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NOME: _______________________________________________________
JANEIRO - 2019
INTRODUÇÃO
1
“A carta aos Efésios é um resumo, muito bem elaborado, das boas novas do cristianismo e de suas
implicações. Ninguém pode lê-la sem ser compelido a adorar a Deus e a ser desafiado a melhorar a sua vida
cristã”. John Stott
Martyn Lloyd-Jones chama Efésios de “a mais sublime e mais majestosa expressão” do evangelho.
Paulo ministrou pela primeira vez em Éfeso por volta do ano 53, mas não ficou na cidade (At 18:19-
21). Dois anos depois, enquanto realizava sua terceira jornada missionária, Paulo passou pelo menos dois anos
em Éfeso e providenciou para que toda a região fosse evangelizada (At 19:1-20). Durante esses anos, fundou
uma igreja forte na cidade dedicada ao culto da deusa Diana. Para uma descrição do ministério de Paulo em
Éfeso, ver Atos 20, e, para uma explicação sobre a oposição que o ministério de Paulo sofreu nesse local, ver
Atos 19:21-41.
A carta foi escrita entre 62 e 63 d.C. enquanto Paulo estava preso em Roma. Nesta cidade, Onésimo
encontrou-se com Paulo e se converteu. Tíquico, um dos pastores da igreja de Colossos, que talvez se reunia
na casa de Filemom, também estava em Roma para discutir alguns problemas com Paulo. Assim, o apóstolo
aproveitou a presença desses dois homens e enviou três cartas: A Epístola aos Efésios, a Epístola aos
Colossenses e a Epístola a Filemom. Ao mesmo tempo, enviou Onésimo de volta a seu senhor.
O tema da carta é “as riquezas do cristão em Cristo”, o versículo chave é 1.3, aos Efésios pode ser
dividida em duas partes: capítulos 1 a 3 e capítulos 4 a 6.
Na primeira parte, Paulo apresenta nossa posição em Cristo no reino celestial, tudo por causa de Sua
graça soberana. A ideia principal é que a sabedoria, a glória e o poder de Deus são exibidos em Seu eterno
propósito para a igreja, composta de judeus e gentios, reconciliados em Cristo.
No capítulo 1, após a introdução, ele descreve as bênçãos incomparáveis que nós recebemos: o Pai nos
escolheu (1: 4-6), o Filho nos redimiu (1: 7-12) e o Espírito Santo nos selou (1: 13-14), tudo “para o louvor
da Sua glória”. No capítulo 2, Paulo contrasta o que éramos antes de nos encontrarmos com Cristo, com o que
Ele fez por nós por Sua graça. No capítulo 3, Paulo começa mencionando que ele é um prisioneiro de Cristo
Jesus por causa dos gentios. Então ele faz uma digressão para mostrar a eles que Deus havia revelado a ele o
mistério que havia sido escondido no passado, que os gentios são coerdeiros e membros do corpo de Cristo.
Então, nos capítulos 4 a 6, Paulo mostra como compreender o glorioso propósito de Deus para a igreja
e nossa posição em Cristo (capítulos 1 a 3) deve nos levar a viver em piedade prática neste mundo. De 4: 1-
6:9, Paulo descreve quatro diferentes "caminhadas" e seus efeitos: a caminhada digna na unidade da Igreja (4:
1-16); a caminhada da nova natureza (homem novo) (4: 17-32); o andar amoroso, que também é um passeio
como filhos da luz neste mundo escuro (5: 1-14); e, a caminhada cuidadosa de sabedoria, especialmente porque
afeta a família e o local de trabalho (5: 15-6:9). Ele conclui mostrando (6.10-20) que, para andar bem neste
mundo maligno, devemos aprender a enfrentar as forças invisíveis do mal, revestindo-se de toda a armadura
de Deus.
Em nosso estudo nos concentraremos na parte final da carta, nos versículos que tratam da batalha
espiritual na qual todos estamos “lotados” como bons soldados de Cristo que somos. A vida espiritual, afirma
Paulo, é vivida num campo minado pelo inimigo, uma arena de lutas renhidas, de combates sem trégua. Há
uma luta mundial, suprarracial, supraterrena, espiritual e contínua.
