Tratamento Secundário

Também denominado de Tratamento Biológico, compreende a


remoção de matéria orgânica por atividade biológica através de:

- processo biológico aeróbio (oxidação);


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- processo de lodos ativados;

- decantação secundária ou final;

- valos de oxidação;

- lagoas de decantação;

- discos rotativos.

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Consegue-se uma redução na taxa de coliformes de até 96% e


na DBO de até 98%, de acordo com o sistema empregado.

Os processos biológicos baseiam-se na ação bacteriológica


sobre a matéria orgânica dos esgotos sanitários, que leva à sua
estabilização e formação de lodos imputrescíveis.

A unidade típica de tratamento secundário envolve um processo


biológico aeróbio seguido de decantação secundária, conforme a
seguir:

Fonte: Sandro Filippo (IME)

As unidades de tratamento biológico são constituídas de


dispositivos denominados reatores. Os reatores mais empregados nas
ETEs são: Lodo Ativado e Filtro Biológico.

Nos reatores ocorre a transformação da matéria orgânica em


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novos produtos pela ação das bactérias. Necessita-se de um


ambiente adequado para as bactérias, tais como: disponibilidade de
oxigênio livre, concentração adequada de nutrientes, temperatura e
pH.

Por fim, serão produzidos flocos biológicos, que serão


agregados a impurezas em suspensão. Esses flocos serão retirados

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nos decantadores secundários, também denominados decantadores


finais, formando, então, o lodo secundário.

c.1) Filtro Biológico

No interior da unidade há um meio de enchimento, que pode


ser de pedra britada, anel plástico ou colmeia plástica, onde se fixam
os microorganismos responsáveis pela transformação da matéria
orgânica.

O processo é caracterizado pela alimentação e percolação


contínua de esgoto através do meio suporte. A continuidade da
passagem dos esgotos nos interstícios promove o crescimento e a
aderência da massa biológica na superfície do meio suporte. Esta
aderência é favorecida pela predominância de colônias gelatinosas,
denominadas de zoogleas, mantendo suficiente período de contato da
biomassa com o esgoto.

É necessário a colocação de decantador secundário após o filtro


biológico, pois a biomassa agregada ao material de enchimento se
desprende com o tempo, devido ao próprio aumento na espessura da
camada biológica e também à ação do líquido sobre a camada.

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Fonte: <www.revistatae.com.br>

Os Filtros Biológicos classificam-se em função da carga


aplicada, conforme a seguir:

- Filtros Grosseiros: cargas hidráulicas elevadas > 30


m3/m2.dia;

- Filtros de Alta Capacidade: carga entre 8,5 e 28 m3/m2.dia;

- Filtros de Baixa Capacidade: carga entre 0,8 e 2,2 m3/m2.dia.


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c.2) Lodos Ativados

São flocos formados pelo crescimento de bactérias e outros


organismos na presença de oxigênio dissolvido no líquido a tratar.

O processo de lodos ativados é biológico.

O esgoto afluente e o lodo ativado são intimamente misturados,


agitados e aerados, para, em seguida, serem separados no

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decantador secundário. O lodo ativado separado é recirculado no


tanque de aeração para a manutenção da concentração de
microorganismos.

O excesso de lodo é retirado para tratamento específico e


destino final, enquanto o esgoto já tratado (efluente sobrenadante)
passa para o vertedor do decantador no qual ocorreu a separação. A
aeração pode ser por agitação mecânica (aeradores de superfície),
dispersão de ar ou combinação dos 2 sistemas.

Fonte: <www.revistatae.com.br>

d) Tratamento Terciário

São tratamentos para situações especiais, que se destinam a


completar o tratamento secundário sempre que as condições locais
exigirem um grau de depuração excepcionalmente elevado (devido
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aos usos e reusos das águas receptoras) e também para os casos em


que seja necessária a remoção de nutrientes dos efluentes finais,
para evitar a proliferação de algas no corpo de água receptor
(fenômeno da eutroficação).

Os principais processos empregados para Tratamento Terciário


são:

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- Lagoas de Maturação: refinamento do tratamento prévio por


lagoa de estabilização, com a finalidade de reduzir bactérias, sólidos
dissolvidos, nutrientes etc.

- Desinfecção: através da cloração, ozonização, radiação


ultravioleta etc.

- Processos de Remoção de Nutrientes.

- Filtração Final.

4.4 – Unidades de uma ETE

Uma ETE de média e grande vazão costuma apresentar as


seguintes unidades:

a) Tratamento da fase líquida: Grade, Caixas de Areia,


Medidor de Vazão, Decantador Primário, Unidade de Tratamento
Biológico (Lodo Ativado ou Filtro Biológico), Decantador Secundário, e
Desinfecção.

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Fonte: <www.sabesp.com.br>

b) Tratamento da fase sólida: Adensador de Lodos, Digestor


Anaeróbio de Lodos, Unidade de Secagem de Lodos e Destino Final de
Lodos. 08349938480

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5 - QUESTÕES COMENTADAS

(MPU/2013 - Cespe) Julgue os itens seguintes, relativos aos


sistemas, métodos e processos de saneamento urbano e rural.

1) 96 - O tratamento de esgoto domiciliar inclui as


seguintes etapas de tratamento: preliminar, primário,
secundário e terciário.

Exato, consideram-se os seguintes níveis de tratamento de


esgotos domésticos: preliminar, primário, secundário e terciário.

Torna-se oportuno trazer descrições sobre os níveis de


tratamento da SAAE (2006), que considerei bem objetivos para a
abordagem das bancas:

- Tratamento Preliminar - remoção de grandes sólidos e


areia para proteger as demais unidades de tratamento, os
dispositivos de transporte (bombas e tubulações) e os corpos
receptores. A remoção da areia previne, ainda, a ocorrência de
abrasão nos equipamentos e tubulações e facilita o transporte dos
líquidos. É feita com o uso de grades que impedem a passagem de
trapos, papéis, pedaços de madeira etc; caixas de areia, para
retenção deste material; e tanques de flutuação para retirada de
óleos e graxas em casos de esgoto industrial com alto teor destas
substâncias.
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- Tratamento Primário - os esgotos ainda contém sólidos em


suspensão não grosseiros cuja remoção pode ser feita em unidades
de sedimentação, reduzindo a matéria orgânica contida no efluente.
Os sólidos sedimentáveis e flutuantes são retirados através de
mecanismos físicos. Os esgotos fluem vagarosamente, permitindo
que os sólidos em suspensão de maior densidade sedimentem
gradualmente no fundo, formando o lodo primário bruto. Os materiais

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flutuantes como graxas e óleos, de menor densidade, são removidos


na superfície. A eliminação média do DBO é de 30%.

- Tratamento Secundário - processa, principalmente, a


remoção de sólidos e de matéria orgânica não sedimentável e,
eventualmente, nutrientes como nitrogênio e fósforo. Após as
fases primária e secundária a eliminação de DBO deve alcançar 90%.
É a etapa de remoção biológica dos poluentes e sua eficiência
permite produzir um efluente em conformidade com o padrão de
lançamento previsto na legislação ambiental. Basicamente, são
reproduzidos os fenômenos naturais de estabilização da matéria
orgânica que ocorrem no corpo receptor, sendo que a diferença está
na maior velocidade do processo, na necessidade de utilização de
uma área menor e na evolução do tratamento em condições
controladas.

