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25 de março de 2018

Lição 1: O que é Ética Cristã


LIÇÕES BÍBLICAS CPAD - ADULTOS
2º Trimestre de 2018
Título: Valores cristãos — Enfrentando as questões morais de nosso tempo
Comentarista: Douglas Baptista

Lição 1
1º de Abril de 2018
O que é Ética Cristã
Texto Áureo Verdade Prática
“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas
As Escrituras Sagradas ensinam o que convêm à virtude
convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas
bem-viver cristão em sociedade.
as coisas edificam” (1Co 10.23).

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


1 Coríntios 10.1-13.
Almeida Corrigida e Nova Versão
King James Atualizada
Revisada Fiel Internacional

Porque não quero,


1 Ora, irmãos, não Portanto, irmãos, não
irmãos, que vocês
quero que ignoreis que quero que ignoreis que
ignorem o fato de que
nossos pais estiveram nossos antepassados
todos os nossos
todos debaixo da estiveram todos debaixo
antepassados estiveram
nuvem, e todos da nuvem e todos
sob a nuvem e todos
passaram pelo mar. passaram pelo mar.
passaram pelo mar.
2E todos foram Em Moisés, todos eles Em Moisés, todos eles
batizados em Moisés, foram batizados na foram batizados na
na nuvem e no mar, nuvem e no mar. nuvem e no mar.
3 E todos comeram de Todos comeram do Todos comeram do
uma mesma comida mesmo alimento mesmo alimento
espiritual, espiritual espiritual,
e todos beberam da
4 E beberam todos de e beberam da mesma
mesma bebida espiritual,
uma mesma bebida bebida espiritual; pois
porque tinham a sede
espiritual, porque bebiam da rocha
saciada pela rocha
bebiam da pedra espiritual que os
espiritual que os
espiritual que os seguia; acompanhava, e essa
acompanhava, e essa
e a pedra era Cristo. rocha era Cristo.
rocha era Cristo.
Entretanto, Deus não se
Contudo, Deus não se
5 Mas Deus não se agradou da maioria
agradou da maioria
agradou da maior parte deles; e, por isso, seus
deles; por isso os seus
deles, pelo que foram corpos ficaram
corpos ficaram
prostrados no deserto. espalhados pelo chão do
espalhados no deserto.
deserto.
6 E essas coisas foram- Essas coisas ocorreram Esses fatos ocorreram
nos feitas em figura, como exemplos para como exemplo para nós,
para que não cobicemos nós, para que não a fim de que não
as coisas más, como cobicemos coisas más, cobicemos o que é ruim,
eles cobiçaram. como eles fizeram. como eles fizeram.
7 Não vos façais, pois, Não sejam idólatras, Não vos torneis
idólatras, como alguns como alguns deles idólatras, como alguns
deles; conforme está foram, conforme está deles foram, conforme
escrito: O povo escrito: "O povo se está escrito: “O povo se
assentou-se a comer e a assentou para comer e assentou para comer e
beber, e levantou-se beber, e levantou-se beber, e levantou-se
para folgar. para se entregar à farra". para se entregar à orgia.
Não nos entreguemos à
8E não nos Não pratiquemos
imoralidade, como
prostituamos, como imoralidade, como
alguns deles assim
alguns deles fizeram e alguns deles fizeram —
agiram – e num só dia
caíram num dia vinte e e num só dia morreram
morreram cerca de vinte
três mil. vinte e três mil.
e três mil.
Não devemos pôr à
9 E não tentemos a Não devemos pôr o
prova a paciência de
Cristo, como alguns Senhor à prova, como
Cristo, como alguns
deles também tentaram, alguns deles fizeram —
deles fizeram, e por isso
e pereceram pelas e foram mortos por
foram mortos pelas
serpentes. serpentes.
serpentes.
10 E não murmureis, E não se queixem, como E não vos entregueis à
como também alguns alguns deles se murmuração, como
deles murmuraram, e queixaram — e foram alguns deles
pereceram pelo mortos pelo anjo resmungaram e foram
destruidor. destruidor. mortos pelo destruidor.
Essas coisas
11 Ora, tudo isto lhes aconteceram a eles Tudo isso lhes
sobreveio como figuras, como exemplos e foram aconteceu como
e estão escritas para escritas como exemplo, e foi escrito
aviso nosso, para quem advertência para nós, como advertência para
já são chegados os fins sobre quem tem nós sobre quem o final
dos séculos. chegado o fim dos dos tempos já chegou!
tempos.
12 Aquele, pois, que Assim, aquele que julga Assim, aquele que julga
cuida estar em pé, olhe estar firme, cuide-se estar firme, cuide-se
que não caia. para que não caia! para que não caia.
Não sobreveio a vocês
Não vos sobreveio
tentação que não fosse
13 Não veio sobre vós tentação que não fosse
comum aos homens. E
tentação, senão comum aos seres
Deus é fiel; ele não
humana; mas fiel é humanos. Mas Deus é
permitirá que vocês
Deus, que não vos fiel e não permitirá que
sejam tentados além do
deixará tentar acima do sejais tentados além do
que podem suportar.
que podeis; antes, com que podeis resistir. Pelo
Mas, quando forem
a tentação dará também contrário, juntamente
tentados, ele lhes
o escape, para que a com a tentação, proverá
providenciará um
possais suportar. um livramento para que
escape, para que o
a possais suportar.
possam suportar.
Comentário
INTRODUÇÃO

Estudar ética é muito importante para o aperfeiçoamento dos nossos


relacionamentos e conduta na sociedade. Entretanto, neste trimestre, veremos
que a Ética Cristã difere da secular. Enquanto esta se fundamenta em valores
materialistas e relativistas, aquela tem como eixo a Palavra de Deus, a revelação
divina imutável. Assim, como vivemos em uma época onde os conceitos pós-
modernos relativizam as doutrinas cristãs, é relevante identificarmos os
principais fundamentos da Ética Cristã a fim de aperfeiçoar nossa vida de
comunhão com Deus e testemunho cristão à sociedade (Mt 5.13,14). (LB CPAD,
2º Trim 2018, Lição 1, 1º Abr 18)

