Sie sind auf Seite 1von 24

Monitoria TGDP 1- Resumo Parte 1

Personalidade Jurídica:

A ideia de personalidade está intimamente ligada à de pessoa, pois exprime a aptidão


genérica para adquirir direitos e contrair deveres. Tal aptidão é, hoje, conferida a toda
ser humano o que representa grande conquista da civilização jurídica. Os romanos
tratavam os escravos como coisas, objeto e não sujeito de direitos.

Como o ser humano é o sujeito das relações jurídicas, e a personalidade a faculdade a


ele reconhecida, diz-se que toda pessoa é dotada de personalidade.

 Não só as pessoas, individualmente, são detentoras dessa aptidão. O direito


reconhece personalidade às sociedades, associações e fundações (Pessoas
Jurídicas).

A personalidade não depende da consciência ou da vontade do indivíduo sendo atributo


inseparável do ser humano dentro da ordem jurídica.

OBS: Quando tratamos da pessoa, individualmente, tratamos de “pessoas naturais, a


denominação “pessoa física” não foi mantida no Código Civil de 2002.

 Começo da Personalidade

A duração da personalidade é a vida, desde que vive e enquanto vive, o ser humano é
dotado de personalidade.

O problema, entretanto, está no seu início.

 A personalidade jurídica tem começo no nascimento com vida.


 Dois, portanto, são seus requisitos: o nascimento e a vida.
 Ocorre nascimento quando o feto é separado do ventre materno, seja
naturalmente, seja com auxílio de recursos obstétricos.
 A vida configura-se no momento em que se opera a primeira troca
oxicarbônica com o meio ambiente. Viveu a criança que tiver inalado ar
atmosférico, ainda que morra em seguida. A entrada de ar nos pulmões
denota vida, mesmo que não tenha sido cortado o cordão umbilical.

A partir desse momento, afirma-se a personalidade civil.

Até o momento do nascimento com vida, o que há são direitos meramente potenciais,
para cuja constituição dever-se-á aguardar o fato do nascimento e a aquisição da
personalidade.

 Cabe ressaltar o interesse prático dessa classificação: se a criança nasceu com


vida, ainda que morra logo em seguida, ela transmitiu direitos aos seus sucessores.

 Fim da Personalidade

 Como a existência da pessoa natural termina com a morte, somente com esta cessa
a sua personalidade.
 Em Roma, a liberdade era condição da personalidade que podia cessar caso o
indivíduo fosse reduzido à escravidão.

 Nascituro

 Podemos definir o nascituro como aquele que está pra nascer, mas já foi
concebido no ventre materno. Ou seja, ele foi “concebido mas não nascido”
 Quanto à questão da personalidade, duas teoria explicam a aquisição da
personalidade do nascituro:

 Teoria Natalista: a aquisição da personalidade opera-se a partir do


nascimento com vida.
 Teoria Concepcionista: a aquisição da personalidade opera-se desde o
momento da concepção sendo o feto, assim, considerado pessoa (
alcançando até mesmo direitos patrimoniais)

 Fala-se, também, em uma teoria personalidade condicional de maneira que o


feto tem aptidão para a titularidade de direitos personalíssimos (sem conteúdo
material). Os direitos patrimoniais estariam sujeitos ao nascimento com vida
(condição suspensiva, um estado potencial)
 No Brasil, adota-se a teoria natalista.

 Capacidades

 Quando falamos em capacidade, falamos na medida da personalidade:

 Capacidade de direito ( de gozo): confunde-se com a personalidade,


sendo a medida dos direitos dos quais posso ser titular, ou seja,
constitui direitos titularizados de maneira estática.
 Capacidade de fato (exercício): condiciona-se à capacidade de direito.
Quando falamos em capacidade de fato, perguntamos: quais são os
direitos que podem ser exercidos de maneira autônoma? Quais direitos
posso exercer pessoalmente e sozinho? Consiste em uma aptidão
concreta!

