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Personalidade Jurídica:
Começo da Personalidade
A duração da personalidade é a vida, desde que vive e enquanto vive, o ser humano é
dotado de personalidade.
Até o momento do nascimento com vida, o que há são direitos meramente potenciais,
para cuja constituição dever-se-á aguardar o fato do nascimento e a aquisição da
personalidade.
Fim da Personalidade
Como a existência da pessoa natural termina com a morte, somente com esta cessa
a sua personalidade.
Em Roma, a liberdade era condição da personalidade que podia cessar caso o
indivíduo fosse reduzido à escravidão.
Nascituro
Podemos definir o nascituro como aquele que está pra nascer, mas já foi
concebido no ventre materno. Ou seja, ele foi “concebido mas não nascido”
Quanto à questão da personalidade, duas teoria explicam a aquisição da
personalidade do nascituro:
Capacidades
Os menores de 16 anos
Aqueles que, por enfermidade ou doença mental, tão tiverem o
necessário discernimento para a prática de seus atos
Os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade
Foi então que a Lei 13.146, o Estatuto da Pessoa com Deficiência de 2015 retirou
a pessoa com deficiência da condição de incapaz
O deficiente é, portanto, plenamente capaz.
O estatuto, atendendo ao princípio da dignidade humana, representa enorme
conquista social reconhecendo que o simples fato de portar determinada
deficiência não torna o sujeito incapaz.
Desse modo, a curatela torna-se medida extraordinária e diz respeito apenas a
atos de natureza patrimonial e negocial.
O deficiente pode, também, optar pela tomada de decisão apoiada que consiste na
escolha de duas pessoas (de sua confiança) que irão ajuda-lo nas decisões da vida
civil.
Voltando à incapacidade absoluta: São absolutamente incapazes apenas os
menores de 16 anos.
Eles, então, são (até os 16 anos) representados.
Na ausência dos pais ou na hipótese de perda do poder familiar pode-se nomear
um tutor.
Sobre o poder familiar:
Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, o pleno
exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos:
Dirigir-lhes a criação e a educação; exercer a guarda; permitir (ou não) casamento,
viagem ao exterior, mudança permanente para outro Município; nomear tutor por
testamento/documento idôneo; representá-los judicial e extrajudicialmente até os 16 e
assisti-los dos 16 aos 18 (nos atos da vida civil); reclamá-los de quem ilegalmente os
detenha; exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade
e condição.
• Art. 1.729: Pais nomeiam o tutor (por testamento ou documento idôneo) essa
nomeação é nula se os pais não detiverem o poder familiar;
• Art. 1.732: se os pais não deixaram nomeados, juiz nomeará tutor idôneo em
domicilio do menor.
• Art. 1.734, lei 8.069: menores de pais desconhecidos, falecidos ou que tiverem sido
suspensos do poder familiar terão tutores nomeados pelo juiz ou serão incluídos em
programa de colocação familiar (adoção).
Escusa
• Art. 1.736: mulheres casadas; maiores de sessenta anos; aqueles que tiverem sob sua
autoridade mais de três filhos; os impossibilitados por enfermidade; aqueles que
habitarem longe do lugar onde se haja de exercer a tutela; aqueles que já exercerem
tutela ou curatela; militares em serviço.
Interdição
Ação que tem por objetivo retirar a capacidade de determinado sujeito, tornando-
o incapaz. (Cuidado! A decisão do juiz deverá dizer o grau da lesão à capacidade
de fato).
Trata-se de procedimento reversível
Emancipação
Casamento: a partir dos 16, com autorização dos pais, pode-se casar
Implícita manifestação de vontade dos pais ou representantes
legais
Não faria sentido permanecer sob o mesmo poder familiar
quando se forma um novo núcleo familiar
Mesmo havendo dissolução da sociedade conjugal, o
emancipado não retorna à anterior situação de incapacidade
civil
A nulidade da emancipação cabe caso o casamento não tenha
sido contraído de boa-fé
Exercício de emprego público efetivo
Pressupõe um vínculo não temporário
Colação de grau em curso de ensino superior
Estabelecimento civil ou comercial ou a existência de relação de emprego desde
que, em função deles, o menor com 16 anos tenha economia própria.