- Tratamento Terciário - remoção de poluentes tóxicos ou


não biodegradáveis ou eliminação adicional de poluentes não
degradados na fase secundária.

Gabarito: Correta

2) 97 - Os sistemas individuais, adotados normalmente para


o atendimento unifamiliar, são constituídos por uma fossa
séptica e um dispositivo de infiltração no solo, que pode ser
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um poço negro ou outro dispositivo de irrigação sub-


superficial.

Exato, o poço negro é denominado sumidouro.

De acordo com Macintyre, o efluente de fossas sépticas poderá


ser disposto:

- no solo, por irrigação subsuperficial, por valas de infiltração;

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- no solo, por infiltração subterrânea, por sumidouros;

- diretamente em águas de superfície, por diluição;

- em valas de filtração, antes do lançamento em águas de


superfície;

- em filtros anaeróbios.

De acordo com o mesmo autor, a irrigação subsuperficial, feita


através de valas de infiltração, constitui a melhor forma de disposição
quando:

- se dispuser de áreas adequadas;

- o solo for suficientemente permeável.

Gabarito: Correta

3) 98 - Reator anaeróbio é um sistema de tratamento


biológico em que a estabilização da matéria orgânica é
realizada predominantemente por processos de fermentação
anaeróbia, imediatamente abaixo da superfície, não existindo
oxigênio dissolvido.

Fonte: <http://saaeara.com.br>

Pessoal, essa descrição corresponde à Lagoa Anaeróbia, em


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que a estabilização da matéria orgânica é realizada


predominantemente por processos de fermentação anaeróbia,
imediatamente abaixo da superfície, não existindo oxigênio
dissolvido.

Seguem as demais descrições no documento da SAAE (2006):

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- Lagoa Aerada: lagoa de tratamento de água residuária, em


que a aeração mecânica ou por ar difuso é usada para suprir a maior
parte do oxigênio necessário.

- Lagoa Aeróbia: a estabilização da matéria orgânica ocorre


quando existe equilíbrio entre a oxidação e a fotossíntese, para
garantir condições aeróbias em todo o meio.

- Lagoa de Maturação: processo de tratamento biológico


usado como refinamento do tratamento prévio por lagoas, ou outro
processo biológico. Reduz bactérias, sólidos em suspensão, nutrientes
e uma parcela negligenciável da demanda bioquímica de oxigênio
(DBO).

- Lagos Facultativa: sistema de tratamento biológico em que


a estabilização da matéria orgânica ocorre em duas camadas, sendo a
superior aeróbia e a inferior anaeróbia, simultaneamente.

- Lagoa Mista: conjunto de lagoas anaeróbias e aeróbias,


dispostas em uma determinada ordem, com o objetivo de reduzir o
tamanho do sistema.

- Lodo Ativado: sistema de tratamento no qual os flocos de


lodo recirculam com alta concentração de bactérias, acelerando o
processo de digestão da matéria orgânica.
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- Reator Anaeróbio: sistema de tratamento fechado onde se


processa a digestão do esgoto, sem a presença de oxigênio.

- Filtro Biológico: sistema de tratamento no qual o esgoto


passa por um leito de material de enchimento recoberto com
microorganismos e ar, acelerando o processo de digestão da matéria
orgânica.

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- Valo de Oxidação: reator biológico aeróbio de formato


característico, que pode ser utilizado para qualquer variante do
processo de lodos ativados ou comporte um reator em mistura
completa.

Gabarito: Errada

4) (34 – Petrobras/2012 – Cesgranrio) O sistema de coleta


de esgoto de determinado município é do tipo separador
absoluto. Esse sistema tem como característica a(o)

(A) separação do sistema de coleta de esgoto sanitário do de


águas pluviais

(B) separação na coleta de águas servidas provenientes de


banheiros das provenientes de cozinhas

(C) separação na coleta de águas servidas provenientes de


vasos sanitários das provenientes de lavatórios e chuveiros

(D) tratamento de todo o esgoto, antes de seu lançamento em


cursos d’água

(E) uso de telas, para a retenção das partículas sólidas


presentes no esgoto
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De acordo com a NBR 8160, vista na Aula de Instalações


Hidrossanitárias, o sistema predial de esgoto sanitário deve ser
separador absoluto em relação ao sistema predial de águas
pluviais, ou seja, não deve existir nenhuma ligação entre os dois
sistemas.

Gabarito: A

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(TCU/2005 - CESPE) Um sistema de esgoto sanitário abrange


desde o conjunto de canalizações que recebem os esgotos
junto aos domicílios até as instalações destinadas à depuração
desses esgotos antes do lançamento. Para o bom
funcionamento desse sistema, condições especiais quanto ao
uso, ao regime hidráulico e aos materiais e equipamentos
devem ser atendidas. A respeito do sistema de esgoto
sanitário, julgue os itens a seguir.

5) 194 - No sistema separador absoluto, são transportadas


águas residuárias domésticas e industriais e águas de
infiltração.

O sistema separador absoluto compreende dois sistemas


distintos de canalizações, um exclusivo para esgoto sanitário e
outro destinado às águas pluviais.

O esgoto sanitário é o despejo líquido constituído de esgotos


doméstico e industrial, água de infiltração e contribuição pluvial
parasitária.

A contribuição pluvial parasitária é a parcela das águas pluviais


absorvida pela rede coletora de esgotos.

Gabarito: Correta
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6) 195 - Para permitir o acesso de pessoas para


manutenção, tubo de inspeção e limpeza (TIL) e poço de
inspeção (PI) são empregados em substituição ao poço de
visita.

De acordo com Azevedo Neto (1998), o TIL ou o PI é um


dispositivo não visitável que permite inspeção visual e introdução de
equipamentos de limpeza.

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O Poço de Visita (PV) é uma câmara visitável através de


abertura existente em sua parte superior, destinada à execução de
trabalhos de manuntenção.

Gabarito: Errada

7) 197 - Para dimensionamento hidráulico de interceptores,


considera-se a possibilidade de seu funcionamento como
conduto livre ou como conduto forçado.

Os coletores, interceptores e emissários são projetados para


funcionar como condutos livres.

Gabarito: Errada

8) (50 – Transpetro/2011 – Cesgranrio) Em projetos de


saneamento, que nome é dado à tubulação que recebe esgoto
exclusivamente na extremidade de montante?

De acordo com a NBR 9649 – Projeto da Rede Coletora de


Esgoto, vista na Aula de Instalações Hidrossanitárias:

(A) Emissário

Emissário: Tubulação que recebe esgoto exclusivamente na


extremidade de montante.
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(B) Coletor principal

Coletor principal: Coletor de esgoto de maior extensão dentro


de uma mesma bacia.

(C) Coletor tronco

Coletor tronco: Tubulação da rede coletora que recebe apenas


contribuição de esgoto de outros coletores.

