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Matheus Alencar F.

Oliveira
Data: 25/set/2017

Resenha do texto: Godefrey N. Uzogwe, (cap. 2: “Partilha europeia e conquista da África:


apanhado geral”, em: UNESCO, História Geral da África (vol. VII): África sob dominação
colonial,1880-1935, Brasília: UNESCO/Ministério da Educação do Brasil/Universidade Federal de
São Carlos, 2010, pp. 21-50.

O capítulo Partilha europeia e conquista da África: apanhado geral de Godefrey N. Uzogwe


no livro “História Geral da África (vol. VII): África sob dominação colonial,1880-1935, UNESCO”
(2010), faz uma análise sobre teorias da história da partilha e do novo imperialismo. O autor
trabalha temas como: partilha da África, teoria da dimensão africana, perspectivas historiográficas.
Além disso, faz uma análise das teorias que a Partilha da África deu origem. São elas a teoria
econômica, terias psicológicas, teoria diplomática e teoria da dimensão africana.

Segundo Uzogwe, os objetivos básicos das teorias psicológicas e das diplomáticas, é


acabar com a ideia de que a partilha da África se deve a motivos econômicos e que a África teria
riquezas que interessavam à Europa. É mostrado que as teorias psicológicas embora possam
conter pistas para entender a partilha da África não conseguem explicar por que ela se deu num
determinado momento histórico, enquanto as teorias diplomáticas fornecem suporte específico e
concreto às teorias psicológicas com as ideias de prestígio nacional, equilíbrio de forças e
estratégia global para explicar os motivos deste processo.

No texto é enfatizado que é necessário e fundamental examinar a partilha da África da


perspectiva histórica africana. Em 1893, J. S. Keltie salienta que “A corrida de 1880 foi
consequência lógica da roedura progressiva do continente iniciada 300 anos antes”. Admitindo os
motivos econômicos da partilha. Por muito tempo estas ideias não encontraram eco, mas em 1956
com K. Dike em “Trade and politics in the Niger Delta” a dimensão africana da partilha foi
retomada e encorajou toda uma geração de historiadores a abordar o contexto da partilha no
contexto de um longo período de contatos entre raças e culturas diferentes.

O autor explica a partilha levando em consideração tanto os fatores europeus quanto os


africanos e acredita que assim procedendo se completam as teorias eurocêntricas examinadas
anteriormente com a da dimensão africana. Ele rejeita a ideia de que a partilha e a conquista
foram inevitáveis para a África, intrínsecas na sua história e defende que foi uma consequência
lógica da devoração da África pela Europa muito antes do século XIX e aponta que o poder bélico
e tecnologias adquiridas pela industrialização dos europeus, como a imunidade à malária, foram
fatores decisivos que possibilitaram derrotar a África. De fato, para a Europa, a conquista não
podia sobrevir em melhor momento; para a África, o momento não podia ser pior.

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