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CURITIBA
2008
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CURITIBA
2008
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, pois tudo a Ele pertence. A meus pais, pelo amor e
dedicação incondicionais. Aos amigos que sempre estiveram presentes, nos
momentos alegres e nas longas e tensas madrugadas. A minha equipe de projeto
experimental, Ana Paula, Daniele e Silvia, pois sem elas a motivação não seria a
mesma. A minha orientadora Cristina Lemos. A Ana e ao Hélio, os chefes que
sempre me entenderam e apoiaram. Agradeço em especial ao Guilherme, amigo
hemofílico que nos apresentou a Associação Paranaense dos Hemofílicos, ao
Vinícius, a tia Regina e o tio Sérgio, a Vera e aos demais funcionários e voluntários
da APH que sempre se predispuseram a dar entrevistas e informações que
colaboraram de alguma maneira na composição deste trabalho.
5
RESUMO
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO........................................................................................................09
1 O TERCEIRO SETOR.........................................................................................11
1.1 A ORIGEM DO TERCEIRO SETOR.................................................................11
1.2 ELEMENTOS QUE COMPÕEM O TERCEIRO SETOR..................................14
1.3 A GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR............................17
1.4 O TERCEIRO SETOR E A COMUNICAÇÃO...................................................20
2 A GESTÃO DA COMUNICAÇÃO.......................................................................23
2.1 O QUE É A GESTÃO DA COMUNICAÇÃO.....................................................23
2.2 GESTÃO DA COMUNICAÇÃO E SEU PROCESSO DE EXECUÇÃO............26
2.2.1 Comunicação Administrativa.....................................................................27
2.2.2 Comunicação Interna..................................................................................27
2.2.3 Comunicação Mercadológica.....................................................................28
2.2.4 Comunicação Institucional.........................................................................28
2.2.5 Planejamento e gestão estratégicos da comunicação organizacional
orientado por Kunsch...........................................................................................29
2.3 A GESTÃO DA COMUNICAÇÃO NO TERCEIRO SETOR..............................32
3 ESTUDO DE CASO DA ASSOCIAÇÃO PARANAENSE DOS HEMOFÍLICOS35
3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA....................................................................35
3.2 A HEMOFILIA....................................................................................................37
3.2.1 O que é a hemofilia......................................................................................37
3.2.2 Diagnóstico e tratamento............................................................................38
3.2.3 Associações e centros de tratamento da hemofilia.................................39
3.3 ASSOCIAÇÃO PARANAENSE DOS HEMOFÍLICOS......................................39
3.3.1 Caracterização da APH................................................................................40
3.3.2 Serviços oferecidos.....................................................................................40
3.3.3 A gestão da Associação..............................................................................42
3.3.4 Estratégias de comunicação da APH........................................................44
3.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................46
CONCLUSÃO.........................................................................................................48
8
REFERÊNCIAS......................................................................................................50
APÊNDICES...........................................................................................................53
ANEXOS.................................................................................................................80
9
INTRODUÇÃO
A comunicação acaba sendo vista como uma maneira de abrir espaço para o
diálogo entre todos os envolvidos nas questões referentes ao Terceiro Setor. Por
isso, trata-se a Gestão da Comunicação como o principal meio para interligar o
público interno e externo de uma organização, além de ser o modo mais eficaz de
atrair adotantes às causas sociais, bem como apoiadores e empresas interessadas
10
1 O TERCEIRO SETOR
Costa (2006), Borba (2001) e Hudson (1999), são alguns dos autores que
concordam com a idéia de que o Terceiro Setor surge como um meio para resolver
questões que não se enquadram especificamente no ambiente dicotômico do
público e o privado, e, é através de acontecimentos históricos e econômicos que
eles buscam explicar a origem do setor e sua base conceitual.
Costa (2006), afirma que na última metade do século XX, após o fim dos
regimes comunistas, no Ocidente passa a prevalecer o Neoliberalismo – um
conjunto de medidas que tem como objetivo a defesa do mercado e da economia
capitalista. Concordando com Costa (2006), Borba (2001) esclarece que esta visão
econômica acaba desfavorecendo a condição assistencialista do Estado e assim os
cidadãos ficam desassistidos de suas necessidades básicas, devido à baixa
qualidade dos serviços ofertados e a alta dos custos.
medida por índices que quanto mais crescem menos se traduzem em bem-estar
social[...]”.
Uma das grandes diferenças entre os três setores, citada por Hudson (1999),
é que no Terceiro Setor há uma tênue ligação entre os provedores de fundos e os
usuários. No setor público, o governo central e as autoridades locais disponibilizam
serviços e em retribuição os cidadãos elegem o governo que lhes oferece o
programa mais adequado referente aos serviços públicos. No setor privado, os
fornecedores oferecem mercadorias e serviços aos seus clientes que pagam a eles
o preço de mercado. Já no Terceiro Setor, normalmente, os contribuintes doam
dinheiro para que as organizações financiem projetos, forneçam serviços e realizem
pesquisas.
Para Serralvo (2001), essas novas realidades estão surgindo para suprir a
carência do Estado em proporcionar à população um mínimo de bem-estar social:
Este espaço que o Terceiro Setor vem ganhando na sociedade, citado por
Serralvo (2001), é o mesmo ilustrado por Motter (2006, apud COSTA 2006). A autora
afirma que o Terceiro Setor é uma realidade frente ao Estado e ao mercado e tem
ainda muito espaço de crescimento, pois se estabelece através de parcerias
iniciadas por cidadãos comuns que se mobilizam para cobrar ações cabíveis ao
Estado e garantir que sejam executados projetos concretos em prol do bem-estar
social, promovendo a solidariedade com a força do voluntariado - que mantém o
trabalho humano nas instituições do Terceiro Setor – e do mercado, que colabora ao
injetar recursos financeiros nas entidades.
considera que “ [...] é ilusão acreditarmos num Terceiro Setor forte e pujante, sem
que os outros setores da economia [...] não funcionem harmoniosamente, pois os
dois primeiros se interligam com os resultados diretos no Terceiro Setor”. Com a
movimentação do Segundo Setor é possível aumentar a dinâmica do mercado e
indiretamente elevar o nível de arrecadação do Primeiro Setor, facilitando a
expansão do Terceiro Setor.
Seguindo esta lógica, Mânica (2006) conclui que o Terceiro Setor passa a ser
um intermediário entre o Estado e o mercado, compartilhando de traços de ambos
os setores, e o define de forma jurídica como “o conjunto de pessoas jurídicas de
direito privado, de caráter voluntário e sem fins lucrativos, que desenvolvam
atividades de defesa e promoção dos direitos fundamentais ou prestem serviços de
interesse público” (MÂNICA, 2006 apud OAB-PR, 2006, p. 26).
Ainda de acordo com Hudson (1999, s/p), o traço comum que une as
organizações do Terceiro Setor é que todas são orientadas por valores, ou seja, são
criadas e mantidas por pessoas que acreditam que mudanças são necessárias e
que elas são responsáveis pelas mesmas.
