.4.3 - O estágio inicial, de adaptação do alcoolismo.
Nos primeiros estágios do alcoolismo, o alcoolatra não está doente. De
fato, o estagio inicial do alcoolismo parece ser marcado pelo o oposto da moléstia, onde o alcoolatra é capaz de tolerar do álcool e desfrutar de seus efeitos eufóricos e estimulantes. Essa moléstia é de difícil reconhecimento e diagnostico nos seus estágios iniciais, pois seus sintomas são sutis e confundidos com as reações normais ao álcool, em que o alcoolatra não se queixa de dores, não apresenta nenhuma disfunção aparente e não sofre quando bebe. Enfim ele bebe como os demais bebedores. Nesse estágio inicial é quase impossível, convencer o alcoolatra a cessar de beber, porque ele não se sente doente e até se sente melhor quando bebe, persiste numa idéia errônea de que o alcoolismo começa quando o bebedor sofre com a bebida e mostra deterioração no funcionamento fisiológico. Na verdade, o alcoolatra reage fisicamente de um modo anormal ao álcool e sua moléstia começa muito antes que ele se comporte e pense como um alcoolatra, as reações ou adaptações das células ao álcool apesar de ocultas, mas ocorrem. - Estágio de adaptação do alcoolismo A presença do álcool no organismo ser constante as células fazem uso do álcool para a obtenção de energia que escolhem o álcool entre as demais fontes de energia ou alimento. Gradualmente, o álcool ataca as células, destruindo seu delicado equilíbrio químico, corroendo as membranas e deformando as partes celulares internas. Para alguns, a adaptação ocorre rapidamente, e dentro de semanas ou meses, após o primeiro drinque, ele se torna claramente dependente do álcool O estagio intermediário do Alcoolismo no momento em que a ingestão de bebidas começa a trazer danos fisiológicos e o ato de beber ocorre para aliviar esses sintomas, a moléstia já progrediu. O estágio intermediário pode se caracterizado por três pontos básicos: dependência física expressa em síndromes de abstinência aguda e prolongada, desejo imperioso e a perda de controle. A síndrome de abstinência ocorre em duas fases: a aguda que é sentida logo após o corte de consumo do álcool, e a prolongada que pode ser sentida após meses e até anos sem o consumo do álcool. Síndrome de abstinência aguda: seus sintomas consistem em vasos sanguíneos contraídos, os níveis de glicose ficam baixos, os hormônios os fluidos e enzimas do organismo flutuam desordenamente, as células estão desnutridas e cheias de toxinas, o encéfalo está em curto- circuito causando problemas psicológicos e fisiológicos. Á medida que a moléstia progride, os sintomas da síndrome de abstinência se tornam cada vez mais severos, variando de acordo co o quanto a pessoa bebe e qual sua freqüência, quanto, mas tempo for o consumo do álcool maior serão os sintomas causados pela abstinência aguda estes sintomas podem ser agravados se relacionados a outras doenças ou consumo de outras substancias. Sintomas posteriores da síndrome de abstinência aguda: convulsões, alucinações e delirium tremens, são raros nos estágios iniciais da moléstia, mas ocasionalmente são vistos nos estágios intermediários e com mais freqüência são encontrados nos estágios posteriores. Os alcoólatras do último estágio, que bebem pesadamente durante longos períodos, são principais candidatos a estes sérios sintomas de abstinência. A Síndrome de Abstinência prolongada: ainda que o alcoólatra seja capaz de suportar a síndrome de abstinência aguda sem tomar um gole para aliviar sua angústia, seus problemas não terminaram. A maioria continua a sentir-se ansiosa, deprimida, nervosa e temerosa muito depois de ter deixado de beber. Os alcoólatras abstinentes Por meses e até podem queixar-se de insônia, depressão, agitação, mudança de animo e de um desejo avassalador pelo álcool. A depressão e a ansiedade são realmente sintomas de abstinência de longo prazo, e indicam que as células ainda estão sofrendo o dano causado pelo álcool. O processo de recuperação não se completa automaticamente quando o alcoólatra cessa de beber. O álcool provocou uma devastação no organismo, e as células necessitam de tempo para voltar a ficarem boas. O estagio final deteriorador do alcoolismo O alcoólatra do ultimo estagio passa a maior parte do seu tempo bebendo, já que de outro modo sua agonia é cruciante. Sua saúde mental e física se deteriora seriamente, os danos aos órgãos vitais sugam seu vigor físico, a resistência contra as doenças e infecções é diminuída, a instabilidade mental é abalada e precária. Ele está tão devastado pela bebida que sequer entende que o álcool está o destruindo, tem consciência apenas que o álcool lhe oferece alivio rápido e milagroso de sua agonia constante. O álcool matará o alcoólatra de um modo ou de outro, de acordo com uma fonte, um terço das mortes de alcoólatras são por suicídios ou acidentes, tais como afogamentos, incêndios ocasionados por desmaios com cigarro aceso, contusões na cabeça por quedas, envenenamento acidental ou colisões de automóveis. É interessante que somente 14% das mortes realmente causadas por alcoolismo assim sejam rotuladas. - Fatores predisponentes
O alcoólatra começa a beber do mesmo modo e pelas mesmas razões
que o não-alcoólatra. Bebe para conseguir os efeitos do álcool, sentir-se eufórico, estimulado, relaxado, ou embriagado, para esquecer os problemas pessoais, econômicos e ate mesmo para aliviar a tensão no trabalho. O alcoólatra como o não- alcoólatra é influenciado na maneira, na quantidade, e na freqüência com que bebe por numerosos fatores psicológicos, sociais ou culturais. O alcoólatra parece usar o álcool para resolver seus problemas. Seu beber parece ser um esforço para afogar a depressão, esquecer as dificuldades do trabalho ou do casamento, obliterar a solidão e acomodar as tensões que se acumulam. A realidade, porém, é muito diferente da aparência. Na verdade, uma reação fisiológica anormal está ocasionando o aumento de seus problemas psicológicos e emocionais. Enquanto os fatores psicológicos, culturais e sociais influenciam definitivamente os padrões de beber e o comportamento do alcoólatra, não se pode atribuir-lhes o fato de ele se tornar ou não um alcoólatra. É a fisiologia, não a psicologia que determina se um bebedor se tornará um alcoólatra ou não. As conseqüências do alcoolismo são variavelmente confundidas com as causas. Estudos revelam que a causa principal para o desencadeamento do alcoolismo e a hereditariedade