Sie sind auf Seite 1von 15

USCS Contabilidade Básica USCS Prof.

Joel 2018

Regimes Contábeis
CONCEITO
Normas que orientam o controle e o registro dos fatos
patrimoniais.
ESPÉCIES
 Regime de Caixa
 Regime de Competência (Princípio da Competência do Exercício)
 Regime Misto

Regime de Caixa

 Momento do Pagamento ou Recebimento, não importa a que período se


refere o fato.
 Momento da Entrada (recebimento) e Saída (pagamento) do dinheiro
 Apuramos o Resultado Financeiro.
 Não é aceito para efeito Fiscal.

Regime de Competência (Princípio da Competência)

 Determina que as receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração


do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente
quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou
pagamento.
 Leva em consideração a ocorrência do FATO GERADOR (momento que
acontece).
 FATO GERADOR
1. da Receita → seu efetivo Ganho no período (entrega da mercadoria ou execução do serviço)
2. da Despesa → seu efetivo consumo ou uso (na geração de Receita)
 Devemos APROPRIAR a DESPESA no período contábil a que ela
pertence.
 Apuramos o Resultado Contábil (econômico)...Resultado Tributável.
 Obrigatório pela Legislação Fiscal Brasileira.

Regime Misto

 Consiste no registro das despesas quando incorridas (Regime de


Competência) independentemente de estarem pagas ou não, e o registro das
receitas somente quando efetivamente recebidas (Regime de Caixa).
 Adotado pela Contabilidade Pública
1
USCS Contabilidade Básica USCS Prof. Joel 2018

ASPECTOS SOBRE SITUAÇÃO FINANCEIRA VERSUS SITUAÇÃO


ECONÔMICA

Tivemos um primeiro contato com os grupos de contas no Balanço Patrimonial. Não abordamos,
propositalmente, o Patrimônio Líquido, pois agora o analisaremos mais profundamente.

REGRAS
ATIVO P + PL

AC PC

A P AñC PñC
PL
PL

SITUAÇÃO FINANCEIRA
Observamos, até o momento, que o Balanço Patrimonial evidencia a situação patrimonial (Bens,
Direitos e Obrigações) da empresa. Poderíamos, ainda, numa abordagem mais específica, atribuir ao
Balanço Patrimonial a função (entre outras) de indicador da Situação Financeira ,ou seja, a
capacidade de pagamento da empresa.

A simples comparação entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante propicia ao usuário do


Balanço Patrimonial uma visão panorâmica da Situação Financeira da empresa a curto prazo
(para o exercício social seguinte ao encerramento do Balanço).

O Ativo Circulante é constituído de dinheiro (Disponível), de quase dinheiro (Duplicatas a Receber) e


de futuro dinheiro (Estoque).

Na verdade, os recursos financeiros (dinheiro) utilizados para fazer frente às dívidas da empresa
(Passivo Circulante) são retirados do Ativo Circulante. Dessa forma, normalmente, se o Ativo
Circulante for menor que o Passivo Circulante, a empresa comercial ou industrial terá dificuldade em
solver seus compromissos; portanto, sua Situação Financeira não é boa.

A Situação Financeira poderá, também, ser objeto de análise para situações a Longo Prazo. Nesse caso,
incluiríamos ao Circulante, na comparação, o Realizável e o Exigível a Longo Prazo (Ativo Circulante
+ Realizável a Longo Prazo  Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo). Outras variáveis, enfim,
seriam consideradas para uma análise da Situação Financeira da empresa.

SITUAÇÃO ECONÔMICA

Por outro lado, podemos também identificar, pelo Balanço Patrimonial, a situação econômica da
empresa.

Uma forma de avaliar a situação econômica é observar o Patrimônio Líquido da empresa e sua
variação. Evidentemente, o crescimento real do Patrimônio Líquido vem fortalecer sua situação
econômica.
2
USCS Contabilidade Básica USCS Prof. Joel 2018

O fortalecimento do Capital Próprio (PL) em relação ao Capital de Terceiros propicia à empresa uma
posição mais sólida, não se tornando vulnerável a qualquer revés que possa ocorrer no dia-a-dia.