“Todos nós tomamos diariamente dezenas de decisões. Fazemos escolhas,


optamos, resolvemos e determinamos aquilo que tem a ver com nossa vida
individual, a vida da empresa e de nossos semelhantes. Ninguém faz isso no
vácuo. Antigamente pensava-se que era possível pronunciar-se sobre um
determinado assunto de forma inteiramente objetiva, isto é, isenta de quaisquer
pré-concepções ou pré-convicções. Hoje, sabe-se que nem mesmo na área das
chamadas ciências exatas é possível fazer pesquisa sem sermos influenciados
pelo que somos, cremos, desejamos, objetivamos e vivemos. As decisões que
tomamos são invariavelmente influenciadas pelo horizonte do nosso próprio
mundo individual e social. Ao elegermos uma determinada solução em
detrimento de outra, o fazemos baseados num padrão, num conjunto de valores
do que acreditamos ser certo ou errado. É isso que chamamos de ética. A nossa
palavra "ética" vem do grego eqikh, que significa um hábito, costume ou rito.
Com o tempo, passou a designar qualquer conjunto de princípios ideais da
conduta humana, as normas a que devem ajustar-se as relações entre os
diversos membros de uma sociedade. Ética é o conjunto de valores ou padrão
pelo qual uma pessoa entende o que seja certo ou errado e toma
decisões.” (LOPES. Augustus Nicodemus; Fundamentos da Ética Cristã. Disponível em:Claudemir Pedroso.
Acesso em: 24 mar, 2018)

Segundo o Dicionário Aurélio Buarque de Holanda, Ética é "o estudo dos


juízos de apreciação que se referem à conduta humana susceptível de
qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada
sociedade, seja de modo absoluto”. Há diversas visões filosóficas da ética,
entretanto, a ética cristã baseia-se na Palavra de Deus para determinar quais
ações humanas são legítimas e quais são ilegítimas. É por esta razão que
afirmamos que ela é nossa regra de fé e prática. A ética cristã não depende da
situação, dos meios ou dos fins (Sl 119.105). O homem natural é capaz de
produzir ética, mesmo caído e ‘morto’ espiritualmente. Deus restringe a maldade
humana e capacita-o à uma retidão moral, à uma conduta séria e comprometida
com causas morais, ao ponto de causar admiração. Abraham Kuyper, teólogo
holandês do século passado, afirma que assim como o homem domestica os
animais, e prende ou controla seres selvagens, assim também Deus limita a
maldade dos homens, extraindo até mesmo o bem do mal, para que se preserve
a criação, entendido neste conceito não somente as coisas naturais, mas
também toda a criação intelectual que também vem Dele. Contudo, a ética
humana vem ‘manchada’ pelos atos e fatos caídos, pois é produzida por um
coração à parte de Deus e contrária à Sua Palavra.
Este trimestre nos dará condições de discutirmos assuntos do momento e nos
dará ferramentas para respondermos ‘qual a razão da nossa fé’ (Jd 3). Mais do
que uma simples lista de “faça” ou “não faça”, a Bíblia nos dá instruções
detalhadas de como um Cristão deve viver. A Bíblia é tudo que precisamos para
saber como viver a vida Cristã. No entanto, a Bíblia não se dirige diretamente a
exatamente todas as situações que vamos ter que encarar em nossas vidas.
Como então ela é suficiente? Em situações assim é que temos que aplicar a
Ética Cristã. Convido-o a pensarmos maduramente a fé cristã!

TÓPICO l - O CONCEITO DE ÉTICA CRISTÃ

1. Definição Geral. A palavra “ética” possui origem no vocábulo grego ethos,


que significa “costumes” ou “hábitos”. No latim, o termo usado se corresponde a
mos (moral), no sentido de “normas” ou “regras”. Devido à proximidade
linguística desses termos, muitas vezes eles são usados como sinônimos.
Contudo, devemos defini-los separadamente. (LB CPAD, 2º Trim 2018, Lição 1,
1º Abr 18)

Ética é o nome dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais. A


palavra ética é derivada do grego, e significa aquilo que pertence ao caráter.
Sobre a origem do termo, a palavra “ética”, no grego é Ethos,
significa Costume, hábito, disposição; No latim, vem de Mos, ou Mores (no
plural), significa vontade, costume, uso, regra; sendo essa a origem da palavra
moral. Daí temos que Ética é a disposição ou vontade de se seguir bons
costumes ou hábitos. No contexto filosófico, ética e moral possuem diferentes
significados. A ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais
que orientam o comportamento humano em sociedade, enquanto a moral são os
costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade.
“Segundo Chauí, em seu livro Convite à Filosofia (2008), podemos dizer que
o Senso Moral é a maneira como avaliamos nossa situação e a dos outros
segundo ideias como a de justiça, injustiça, bom e mau. Trata-se dos
sentimentos morais. Já com relação à Consciência Moral, Chauí afirma que esta,
por sua vez, não se trata apenas dos sentimentos morais, mas se refere também
a avaliações de conduta que nos levam a tomar decisões por nós mesmos, a
agir em conformidade com elas e a responder por elas perante os outros. Isso
significa ser responsável pelas consequências de nossos atos”. (Paulo Silvino Ribeiro,
‘O que é Ética’. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/o-que-etica.htm. Acesso: em: 24 mar, 2018)

Assim, entendemos que a diferença entre ética e moral é que a moral refere-
se ao conjunto de normas e princípios que se baseiam na cultura e nos costumes
de determinado grupo social, já a ética é o estudo e reflexão sobre a moral, que
nos diz como viver em sociedade.

2. Ética e Moral. Enquanto ciência, a ética pode ser entendida como a área
da filosofia que investiga os fundamentos da moral adotada por uma sociedade.
Por conseguinte, a moral refere-se ao comportamento social em relação às
regras estabelecidas. Essas regras podem variar de uma cultura para outra,
podendo sofrer variadas e sistemáticas alterações. Tudo dependerá da
referência de autoridade que serve de fundamento para os padrões de conduta
social. (LB CPAD, 2º Trim 2018, Lição 1, 1º Abr 18)
Como vimos na etimologia das palavras, é comum confundir estes dois
termos; Ética vem do grego “ethos” que significa modo de ser, e Moral tem sua
origem no latim, que vem de “mores”, significando costumes.
“Ética e moral são temas relacionados, mas são diferentes, porque moral se
fundamenta na obediência a normas, costumes ou mandamentos culturais,
hierárquicos ou religiosos e a ética, busca fundamentar o modo de viver pelo
pensamento humano.” (SIGNIFICADOS: Significado de Ética. Disponível
em:https://www.significados.com.br/etica/. Acesso em: 24 mar, 2018)

