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A Filosofia Está no Ar
A filosofia, mãe de todas as ciências, explica tudo na vida.
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A história de Roma inicia-se com a fundação da cidade, em 753 a.C. e finaliza com a
queda do Império em 476 d.C.
A LENDA
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Tudo começou quando o Rei da Cidade de Alba Longa, Numitor, perde o trono para
seu irmão. Mas Numitor tinha uma bela filha chamada Réia Sílvia. Então, o irmão
usurpador temendo que ela pudesse dar herdeiros, resolve transformar Réia em
sacerdotisa virgem.
Entretanto, Marte, o deus da guerra, se apaixona pela moça e a engravida dos irmãos
gêmeos Rômulo e Remo. O rei Numitor manda matar os bebês afogados no Rio Tibre.
Porém, os criados com pena daquelas crianças, simplesmente os colocam num cesto
e soltam na correnteza do Tigre.
Por sorte ou destino, o cesto entra num remanso do rio, são e salvos, são arrastados
por uma loba até sua caverna. Um pastor chamado de Fáustulo os encontra e cria os
meninos, batizando-os de Rômulo e Remo.
As origens míticas de Roma remontam à sua fundação pelos gêmeos Rômulo e Remo.
No entanto, os historiadores estabeleceram seu início no período compreendido
entre 814 e 753 a.C.
ENÉIAS
Entretanto, muito antes de Rômulo e Remo a mitologia grega relata que um dos
poucos sobreviventes da Guerra de Tróia, foi Enéias, sobrinho do Rei Príamo.
Segundo a Eneida de Virgílio, ele conseguiu escapar com um pequeno grupo,
enquanto Tróia era consumida pelo fogo.
Após navegar pelo Mar Mediterrâneo, Enéias chega à Itália, onde seus descendentes
fundaram outra cidade, destinada a Glória – Romana – que depois de muito tempo
conquistaria a Grécia, vencedora da Guerra e Tróia, pátria de Enéias.
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O sucessor de Júlio Cesar, governou Roma de 43 a.C. a 14 d.C. após muitas guerras
contra generais romanos rebelados, o Senado atribui-lhe o título de Augusto (divino).
Deu a Roma uma nova Constituição em 28 a.C. Exerceu os poderes da República que
lhe outorgou o Senado, com seu prestígio reorganizou o exército, as finanças e a
administração pública a cultura e as artes. O mês de agosto é uma homenagem a seu
nome
Casou-se três vezes e pai de uma filha. Dos sucessores que designou em vida, foi
Tibério em 13 d.C., que subiu ao trono romano. Augusto morreu no dia 19 de agosto
de 14 d.C.
Foi durante seu império, que nasceu na província romana da Judéia o menino Jesus
Cristo. Quando foi crucificado reinava Tibério, filho adotivo de Augusto. Não há mais
notícia de que Tibério tenha pelo menos ouvido falar da crucificação de Jesus Cristo.
A MORAL ROMANA
Antes de falar nos sucessores de Tibério, vamos simplificar aqui o conceito amplo da
moral romana, ou seja, daquilo que era aceito pelas classes dominantes, como regras
de comportamento social e norma de conduta suas críticas ou rejeições.
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Pois bem, assim era normal a opção de homens e mulheres, na sua vida íntima e
sexual. Daí era perfeitamente aceitável que um homem desposasse outro homem, ou
uma mulher conviver com outra mulher, sem que isso importasse em reprovação
pela sociedade da época. Era comum e sem descriminações a convivência
homossexual. Portanto, o que vamos dizer daqui para a frente era perfeitamente
aceito sem pudor na velha Roma.
Suetônio foi um grande estudioso dos costumes de sua gente e de seu tempo. Muito
do que conhecemos hoje sobre o Império Romano, da magistral obra A vida dos 12
Césares.
CALÍGULA E NERO
NERO
Passou para a história como um dos Imperadores mais violentos da Roma antiga.
Perseguidor dos cristãos, Nero foi implacável ao enfrentar revoltas no Império e
promoveu execuções sem parar. Por fim, vendo a cidade pegando fogo, elogiou a
beleza do fogo, enquanto tocava e cantava em seu Palácio.
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Assim, vou resumir o que disse Suetônio, sobre esses devassos, cruéis, excêntricos e
loucos imperadores Romanos.
Seu pai chamava-se Germânico, General Romano, (quase escolhido por Augusto),
casado com Agripina, tendo com ela nove filhos, dos quais dois morreram ainda
crianças e o terceiro ao sair da infância. Os outros sobreviveram ao pai. Eram três
mulheres: Agripina, Drúsila e Lívia, nascidas num período de três anos consecutivos
e três homens: Nero, Druso e Caio Cesar (este Nero não é aquele famoso).
Entretanto, já nesta época, não conseguia segurar sua natureza feroz e depravada.
Assim, mostrava fanatismo pelos espetáculos que oferecessem castigos e suplícios
aos condenados.
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O Imperador Tibério suportava tudo isso, na esperança de que esse mau caráter
pudesse mudar aos poucos. O velho Imperador estava errado e construía a sua
ruína.
Calígula casou-se com Júnia Claudia, filha de Marco Silano, um dos mais nobres
romanos. Porém, Júnia morreu de parto, daí Calígula seduziu Ênia Nevi mulher de
Mácrom, comandantes das cortes pretorianos, prometendo-lhe casamento, caso
assumisse como Imperador. Para isso, fez um juramento e assinou um documento
firmado de próprio punho.
Entretanto, Calígula vangloriava-se sem cessar de haver dado fim na vida de Tibério,
sob pretexto de vingar-se da morte de sua mãe Agripina e de seus irmãos Nero e
Druso.
