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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO ESCOLAR


ESCOLA DE GESTORES
Berenice Soares Duarte

RELAÇÃO INTERPESSOAL:
Desafio a ser enfrentado na Escola Municipal Vereador José Odete.

Palmas – TO, 2010.


UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO ESCOLAR
ESCOLA DE GESTORES

Berenice Soares Duarte

RELAÇÃO INTERPESSOAL:
Desafio a ser enfrentado na Escola Municipal Vereador José Odete.

Artigo apresentado à Universidade Federal do


Tocantins como requisito para conclusão do
Curso de Pós-Graduação em Gestão Escolar –
Escola de Gestores, com a
orientação da Professora Evania D’arc
Fonseca Aires Paranhos e Klívia de Cássia
Silva Nunes.

Palmas – TO

2010.
RELAÇÃO INTERPESSOAL:
Desafio a ser enfrentado na Escola Municipal Vereador José Odete

Berenice Soares Duarte1

Orientador: Evânia D’arc Fonseca Aires Paranhos 2

Klivia de Cássia Silva Nunes.3

RESUMO

Esse trabalho de conclusão de curso tem como objetivo apresentar o resultado


da pesquisa de campo, desenvolvida na unidade escolar Vereador José Odete,
na perspectiva de compreender e buscar caminhos para melhorar as relações
pessoais, ocorrida na rotina dos atores envolvidos com a escola. Considerando
que a escola é um centro de relações, que podem ocorrer positivamente ou
negativamente de acordo com a intencionalidade e o propósito de cada
profissional e melhorar essas relações é um esforço constante do gestor que
buscar fortalecer um espaço de compreensão e respeito entre os envolvidos,
contribuindo assim para uma gestão participativa e democrática. O educador,
em geral, deve ter como propósito a valorização da educação e o
desenvolvimento integral de seus educandos. Para melhor reconhecimento da
realidade, foram utilizados vários instrumentos na pesquisa como: pesquisa
bibliográfica, entrevista, reuniões e palestra, levando o conhecimento dos
envolvidos no processo, tomar consciência da realidade e conseqüentemente
facilitando o desenvolvimento de ações interventivas no contexto escolar,
provocando uma melhor relação entre todos. Conclui-se que o envolvimento e
a boa relação interpessoal são imprescindíveis para o sucesso não só da
formação integral dos alunos, mas para o sucesso da escola como um todo.

PALAVRAS CHAVE: Escola, Gestão, relação interpessoal.

1
Pedagoga Faculdade de Educação Ciências e Letras De Paraíso do Tocantins Licenciatura Plena em
Pedagogia, Gestora da Escola Municipal Vereador José Odete E-mail:berecas78@hotmail.com

2
Graduada em Geografia(UFT) e Pedagogia (ULBRA), Especialista em Saúde Pública
(FIOCRUZ) e Psicopedagoga (Universidade de Araxá).
3
Graduação em Pedagogia (ULBRA), Especialista em Gestão Educacional (ULBRA) e
Mestrado em Educação (UCG).
1. INTRODUÇÃO

De acordo os estudos realizados, promover um ambiente de respeito e


harmônico em que haja um bom relacionamento interpessoal, se torna um
grande desafio na rotina das escolas, impedindo-as de formar verdadeiras
equipes para melhoria do ensino.

Nesse sentido, o presente artigo tem por objetivo analisar os processos


interativos em toda equipe da Escola Municipal Vereador José Odete.
Compreendendo que o estudo do relacionamento humano, é um tema de alta
complexidade, pois existem diversos fatores envolvidos na questão,
influenciando diretamente os atores principais do processo de ensino e
aprendizagem

Por isso, a busca de compreender as relações estabelecidadas no


espaço social escolar e impresindivel, considerando que esse espaço escolar é
na sua essencial humano e nele nos fortalecemos como pessoas. Restando a
escola saber lidar com as questões interpessoais, desenvolvendo ações que
tenha essa finalidade, fortalecer as relações, gerando conforto e respeito na
convivencia escolar, ações essas que ajudarão alunos e profissionais a
permanecer nela.

