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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS


ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL

MARCELA GOMES MACHADO


TAINARA M.B. OLIVEIRA

EXPERIMENTO 1: PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES

CRUZ DAS ALMAS – BA


ABRIL DE 2016
MARCELA GOMES MACHADO
TAINARA M. B. OLIVEIRA

PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES

Relatório do experimento realizado nos dias 13 e 20/04/16


apresentado à disciplina Física Geral e Experimental II –
Turma P05, sob orientação do Professor Rafael no curso de
Engenharia Sanitária e Ambiental como requisito de
avaliação.

CRUZ DAS ALMAS – BA


ABRIL DE 2016

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SUMÁRIO

1 – OBJETIVO........................................................................................................................04

2 – INTRODUÇÃO.................................................................................................................04

3 - MATERIAL UTILIZADO...............................................................................................05

4 - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL..........................................................................05

5 - TRATAMENTO DE DADOS E ANÁLISE....................................................................06

6 – CONCLUSÃO...................................................................................................................12

7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................13

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1 - OBJETIVO
O presente relatório tem como objetivo identificar o empuxo como aparente
diminuição da força peso de um corpo submerso num líquido e reconhecer a sua dependência
em relação à densidade do líquido deslocado, além de determinar experimentalmente a
densidade de um sólido através do empuxo sofrido por ele ao ser submerso na água e através
da afirmação “todo corpo mergulhado em um fluido fica submetido à força vertical, orientada
de baixo para cima, denominada empuxo, de módulo igual ao peso do volume do fluido
deslocado”, reconhecer sua veracidade.

2 - INTRODUÇÃO

Em virtude do princípio de Pascal, quando um corpo qualquer é imerso num fluido,


sofre pressões diferenciadas sobre a sua superfície, maiores em módulo na sua parte inferior
que na sua parte superior, levando a uma força resultante vertical que pode ser para cima ou
para baixo (a depender do módulo da força gravitacional a que o corpo é submetido, e do peso
do fluido deslocado por tal corpo). Este fenômeno é regido pelo chamado princípio de
Arquimedes.
De acordo com tal princípio, o empuxo hidrostático, isto é, a força que o fluido exerce
sobre o corpo é igual ao peso do volume de fluido deslocado no processo de imersão, ou seja,
um corpo que se encontra imerso em um líquido, agem duas forças: a força peso (P), devida à
interação com o campo gravitacional terrestre, e a força de empuxo (E), devida à sua interação
com o líquido. Isto pode ser facilmente constatado, imagine-se uma porção de um líquido em
repouso, de volume V, limitado por uma superfície S. Sobre essa porção do líquido atuam
pressões diferenciadas, à maneira que atuariam num corpo sólido colocado no seu lugar. Além
das forças devidas à pressão hidrostática, sobre a porção V do líquido atua apenas o seu
próprio peso. Como, por hipótese, o líquido não se movimenta conclui-se que a força total que
atua sobre essa genérica porção dele é nula e, consequentemente, que a resultante das forças
de pressão tem o mesmo valor que o peso do volume V de líquido e aponta, ao contrário
deste, para cima. Se o lugar desse volume de líquido for ocupado por um corpo sólido, não
haverá mudança no valor da resultante das forças de pressão e, portanto, o empuxo
hidrostático que é o seu resultado final será ainda igual ao peso do volume de líquido
deslocado pelo corpo no processo de imersão, como preceitua o princípio de Arquimedes.

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3 - MATERIAL UTILIZADO

 Um sistema de sustentação principal Arete, com tripé, haste e sapatas niveladoras;


 Um cilindro de Arquimedes com recipiente e êmbolo (duplo cilindro de Arquimedes);
 Um dinamômetro de 2N e precisão de 0,02N;
 04 corpos de prova (plástico, alumínio, aço e cobre);
 Um béquer de 250ml;
 Água, álcool e sal.

4 - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

PARTE 1:

Primeiramente ajustamos o dinamômetro em zero, montamos o equipamento e penduramos o


êmbolo na parte inferior do recipiente e este fora pendurado no dinamômetro, em seguida,
pesamos o duplo cilindro de Arquimedes. O peso marcado foi de (0,80 ± 0,01) N, que é o
peso real do duplo cilindro de Arquimedes. Após, mergulhamos o êmbolo em um béquer com
água destilada, submergindo-o completamente e obtivemos um peso de (0,28 ± 0,01) N que é
o peso aparente.