“Esta confusão pode ser resolvida com o esclarecimento dos dois temas,
sendo que Moral é um conjunto de normas que regulam o comportamento do
homem em sociedade, e estas normas são adquiridas pela educação, pela
tradição e pelo cotidiano. Durkheim explicava Moral como a “ciência dos
costumes”, sendo algo anterior a própria sociedade. A Moral tem caráter
obrigatório. Já a palavra Ética, Motta (1984) defini como um “conjunto de valores
que orientam o comportamento do homem em relação aos outros homens na
sociedade em que vive, garantindo, outrossim, o bem-estar social”, ou seja, Ética
é a forma que o homem deve se comportar no seu meio social. A Moral sempre
existiu, pois todo ser humano possui a consciência Moral que o leva a distinguir
o bem do mal no contexto em que vive. Surgindo realmente quando o homem
passou a fazer parte de agrupamentos, isto é, surgiu nas sociedades primitivas,
nas primeiras tribos. A Ética teria surgido com Sócrates, pois se exige maior grau
de cultura. Ela investiga e explica as normas morais, pois leva o homem a agir
não só por tradição, educação ou hábito, mas principalmente por convicção e
inteligência. Vásquez (1998) aponta que a Ética é teórica e reflexiva, enquanto
a Moral é eminentemente prática. Uma completa a outra, havendo um inter-
relacionamento entre ambas, pois na ação humana, o conhecer e o agir são
indissociáveis.”” (Renan Bardine; Filosofia - Ética e Moral. Disponível
em:https://www.coladaweb.com/filosofia/moral-e-etica-dois-conceitos-de-uma-mesma-realidade. Acesso em: 24 mar,
2018)

3. Ética Cristã. Tem como objetivo indicar a conduta ideal para a retidão do
comportamento cristão. O fundamento moral da Ética Cristã são as Escrituras
Sagradas. Por isso, sua natureza não se altera nem se relativiza. Desse modo,
a Ética Cristã não se desassocia da moral e dos bons costumes derivados das
doutrinas bíblicas. (LB CPAD, 2º Trim 2018, Lição 1, 1º Abr 18)

Ética Cristã podemos dizer que é o conjunto de regras de conduta, aceitas


pelos cristão, tendo por fundamento a Palavra de
Deus. Em Colossensses 2.8, Paulo nos adverte a vigiar contra todas as
filosofias, religiões e tradições que destacam a importância do homem à parte
de Deus e de sua revelação escrita. Hoje, uma das maiores ameaças teológicas
contra o cristianismo bíblico é o "humanismo secular", que se tornou a filosofia
de base e a religião aceita em quase toda educação secular e é o ponto de vista
aprovado na maior parte dos meios de comunicação e diversão no mundo inteiro.
“Á ética cristã é o sistema de valores morais associado ao Cristianismo
histórico e que retira dele a sustentação teológica e filosófica de seus preceitos.
[,,,] a ética cristã opera a partir de diversos pressupostos e conceitos que acredita
estão revelados nas Escrituras Sagradas pelo único Deus verdadeiro. São estes:
1. A existência de um único Deus verdadeiro, criador dos céus e da terra.
2. A humanidade está num estado decaído, diferente daquele em que foi
criada.
3. O homem não é moralmente neutro, mas inclinado a tomar decisões
contrárias a Deus, ao próximo.
4. Deus revelou-se à humanidade.” (LOPES. Augustus Nicodemus; Fundamentos da Ética
Cristã. Disponível em: Claudemir Pedroso. Acesso em: 24 mar, 2018)

4. Princípios da Ética Cristã. O Deus Trino é santo e imutável. Ele se revelou


nas Sagradas Escrituras, e por isso, a Bíblia é plenamente inspirada por Deus.
Nesse aspecto, os princípios ético-cristãos que derivam das Escrituras são
imutáveis e divinos. Esses princípios têm aplicação adequada para todas as
épocas e culturas, pois são universais. Assim, os padrões ético-cristãos não
podem ser relativizados: “o céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não
hão de passar” (Mt 24.35). (LB CPAD, 2º Trim 2018, Lição 1, 1º Abr 18)

“Ele se revelou nas Sagradas Escrituras, e por isso, a Bíblia é plenamente


inspirada por Deus”:
“Essa pressuposição é fundamental para a ética cristã, pois é dessa
revelação que ela tira seus conceitos acerca do mundo, da humanidade e
especialmente do que é certo e do que é errado. A ética cristã reconhece que
Deus se revela como Criador através da sua imagem em nós. Cada pessoa traz,
como criatura de Deus, resquícios dessa imagem, agora deformada pelo
egoísmo e desejos de autonomia e independência de Deus. A consciência das
pessoas, embora freqüentemente ignorada e suprimida, reflete por vezes
lampejos dos valores divinos. Deus também se revela através das coisas
criadas. O mundo que nos cerca é um testemunho vivo da divindade, poder e
sabedoria de Deus, muito mais do que o resultado de milhões de anos de
evolução cega. Entretanto é através de sua revelação especial nas Escrituras
que Deus nos faz saber acerca de si próprio, de nós mesmos (pois é nosso
Criador), do mundo que nos cerca, dos seus planos a nosso respeito e da
maneira como deveríamos nos portar no mundo que criou.” (LOPES. Augustus Nicodemus;
Fundamentos da Ética Cristã. Disponível em: Claudemir Pedroso. Acesso em: 24 mar, 2018)

O professor Hans Ulrich Reifler salienta sobre a distinção no estudo da ética,


a saber, a geral e a específica. A geral, influenciada pelas Escrituras, acolhe o
mandamento de não furtar, independente da ideologia, da época e do
lugar. (REIFLER, Hans Ulrich. A Ética dos Dez Mandamentos: Um Modelo para os Nossos Dias. São Paulo: Vida
Nova, 1992. P. 15.)

TÓPICO II - FUNDAMENTOS DA ÉTICA CRISTÃ

Neste tópico, mostraremos as principais seções bíblicas, tanto do Antigo


quanto do Novo Testamento — embora seja impossível mencionarmos o ensino
integral da Bíblia sobre o assunto —, que norteiam o senso ético de todo cristão:
o Decálogo, os Profetas, os Evangelhos, o Sermão do Monte, as Epístolas
Paulinas e Gerais.