A principal fonte de fortalecimento do Patrimônio Líquido é o “bom lucro”. Assim, a constante


obtenção de resultado positivo (lucro) vem contribuir para uma situação econômica mais sólida.

O oposto também é uma realidade, isto é, o prejuízo (resultado negativo) vem enfraquecer a situação
econômica da empresa.

Como já tivemos oportunidade de observar, todo lucro obtido pela empresa pertence a seus
proprietários. Por isso, o lucro não distribuído aos donos do Capital é contabilizado no
Patrimônio Líquido como Lucros Acumulados (Lucro Retido).

A parcela do lucro não distribuída aos proprietários (mas retida na empresa) é que, na verdade, fortalece
a situação econômica. Essa parcela se incorpora ao Capital Próprio que numa situação de continuidade
pertence à empresa, uma vez que os proprietários não poderão exigir (não exigível) o reembolso desses
recursos. Assim, a empresa utiliza esses recursos como se fossem dela, até a mesma entrar em
dissolução (descontinuidade).

O Patrimônio Líquido poderá ser acrescido, também, com novos aumentos de capital : os proprietários
fazem novos investimentos, normalmente, com o objetivo de expandir a empresa. Todavia, há ocasiões
em que a situação econômica (e mesmo a situação financeira) é tão precária que os proprietários da
empresa contribuem com um aumento de capital (reforço) para tentar equilibrar essa situação. Note que
estes aumentos não serão contínuos, pois a situação seria desestimulante para os proprietários.

Não há dúvida de que o bom e constante lucro, desde que uma boa parcela seja retida (não distribuída
integralmente aos proprietários) - Lucros Acumulados - , será o fator de equilíbrio e fortalecimento da
situação econômica da empresa (e, por conseqüência , da situação financeira).

Ressaltemos, entretanto, que se o Patrimônio Líquido (Capital Próprio) apresenta crescimento durante
vários períodos, em proporção menor que o Capital de Terceiros, a situação econômica da empresa
tende a enfraquecer.

Lucro
ATIVO PASSIVO E PL Distribuição de lucro
aos proprietários
(Dividendos)

Aplicação Capital de
Terceiros

Aplicação Capital
Próprio (PL)

(Investimentos dos proprietários)

Aplicações Origens

3
USCS Contabilidade Básica USCS Prof. Joel 2018

APURAÇÃO DO RESULTADO (LUCRO OU PREJUÍZO)


A cada exercício social ou período contábil (que será de no máximo 12 meses) a empresa apurará o
resultado de suas operações. Todavia, é recomendável que a empresa apure o sucesso (lucro) ou
insucesso (prejuízo) em períodos mais curtos : mensais, trimestrais, quadrimestrais etc.

O resultado pode ser positivo  Lucro (superávit), ou negativo  Prejuízo (déficit).

O resultado é a diferença entre as Receitas (Vendas) e os Gastos (Custos e Despesas).

Receitas – (Custos +Despesas) = Resultado Lucro se : Receita > Despesas


Prejuízo se : Receitas < Despesas

4
USCS Contabilidade Básica USCS Prof. Joel 2018

Regime Econômico e Regime Financeiro


A contabilidade utiliza dois regimes diferentes para apurar resultados

Fluxo Financeiro (Regime de Caixa)


O resultado de uma empresa pode ser visto por dois ângulos diferentes : econômico e financeiro.

Admita que em determinado mês entraram no caixa da empresa R$ 100.000,00 como Receita (Vendas)
Recebida. Nesse mês, a empresa pagou despesa com salários e outras despesas no total de R$ 80.000,00.

Neste exemplo, o resultado financeiro (100.000 – 80.000) é de 20.000. Em outras palavras, houve uma
sobra financeira no caixa; há dinheiro real à disposição da empresa no valor de R$ 20.000,00.