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PARTE 2:

Enchemos o recipiente do duplo cilindro de Arquimedes com água destilada e o pesamos,


obtendo o peso igual a (0,84 ± 0,01) N.

Obs: O recipiente do duplo cilindro de Arquimedes estava com problemas, o êmbolo não
encaixava perfeitamente ao recipiente.

PARTE 3:

Depois de esvaziado o recipiente do duplo cilindro de Arquimedes, dissolvemos sal na água


contida no béquer e determinamos o peso do êmbolo submerso nessa água. Descartamos a
água do béquer e completamos com álcool e obtivemos o peso do êmbolo submerso em
álcool, e por fim o empuxo, esses valores constam na tabela abaixo:

Peso Real Peso Aparente Empuxo

Água + sal (0,80 ± 0,01) N (0,26 ± 0,01) N (0,54 ± 0,02) N


Álcool (0,80 ± 0,01) N (0,42 ± 0,01) N (0,38 ± 0,02) N

PARTE 4:

Em seguida, descartamos o álcool do Becker e o enchemos com água. Realizamos a mesma


montagem do equipamento substituindo o “duplo cilindro de Arquimedes” pelos corpos de
prova. Medimos o peso real, os pesos aparentes submersos em água e por fim, no tratamento
dos dados, o empuxo, e esses valores estão todos apresentados na Tabela contida abaixo:

Corpo de prova Peso Real Peso Aparente Empuxo


Plástico (0,12 ± 0,01) N (0,01 ± 0,01) N (0,11 ± 0,02) N
Aço (0,92 ± 0,01) N (0,80 ± 0,01) N (0,12 ± 0,02) N
Alumínio (0,26 ± 0,01) N (0,16 ± 0,01) N (0,10 ± 0,02) N
Cobre (0,88 ± 0,01) N (0,79 ± 0,01) N (0,09 ± 0,02) N

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5 - TRATAMENTO DE DADOS E ANÁLISE

PARTES 1 e 2:

Na primeira parte do experimento notamos uma redução significativa do peso do


duplo cilindro de Arquimedes ao submergir o êmbolo na água. Isso é facilmente explicado
pelo fato de que quando um corpo está totalmente submerso, o mesmo experimenta uma
diminuição aparente do seu peso. A razão disso é que, quando um corpo está submerso, o
fluido exerce sobre ele uma força vertical de baixo para cima denominado empuxo. O empuxo
é calculado a partir da equação:
Empuxo = Peso Real – Peso Aparente
Utilizando essa equação, podemos calcular o empuxo sofrido pelo duplo cilindro de
Arquimedes, medido na Parte 1 do experimento. Assim fica:
Empuxo = Peso Real – Peso Aparente
Empuxo = 0,80 ± 0,01 N – 0,28 ± 0,01 N
Empuxo = 0,52 ± 0,02 N

Obs: Esta mesma equação foi utilizada para calcular o empuxo sofrido nas Partes 3 e 4 do
experimento.

Além disso, o empuxo é uma consequência do aumento da pressão com a


profundidade. Essa força tem módulo igual ao peso do volume do líquido deslocado pelo
corpo, pelo fato do sistema estar em equilíbrio, o que valida à afirmação: “Todo corpo
submerso em um fluido sofre a ação de uma força vertical, orientada de baixo para cima,
denominada empuxo, de módulo igual ao peso do volume do líquido deslocado pelo corpo”.
Vale também a afirmativa que diz que, o volume de água dentro do recipiente é igual ao
volume de água deslocado pelo êmbolo submerso.
Entretanto, como o êmbolo não se ajustava perfeitamente ao recipiente, não se
conseguiu provar à afirmativa, pois comparando o peso do êmbolo com o recipiente que foi
de (0,80 ± 0,01) N e o peso do êmbolo com o recipiente cheio de água que foi de (0,84 ± 0,01)
N, não obtivemos valores iguais, E ≠ P.
Podemos obter então, uma equação do empuxo em relação a aceleração da gravidade,
volume do líquido deslocado e da sua densidade:
Sabendo que |E| = P, temos que:|E| = mf . .g=>|E| = f. vf . g
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Onde:
vf = volume de líquido deslocado
g = aceleração da gravidade
E = empuxo
f= densidade do líquido

mf= massa do fluido deslocada

PARTE 3:

Na parte 3 do experimento observamos que houve uma diferença nos valores do


empuxo na água salgada e no álcool, isso se deu devido a diferença de densidade dos dois
líquidos por conta das características particulares de cada um. Para mostrarmos a diferença
vamos estimar a densidade da água com sal e do álcool.

Sabemos que o empuxo na água é dado por:


|E| = A .vf . g=>|E |/ A = vf . g
Temos que essa mesma relação é dada para a água salgada também, desta forma:
ES = S. vf. g → ES / S= vf . g
Igualando as equações da água e da água salgada, pode-se obter a densidade da água
salgada:
| EA | / A= ES / S

S =(ES . A )/ EA
Substituindo os valores dos empuxos calculados na água pura e na água salgada,
demonstrados anteriormente, e tomando a densidade da água como 1000kg/m³, temos que:
Como já calculamos os valores do empuxo, temos o valor da densidade da água,
achamos o valor da densidade da água salgada:
S= 1038,46 kg/m³
Como em todas as medidas existem um erro associado, calculamos o desvio da
densidade da água salgada através da fórmula:
Δρsal = (∂ρsal /∂Esal)*(ΔEsal) + (∂ρsal/ ∂Ea)*(ΔEa)
Δρsal = (ρa/ Ea ) * (ΔEsal )+(ρa * Esal/ Ea²) * (ΔEa)
Δρsal= (1000 / 0,52) * (0,02) + (1000 * 0,54 / (0,52)²)* (0,02)
Δρsal= 38,46 + 39,94

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Δρsal= 78,40
Desta forma temos que a densidade da água salgada seja de:
S= 1038,46± 78,40 kg/m³
Para encontrarmos agora a densidade do álcool, o método é o mesmo:
| EA | / A= EAl/ Al

Al =(EAl . A )/ EA
Como sabemos os valores dos empuxos da água e do álcool, e também a densidade da
água, temos que:
Al = 730,77 kg/m³
Assim como foi feito para a água, existe um erro associado para as medidas, então
calcularemos também o desvio da densidade do álcool utilizando a mesma formula:
ΔρAl = (∂ρAl /∂EAl)*(ΔEAl) + (∂ρAl/ ∂Ea)*(ΔEa)
ΔρAl = (ρa/ Ea ) * (ΔEAl )+(ρa * EAl/ Ea²) * (ΔEa)
ΔρAl= (1000 / 0,52) * (0,02) + (1000 * 0,38 / (0,52)²)* (0,02)
Δρsal= 38,46 + 28,11
Δρsal= 66,57
Desta forma temos que a densidade do álcool é de:
Al = 730,77 ± 66,57kg/m³

PARTE 4:

Encontraremos agora uma expressão que relacione a densidade do corpo de prova com
o peso real do corpo, o empuxo sofrido por ele e a densidade do líquido.
Sabemos que o empuxo é dado por:
E= f .vf . g

E que o peso do corpo de prova é dado por:


Pc = mc . g
Como, mc= c.vc, temos que:
Pc = c.vc.g =>Pc / c= vc.g
Substituindo temos que:
E= f .Pc / c

Isolando a densidade do corpo de prova temos:


c= f.Pc/ E

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Esta é a expressão que relaciona a densidade do líquido, o peso real do corpo, o
empuxo e a densidade do corpo de prova, onde:
- c= densidade do corpo de prova
- f= densidade do fluido
- E = empuxo
- Pc= peso do corpo
Obtendo agora a expressão desejada, iremos agora calcular a densidade do material e o
erro associado de cada corpo de prova. Assim, temos que:
Para o cilindro de plástico:
c= 0,12 x 1000 / 0,11
c = (1090,90) kg/m³
O desvio associado será dado por:
Δρc= (∂ρc/∂Ea)*(ΔEa) + (∂ρc/ ∂Pc)*(ΔPc)
Δρc= (ρa *Pc/ E²) * (ΔEa ) + (ρa/ E) * (ΔPc)
Δρc= (1000 * 0,12/ 0,11²) * (0,02) + (1000 / 0,11) * (0,01)
Δρc= 198,35 + 90,90
Δρc= 289,25 Kg/m³
Portanto a densidade do cilindro de plástico é:
c = (1090,90 ± 289,25)kg/m³.