1. O Decálogo. Os Dez Mandamentos são preceitos éticos que fazem parte


da lei moral de Deus (Êx 20.1-17). Os quatro primeiros tratam da relação do
homem para com o Criador: adoração exclusiva, condenação à idolatria, alerta
acerca do uso vão de seu santo nome e a sacralidade do tempo (Êx 20.1-11).
Os seis últimos mandamentos referem-se à relação do homem com o próximo:
honra aos pais, zelo pela integridade da vida, repúdio ao adultério, proibição ao
furto, a mentira e a cobiça (Êx 20.12-17). Jesus ensinou que os dez
mandamentos resumem-se nestes dois: amar a Deus e amar o próximo (Mt
22.37-39). (LB CPAD, 2º Trim 2018, Lição 1, 1º Abr 18)

Sempre que lemos os Dez Mandamentos estamos diante do coração da Lei


de Deus. Podemos dizer que eles são uma espécie de condensação de toda a
Lei e são tão aplicáveis na atualidade quanto foram nos dias de Moisés.
“O Decálogo expressa o propósito de Deus para o povo de Israel: uma nação
que andasse em justiça, odiasse o pecado e amasse a santidade. Caso
seguissem esse estilo de vida, os judeus resplandeceriam como luz às nações
vizinhas. Mas Israel falhou nesta missão e voltou-se contra Deus. Entretanto, a
queda do povo judeu trouxe salvação aos gentios. Todavia, isso não deve
orgulhar ou ensoberbecer a Igreja do Senhor, representante do Reino de Deus
no mundo; pelo contrário, a comunidade dos santos deve temer a Deus e ouvir
o conselho do apóstolo Paulo: "Porque, se Deus não poupou os ramos naturais
[Israel], teme que te não poupe a ti também [igreja]’’ (Rm 11.2 i).” (Pr. Antônio Gilberto.
Lição 7 - Os Dez Mandamentos - 1º Trimestre de 2014 Tema: Uma Jornada de Fé - A Formação do povo de Israel e sua
herança espiritual - CPAD - Para jovens e adultos)

“Os Dez Mandamentos são o resumo da lei moral de Deus para Israel, e
descrevem as obrigações para com Deus e o próximo. Cristo e os apóstolos
afirmam que, como expressões autênticas da santa vontade de Deus, eles
permanecem obrigatórios para o crente do NT (Mt 22.37-39; Mc 12.28-34; Lc
10.27; Rm 13.9; Gl 5.1 4; Lv 1 9.1 8; Dt 6.5; 1 0.1 2; 30.6). Conforme esses
trechos do NT, os Dez Mandamentos resumem-se no amor a Deus e ao próximo;
guardá-los não é apenas uma questão de práticas externas, mas também requer
uma atitude do coração [...]. Logo, a lei demanda uma justiça espiritual interior
que se expressa em retidão exterior e em santidade. Os preceitos civis e
cerimoniais do AT que regiam o culto e a vida social de Israel [...] já não são
obrigatórios para o crente do NT. Eram tipos de sombras de coisas melhores
vindouras, e cumpriram-se em Jesus Cristo (Hb 10.1; Mt 7.12; 22.37-40; Rm
13.8; Gl 5.14; 6.2). Mesmo assim, contêm sabedoria e princípios espirituais a
todas as gerações [...]”” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.145).

2. Os profetas. A mensagem dos profetas do Antigo Testamento tem uma


imensa influência ética para os seguidores de Jesus, abarcando as esferas
morais (Jr 17.1-11; Ml 1.6-14; 2.10-16), sociais (Is 58; Mq 2.1-5) e espirituais (Jr
31.31,32; Jl 2.28-32). (LB CPAD, 2º Trim 2018, Lição 1, 1º Abr 18)

“Se um estudo fosse feito para determinar a contribuição singular das


grandes nações do mundo, verificar-se-ia que a de Israel é a profecia. Essa
dádiva é tão conspícua (distinta, notável) nada a ela se compara na história,
desde períodos antiqüíssimos. Os profetas figuram entre os maiores pregadores
do Mundo, e em qualquer lista os profetas hebraicos ocupam o primeiro lugar.
Agostinho dividiu os profetas em 2 grupos; Profetas Maiores (4) e profetas
menores (12). A Moralidade hebraica alcança seu clímax nos ensinamentos dos
profetas nos ministérios exercidos entre 800 e 400 a.C., destacando-se com
ênfase o profeta Jeremias. As mensagens dos profetas são mais do que
literaturas, são lições vivas e supremas para todas as gerações. Tem valor
permanente. Ignorar os profetas é ignorar a Deus e a História, pois esta é a sua
História”. (Ética cristã slides aula 2. Disponível em:https://pt.slideshare.net/venturaneto/tica-crist-slides-aula-2.
Acesso em: 24 mar, 2018)
Ao estudarmos os livros proféticos, vários textos apontam para o fato de que
os profetas trabalham com um conceito ético elevado (leia Is 1.23; 3.14,15; 10.1;
Am 4.1; 5.10-12; Jr 22.13). Lendo estes textos chegamos à conclusão de que
aqueles homens pregaram e escreveram ética:
a) críticas ao poder por causa de explorações e opressões relacionadas com
o sistema tributário característico daquela sociedade;
b) ênfase no respeito à ordem comunitária constituída (em hebraico chamado
de mishpat) e na prática da justiça (sedaqah);
c) respeito aos direitos dos empobrecidos como correspondente ético-moral
da pertença à fé em YAHWEH, o Deus de Israel.