Este assunto, Batalha Espiritual, também chamado de Guerra Espiritual é tratado sempre sob dois
extremos:
1- O que subestimam o assunto. Há muitas pessoas incautas que negam a existência do diabo,
desconhecem seu poder, suas armas, seus agentes e suas estratégias. Acham que o diabo é apenas uma lenda,
um mito ou uma energia negativa. Subscrever essa posição é cair nas teias desse ardiloso e astuto inimigo.
Acaso, destino, fatalidade, coincidência são algumas das palavras preferidas por aqueles que negam ou
subestimam a Batalha Espiritual.
2- O que superestimam o assunto. No outro extremo, em muitas comunidades evangélicas a Batalha
Espiritual ganha notoriedade e domina o púlpito, as pregações, as orações, etc. Há aqueles que falam mais do
diabo do que de Deus. Falam tanto do poder, das armas e das estratégias dele que subestimam o poder de
Deus. Fazem do diabo o protagonista de quase todas as ações. Existe, nas livrarias evangélicas uma grande
quantidade de livros que tratam sobre o assunto. Desde uma enfermidade, a um pneu furado, um problema
familiar, um desvio de conduta – tudo é a mão do diabo.
Apesar dos dois extremos, o assunto da Batalha Espiritual está presente nas páginas de nossas Bíblias.
Não deveria ser surpresa para o cristão ler aqui que estamos engajados em uma grande batalha espiritual.
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Desde os primeiros capítulos do Antigo Testamento, é evidente que Satanás é o inimigo de Deus, e que ele
procura ativamente se opor a Deus, Seus propósitos e especialmente a Seu povo.
A) NO ANTIGO TESTAMENTO
A rebelião de Satanás contra Deus é descrita em duas passagens do Antigo Testamento, que estudamos
na Doutrina do Pecado: Is 14: 12-14; Ezequiel 28: 12-15. É claro a partir desses versos que os profetas não
estão falando apenas de um governante terreno, mas de alguém que possui um poder muito maior. Eles estão
falando de ninguém menos que Satanás. Ele foi o anjo que foi criado por Deus (Ezequiel 28:13), dada a mais
alta autoridade sob Deus, mas que não se contentou com isso. Ele era o único que estava no Éden, o jardim de
Deus (Ezequiel 28:13). Ele já foi inocente no tempo de sua criação, mas depois foi encontrado com o pecado
(Ezequiel 28:15). Ele possuía grande beleza, poder e autoridade, mas ele tinha que ter mais. Ele queria se
exaltar ainda mais; ele queria se tornar como Deus (Isaías 14:14).
Na história de Jó percebemos que seus dramas, dificuldades e problemas estavam bem além do visível
e do terreno, havia uma “guerra” sendo travada nas regiões celestes (Jó 1.6-12; 2.1-7).
Em 2 Reis capítulo 6, o rei da Síria estava em guerra contra Israel. Deus informou Eliseu, o profeta de
todos os planos de batalha do rei da Síria, e o profeta os transmitiu ao rei de Israel, de modo que todos os
ataques da Síria fossem anulados. Quando o rei da Síria soube que Eliseu era a fonte de seus problemas, ele
enviou seu exército para prendê-lo. Deus, enviou seu exército celestial para proteção de Eliseu e seu moço. (2
Re 6: 15-19).
No livro de Daniel, temos um dos exemplos mais dramáticos da guerra espiritual (Dn 3.24-25; 10.10-
13, 20,21)
Em Daniel três, Sadraque, Mesaque e Abednego são lançados na fornalha de fogo ardente, porque não
se dobraram diante da estátua de ouro que o rei Nabucodonosor havia feito. Mas quando estes três foram
lançados na fornalha, o rei olhou e ficou chocado ao ver não três, mas quatro homens dentro, e eles não
estavam se contorcendo de dor ou de ser consumido pelas chamas, eles estavam andando dentro daquela
fornalha. Se não o nosso próprio Senhor, esta quarta pessoa foi certamente um ser angélico, enviado para
salvar a vida desses homens.
