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CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES

INTRODUÇÂO

O Brasil classifica as infrações penais em crimes e contravenções também


chamados de classificação dicotômica.

A doutrina apresenta inúmeras classificações de crimes. O presente trabalho


menciona acerca destas classificações citando exemplos práticos de cada tipo
penal.

A CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES NO BRASIL

Antes de classificar os tipos de crimes, ressalta-se que a divisão adotada pela


legislação penal brasileira é a dicotômica, segundo a qual as condutas puníveis
dividem-se em crimes ou delitos e contravenções, sendo que o critério que distingue
tais divisões é apenas a natureza da pena privativa de liberdade cominada
(BITENCOURT, 2010).

Conhecer a classificação dos crimes é de extrema importância, pois pode


influenciar, direta ou indiretamente, nas mais variadas questões dentro do direito
penal; trouxemos neste trabalho as principais classificações:

QUANTO A QUALIDADE DO SUJEITO ATIVO

 Crimes comuns ou gerais

São aqueles que podem ser praticados por qualquer pessoa na se exigindo
condição especial, ou seja, o autor ou réu são pessoas comuns.

 Crimes próprios ou especiais

São aqueles em que o tipo penal exige uma situação fática ou jurídica
diferenciada por aparte do sujeito ativo, ou seja, admitem a participação.

Exemplo: Peculato, somente praticado por funcionário publico.


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 Crimes de mão própria de atuação pessoal ou de conduta


infungível

São aqueles que somente pode ser praticados pela pessoa expressamente
indicada no tipo penal, ou seja, apenas admitem a participação, não aceitando co-
autoria, pois não se alega á prática da conduta infracional a terceira pessoa.

Exemplo: Falso testemunho, não há como outra pessoa enviar outra para
testemunhar em falso no seu lugar.

QUANTO A ESTRUTURA DA CONDUTA DELINEADA PELO TIPO PENAL

 Crime simples

È aquele que se amolda em um tipo penal, somente uma ação.

 Crime complexo

Resulta na união de dois ou mais tipos penais.

Exemplo: Furto e ameaças juntas formam o crime de roubo, então para um


crime complexo exige-se a junção de duas ações.

A REALAÇÃO ENTRE ACONDUTA E O RESULTADO NATURALISTICO

 Crimes Materiais ou causais

Segundo Mirabete há a necessidade de um resultado externo à ação, descrito


na lei, e que se destaca lógica e cronologicamente da conduta.

Exemplo: Homicídio (pois este necessita do resultado morte).

 Crimes formais de consumação antecipada

O tipo penal contém uma conduta, porém o resultado naturalístico


desnecessário para a consumação.

Exemplo: Extorsão mediante seqüestro.


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 Crimes de mera conduta ou de simples atividade

O tipo penal se limita a descrever uma conduta sem resultado algum

Exemplo: Ato obsceno.

QUANTO AO MOMENTO EM QUE O CRIME SE CONSUMA

 Crime instantâneo ou de estado

O momento em que ocorreu o crime, momento determinado.

Exemplo: furto de energia elétrica.

 Crime instantâneo de efeito permanente

Os efeitos do delito subsistem após a consumação.

Segundo Mirabete, crimes instantâneos de efeitos permanentes “ocorrem


quando, consumada a infração em dado momento, os efeitos permanecem,
independentemente da vontade do sujeito ativo”.

Exemplo: bigamia.

Necessariamente permanente: Exige para a manutenção da ação contraria


ao direito por tempo relevante.

Eventualmente permanentes: São crimes instantâneos, mas a ofensa ao


bem jurídico tutelado se prolonga no tempo.

 Crimes a prazo

A consumação exige um determinado período.


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QUANTO AO NÚMERO DE VÍTIMAS

 Crime de subjetividade pessoa única

È quando só tem uma única vitima possível com a ação se obtém uma vitima
por vez.

 Crime de dupla subjetividade

Com uma única conduta do agente obtém duas ou mais vitimas.

Exemplo: violação de correspondência (remetente e destinatário).

QUANTO AO GRAU DE INTENSIDADE DO RESULTADO

 Crime de dano ou lesão

A consumação do crime com resultado material.

 Crime de perigo

Consuma-se com a conduta expondo alguém a perigo.

 Crime de perigo abstrato

O agente não consegue provar que aquela conduta não causa dano a outrem,
basta a pratica da conduta.

 Crime de perigo concreto

Comprovação de exposição de perigo.

 Crime de perigo individual atinge uma pessoa ou determinado


numero de pessoas
 Crime de perigo comum ou mediato

O perigo se projeta para o futuro.

Exemplo: porte de arma.


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QUANTO AO NUMERO DE ATOS QUE INTEGRAM A CONDUTA

A conduta é a ação doa gente, quantos atos são necessários praticar para o
resultado do crime.

 Crime Uni subsistente

A conduta se revela mediante um único ato de execução, capaz por si só,


produzir a consumação e não admite tentativa.

 Crime plurisubsistente

A conduta se exterioriza por meio de dois ou mais atos, que devem somar-se
para produzir a consumação, este tipo de crime pode exigir mais de um ato.

COM RELAÇÃO Á FORMA COMO É PRATICADO O CRIME

Crime comissivo ou de ação.

È praticado mediante conduta positiva.

Consistem na prática de uma ação positiva visando um resultado ilícito, ou


seja, fazer o que a lei proíbe (BITENCOURT, 2010).