Esta idéia acaba justificando o fato de que o Terceiro Setor é percebido como
um ambiente no qual os valores e a consciência social se mostram extremamente
presentes. Conforme Karawejczyk, Silva e Pettro (2001), o Terceiro Setor luta pelo
reconhecimento da sociedade civil e assume o papel de mediador e articulador de
novos espaços de participação, sendo responsável por criar e gerenciar políticas
sociais públicas. Por isso, as autoras afirmam que as principais características do
Terceiro Setor são a prestação de serviços sem fins lucrativos; a adoção de uma
nova postura perante as atividades sociais; ênfase na participação voluntária;
colaboração na formação e no fortalecimento da cidadania; além de ser um meio de
enfrentamento da pobreza e da exclusão social.
18
Essa definição, revela que a sociedade e os setores definidos por ela são
percebidos como uma rede integrada e complexa, e o Terceiro Setor é concebido
não apenas como uma conceituação, mas como um fenômeno que envolve os
cidadãos, aguça seus valores e impulsiona o desenvolvimento de ações perante a
realidade social apresentada.
Sabe-se que o Terceiro Setor é uma área na qual investimentos privados são
revertidos em benefícios públicos; que as instituições são organizadas em função de
causas sociais; que há ênfase na participação voluntária e, por este motivo, muitas
vezes os “gestores” das organizações são pessoas sem conhecimento teórico que
oriente a administração; e principalmente que os recursos financeiros são escassos.
19
Beggy (2002, apud OLIVEIRA, ROSS e ALTIMEYER, 2005) aponta que para
a realização de um plano estratégico de organizações sem fins lucrativos, além dos
pontos destacados por Tenório (2004), as necessidades específicas são: uma
missão que não traga complicações financeiras; adequada atenção ao
gerenciamento financeiro; obtenção de lucro que deve ser revertido integralmente
para a organização; verificar a demanda do mercado definido para atuação; buscar
minimizar riscos; e avaliar os resultados.
20
Tenório (2004), afirma que para que a gerência da organização seja realizada
de forma efetiva, atendendo às expectativas; eficaz, cumprindo o objetivo
determinado; e eficiente, ao executar algo da melhor forma possível com os recursos
disponíveis, devem ser utilizadas quatro funções gerenciais. Essas funções
gerenciais correspondem às atividades que devem ser realizadas para manter a
organização ativa e correspondem ao planejamento, a organização, a direção e ao
controle.
2 GESTÃO DA COMUNICAÇÃO
O segundo princípio é que a comunicação não deve ser um suporte, mas uma
ferramenta estratégica na estrutura da organização, para que a missão, a visão e os
valores da organização não sejam “esquecidos” no decorrer do processo de gestão.
E, por fim, o quarto princípio que diz respeito a valorização de uma cultura
organizacional corporativa, que cria possibilidade de participação das pessoas bem
como possibilita a identificação de pontos fracos e pontos fortes do ambiente interno
e da comunicação organizacional integrada.
33
[...] contar com uma comunicação pública cada vez mais ativa e eficaz,
divulgando suas ações, tornando públicos os seus investimentos, usando a
chamada “democracia da informação”, compartilhando seu conhecimento
acumulado pela experiência no atendimento direto em sua área de atuação
(SOARES E FERRAZ in COSTA, 2006, p.51)
Está pesquisa foi do tipo aplicada, por ter interesse prático em solucionar os
problemas de comunicação que a APH apresenta. Uma pesquisa aplicada, de
acordo com Ander-Egg (1978, p.33 apud MARCONI e LAKATOS, 1999), caracteriza-
se pelo interesse prático em, a partir dos resultados obtidos, propor soluções para os
problemas reais.
Por ser uma investigação de pesquisa cujo objetivo foi formular questões com
a finalidade de esclarecer os conceitos utilizados na gestão da comunicação da
APH, envolvendo descrições qualitativas do objeto de estudo e as inter-relações do
ambiente observado, pode-se afirmar que esta pesquisa de campo foi também
exploratória (MARCONI E LAKATOS, 1999).
Uma vantagem que esta técnica de coleta de dados apresenta é que permite
a evidência de dados não constantes no roteiro de entrevista – complementando a
técnica de entrevista não estruturada – além de possibilitar meios diretos para
estudar uma ampla variedade de fenômenos. Algumas limitações é que o
observador tende a criar impressões favoráveis ou desfavoráveis de acordo com as
atitudes do observado e que a ocorrência espontânea dos fatos impede que o
observador presencie tudo o que pode colaborar com a pesquisa (MARCONI E
LAKATOS, 1999).
Por meio das entrevistas não estruturadas que permitem maior flexibilidade
para exploração de um determinado assunto, foram feitas entrevistas focalizadas,
que de acordo com Ander-Egg (1978. p. 110 apud MARCONI E LAKATOS, 1999),
seguem um roteiro de tópicos relativos ao problema que será estudado, tendo o
entrevistador liberdade de fazer as perguntas que quiser, sondando motivos e
razões de acordo com o decorrer da entrevista.
3.2 A HEMOFILIA
Conforme afirma Vera Hirata (apêndice A), o público atendido pela APH varia
entre crianças, jovens e adultos, predominantemente do sexo masculino, sendo
pessoas carentes que moram no Paraná e até mesmo em outras regiões do Brasil.
46
Uma boa parte deste quadro de funções poderia ser completado através do
trabalho voluntário, mas Hirata revela que a maior dificuldade está em encontrar
pessoas capacitadas para exercer as funções e também em encontrar voluntários
que se comprometam verdadeiramente com a causa e que se dediquem a ela. A
gestora aponta ainda que treinar os voluntários exige um determinado tempo e que
no momento não há uma pessoa que possa se dedicar exclusivamente a isto.
Segundo Vera Hirata (apêndice A), 70% da receita que a Associação tem hoje
provêm de doações da população e 30% corresponde ao faturamento repassado
pelo SUS, pois os profissionais da área da saúde que lá trabalham atendem não
apenas aos hemofílicos, como a comunidade em geral. Este valor repassado pelo
SUS gira em torno de 1.500 a 2.000 reais e corresponde a um dos eixos de
sustentabilidade financeira da APH.
Por se tratar de uma Associação do Terceiro Setor, boa parte dos serviços são
executados por voluntários, mas no caso da APH, os profissionais da área da saúde
são remunerados pelo Estado, bem como a gestora da Associação, que é uma
funcionária do Hemepar – Hemocentro que atua em parceria com a APH.
Alguns objetivos que podem ser destacados dentro desta nova perspectiva de
gestão são: a mobilização da sociedade civil para com a causa da hemofilia; a
melhoria na gestão de pessoas dentro da Associação, buscando maior adesão ao
trabalho voluntário; a profissionalização das pessoas envolvidas na administração da
50
O ponto comum é que estando ou não disposta a ajudar, a população não tem
conhecimento a respeito da hemofilia e conforme afirmam alguns familiares de
hemofílicos (apêndices B e C), muitas pessoas confundem e acreditam que a
hemofilia é a doença em que é necessário fazer hemodiálise - processo de filtragem
sanguínea, realizado em pacientes com insuficiência renal. Hirata (apêndice A)
ilustra que a grande confusão deve-se ao fato do prefixo “hemo”, o que induz as
pessoas a perceberem a doença erroneamente.
Outro empecilho que deve ser destacado é que por não conhecer a patologia,
as pessoas acabam criando certo preconceito contra os hemofílicos. Maria Helena
de Moura (apêndice B), conta que seu filho sofreu preconceito na própria família,
pelo simples fato de que seus familiares não compreendiam que a hemofilia é
apenas uma deficiência sanguínea, que não é transmissível e que um portador de
hemofilia é uma pessoa normal, como qualquer outra.