Esse resultado pode ser obtido na Demonstração do Fluxo de Caixa, assim evidenciado:

Demonstração do Fluxo de Caixa – Mês “X”

Receita Recebida no mês “X” R$ 100.000


(-) Despesas Pagas no mês “X” (R$ 80.000)
Lucro Financeiro Operacional (Acréscimo no Caixa) R$ 20.000

Fluxo Econômico (ou contábil) (Regime de Competência)


Por outro lado, a empresa pode ter receita (vendas) que ainda não recebeu ou despesas que ainda não
foram pagas. São itens que não afetam imediatamente o caixa, daí apurar-se resultado econômico (ou
contábil).

Essa empresa, por exemplo, presta serviços de transportes e seus caminhões estão avaliados em R$
1.200.000,00. Sendo que em média eles trabalham quatro anos, ou seja, 48 meses de vida útil, e são
tratados como sucata após esses anos.

Assim, a empresa deveria considerar o consumo (pelo uso) dos caminhões como despesa, ainda que
não houvesse saída do caixa. Essa despesa é chamada de depreciação. Deve ser considerada já que o
bem está perdendo, pelo uso, seu potencial de trazer benefícios no futuro.

Dessa forma, o ideal seria considerar uma despesa mensal de depreciação de R$ 25.000,00 (
R$ 1.200.000,00  48 meses ) pelo uso dos caminhões, embora, nesse momento, não tenha havido saída
de dinheiro do caixa. Se, em vez de comprar o bem (ativo), a empresa tivesse alugado, um valor
semelhante a esse de depreciação poderia estar saindo de seu caixa.

Ainda nesse mesmo exemplo, vamos considerar as receitas e despesas a vista, adicionando a
depreciação:

Demonstração do Resultado do Exercício Mês “X”

Receita R$ 100.000,00
(-) Despesas de Salários e outras (R$ 80.000,00)
(-)Despesas de Depreciação (R$ 25.000,00)
Prejuízo R$ 5.000,00

5
USCS Contabilidade Básica USCS Prof. Joel 2018

Análise dos Resultados


A pergunta é se o resultado financeiro (lucro de R$ 20.000,00) é o correto ou o resultado econômico
(prejuízo de R$ 5.000,00). Haveria motivo para comemoração (Lucro Financeiro) ou para
lamentação (olhando para o prejuízo econômico)?

Admitindo que essa empresa pretenda continuar por muito tempo no mercado, há necessidade de gerar
caixa para repor o bem (veículo) que gera ganho para a empresa. Partindo da estimativa de que o
desgaste do bem é de R$ 25.000,00 por mês, é de esperar que o caixa tenha que gerar, no mínimo esse
valor para a futura reposição, caso contrário a empresa estaria definhando a cada mês.

Se o caixa gerou R$ 20.000,00 em dinheiro, pressupomos que esse montante não seria suficiente para
manter a empresa num mesmo potencial de gerar recursos de um mês atrás.

Apesar de aparentemente existir sobra de dinheiro no caixa (lado financeiro), a empresa não seria capaz
de repor seu potencial, seus bens, para não perder sua capacidade inicial de geração de recursos (lado
econômico). Assim, de fato, ela teve prejuízo.

Dessa forma, podemos dizer que despesa pelo regime financeiro é identificada pelo desembolso,
pelo pagamento, enquanto, pelo regime econômico, despesa é todo o sacrifício incorrido para obter
vendas. Esse sacrifício pode representar saídas de dinheiro no ato, no futuro ou, em caso extremo,
nunca haverá desembolso.

Por outro lado, a receita (vendas) pelo sistema financeiro só é considerada quando efetivamente
entrar no caixa. Já pelo regime econômico, toda receita gerada (ganho) no período já é considerada
mesmo que ainda não tenha sido recebida. Assim, as vendas a prazo são consideradas pelo regime
econômico e não pelo regime financeiro.

Regime Econômico é Melhor

Se uma empresa que trabalha pelo regime financeiro (caixa), no início de dezembro, a um mês para
apurar lucro ou prejuízo, descobrisse que o lucro acumulado nos 11 meses estivesse muito alto e não
quisesse que esse resultado fosse majorado, poderia adiar o recebimento de seus clientes para o início do
ano seguinte e então antecipar os pagamentos das despesas não liquidadas, que venceriam em janeiro.