Real
Para do sistema cardiorrespiratório e cessação das funções vitais que deve ser
atestada por um médico. (Ou duas testemunhas). Morte encefálica.
Certidão de óbito deve ser levada a registro! (registro civil de pessoas naturais)
Fim da personalidade jurídica
Extinção do poder familiar
Dissolução do vínculo conjugal
Abertura da sucessão
Presumida
• não há provas circunstanciais, diretas. Mas há ocorrências que geram convicção por
presunção.
• OBS: Meios de prova: documentos, testemunhas, perícia, presunção (não é uma boa
prova, é um raciocínio arriscado).
Espécies
Grave risco de morte
Deve-se fazer averiguações e buscas.
Ex.: Queda de avião + buscas que não encontraram sobreviventes.
Ausência:
Desaparecido de seu domicílio sem deixar notícias.
• Domicílio: Situa o sujeito para ajudar a selecionar onde ele é encontrado (área
geográfica), onde ele responde/exerce suas obrigações jurídicas.
• OBS. Conceitos:
Morada: encontrado temporariamente. Referencial é cidade. Ex. Férias.
Residência: encontrado com habitualidade. Referencial é rua, casa, número.
Domicílio: residência + espaço geográfico que é centro das obrigações jurídicas.
Aqueles que tem por objeto os atributos físicos, psíquicos e morais da pessoa em
si e em suas projeções sociais.
Esfera extrapatrimonial, não dedutível pecuniariamente
Vida
Honra
Integridade Física
Natureza: poderes que o homem exerce sobre sua própria pessoa, manifestações
especiais das projeções dos direitos da personalidade.
Nome: sinal exterior mais visível de sua individualidade, sendo através dele que
a identificamos no seu âmbito familiar e no meio social.
Alteração do nome:
Direito à Imagem: Direito de cunho moral e não físico porquanto seus reflexos são no
âmbito moral. Não ocorre a cessão do direito à imagem, mas, sim do uso da imagem. Tal
cessão deve ser expressa e não se admite interpretação ampliativa!
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à
manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a
publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas,
a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra,
a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.
Direitos autorais: são especiais pois possuem uma esfera moral e uma patrimonial. Pode-
se usufruir, dispor da obra literária mas não do seu direito autoral personalíssimo.
Pessoas Jurídicas
Surge, então, a necessidade de personalizar o grupo, para que possa proceder a uma
unidade, participando do comércio jurídico, com individualidade. (Orlando Gomes)
OBS: Renata: a PJ busca qualquer vantagem (união de esforços que diminui os custos) e
deve ter lucro para sua existência (partilhando-o ou não). E tem existência artificial.
(Pessoas naturais tem existência psicofísica).
3) Surgimento da pessoa jurídica: ART. 45 do CC
“Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição
do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de
autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as
alterações por que passar o ato constitutivo”.
OBS: Em algumas hipóteses exige-se ainda a autorização do Poder executivo para seu
funcionamento.
O registo da PJ, então tem natureza constitutiva, por ser atributivo de sua personalidade,
diferentemente do registo civil de nascimento da pessoa natural, eminentemente
declaratório.
Capacidade: por sua própria natureza, a PJ tem capacidade especial. Ela não poderá,
por óbvio, praticar todos os atos jurídicos admitidos para a pessoa natural. Não exerce,
por exemplo, direitos puros de família, nem pode ser objeto de institutos protetivos como
a tutela, a curatela ou a ausência.
O seu campo de atuação encontra-se delimitado no contrato social, nos estatutos
ou na própria lei.
Representação: ora, por sua própria natureza, a PJ necessita de representação para poder
atuar na órbita social. ART 47.
Externo: Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidos pelo DIP
Interno: PJ criadas por lei para administração pública direta ou indireta.