No capítulo 10, um anjo foi enviado a Daniel, em resposta às suas orações (observe o versículo 12).
Este anjo informou a Daniel que ele veio com a resposta muito mais cedo, mas, encontrou oposição do
"príncipe do reino da Pérsia" que resistiu a ele, atrasando-o por 21 dias. Depois que ele terminou de falar com
Daniel, o anjo encontraria o “príncipe da Pérsia” e o “príncipe da Grécia” (versículo 20). O importante a notar
aqui é que os anjos estão muito envolvidos nos assuntos dos homens e das nações. O anjo piedoso veio em
resposta às orações de Daniel e os seres celestiais ímpios se opuseram a este anjo.
B) NO NOVO TESTAMENTO
Em Mateus (4.1-11) e Lucas (4.1-13), o relato da tentação de nosso Senhor por Satanás é registrado.
Satanás procurou fazer com que nosso Senhor renunciasse à Sua submissão ao Pai. Assim como ele fez com
Adão, tentou fazer com nosso Senhor.
Temos o relato do exorcismo do Gadareno - Mateus 8: 28-29; Marcos 5: 6-10. A partir do relato de
Mateus, aprendemos que os demônios que possuíam esses homens sabiam que seus dias estavam contados.
Eles esperavam que o Senhor Jesus viesse e os derrotassem. Em Marcos capítulo 5 nos é dito que os demônios
imploraram a Jesus que não fosse enviado “para fora do país” (versículo 10). E no relato paralelo em Lucas,
capítulo 8, descobrimos que os demônios pediram a Jesus que não “os enviasse ao abismo” (verso 31). Destes
dois textos nós concluiríamos que para um demônio ser enviado “para fora do país” também deveria ser
confinado “no abismo”. Aqui novamente, como no Livro de Daniel, parece que os seres angélicos caídos têm
certas características geográficas. Limites para suas atividades. Se um demônio foi enviado “para fora do
país”, significava que ele não era mais livre para se opor ao povo de Deus na terra, mas depois disso seria
confinado em cadeias no abismo.
No Evangelho de Mateus, aprendemos que a igreja que em breve será estabelecida resistirá aos ataques
do próprio inferno (16:23). Lucas nos diz que Satanás teve a audácia de exigir que nosso Senhor permitisse
que ele "peneirasse Pedro como trigo" (Lucas 22:31). Foi Satanás que entrou em Judas, usando-o para trair
seu Senhor e entregá-lo àqueles que O prendessem (João 13:27). Apesar de seus esforços em contrário,
Satanás, o "governante deste mundo" (João 12:31; 14:30; 16:11), logo seria derrotado na cruz do Calvário.
No livro de Atos, Satanás é encontrado se opondo ao povo e aos propósitos de Deus. Em Atos, capítulo
5, lemos sobre Ananias e sua esposa Safira, que haviam dado uma certa quantia de dinheiro para a obra do
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Senhor, mas que haviam mentido sobre a quantia. Quando Pedro repreendeu Ananias, ele atribuiu a fonte da
mentira a Satanás: “Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo,
reservando parte do valor do campo??” (Atos 5:3).
Em Atos 13:10, Paulo repreendeu Elimas, o mago, por se opor ao evangelho, chamando-o de “filho do
diabo”. Em 2 Coríntios capítulo 2, Paulo falou da reticência da igreja em perdoar um irmão arrependido como
dando a Satanás a oportunidade de tomar vantagem, acrescentando que não somos ignorantes de seus
esquemas (2: 10-11). Mais tarde, nesta mesma epístola, Paulo fala de Satanás como o “deus deste mundo” que
“cegou a mente dos incrédulos, para que eles não pudessem ver a luz do evangelho da glória de Cristo” (4: 4).
E perto do final desta epístola, Paulo adverte que Satanás e seus subordinados se disfarçam como verdadeiros
crentes, procurando, assim, desencaminhar-se por sua liderança autoritária (2 Co 11: 13-15).