O que queremos dizer é que, pelo regime de caixa ou financeiro, há possibilidade de mudar o
resultado. Considerando ainda o exemplo anterior, da depreciação que não foi considerada no
regime financeiro (por não representar saída de caixa), podemos dizer que o regime financeiro é
imperfeito.

Fluxo econômico e financeiro


Quando tratamos a DRE de Fluxo Econômico, estamos considerando a visão da estrutura conceitual
básica da Contabilidade (aprovada pela IPECAFI, CVM e Ibracon), que diz :

“Informação de natureza econômica deve ser sempre entendida dentro da visão que a
Contabilidade entende do que seja econômico e não, necessariamente, do tratamento que a Economia
daria ao mesmo fenômeno; em largos traços, podemos afirmar que os fluxos de receitas e despesas
(demonstração de resultado, por exemplo), bem como o capital e o patrimônio, em geral, são dimensões
econômicas da Contabilidade, ao passo que os fluxos de caixa, de capital de giro, por exemplo,
caracterizam a dimensão financeira. Não estamos, portanto, utilizando, neste trabalho, o termo
financeiro no sentido de avaliado em moeda, como a própria Lei das Sociedades por Ações e a tradição
anglo-americana consagram”.

6
USCS Contabilidade Básica USCS Prof. Joel 2018

Se considerarmos o rigor da Teoria da Contabilidade, o Lucro Econômico tem um sentido diferente do


descrito, sendo consideradas as valorizações de ativo (como ganho de manutenção de estoque) e a
realização desses ativos (ou os benefícios futuros).

Todavia, do ponto de vista prático, sem considerar o rigor científico, trataremos o resultado de Fluxo de
Caixa como financeiro e o lucro ou prejuízo da Demonstração do Resultado do Exercício como
econômico.

RESULTADO E REFLEXO NO BALANÇO PATRIMONIAL


Embora o resultado seja apurado à parte (separadamente) do Balanço Patrimonial, toda a operação com
Receita e Despesa é refletida no Balanço, aumentando ou diminuindo Ativo, Passivo e Patrimônio
Líquido.
Vamos admitir que a Empresa Pureza e Beleza Ltda., após constituição com um capital de R$
200.000,00 (origem) aplicado 50 % em Caixa e o restante em Imobilizado (visando à manutenção da
atividade econômica), efetua seu primeiro serviço (Receita), a prazo, por R$ 20.000,00, e paga sua
primeira despesa : R$ 10.000,00 de salários.

BALANÇO PATRIMONIAL
(Antes da primeira Receita)
Pureza e Beleza Ltda. Em Reais mil

ATIVO PASSIVO e PL
Circulante Patrimônio Líquido
Caixa 100 Capital 200
Não Circulante
Imobilizado 100

Total 200 Total 200

Após a Receita a prazo de R$ 20.000,00 apura-se o Resultado, à parte do Balanço Patrimonial.

APURAÇÃO DO RESULTADO Em R$ mil


RECEITA
Prestação de Serviço a Prazo 20
(-) DESPESA
Salários (10)
RESULTADO DO PERÍODO (LUCRO) 10

O
BALANÇO PATRIMONIAL R
Pureza e Beleza Ltda. I
Levantado em ...../...../..... Em $ mil G
E
ATIVO PASSIVO e PL M
Circulante Patrimônio Líquido
Caixa** 90 Capital 200
Dupl. a Receber (Receita) 20 Lucros do Período 10
110 210
Não Circulante
Imobilizado 100

Total 210 210


**
R$ 100.000,00 inicial (-) R$ 10.000,00 de salário
7
USCS Contabilidade Básica USCS Prof. Joel 2018

Observe que houve um acréscimo no Ativo de R$ 20.000,00 em conseqüência da Receita a prazo que
gerou Duplicatas a Receber. Por outro lado, houve uma redução, também no Ativo, de R$ 10.000,00 em
conseqüência da Despesa a vista que reduziu o Caixa.