A escola como um espaço de relações sociais, resultante da interação


de agentes individuais composta por uma rede de grupos culturais diferentes,
que se interagem de forma sincrônica dentro do espaço e do tempo escolar,
por isso, é normal que aconteçam os conflitos. O que não pode ser comum é o
desprezo em relação aos incômodos, pois esses devem ser trabalhados a fim
de tornar os sujeitos mais tolerantes com o seu próximo. Pois, nem sempre
encontramos pelo caminho pessoas que somente nos agradam, tendo aqueles
que de uma forma ou outra causam sensações que não queríamos viver.

Concebe-se que um grupo de pessoas se transforma em uma equipe,


quando conseguem criar um espírito de trabalho coletivo no quais as
diversidades pessoais, não se constituem em entraves, mas se transformam
em riquezas, unindo e se completando na busca de objetivos comuns. É muito
importante prestar atenção no outro, em seus saberes, dificuldades, angustias,
enfim, no seu momento. Um olhar atento, sem pressa, que acolha as
mudanças as semelhanças e as diferenças, um olhar que capte antes de agir.

Outro aspecto observavel e questionável foi em relação ao uso das


tecnologia, se esse é mais um fator agregador para o distanciamento das
pessoas, provocador de isolamento social, contrariando à concepção de uma
sociedade interativa.

2. A importância da relação interpessoal na escola e o mundo tecnológico

O mundo tecnológico é cada vez mais presente, condicionando a mente


e os anseios de nossos jovens. Com as inovações tecnológicas as pessoas se
tornaram menos comunicativas e sociáveis, tanto em sociedade quanto na
própria escola, perdeu-se um pouco do contato físico e presencial. Educar para
a cidadania significa educar pessoas capazes de conviver, comunicar e
dialogar num mundo interativo, dentro da perspectiva onde as pessoas
reconhecem a interdependência dos processos individuais e dos processos
coletivos. A dificuldade nas interações entre as pessoas é uma realidade da
cultura que implica nos resultados. Nesse sentido, Vasconcellos (2001, p.57)
faz o seguinte alerta: “O autêntico professor é aquele que necessariamente faz
memória, recorda os mitos, os sonhos, as utopias e as tradições, as
aprendizagens do passado, a cultura, ao mesmo tempo em que analisa o
presente e projeta o futuro”. Ou seja, é o professor que resgata a história do
seu povo, dando um novo sentido, valorizando-as.

A sociedade tem passado por grandes desafios, desenvolvendo projetos


e tecnologias que procuram modificar o cenário grotesco e desencorajador,
próprio deste tempo de ameaças, violências e desesperança. Com essa
complexidade se torna cada vez mais difícil educar os jovens e as crianças,
pois recebem influências diferentes, especialmente do mundo da comunicação;
tendências que influenciam fortemente seus comportamentos, deixando de
lado o que é essencial na relação humana, a afetividade.

Contemplando esse pensamento, Perrenoud (2001, p. 20), afirma-nos


dizendo: “O ensino é uma profissão relacional, que é o professor, com suas
palavras, seus gestos, seu corpo, seu espírito, que dá sentido, luz ou sombras
ás informações que quer fazer chegar aos colegas e aos alunos”. É
extremamente significativa essa afirmação, em que conduz a ação educativa
não apenas como um ato de transmitir conhecimento, muito mais que isso, na
verdade é um encontro.

Cada um de nós tem potencialidades, mas devemos ter as condições


necessárias para que possamos utilizá-las e efetivá-las. É preciso saber que a
relação de ajuda presente no ato educativo procura promover o crescimento e
o desenvolvimento de uma outra pessoa. A empatia é um dos principais
facilitadores do entendimento, assim como o respeito, que é a capacidade de
acolher o outro integralmente.
Quando as relações pessoais se estabelecem, como bem sucedidas, as
ações educativas também se sobressaem e com elas a maior compreensão
entre os envolvidos, gerando facilidade no diálogo.