Para o cilindro de aço:


c= 0,92 x 1000 / 0,12
c ≈ (7666,67)Kg/m³
O desvio associado será dado por:
Δρc= (∂ρc/∂Ea)*(ΔEa) + (∂ρc/ ∂Pc)*(ΔPc)
Δρc= (ρa *Pc/ E²) * (ΔEa ) + (ρa/ E) * (ΔPc)
Δρc= (1000 * 0,92/ 0,12²) * (0,02) + (1000 / 0,12) * (0,01)
Δρc=1277,78+ 83,33
Δρc= 1361,11Kg/m³
Portanto a densidade do corpo de prova Prata é:
c ≈ (7666,67± 1361,11) Kg/m³

Para o cilindro de alumínio:

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c= 0,26 x 1000 / 0,10
c = (2600) kg/m³
O desvioassociado será dado por:
Δρc= (∂ρc/∂Ea)*(ΔEa) + (∂ρc/ ∂Pc)*(ΔPc)
Δρc= (ρa *Pc/ E²) * (ΔEa ) + (ρa/ E) * (ΔPc)
Δρc= (1000 * 0,26/ 0,10²) * (0,02) + (1000 / 0,10) * (0,01)
Δρc= 520 + 100
Δρc= 620Kg/m³
Portanto a densidade do cilindro de alumínio é:
c= (2600± 620)kg/m³.

Para o cilindro de cobre:


c= 0,88 x 1000 / 0,09
c= 9777,78) kg/m³
O desvio associado será dado por:
Δρc= (∂ρc/∂Ea)*(ΔEa) + (∂ρc/ ∂Pc)*(ΔPc)
Δρc= (ρa *Pc/ E²) * (ΔEa ) + (ρa/ E) * (ΔPc)
Δρc= (1000 * 0,88/ 0,09²) * (0,02) + (1000 / 0,09) * (0,01)
Δρc= 2172,84 +111,11
Δρc= 2283,95Kg/m³
Portanto a densidade do cilindro de alumínio é:
c= (9777,78±2283,95)kg/m³.

6 – CONCLUSÃO

Após as observações feitas durante o experimento, concluímos que o empuxo é uma


força vertical para cima, cuja intensidade é igual ao peso do fluido deslocado pelo corpo. O
mesmo é obtido através da seguinte expressão: E = fVg ou também por E = Peso Real – Peso
Aparente. Essa força, não depende do formato do sólido que será sujeito a mesma.
Outro fato importante que podemos salientar é a alteração do empuxo ao realizarmos o
experimento variando o fluido (água pura, água salgada e álcool), e assim, a densidade. Por
isso, houve uma mudança entre o empuxo quando o êmbolo estava na água salgada que é

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mais densa, para o empuxo quando o êmbolo estava submerso no álcool ou água pura, que são
menos densos.
Dessa forma, conseguimos encontrar uma expressão do empuxo em relação à
aceleração da gravidade, volume do líquido deslocado e da sua densidade, que nos permitiu
encontrar a densidade do líquido usado no experimento. Encontramos também uma expressão
que relaciona o empuxo, o peso do corpo e a densidade do líquido, o que nos permitiu
encontrar a densidade dos sólidos utilizados no experimento, que foram os corpos de prova.

7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HALLIDAY, DAVID e RESNICK, ROBERT. Fundamentos da Física: Gravitação, Ondas e


Termodinâmica. 8. Ed. v.2. Rio de Janeiro: LTC, 2009.

Princípio de Arquimedes – Instituto de Física (UFBA). Desponível em:


<http://www.fis.ufba.br/dfg/fis2/Principio_Arquimedes.pdf>. Acesso em: 01/09/2014.

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