3. Os Evangelhos. Evangelho são as boas novas de Cristo (Mt 9.35). A


mensagem registrada pelos evangelistas contém apelo ao arrependimento,
renúncia ao pecado, oferta de perdão, esperança de salvação e santidade de
vida (Mt 3.2; Lc 1.77; 9.62). Os seguidores de Cristo são convocados a viverem
as doutrinas do Evangelho e a adotarem a ética e a moral do Reino de Deus
como estilo de vida (Mc 10.42-45). (LB CPAD, 2º Trim 2018, Lição 1, 1º Abr 18)

Paulo argumenta que até mesmo os pagãos, que não revelam um claro
conhecimento da Lei, demonstram que a obra da Lei está escrita no coração
deles (Rm 2.14, 15).
“A tradição cristã abriu novas perspectivas para a ética de Israel. Diferentemente
dos rabinos e suas escolas para o ensino da interpretação da Lei Mosaica, Jesus
transmitiu aos discípulos uma sabedoria de vida – uma ética – centrada no Reino
de Deus e sua justiça, a serem buscados em primeiros lugar (cf. Mt 6,33).
Escolheu um método existencial – “Aprendei de mim” (Mt 11,29) – para transmitir
um modo de ser e de agir com o testemunho de vida, palavras e atos. A
linguagem parabólica foi a maneira de pregar o evangelho do Reino. “Nada lhes
falava a não ser em parábolas” (Mc 4,34). A vida e o mundo foram as escolas
onde os discípulos de Jesus se confrontavam com uma “justiça superior à dos
escribas e à dos fariseus” (Mt 5,20). Jesus não inventou uma nova ética. Antes,
foi capaz de mergulhar nas raízes da fé de Israel e, deste tesouro, “tirar coisas
novas e velhas” (Mt 13,52). Seu contexto ético-religioso exigia uma guinada. A
prevalência da mentalidade de certas correntes do movimento dos escribas e
fariseus deu origem a uma religião legalista, donde resultava uma ética feita de
submissão aos 613 mandamentos e proibições, nos quais a Torá fora codificada.
A religião e, com ela, a ética, tornaram-se um fardo pesado, um jugo esmagador,
sem espaço para a liberdade. Jesus denunciava os opositores por causa da
conduta imprópria. “Amarram fardos pesados e os põem sobre os ombros dos
homens, mas eles mesmos nem com um dedo se dispõem a movê-los” (Mt 23,4).
Criavam normas para os outros, sem assumi-las para si. Entretanto, o novo ethos
introduzido por Jesus exigia dos discípulos profunda renovação interior. A
continuidade com a tradição de Israel comportava, também, descontinuidade.
Jesus usou duas parábolas para falar da disposição para acolher a novidade de
sua proposta. “Ninguém põe remendo de pano novo em roupa velha, porque o
remendo repuxa a roupa e o rasgão torna-se maior. Nem se põe vinho novo em
odres velhos; caso contrário, estouram os odres, o vinho se entorna e os odres
ficam inutilizados. Portanto, o vinho novo se põe em odres novos; assim ambos
se conservam” (Mt 9,16-17). Sua proposta ética não podia ser confundida com o
legalismo farisaico. O Reino de Deus requeria grande abertura de coração para
ser acolhido sem reservas. Só assim se poderia captar a novidade ética do
Mestre de Nazaré.” (Ética e Teologia no Novo Testamento. Disponível
em:http://theologicalatinoamericana.com/?p=206. Acesso em: 24 mar, 2018)

4. O Sermão do Monte. Este sermão contém princípios do mais alto ideal


moral. Nele são reveladas a ética e a moral do Reino de Deus em questões
como: a ira, o adultério, o divórcio, o juramento, a vingança e o amor (Mt
5.22,28,32,37,39,44); também aborda a esmola, a oração e os jejuns (Mt
6.1,5,16); passando pela questão do prejulgamento, dos falsos profetas e dos
alicerces espirituais (Mt 7.1,15,24-27). O Sermão do Monte está para os cristãos
como o Decálogo está para os judeus. Por isso, nosso Senhor convida a seus
seguidores que priorizem o Reino de Deus e a sua justiça (Mt 6.33). (LB CPAD,
2º Trim 2018, Lição 1, 1º Abr 18)

O Sermão do Monte é uma síntese do novo ethos introduzido por Jesus. O


cristão deve caracterizar-se pela humildade, mansidão, misericórdia,
integridade, busca da justiça e da paz, pelo perdão, pela veracidade, pela
generosidade e acima de tudo pelo amor.
“O Sermão da Montanha sintetiza a ética do discípulo, na perspectiva do Reino.
Mt 5-7 reúne ensinamentos de Jesus, com paralelos em Marcos e Lucas, em
contextos diferentes. Esse catecismo do discipulado esboça, em grandes linhas,
o agir de quem optou por centrar a vida no querer do Pai, nos passos de Jesus.
Pode ser chamado de Torá (instrução, ensino) cristã, pois não pretende ser uma
lei, no sentido jurídico do termo, e, sim, uma orientação, um projeto de vida.” (Ética
e Teologia no Novo Testamento. Disponível em: http://theologicalatinoamericana.com/?p=206. Acesso em: 24 mar, 2018)

“As bem-aventuranças descrevem o caráter equilibrado e diversificado do povo


cristão. São oito qualidades que cada cristão deve ter. Cada qualidade foi
elogiada, enquanto cada pessoa que a possui foi declarada “bem-aventurada”.
A palavra grega makarios significa “feliz”. O homem que reagir ao seu ambiente
com esse espírito terá uma vida feliz. As promessas de Jesus nas bem-
aventuranças têm cumprimento presente e futuro. As bem-aventuranças não
podem ser vistas como uma “nova lei” deixada por Jesus para alcançarmos a
salvação. A salvação é pela graça. As quatro primeiras bem-aventuranças
descrevem o relacionamento do cristão com Deus, e as outras quatro, o seu
relacionamento e deveres para com o próximo.” (ÉTICA CRISTÃ NO SERMÃO DA MONTANHA
por Prof. Rev. Gildásio Reis (Th.M). Disponível:http://homempresbiteriano.blogspot.com.br/2010/08/etica-crista-no-
sermao-da-montanha-por.html. Acesso em: 24 mar, 2018)

5. As Epístolas Paulinas e Gerais. As Epístolas Paulinas, bem como as


gerais, trazem ensinamentos aprofundados sobre a nossa relação com Deus
(Rm 12.1,2; Hb 13.7-17), com o Estado (Rm 13.1-7; 1Pe 2.11-17), com o próximo
(Rm 13.8-10; 14.1-12; 1Jo 3.11-24), a injustiça social (Tg 2.1-13; 5.1-6), a
questão da sexualidade cristã e do casamento (1Co 6.12-20; 1Co 7.10-24). (LB
CPAD, 2º Trim 2018, Lição 1, 1º Abr 18)

No Novo Testamento há treze cartas escritas por Paulo. Em cada uma destas
cartas, Paulo dá um ensino específico como norma de vida aos crentes da sua
e da nossa época. Para um estudo sobre ética em cada uma das cartas, leia
aqui.
O Novo Testamento contém várias cartas menores, que são chamadas de
“universais”. Com exceção de 2º e 3º João, são dirigidas à igreja em geral.