51
Para Hirata (apêndice A), o fato que merece maior destaque e também o que
exemplifica o resultado que é possível se obter ao utilizar uma mídia de massa, foi
um evento de uma mídia feita em televisão em uma situação crítica, no qual eles
obtiveram uma doação anônima de uma quantia significativa em dinheiro, que
manteve a Associação por 06 ou 08 meses, reerguendo a APH.
grande ação” e solicitava a doação de R$ 15,00. Esse material foi uma doação que a
APH recebeu de uma gráfica há algum tempo e esses cartazes eram os materiais
que eles tinham no momento para tentar arrecadar fundos para a Associação.
É relevante o fato de que muitos dos pacientes que utilizam a APH como casa
de apoio vem de outros estados do Brasil e o que dá mais importância a este fato é
que os pacientes atendidos pertencem a uma classe que não teria condições de
financiar um tratamento caso a Associação não oferecesse todo o auxílio
necessário.
comunicação fossem identificadas, até porque elas existem, mas não seguem a um
plano de ação e de comunicação, são estratégias utilizadas apenas como um modo
de remediar as dificuldades enfrentadas.
Por fim, sugere-se que sejam feitas pesquisas que envolvam a elaboração e o
desenvolvimento de estratégias de comunicação em organizações do Terceiro Setor,
pois pouco se sabe sobre o assunto e também pela dificuldade em aliar os
conhecimentos teóricos e práticos, já que a gestão de instituições do Terceiro Setor
tem que lidar sempre com a escassez de recursos e não com a abundância dos
mesmos.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
KARAWEJCZKY, Tamára C.; SILVA, Casturina Jaíra e PRETTO, Clea Beatriz M. The
management of the Third Sector Organizations from Vale do Rio dos Sinos:
discoveries, inquiries and questions about the issue of participation and decision
models. Universidade do Vale do Rio dos Sinos, 2001.
RAFAEL, Edson José. Fundações e Direito: 3º. Setor. São Paulo: Companhia
Melhoramentos, 1997.
SERRALVO, Maria Clotilde R. Marketing e o Terceiro Setor. In: Las Casas, Alexandre
Luzzi. Novos rumos do marketing. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2001.
APÊNDICES
61
APÊNDICE A
Aline: Que que você aponta como fator decisivo pra você estar aqui hoje,
pessoalmente, como voluntária?
Vera: O fator decisivo para estar aqui voluntariamente foi uma capacitação que fiz.
Na verdade eu não estou de voluntária, é uma seção, uma parceria né, estou como
uma funcionária do estado né, como uma parcialmente cedida né pra Associação e
na verdade é um trabalho de extensão do Hemepar, que é esse órgão do estado que
62
Aline: Certo, então você fica... Todos os teus dias são dedicados aqui a APH ou
não?
Vera: A partir da semana que vem passarei a ficar dois dias por semana aqui.
Aline: A APH tem alguma missão definida? Você sabe me dizer qual é a missão da
APH?
Vera: A APH ela tem... A hemofilia tem um excelente apelo social né, a Associação
passou por uma série de dificuldades financeiras e essas dificuldades já estão
postas aí na comunidade, inclusive uma das causas dessas dificuldades é a falta de
profissionalização, porque ela foi gerida ao longo de toda a sua história sempre por
hemofílicos ou por familiares, e às vezes pessoas que não tem formação e
despreparadas para assumir essa função né gerencial. Só que nesse campo do
voluntário você tem que contar com as pessoas e nem sempre é possível contar
com pessoas que o tem o perfil para estar trabalhando essa questão de
administração, de gestão né, profissionalmente.
63
Aline: Hoje vocês tem alguém capacitado pra essa parte especificamente de gestão
ou não?
Vera: Não. Não temos ninguém capacitado, todo o pessoal que trabalha aqui é
pessoal voluntário.
Aline: Vocês fazem pelo conhecimento que vocês tem mesmo e pela vontade de
fazer acontecer...?
Vera: Sim, são pessoas carentes, portadoras de hemofilia que vem a Curitiba fazer o
tratamento de saúde. São crianças, são jovens e normalmente a grande maioria dos
hemofílicos, do sexo masculino, porque é uma doença genética que acomete
predominantemente no sexo masculino.
Vera: Ela precisa ser melhor trabalhada, porque em função de todo esse histórico
né, dessa visão institucional é preciso um resgate dessa imagem institucional.
Porque perante o setor público, perante os órgãos que trabalham diretamente com a
Associação sempre houve uma preocupação desses órgãos no sentido de reerguer
essa associação e de profissionalizar essa associação. E essa história ou essa...
Todos esses fatos históricos que ocorreram eles foram pra fora, porque os
americanos já mediram isso né, você consegue um fato positivo você consegue
multiplicar por quatro ou cinco vezes e um fato negativo ele se multiplica de vinte a
trinta vezes né.
Vera: Então as coisas negativas sempre chegam de uma outra forma, mas a
hemofilia tem bastante visibilidade e a sociedade ela apesar de não saber o que é a
hemofilia, mas ela tem essa sensibilidade para com a causa. Se, por exemplo, uma
determinada patologia né, comparando com outra patologia, você vai pedir um apoio
para essa patologia e no mesmo momento você pede para a hemofilia, olha o
senhor é doador o senhor escolhe entre essa patologia ou a hemofilia, com certeza
ele vai optar pela hemofilia. Tem algumas patologias que são patologias assim mais
sensíveis ao apelo social.
Aline: E ligando já com essa parte de visibilidade, essa campanha que vocês
voltaram a veicular né... Faz umas duas semanas.
Vera: Voltamos a veicular, exato. Nos ônibus, você tem observado nos ônibus de
Curitiba, elas estão postas né, todos os cartazes e nós estamos então agora dando
uma visibilidade dentro do material disponível né, porque a gente tinha bastante
desses cartazes e essa campanha ela tem como finalidade a adesão de parcerias
65
Aline: Como que vocês avaliam esses resultados? Essa campanha trás bastante
resultado pra vocês?
Aline: Aham.
Aline: Quais ações são realizadas para dar visibilidade? É o bazar, esses eventos
pra captação de recursos...?
Vera: Dos bairros próximos, mais localizados e nas instituições onde existe
atendimento a hemofilia, nas escolas onde tem o aluno hemofílico.
Aline: Aí vocês cedem uma pessoa pra ir lá dar uma palestra e conscientizar, tentar
conscientizar toda a população...
Vera: Eu me cedo.
66
Vera: Eu me cedo.
Vera: Exatamente...
Aline: Desde que você participa tem algum fato assim que você destaca como mais
marcante, que mobilizou a sociedade ou que atraiu mais voluntários ou maior
digamos captação de recursos? Tem algum fator, algum evento que você destaca?
Vera: Eu destaco um evento de uma mídia que fizemos na televisão numa situação
extremamente crítica, num determinado momento que ta novamente sem caixa, sem
nenhum caixa e fomos à mídia e uma pessoa, um doador anônimo assistiu a
entrevista e passou a fazer uma doação anônima mensal, por um período de 06 a 08
meses, regular, num valor significativo que reergueu também a Associação, após a
doação desse senhor que eu lhe falei, pai dos dois meninos hemofílicos.