Em sua epístola, Tiago condena as brigas e conflitos que estavam ocorrendo entre os santos. Ele
primeiro liga esses pecados à busca de prazeres carnais (4: 1-3). Ele então indica que tal pecado é a rebelião
contra Deus, que aflige o Seu Espírito Santo (4: 3-4). Em seguida, Tiago liga brigas e conflitos com Satanás
(Tiago 4: 6-7).
Pedro havia aprendido sobre Satanás da maneira mais difícil (ver Mateus 16: 21-23; Lucas 22:31). E
assim o encontramos alertando os outros sobre a ameaça que Satanás representa como nosso adversário. (1
Pedro 5: 8-9).
Nas cartas às sete igrejas, registradas em Apocalipse 2 e 3, o Senhor Jesus frequentemente menciona
Satanás como fonte de tentação e provações na igreja (ver 2: 9, 13, 24; 3: 9). O restante do livro do Apocalipse
descreve o conflito final que vem com Satanás e sua morte final (ver especialmente os capítulos 12 e 20).
Apesar de que nas Escrituras temos citações sobre a origem de Satanás (Is 14.12-14; Ez 28.11-15), sobre
seu “trabalho” de tentar e acusar os homens diante de Deus (Jó 1.7-2.7; l Cr 21.1; Zc 3.1; Mt 4.10; Lc 10.18; Mt
16.23) e várias outras informações sobre o Diabo e seus “anjos”, é relativamente novo o interesse da Igreja sobre
o assunto.
O surgimento do interesse em Satanás, em tempos modernos, teve início com Anton Szandor LaVey, que
em 1965 fundou a Igreja de Satã e em 1968, o mesmo lançou a bíblia satânica. Contudo, foi a indústria de
entretenimento a responsável pela expansão do interesse, primeiro com o filme ainda em 1968 “O Bebê de
Rosemary” que seria o filho das trevas, depois veio em 1973 “O Exorcista”. Este último, fez com que existisse
interesse, busca e apreciação pelas manifestações satânicas. Em seguida, outros livros e filmes: Refém do Diabo,
Reféns do Demônio, Terror em Amityville, A Casa das Almas Perdidas, Caçadores de Fantasmas, Lúcifer, são
alguns títulos ajudaram a disseminar o assunto e despertar as pessoas.
Esta fascinação pelos demônios na cultura livre levaria, fatalmente, a um forte movimento de combate
espiritual entre os evangélicos. Havendo perdido a habilidade de pensar biblicamente, os crentes pós-modernos
foram rapidamente transformados de agentes e introdutores de mudança cultural a conformistas e imitadores. A
cultura popular acenou, e os cristãos morderam a isca. Como resultado, o modelo discipular de guerra espiritual,
que enfatizava a mortificação da velha natureza (Rm 6.6-13) e a santificação tanto do corpo quanto interna (1 Pedro
1:15, Hebreus 12:14; I Ts 4.3-7); deu passagem a um motivo de libertação. Em outras palavras, a paixão puritana
pelo exercício da disciplina espiritual, a fim de viver à semelhança de Cristo, cedeu lugar à agitada atividade de
exorcizar demônios.
1- “NOMES” DO MOVIMENTO
e na saída o pessoal foi falar com ele. Disseram: “onde é que você tem base para dizer que se uma pessoa está
cochilando durante a sua palestra, aquilo é um demônio que está causando sono”? Porque, na realidade, se olhar
na Bíblia, o sono é uma bênção de Deus. Em nenhum momento da Escritura isso está ligado a uma ação demoníaca,
como é que você sabe disso”? Ele respondeu: “Eu sei que não está na Escritura, mas Deus me revelou”.
Ainda, temos que entender que na Batalha Espiritual fala-se muito em mapeamento espiritual. A ideia é
que assim como se pode ir para uma cidade e mapear as suas diversas localidades e os seus acidentes geográficos,
pode-se, também, fazer um mapa das regiões celestiais. Chamam isso de “mapeamento espiritual”. Dizem que há
uma superposição do que está acontecendo nas regiões celestes com o que está acontecendo na terra. O
mapeamento espiritual consistiria em descobrir basicamente duas coisas: a) onde estão localizados os demônios
que controlam uma determinada região; b) quais os nomes deles. A ideia é que o conhecimento do nome do
demônio dá poder sobre ele. Por isso dão tanta ênfase à necessidade de conhecer o nome dos demônios.
