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1. (CESPE/MPU/Tec. Orçamento/2010)
A LRF estabelece que a responsabilidade na gestão fiscal pressupõe ação planejada e transparente, para que se
previnam riscos e corrijam desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas. Nesse sentido, os recursos
da reserva de contingência são uma forma de prevenir os riscos de desequilíbrios nas contas públicas provocados
por situações contingentes.
Certo. Art. 1º, §1º c/c art. 5º, inc. III da LRF. Ver também art. 91 do Dec. Lei nº 200/67.
“§ 1o A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e
corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de
resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita,
geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de
crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.”
“ Art. 5o O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual, com a lei de
diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:
III - conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na receita corrente
líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao:
a) (VETADO)
b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.”
Errado. Segundo art. 1º caput da lei, a LRF estabelece normas de finanças públicas voltadas para a
responsabilidade na gestão fiscal.
3. (CESPE/ANATEL/Contador/2009)
Em atendimento ao disposto no texto constitucional, estabelecendo a necessidade de lei complementar em
matéria orçamentária, editou-se a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que preencheu as lacunas da Lei n.º
4.320/1964.
Errado. A LRF não preencheu lacunas da Lei 4.320/64, mas sim da CF/88, pois regulamentou os arts. 163 e 169 da
CF/88.
4. (CESPE/MPE-PI/Analista/Controle Interno/2012)
Constitui objetivo da LRF regulamentar o dispositivo constitucional que reserva à legislação complementar as
normas sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da
lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual.
Errado. A LRF regulamentou os arts. 163 e 169 da CF/88. A questão faz referência à Lei Complementar de que
trata o art. 165, §9º da CF/88, que ainda se encontra em versão de projeto (PLC 135/96). Até a edição dessa lei
complementar, a Lei 4.320/64 e o art. 35, §2º do ADCT estão preenchendo a lacuna do art. 165 §9º da CF/88.
5. (CESPE/MPU/Analista de Economia/2010)
Com relação à responsabilidade na gestão fiscal, julgue o item.
Nesse tipo de responsabilidade, pressupõe-se a ação planejada e transparente com o objetivo de prevenir riscos
e efetuar possíveis correções de desvios que possam afetar o equilíbrio das contas públicas.
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Consultoria de Estudos – STJ Reta Final – Professor Anderson Ferreira _ Lista 5: LRF
“§ 1o A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e
corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de
resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita,
geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de
crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.”
6. (CESPE/STM/Anal. Jud.-Adm./2018)
O conceito legal de empresa estatal dependente inclui todas as empresas estatais controladas.
Errado. É ao contrário, pois as controladas (gênero) podem ser dependentes ou independentes (espécies).
Ver art. 2º, incisos II e III da LRF.
“II - empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença, direta ou
indiretamente, a ente da Federação;
III - empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para
pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles
provenientes de aumento de participação acionária;”
Certo. As estatais dependentes terão suas receitas e despesas constantes do orçamento fiscal. Ver art. 5º da
LDO-2018 (Lei nº 13.473/2017):
“Art. 5º Os Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social compreenderão o conjunto das receitas públicas, bem como
das despesas dos Poderes, do Ministério Público da União e da Defensoria Pública da União, seus fundos, órgãos,
autarquias, inclusive especiais, e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, das empresas públicas, das
sociedades de economia mista e das demais entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto e que dela recebam recursos do Tesouro Nacional, devendo a
correspondente execução orçamentária e financeira, da receita e da despesa, ser registrada na modalidade total no
Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal - Siafi.”
Da Abrangência
(art. 1º, § 2º)
8. (CESPE/TCE-TO/2008)
O campo de atuação da LRF limita-se a UNIÃO.
Errado. Não se limita à União, pois é aplicada também aos Estados, DF e Municípios (art. 1º, §2º, da LRF).
“§ 2º As disposições desta Lei Complementar obrigam a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.”
