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AULA28
1. INT RODUÇÃO
nacional. O Tribunal declarou expressam ente que o patrim ônio nacional não pode ser
confundido com bem da união, então, crim e am biental praticado na Z ona C osteira, na
Mata Atlântica ou nos dem ais ecossistem as do artigo 225 (rol taxativo) não
necessariam ente será da com petência da Justiça Federal, pois são bens da união. Deve
ser verificado o caso concreto, m as, em regra, a com petência é da Justiça Estadual.
O utro julgado de 2009 do STJ cita um conflito de com petência de crim e ocorrido
em área de assentam ento do INC RA. O Incra é um a autarquia Federal, contudo, o STJ
entendeu que, não é porque o crim e ocorreu na área de assentam ento que de fato
haverá um interesse da União por conta da sua autarquia. A com petência, nesse caso,
é da Justiça Estadual:
IBAMA atuar não significa que o caso é de com petência federal, pois im agine que na
apreensão dessas espécies por parte do Ibam a, o m esm o lavrou o auto de infração.
Não é porque o Ibam a realizou o auto, instaurou processo adm inistrativo e aplicou a
sanção que nós estarem os verificando a com petência da Justiça Federal para apreciar
QUEST ÃO
sem parecer técnico oficial favorável e licença expedida por autoridade com petente,
deve ser apurado e julgado pela justiça com um estadual, já que não há ofensa de
públicas.
Q uestão considerada correta, por conta do cancelam ento da súm ula 91 do STJ. A
professora ensina que, quando há introdução de espécim e anim al, m uitas das vezes
pode ocorrer a extinção da fauna Silvestre local. Algo que vem ocorrendo é a
introdução de caram ujos oriundos da África no nosso am biente dom éstico, assim com o
o coral do Sol.
O coral do Sol foi dissem inado nas nossas Águas jurisdicionais Marinhas por conta
lim ites seguros. A água de lastro é utilizada pelos navios para com pensar a perda de
peso decorrente sobretudo do desem barque de cargas. Dessa form a, sua captação e
Esse ciclo é extrem am ente perigoso para a fauna m arinha que habita as
populações de anim ais locais, além de vírus, bactérias, algas, entre outros. Essa atitude
provocando instabilidade na cadeia alim entar. A professora aponta com o exem plo que
o navio na Holanda não deveria liberar água de lastro na C oreia do Sul, haja vista que
lim peza do tanque de lastro. O m esm o está ocorrendo com o coral de sol, pois a
construção de cascos nas plataform as da C hina, Malásia e C oreia, por exem plo, que
são construídas em estaleiros na água jurisdicional desses países, acabam por vir ao
Brasil já com o C oral de sol. Portanto, a dissem inação do coral de sol está sendo m otivo
Se r ia um um c r ime Fe de r al ne s s e c as o ?
relatoria do Ministro Luiz Fux do Suprem o Tribunal Federal, entendeu nesse sentido: a
exportação de anim ais Silvestres seria crim e am biental de caráter transnacional, logo,
O Ministro Luiz Fux entendeu nesse sentido, porque, de acordo com ele “nem
todo crim e que envolva anim ais silvestres am eaçados de extinção, espécies exóticas
ou protegidos por com prom issos internacionais assum idos pelo Brasil é da Justiça
am biental apurado a partir de auto de infração lavrado pelo Ibam a, com julgado já
dado na aula, tam bém não atrai necessariam ente a com petência da Justiça Federal. Já
Nacional, a com petência será da Justiça Federal. C ontudo, se o reflexo for apenas na
esfera m unicipal, com o no caso da pesca ilegal já citado em aula, a Justiça Estadual
Isto é, cabe à Justiça Federal julgam ento de crim e am biental praticado no Rio
m arítim as - artigo 20 da C RFB), a com petência será Federal. Adem ais, crim e com etido
quanto o tem a.
particular que m antinha em cativeiro duas aves de determ inada espécie Silvestre
aplicou-se esse princípio. Isso porque, visto que as aves não tinham indícios de m aus-
tratos e já estavam dom esticadas, retira-las do am biente dom éstico iria causar a m orte
Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre,
nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da
autoridade competente, ou em desacordo com a obtida:
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres,
domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:
No caso do artigo 34 da Lei 9.605, que traz o tipo Penal de pesca proibida, tem os
estava portando anzol, vara e linha, só que ele não tinha nenhum peixe na sua
em barcação.
da natureza sem pedir autorização, o que é crim e, logo, o STF entendeu que, se houve
formulada contra deputado federal pela suposta prática do crime previsto no art.
34, “caput”, da Lei 9.605/1998 (“Pescar em período no qual a pesca seja proibida
ou em lugares interditados por órgão competente: Pena - detenção de um ano a
três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente”) — v. Informativo 791.
