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Os metodistas, ausentes do Brasil durante cinco lustros (1841 a 1867), sól puderam volver a atenção para cá,
novamente, ao término da Guerra Civil em seu País, ou seja, no governo de nosso Imperador D. Pedro II. Com a chegada do Rev.
Junius E. Newman e, a seguir, de uma plêiade de consagrados missionários, pôde a denominação wesleyana reencetar a marcha
a que se propusera. Deus lhes estava reservando um tarefa gigantesca na majestosa.
PRIMÓRDIOS
Aos metodistas cabe a honra de terem sido os iniciadores das missões evangélicas no Brasil, e os segundos na América
oatna. Os presbiterianos, dos Estados Unidos, precederam-nos na Argentna em 1825, mas, poucos anos depois, tveram
necessidade de encerrar suas atvidades entre os portenhos. Entretanto, o Rev. Fountain Pits retomou a marcha e, em 1836,
organizou em Buenos Aires, a nossa primeira congregação.
Já vimos que, ao tempo da vinda dos metodistas para o Brasil, havia algumas denominações protestantes estabelecidas
no Rio de Janeiro. Elas, todavia, se preocupavam apenas em dar assistência religiosa aos seus conterrâneos europeus, na língua-
mãe dos mesmos. Porém, os discípulos de João Wesley deslocaram-se para cá com o frme propólsito de transmitr ao povo
brasileiro o conhecimento do Evangelho através da divulgação da Bíblia e da pregação.
Nos dizeres do Rev. Pits, a época era das mais oportunas, e não devia ser desprezada. A porta estava aberta, mas um
dia poderia fechar-se. De fato o sopro da liberdade corria por toda a América. O Brasil, a semelhança de outras nações do
contnente, acabara de obter a sua Independência. As relações entre o novo governo e a Santa Sé achavam-se estremecidas. A
moral do clero deixava muito a desejar. O catolicismo pouco mais tnha a oferecer aos habitantes além dos ofcios em latm, de
procissões e, de quando em quando, um sermão em homenagem a determinado santo. As escolas de Primeiro Grau eram
raríssimas; as estradas poucas e más; defcientes os meios de comunicação. As Guerras separatstas, perturbaram a jovem nação
durante anos. Mas, apesar de tudo, as condições polítcas, o intercâmbio comercial com outros países, a vinda de imigrantes, e,
enfm, o surto que tomava a agricultura, concorriam para animar o progresso do Brasil. Os metodistas também ensejavam dar a
sua contribuição.
O ano de 1886 caracteriza-se por uma sucessão de numerosos fatos no arraial metodista, uns trazendo consternação,
outros, ansiedade e outros ainda, alegrias e esperanças. Foi época das mais assinaladas em nossa Histólria Eclesiástca.
O nome Metodista Católlico pelo qual Ransom batzou o jornal mostra que o objetvo não era, apenas, o de servir à
Missão, mas também, a fraternizar com todos que crêem em Deus e amam a Nosso Senhor Jesus Cristo. Em suas páginas os
leitores encontrariam, além de bons artgos, notcias sobre as grandes questões do momento, tanto religiosas como morais,
polítcas e sociais, as lições da Escola Dominical e informes do que ia acontecendo no meio evangélico.
A 25 de março de 1824, D. Pedro I outorgava a primeira Consttuição ao povo brasileiro. Vigorou por todo o período
monarquico, tendo sido ligeiramente modifcada durante o Regênrio, pelo Ato Adicional de 12 de agôsto de 1834. Possuía essa
Consttuição 179 artgos, dentre os quais destacamos os seguintes:
Título Do Império do Brasil; seu territólrio, governo, dinasta e religião. Art. 1,º – O Império do Brasil é a associação
polítca de todos os cidadãos brasileiros. Eles formam uma nação livre e independente, que não admite com qualquer outra laço
algum de união ou federação, que se oponha à sua independência. Art. 2.º – O seu territólrio.” é dividido em provincias na
forma em que atualmente se acha, as quais poderão ser subdivididas como pedir o bem do Estado. Art. 3.º – O seu governo é
monárquico, hereditário, consttucional e representatvo. Art. 4,º – A Dinasta Imperante é a do Sn, D. Pedro I, atual imperador e
defensor perpétuo do Brasil. Art. 5.º – A religião Católlica Apostóllica Romana contnuará a ser a religião do Império. Todas as
outras religiões serão permitdas com o seu culto doméstco ou partcular, em casas para isso destnadas, sem forma alguma
exterior de templo.
CONSTITUIÇÃO DE 1891
4.º Os religiosos de ordens monástcas, companhias, congregações ou comunidades de qualquer denominação, sujeitas a voto
de obediência, regra, ou estatuto, que impõe a renúncia da liberdade individual; § 2.º – São inelegíveis os cidadãos não-
alistáveis.
SECÇAO II
Declaração de direitos Art. 72 – A Consttuição assegura a brasileiros e a estrangeiros residentes no país a inviolabilidade dos
direitos concernentes à liberdade, à segurança individual e à propriedade nos termos seguintes : § 1.º – Ninguém pode ser
obrigado a fazer, ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei. § 2.º – Todos são iguais perante a lei. A República não
admite privilégio de nascimento, desconhece foros de nobreza, e extngue as ordens honorífcas existentes em todas as suas
prerrogatvas e regalias, bem como os ttulos nobiliárquicos e de conselho. § 3.º – Todos os indivíduos e confssões religiosas
podem exercer pública e livremente o seu culto, associando-se para esse fm e adquirindo bens, observadas as disposições do
direito comum. § 4.º – A República sól reconhece o casamento civil cuja celebração será gratuita. § 5.4 – Os cemitérios terão
caráter secular e serão administrados pela autoridade municipal, fcando livre a todos os cultos religiosos a prátca dos
respectvos ritos em relação aos seus crentes, desde que não ofendam a moral pública e as leis, § 6.º – Será leigo o ensino
ministrado nos estabelecimentos públicos. $ 7º – Nenhum culto ou igreja gozará de subvenção ofcial, nem terá relações de
dependência, ou aliança com o governo da União, ou dos Estados.