BALANÇO PATRIMONIAL
Pureza e Beleza Ltda.
CONFORME A LEI DAS S.A.
em duas colunas Em R$ mil

ATIVO PASSIVO e PL

Circulante Ex. Ant. Ex. Atual Patr. Líq Ex.Ant. Ex. Atual
Caixa 100 90 Capital 200 200
Dupl. a Receber - 20 Lucros do
Total do Circulante 100 110 período - 10

Não Circulante
Imobilizado 100 100

Total 200 210 Total 200 210

Todavia, se não fizéssemos a apuração do Resultado à parte, o Balanço Patrimonial seria o mesmo.
Senão, vejamos:

BALANÇO PATRIMONIAL
Pureza e Beleza Ltda. Em R$ mil

ATIVO PASSIVO e PL
Circulante Patrimônio Líquido
Caixa 90 Capital 200
Dupl. Receber 20 Lucros ...(?)
110
Não Circulante
Imobilizado 100

Total 210 Total 210

O Ativo que, em nosso exemplo, sofreu os reflexos imediatos de Receita e Despesa apresenta um total
de R$ 210.000,00. Como o Ativo será sempre igual ao Passivo + PL (equação contábil), pela regra da
Origem e Aplicação (a empresa só pode aplicar aquilo que tem origem), detectamos que estão faltando
R$ 10.000,00 no Patrimônio Líquido para se atingir o total de R$ 210.000,00. Portanto, os R$
10.000,00 significam, exatamente, o lucro apurado separadamente.

Um dos objetivos de apurar o resultado em um relatório separado - Demonstração de Resultado do


Exercício – é apresentar um resumo ordenado de toda Receita e Despesa propiciando uma apreciação
mais objetiva das contas de resultados (Receita e Despesa) e facilitando, assim, a tomada de decisão.

Portanto, seria possível, embora não eficiente, apurar o acréscimo ou decréscimo do Patrimônio Líquido
no Balanço Patrimonial, pela diferença dos totais, como no exemplo apresentado.

Observe que, mesmo se a Receita fosse a vista e a Despesa a prazo, em nada seria diferente o resultado.

8
USCS Contabilidade Básica USCS Prof. Joel 2018

BALANÇO PATRIMONIAL
Pureza e Beleza Ltda. Em R$ mil

ATIVO PASSIVO e PL
Circulante Circulante
Caixa 120 Salários a Pagar 10
(Mais Receita a vista)** (Despesa a prazo)
Não Circulante Patrimônio Líquido
Imobilizado 100 Capital 200
Lucro (a diferença) ?

Total 220 220


**
R$ 100.000,00 inicial + R$ 20.000,00 de receita a vista.

Na verdade, não são só Receita e Despesa que contribuem para a formação de resultado de determinado
período. Outros fatores podem contribuir para aumento ou diminuição do resultado :

A. Perda
É gasto involuntário que não visa à obtenção de Receita. Ex.: desfalque no caixa, inundações, greves,
incêndio etc.

Na prática é bastante difícil prever uma perda (por ser anormal).

Geralmente, a perda reduz o Ativo (consequentemente, o Patrimônio Líquido).


Observe que nem sempre a perda representa saída de caixa.

B. Ganho
Da mesma forma que a perda, ganho é bastante aleatório. É um lucro que independe da atividade
operacional da empresa. Ex.: ganhos com seguros recebidos, venda de um imobilizado por valor acima
de seu custo etc.

O Ganho aumenta o Ativo (consequentemente, o Patrimônio Líquido).

Tanto a perda quanto o ganho refletem no Patrimônio Líquido, diminuindo ou aumentando o Lucro num
sentido econômico, lucro esse apurado na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).

Informações Complementares
Gasto (ou Dispêndio)
É todo sacrifício financeiro para aquisição de um bem ou serviço com pagamento no ato (desembolso)
ou no futuro (cria uma dívida). Assim, a empresa tem gasto na compra de um Imobilizado, na compra
de Matéria-prima, na produção etc. Num primeiro estágio, todo sacrifício para a aquisição de bem ou
serviço é um gasto (é um conceito consideravelmente amplo). Portanto, no momento em que a empresa
assume a propriedade de um bem ou um serviço defrontamos com um gasto.

Na verdade, mais cedo ou mais tarde, o gasto será um desembolso. Todavia, nem todo desembolso é
gasto. Por exemplo, o pagamento de empréstimo bancário é um desembolso, mas não é um gasto.