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(D) Coletor de esgoto

Coletor de esgoto: Tubulação da rede coletora que recebe


contribuição de esgoto dos coletores prediais em qualquer ponto ao
longo de seu comprimento.

(E) Rede coletora

Rede coletora: Conjunto constituído por ligações prediais,


coletores de esgoto, e seus órgãos acessórios.

Gabarito: A

9) (45 – CNMP/2015 – FCC) Sobre as partes constituintes


dos sistemas de esgotos sanitários, as estações elevatórias
são

(A) canalizações principais, de maior diâmetro, que recebem


os efluentes de vários coletores de esgotos, conduzindo-os a
um interceptor e emissário.

Coletor tronco

(B) instalações eletromecânicas destinadas a elevar os


esgotos sanitários, com o objetivo de evitar o aprofundamento
excessivo das canalizações, proporcionar a transposição de
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sub-bacias, entre outros.

De acordo com a NBR 9649, as Estações Elevatórias são


instalações eletromecânicas e obras civis destinadas ao transporte do
esgoto sanitário do poço de sucção das bombas ao nível de descarga
do recalque.

Gabarito: Correta

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(C) canalizações rebaixadas que funcionam sob pressão,


destinadas à travessia de canais e obstáculos.

Sifão Invertido

(D) câmaras de inspeção que possibilitam o acesso de


funcionários do serviço, bem como a introdução de
equipamentos de limpeza.

Poço de visita (PV)

(E) canalizações que conduzem os esgotos sanitários dos


edifícios.

Coletor predial

Gabarito: B

(TCE-RN/2015 - Cespe) No que se refere aos sistemas de


esgotamento sanitário, julgue os itens a seguir.

10) 87 - Projetos de redes de esgoto devem considerar a


possibilidade de autolimpeza, que ocorre em função da tensão
trativa, que é a componente tangencial do peso do líquido
sobre a unidade de área da parede do coletor, atuando sobre o
material sedimentado, promovendo seu arraste, desde que
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presente a associação de uma velocidade mínima com uma


mínima relação de enchimento da seção do tubo.

De acordo com Azevedo Neto (1998), a grandeza física que


promove o arraste de matéria sedimentável é a tensão trativa, que
atua junto à parede da tubulação na parcela correspondente ao
perímetro molhado.

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A tensão trativa, ou tensão de arraste, nada mais é do que a


componente tangencial do peso do líquido sobre a unidade de área da
parede do coletor e que atua, portanto, sobre o material aí
sedimentado, promovendo o seu arraste.

Pesquisas indicam que nos coletores de esgoto os valores de


tensão trativa crítica para promover a autolimpeza se situam entre 1
e 2 Pa.

A norma NBR 9649 prevê o seguinte:

"5.1.3 A declividade de cada trecho da rede coletora não deve


ser inferior à mínima admissível calculada de acordo com 5.1.4
e nem superior à máxima calculada segundo o critério de 5.1.5.

5.1.4 Cada trecho deve ser verificado pelo critério de tensão


trativa média de valor mínimo t = 1,0 Pa, calculada para
vazão inicial (Qi), para coeficiente de Manning n = 0,013. A
declividade mínima que satisfaz essa condição pode ser
determinada pela expressão aproximada:

-0,47
Iomín. = 0,0055 Qi sendo Iomín. em m/m e Qi em L/s

5.1.4.1 Para coeficiente de Manning diferente de 0,013, os


valores de tensão trativa média e declividade mínima a adotar
devem ser justificados. 08349938480

5.1.5 A máxima declividade admissível é aquela para a qual se


tenha vf = 5 m/s.

5.1.5.1 Quando a velocidade final vf é superior a velocidade


crítica vc, a maior lâmina admissível deve ser 50 % do diâmetro
do coletor, assegurando-se a ventilação do trecho; a velocidade
crítica é definida por:

vc = 6 (g.RH)1/2 onde g = aceleração da gravidade

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5.1.6 As lâminas d’água devem ser sempre calculadas


admitindo o escoamento em regime uniforme e permanente,
sendo o seu valor máximo, para vazão final (Qf), igual ou
inferior a 75 % do diâmetro do coletor."

Gabarito: Correta

11) 88 - No Brasil, adota-se o sistema de separador absoluto,


destinado a coletar e transportar águas residuárias
domésticas e industriais, veiculado em sistema independente,
não sendo admitida a introdução de águas de outras origens
como águas de infiltração e águas pluviais.

O sistema separador absoluto compreende dois sistemas


distintos de canalizações, um exclusivo para esgoto sanitário e
outro destinado às águas pluviais.

Portanto, no sistema separador absoluto são admitidas as


águas pluviais, desde que em canalização independente.

Na canalização de esgoto sanitário, deve-se prever a condução


das águas de infiltração.

Gabarito: Errada

(TCE-SC/2016 - Cespe) Ao receber uma obra de rede coletora


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de esgotos, o responsável pela fiscalização observou que o


trecho entre os poços de visita (PVs) 25 e 29 de um coletor
tronco apresentava os seguintes dados cadastrais.

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Para o cálculo do volume de escavação, adotou-se como


critério considerar uma seção retangular em toda a rede, com
largura equivalente a quatro vezes o diâmetro da tubulação, e
com altura equivalente à diferença entre a cota do terreno e a
cota inferior do coletor.

Com base na situação hipotética e na tabela


apresentadas, julgue os itens que se seguem.

12) 97 - No trecho da rede compreendido entre os PVs 25 e


26, o volume de escavação a ser medido na obra é de 262 m³.
A profundidade da escavação é de (101,235 - 99,135) = 2,1 m
à montante e de (100,925 - 98,825) = 2,1 m à jusante.
A extensão deste trecho é de 62 m e a largura é de 4 x 0,3 =
1,2 m. Logo, o volume a ser escavado é de 62 x 1,2 x 2,1 = 156,24
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m3.
Portanto, o volume a ser escavado entre os PVs 25 e 26 é de
156,24 m3.
Gabarito: Errada

13) 98 - A declividade invertida do trecho 27–28 não


prejudicará o escoamento dos esgotos desde que a declividade

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média de todo o coletor tronco proporcione a tensão trativa


necessária.

Conforme vimos anteriormente, a tensão trativa, ou tensão de


arraste, nada mais é do que a componente tangencial do peso do
líquido sobre a unidade de área da parede do coletor e que atua,
portanto, sobre o material aí sedimentado, promovendo o seu
arraste.

O escoamento do esgoto da declividade invertida depende da


pressão atuante na entrada do trecho, que, em m.c.a., subtraída das
perdas no trecho, deve ser superior à cota do tubo na saída do
trecho.

Considerando que, em regra, o esgoto escoa sob pressão


atmosférica, já que não se recomenda que a vazão ultrapasse 75 %
do diâmetro do coletor, não se vislumbra a previsão de declividade
investida.

Gabarito: Errada

14) (91 - FUB/2015 – Cespe) Os coletores de esgoto devem


ser projetados para trabalhar como dutos fechados.

Os coletores, interceptores e emissários são projetados para


funcionar como condutos livres. Contudo, eles devem ser fechados
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para conter os odores e demais possíveis contaminções.