Aline: Você acredita que a população, de um modo geral, sabe o que é a hemofilia?
Vera: Não. Não sabe. Existe um problema de entendimento sério, porque há uma
confusão com hemodiálise, pela questão da palavra hemofilia e hemo né... Aline:
Aham.
Vera: Pelo início da palavra há uma confusão. Então as pessoas acham que os
hemofílicos tem que fazer hemodiálise ou assim o entendimento às vezes que tem é
que a hemofilia é uma doença que tem sangramento, que tem problema com o
sangue, eles tem esse entendimento, mas não sabe muito bem o que que significa
esse entendimento.
Aline: Quando você assumiu aqui a parte de gestão, tinha algum planejamento
estratégico, alguma coisa assim que orientasse?
Vera: Não, nenhum. Como eu te falei era gerenciado por hemofílicos, aí a gente
formou um conselho de administração, mudou o estatuto social para tentar dar uma
67
Aline: Aham.
Vera: Inclusive, a mesma família que votava duas, três vezes no processo eleitoral e
a gente abriu essa questão dos associados né, dentro do estatuto, para que esse
associado, também da comunidade, possa ter voz na gestão.
Vera: Não, fizemos esse conselho e aí este conselho planejou, nós fizemos
reuniões, várias reuniões, traçando então missão, visão, estratégias, objetivos
estratégicos...
Vera: O que orienta a ação, só que assim com muita dificuldade no cumprimento ele
acabou ficando até um plano ideal, por falta de recursos humanos, porque quando
se chegou tinha-se um panorama de psicólogo, uma assistente social, uma pessoa
na auxiliar administrativo e essas pessoas, esse quadro todo, o dentista foi tudo
demitido por falta de condições e recursos para manutenção daí da folha de
pagamento.
Aline: Quais são esses objetivos, você pode ilustrar com os principais assim...
principais objetivos e metas?
Aline: Aham.
68
Vera: Tá e atendimento também ampliarmos. Uma das metas até que não é um
objetivo, foi no sentido de ampliar em 20% a capacidade, o recebimento, essa
capacidade instalada. A capacidade instalada ela existe, mas ela tava ociosa, então
é ampliar em 30% o número de atendimentos, pra melhorar inclusive a questão do
faturamento, da fatura do SUS que hoje é um eixo de sustentabilidade da casa. A
fatura deve ta em torno de 1500 a 2000 reais que é um dos pontos de
sustentabilidade.
Aline: Como que são prospectados os possíveis parceiros? Você faz isso...?
Vera: Os possíveis parceiros são todos prospectados via telefone, via isso que você
ta vendo agora na rua, que esses cartazes, toda essa divulgação na mídia que trás
essas parcerias, porque as pessoas ligam “no que eu posso ajudar?”. Posso fazer...
Outro dia ligou um querendo ajudar na questão do site, na melhoria do site. Outro
quer ajudar com mão-de-obra cozinhando, ajudando na cozinha, porque a gente
tinha inclusive nesse quadro de recursos humanos, cozinheira, enfermeiro, todo um
quadro completo. Um auxiliar de serviços gerais e hoje não se tem nada. Todo o
trabalho daí é voluntário.
Vera: Não existe nada, nada, nada. Inclusive uma das metas do plano estratégico
era a elaboração de um vídeo institucional pra parte de divulgação e melhoria dos
materiais existentes, mas a gente não tem mais condições financeiras de ta fazendo
um outro material, porque esse material anterior, cartaz e folders, foi feita uma
doação por uma gráfica e aí, nós temos ainda um pequeno estoque e estamos
usando este estoque. Agora pra prospectar novos clientes é difícil pela questão do
deslocamento, porque não tem carro, não tem veículo, não tem motorista. Mas um
dos objetivos é esse vídeo institucional que nós arranjamos até parceiro pra fazer,
mas tem que ter alguém que abrace, que direcione, que coordene essa ação, que vá
atrás. A gente tem um parceiro que se disponibilizou pra fazer isso voluntariamente,
só que tem que produzir a imagem, mobilizar as pessoas, fazer todo um aparato,
aquela logística pra poder produzir esse vídeo.
69
Aline: E na parte de comunicação, tem algum meio específico assim que vocês
usam de comunicação interna, com os hemofílicos, com os voluntários?
Vera: E-mails, Orkut, tem uma comunidade no Orkut dos hemofílicos, e por meio de,
normalmente quando a gente quer mandar algum recado, alguma coisa de
comunicação no Hemepar, cartazes daí no Hemepar, que é um local que sempre
eles estão, por conta da própria característica da patologia que exige às vezes uma
periodicidade pra fazer a medicação então as vezes tem pacientes que vão de 2 a 3
vezes por semana no Hemepar. Então lá é um local que eles vão mais do que até
aqui na Associação... No HC, no Pequeno Príncipe, então em locais onde o
hemofílico tem o atendimento, o ambulatório médico né... A atenção médica e nos
afixamos e mandamos também correspondências e normalmente telefone né, o
meio mais rápido, mais ágil é via telefone.
Aline: Quais são os meios que possibilitam essa oferta de serviços na APH? É
realmente a prefeitura, é mantido por isso?
Vera: Os parceiros?
Aline: Isso.
Vera: A manutenção aqui ela sobrevive de doações, basicamente 70% dos recursos
doações da comunidade. 30% é o faturamento do SUS, aquilo que eu te falei, você
recebe por serviço prestado e o telemarketing que atualmente ta parado por falta de
pessoal. Tem uma voluntária fazendo, mas muito devagar.
Aline: Você acha que o número de voluntários que tem aqui hoje é suficiente?
Vera: Insuficiente e ali nós não temos até muita condição de pegar mais do que o
número que tem porque precisa alguém supervisionando, porque hoje, por exemplo,
a gente ta com um voluntário aí que nós temos que parar pra poder fazer a
orientação. Então não adianta eu ter muita gente sem supervisão também. Senão
daí fica complicado.
70
Vera: A APH no geral ela teve um salto de qualidade nesses últimos três anos,
significativo, que ela tava praticamente falida, com as portas fechadas né e se
retomou todas as atividades e ela continua dentro das suas dificuldades né, eu acho
que o maior salto de qualidade foi não ter fechado a porta.
APÊNDICE B
Maria Helena: É de tudo eu faço né... Sou atendente, telefonista, sou operadora de
telemarketing, ajudo na cozinha, recepciono as pessoas quando chegam né.
Maria Helena: Da primeira vez que eu vim eu passei 17 dias, aí agora eu já tô com
16, mais 16.
Aline: Então você vem e ajuda quando você vem fazer o tratamento do seu filho
isso?
Maria Helena: Isso, o médico indicou de lá de Natal. Eu sou de Natal, Rio Grande
do Norte.
Maria Helena: Porque é o único, no caso, lugar que eu conheço que faz a rádio,
rádioartese.
Aline: Hum...
Maria Helena: É um tipo de aplicação que faz nos joelhos dos hemofílicos, nos
cotovelos...
72
Maria Helena: Nas juntas e meu filho vai fazer essa rádio.
Aline: Ah tá. E o que que você aponta como um fator pra você trabalhar aqui? É o
seu filho ser o hemofílico mesmo e daí você ajuda na associação?
Aline: Aham...