9
USCS Contabilidade Básica USCS Prof. Joel 2018

Custo
Quando a Matéria-prima é adquirida, denominamos esse primeiro estágio de Gasto; em seguida ela foi
estocada no Ativo (ativada); no instante em que a Matéria-prima entra em produção (produção em
andamento), associando-se a outros gastos de fabricação, reconhecemos (a matéria-prima + outros
gastos) como Custo.

Portanto, todos os gastos no processo de industrialização, que contribuem com a transformação da


Matéria-prima (fabricação), entendemos como Custo : Mão-de-obra, Energia Elétrica, Desgaste das
Máquinas utilizadas para a produção, Embalagem etc.

Portanto, numa indústria, identificamos como Custo todo o gasto de dentro da fábrica, seja ele matéria-
prima, mão-de-obra, desgaste de máquina (depreciação)...aluguel da fábrica, imposto predial da fábrica,
pintura da fábrica etc.

Despesas
Para melhorar a eficiência na análise da DRE, é costume separar em sua estrutura custos e despesas.

Outros gastos que não contribuem ou não se identificam com a transformação da matéria-prima, ou não
são realizados dentro da fábrica, mas que não deixam de ser um sacrifício financeiro para obter Receita,
são as Despesas : comissão de vendedores, juros, aluguel do escritório, honorários administrativos etc.
Portanto, os gastos identificáveis ao processo de produção são custos, enquanto os identificáveis à
administração, os financeiros e os relativos às vendas, são despesas.
Custo no momento da venda
 Numa empresa industrial, ao emprego da matéria-prima, da mão-de-obra e de outros gastos para
transformá-la em produtos (gastos na fábrica) denominamos, no momento da venda do produto
transformado, de Custos dos Produtos Vendidos (CPV).

 Numa empresa comercial, no momento da revenda da mercadoria adquirida para esse fim,
denominamos o preço pago pela Mercadoria de Custo das Mercadorias Vendidas –CMV- (nesse caso
não há custo de transformação, pois o comércio é mero intermediário entre a indústria e o consumidor).

10
USCS Contabilidade Básica USCS Prof. Joel 2018

ILUSTRAÇÃO
O Objetivo da Contabilidade é prover dados para orientar os usuários na tomada de decisão.

Nas empresas, três ângulos são fundamentais para a tomada de decisão. Chamamos de tripé decisorial:

Como evitar atrasos e


liquidar os
compromissos em dia ?
1º pé 2º pé

Situação Financeira Endividamento


Comparar Capital de
Comparar: Terceiros com o
Ativo Circulante com Capital Próprio (PL).
o Passivo Circulante Ativo Circulante com
o Passivo Circulante

Toda empresa precisa


endividar-se para investir
no ativo. Como contrair
dívidas sem enfraquecer a
empresa?
3º pé

Situação Econômica

Apurar o Lucro da
empresa e avaliar
Como maximizar o
quanto foi
lucro, fazer a empresa
Capitalizado (+PL)
crescer e ser
competitiva ?

1º Pé : Situação Financeira - O ideal seria, para o comércio e a indústria, que AC > PC, ou seja, os
valores a receber fossem maiores que os valores a pagar.

2º Pé: Endividamento – Um equilíbrio entre Capital de Terceiros (Passivo Exigível) e Capital


Próprio (Patrimônio Líquido) normalmente é recomendável. Boa parte da
dívida de Longo Prazo também é interessante.

3º Pé : Situação Econômica – Na apuração de resultado espera-se um bom lucro.


Se a parte retida (não distribuída) aumentar o Patrimônio Líquido
numa proporção igual ou superior ao crescimento de dívidas (capital
de terceiros), teremos uma situação favorável.