Gabarito: Correta

15) (88 - ABIN/2010 – Cespe) Na rede de coleta


convencional de esgotos sanitários, os coletores primários são
tubulações que podem receber e transportar contribuições de
esgoto de ligações prediais e de coletores secundários.

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De acordo com a NBR 9649 - Projetos de Redes de Esgoto, a


Rede Coletora é o conjunto constituído por ligações prediais,
coletores de esgoto, e seus órgãos acessórios.

Os coletores prediais conduzem o esgoto sanitário dos edifícios


até a rede de esgoto.

A ligação predial é o trecho do coletor predial compreendido


entre o limite do terreno e o coletor de esgoto.

A norma não faz menção a coletores primários e secundários.

Contudo, na literatura consta que a Rede Coletora é composta


de coletores secundários, que recebem diretamente as ligações
prediais e os coletores tronco ou coletores primários, que conduzem o
esgoto a um emissário ou a um interceptor.

Os Coletores Secundários recebem contribuição de esgoto


sanitário das ligações prediais em qualquer ponto de sua extensão e
normalmente, são instalados no passeio com pequeno diâmetro e
extensão

Os Coletores Primários são tubulações que podem receber e


transportar contribuições de esgoto de ligações prediais e de
coletores secundários.

Gabarito: Correta 08349938480

16) (34 – CEF/2012 – Cesgranrio) Ao executar uma rede


coletora de esgoto sanitário, o engenheiro observou que
determinado trecho da rede sob o passeio (calçada) ficou com
recobrimento de 70 cm. Consultando a NBR 9649:1986
(Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário -
Procedimento), ele concluiu que

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(A) teria de refazer o serviço, pois o recobrimento mínimo é


de 80 cm.

(B) teria de refazer o serviço, pois o recobrimento mínimo é


de 90 cm.

(C) teria de refazer o serviço, pois o recobrimento mínimo é de


100 cm.

(D) deveria ser feita uma justificativa, pois esse recobrimento


está menor que o permitido.

(E) está de acordo com a norma, considerando-se o local onde


a rede se localiza.

De acordo com a NBR 9649, o recobrimento não deve ser


inferior a 0,90 m para coletor assentado no leito da via de tráfego, ou
a 0,65 m para coletor assentado no passeio. Recobrimento
menor deve ser justificado.

Gabarito: E

17) (120 - MPOG/2012 - Cespe) No dimensionamento da


rede coletora de esgoto, o coeficiente de retorno equivale à
relação volumétrica entre o esgoto recolhido e o consumo de
água. 08349938480

De acordo com a NBR 9649, o coeficiente de retorno é a relação


média entre o volume de esgotos produzido e o volume de água
efetivamente fornecido à população.

Gabarito: Correta

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18) (90 - FUB/2015 – Cespe) O cálculo da rede coletora de


esgoto deve ser executado de jusante para montante,
obedecendo ao dimensionamento prévio da estação de
tratamento de esgoto.

O cálculo da rede coletora ocorre de montante para jusante,


pois a vazão de cada trecho depende da contribuição à montante. A
ETE localiza-se ao final da rede coletora, logo, o seu
dimensionamento depende do cálculo da contribuição total da rede
estimada.

Gabarito: Errada

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(Perito PF/2012 – Cespe) A figura acima representa um


trecho de rede coletora de esgotos de um município e a
condução dessa rede até a estação de tratamento de esgotos
(ETE). O tratamento realizado nessa ETE ocorre pelo processo
de lodos ativados. Todos os trechos apresentados no esquema
trabalham como condutos livres, por gravidade, com a vazão
afluente máxima de 200 L/s. Nessa ocasião, o trecho (a), de

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diâmetro de 250 mm, trabalha a meia seção. Com base nessas


informações, julgue os itens a seguir.

19) 81 - Enquanto no reator aerado ocorrerão reações


bioquímicas de remoção da matéria orgânica, no decantador
secundário dessa ETE ocorrerá a sedimentação dos sólidos,
permitindo a clarificação do efluente.

O processo descrito trata-se do Tratamento Secundário,


também denominado Tratamento Biológico, que compreende a
remoção de matéria orgânica por atividade biológica.

A unidade típica de tratamento secundário envolve um processo


biológico aeróbio seguido de decantação secundária.

As unidades de tratamento biológico são constituídas de


dispositivos denominados reatores, onde ocorre a transformação da
matéria orgânica em novos produtos pela ação das bactérias.
Necessita-se de um ambiente adequado para as bactérias, tais como:
disponibilidade de oxigênio livre, concentração adequada de
nutrientes, temperatura e pH.

Por fim, serão produzidos flocos biológicos, que serão


agregados a impurezas em suspensão. Esses flocos serão retirados
nos decantadores secundários, também denominados decantadores
finais, formando, então, o lodo secundário.
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Gabarito: Correta

20) 83 - O trecho (a), denominado emissário, recebe


contribuição na sua extremidade de montante.

Conforme vimos, o Emissário é constituído por tubulação que


recebe esgoto exclusivamente na extremidade de montante.

Gabarito: Correta

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(TCU/2011 – Cespe) A primeira etapa do projeto de um


sistema de tratamento de esgotos consiste na caracterização
dos esgotos que serão encaminhados à estação depuradora.
Nesse sentido, a figura acima mostra um hidrograma típico da
vazão de esgotos em determinada comunidade, concentrada
em condomínio horizontal, composto por 20 unidades
habitacionais, com média de 4 moradores por domicílio. O
tratamento dos esgotos será feito por meio de um ou mais
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tanques sépticos. Com relação a esse projeto, julgue os


próximos itens.

21) 175 - A taxa de acumulação total de lodo no sistema de


tanques sépticos dessa comunidade dependerá do volume de
lodo digerido e em digestão, das temperaturas ambiente e do
intervalo entre as operações de limpeza dos tanques.

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De acordo com a NBR 7229 - Projeto, construção e operação de


sistemas de tanques sépticos, a taxa de acumulação de lodo é o
número de dias de acumulação de lodo fresco equivalente ao volume
de lodo digerido a ser armazenado no tanque, considerando redução
de volume de quatro vezes para o lodo digerido.

E a taxa de acumulação total de lodo, em dias, é obtida em


função de:

- volumes de lodo digerido e em digestão, produzidos por


cada usuário, em litros;

- faixas de temperatura ambiente (média do mês mais frio,


em graus Celsius);

- intervalo entre limpezas, em anos.

O lodo fresco é lodo instável, em início de processo de digestão.

O lodo digerido é o lodo estabilizado por processo de digestão.

Gabarito: Correta

22) 176 - A partir da figura mostrada, é correto afirmar que


as flutuações dos esgotos produzidos ao longo do dia são
típicas de padrão do tipo habitação-dormitório, em que os
indivíduos se ausentam durante o período diurno e só
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comparecem a sua residência no período noturno.

O gráfico mostra o oposto, vazões mínimas no período noturno


e vazões máximas durante o dia.

Gabarito: Errada

23) 177 - Para fins de quantificação da contribuição de


dejetos líquidos produzidos por essa comunidade, para o
projeto do sistema de tanques sépticos, deve ser considerada

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a vazão de 20 × 4 × 0,2 × C, em que C representa o consumo


diário de água dessa comunidade.