Quanto à questão do trono de Satanás, Wagner ensinou um método para localizá-lo e derrubá-lo. Primeiro,
toma-se o mapa da região, divide-o em quadros e anda-se por eles orando em cada um deles. Na área em que a
maior opressão se manifestar, onde se torna quase impossível orar, é que está a maior concentração de demônios e
ali, possivelmente, estará o trono de Satanás. O que deve ser feito é a promoção de uma corrente de oração trazendo
guerreiros de oração para que derrubem o trono de Satanás. Uma vez feito isso, a região estará livre e poderá ser
evangelizada com sucesso.
Jesus nos ordenou: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do
filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado.” (Mt29: 18,19); “Ide
por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”. (Mc 16:15). Jesus ao enviar aos doze disse: “… à medida
que seguirdes, pregai que está próximo o reino dos céus.” (Mt 10:7). Quando enviou os setenta, Jesus disse: “Curai
os enfermos que nela houver e anunciai-lhes: a vós outros está próximo o reino de Deus.” (Lc 10:9). Jesus, em
momento algum, nos orienta a mapear regiões, descobrir nomes de demônios e amarrá-los. Se isso fosse de suma
importância para o sucesso evangelístico, Jesus nos teria ordenado fazê-lo.
c) A Terra é de Satanás
De acordo com os ensinos do movimento de Batalha Espiritual, a administração e governo terrenos
pertencem a Satanás. Isso deveu-se ao pecado de Adão. Ao primeiro homem foi dada administração e governo
sobre a criação; no entanto, ele, quando pecou, entregou a autoridade ao diabo. Decorrente disto, o diabo tem
controle sobre os governos, e Deus não interfere nisso, por questões éticas e legais. Para apoiar essa ideia, citam-
se textos como Mt 4:8,9 e 2 Co 4:4.
Quando nos voltamos para a Bíblia e nos deparamos com Deus julgando a humanidade através do dilúvio
Gn 6:11-26, e muitos textos nos mostram que Deus é o SENHOR de toda a terra - Sl 24:1; Sl 50:10-12; Dn 2:21;
I Sm 2:6,7; Sl 103:19
No entanto o que fazer com textos bíblicos que dizem que satanás é o deus deste mundo? A fim de responder
esta pergunta, precisamos nos perguntar que “mundo” que é este. Russell Shedd nos dá um esclarecimento sobre
isto:
“…trata do sistema de valores alienado de Deus, que orienta o pensamento dos homens em oposição a Ele.
Assim, o kosmos jaz no maligno (o diabo, 1 Jo 5:19; cf. Jo 12:31; 14:30). As trevas dominam este mundo (Jo1:5;
12:46) e o pecado macula sua existência como um todo.”
d) As brechas
“Quando uma pessoa pratica o pecado, ela abre brecha em sua vida. A proteção espiritual está sendo
levantada, e a partir daí as maldições poderão tocá-la. Por exemplo: nós encontramos Satanás dizendo a Deus que
não poderia tocar a vida de Jó, pois ele estava protegido por esta sebe… Sempre que uma pessoa peca
inconscientemente ou voluntariamente, ela abre uma brecha nesta cerca. Consequentemente, os espíritos maus
começam a Ter acesso à vida e ao coração dela. Os espíritos malignos entram aonde foi feita a brecha. Somente o
perdão de Deus poderá repará-la.”
A Bíblia nos adverte sobre os ardis do inimigo: “Não deis lugar ao diabo” (Ef 5:27); “Para que Satanás não
alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios.” (2 Co 2:11). A santidade nas Escrituras é algo
que é constantemente falado. A palavra “santo” e seus derivados, aparecem em 464 versículos. Portanto, é mais
que evidente que o crente deve buscar a santidade cada vez mais em sua vida.