 Regime das Incapacidades: a incapacidade absoluta consiste na falta de aptidão


para praticar pessoalmente atos da vida civil, faltando capacidade de exercício.
 No código civil de 2002, tínhamos como absolutamente incapazes:

 Os menores de 16 anos
 Aqueles que, por enfermidade ou doença mental, tão tiverem o
necessário discernimento para a prática de seus atos
 Os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade
 Foi então que a Lei 13.146, o Estatuto da Pessoa com Deficiência de 2015 retirou
a pessoa com deficiência da condição de incapaz
 O deficiente é, portanto, plenamente capaz.
 O estatuto, atendendo ao princípio da dignidade humana, representa enorme
conquista social reconhecendo que o simples fato de portar determinada
deficiência não torna o sujeito incapaz.
 Desse modo, a curatela torna-se medida extraordinária e diz respeito apenas a
atos de natureza patrimonial e negocial.

OBS: Sobre a curatela: • Se assemelha à “tutela”, mas para pessoas com


enfermidades mentais;
• Hipóteses: Estão sujeitos a curatela:
 Os que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua
vontade;
 Os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
 Os pródigos.
• Curador = quem representa/assiste a curatela.  Recomendável que seja da família
(em ordem de preferência: cônjuge, descendentes, ascendentes, colaterais)
• Necessidade de processo de interdição (pedido por parentes consanguíneos ou
Ministério Público)  Processo com fases definidas.
• Pode haver diferentes graus de incapacidade: absoluta ou relativa.
• A intervenção é revogável.
• É recomendável limitar minimamente a vida das pessoas, especialmente aspecto
patrimonial.

OBS: Tanto a curatela quanto a tutela buscam a proteção de incapazes.

 O deficiente pode, também, optar pela tomada de decisão apoiada que consiste na
escolha de duas pessoas (de sua confiança) que irão ajuda-lo nas decisões da vida
civil.
 Voltando à incapacidade absoluta: São absolutamente incapazes apenas os
menores de 16 anos.
 Eles, então, são (até os 16 anos) representados.
 Na ausência dos pais ou na hipótese de perda do poder familiar pode-se nomear
um tutor.
 Sobre o poder familiar:

Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, o pleno
exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos:
Dirigir-lhes a criação e a educação; exercer a guarda; permitir (ou não) casamento,
viagem ao exterior, mudança permanente para outro Município; nomear tutor por
testamento/documento idôneo; representá-los judicial e extrajudicialmente até os 16 e
assisti-los dos 16 aos 18 (nos atos da vida civil); reclamá-los de quem ilegalmente os
detenha; exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade
e condição.

 O poder familiar, portanto, é diferente da guarda! Quando os pais se separam,


ambos possuem poder familiar.
 O tutor não possui poder familiar.

 Na ausência dos pais ou na perda do poder familiar, ocorre, então a nomeação de


um tutor:

• Art. 1.729: Pais nomeiam o tutor (por testamento ou documento idôneo)  essa
nomeação é nula se os pais não detiverem o poder familiar;

• Art. 1.731: Pessoas recomendadas


Caso pais não nomeiem, incube a tutela por parentes consanguíneos do menor grau.

Prioriza-se graus de parentesco menores:


1. Ascendentes em linha reta (Pessoa – pai – avô – bisavô – ...)
2. Parentes colaterais (Pessoa – irmão – tio – ...)
 Na falta do pai, o grau mais próximo é o avô (ascendente em linha reta). Na
falta de ascendentes em linha reta, opta-se pelos parentes colaterais de menor grau.
Se o grau for igual, prioriza-se o mais velho.
 Princípio de melhor interesse.  Equilíbrio entre interesse/grau.

• Art. 1.732: se os pais não deixaram nomeados, juiz nomeará tutor idôneo em
domicilio do menor.

Menores pais desconhecidos.

• Art. 1.734, lei 8.069: menores de pais desconhecidos, falecidos ou que tiverem sido
suspensos do poder familiar terão tutores nomeados pelo juiz ou serão incluídos em
programa de colocação familiar (adoção).

Incapazes de exercer a tutela

• Art. 1.735: pessoas não recomendáveis a serem tutoras


Não podem ser tutores:
Os que não tem a livre administração de seus bens;
Os que tiverem litígio com o menor (os que forem “inimigos” do menor ou dos
pais);
Os condenados por crime de furto/roubo, falsidade, contra a família ou os costumes,
tendo ou não cumprido pena;
Pessoas de mal procedimento;
Os que exercerem atividade pública que os impeça da boa administração da tutela.