Aline: Dá uma ajuda. Certo. Qual que é a importância da APH na sua vida? Maria
Helena: Ah, foi tudo. Porque já pensou né, chegando de Natal, não tem onde ficar
praticamente tem que pagar tudo, hotel, essas coisas aqui tem que ser né.
Aline: Aham...
Aline: A hospedagem...
Aline: Aham... Certo. Então hoje faz 17 dias, isso que você ta aqui?
Aline: Então é o tempo integral, enquanto você ta aqui, enquanto não tá cuidando
do tratamento ta ajudando aqui?
Aline: Certo. Hoje você acha assim, pelo tempo que você ta aqui, pelas vezes que
você já veio, que que você acha do número de voluntários que trabalham aqui? É
bastante, pouca gente, é suficiente pra todo o trabalho que tem?
73
Aline: Por isso daí que você tem que fazer várias funções?
Aline: É, existe alguma forma, você sabe se existe alguma forma de comunicação
entre a associação e os hemofílicos, com os seus familiares, entre os voluntários?
Aline: Alguma forma assim deles comunicarem pra vocês: Olha agora vai ter um
evento ou olha a gente tem esses serviços de odontologia, fisioterapia disponíveis...
Maria Helena: Tem. Eles falam, eles conversam muito com a gente, principalmente
quando a gente chega. Diz o que tem, o que que tá faltando. Eles têm esse elo de
comunicação.
Aline: Mas pra vocês saberem, que nem lá no caso o médico indicou a APH aqui né,
pra vocês virem pra cá, mas lá ele já sabe quais serviços que têm disponíveis ou
não?
Aline: Não informa? Você só sabe de tudo o que oferece a hora que você chega até
aqui.
Maria Helena: Isso. A gente só sabe que tem a casa de apoio né?!
Aline: Aham...
Aline: Não, de ajudar assim no trabalho, você ta ajudando agora no caso como
atendente, fazendo almoço...
Aline: Fazendo todas as coisas que precisam, mas na administração vocês podem
palpitar de alguma forma ou não? Dando sugestões de como vocês acham que
deveria continuar os serviços aqui na casa?
Aline: Não? É? Tá. E o que que você acha, você acha que a APH é conhecida? Por
exemplo, aqui no Paraná ou... Até lá em Natal você soube da existência né, mas
você acha que ela é conhecida de forma geral?
Maria Helena: Assim, pelos hemofílicos daqui eu acho que vem pouco.
Maria Helena: É... Acho que a necessidade é mais do pessoal que vem de fora.
Maria Helena: E aqui é bem pouco. Eu que sou atendente aí vejo que vem gente
mais de fora do que...
Maria Helena: Aqui de Curitiba mesmo eu acho que eles aqui não tem uma
necessidade, não sei, eu acho que... Ou então não tem o conhecimento assim.
Aline: Não tem o conhecimento.
Aline: E sobre a doença você acha que a população sabe em geral o que é a
hemofilia?
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Maria Helena: Não, totalmente desconhecida. Se brincar tem cidade por aí que não
conhece.
Aline: E você acha assim que pode acontecer algum preconceito de pensarem, as
vezes confundirem hemofilia com alguma outra doença?
Aline: Sério?
Maria Helena: Aí já confundiram com CA, com doenças contagiosas, não deixavam
as crianças brincar com o meu. Falta de conhecimento mesmo. Falta de
conhecimento mesmo. Eu sofri um bocado na pele.
Aline: Tem algum evento que acontece aqui que você acha importante pra trazer
mais voluntários pra associação, que traga mais dinheiro, por exemplo, aqui eles
realizam os bazares, os bingos né...
Aline: Tem mais alguma coisa assim que você possa falar que você acha importante
que acontece aqui pra atrair gente de fora pra dentro da associação?
Aline: É daqui de Curitiba mesmo, da região, gente que por exemplo não tem um
hemofílico na família.
Maria Helena: Através de ligação, você liga pro doador e solicita a doação, seria
muito importante através do telefone.
Aline: Como que vocês conseguem? Você pega a lista mesmo e vai ligando...
Aline: E o que que você acha dessa idéia de trazer o pessoal pra dentro da APH,
conhecer o que é a hemofilia, conhecer os serviços oferecidos?
Aline: Você conhece essa campanha: “Com um pequeno gesto você faz uma
grande ação”? Ela tava passando há umas 2 semanas atrás ela tava nos ônibus
aqui de Curitiba, você acha que dá resultado essa campanha de deixar nos ônibus,
de contribuição?
Maria Helena: Acho... Tem muitos doadores que vem aqui através desse anúncio.
Aline: É?
Aline: Como que você avalia a APH no geral? Ela é excelente, ela é muito boa, ela é
boa? Por quê?
Maria Helena: Ela é excelente, pra mim ela é excelente porque... Só falta mesmo
recursos, né... Mas ela é tudo. O pessoal, a presidente que eu conheço. É uma
pessoa muito legal, acolhe todos muito bem, é muito acolhedor.
Aline: Aham.
APÊNDICE C
Aline: Como que vocês chegaram até a Associação? Foi por meio de alguma
campanha de comunicação que vocês viram ou foi indicação médica?
Regina: A primeira vez foi indicação médica. Isso tava recém abrindo, que nem era
lá ainda, era uma sede pequena ali na Barão do Rio Branco, depois que foi doado o
terreno lá, aonde foi construído a APH, mas o início dela era ali na Barão do Rio
Branco, onde a gente foi por indicação médica.
Aline: Certo. Qual a importância da APH na vida de vocês, na vida dos meninos?
Regina: Olha a importância é uma coisa assim muito grande né, porque além de
fisioterapia que eles precisam. Odonto... É... Tem psicólogo lá, assistente social... E
fisioterapeuta também tem. Às vezes os médicos, quando tem problema mais grave,
tem um dos médicos que sempre tá junto com os pacientes lá, Doutor Marcelo
Veiga. É um... Aquilo lá não pode nenhum dia fechar, porque tem muito hemofílico
que vem fora do estado, do Mato Grosso, da Bahia, como do interior do Paraná,
Santa Catarina, então aquilo lá é uma coisa assim que jamais pode fechar...
Regina: É...
Aline: Pelo o que a gente soube, não sei se é o HC ou Hemepar, o que que é
referência de tratamento de hemofilia...
Regina: Tem O Pequeno Príncipe que eu não sei ainda como ta, mas geralmente
eles atendiam de 0 a 14 anos, que foi o caso do Vinícius com o Guilherme. Quando
atingiu a idade de 14 anos aí eles foram transferidos, daí você na época, ahn... Seria
o HC e o Hemepar, aonde eles fazem acompanhamento na Hemepar, mas caso de
internamento é tudo no HC.
Aline: Qual é o nível de envolvimento de vocês antigamente, hoje com a APH e com
os eventos que são realizados, tipo os bazares, os bingos...?
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Regina: Olhe de bazar, bingo assim até a gente praticamente não participou, mas se
envolveu bastante porque eu fiz parte da administração... Duas vezes, hoje não faço
mais, mas não foi por falta de convite. Essa semana até me ligaram pra mim voltar,
mas eu não quis, mas a gente sempre procura ta lá, ta sabendo como ta a situação
da APH, sempre procura. Quando eles precisam de alguma coisa a assistente social
ela dá uma ligadinha, a gente no que for possível ajuda. Então sempre a gente ta
envolvido, com alguma coisa ta envolvido lá.