Exemplo: Roubo

 Crime omissivo ou de omissão

A negativa de realizar algo, resultando um delito.

 Crime omissivo impróprio

O agente que tem o dever jurídico de evitar o resultado.

 Crime omissivo Próprio

Quando uma pessoa não tem o dever jurídico de agir, porém, caso não
encontre quem o possa responderá por omissão.

 Crime omissivo por comissão


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Não há uma ação provocadora da omissão, grande parte da doutrina


reconhece essa categoria de direito.

 Crime omissivo quase- impróprio

Diz respeito a omissão que não produz lesão ao bem jurídico.

 Crime de conduta mista, ação e omissão

Exemplo: apropriação de coisa achada.

QUANTO AO MODO DE EXCUÇÃO

 Crime de forma livre, qualquer meio para executá-lo.

 Crime de forma vinculada

Exemplo: Tentar passar uma doença para alguém.

QUANTO AO NUMERO DE BENS ATINGIDOS

 Crimes mono ofensivos

Ofende um único bem um patrimônio.

 Crime pluriofensivos

Atinge mais bens.

Exemplo: Latrocínio atinge a vida e o patrimônio.


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QUANTO A EXISTENCIA AUTÔNOMA DO CRIME

 Crimes principais Independem da prática do crime anterior,


existe por si só.

 Crime acessório de fusão ou parasitário

Tem uma conexão com algo, depende da prática de um crime anterior.

Exemplo: Receptação quando compra ou recebe alguma coisa que é objeto


de um crime.

QUANTO A NECESSIDADE DE EXAME DE CORPO DE DELITO COMO


PROVA

 Crime transeunte ou de fato transitório

Passa sem deixar rastro, são aqueles que não deixam vestígio material.

 Crime não transeunte ou de fato permanente

O fato deixou marcas, vestígio material, para este caso a falta do exame pode
acarretar a nulidade da ação.

QUANTO AO LOCAL EM QUE O CRIME É PRATICADO

 Crimes à distância

São aqueles em que a conduta e resultado ocorrem em países diversos.

 Crimes plurilocais

A conduta e o resultado se desenvolvem em comarcas diversas sediadas no


mesmo país.
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 Crimes em transito

Somente uma parte da conduta ocorre em outro país sem lesionar ou expor a
perigo bem jurídico das pessoas que nele vivem.

QUANTO AO VÍNCULO EXISTENTE ENTRE OS CRIMES

 Crimes independentes

Não apresenta nenhuma ligação com outro delito.

 Crimes conexos

Ocorre uma ligação dos outros delitos entre si, a conexão pressupõe a
existência de pelo menos duas infrações penais, entre as quais exista um vínculo
qualquer. Por conseqüência, haverá a exasperação da pena e a necessidade de
apuração dos delitos em um só processo.

 Conexão Teológica ou ideológica

O crime é praticado para assegurar a execução de outro delito.

 Crime conseqüencial ou casual

O crime é cometido na seqüência de outro para assegurar a impunidade,


ocultação ou vantagem de outro delito. Essas duas espécies possuem previsão
legal, servindo como agravante do crime, em caso de homicídio serve como
qualificadora.

 Conexão ocasional

O crime é praticado como conseqüência da ocasião, provocada pela prática


de crime antecedente.
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CONCLUSÃO

Quando falamos em classificação, logo em seguida o que se remete a gente


pode ser a idéia de organização, e a classificação dos crimes serve justamente para
isso, para organizar as condutas, as relações entre os tipos e os sujeitos que
cometem a ação ou omissao, os lugares dentre outras divisões. Crimes que são de
tipos diferentes e podem ser classificados em categorias iguais ou semelhantes ,
assim facilitando tambem para nós o entendimento dos crimes.

Há diversas classificações, e é importante lembrar que um crime pode se


apresentar em varias delas, como:

Exemplo: Furto: ele é um crime comum (pode ser praticado por qualquer
pessoa ou recebido por qualquer pessoa, chamado tambem de bicomuns, quando
não necessita de condição para sujeito passivo ou ativo) segundo (ALVAREZ, 2017).
É um crime simples (precisa de um único verbo, que é a subtração). Ele é um crime
material (precisa do resultado, subtrair algo para que ele exista).

Assim, um tipo pode não ser colocado em apenas uma classificação,


podendo estar em diversas categorias também, podendo tambem haver agravantes
ou qualificatorias dependendo do tipo, não servindo, somente para classificação.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:

CAPEZ. Fernando. Curso de direito penal. Volume 1 – parte geral. 17°.ed.


São Paulo: Saraiva, 2013.

ALVAREZ, Rodrigo. Classificação dos crimes. Parte 1, 2 e 3. Disponíveis


em: <https://m.youtube.com/watch?t=1s&v=c7vYwjdNGrA>. Acesso em: 04 de nov.
2017. <https://m.youtube.com/watch?v=S9L1dRr7gTc>. Acesso em: 04 de nov.
2017. <https://m.youtube.com/watch?t=1213s&v=ldu8QEMxEaQ> Acesso em: 04 de
nov. De 2017.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal: parte geral. 15ª ed.
ver. atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2010
MIRABETE, Júlio Fabbrini. Manual de Direito Penal : Parte Geral, Arts. 1º a
120 do CP. 16 ed. São Paulo: Atlas, 2000. v. 1

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