Escusa
• Art. 1.736: mulheres casadas; maiores de sessenta anos; aqueles que tiverem sob sua
autoridade mais de três filhos; os impossibilitados por enfermidade; aqueles que
habitarem longe do lugar onde se haja de exercer a tutela; aqueles que já exercerem
tutela ou curatela; militares em serviço.

Exercício: Tutor tem o dever de assistir e representar o menor.


• Art. 1.740
• Art. 1.748
• Art. 1.749
Fim da tutela
• Art. 1.764: Cessam as funções do tutor ao expirar o termo, em que era obrigado a
servir; ao sobrevir escusa legítima; ao ser removido.
• Art. 1.763: Cessa a condição de tutelado com a maioridade ou a emancipação do
menor ou ao cair o menor sob o poder familiar, no caso de reconhecimento ou adoção.

 Incapacidade relativa: é uma zona cinzenta entre a absoluta incapacidade e a


plena capacidade civil. O código civil de 2002 determina como relativamente
incapazes (lembrando que o estatuto da pessoa com deficiência revogou alguns
artigos como o “aquele que por deficiência tenham o discernimento reduzido”):

 Os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos


 Os ébrios habituais e os viciados em tóxicos
 Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir
sua vontade
 Os pródigos

 Os menores entre 16 e 18 anos são assistidos (o menor deve praticar o jurídico


junto com o seu assistente sob pena de anulabilidade).

 Interdição

 Ação que tem por objetivo retirar a capacidade de determinado sujeito, tornando-
o incapaz. (Cuidado! A decisão do juiz deverá dizer o grau da lesão à capacidade
de fato).
 Trata-se de procedimento reversível

 1) Petição Inicial: tem por objetivo demonstrar legitimidade


 2) Audiência para ouvir o interditando (se possível) para determinar o grau de
ausência de discernimento e propor perguntas relevantes
 3) A defesa tem 5 dias para se opor
 4) Prova parcial – mais segura- ainda que eu tenha um laudo médico! (dizer se
ele tem lucidez ou não)
 5) Audiência – instrução e julgamento (ouvir testemunhas)
 6) Sentença: decisão proferida por um único juiz – registrada no cartório de
registro civil de pessoas naturais

 Emancipação

 Antecipação da capacidade plena ( que, em regra é alcançada no primeiro


momento do dia que perfaz os 18 anos)

 Voluntária: concessão dos pais ou de um deles na falta do outro,


mediante instrumento público, independente de homologação judicial,
desde que o menor tenha completado 16 anos.
 É necessária anuência dos dois pais (se não, pode haver
judicialização da questão)
 Ato irrevogável, mas os pais podem ser responsabilizados
solidariamente pelos danos causados pelos filhos.
 Judicial: concedida pelo juiz, ouvido o tutor (pressupõe a falta dos
pais) caso o menor tenha seus 16 anos completos.
 Deve-se comunicar a emancipação ao oficial de registro
(cartório de notas)
 Antes do registro, não há efeitos
 Legal

 Casamento: a partir dos 16, com autorização dos pais, pode-se casar
 Implícita manifestação de vontade dos pais ou representantes
legais
 Não faria sentido permanecer sob o mesmo poder familiar
quando se forma um novo núcleo familiar
 Mesmo havendo dissolução da sociedade conjugal, o
emancipado não retorna à anterior situação de incapacidade
civil
 A nulidade da emancipação cabe caso o casamento não tenha
sido contraído de boa-fé
 Exercício de emprego público efetivo
 Pressupõe um vínculo não temporário
 Colação de grau em curso de ensino superior
 Estabelecimento civil ou comercial ou a existência de relação de emprego desde
que, em função deles, o menor com 16 anos tenha economia própria.

 Extinção da Pessoa Natural, Morte

• Art. 6 e 7: morte é o fato ordinário que causa o fim da condição de sujeito de


direito/personalidade jurídica.
• Morte desencadeia vários efeitos jurídicos (como desfaz relações, seguro de
vida, ...). Sendo assim é fundamental que se saiba causa, data e hora.