De acordo com a NBR 9649, o coeficiente de retorno é a relação


média entre o volume de esgotos produzido e o volume de água
efetivamente fornecido à população, cujo valor é de 0,8 na falta de
valores medidos em campo.

Portanto, a vazão seria de 20 x 4 x 0,8 x C.

Gabarito: Errada

24) (101 - TCE-SC/2016 - Cespe) A contribuição per capita


de esgotos sanitários é desproporcional ao consumo per capita
de água, já que a rede coletora, os interceptores e os
emissários estão sujeitos a infiltrações ou a outros fatores que
aumentem a vazão coletada.

As vazões para dimensionamento dos trechos de uma rede


coletora são compostas por três parcelas:

- contribuições devido ao esgoto doméstico;

- contribuições concentradas (esgoto industrial, áreas de


expansão futura etc.);
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- contribuição de águas de infiltração.

Conforme vimos na questão anterior, a vazão de contribuição


de esgotos sanitários é proporcional ao consumo per capita de água e
inferior a este. Esta seria a primeira parcela enumerada acima.

A parcela de contribuição de águas de infiltração diferencia-se


da parcela de contribuição de esgotos sanitários. Na falta de dados, a

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NBR 9649 recomenda a utilização de taxa de infiltração entre 0,05 a


1,00 L/s.km.

Gabarito: Errada

25) (92 - FUB/2015 – Cespe) O processo da demanda


bioquímica de oxigênio (DBO) tem como uma das vantagens,
em relação a outros métodos, a possibilidade de levar à
identificação da presença de matéria orgânica não
biodegradável.

Os compostos orgânicos biodegradáveis é que são medidos


pela DBO.

Gabarito: Errada

26) 90 - No sistema de lodos ativados, o decantador


secundário tem por finalidade separar a biomassa que
consumiu a matéria orgânica do efluente, a qual permanece
como sobrenadante na superfície do decantador, permitindo o
descarte do efluente tratado pelo fundo do decantador.

Fonte: <http://www.casan.com.br>

O sistema de lodos ativados trata-se de um processo biológico


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onde o esgoto afluente, na presença de oxigênio dissolvido, agitação


mecânica e pelo crescimento e atuação de microorganismos
específicos, forma flocos denominados lodo ativado ou lodo biológico.
Essa fase do tratamento objetiva a remoção de matéria orgânica
biodegradável presente nos esgotos. Após essa etapa, a fase sólida é
separada da fase líquida em outra unidade operacional denominada
decantador. O lodo ativado separado retorna para o processo ou é
retirado para tratamento específico ou destino final.

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Nos decantadores, os flocos formados nos tanques de aeração


se sedimentam e são encaminhados para recirculação ou descarte
do excesso.

Gabarito: Errada

27) 92 - As lagoas de maturação, responsáveis pelo


tratamento primário dos esgotos, são dimensionadas para
receber cargas orgânicas elevadas, o que impede a existência
de oxigênio dissolvido no meio.

Conforme vimos, os principais processos empregados para


Tratamento Terciário são:

- Lagoas de Maturação: refinamento do tratamento prévio


por lagoa de estabilização, com a finalidade de reduzir bactérias,
sólidos dissolvidos, nutrientes etc.

- Desinfecção: através da cloração, ozonização, radiação


ultravioleta etc.

- Processos de Remoção de Nutrientes.

- Filtração Final.

A Lagoa de Maturação é um tipo de lagoa de estabilização,


assim como as lagoas anaeróbias, facultativas e estritamente
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aeróbias.

Fonte: <www.sabesp.com.br>

Tipos de Lagos de Estabilização:

- Lagoa facultativa – Tem de 1,5 a 3 metros de profundidade.


O termo "facultativo" refere-se à mistura de condições aeróbias e
anaeróbias (com e sem oxigenação). Em lagoas facultativas, as
condições aeróbias são mantidas nas camadas superiores das águas,

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enquanto as condições anaeróbias predominam em camadas


próximas ao fundo da lagoa.

Embora parte do oxigênio necessário para manter as camadas


superiores aeróbias seja fornecido pelo ambiente externo, a maior
parte vem da fotossíntese das algas, que crescem naturalmente em
águas com grandes quantidades de nutrientes e energia da luz solar.

As bactérias que vivem nas lagoas utilizam o oxigênio


produzido pelas algas para oxidar a matéria orgânica. Um dos
produtos finais desse processo é o gás carbônico, que é
utilizado pelas algas na sua fotossíntese.

Este tipo de tratamento reduz grande parte do lodo, e é ideal


para comunidades pequenas, normalmente situadas no Interior do
Estado.

- Lagoa anaeróbia – Neste caso, as lagoas são profundas,


entre 3 e 5 metros, para reduzir a penetração de luz nas camadas
inferiores. Além disso, é lançada uma grande carga de matéria
orgânica, para que o oxigênio consumido seja várias vezes
maior que o produzido.

O tratamento ocorre em duas etapas. Na primeira, as moléculas


da matéria orgânica são quebradas e transformadas em estruturas
mais simples. Já na segunda, a matéria orgânica é convertida em
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metano, gás carbônico e água.

- Lagoa aerada – O processo necessita de oxigênio e a


profundidade das lagoas varia de 2,5 a 4,0 metros. Os aeradores
servem para garantir oxigênio no meio e manter os sólidos bem
separados do líquido (em suspensão). A qualidade do esgoto que vem
da lagoa aerada não é adequada para lançamento direto, pelo fato de
conter uma grande quantidade de sólidos. Por isso, são geralmente

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seguidas por outras, quando a separação dessas partículas pode


ocorrer.

- Lagoa de maturação – São lagoas de baixa profundidade,


entre 0,5 a 2,5 metros, que possibilitam a complementação de
qualquer outro sistema de tratamento de esgotos. Ela faz a remoção
de bactérias e vírus de forma mais eficiente devido à incidência da luz
solar, já que a radiação ultravioleta atua como um processo de
desinfecção.

Gabarito: Errada

(TCU/2009 - Cespe) O tratamento dos esgotos é usualmente


classificado em preliminar, primário, secundário e terciário.
Em relação aos diversos sistemas de tratamento, julgue os
itens que se seguem.

28) 194 - O reator anaeróbio de manta de lodo é um sistema


de tratamento de esgoto de nível terciário, em que a DBO é
estabilizada anaerobicamente por bactérias dispersas no
reator.

O reator anaeróbio de manta de lodo (UASB) faz parte do


tratamento biológico dos esgotos, ou seja, do Tratamento
Secundário.
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De acordo com Nascimento & Ferreira (2007) apud Von


Sperling (1996), no Reator anaeróbio a DBO é estabilizada
anaerobicamente por bactérias dispersas no reator. O fluxo do líquido
é ascendente. A parte superior do reator é dividida nas zonas de
sedimentação e de coleta de gás. A zona de sedimentação permite a
saída do efluente clarificado e o retorno dos sólidos (biomassa) ao
sistema, aumentando a sua concentração no reator. Entre os gases

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formados inclui-se o metano. O sistema dispensa decantação


primária. A produção de lodo é baixa, e o mesmo já sai estabilizado.