11
USCS Contabilidade Básica USCS Prof. Joel 2018

RESUMO

A utilização Regime de Competência fornece melhor base de avaliação da


performance passada e futura da entidade do que a informação puramente
baseada em recebimentos e pagamentos em caixa ao longo desse mesmo período.
Regime de competência Ajuda a avaliar a performance da empresa
Fluxo de caixa Ajuda a avaliar a capacidade de geração de caixa
Uma das fontes principais de recursos da empresa é o Lucro do exercício que, sem dúvida, fortalece a
situação econômico - financeira da empresa desde que a maior parte fique retida na empresa e que
Capitais de Terceiros não sejam incrementados, constantemente, em uma proporção maior que o Lucro
retido.

O Resultado (Lucro/Prejuízo) é apurado à parte do Balanço Patrimonial, mas incorporado ao Patrimônio


Líquido. Embora possamos apurá-lo no próprio Balanço, não é viável.

Não só a Receita e a Despesa são determinantes do Resultado, mas fatos como Perdas e Ganhos
(considerados extraordinários, anormais) contribuem para a formação do Resultado.

Para uma Indústria

1º Estágio 2º Estágio 3º Estágio


Sacrifício para aquisição Operacionalidade Venda (Apuração
(fase estática) (fase dinâmica) do Resultado)

exemplos
Desgaste
Ativo Máquinas
Matéria- prima Custo Produtos Vendidos

Transformação
GASTOS Custo Mão –de- obra

Despesas
Administrativas
Despesas de Vendas e Despesas Diversas
Financeiras

O Resultado é apurado subtraindo-se de Receita + Ganho os seguintes itens : Custos, Despesas e


Perdas.
Todos os sacrifícios, para aquisições (a vista ou a prazo), são os gastos ou dispêndios que poderão
ser Ativo (Investimetos), Custos (se utilizados no processo produtivo, no caso de indústria;
mercadorias revendidas, no caso de comércio; ou utilização de mão-de-obra e material, no caso
de prestação de serviços) e Despesas (no consumo de bens e serviços no esforço de produzir
Receita).

12
USCS Contabilidade Básica USCS Prof. Joel 2018

EXERCÍCIO RESOLVIDO

A Empresa Vale da Ilusão Ltda. inicia sua atividade em 2-1-2018. De início, observamos um Capital de
R$ 40.000,00, sendo aplicado em Instalações do Prédio ( R$ 20.000,00), em Móveis em Geral
(R$10.000,00) e, na conta Caixa, o restante.
No mês de janeiro de 2018, a empresa Vale da Ilusão obteve R$ 30.000,00 de Receita, a vista, por
serviços prestados a seus clientes.
As despesas do mês, totalmente pagas, foram : Aluguel: R$ 10.000,00; Honorários Administrativos: R$
4.000,00.
Na prestação de serviços (custos) participaram diretamente 10 moças, que foram remuneradas à base de
R$ 10.000,00 (total).
Vamos calcular o Resultado econômico (Lucro ou Prejuízo) da Empresa Vale da Ilusão e, em seguida,
vamos apresentar o Balanço Patrimonial.

Solução do Exercício
Para obter a Receita de R$ 30.000,00 a empresa incorreu em Custos e Despesas. Custos são
representados pelo emprego da mão-de-obra diretamente no serviço prestado. Despesas são
representadas por sacrifícios para obter Receita, independentemente desta.

Desta forma, podemos apurar o Resultado do mês de janeiro/18:

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO


Empresa Vale da Ilusão – Janeiro de 2018
Em Reais

Receita 30.000
(-) Custo do Serviço Prestado (CSP) (10.000)
(-) Despesas (14.000)
Lucro do Período 6.000

Vamos agora analisar a influência dessas operações no Balanço Patrimonial. É fácil detectar que a
conta basicamente afetada é o Caixa, uma vez que entrou Receita a vista (encaixe) e saiu dinheiro para
remuneração das funcionárias e das despesas (desembolso):

Em R$
Caixa Saldo Inicial 10.000
+ Receita a vista (encaixe) 30.000
(-) Pagamentos (desembolso) (24.000)
Saldo Final 16.000

BALANÇO PATRIMONIAL
Empresa Vale da Ilusão Em R$

ATIVO PASSIVO + PL
1º-1-2018 31-1-2018 1º-1-2018 31-1-2018
Circulante Patrimônio Líquido
Caixa 10.000 16.000 Capital 40.000 40.000
Não Circulante Lucros do período -0- 6.000
Imobilizado 30.000 30.000 Total do PL 40.000 46.000

Total 40.000 46.000 Total 40.000 46.000

Neste caso, por se tratar de Receita e Despesa a vista, o resultado


econômico e financeiro serão iguais.