9. (CESPE/TCE-CE/2009)
Os entes da federação que estão submetidos aos ditames da LRF, são: a União, os Estados e o Distrito Federal,
porque legislar sobre o direito financeiro é competência concorrente e não inclui os Municípios.
Errado. A LRF é também aplicada aos municípios (art. 1º, §2º, da LRF).
10. (CESPE/MPE-SE/Promotor/2010)
As disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n.º 101/2000) obrigam a União, os estados e
o DF, aplicando-se aos municípios apenas as normas relativas à execução orçamentária e ao cumprimento de
metas.
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Consultoria de Estudos – STJ Reta Final – Professor Anderson Ferreira _ Lista 5: LRF
Errado. A LRF é aplicada de forma integral aos municípios, e não apenas parte relativa à execução
orçamentária e ao cumprimento de metas. Não há tratamento diferenciado aos municípios nesse sentido.
11. (CESPE/ANP/Analista-Perfil2/2013)
As empresas estatais independentes não compõem o campo de aplicação da LRF.
“§ 2º As disposições desta Lei Complementar obrigam a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
§ 3º Nas referências:
I - à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estão compreendidos:
a) o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder Judiciário e o
Ministério Público;
b) as respectivas administrações diretas, fundos, autarquias, fundações e empresas estatais dependentes;”
12. (CESPE/TCDF/ACE/2012)
As disposições, as proibições, as condições e os limites constantes na LRF valem para o DF até que seja aprovada
lei complementar de âmbito local que disponha sobre a ação planejada e transparente, voltada para a prevenção
de riscos e correção de desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas.
Errado. A LRF é uma lei federal aplicada a todos os entes da federação (União, Estados, DF e Municípios). O
DF não está aguardando uma “LRF” própria, pois a LC 101/2000 já é a LRF definitiva ao DF e aos demais
entes.
13. (CESPE/CGM-PB/AMCI/2018)
As transferências recebidas de outros entes não integram a receita corrente líquida.
Errado. No cálculo da RCL, são consideradas todas as receitas correntes ( inclusive as transferências correntes),
com as devidas deduções legais, segundo o art. 2º, inciso IV da LRF.
“IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais,
agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos:
a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional ou legal, e as
contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no art. 239 da Constituição;
b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;
c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de
previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira citada no § 9º do art. 201 da
Constituição.”
Errado. A RCL compreende todas as receitas correntes, não apenas o montante bruto das tributárias,
contribuições e patrimoniais. Essas são apenas três de um total de oito origens de receitas correntes. A
segunda parte da questão, que cita as deduções, está correta. A questão é errada pela primeira parte, que é
restritiva.
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Consultoria de Estudos – STJ Reta Final – Professor Anderson Ferreira _ Lista 5: LRF
15. (CESPE/MPOG-ENAP/Administrador/2015)
Os recursos transferidos pela União ao Distrito Federal, quando destinados à assistência financeira para a
execução de serviços públicos das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros, não integram o conceito de
receita corrente líquida, ainda que sejam utilizados para pagamento de pessoal.
Certo. Conforme art. 2º, §2º da LRF, não serão considerados na RCL do Distrito Federal - DF os recursos
recebidos da União para o pagamento das despesas com pessoal das polícias civil e militar, do corpo de
bombeiros militar, do TJDFT, do MPDFT e da Defensoria Pública do DF.
“§ 2º Não serão considerados na receita corrente líquida do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e de Roraima
os recursos recebidos da União para atendimento das despesas de que trata o inciso V do § 1o do art. 19.”
“§ 1º Na verificação do atendimento dos limites definidos neste artigo, não serão computadas as despesas:
...
V - com pessoal, do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e Roraima, custeadas com recursos transferidos pela
União na forma dos incisos XIII e XIV do art. 21 da Constituição e do art. 31 da Emenda Constitucional no 19;”
16. (CESPE/TCE/TO/Superior/2008)
A receita corrente líquida será apurada pelo somatório, de janeiro a dezembro, das receitas correntes, deduzidas
as transferências estabelecidas na lei.