Aline: Certo. Como que vocês tomavam conhecimento dos serviços que estavam a
disposição de vocês, de odonto, de fisio...? Eles ligavam? Enviavam carta? Como
que era isso?
Regina: É, uma época tinha assim muita carta, depois a Associação passou por
uma fase muito difícil né, então daí a coisa era mais cara pra fazer. Mas odonto,
essas coisas é tudo por acompanhamento do médico que quando tinha algum
problema de odontologia, já encaminhava pra dentista da APH porque outro dentista
geralmente não atende hemofílico.
Aline: E o médico que vocês freqüentam, ele tem alguma relação já? É um médico
que só atende, por exemplo, você falou acho que o Dr. Marcelo acompanha os
hemofílicos, mas ele atende aonde?
Regina: O Dr. Marcelo hoje ele tava envolvido também na administração da APH, foi
um médico de muitos anos da... dos hemofílicos, hoje ele ta só no HC, mas tem a
Dra. Cristina que atende, que hoje é a médica hematologista da Hemepar, que faz o
acompanhamento deles. E quando eles tão hospitalizado é o Dr. Marcelo que atende
no HC.
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Aline: Certo, então é... Você chega até a APH, por exemplo, eles indicam esse
médico responsável e daí esse médico volta pra a APH digamos... Seria isso mais
ou menos...
Regina: Não...
Regina: Adequado seria no caso, quando eles necessitam, vai pra Hemepar pra
fazer o fator, daí de lá a médica já encaminha pra APH né, se for odontologia, se for
fisioterapia, tudo pra lá.
Aline: Aham. Certo. Tem algum meio que vocês destacam assim, de comunicação
entre a APH e os hemofílicos, ou entre a APH e vocês que são os pais ou entre os
hemofílicos, tem algum meio de comunicação que é proporcionado pela APH?
Aline: Carta?
Aline: Mas tipo reunião assim pra que eles possam conversar ou vocês possam
conversar entre vocês, tem, acontece?
Sérgio: Sim... Acontece... Nas reuniões que tem com os pais eles põem a par a
situação da Associação, tanto a parte financeira como a parte física também né. O
que ta acontecendo ali. Pedem idéias e enfim... A Associação, por ser uma
associação que depende de ajuda do governo e de particulares né, então hoje toda
e qualquer Associação, não só a APH né, passa por alguns problemas devido a,
vamos dizer assim muita, a falta de credibilidade né. O que não é o caso da APH,
que é uma instituição de muita credibilidade aqui, até a nível de Brasil né... Porque
existem outras associações de hemofílicos também em outros estados também né...
Aline: Até pelo fato acho de destacar que ela é afiliada à Federação, tem o aval
acho da Federação né...
81
Regina: Eu acho que tinha que ter mais divulgação... Teria que ter mais ajuda pra
poder divulgar mais o que a Associação faz, porque tem pacientes ainda da região
metropolitana, pacientes mais idosos que não sabem o que que é a Associação, o
que que tem, o que ela oferece. Então através de você conversar com esses
pacientes, como eu já fiz, é que você mostra o que tem na Associação. Então eu
acho que ainda teria que ter uma ajuda muito grande na parte de divulgação.
Aline: Divulgação daí vocês dizem também da doença...? Porque muitas pessoas
não conhecem nem o que é a hemofilia.
Regina: É, não conhecem... Eles fazem assim... Eles confundem muito. Se você fala
que você tem um filho hemofílico eles acham que é aquele que faz hemodiálise e
não tem nada haver. Não... É bem diferente né, então eu acho que tem que ter mais
divulgação nas escolas, campanha, mesmo rádio, televisão, pra que possa
esclarecer o que é hemofilia e que existe uma associação.
Aline: É... Partindo do princípio de que antes, eu não sei agora, mas pelo o que a
Vera comentou com a gente na visita que a gente fez lá, que antes a Associação era
feita por hemofílicos, coordenada por vocês familiares também e até por hemofílicos
e voltada especificamente pros hemofílicos, que agora teria uma abertura pra trazer
a sociedade até a APH. Antes vocês participavam de alguma forma, a tia participou
já da administração no caso, mas tinha mais alguma outra forma de participar, de
dar sugestões, alguma coisa de influenciar na, digamos, gestão da associação?
Regina: Tinha, porque a gente sempre, toda vida foi convidado a ir lá na Associação
quando tinha eventos, inclusive teve um café da manhã onde na época o Dr. Luciano
Duti, que hoje é vice-prefeito, ele era secretário da saúde, participou desse café,
então tinha muito evento lá dentro, aonde sempre eles convidavam...
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Regina: Agora parou um pouquinho, uma também por falta de verba, de ajuda,
porque se você vai fazer um bingo você precisa de ajuda pra prêmio, pra fazer esse
bingo, então ele deu uma parada, mas sempre a gente participou.
Aline: Sobre visibilidade eu já perguntei pra vocês né... Acho que todo mundo é
unânime que hoje a hemofilia precisa de um esclarecimento mesmo, as pessoas não
sabem o que é, confundem o que é... O que a gente tava discutindo é que muita
gente lembra ainda por causa do Betinho né? Que ele divulgava, falava alguma
coisa, mas não que ele tenha lutado de fato pela causa da hemofilia.
Regina: É... E outra que se acontece um acidente com um hemofílico aí, se não
tiver alguém responsável junto que saiba ou que eles tenham uma carteirinha que
eles são hemofílicos, eles podem vir ao óbito, pelo fato do sangramento, porque
ninguém vai saber que aquele paciente ali é um hemofílico. Então se tiver
condições, que ele tenha um documento provando que ele tem hemofilia o
tratamento vai ser mais rápido ou se tiver alguém da família ali, por isso que muitos
ainda, tem alguns que não tem, mas a maioria tem uma carteirinha aonde diz que
qualquer emergência levar o paciente ao Hemepar, o tipo de sangue e tudo.
Aline: E você sabe como que esse fator é disponibilizado, através de laboratório,
como que é...?
Regina: O Ministério da Saúde né... Ele vem... Hoje ta tendo aqui no Brasil já
laboratório, mas a maioria vem do exterior. Vem fica na Hemepar quando são
pacientes aqui do Paraná. Então por isso eles têm um cadastro com tudo endereço,
tudo. Todo ano eles tem que fazer exames de laboratório de sangue pra... pra que
eles tenham aquela cota deles ali né, pra emergência e mesmo no dia-a-dia que
venha a acontecer alguma coisa. Agora num caso de cirurgia ou de uma emergência
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fora do Estado, daí ele vai direto do Ministério da Saúde ele já vai direto pro hospital
onde o paciente ta lá. Que é o caso do Guilherme, quando ele vai pra Bauru pra
cirurgia, então o médico daqui só faz o pedido. Daí vai pra Brasília e de Brasília já
vai direto pro hospital de Bauru. Então quando ele chega lá pra fazer a cirurgia já ta
com todo o estoque de medicação no hospital.
Aline: Desde que vocês estão lá na APH tem algum evento que vocês destacam
que trouxe mais, atraiu mais voluntários, que mobilizou a sociedade mesmo ou nada
assim? Algum fato, alguma coisa, um bingo, alguma campanha?
Sérgio: Geralmente o evento que atrai mais pessoas é a festa de Natal que é feita
na Associação...