Real

 Para do sistema cardiorrespiratório e cessação das funções vitais que deve ser
atestada por um médico. (Ou duas testemunhas). Morte encefálica.
 Certidão de óbito deve ser levada a registro! (registro civil de pessoas naturais)
 Fim da personalidade jurídica
 Extinção do poder familiar
 Dissolução do vínculo conjugal
 Abertura da sucessão

Presumida

• não há provas circunstanciais, diretas. Mas há ocorrências que geram convicção por
presunção.
• OBS: Meios de prova: documentos, testemunhas, perícia, presunção (não é uma boa
prova, é um raciocínio arriscado).

Espécies
 Grave risco de morte
 Deve-se fazer averiguações e buscas.
 Ex.: Queda de avião + buscas que não encontraram sobreviventes.

 Servindo na guerra ou forem feitos de prisioneiros


 Passados 2 anos desde o fim oficial da guerra.
 Buscas e averiguações também devem ser feitas.

 Ausência:
 Desaparecido de seu domicílio sem deixar notícias.

• Domicílio: Situa o sujeito para ajudar a selecionar onde ele é encontrado (área
geográfica), onde ele responde/exerce suas obrigações jurídicas.

• OBS. Conceitos:
 Morada: encontrado temporariamente. Referencial é cidade. Ex. Férias.
 Residência: encontrado com habitualidade. Referencial é rua, casa, número.
 Domicílio: residência + espaço geográfico que é centro das obrigações jurídicas.

 Direitos da Personalidade: direitos que dignificam o homem que é, então,


protegido em sua essência. Após codificações que reduziam o direito civil à ideia
de um direito “disponível”, tem-se uma codificação que deixa de ter perfil
essencialmente patrimonial.

 Aqueles que tem por objeto os atributos físicos, psíquicos e morais da pessoa em
si e em suas projeções sociais.
 Esfera extrapatrimonial, não dedutível pecuniariamente
 Vida
 Honra
 Integridade Física

Natureza: poderes que o homem exerce sobre sua própria pessoa, manifestações
especiais das projeções dos direitos da personalidade.

Titularidade: ser humano desde a concepção (incluindo-se o nascituro)

Legitimidade: titular ou, se morte, cônjuge ou parentes até 4º grau.

Direitos inerentes à pessoa, em suas projeções física, mental e moral. Os DP são


dotados de certas características particulares:

 Absolutos: oponibilidade erga omnes (contra a coletividade), irradiando


efeitos em todos os campos e impondo à coletividade o dever de respeitá-
los.
 Indisponíveis: não se permite ao titular do direito renunciar a eles ou
cedê-los em benefício de terceiro ou da coletividade.
 Gerais: outorgados a todas as pessoas, simplesmente pelo fato de
existirem.
 Extrapatriomonialidade: ausência de um conteúdo patrimonial direto
ainda que sua lesão gere efeitos econômicos.
 Indisponibilidade: nem por vontade própria do indivíduo o direito pode
mudar o titular. (são intransmissíveis e irrenunciáveis). (o que podemos
transmitir é a FACULDADE DE USO)
 Imprescritíveis: não existe um prazo para seu exercício, eles não se
extinguem pelo não uso. (Diferente da pretensão da violação)
 São vitalícios: sua duração é a vida. Obs: o art. 12 do CC determina:
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para
requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou
qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
 Impenhoráveis
 Cláusula geral de proteção da personalidade (Art. 12): Indenização e
Retratação
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade,
e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.

 Nome: sinal exterior mais visível de sua individualidade, sendo através dele que
a identificamos no seu âmbito familiar e no meio social.

Cazuza: Agenor de Miranda Araújo Neto

 Prenome: “nome de batismo”, primeiro nome. Agenor


 Patronímico: nome de família que, coloquialmente, é chamado de
“sobrenome”. Miranda Araújo
 Cognome: designação dada a alguém devido a uma particularidade
pessoal. Exagerado
 Agnome: sinal distintivo que se acrescenta ao nome completo para
diferenciá-lo de parentes. Neto
 Codinome ou Pseudônimo: nome escolhido pelo próprio indivíduo para o
exercício de uma atividade específica. Cazuza

Alteração do nome:

 Causas necessárias: modificação do estado de filiação (reconhecimento/


contestação de paternidade ou adoção) bem como alteração do nome dos pais.
 Voluntárias: casamento (depende de autorização judicial), alteração imotivada do
nome (1 ano após a maioridade civil, art. 56 LRP), apelidos públicos notórios.