Errado. Não será necessariamente de janeiro a dezembro. A receita corrente líquida – RCL será o somatório das
receitas correntes, deduzido o somatório das transferências constitucionais/legais.
Cálculo:
A RCL será apurada em um período de 12 meses (um ano). Porém, esses 12 meses não coincidem
necessariamente com o ano civil (poderá coincidir, quando a apuração for feita em janeiro de certo exercício
financeiro). A apuração poderá ser feita a qualquer momento do ano. Os 12 meses serão considerados da
seguinte forma: 1 mês referência + 11 meses anteriores ao referência, excluídas as duplicidades (ex: receitas
intraorçamentárias). O mês referência será aquele imediatamente anterior ao mês corrente. De um jeito mais
simples, consideram-se os últimos dose meses anteriores ao mês corrente. Veja o esquema abaixo:
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Consultoria de Estudos – STJ Reta Final – Professor Anderson Ferreira _ Lista 5: LRF
2017 2018
FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR
Mês Hoje:
11 meses anteriores ao mês referência
referência 31/mar
12 meses (utilizados para apuração das receitas correntes líquidas)
Suponhamos que hoje, dia 31 de março de 2018, queiramos apurar a RCL. Como o mês de março ainda está em
aberto/andamento, não é possível computar as receitas correntes arrecadadas nele e muito menos suas
deduções, mesmo estando já no último dia do mês. Dessa forma, o mês referência será fevereiro de 2018,
devendo-se considerar ainda os outros 11 meses anteriores (de jan/2018 a mar/2017) para totalizar os 12 meses
necessários.
Errado. Poderá coincidir com o ano civil, quando estivermos em janeiro. Do contrário, envolverá meses de dois
exercícios financeiros. É errado taxar que coincide com o ano civil.
Certo. A própria LRF faz referências às deduções que devem ser feitas, conforme art. 2º, inc. IV.
Errado. A questão não citou as deduções. Logo, não tem como ser receita corrente LÍQUIDA sem que sejam feitas
as deduções.
Errado. Segundo o art. 2º, §3º da LRF, é “excluídas” as duplicidades e não “incluídas”, como afirma o item.
“§ 3º A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze
anteriores, excluídas as duplicidades.”
21. (CESPE/TJ-RO/Administrador/2012)
Considere as seguintes receitas de um estado da Federação.
Tributária R$ 100,00 _ RC (considerar)
Alienação de bens R$ 150,00 _ RK (não considerar) *
Patrimonial R$ 150,00_ RC (considerar)
Operações de crédito R$ 200,00_ RK (não considerar) *
Contribuições R$ 120,00_ RC (considerar)
Industriais R$ 80,00_ RC (considerar)
Com base nos dados acima e considerando que a parcela entregue aos municípios por determinação
constitucional tenha sido de R$ 40,00, é correto afirmar que a receita corrente líquida apurada nesse estado foi
de
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Consultoria de Estudos – STJ Reta Final – Professor Anderson Ferreira _ Lista 5: LRF
A) R$ 660,00.
Certo B) R$ 410,00.
C) R$ 700,00.
D) R$ 460,00.
E) R$ 610,00.
Cálculo:
Certo. O limite das despesas com pessoal é calculado conforme percentuais dos incisos dos arts. 19 e 20 da LRF.
Esses percentuais serão calculados sobre a RCL. No cálculo da RCL, serão incluídas as parcelas recebidas (nas
transferências correntes) e excluir as parcelas pagas (do lado das deduções) ao FUNDEB (art. 60, inc I do ADCT),
conforme art. 2º, inc. IV, §1º da LRF.
Acerca da receita corrente líquida (RCL), conforme previsão da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), julgue os
itens a seguir.
“IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais,
agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos:
a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional ou legal, e as
contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no art. 239 da Constituição;”
Certo. As receitas industriais e as de serviços estão no rol das receitas correntes e serão consideradas para o
cálculo da RCL (ver art. 2º, inc. IV da LRF).