Aline: Como que ela acontece? Como ela é divulgada, você sabe me dizer?
Sérgio: Na Hemepar...
Regina: Na Hemepar...
Regina: Nos hospitais é colocado convite, então ali vai o paciente, vai a família, já a
família leva alguém, então foi divulgado já dessa maneira.
Aline: Então precisa de uma parceria bem forte com os hospitais também?
Regina: Precisa.
Sérgio: Exatamente.
Regina: E assim mesmo ainda se torna difícil porque tem muitos pacientes que vão
lá e olha naquilo ali, mas não vai na Associação...
Aline: Sério?
Regina: E teria né que ter, porque aquilo ali é deles, é pra eles...
Aline: E o que que vocês acham dessa idéia de trazer gente da sociedade, de abrir
a APH para a sociedade, de trazer mais voluntários, de tentar captar recursos, de
fazer parcerias com empresas que possam colaborar e investir?
Sérgio: Seria bem interessante né abrir ao público, porque pouca gente conhece a
Associação, somente os que estão envolvidos diretamente ali, os hemofílicos, os
pais, parentes, enfim. Seria interessante abrir ao público geral, porque daí é dado
uma explicação sobre o que a hemofilia pra aquele que não tem conhecimento né e
de repente a pessoa, aquele que não conhecia, vai transmitindo pros outros né...
Aline: Vocês acreditam que a campanha realizada pela APH, através dos cartazes
nos ônibus de Curitiba, dá resultado?
Sérgio: Ah! Com certeza né... Porque hoje na cidade o ônibus se tornou um
transporte de massa. Hoje em Curitiba circula mais ou menos 1 milhão de pessoas.
Regina: Eu acho que não dá muito resultado, porque hoje em dia você vê, lê e
pensa: “Ah! Não é comigo isso!”. As pessoas só se importam quando tem alguém na
família ou mesmo passam por isso.
Aline: Como vocês avaliam a APH no geral? Excelente, muito boa, boa, precária...
Justifique a resposta, por favor.
Sérgio: Apesar das dificuldades financeiras pela qual eles estão passando, o
atendimento está muito bom.
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APÊNDICE D
Aline: Como que você conheceu a associação? Foi por meio de alguma campanha,
por meio de indicação médica ou os teus pais já participavam e você
conseqüentemente estava junto?
Vinícius: Foi por meio de indicação médica né, quando a gente inicia o tratamento,
quando descobre a hemofilia, que no caso, quando eu descobri eu tinha 42 dias de
vida, então a Associação foi criada acho que em 88, depois que ela foi criada que os
médicos incentivaram a fazer o tratamento lá com fisioterapia, parte de odontologia
né... Hoje tem a parte de psicologia, de terapia ocupacional e outros né, mas o mais
usado assim é parte de odontologia e fisioterapia né, também é usado como casa de
apoio para os hemofílicos que vem de fora possam ficar lá hospedados durante o
tratamento aqui.
Aline: Por que... Essa é uma pergunta bem leiga, mas por que a fisioterapia parte
de odontologia são tão importantes pra vocês?
Vinícius: É... Mais a parte de fisioterapia assim, não são todos que tem um estudo
aprofundado, sobre como fazer a fisioterapia em um hemofílico né... Então as
fisioterapeutas de lá, elas vão em congressos, tão sempre junto com os ortopedistas
que tratam dos hemofílicos e junto com os hematologistas né, então você tem um
conhecimento um pouco mais profundo do que as outras fisioterapeutas. E a parte
de odontologia também porque as dentistas já sabem da gravidade do problema,
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então quando é feito algum tratamento mais sério, uma extração, uma obturação
que possa sangrar mais...
Aline: Aham, certo. Qual é a importância da APH na tua vida ou qual já foi a
importância da APH na sua vida?
Vinícius: Bom acho que a APH já foi assim importante na minha vida, não que ela
não seja hoje, porque as vezes a gente se depende, mas quando eu era menor
assim pela parte de fisioterapia que ajudou um monte né, mas hoje ela continua
tendo assim aquele carinho especial, por mais que a gente não vá lá
constantemente, vá... Faz o que, mais de um no que eu não vou lá, mas tem aquele
carinho especial.
Aline: Aham. Bom, eu vou fazer uma pergunta, mas acho que não tem muito
agora... O nível de envolvimento com a APH e com os eventos assim. Faz tempo
que você não vai lá, mas eles tão fazendo bazares, bingos, vocês participavam,
colaboravam de alguma forma?
Vinícius: É, a gente participou acho que de uns 2, 3 bingos assim que foram feitos
lá, depois disso nunca mais participamos.
Aline: Certo.
Vinícius: Às vezes conseguia alguma doação, alguma coisa assim. Cesta básica,
alimento ou então às vezes até uma parte financeira assim.
Aline: Certo. E quando você utilizava os serviços lá da APH, como que você tomava
conhecimento que isso tava sendo oferecido lá? Como: Ah, agora a gente ta com
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fisioterapeuta, como você pode marcar consulta ou: Ah, vai ter um bingo. Como que
eles te avisavam disso?
Vinícius: Então, era através do telefone mesmo né, porque e-mail a maioria dos
hemofílicos não que são crianças, mas que usam, utilizam a associação são
crianças né, porque se machucam mais, são mais peraltas. Então, meio que eles
avisam a gente mesmo é por telefone, carta e na Hemepar também que eles deixam
os cartazes lá, avisando sobre eventos que vão ter.
Aline: E como funciona essa relação do Hemepar com a APH, eles encaminham só,
tem algum meio lá?
Vinícius: É... A Associação e a Hemepar elas tão bem interligadas assim, porque a
associação quando ela... Vem um hemofílico de fora, ela já pergunta pro
hematologista quanto tempo mais ou menos o paciente vai precisar utilizar a casa,
então elas tão bem interligadas...
Vinícius: Então lá eles podem ir, tem quartos lá pra eles dormirem, banheiro pra
tomar banho, tem até roupa que eles emprestam, brinquedo...
Aline: Bom, então o meio de comunicação que você aponta da APH entre vocês,
entre os familiares ou entre os próprios hemofílicos é só de ligação e cartas mesmo?
Vinícius: Isso.
Aline: Antigamente, certo. Então partindo princípio de que antes, pelo o que a Vera
comentou com a gente quando eu fui lá, que era uma Associação de hemofílicos,
voltada, coordenada e voltada pros hemofílicos, vocês participavam de alguma
forma ou não? Dando sugestões... Participavam... Podiam participar ativamente da
gestão da associação?
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Aline: Aham.
Vinícius: Então eu participava mesmo assim era votando e ás vezes correndo atrás
de alguma doação ou alguma coisa do tipo, parecida assim.
Aline: E o que você pensa a respeito da visibilidade da APH? Você acha que ela é
conhecida aqui em Curitiba, aqui no Paraná, porque acaba atendendo a todo o
Paraná?
Vinícius: Não, não. Apesar dela atender todo o Paraná, de ser a única associação
que existe no Paraná, ela é muito... pouquíssimo divulgada. É, poucas pessoas...
Ainda, nem conhecem o que que é a hemofilia. Então precisa muito assim, de uma
divulgação, muito forte assim, pra ela poder se estruturar novamente assim. Porque
a divulgação é bem precária.