No caso, de acordo com o relatório de fiscalização, a autoridade ambiental
abordara o deputado e outras duas pessoas em embarcação fundeada em área
marítima pertencente à unidade de conservação federal de proteção integral. A
Turma, de início, afastou a preliminar de inépcia da denúncia. Observou que essa
peça processual descreveria de forma detalhada a ação empreendida, com
menção ao dia, ao local e às circunstâncias do ato tido por criminoso, a
possibilitar o pleno exercício da ampla defesa e do contraditório. Em seguida,
reputou não existir, no caso concreto, o requisito da justa causa a propiciar o
prosseguimento da ação penal, especialmente pela mínima ofensividade da
conduta do agente, pela ausência de periculosidade social da ação, pelo reduzido
grau de reprovabilidade do comportamento e pela inexpressividade da lesão
jurídica provocada. Assim, apesar de a conduta do denunciado amoldar-se à
tipicidade formal e subjetiva, não haveria a tipicidade material, consistente na
relevância penal da conduta e no resultado típico, em razão da insignificância da
lesão produzida no bem jurídico tutelado. A jurisprudência seria no sentido da
aplicabilidade do princípio da insignificância aos crimes ambientais, tanto com
relação aos de perigo concreto — em que haveria dano efetivo ao bem jurídico
tutelado —, quanto aos de perigo abstrato, como no art. 34, “caput”, da Lei
9.605/1998. No processo em exame, não se produzira prova material de qualquer
dano efetivo ao meio ambiente. Ademais, mesmo diante de crime de perigo
abstrato, não seria possível dispensar a verificação “in concreto” do perigo real ou
mesmo potencial da conduta praticada pelo acusado com relação ao bem jurídico
tutelado. Esse perigo real não se verificaria na espécie vertente. Portanto, seria
imperioso assentar a atipicidade material da conduta, pela completa ausência de
ofensividade ao bem jurídico tutelado pela norma penal. O acusado estaria em
pequena embarcação quando teria sido surpreendido em contexto de pesca
rústica, com vara de pescar, linha e anzol. Não estaria em barco grande, munido
de redes, arrasto nem com instrumentos de maior potencialidade lesiva ao meio
ambiente.
Inq 3788/DF, rel. Min. Cármen Lúcia, 1°.3.2016. (Inq-3788)
A professora com entou sobre outros julgados no STF, dois habeas corpus da
relatoria do m inistro Dias Toffoli. Ele analisou o caso de duas pessoas que estavam
tam bém em locais proibidos, portando linha, anzol e vara e sem nenhum peixe
com preendendo que seria aplicável o princípio da insignificância quanto ao tipo penal
do artigo 34, que não pode se confundir com o Artigo 35, pois são tipos penais distintos.
delitiva, o agente não ser reincidente específico contra crim es am bientais e etc.
proibido pescar na época de defeso, sendo o órgão am biental o com petente para
discrim inar a época do defeso e o local proibido (trata-se de norm a penal em branco).
Se, por exem plo, o indivíduo pescou na época de defeso, deve-se verificar a
quantidade de peixes que ele pescou. Se for apenas um peixe, deve ser aplicado o
com o já visto, o Suprem o Tribunal Federal vem entendendo de form a diferente, pois de
insignificância, isso não ocorreu. Isso porque, além do indivíduo estar portando 85 Kg
um crim e de perigo abstrato que atingiu direito difuso, não haveria com o aplicar o
princípio da insignificância.
proibidos para pescar, um barco que o indivíduo usou rede de arrastão (proibida). O
Suprem o Tribunal Federal entendeu que, nesse caso, não haveria com o aplicar o
O professor Márcio, juiz federal, do dizer o direito escreve no seu site sobre o
tem a e diz que a regra é não aplicar o princípio da insignificância para o Suprem o, pois
em apenas alguns casos isso seria possível, m as com o exceções. A professora traz um a
Isso foi cobrado pela banca C ESPE. Q uanto à edificação em área de preservação
perm anente, tem os tam bém um crim e, porque nós estam os falando de supressão de
vegetação nativa. A regra é que a justiça federal seja com petente nesses casos.
praticado e dem onstre por m eio de laudo. Inclusive, há m enção da lei 9.099 de 95 na
em bloco anterior. No que diz respeito às atenuantes, destaca-se o caso de “baixo grau
específica. Logo, não basta ser reincidente em crim es, tem que ser incidente em crim es
quando a pena abstrata for com inada em até 03 anos, diferentem ente do C ódigo
Penal que traz um prazo diferente, de 02 anos. Nesse caso, além da pena abstrata de
03 anos, o juiz vai requerer um laudo que com prove que aquele indivíduo reparou o
m eio am biente lesado, caso contrário, se for im possível por circunstâncias alheias a sua
vontade, ele fixará outras condicionantes para a possibilidade do SURSIS ser deferido.