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Errado. As receitas intraorçamentárias são transferências correntes ou de capital na mesma esfera, ou seja, entre
órgãos orçamentários de uma mesma LOA. Logo, não serão computadas para o cálculo da RCL.
26. (CESPE/MS/Administrador/2013)
As receitas oriundas de operações de crédito não integram o somatório para apuração da receita corrente
líquida.
Certo. As operações de crédito são receitas de capital e não correntes. Logo, não integram o cálculo da RCL (ver
art. 2º, inc. IV da LRF).
6.2 PLANEJAMENTO
[art. 4º ao art. 10 – LRF]
Errado. Os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial devem ser apresentados em Anexo
Específico (A.E) a ser enviado junto com o projeto da LDO e não da LOA, como afirma o item.
Segundo o art. 4º da LRF, além das atribuições constitucionais do art. 165, §2º, a LDO deve dispor também
sobre:
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Certo. O Anexo de Metas Fiscais - AMF conterá a avaliação da situação financeira (recursos) e atuarial
(análise estatística) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores, do FAT e demais fundos
relacionados - Art. 4º, §2º, inc IV da LRF.
30. (CESPE/CGE-PI/Auditor/2015)
A LRF atribuiu à LDO a responsabilidade de tratar de outras matérias não previstas na Constituição Federal de
1988, como a publicação da avaliação atuarial do regime próprio de previdência dos servidores públicos.
Certo. Conforme o art. 4º, caput, inc. I da LRF, a LDO recebeu novas atribuições, dentre elas a publicação da
avaliação da situação financeira e atuarial do regime de previdência. Essa avaliação consta do Anexo de Metas
Fiscais da LDO, conforme §2º do Art. 4º da mesma lei. Ressalto que a avaliação atuarial refere-se a uma análise
estatística da situação do regime de previdência.
Certo. Os possíveis fatores são os “riscos fiscais” constantes do Anexo de Riscos Fiscais - ARF. Segundo o art. 4º,
§3º da LRF, o ARF conterá:
- Passivos Contingentes (obrigações que envolvem certo grau de incerteza quanto a sua real ocorrência)
- Outros Riscos (relacionados a R e/ou D);
- Providências a serem tomadas (caso os riscos se concretizem).
32. (CESPE/MI/Administrador/2013)
Se a União for condenada em ação judicial de indenização, mas a sentença correspondente ainda não tiver
transitado em julgado no momento da elaboração do projeto de LDO, deverá o valor da ação ser incluído no
anexo de riscos fiscais da referida lei.
Certo. Conforme art. 4º, §3º da LRF, a LDO conterá o anexo de riscos fiscais, onde serão avaliados os passivos
contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas,
caso se concretizem. Perceba que o conteúdo do anexo de riscos fiscais é analítico. Logo, uma indenização com
sentença ainda não transitado em julgado será considerada no referido anexo, por se tratar de um passivo
contingente.
33. (CESPE/TCE-PE/Cargo4/2017)
Nas situações em que houver frustração de receitas e ficar evidenciado o não cumprimento das metas de
resultado primário ou nominal estabelecidas em instrumento de transparência da gestão fiscal, os empenhos
e a movimentação financeira deverão ser limitados.
Certo. Se, ao final de um bimestre de exercício da LOA, constatar-se que as receitas efetivamente arrecadadas
foram inferiores às projetadas na LOA e que não será atingida a meta de resultado primário definida na LDO, os
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Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, bem como o Ministério Público e a Defensoria Pública, deverão, cada
um, em ato próprio, nos trinta dias subsequentes, limitar os empenhos e as movimentações financeiras nos
montantes necessários para a obtenção do reequilíbrio orçamentário, conforme critérios estabelecidos na LDO.
Trata-se do disposto no art. 9º da LRF:
“Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento
das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério
Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subseqüentes, limitação de
empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.”