Portanto, o erro da questão está no nível de tratamento, que é


secundário.

Gabarito: Errada

29) 195 - Entre os sistemas de tratamento primário está a


infiltração lenta, que consiste na disposição do esgoto no solo,
de maneira controlada, de modo que os poluentes fiquem
retidos no solo e a parte líquida recarregue o aquífero.

Fonte: <www.copasa.com.br> e Fillipo (IME)

Uma das formas possíveis de tratamento de esgotos é a sua


disposição no solo, em que os esgotos são aplicados ao solo,
fornecendo água e nutrientes necessários para o crescimento das
plantas.

Parte do líquido é evaporada, parte pode infiltrar pelo solo, e


parte é absorvida pelas plantas. Em alguns sistemas, a infiltração no
solo é elevada, e não há efluente. Em outros sistemas, a infiltração é
baixa, saindo o esgoto tratado (efluente) na extremidade oposta do
terreno.

Os tipos de disposição no solo mais usuais são: infiltração lenta


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(fertirrigação ou irrigação), infiltração rápida (alta taxa), infiltração


sub-superficial (valas de infiltração, sumidouros ou poços
absorventes), e escoamento superficial.

O escoamento superficial é indicado para solos impermeáveis:

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Fonte: <www.copasa.com.br> apud Von Sperling (1996)

A infiltração lenta é indicada para solos semi-permeáveis, com


projetos similares aos projetos de irrigação:

Fonte: <www.copasa.com.br> apud Von Sperling (1996)

A infiltração rápida é indicada para solos arenosos:

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Fonte: <www.copasa.com.br> apud Von Sperling (1996)

Infiltração sub-superficial:

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Fonte: <www.copasa.com.br> apud Von Sperling (1996)

O tratamento de esgoto por disposição no solo enquadra-se


como tratamento secundário devido à atuação de mecanismos
biológicos e à sua elevada eficiência na remoção de poluentes.

O poluente no solo tem basicamente três possíveis destinos:


retenção na matriz do solo, retenção nas plantas e aparecimento na
água subterrânea. Vários mecanismos, de ordem física
(sedimentação, filtração, radiação, desidratação), química (oxidação
e reações químicas, precipitação, adsorção, troca iônica) e biológica
(biodegradação) atuam na remoção dos poluentes.

Gabarito: Errada

30) 196 - As lagoas de estabilização facultativas fazem parte


do tratamento secundário, em que a DBO solúvel e finamente
particulada é estabilizada aerobicamente por bactérias
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dispersas no meio líquido e a DBO suspensa tende a


sedimentar-se.

De acordo com Nascimento & Ferreira (2007) apud Von


Sperling (1996), na Lagoa Facultativa a DBO solúvel e finamente
particulada é estabilizada aerobicamente por bactérias dispersas no
meio líquido, ao passo que a DBO suspensa tende a sedimentar,
sendo convertida anaerobicamente por bactérias no fundo da lagoa.

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O oxigênio requerido pelas bactérias aeróbias é fornecido pelas algas,


através da fotossíntese.

Gabarito: Correta

31) (103 - TCE-SC/2016 - Cespe) No processo de lodos


ativados para o tratamento de esgotos, parte do lodo retirado
na decantação secundária retorna para os tanques de aeração
(reatores biológicos) com a finalidade de se manter adequada
a concentração de microrganismos aeróbicos nesses tanques.

Exato, conforme vimos na nossa aula, no processo de lodos


ativados, o esgoto afluente e o lodo ativado são intimamente
misturados, agitados e aerados, para, em seguida, serem separados
no decantador secundário. O lodo ativado separado é recirculado no
tanque de aeração para a manutenção da concentração de
microorganismos.

Gabarito: Correta

32) (154 - CGE-PI/2015 – Cespe) Nas lagoas facultativas, as


bactérias aeróbias degradam a matéria orgânica a partir do
consumo do oxigênio livre na água, liberando água e
nutrientes, ao passo que as algas liberam gás carbônico a
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partir do consumo de nutrientes e oxigênio.

De acordo com Nascimento & Ferreira (2007) apud Von


Sperling (1996), na Lagoa Facultativa a DBO solúvel e finamente
particulada é estabilizada aerobicamente por bactérias dispersas no
meio líquido, ao passo que a DBO suspensa tende a sedimentar,
sendo convertida anaerobicamente por bactérias no fundo da lagoa.

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O oxigênio requerido pelas bactérias aeróbias é fornecido


pelas algas, através da fotossíntese.

Em torno de 50 a 70% da DBO é removida na lagoa anaeróbia


(mais profunda e com menor volume), enquanto a DBO
remanescente é removida na lagoa facultativa. O sistema ocupa uma
área inferior ao de uma lagoa facultativa única.

Na Lagoa de maturação, o objetivo principal é a remoção de


organismos patogênicos. Nas lagoas de maturação predominam
condições ambientais adversas para bactérias patogênicas, como
radiação ultravioleta, elevado pH, elevado OD, temperatura mais
baixa que a do corpo humano, falta de nutrientes e predação por
outros organismos. Ovos de helmintos e cistos de protozoários
tendem a sedimentar. As lagoas de maturação constituem um pós-
tratamento de processos que objetivem a remoção da DBO, sendo
usualmente projetadas como uma série de lagoas, ou como uma
lagoa única com divisões por chicanas. A eficiência na remoção dos
coliformes é elevadíssima.

Gabarito: Errada

33) (113 - CEF/2014 - Cespe) Em uma estação de tratamento


de esgotos (ETE), o reator UASB (upflow anaerobic sludge
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blanket) ou reator de fluxo ascendente com manta de lodo


consiste em um sistema de tratamento biológico em que a
estabilização da matéria orgânica é realizada pela oxidação
bacteriológica e(ou) redução fotossintética das algas.

Fonte: <www.samaepomerode.com.br>

No RALF (Reator Anaeróbio de Leito Fluidizado – UASB, em


inglês), o esgoto é direcionado ao fundo do RALF por meio de

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tubulações e então, é estabilizado biologicamente ao passar, por


fluxo ascendente, por uma camada de bactérias anaeróbias, que
depuram e transformam a maioria dos poluentes em “biogás” e em
lodo excedente, digerido e adensado. .

Portanto, o processo é anaeróbio em vez de ser por oxidação


bacteriológica.

Gabarito: Errada

34) (153 - CGE-PI/2015 – Cespe) Produtos presentes no


esgoto que contenham sabões e detergentes, bem como
bactericidas e bacteriostáticos não influenciam na eficiência
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das fossas sépticas, que são capazes de reduzir a carga


orgânica no esgoto.

De acordo com Fillipo (IME), o processo de DBO apresenta dois


principais inconvenientes: necessidade de vários dias para a sua
realização e o fato de ser imune à presença de matéria orgânica não
biodegradável, como determinados detergentes e inseticidas.

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Conforme explica Macyntire (1996), compreende-se que as


fossas, não sendo uma estação de tratamento completa, não
possuem grades, caixas de areia ou outros detentores de material
não-susceptível de sofrer ação microbiológica.