Direito à Imagem: Direito de cunho moral e não físico porquanto seus reflexos são no
âmbito moral. Não ocorre a cessão do direito à imagem, mas, sim do uso da imagem. Tal
cessão deve ser expressa e não se admite interpretação ampliativa!
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à
manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a
publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas,
a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra,
a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.

Direitos autorais: são especiais pois possuem uma esfera moral e uma patrimonial. Pode-
se usufruir, dispor da obra literária mas não do seu direito autoral personalíssimo.

Pessoas Jurídicas

O desenvolvimento econômico dos povos demonstrou a necessidade de o homem formar


grupos para atingir suas metas. Inicialmente, os pequenos grupos confundiam-se com as
famílias, mas, com o tempo, eles tornaram-se complexos e surgiu a necessidade de o
Estado intervir para coibir abusos.

Surge, então, a necessidade de personalizar o grupo, para que possa proceder a uma
unidade, participando do comércio jurídico, com individualidade. (Orlando Gomes)

O direito, então, confere personalidade jurídica a esse grupo.

1) Conceito: grupo humano, criado na forma da lei e dotado de personalidade


jurídica própria, para a realização de fins comuns.
Surge, então, um novo sujeito de direito, dotado de personalidade e de sua
própria capacidade de fato. Tem, portanto, autonomia.
2) Pressupostos existenciais da PJ:
 A vontade humana criadora
 A observância das condições legais para a sua instituição
 A licitude do seu objeto ou finalidade

OBS: Renata: a PJ busca qualquer vantagem (união de esforços que diminui os custos) e
deve ter lucro para sua existência (partilhando-o ou não). E tem existência artificial.
(Pessoas naturais tem existência psicofísica).
3) Surgimento da pessoa jurídica: ART. 45 do CC

“Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição
do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de
autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as
alterações por que passar o ato constitutivo”.

Podemos concluir, portanto, que a inscrição do ato constitutivo ou do contrato social


no registro competente é condição indispensável para a atribuição de personalidade à
pessoa jurídica. Junta Comercial: sociedades mercantis
em geral
Cartório de Registro Civil de PJS:
fundações, associações e sociedades
civis.

OBS: Em algumas hipóteses exige-se ainda a autorização do Poder executivo para seu
funcionamento.

O registo da PJ, então tem natureza constitutiva, por ser atributivo de sua personalidade,
diferentemente do registo civil de nascimento da pessoa natural, eminentemente
declaratório.

O registro declarará: ART 46. CC

Como pessoa, a PJ tem assegurados seus direitos patrimoniais, obrigacionais, sucessórios


e, até mesmo, da personalidade (art. 52)

Capacidade: por sua própria natureza, a PJ tem capacidade especial. Ela não poderá,
por óbvio, praticar todos os atos jurídicos admitidos para a pessoa natural. Não exerce,
por exemplo, direitos puros de família, nem pode ser objeto de institutos protetivos como
a tutela, a curatela ou a ausência.
 O seu campo de atuação encontra-se delimitado no contrato social, nos estatutos
ou na própria lei.

Representação: ora, por sua própria natureza, a PJ necessita de representação para poder
atuar na órbita social. ART 47.

Mas, e se a administração for exercida por várias pessoas? ART 48.

DE DIREITO P´UBLICO: ART. 41 e 42 DO CC

 Externo: Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidos pelo DIP
 Interno: PJ criadas por lei para administração pública direta ou indireta.
 União, Estados, Municípios, autarquias (serviço autônomo, criado por lei, com
personalidade jurídica, patrimônio e receitas próprios, para executar atividades
típicas da Administração Pública), etc.

DIREITO PRIVADO: ART. 44 DO CC

 Sociedades, associações e fundações

 Associações

Conceito: entidades de direito privado, formadas pela união de indivíduos com o


propósito de realizarem fins não econômicos (pode ser artístico, religioso, profissional).
ART. 53 A receita, portanto, deve ser revertida para a própria associação, visando
a melhoria de sua atividade.
 O ato constitutivo (estatuto), portanto, não contém direitos e obrigações
recíprocos. (Parágrafo único do Art. 53)
Estatuto art. 54: Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:
I - a denominação, os fins e a sede da associação;
Art. 1o. O Minas Tênis Clube é uma associação civil sem não econômicos, fundada em
15 de novembro de 1935, com prazo de duração indeterminado, localizado na rua da
Bahia no 2244, com sede e foro na cidade de Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais.