34. (CESPE/MPOG-ENAP/Administrador/2015)
A vinculação legal entre recurso e objeto é restrita ao exercício de ingresso do recurso, sendo desfeita no
exercício subsequente.
Errado. Conforme parágrafo único do artigo 8º da LRF, os recursos vinculados por lei a finalidade específica serão
utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, AINDA que em exercício diverso daquele em
que ocorrer o ingresso.
“Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes
orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo estabelecerá a
programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.
Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente para
atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.”
Certo. Conforme art. 8º da LRF, em até trinta dias após a publicação dos orçamentos (LOAs), nos termos em que
dispuser LDO e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo estabelecerá a
programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso. Ler o caput do artigo 8º no
comentário da questão anterior.
36. (CESPE/MI/Anal.Téc.Adm./2013)
O Poder Executivo deve aprovar a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolsos
antes da aprovação da lei orçamentária, conforme previsto na LRF.
Errado. Conforme art. 8º da LRF, o Poder Executivo - PE estabelecerá o cronograma de desembolsos após a
publicação da LOA. Logo, é errado falar que o PE deve aprovar a programação financeira e o cronograma de
execução mensal de desembolsos antes da aprovação da lei orçamentária
37. (CESPE/MJ/Administrador/2013)
O estabelecimento da meta de resultado fiscal deve ocorrer em até trinta dias após a publicação da Lei
Orçamentária Anual.
Errado. A meta de resultado fiscal é estabelecida antes da publicação da LOA, no anexo de metas fiscais da LDO,
conforme art. 4º, § 1º da LRF.
(CESPE/CNJ/Analista-Cargo1/2013)
Supondo que Maria seja responsável por conduzir a execução orçamentária de um tribunal federal e tendo em
conta o disposto na Lei n.º 4.320/1964, na LRF e na CF, julgue o próximo item.
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38. Na execução de despesa e receita, Maria, como administradora pública, deverá observar os limites de gastos
estabelecidos para cumprir as metas fiscais constantes da LOA.
Errado. As metas fiscais são estabelecidas na LDO (anexo de metas fiscais) e não na LOA.
39. (CESPE/TCE-PE/Cargo1e2/2017)
Determinado subsídio constituído por renúncia de receita pública poderá ser aprovado e colocado em
execução ainda que não esteja incluído no demonstrativo da estimativa de renúncia de receita da lei de
diretrizes orçamentárias.
A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita
deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua
vigência e nos dois seguintes (1º requisito), atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias (2º requisito) e a
pelo menos uma das seguintes condições:
I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da lei orçamentária,
na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da lei de
diretrizes orçamentárias (3º requisito-I);
OU
II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado no caput, por meio do aumento de
receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou
contribuição (3º requisito-II).
Logo, poderá ser aprovada renúncia de receita por concessão de subsídio ainda que tal renúncia não esteja
demonstrada no demonstrativo da estimativa de renúncia da LDO (3º requisito-I), caso seja acompanhada de
medidas de compensação (3º requisito-II).
Certo. Segundo o §3º do art. 14 da LRF, estão dispensadas das condições do caput do art. 14 as renúncias de
receitas referentes:
I - às alterações das alíquotas dos impostos sobre importação e exportação, produtos industrializados (IPI)
e movimentação financeira (IOF);
II - ao cancelamento de débito tributário de valor inferior ao dos respectivos custos de cobrança.
41. (CESPE/ANTT/Administração/2013)
Considere-se que, para garantir a atratividade econômica de certa rota de transporte terrestre interestadual, o
governo federal pretenda conceder benefícios de natureza tributária ao vendedor do leilão de concessão da rota
em questão. Nessa situação hipotética, não será necessário incluir no projeto de lei orçamentária o impacto
regionalizado sobre as receitas e as despesas oriundo de tal benefício, mas, sim, a previsão global desse impacto.