União, Estados, Municípios, autarquias (serviço autônomo, criado por lei, com
personalidade jurídica, patrimônio e receitas próprios, para executar atividades
típicas da Administração Pública), etc.
Associações
Art. 2o. O Clube tem por finalidade proporcionar aos seus sócios, titulares e dependentes
lazer, esporte, educação e entretenimentos físico, cívico e artístico/cultural.
Assembleia: Órgão colegiado das pessoas jurídicas (Há invocação prévia para
deliberação e/ou votação para algum ato) – Estabelece-se um quórum mínimo e
edita-se um documento oficial.
Reunião (Apenas divulgação de informações)
Além da Assembleia Geral, é muito comum que a associação tenha um conselho ( por
exemplo, XVIII - deliberar sobre planos e estratégias do Clube;)
Para isso, entretanto, deliberação da assembleia deve ser convocada para esse fim,
cujo quórum será estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição dos
administradores.
Garante-se o direito de convocação a 1/5 dos associados (art. 60)
Por cláusula do estatuto ou, no silêncio deste, prevê o parágrafo primeiro do art.
61 que é permitido aos respectivos membros, antes da destinação do remanescente
a entidade congênere, receber em restituição, em valor atualizado, as
contribuições que houverem prestado ao patrimônio da entidade.
Fundação (Viva Cazuza):
ART 63: Quando insuficientes para constituir uma fundação, os bens a ela
destinados serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em
outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante.
ART 64: Constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos, o instituidor é
obrigado a transferir-lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens
adotados, e, se não o fizer, serão registrados, em nome dela, por mandado judicial.
Sociedades:
OBS: Atividade Simples: mais pessoal, exercida essencialmente a partir de
conhecimentos científicos, literários por uma pessoa natural (profissional liberal).
FIRMA (nome da sociedade simples)
Empresa: Atividade, tudo que não for simples, atividade organizada e habitual.
Sociedades Simples: PJs que, embora persigam proveito econômico, não
empreendem atividade empresarial
São registradas no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas (marco de sua
personalidade)
BENS:
Bens
Podem ser definidos como toda a utilidade física ou ideal, que seja objeto
de um direito subjetivo. Sob essa perspectiva, todo bem econômico é um
bem jurídico, ainda que existam bens jurídicos que não podem ser
avaliáveis pecuniariamente.
Bem jurídico, material ou imaterial, economicamente apreciável ou não, é
objeto de direitos subjetivos.
P. Ex: um terreno é objeto do meu direito de propriedade enquanto a honra
é objeto do meu direito da personalidade.
OBS: As prestações também podem ser objeto de direito. (direitos subjetivos de crédito).
Bens x Coisas: divergência doutrinária.
Orlando Gomes: bem é gênero, coisa é espécie. Bem não possui valor
econômico, ao passo que a coisa restringe-se às utilidades patrimoniais.
Coisa é sempre objeto corpóreo, isto é, perceptível pelos sentidos.
Maria Helena Diniz: bens seriam espécies de coisas. A palavra coisa teria
sentido mais extenso, compreendendo tanto os bens que podem ser
apropriados, como aqueles objetos que não podem. Coisa pode
compreender tudo o que existe no universo: ar, água, o espaço.
Washington de Barros Monteiro: afirma que o conceito de coisa
corresponde ao de bens, mas nem sempre há sincronização entre as
expressões. Os dois termos são usados como sinônimos!
Pablo Stolze: identifica a coisa sob o aspecto de sua materialidade
(objetos corpóreos). Os bens, por sua vez, compreenderiam os objetos
corpóreos ou materiais (coisas) e os ideias (bem imateriais). Dessa
maneira, há bens que não são coisas: a liberdade, a honra, a integridade,
etc.
Pertenças: não compõem a estrutura principal do bem e não o seguem a não ser
que estipulado “Portas fechadas”.
Fruto: bem gerado pelo principal que pode ser separado dele. Ex: Aluguel.
Bens Públicos: pertencem à União, aos Estados ou aos Municípios (art. 98).