Assumindo assim o governo do Império, ele satisfez os votos do povo romano. Ele
era o Imperador querido, acima de tudo, pela maior parte das províncias e dos
soldados.
Nos funerais de Tibério, o elogiou com firmeza e derramou muitas lágrimas. Exaltou
pessoalmente o anônimo dos romanos, procurando por todos os meios a
popularidade. Transferiu as cinzas de sua mãe e de seus irmãos para Roma,
depositando com as próprias mãos nas urnas funerárias, sendo sepultadas no
Mausoléu de Augusto.
Permitiu e incentivou a leitura de obras literárias, que haviam sido censurados pelo
Senado. Publicou as contas do Império de acordo com uso instituído por Augusto e
interrompido por Tibério. Concedeu aos juízes uma jurisdição livre e sem recurso à
sua pessoa.
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Devolveu vários reinos conquistados aos seus povos. Restitui em dinheiro toda as
rendas confiscadas de seus legítimos donos.
Para mostrar gratidão por tais atos, foi-lhe conferido, dentre outras coisas, um
escudo de ouro, que todos os anos, os sacerdotes conduziam ao Capitólio, seguido do
Senado, cantando hinos em louvor de suas virtudes. Organizou combate de
gladiadores. Entregou a cada cidadão cestos cheio de pão e carne. Mandava realizar
espetáculos circenses para o povo romano.
Concluiu as obras deixadas por acabar, sob o reinado de Tibério, como o Templo de
Augusto e o Teatro de Pompeu. Fez aquedutos e anfiteatros e agradava os romanos.
Até aqui falei de um príncipe. Quero falar agora de um monstro, disse Suetônio.
Então, certo dia vários reis submissos a Roma, estavam no Palácio de Calígula,
quando de repente iniciou-se uma discussão a respeito da origem de cada um. De
súbito, Calígula interrompeu a discussão pronunciando em voz alta: “Que não haja
aqui senão um só rei”. Rapidamente todos calaram, pois o homem falava sério.
Manteve com todas as suas irmãs um comércio sexual vergonhoso, nos grandes
banquetes promovia orgias e bacanais. Colocava suas irmãs embaixo dele, enquanto
sua mulher ficava em cima.
Casou-se várias vezes. Ao mesmo tempo em que os anulava. Mandou buscar Lívia
Orestila, no mesmo dia em que esta casou-se com Cneio Pisão. Durante o banquete
nupcial de Lívia e Cneio Pisão, Calígula dissera ao Pisão que se achava deitado a sua
frente: “Não te chegues tão perto de minha mulher”.
A própria avó paterna, Antonia, lhe dissera que Lólia Paulina, casada com Caio
Mênio, Consul comandante dos exércitos, era belíssimas, mandou trazê-lo da sua
província, trazida pela mão do marido. Dormiu com ela, e depois a mandou embora.
Mas, a mulher que Calígula amou ardosamente e constatemente foi Cesônia. Não
era, em absoluto uma mulher bonita, nem tampouco era jovem. Pois já tinha três
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filhos doutro homem. Era na verdade, uma mulher insaciável, luxuosíssima e muito
lasciva. Gostava de mostrar Cesônia nua para os amigos.
Não poupou o pudor próprio nem alheio. Mantinha comércio sexual infame com
Marco Lépido e o mímico Mnester.
Valério Catulo, jovem pertencente a uma família consular, censurou-lhe por tê-lo
desonrado e fatigado os rins com seus contatos. Sem contar com os incestos
praticados com suas irmãs e de sua paixão pela prostituta Pirálide. Quase não houve
mulher, por meios ilustre que fosse que ele não tivesse desrespeitado.
Impôs impostos às prostitutas, relativo a uma cópula. Este tipo de tributo valia
também para as alcoviteiras. As mulheres casadas não estavam isentas de pagar.
Quando nasceu uma filha, lamentou-se que estava aceitando donativos. E se plantou
no átrio do Palácio esperando os presentes. O povo que passava jogava moedas, logo
se juntou uma montanha de dinheiro. Nesta ocasião, Calígula, de pés descalços,
andava e rolava de corpo inteiro sobre o dinheiro.
Calígula era de alta estatura, tez palidíssima, corpo enorme, o pescoço e as pernas
finas. Os olhos, assim, como as têmporas fundas. A fronte larga e carrancuda.
Cabelos raros. O resto do corpo, cabeludo.
Sofria de epilepsia desde a infância. Acredita-se que Cesônia, lhe dava alguma poção
amorosa. Era, sobretudo, atormentado pela insônia, pois não chegava a dormir mais
de três horas por noite. Sempre perturbado por estranhos fantasmas. Ficava
andando de um lado para outros no imenso Palácio, esperando o amanhecer do dia.
A roupa, o calçado e o resto do vestuário que ele sempre usou, nada tinham a ver
com coisas de homem. Às vezes, calçava sandálias, coturnos, botas militares ou de
tamancos de mulher.
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Sua paixão por todos aqueles que lhe eram simpáticos beirava a demência, dava
beijos no palhaço Mnester. Se alguém fizesse o menor ruído enquanto ele dançava,
mandava retirar-se ou chicoteava com sua própria mão.
Para que ninguém perturbasse o sono do seu cavalo, Incitatus Senador, na véspera
dos jogos, mandava impor silêncio à vizinhança com seus soldados.
O Capitólio, nos idos de março, foi atingido por um raio. Ao consultar sobre o seu
horóscopo, o astrólogo Sila asseverou-lhe a morte se aproximava. Na véspera de sua
morte, sonhou que estava no céu, ao lado do trono de Júpiter e que este o
arremessava de volta à terra.
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