Errado. Segundo o art. 165, § 6º da CF/88, o projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo
regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e
benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. Embora a CF trate superficialmente da matéria, foi o
art. 14 da LRF que regulamentou e estabeleceu condições para as renúncias de receitas.
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42. (CESPE/MI/Administrador/2013)
Suponha que a União pretenda reduzir a zero a alíquota do imposto de produtos industrializados incidente sobre
eletrodomésticos e utensílios de cozinha. Nessa situação, não será necessário demonstrar que a renúncia de
receita foi considerada na estimativa de receita da lei orçamentária nem efetuar medidas de compensação por
meio do aumento de receita.
Certo. O art. 14 da LRF estabelece critérios/condições para a renúncia de receita. Porém, conforme §3º do
referido artigo, é facultado ao Poder Executivo alterar, sem atender às condições do art. 14 da LRF, as alíquotas
dos seguintes impostos:
Da Geração de Despesas
[arts. 15 e 16]
Errado. Conforme art. 16 da LRF, quando a proposta de criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação do
governo implicar em aumento de despesa, essa proposta deve ser acompanhada da estimativa do impacto
orçamentário e financeiro.
“Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da despesa será
acompanhado de:
I - estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois
subseqüentes;
II - declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com a lei
orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias.”
44. (CESPE/AGU/Procurador/2010)
De acordo com a LRF, a contratação de serviços, por meio de licitação, que acarrete aumento de despesa deve
vir precedida de demonstrativo da estimativa do impacto orçamentário-financeiro apenas do exercício em que
deva entrar em vigor a referida despesa, bem como da declaração de responsabilidade do ordenador de
despesa.
Errado. Conforme art. 16, inciso I da LRF, a estimativa do impacto orçamentário-financeiro não é apenas do
exercício em que deva entrar em vigor, mas também nos dois subseqüentes (ler o dispositivo no comentário da
questão anterior).
45. (CESPE/AGU/Advogado/2009)
A criação de ação governamental que acarrete despesa pública será acompanhada de estimativa do impacto
orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes.
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46. (CESPE/AGU/Advogado/2009)
É condição prévia para empenho e licitação de serviços criados por ação governamental nova, a declaração do
ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com todos os tipos de
orçamentos.
Certo. O empenho e licitação para contratação de serviços criados por ação nova do governo devem estar
acompanhados da declaração do ordenador da despesa, conforme art. 16, inciso II da LRF.
“II - declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com a lei
orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias.”
47. (CESPE/FNDE/Cargo2/2012)
É obrigatória e de caráter continuado a despesa corrente cuja obrigação de execução, legalmente
regulamentada, supere dois exercícios.
Certo. A questão trouxe o conceito literal do art. 17, caput, da LRF. Veja:
“Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou
ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a
dois exercícios.”
A legislação vigente sobre responsabilidade fiscal contempla aspectos importantes da política tributária. Acerca
desse assunto, julgue o item a seguir.
49. (CESPE/MPE/RO/Promotor/2010)
Nos estados, admite-se a majoração ou criação de tributos, bem como a elevação de alíquotas, para custear
despesas criadas por lei e que devam ser executadas ao longo de um período de três anos.
Certo. Caso um Estado pretenda criar uma despesa por lei, cuja execução perdure por três anos (superior a dois),
então, segundo a LRF, deve-se observar o disposto no artigo 17, caput, e §§ 2º e 3º da LRF.
“Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou
ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a
dois exercícios.”
“§ 2º Para efeito do atendimento do § 1º, o ato será acompanhado de comprovação de que a despesa criada ou
aumentada não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo referido no § 1º do art. 4º, devendo seus
efeitos financeiros, nos períodos seguintes, ser compensados pelo aumento permanente de receita ou pela
redução permanente de despesa.
“§ 3º Para efeito do § 2º, considera-se aumento permanente de receita o proveniente da elevação de alíquotas,
ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.”
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50. (CESPE/AGU/Advogado/2009)
Considera-se aumento permanente de receita, para os fins de compensação do aumento da despesa, a
concessão de crédito presumido para empresas.