CONHEÇA MAIS

Ética
“Historiador e estadista, Churchill não ignorava a influência da Bíblia Sagrada na
formação das grandes nações. Sabia que, sem ela, a Civilização Ocidental seria
inviável. Por isso, foi tão categórico ao analisar as conquistas espirituais e morais
da Inglaterra: ‘O estandarte da ética cristã [a Bíblia] é, ainda, o nosso mais
importante guia’”. Para conhecer mais, leia As Novas Fronteiras da Ética Cristã,
CPAD, p.9.

TÓPICO III - CHAMADOS A VIVER ETICAMENTE

Os israelitas foram reprovados por não obedecerem a lei moral outorgada por
Deus no deserto. Tal registro foi feito para a nossa advertência, pois as
Escrituras dizem acerca do perigo de não vivermos o ideal ético do Reino (1Co
10.5).

1. “Não cobiceis as coisas más”. Paulo adverte a Igreja em Corinto a não


incorrer no pecado da cobiça (1Co 10.6). No deserto os israelitas cobiçaram o
que lhes fora proibido e, por isso, sentiram saudades do Egito (Nm 11.4,5).
Infelizmente, ainda hoje, pseudocristãos cobiçam os prazeres do mundo. Assim,
preferem o hedonismo e a escravidão do pecado a cumprirem a lei moral do Pai.
(LB CPAD, 2º Trim 2018, Lição 1, 1º Abr 18)

Matthew Henry comenta 1º Co 10.5: “O apóstolo expõe ante os coríntios o


exemplo da nação judaica de antigamente para dissuadi-los da comunhão com
os idólatras e da segurança em algum caminho pecaminoso. Por milagre
cruzaram o Mar Vermelho, onde foi afogado o exército egípcio que os perseguia.
Para eles, este foi um batismo típico. O maná do qual se alimentavam era um
tipo de Cristo crucificado, o Pão que desceu do céu, e os que dele comam viverão
para sempre. Cristo é a Rocha sobre a qual se edifica a Igreja cristã; e dos
riachos que dali surgem, bebem e se refrescam todos os crentes. Isto tipifica as
influências sagradas do Espírito Santo, entregue aos crentes por meio de Cristo.
mas que ninguém presuma de seus grandes privilégios ou de sua profissão da
vaidade: elas não asseguram a felicidade celestial”.
“Paulo declara que: “Ora, estas coisas se tornaram exemplos para nós, a fim
de que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram” (1 Coríntios 10.6).
Embora este versículo fale a respeito de Israel quando do episódio do êxodo;
podemos, contudo, presumir que ele sirva, também, para todos os exemplos,
especialmente, os ruins! Creio eu, que a Bíblia nos mostra os erros, pecados e
fraquezas dos homens, não para que justifiquemos os nossos, como diriam
alguns: “Se Abraão, Davi, Elias e outros erraram, eu também posso errar”. Eu
classificaria essa afirmativa como “meia verdade” ou uma “verdade incompleta”,
pois, errar até podemos, mas, “não devemos”. Ao contrário disto, mostrando-nos
o (ruim) proceder desses homens, a bíblia, deixa-nos o exemplo para que
vejamos e creiamos na possibilidade de sermos como eles em suas virtudes e
não nos defeitos e fraquezas”. (Pr Alex Oliveira. “Aquele que está de pé…”; Disponível
em:https://opoderdasescrituras.wordpress.com/2010/10/23/aquele-que-esta-de-pe/. Acesso em: 25 mar, 2018)

2. “Não vos torneis idólatras”. O apóstolo exorta acerca do perigo da


idolatria (1Co 10.7). Enquanto Moisés recebia as tábuas da Lei (Êx 31.18), os
israelitas se corrompiam adorando um bezerro de ouro (Êx 32.1-6). O ato de
idolatria não consiste apenas na adoração de uma imagem. Falsos cristãos
desprovidos da ética das Escrituras adoram o dinheiro e os bens materiais. A
Bíblia chama esse pecado de idolatria (Cl 3.5). (LB CPAD, 2º Trim 2018, Lição
1, 1º Abr 18)

O Comentário da Bíblia Diario Vivir sobre o texto de 1º Co 10.7 traz: “O


incidente mencionado em 10.7 se refere a quando os israelitas fizeram o bezerro
de ouro e o adoraram no deserto (Exodo 32). O incidente em 10.8 é a menção
de Num_25:1-9 quando os israelitas adoraram ao Baal-peor e se envolveram em
imoralidade sexual com mulheres moabitas. A referência em 10.9 é à queixa e
chateio dos israelitas por sua alimentação (Num_21:5-6). Puseram ao Senhor a
prova, para ver quão longe podiam ir. Em 10.10, Paulo se refere a quando o povo
se queixou contra Moisés e Arão e lhes sobreveio as pragas (Num_14:2,
Num_14:36; Num_16:41-50). O extermínio do anjo se refere a Exo_12:23”.
A recomendação paulina é que nos consideremos mortos e insensíveis à
pecados perigosos e indomáveis: fornicação, impureza, paixões desordenadas,
maus desejos e avareza. Estas práticas devem ser cortadas antes que se tornem
poderosas e indestrutíveis e acabem por nos destruir. Devemos fazer cada dia
uma decisão conscienciosa para tirar algo que sustente ou alimente estes
desejos e depender do poder do Espírito Santo.
Só o Senhor Deus de Israel deve ser cultuado. Todo outro culto é proibido e
constitui idolatria (Ex 20,3-6; Dt 5,7-10). Israel acreditou na existência de outros
deuses (Jz 11,23s) e se deixou seduzir pelo culto a deuses cananeus, assírios e
babilônios (Nm 25,3; Jz 2,12; 1Rs 14,22-24; 2Rs 21,2-15). Os deuses e suas
imagens (cf. Dt 4,15-24 e nota) são invenção dos homens (Rm 1,23) e um grave
pecado (Sl 96,5; Sb 13,1-5; Rm 1,23-25; 1Cor 5,10s). Também a cobiça de
riquezas é idolatria (Cl 3,5; Ef 5,5).