13
USCS Contabilidade Básica USCS Prof. Joel 2018

DRE – Demonstração do Resultado do Exercício


Esta demonstração ao contrário do Balanço patrimonial objetiva demonstrar a dinâmica da
entidade, através das operações realizadas e também o resultado apurado. Esta é formada por
três itens chamados de contas de resultado, que iremos definir abaixo:

1. Receita: origina-se da venda de bens ou serviços, exemplo: Vendas, Receitas de


Serviços, Aluguéis Ativos, Descontos Obtidos, juros ativos, etc.;
2. Custos: são gastos efetuados pela empresa com objetivo de produzir bens ou
serviços para depois vender. Quanto da efetivação da venda estes custos são
direcionados para a DRE em contra partida da receita. Ex. custo das
mercadorias;
3. Despesas: são gastos que ocorrem diariamente com o objetivo de obter receita.
Ex. energia elétrica consumida, os materiais de limpeza consumidos, materiais
de expediente, utilização dos serviços telefônicos, salários incorridos e
respectivos encargos sociais e trabalhistas, descontos concedidos, aluguéis
passivos, juros passivos, etc.

DRE - Demonstração do Resultado do Exercício


Receita Bruta de Vendas e Serviços
( - ) Devoluções e Tributos sobre vendas e serviços
( = ) Receita Líquida de Vendas
( - ) Custos dos Produtos ou Mercadorias vendidas
( = ) Resultado Bruto (Lucro ou Prejuízo)
( - ) Despesas operacionais
( = ) Resultado Operacional (Lucro ou Prejuízo)
( + ) Receita não operacionais
( - ) Custos não operacionais
( - ) Despesas não operacionais
( = ) Resultado Antes do IR/CSLL (Lucro ou Prejuízo)
( - ) Imposto de Renda / Contribuição Social sobre o lucro liquido
( = ) Resultado Liquido (Lucro ou Prejuízo)
( - ) Distribuição de Lucros (Dividendos aos sócios/acionistas))
( = ) O saldo deve ser transferido para a Reserva de lucros
Obs: estrutura básica, podemos ter mais detalhes dentro da estrutura, dependendo da necessidade e tipo de sociedade.

14
USCS Contabilidade Básica USCS Prof. Joel 2018

Conceitos importante sobre a DRE:

1. O conceito de Operacional e não operacional: este é apresentado para as receitas e as


despesas e tem como objetivo segregar as operações que fazer parte do objetivo da
entidade como comprar e vender produtos das operações que não são fazem parte do
seu objetivo como por exemplo:
vender um imóvel. Desta forma esta demonstração apresenta o resultado
operacional e o resultado não operacional, assim os investidores podem verificar se
a entidade está ou não sendo rentável com as operações ou se o resultado positivo
vem de uma operação como a venda de imóveis que não fazem parte do seu
objetivo;

2. Distribuição de lucros e dividendos: é a remuneração dos sócios ou acionistas. Só é


realizada se a entidade obtiver lucros no exercício. A contra partida desta operação é
uma obrigação no passivo;

3. Transferência de saldo para a conta de Reserva de lucros: após a apuração do


resultado, deduzidos os tributos (IR e CSLL), e da distribuição dos lucros, o saldo deve
ser transferido para a reserva de lucros, pois a receitas, custos e despesas na possuem
saldo após o encerramento do Balanço Patrimonial. Demonstrando o aumento do
Patrimônio Liquido originado das operações efetuadas pela entidade.

Resumindo:
 o Balanço Patrimonial é uma visão estática do patrimônio da entidade, porque
apresenta (mostra) o Patrimônio da entidade em um determinado momento.

 a DRE que é uma visão dinâmica da entidade, porque apresenta o desempenho


econômico da entidade em um determinado período de tempo.

15

Das könnte Ihnen auch gefallen