E continua argumentando que, por isso, não devem ser


encaminhadas à fossa substâncias gordurosas (que devem ser retidas
nas caixas de gordura) nem óleos minerais (a serem retidos nas
caixas de óleo). Uma excessiva quantidade de detergentes e
sabão pode prejudicar a ação das bactérias ou destruí-las em
maior ou menor escala.

Gabarito: Errada

6 - QUESTÕES APRESENTADAS NESSA AULA

(MPU/2013 - Cespe) Julgue os itens seguintes, relativos aos


sistemas, métodos e processos de saneamento urbano e rural.

1) 96 - O tratamento de esgoto domiciliar inclui as


seguintes etapas de tratamento: preliminar, primário,
secundário e terciário.

2) 97 - Os sistemas individuais, adotados normalmente para


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o atendimento unifamiliar, são constituídos por uma fossa


séptica e um dispositivo de infiltração no solo, que pode ser
um poço negro ou outro dispositivo de irrigação sub-
superficial.

3) 98 - Reator anaeróbio é um sistema de tratamento


biológico em que a estabilização da matéria orgânica é
realizada predominantemente por processos de fermentação

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anaeróbia, imediatamente abaixo da superfície, não existindo


oxigênio dissolvido.

4) (34 – Petrobras/2012 – Cesgranrio) O sistema de coleta


de esgoto de determinado município é do tipo separador
absoluto. Esse sistema tem como característica a(o)

(A) separação do sistema de coleta de esgoto sanitário do de


águas pluviais

(B) separação na coleta de águas servidas provenientes de


banheiros das provenientes de cozinhas

(C) separação na coleta de águas servidas provenientes de


vasos sanitários das provenientes de lavatórios e chuveiros

(D) tratamento de todo o esgoto, antes de seu lançamento em


cursos d’água

(E) uso de telas, para a retenção das partículas sólidas


presentes no esgoto

(TCU/2005 - CESPE) Um sistema de esgoto sanitário abrange


desde o conjunto de canalizações que recebem os esgotos
junto aos domicílios até as instalações destinadas à depuração
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desses esgotos antes do lançamento. Para o bom


funcionamento desse sistema, condições especiais quanto ao
uso, ao regime hidráulico e aos materiais e equipamentos
devem ser atendidas. A respeito do sistema de esgoto
sanitário, julgue os itens a seguir.

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5) 194 - No sistema separador absoluto, são transportadas


águas residuárias domésticas e industriais e águas de
infiltração.

6) 195 - Para permitir o acesso de pessoas para


manutenção, tubo de inspeção e limpeza (TIL) e poço de
inspeção (PI) são empregados em substituição ao poço de
visita.

7) 197 - Para dimensionamento hidráulico de interceptores,


considera-se a possibilidade de seu funcionamento como
conduto livre ou como conduto forçado.

8) (50 – Transpetro/2011 – Cesgranrio) Em projetos de


saneamento, que nome é dado à tubulação que recebe esgoto
exclusivamente na extremidade de montante?

(A) Emissário

(B) Coletor principal

(C) Coletor tronco

(D) Coletor de esgoto

(E) Rede coletora


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9) (45 – CNMP/2015 – FCC) Sobre as partes constituintes


dos sistemas de esgotos sanitários, as estações elevatórias
são

(A) canalizações principais, de maior diâmetro, que recebem


os efluentes de vários coletores de esgotos, conduzindo-os a
um interceptor e emissário.

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(B) instalações eletromecânicas destinadas a elevar os


esgotos sanitários, com o objetivo de evitar o aprofundamento
excessivo das canalizações, proporcionar a transposição de
sub-bacias, entre outros.

(C) canalizações rebaixadas que funcionam sob pressão,


destinadas à travessia de canais e obstáculos.

(D) câmaras de inspeção que possibilitam o acesso de


funcionários do serviço, bem como a introdução de
equipamentos de limpeza.

(E) canalizações que conduzem os esgotos sanitários dos


edifícios.

(TCE-RN/2015 - Cespe) No que se refere aos sistemas de


esgotamento sanitário, julgue os itens a seguir.

10) 87 - Projetos de redes de esgoto devem considerar a


possibilidade de autolimpeza, que ocorre em função da tensão
trativa, que é a componente tangencial do peso do líquido
sobre a unidade de área da parede do coletor, atuando sobre o
material sedimentado, promovendo seu arraste, desde que
presente a associação de uma velocidade mínima com uma
mínima relação de enchimento da seção do tubo.
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11) 88 - No Brasil, adota-se o sistema de separador absoluto,


destinado a coletar e transportar águas residuárias
domésticas e industriais, veiculado em sistema independente,
não sendo admitida a introdução de águas de outras origens
como águas de infiltração e águas pluviais.

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(TCE-SC/2016 - Cespe) Ao receber uma obra de rede coletora


de esgotos, o responsável pela fiscalização observou que o
trecho entre os poços de visita (PVs) 25 e 29 de um coletor
tronco apresentava os seguintes dados cadastrais.

Para o cálculo do volume de escavação, adotou-se como


critério considerar uma seção retangular em toda a rede, com
largura equivalente a quatro vezes o diâmetro da tubulação, e
com altura equivalente à diferença entre a cota do terreno e a
cota inferior do coletor.

Com base na situação hipotética e na tabela


apresentadas, julgue os itens que se seguem.

12) 97 - No trecho da rede compreendido entre os PVs 25 e


26, o volume de escavação a ser medido na obra é de 262 m³.
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13) 98 - A declividade invertida do trecho 27–28 não


prejudicará o escoamento dos esgotos desde que a declividade
média de todo o coletor tronco proporcione a tensão trativa
necessária.

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14) (91 - FUB/2015 – Cespe) Os coletores de esgoto devem


ser projetados para trabalhar como dutos fechados.

15) (88 - ABIN/2010 – Cespe) Na rede de coleta


convencional de esgotos sanitários, os coletores primários são
tubulações que podem receber e transportar contribuições de
esgoto de ligações prediais e de coletores secundários.

16) (34 – CEF/2012 – Cesgranrio) Ao executar uma rede


coletora de esgoto sanitário, o engenheiro observou que
determinado trecho da rede sob o passeio (calçada) ficou com
recobrimento de 70 cm. Consultando a NBR 9649:1986
(Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário -
Procedimento), ele concluiu que

(A) teria de refazer o serviço, pois o recobrimento mínimo é


de 80 cm.

(B) teria de refazer o serviço, pois o recobrimento mínimo é


de 90 cm.

(C) teria de refazer o serviço, pois o recobrimento mínimo é de


100 cm.

(D) deveria ser feita uma justificativa, pois esse recobrimento


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está menor que o permitido.

(E) está de acordo com a norma, considerando-se o local onde


a rede se localiza.

17) (120 - MPOG/2012 - Cespe) No dimensionamento da


rede coletora de esgoto, o coeficiente de retorno equivale à

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relação volumétrica entre o esgoto recolhido e o consumo de


água.

18) (90 - FUB/2015 – Cespe) O cálculo da rede coletora de


esgoto deve ser executado de jusante para montante,
obedecendo ao dimensionamento prévio da estação de
tratamento de esgoto.