3. “Não nos prostituamos”. À luz da história dos israelitas, o apóstolo alerta


acerca da maldição provocada pela prostituição (1Co 10.8). A imoralidade
encabeça a lista das obras da carne: “prostituição, impureza, lascívia” (Gl 5.19).
Muitos, em nome da “graça barata”, justificam a imoralidade e a sensualidade
em suas vidas. A Palavra nos ensina que é preciso conservar o nosso corpo
irrepreensível (1Co 6.18,19; 1Ts 5.23). (LB CPAD, 2º Trim 2018, Lição 1, 1º Abr
18)

Todos temos desejos naturais para o mal e não os podemos ignorar. A fim de
seguir a guia do Espírito Santo devemos enfrentá-los com decisão (crucificá-los,
Gl 5.24). Estes desejos incluem pecados óbvios tais como imoralidade sexual e
feitiçaria. Também incluem pecados menos óbvios como a ambição, o ódio e o
ciúme. O ignorar nossos pecados ou recusar enfrentá-los revela que não
recebemos o dom do Espírito que guia e transforma nossa vida!
Não sei a que se refere o comentarista quando usa o termo “graça barata”,
contudo, foi Dietrich Bonhoeffer, pastor e teólogo da Igreja Luterana da
Alemanha (martirizado aos 39 anos pelos Nazistas). "A graça barata é a
pregação do perdão sem arrependimento, é o batismo sem a disciplina de uma
congregação, é a Ceia do Senhor sem confissão dos pecados, é a absolvição
sem confissão pessoal. A graça barata é a graça sem discipulado, a graça sem
a cruz, a graça sem Jesus Cristo vivo, encarnado”. (Ultimato Online).
O que quer dizer Paulo quando manifesta que nossos corpos pertencem a
Deus? Muitos dizem que têm o direito de fazer com seus corpos o que queiram.
Embora pensem que isso é liberdade, não são a não ser escravos de seus
desejos. Quando decidimos seguir a Cristo, o Espírito Santo vem a nossas vidas
e vive em nós. Portanto, deixamos de ser donos de nossos corpos. "Comprados
por preço" se refere a um escravo que foi comprado em um leilão. Se você viver
em um edifício alheio, procura não violar as normas estabelecidas em dito lugar.
Como seu corpo pertence a Cristo, não deve violar suas normas em seu jornal
viver. (Biblia Vivir)

CONCLUSÃO

A Bíblia Sagrada é o fundamento para o viver ético-moral dos cristãos. É a


única regra infalível de fé e de conduta para a Igreja (2Tm 3.16). Portanto, em
tempos de ataques ideológicos contra a cultura judaico-cristã, a Igreja não deve
furtar-se de ser o “sal da terra” e a “luz do mundo” em pleno século XXI (Mt
5.13,14). (LB CPAD, 2º Trim 2018, Lição 1, 1º Abr 18)

Como viver um cristianismo coerente em uma sociedade em mudança rápida?


Nas grandes questões éticas da atualidade, a Bíblia, de fato, tem uma posição
clara e inequívoca. Devemos considerar os princípios e formas do agir ético
cristão, para ajudar aqueles que estão tão confusos quanto às normas de
conduta que devem aplicar nestes dias de confusão ética e moral.
No evangelho de Mateus percebe-se dois elementos principais no discurso
aferido por Jesus, são os seguintes:
Sal da Terra – subentende-se que o sal seja a conduta correta, verdadeira
e característica de todo cristão, um modelo de pessoas que conservam e
transmitem a ética da vida cristã.
Luz do Mundo – Da mesma forma que o sal da terra, a luz do mundo tem a
sua metáfora voltada para a ética da vida cristã. Obs. Mas ambos têm o seu
papel semelhante neste discurso. Ex: O sal quando cumpre o seu papel que é
temperar ou dar sabor ele some deixando apenas o seu gosto. Assim também a
luz quando acesa serve para iluminar outros ambientes e não a si próprio, ou
seja, a função do cristão não é aparecer ou ficar famoso pelo que faz (sua
função), mas cumprir a sua função lembrando que todo o crédito e mérito é de
Cristo.

“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o
gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor
Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Março de 2018

PARA REFLETIR
A respeito do tema “O que É Ética Cristã”, responda:
Quais são os significados das palavras “ética” e “moral”?
A palavra “ética” significa “costumes” ou “hábitos”. A palavra “moral”
corresponde ao sentido de “normas” ou “regras”.
Qual é o fundamento moral da Ética Cristã?
As Escrituras Sagradas.
Aponte as principais seções bíblicas que fundamentam a Ética Cristã.
Os textos do Decálogo, da mensagem dos profetas, dos Evangelhos, do
Sermão do Monte, das Epístolas Paulinas e Gerais.
Cite pelo menos três esferas éticas de nossa vida que essas seções bíblicas
abarcam.
Esferas morais, sociais e espirituais.
Por que os israelitas foram reprovados?
Os israelitas foram reprovados por não obedecerem a lei moral outorgada por
Deus no deserto. (LB CPAD, 2º Trim 2018, Lição 1, 1º Abr 18)

SUBSÍDIO PEDAGÓGICO

Professor (a), para introduzir o primeiro tópico desta lição é muito importante que
você domine o conceito de “ética” e de “moral”. Muitos confundem dois termos
devido à natureza etimológica bem próxima de ambos. Neste espaço, para
ajudá-lo(a) neste propósito, e com o auxílio do filósofo cristão Arthur Holmes
(Ética: As decisões morais à luz da Bíblia, editada pela CPAD), pontuamos
algumas considerações à respeito do binômio ética-moral:

ÉTICA MORAL
1. A Ética trata a respeito das
1. A Moral trata-se das virtudes e
virtudes e dos valores que devemos
valores propriamente ditos que
cultivar ao longo da vida;
constitui o espírito humano;
2. A Ética diz respeito à consciência
2. A Moral é o conjunto de regras e
de nossas obrigações morais;
princípios instituídos na consciência
3. A Ética nos conduz a caminhos
da pessoa;
que devemos percorrer para agirmos
3. A Moral se manifesta na ação
com correção nos problemas morais
concreta de uma pessoa.
práticos.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“Atenção para a tradição da Igreja de Cristo!