Mas, a santificação, consagração a Deus e entrega ao Senhor, devem ser buscadas não para o que Diabo
não tenha legalidade sobre nós e sim para nos aproximarmos do Senhor e a Ele agradar. Pensemos no pecado de
Davi com Bate-Seba (2 Sm 11). Davi adulterou e cometeu homicídio. Este pecado horrendo trouxe grandes males
para Davi, sua família e seu povo. A partir daí poderia se dizer que o diabo passou a ter legalidade sobre a vida de
Davi? De forma alguma, a vida de Davi ainda pertencia a Deus e Este o tratou conforme seu pecado (2 Sm 12:
10,11,15).
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e) Quebra de maldições
“O fato de você estar salvo não significa que você não está debaixo de maldição”. Por exemplo, quando
um pai diz a um filho: “menino, que o Diabo te carregue!”. Por causa disso, o demônio vai controlar a vida desse
menino e mesmo que ele se converta, se não se quebrar essa maldição, ele não conseguirá ser feliz porque ela o
acompanhará pelo resto da vida. Assim, palavras ruins dos pais, xingamento, coisas más que são ditas, dariam
autoridade aos demônios sobre as pessoas.
Jorge Linhares conta que comprou um carro novo e, viajando, atropelou um coelho; na semana seguinte,
atropelou um cachorro; na terceira semana, um passarinho bateu no para-brisa e morreu. Então ele orou: “Senhor,
eu quero saber o que está acontecendo, tem alguma coisa errada com esse carro”. Ele diz em seu livro que o Espírito
Santo revelou-lhe que aquele carro estava amaldiçoado e que ele devia quebrar todas as maldições; então ele foi e
anulou todas as maldições que havia naquele carro. Porque tal carro havia sido produzido numa fábrica de ímpios,
segundo ele.
A Bíblia é categórica em dizer que quando estamos em Cristo somos verdadeiramente livres: "se, pois, o
Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres." (Jo 8:36), que não há nenhuma condenação (Rm 8.1,2), e que as
coisas velhas ficaram para trás e tudo se fez novo (2 Co 5.17).
Ao lermos a carta de Efésios devemos ter em mente o seguinte: se você é um verdadeiro cristão
como definido no capítulo 1, capítulo 2 e capítulo 3, e se você está vivendo como um verdadeiro cristão
deve viver como definido nos capítulos 4, 5 e 6, então você pode ter certeza de uma coisa, você terá
problema com o inimigo. É impossível viver da maneira que Efésios descreve sem ter conflito com
Satanás.
enganos. A palavra não ocorre em outra parte, exceto nesta carta. Pelo visto, a intenção é transmitir a ideia
de planos enganosos ou investidas astuciosas.
Os crentes não ignoram esta verdade (2Co 2.11). Ora, a expressão “métodos astutos” não passaria
de som oco se não olhássemos o que a bíblia nos revela. Alguns desses ardis e estratagemas malignos são:
confundir a mentira com a verdade de forma a parecer plausível (Gn 3.4,5,22); citar erroneamente as
Escrituras (Mt 4.6); disfarçar-se em anjo de luz (2Co 11.14) e induzir seus “ministros” a fazerem o mesmo,
“aparentando ser apóstolos de Cristo” (2Co 11.13); imitar a Deus (2Ts 2.1-4,9); reforçar a crença humana
de que ele não existe (At 20.22); entrar em lugares onde não se espera que entre (Mt 24.15; 2Ts 2.4); e,
acima de tudo, prometer ao homem que por meio das más ações se pode obter o bem (Lc 4.6,7).
Efésios 1.3 e 2.6, esses "lugares celestiais" indicam a posição do crente em Cristo. Uma posição elevada,
isto é, colocada acima da vida do mundo. Entretanto, no texto de 6.12, o significado da expressão "lugares
celestiais" é outro. Indica os lugares onde Satanás e suas hostes habitam e comandam toda a sua guerra
contra Deus e contra os remidos do Senhor.
O combate do crente contra as forças do mal é nas "regiões [lugares] celestiais". Como a batalha
é espiritual, resta ao crente lutar com as armas espirituais contra poderes espirituais. O ataque de Satanás
é contra a nossa posição espiritual. Ele quer nos fazer descer para o plano carnal e material para dominar
sobre nós. Nossa luta "nos lugares celestiais" é para conservar a nossa posição em Cristo.