(Perito PF/2012 – Cespe) A figura acima representa um


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trecho de rede coletora de esgotos de um município e a


condução dessa rede até a estação de tratamento de esgotos
(ETE). O tratamento realizado nessa ETE ocorre pelo processo
de lodos ativados. Todos os trechos apresentados no esquema
trabalham como condutos livres, por gravidade, com a vazão
afluente máxima de 200 L/s. Nessa ocasião, o trecho (a), de
diâmetro de 250 mm, trabalha a meia seção. Com base nessas
informações, julgue os itens a seguir.

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19) 81 - Enquanto no reator aerado ocorrerão reações


bioquímicas de remoção da matéria orgânica, no decantador
secundário dessa ETE ocorrerá a sedimentação dos sólidos,
permitindo a clarificação do efluente.

20) 83 - O trecho (a), denominado emissário, recebe


contribuição na sua extremidade de montante.

(TCU/2011 – Cespe) A primeira etapa do projeto de um


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sistema de tratamento de esgotos consiste na caracterização


dos esgotos que serão encaminhados à estação depuradora.
Nesse sentido, a figura acima mostra um hidrograma típico da
vazão de esgotos em determinada comunidade, concentrada
em condomínio horizontal, composto por 20 unidades
habitacionais, com média de 4 moradores por domicílio. O
tratamento dos esgotos será feito por meio de um ou mais

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tanques sépticos. Com relação a esse projeto, julgue os


próximos itens.

21) 175 - A taxa de acumulação total de lodo no sistema de


tanques sépticos dessa comunidade dependerá do volume de
lodo digerido e em digestão, das temperaturas ambiente e do
intervalo entre as operações de limpeza dos tanques.

22) 176 - A partir da figura mostrada, é correto afirmar que


as flutuações dos esgotos produzidos ao longo do dia são
típicas de padrão do tipo habitação-dormitório, em que os
indivíduos se ausentam durante o período diurno e só
comparecem a sua residência no período noturno.

23) 177 - Para fins de quantificação da contribuição de


dejetos líquidos produzidos por essa comunidade, para o
projeto do sistema de tanques sépticos, deve ser considerada
a vazão de 20 × 4 × 0,2 × C, em que C representa o consumo
diário de água dessa comunidade.

24) (101 - TCE-SC/2016 - Cespe) A contribuição per capita


de esgotos sanitários é desproporcional ao consumo per capita
de água, já que a rede coletora, os interceptores e os
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emissários estão sujeitos a infiltrações ou a outros fatores que


aumentem a vazão coletada.

25) (92 - FUB/2015 – Cespe) O processo da demanda


bioquímica de oxigênio (DBO) tem como uma das vantagens,
em relação a outros métodos, a possibilidade de levar à
identificação da presença de matéria orgânica não
biodegradável.

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26) 90 - No sistema de lodos ativados, o decantador


secundário tem por finalidade separar a biomassa que
consumiu a matéria orgânica do efluente, a qual permanece
como sobrenadante na superfície do decantador, permitindo o
descarte do efluente tratado pelo fundo do decantador.

27) 92 - As lagoas de maturação, responsáveis pelo


tratamento primário dos esgotos, são dimensionadas para
receber cargas orgânicas elevadas, o que impede a existência
de oxigênio dissolvido no meio.

(TCU/2009 - Cespe) O tratamento dos esgotos é usualmente


classificado em preliminar, primário, secundário e terciário.
Em relação aos diversos sistemas de tratamento, julgue os
itens que se seguem.

28) 194 - O reator anaeróbio de manta de lodo é um sistema


de tratamento de esgoto de nível terciário, em que a DBO é
estabilizada anaerobicamente por bactérias dispersas no
reator.

29) 195 - Entre os sistemas de tratamento primário está a


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infiltração lenta, que consiste na disposição do esgoto no solo,


de maneira controlada, de modo que os poluentes fiquem
retidos no solo e a parte líquida recarregue o aquífero.

30) 196 - As lagoas de estabilização facultativas fazem parte


do tratamento secundário, em que a DBO solúvel e finamente
particulada é estabilizada aerobicamente por bactérias

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dispersas no meio líquido e a DBO suspensa tende a


sedimentar-se.

31) (103 - TCE-SC/2016 - Cespe) No processo de lodos


ativados para o tratamento de esgotos, parte do lodo retirado
na decantação secundária retorna para os tanques de aeração
(reatores biológicos) com a finalidade de se manter adequada
a concentração de microrganismos aeróbicos nesses tanques.

32) (154 - CGE-PI/2015 – Cespe) Nas lagoas facultativas, as


bactérias aeróbias degradam a matéria orgânica a partir do
consumo do oxigênio livre na água, liberando água e
nutrientes, ao passo que as algas liberam gás carbônico a
partir do consumo de nutrientes e oxigênio.

33) (113 - CEF/2014 - Cespe) Em uma estação de tratamento


de esgotos (ETE), o reator UASB (upflow anaerobic sludge
blanket) ou reator de fluxo ascendente com manta de lodo
consiste em um sistema de tratamento biológico em que a
estabilização da matéria orgânica é realizada pela oxidação
bacteriológica e(ou) redução fotossintética das algas.

34) (153 - CGE-PI/2015 – Cespe) Produtos presentes no


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esgoto que contenham sabões e detergentes, bem como


bactericidas e bacteriostáticos não influenciam na eficiência
das fossas sépticas, que são capazes de reduzir a carga
orgânica no esgoto.

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10 - GABARITO

28) Errada
1) Correta 10) Correta 19) Correta

29) Errada
2) Correta 11) Errada 20) Correta

3) Errada 12) Errada 21) Correta 30) Correta

31) Correta
4) A 13) Errada 22) Errada

5) Correta 14) Correta 23) Errada 32) Errada

33) Errada
6) Errada 15) Correta 24) Errada

34) Errada
7) Errada 16) E 25) Errada

8) A 17) Correta 26) Errada

9) B 18) Errada 27) Errada

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11 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- Azevedo Netto, José Martiniano de. Manual de Hidráulica. São


Paulo: Edgard Bucher, 1998.

- Filippo, Sandro. Saneamento Básico II. Apostila do Curso de


Fortificação e Construção do Instituto Militar de Engenharia: IME.
2005.

- Macintyre, Archibald Joseph. Manual de Instalações Hidráulicas


e Sanitárias. Editora LTC. Rio de Janeiro: 1996.

- Nascimento, Mônica de Souza Ferreira; & Ferreira, Osmar Mendes.


Tratamento de Esgoto Urbano: Comparação de Custos e
Avaliação da Eficiência. Universidade Católica de Goiás. 2007.

- SAAE – Serviço autônomo de Água e Esgoto. Sistemas de


Tratamento de Esgoto. Aracruz. 2006.

- Von Sperling, Marcos. Princípios do tratamento biológico de


águas residuárias - Introdução à qualidade das águas e ao
tratamento de esgotos. Belo Horizonte. Departamento de Engenharia
Sanitária e Ambiental, Universidade Federal de Minas Gerais, 1996.
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