Parágrafo único. O termo “Clube” e a denominação “Minas Tênis Clube” se equivalem,


neste Estatuto.

Art. 2o. O Clube tem por finalidade proporcionar aos seus sócios, titulares e dependentes
lazer, esporte, educação e entretenimentos físico, cívico e artístico/cultural.

II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;


III - os direitos e deveres dos associados;
IV - as fontes de recursos para sua manutenção;
V - o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos; (Redação dada
pela Lei nº 11.127, de 2005)
VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.
VII - a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas. (Incluído
pela Lei nº 11.127, de 2005)

 Assembleia: Órgão colegiado das pessoas jurídicas (Há invocação prévia para
deliberação e/ou votação para algum ato) – Estabelece-se um quórum mínimo e
edita-se um documento oficial.
 Reunião (Apenas divulgação de informações)

Além da Assembleia Geral, é muito comum que a associação tenha um conselho ( por
exemplo, XVIII - deliberar sobre planos e estratégias do Clube;)

. Cabe à Assembleia (Art. 59) destituir os administradores e alterar o estatuto.

 Para isso, entretanto, deliberação da assembleia deve ser convocada para esse fim,
cujo quórum será estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição dos
administradores.
 Garante-se o direito de convocação a 1/5 dos associados (art. 60)

 A condição de associado é intransmissível (art. 56). Se o estatuto permitir,


entretanto, o titular da quota ou fração poderá transmitir, por ato inter vivo ou
mortis causa a um terceiro, a um terceiro, a condição de associado.

§ 3o. A autorização para transferência de quota fica condicionada à aprovação


pela Diretoria, nos termos de disposiçaõ especif́ ica.

 Por óbvio, ninguém está preso à associação e pode desligar-se a qualquer


momento.
 A exclusão do associado é prevista desde que haja justa causa e, na estrita forma
do estatuto, deve haver um procedimento que assegure o direito de defesa e de
recurso. (Art. 57)

III - atentar contra a moralidade social e desportiva ou contra superiores interesses


do Clube;

 Extinta uma associação, o patrimônio líquido (- quotas de cada associado), bem


como os débitos sociais – será destinado à entidade de fins não econômicos
designada no estatuto, ou, se este for silente, a instituição municipal, estadual ou
federal, de fins idênticos ou semelhantes (art. 61)

 Por cláusula do estatuto ou, no silêncio deste, prevê o parágrafo primeiro do art.
61 que é permitido aos respectivos membros, antes da destinação do remanescente
a entidade congênere, receber em restituição, em valor atualizado, as
contribuições que houverem prestado ao patrimônio da entidade.
Fundação (Viva Cazuza):

Resultam da afetação de um patrimônio, por testamento ou escritura pública,


especificando o fim para o qual ela se destinará. ART 62

 Tais fins serão: assistência social, cultura, defesa e conservação do patrimônio


histórico e artístico, saúde, segurança, pesquisa, etc e, portanto, não visam a
divisão do lucro.

 Todo o dinheiro é investido na própria atividade.

 Não tem sócios ou associados, apenas administradores.

 O Ministério Público fiscaliza as fundações. ART 66

 ART 63: Quando insuficientes para constituir uma fundação, os bens a ela
destinados serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em
outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante.

 ART 64: Constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos, o instituidor é
obrigado a transferir-lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens
adotados, e, se não o fizer, serão registrados, em nome dela, por mandado judicial.