3. Alguns Fatores Bloqueadores e Facilitadores do Relacionamento


Entre as Pessoas: a comunicação na escola.

O reconhecimento da diversidade possibilita a convivência harmônica e


enriquecedora entre os indivíduos. O auto conhecimento é sobretudo resultado
de um trabalho pautado no próprio conhecimento e principalmente no
reconhecimento do outro nos ambientes de aprendizagem onde acontecem as
relações. Atuar em conjunto para enfrentar problemas encaminhar soluções ,
realizar experiências inovadoras na escola, promovendo um clima satisfatório ,
é o grande desafio da gestão democrática. Isso significa que é preciso
desenvolver competências para enfrentar desafios. Não apenas desenvolver as
próprias habilidades , mas também favorecer o desenvolvimento de todos os
envolvidos no processo de gestão.

Sabemos que a comunicação é um fator fundamental no entendimento


entre as pessoas, principalmente em casa, no trabalho, por fim nas relações
sociais. Segundo Barbosa e Sampaio,(2008, p.30), “[...]distinguimos dois tipos
de comunicação, o interpessoal e o intrapessoal ambas formas particulares de
comunicação”. Que muitas das vezes são interdependentes, ou seja, a relação
da pessoa com o seu proximo e com ela mesma.
Essa relações, no contexto da escola vem sendo empobrecida, ficando
estabelecida apenas como mero cumprimento de tarefas, cronogramas e
prazos. Sem se dar conta, a escola limita a aprendizagem dos alunos aos
conteúdos específicos, e estes muitas vezes são descontextualizados e nem
um pouco significativos, ficando a tarefa pela tarefa e as relações humanas
enfraquecidas.
A escola, por ser um centro de relações, abarca uma rede intensa de
relações, pautada na diferenciação entre as pessoas, que influencia o ato
educativo. Essas diferenciações referem-se às características pessoais de
cada integrante da comunidade educativa: dizem respeito a quem somos no
que acreditamos e como percebemos a vida e nossos objetivos.
Esta constatação, de empobrecimento das relações pessoais, não é só
referente aos educadores, mas também a todos da equipe escolar, que vem se
agravando, se tornando natural e fortalecida pela concepção dos tempos
modernos, ou seja, o homem contemporâneo.

4. Pesquisa de Campo

A pesquisa de campo foi realizada na Escola Municipal


Vereador José Odete, a primeira a ser instalada no Setor Vila Milena. Sua
construção se deu em fase do acentuado crescimento demográfico daquele
setor, e devido à distância de outros setores, o que dificultava o acesso à
educação. Está situada a Rua 26 s/nº, Qd. 34, Lts.17,18 e 19. Construída na
época, pelo prefeito Manoel de Jesus Torres, tendo como Secretária da
Educação da época a senhora Iolanda Leone Mantovane. A escola foi
construída conforme a planta padrão do município e fez opção pelo Regimento
Escolar e pela Grade Curricular Padrão da SEDUC – TO. Foi criada pela Lei
Municipal nº686/94 de 20/05/94. Autorizada pela Resolução CEE – TO, a
funcionar a partir de 1994 na cidade de Paraíso do Tocantins, para ministrar o
Ensino Fundamental de 1ª a 8ª série. Inaugurada em 19 de Outubro de 1995 e
recebeu o nome de Escola Municipal Vereador José Odete em homenagem
póstuma ao ex-vereador José Odete. Sua criação e denominação se deram
através da Lei nº706/94. A escola iniciou seu funcionamento em 1994 com 134
alunos matriculados no turno matutino – Pré-escolar, e de 1ª a 3ª série do
Ensino Fundamental, tendo como diretora a senhora Maria de Lourdes Alves
Ferreira.