Além das Sagradas Escrituras, a Igreja de Cristo tem uma tradição riquíssima
em decisões de questões éticas, como aborda muito bem o pastor Claudionor
de Andrade: ‘Se, por um lado, não podemos escravizar-nos à tradição, por outro,
não devemos desprezá-la. Sem o legado dos que nos precederam, jamais
teríamos conseguido estruturar nosso edifício teológico, moral e ético. Logo, é-
nos permitido eleger a tradição eclesiástica como o segundo fundamento da
Ética Cristã. [...] A tradição, quando bem utilizada, assessora a Igreja nos dilemas
teológicos, morais e éticos. O apóstolo Paulo reconhece-lhe a importância: ‘Nós
vos ordenamos, irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de
todo irmão que ande desordenadamente e não segundo a tradição que de nós
recebestes’ (2Ts 3.6). O que não podemos fazer é colocá-la de pé de igualdade
com a Bíblia. A Didaqué é um dos tratados mais antigos e tradicionais da Igreja
Cristã. Produzida ainda nos dias apostólicos, ajudou os primeiros cristãos a
posicionarem-se espiritual e eticamente. A Doutrina dos Doze Apóstolos, como
também é conhecida, realçava-se por amorosas admoestações, conforme
podemos observar: ‘Há dois caminhos: um da vida e outro da morte. A diferença
entre ambos é grande. O caminho da vida é, pois, o seguinte: primeiro amarás a
Deus que te fez: depois teu próximo como a ti mesmo. E tudo o que não queres
que seja feito a ti, não o faças a outro’. Mais adiante, prossegue o autor anônimo,
citando as práticas que conduzem o ser humano à perdição: ‘Mortes, adultérios,
paixões, fornicações, roubos, idolatrias, práticas mágicas, rapinagens, falsos
testemunhos, hipocrisias, ambiguidades, fraude, orgulho, maldade, arrogância,
cobiça, má conversa, ciúme, insolência, extravagância, jactância, vaidade e
ausência do temor de Deus” (ANDRADE, Claudionor de. As Novas Fronteiras da
Ética Cristã. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2017, pp.17,18).

SUBSÍDIO DIDÁTICO

“A santidade na vida prática (12.14)


A santidade não é algo opcional ou extra na vida cristã, mas algo que pertence
à sua essência. Somente aqueles que têm o coração puro verão a Deus;
ninguém mais (Mt 5.8). Aqui (Hb 12.14), como no verso 10, trata-se da santidade
na vida prática. Deste modo, 12.14 começa exortando os crentes a procurarem
verdadeiramente a paz e a santidade como estilo de vida. Fazer todo o esforço
possível (dioko) transmite a ideia da diligência na busca da paz e da santificação,
e não um esforço que produz obras mortas e justiça própria.
Muitos intérpretes entendem a busca da ‘paz’ em 12.14 como se referindo à paz
com todos (como na NVI). A preposição grega neste verso, é meta com o
genitivo, que traz um sentido de ‘junto com’ (cf. 11.9; 13.23). Deste modo, o
termo ‘todos’ significa especialmente junto com ‘todos os outros crentes’ (cf.
13.24), que também estão sendo exortados a procurar a paz de Cristo na
comunidade. Como um objeto direto do verbo dioko, a paz é vista como uma
realidade objetiva ligada a Cristo e à sua morte redentora na cruz, que torna
possível a harmonia e a solidariedade na comunidade cristã (cf. Cl 1.20).
Semelhantemente, a ‘santidade’ é essencial para a comunidade cristã (cf.
12.15). O pecado divide e contamina o Corpo de Cristo (a Igreja), da mesma
maneira que o câncer faz com o corpo humano. Procurar a santidade sugere um
processo de santificação no qual a nossa vida e nossa maneira de viver são
separadas para Deus como santas e como instrumentos de honra a Ele. Somos
transformados conforme a semelhança de Deus quando nos aproximamos e nos
mantemos no Lugar Santíssimo de sua presença. Na união e na comunhão com
Deus, no Lugar Santíssimo, reside o poder da ‘paz’ e da ‘santidade’”
(ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Ed.) Comentário Bíblico
Pentecostal Novo Testamento. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2004, p.1634).

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO


O que é Ética Cristã
Corrupção, degradação dos valores interiores, relativização da vida humana. As
questões são muitas. Os desafios, tensos. Não poucos cristãos se veem na
encruzilhada da ética. Por exemplo, diante de uma gravidez, quando se recebe
um diagnóstico assustador acerca do bebê, é possível continuar a crer na
sacralidade da vida? Ou diante do sonho da maternidade é possível continuar
ético e bíblico para não manipular diversos embriões (sabendo que na
fertilização in vitro a maioria dos embriões se perde) em nome desse sonho? A
resposta para essas e outras perguntas dependerá da convicção ética que a
pessoa tem segundo as Sagradas Escrituras.
Neste trimestre, o tema da Ética é o objeto do nosso estudo. Como introdução
ao assunto, é importante o prezado professor, a prezada professora, procurar
dominar os conceitos de “ética” e de “moral”, distinguindo-os com clareza. Aqui,
podemos iniciar esse trabalho com o auxílio do filósofo cristão norte-americano,
Arthur Holmes, que descreve a ética da seguinte forma: “a ética trata do bem
(isso é, dos valores e virtudes que devemos cultivar) e do direito (isso é, de quais
devem ser as nossas obrigações morais). Ela avalia pontos de vista alternativos
do que é o bem e o direito; explora caminhos para alcançarmos o conhecimento
moral de que necessitamos; indaga por que devemos agir com correção e, a
partir daí, conduz a problemas morais práticos, que estimulam a assim
pensarmos prioritariamente” (Ética: As decisões morais à luz da Bíblia, CPAD,
p.10). A partir dessa descrição podemos perceber que a questão da moral,
diferentemente da “ética”, se atém à prática das ações do bem viver. Nesse
sentido, a ética aponta para as práticas virtuosas, ou seja, ela fundamenta a
moral.
No caso da Ética Cristã, seu objeto de reflexão susta-se de acordo com os
princípios morais desenvolvidos ao longo das Escrituras. A lei moral que
promana da Bíblia é refletida hoje em nossa sociedade; ou seja, os princípios
morais postos nas Escrituras, e manifestos por meio da cultura judaico-cristã,
estão claramente presentes em nossa cultura ocidental.
Já que é impossível esgotarmos todos esses princípios neste espaço, sugerimos
que aprofunde os estudos das seguintes seções bíblicas: O Decálogo, a
Mensagem dos Profetas, a Mensagem dos Evangelhos, o Sermão do Monte, os
aspectos éticos das Epístolas Paulinas e Gerais. Bom trimestre!

Postado por Francisco Barbosa

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