 “O que se encontra é a atribuição de personalidade jurídica a um patrimônio, que


a vontade humana destina a uma finalidade social”

 Extinção da Fundação: ART 69


 O MP ou qualquer interessado pode promover a ação de extinção da fundação de
maneira que seu patrimônio será incorporado por outra fundação ( a não ser que
o ato constitutivo ou o estatuto disponha o contrário)

Sociedades:
 OBS: Atividade Simples: mais pessoal, exercida essencialmente a partir de
conhecimentos científicos, literários por uma pessoa natural (profissional liberal).
FIRMA (nome da sociedade simples)
 Empresa: Atividade, tudo que não for simples, atividade organizada e habitual.
 Sociedades Simples: PJs que, embora persigam proveito econômico, não
empreendem atividade empresarial
 São registradas no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas (marco de sua
personalidade)

 Sociedade Empresária: PJ que exerce atividade econômica organizada para


produção ou circulação de bens ou serviços, com registro na Junta Comercial.

 EIRELI: Empresa (portanto, registrada na junta) Individual de Responsabilidade


Limitada (o patrimônio não ultrapassa aquele disponível na constituição da
empresa)
 PJ de uma pessoa só
 Seu principal benefício é proteger o empresário, que limita sua responsabilidade.
Assim, seus bens pessoas não responderão pelas dívidas de sua empresa.

BENS:

 Bens

 Podem ser definidos como toda a utilidade física ou ideal, que seja objeto
de um direito subjetivo. Sob essa perspectiva, todo bem econômico é um
bem jurídico, ainda que existam bens jurídicos que não podem ser
avaliáveis pecuniariamente.
 Bem jurídico, material ou imaterial, economicamente apreciável ou não, é
objeto de direitos subjetivos.
 P. Ex: um terreno é objeto do meu direito de propriedade enquanto a honra
é objeto do meu direito da personalidade.

OBS: As prestações também podem ser objeto de direito. (direitos subjetivos de crédito).
 Bens x Coisas: divergência doutrinária.

 Orlando Gomes: bem é gênero, coisa é espécie. Bem não possui valor
econômico, ao passo que a coisa restringe-se às utilidades patrimoniais.
Coisa é sempre objeto corpóreo, isto é, perceptível pelos sentidos.
 Maria Helena Diniz: bens seriam espécies de coisas. A palavra coisa teria
sentido mais extenso, compreendendo tanto os bens que podem ser
apropriados, como aqueles objetos que não podem. Coisa pode
compreender tudo o que existe no universo: ar, água, o espaço.
 Washington de Barros Monteiro: afirma que o conceito de coisa
corresponde ao de bens, mas nem sempre há sincronização entre as
expressões. Os dois termos são usados como sinônimos!
 Pablo Stolze: identifica a coisa sob o aspecto de sua materialidade
(objetos corpóreos). Os bens, por sua vez, compreenderiam os objetos
corpóreos ou materiais (coisas) e os ideias (bem imateriais). Dessa
maneira, há bens que não são coisas: a liberdade, a honra, a integridade,
etc.

 Patrimônio Jurídico: representação econômica da pessoa, vinculado à


personalidade do indivíduo de maneira que o acompanha durante toda a vida
independentemente da substituição, acréscimo ou decréscimo de bens.
 A noção de patrimônio jurídico não se confunde com o conjunto de bens
corpóreos, mas sim com toda a gama de relações jurídicas (direitos e
obrigações de crédito e débito) valoráveis economicamente de uma
pessoa, natural ou ideal.
 O conceito é de demasiada importância, afinal, no Código Penal, na
Parte Especial, estão os “Crimes Contra o Patrimônio”.
 A doutrina tradicional não admite a pluralidade de patrimônios: “Um
homem, um patrimônio”.

 Classificação dos Bens Jurídicos


 Os romanos já se preocupavam com a classificação das coisas,
dividindo-as em res mancipi e res nec mancipi.
 Res Mancipi:coisas cuja transferência de propriedade exigia um
processo solene (mancipação), como, por exemplo, as porções
de terras itálicas, as casas, os escravos, os animais de carga.
 Res nec Mancipi: não exigiam formalismo algum para a sua
transferência, demandando apenas a entrega ou tradição
(dinheiro, joias, gado de pequeno porte, aves).

 O Novo Código Civil, em seus arts. 79 a 103, classifica os bens em:

Dos bens considerados em si mesmo: (Arts. 79 a 91)

 Bens corpóreos e incorpóreos: bens corpóreos são aqueles que


tem existência material, perceptível pelos nossos sentidos, como
os bens móveis (livros, joias) e imóveis (terrenos, etc).
Bens Incorpóreos são aqueles abstratos, de visualização ideal
(não tangível). Tendo existência apenas jurídica, por força da
atuação do Direito. Ex: direito sobre o produto do intelecto, com
valor econômico.