A Escola Municipal Vereador José Odete tem como filosofia oferecer uma
educação de qualidade, democrática, participativa, como um espaço cultural de
socialização e desenvolvimento, capacitando o educando, ampliando suas
competências para atuação nos diversos contextos sociais com igualdade de
condições, preparando-os para o exercício dos seus direitos e o cumprimento
dos deveres.

Desde sua criação a Escola funcionou sobre a direção de uma gestora,


que atuou durante 14 anos. Quando mudou a direção da escola, foram
enfrentadas muitas dificuldades, uma delas foi o relacionamento entre os
servidores, pois a escolha da nova gestora foi feita através do processo de
eleição, com isso todos passaram se sentir “livres” e assim começaram a ser
gerados pequenos conflitos que passaram a causar problemas, dificultando o
bom andamento da unidade escolar. Para tentar amenizar essa situação foram
feitas algumas entrevistas buscando entender quais eram os anseios dos
servidores desta Unidade Escolar, de acordo com as respostas obtidas ficou
claro que o anseio maior dos servidores era ter seu trabalho reconhecido
independente de sua função, realizamos também reuniões com palestras de
auto estima onde trabalhamos com dinâmicas mostrando que todos são
importantes dentro da unidade escolar e que conseguiremos alcançar melhores
resultados se trabalharmos em equipe.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Podemos então concluir que um dos grandes desafios do mundo


moderno é desenvolver a qualificação e o potencial das pessoas para se obter
maior comprometimento com resultados desejados , criando condições mais
favoráveis à inovação e ao aprimoramento tanto pessoal quanto institucional, a
educação, e a especial em escola, não pode fugir a essa regra. Hoje podemos
dizer que apos o trabalho realizado na escola temos um clima mais harmonico,
onde todos se preocupam com o bom andamento da unidade escolar como um
todo e nao como parte fraguentadas. Devemos ter a capacidade de valorizar o
que o outro trás consigo, sabendo que, cada pessoa é diferente da outra, que
os nossos sentimentos podem mudar dependendo do que vivenciamos. O
resultado disso é uma melhor produtividade, maior amizade e espírito de
equipe, evidenciando apreciação mútua entre os membros do grupo e
revelando maior satisfação. Vale ressaltar que quando as pessoas trabalham
satisfeitas com certeza o trabalho será realizado com mais êxito.

ABSTRACT

This conclusion of course work aims to present the results of field research,
developed at schools Alderman Joseph Odette, in order to understand and find
ways to improve personal relationships, which occurred in the routine of the
players involved with the school. Considering that the school is a center of
relationships, which can occur positively or negatively according to the intent
and purpose of each work and improve those relations is a constant effort of the
manager who seek to strengthen an area of understanding and respect among
stakeholders, helping so for a democratic and participative management. The
educator, in general, must have as its purpose the enhancement of education
and integral development of their students. For better recognition of reality,
several instruments were used in the research as: literature review, interviews,
meetings and lecture, bringing knowledge of those involved in the process,
become aware of reality and thus facilitating the development of interventive
actions in the school context, resulting in a better relationship among all. We
conclude that the involvement and good interpersonal relations are essential to
the success of not only education of students, but for the success of the school
as a whole.
KEY WORDS: School management, interpersonal relationship .

.
REFERÊNCIAS

• CADERNO 5 – Conselho Escolar, Gestão Democrática da Educação e a


Escolha do Diretor.

• LIBANEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e


prática. 5. ed. Goiânia: Alternativa, 2004.

• PERRENOUD, Philippe. A pedagogia na escola das diferenças:


fragmentos de uma sociologia do fracasso. Porto Alegre: Artmed Editora,
2001.
• VASCONCELOS, C. S. (2001). Para onde vai o professor? Resgate do
professor como sujeito de transformação. São Paulo: Libertad.

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