Aline: Desde que você participa você destaca algum evento, algum fato que você
acha que trouxe mais voluntários ou que atraiu mais investimentos?
Vinícius: Não...
Aline: Tá, e o que que você acha de trazer a sociedade pra dentro da APH?
Atraindo voluntários, atraindo recursos humanos e financeiros...
Vinícius: Eu acho excelente né, porque quanto mais pessoas se envolvem melhor o
trabalho fica né, mais idéias, mais sugestões e mais dinheiro também né, que é
fundamental pra que a casa se mantenha.
Aline: Você acredita que a campanha que é realizada pela APH nos cartazes nos
ônibus, ela foi veiculada agora novamente há umas 2 semanas atrás, da doação de
15 reais, ela é eficiente?
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Vinícius: Não... Não, porque não são todos que chegam e ficam ali parado olhando
assim o cartaz, a pessoa olha geralmente quando o ônibus tá lotado e ela se obriga
a ficar perto da catraca ou aquele que senta bem atrás do banco assim. Então é um
meio de comunicação ineficaz.
Aline: Certo. E como você avalia a APH no geral? Ela é excelente, boa, muito boa,
precária... Justifica pra mim se você puder.
Vinícius: Eu acho que ela funciona hoje, ta meio regular assim... Ela poderia
melhorar muitas coisas assim... Parte de atendimento, fisioterapia, odontologia, mas
infelizmente isso depende da parte financeira. Tendo isso aposto que ela vai suprir
todos esses, esses resultados assim de atendimento precário assim, pra ter um
ótimo atendimento.
Aline: Esses profissionais eles são remunerados? Eu não sei se você sabe me
responder... Eles são, tipo... Tem os voluntários na parte de comunicação, por
exemplo, eu sei que são voluntários, mas fisioterapeutas também... é tudo
voluntário?
APÊNDICE E
Aline: Como você conheceu a associação, foi por meio de alguma ação de
comunicação, por meio de campanha, indicação de hospital, por meio dos seus
pais?
Guilherme: Olha, eu não faço muito uso da APH, mas o pouco que eu pude utilizar
dela ela foi assim de grande importância pra mim porque eu fiz uso de fisioterapia,
de odontologia e de outras áreas, de outros profissionais na área da saúde e foram
de grande importância pra mim. Hoje em dia eu não faço mais uso, entretanto
antigamente ela era de grande importância.
Aline: Hoje em dia você utiliza outros meios tipo plano de saúde ou alguma coisa
assim?
Guilherme: Não...
Aline: Hoje você não faz mais nada desses cuidados? Até que ponto é importante
esses serviços que eles oferecem, no caso de fisio, odontologia, de psicologia,
assistente social que tem lá, até que ponto isso é importante para os hemofílicos
você acha?
Guilherme: Pros hemofílicos no geral é muito importante que exista a APH, pra mim
não porque eu tenho outros meios que não é plano de saúde particular, mas são
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outros meios pelos quais eu faço tratamento com esses profissionais, mas pros
outros hemofílicos eles fazem muito uso tanto da parte de odonto, quanto psicologia
e muito mais da parte de fisio.
Aline: Bom, você já respondeu que hoje você não participa muito, mas os eventos
que eles realizam lá vocês tão participando? Como que é o envolvimento de vocês
com esses eventos tipo o bazar os bingos e as coisas assim?
Guilherme: Hoje em dia, como eu te disse, eu não tenho uma participação tão ativa
quanto antigamente. A minha mãe ela participava mais assiduamente antes né com
esse envolvimento em eventos e coisas relacionadas.
Aline: Quando você fazia a utilização desses serviços que são oferecidos lá, como
que você tinha conhecimento disso, como que chegava até você que esses serviços
estavam disponíveis, como você podia marcar um horário, alguma coisa assim?
Aline: Exceto por meio telefônico, tem algum outro meio de comunicação entre a
APH e os hemofílicos ou com os familiares ou entre os próprios hemofílicos?
Aline: Certo. E partindo assim, do princípio que antes, pelo o que a Vera havia
comentado com a gente quando a gente foi até lá, a APH era uma associação feita
por hemofílicos para os hemofílicos, vocês participavam de alguma forma,
participavam assim dando sugestões ou de alguma outra maneira?
Guilherme: Era mais, como você mesma disse, através de sugestões porque
participar ativamente assim não.
Aline: O que você pensa a respeito da visibilidade da APH? Você acha que ela é
conhecida?
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Aline: Você acha que existe algum preconceito com relação ao hemofílico, por não
conhecer justamente o que é a hemofilia?
Aline: Desde que você participa da APH, no caso 19 anos, desde que você nasceu,
você destaca algum evento, lembra alguma coisa assim que foi importante que você
acha que mobilizou a sociedade ou que trouxe mais voluntários ou que você acha
que deu um retorno financeiro maior para a instituição? Tem algum evento que você
destaca?
Guilherme: Na verdade assim evento evento eu não sei se pode se classificar como
evento, mas são as ações sociais que eles faziam como antigamente era feito um kit
escolar e vendido nas escolas e todo o dinheiro era revertido pra APH. Hoje em dia
não se trabalha mais com isso, mas antigamente era bem mais focalizado nisso,
nessa parte de arrecadação de dinheiro através de materiais e coisas.
Aline: Do seu ponto de vista essas ações de vender coisas na escola davam
retorno?
Guilherme: Não muito, porque como as pessoas não sabem o que é a hemofilia,
não sabem o que a APH faz eles tem um certo receio, não digo... é.... preconceito,
mas um certo receio se realmente o dinheiro que eles tão dando se vai ser pra APH
e se a APH vai utilizar da melhor forma.
Aline: Certo. E o que que você acha de trazer a sociedade pra dentro da APH,
mobilizar, atrair voluntários, empresários que possam colaborar com a causa?
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Guilherme: Seria muito bom, e na verdade isso seria bom não pelo fato de
arrecadação de dinheiro, mas pra que as pessoas pudessem conhecer a hemofilia,
saber como é a vida de um hemofílico e o que a APH trabalha.
Aline: Você acredita que a campanha que foi realizada através dos cartazes, até
umas 2 semanas atrás ela foi... começou a ser veiculada novamente nos ônibus, de
doação de “Com um pequeno gesto, você faz uma grande ação” e de doar 15 reais,
você acha que ela dá resultado, o que você pensa a respeito dessa campanha?
Aline: Certo. E como você avalia a APH no geral? Excelente, muito boa, boa,
justifica pra mim sua resposta.
Guilherme: Ela é muito boa pelo fato de que ela, ela tem uma atenção especial para
os hemofílicos, ela trata bem os hemofílicos, ela recebe bem, ela acolhe bem e os
serviços assim, pelo pouco que eu utilizei são de muito boa qualidade e entre outros
que estão englobados em toda a APH.
ANEXOS
ANEXO A
Cada gravidez tem a chance de 25% em resultar em uma filha normal e 25% em
uma filha portadora do gene, 25% em resultar em um filho Normal e 25% em
Cada gravidez tem a chance de 25% em resultar em uma filha normal e 25% em
uma filha com Hemofilia, 25% em resultar em um filho Normal e 25% em um
filho com Hemofilia
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Fonte: Site Hemofilia Brasil, < http://hemofilia.sites.uol.com.br/hemo.htm >. Acessado em: 09/06/08.