 Somente os bens corpóreos podem ser objeto de contrato


de compra e venda, enquanto os bens imateriais somente
se transferem pelo contrato de cessão, bem com não
podem ser adquiridos por usucapião nem ser objeto de
tradição.

 Bens imóveis e móveis: bens imóveis são aqueles que não


podem ser transportados de um lugar para outro sem alteração
de sua substância (um lote urbano, por exemplo).
Bens móveis, por sua vez, são passíveis de deslocamento, sem
quebra ou fatura.
 Bens suscetíveis de movimento próprio, enquadráveis na
noção de móveis, são chamados de semoventes.
 Bens imóveis por sua própria natureza: “o solo e tudo quanto
se lhe incorporar natural ou artificialmente”(art. 79)
 Imóveis por acessão física, industrial ou artificial: tudo
quanto o homem incorporar permanentemente ao solo, como a
semente lançada à terra, os edifícios e construções, de modo que
se não o possa retirar sem destruição ou dano (art. 79)
 Acessão significa incorporação, união física com
aumento de volume da coisa principal.
 Imóveis por acessão intelectual: bens que o proprietário
intencionalmente destina e mantém no imóvel para exploração
industrial, aformoseamento ou comodidade. Ex: Ar condicionado,
escadas de emergência, maquinários agrícolas.
 Imóveis por determinação legal: não prevalece o aspecto
naturalístico do bem, senão a vontade do legislador.

 Bens fungíveis: podem ser substituídos por outros da mesma


espécie, qualidade e quantidade.
 Bens infungíveis: insubstituíveis, ainda que por outro da mesma
espécie, qualidade e quantidade.
 Bens Consumíveis: móveis cujo uso implica destruição imediata
(desaparecimento) destinados à alienação (transferência de
propriedade de um sujeito para outro). Por óbvio, diferem-se dos
inconsumíveis que suportam uso continuado, sem prejuízo do seu
perecimento progressivo e natural (automóvel).
 Bens Divisíveis: podem fracionar sem alteração na substância,
diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se
destinam (art. 87).
 Bens Indivisíveis: o são por determinação legal (o módulo rural),
convenção ou pela sua própria natureza.
 Bens Singulares: coisas consideradas em sua individualidade,
representadas por uma unidade autônoma e, por isso, distinta de
quaisquer outras.
 Bens Coletivos: os que, sendo compostos de várias coisas
singulares, são considerados em conjunto, formando um todo
homogêneo (uma biblioteca).

 Partes integrantes: Compõe a estrutura do bem principal como uma lâmpada em


relação a um lustre.
 Princípio da gravitação jurídica: o acessório segue o
principal (art. 1219)

 Pertenças: não compõem a estrutura principal do bem e não o seguem a não ser
que estipulado “Portas fechadas”.

 Benfeitorias: a obra realizada pelo homem, na estrutura da coisa principal, com


o propósito de conservá-la (necessária), melhorá-la (útil) ou embelezá-la
(necessária).

 Fruto: bem gerado pelo principal que pode ser separado dele. Ex: Aluguel.

 Produto: utilidades que a coisa principal produz, cuja percepção ou extradição


diminui sua substância (pedras e metais)

 Bens Públicos: pertencem à União, aos Estados ou aos Municípios (art. 98).

 Bens de uso comum do povo: bens públicos cuja utilização não se


submete a qualquer tipo de discriminação ou ordem especial de
fruição. É o caso das praias, estradas, ruas e praças.
 Bens de uso especial: bens públicos cuja fruição, por titulo
especial, e na forma da lei, é atribuída a determinada pessoa, bem
como aqueles utilizados pelo Próprio Poder Público para a
realização de seus serviços públicos. É o caso dos prédios onde
funcionam as escolas públicas.
 Bens dominicais ou dominiais: não afetados à utilização direta e
imediata do povo, nem aos usuários de serviços, mas que pertencem
ao patrimônio estatal. Caso dos títulos pertencentes ao Poder
Público, das terras devolutas e terrenos da marinha.

Das könnte Ihnen auch gefallen