Errado. O art. 17, § 3º, da LRF traz as formas de aumento permanente de receita. A concessão de crédito
presumido para empresas não é considerada um aumento permanente da receita, mas sim uma renúncia de
receita, conforme §1º do artigo 14 da lei.
“§ 3º Para efeito do § 2º, considera-se aumento permanente de receita o proveniente da elevação de alíquotas,
ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.”
“§ 1º A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter não
geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou
contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado.”
51. (CESPE/MPE-MS/Promotor/2011)
É obrigatória e de caráter continuado a despesa corrente que fixe para o ente a obrigação legal de sua execução
por um período superior a dois Exercícios.
Certo. Trata-se do conceito de DOCC (Despesa Obrigatória de Caráter Continuado), conforme disposto no caput
do artigo 17 da LRF.
“Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou
ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a
dois exercícios.”
Errado. A questão afirma ser uma despesa oriunda de um ato normativo do Poder Executivo (lei, medida
provisória ou ato administrativo normativo). Afirma ainda ser uma despesa de custeio (custeio = despesa
corrente, conforme art. 12 da Lei 4.320/64), com início em 2009 e conclusão prevista para 2011 (ou seja,
superior a dois exercícios financeiros). Conclui-se ser um exemplo de uma DOCC (art. 17,caput, da LRF).
Dessa forma, o art. 17, §1º da LRF, estabelece que os atos que criarem uma DOCC deverão demonstrar a origem
dos recursos para seu custeio (fonte de custeio). O item afirma que há “disponibilidade de recursos na fonte
indicada”, ou seja, satisfez a exigência da LRF nesse ponto. Assim, o parecer do órgão técnico deveria ser a favor
da implementação do programa, uma vez atendidas às exigências da LRF.
A exigência de que a despesa dependerá de prévia inclusão no PPA ou de lei que autoriza a inclusão é para
investimentos (despesa de capital) com duração superior a um exercício financeiro (art. 167, §1º da CF/88) e não
para as DOCC (despesas correntes).
(CESPE/INPI/Analista-Gestão Financ./2013)
Em consonância com as disposições da LRF, julgue os próximos itens, acerca de despesas obrigatórias de caráter
continuado.
53. Os investimentos constantes do PPA são considerados despesas obrigatórias de caráter continuado.
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54. Os efeitos financeiros dos atos que criam as despesas obrigatórias de caráter continuado devem ser
compensados, nos períodos seguintes, pelo aumento permanente de receita ou pela redução permanente de
despesa.
Certo. A compensação dos efeitos financeiros provocados por uma DOCC é uma das exigências da LRF, conforme
disposto em seu art. 17, §2º.
“§ 2º Para efeito do atendimento do § 1º, o ato será acompanhado de comprovação de que a despesa criada ou
aumentada não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo referido no § 1º do art. 4º, devendo seus
efeitos financeiros, nos períodos seguintes, ser compensados pelo aumento permanente de receita ou pela
redução permanente de despesa.
55. (CESPE/TCE-PE/Cargo5/2017)
Gastos com pessoal e encargos sociais das fundações públicas federais estão incluídos no limite de despesas
de pessoal aplicável à União.
Certo. As fundações públicas instituídas e mantidas pela União constarão do seu orçamento fiscal (art. 1º, §§2º e
3º, inciso I, alínea “b”- LRF). Nesse caso, tais despesas entram no limite de gastos com pessoal da União,
conforme caput do art. 18 da mesma lei.
“§ 2º As disposições desta Lei Complementar obrigam a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
§ 3º Nas referências:
I - à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estão compreendidos:
a) o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder Judiciário e o Ministério
Público;
b) as respectivas administrações diretas, fundos, autarquias, fundações e empresas estatais dependentes;”
“Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como despesa total com pessoal: o somatório dos
gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos,
funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como
vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive
adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e
contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência.”
56. (CESPE/TCE-PE/Cargo4/2017)
Gastos com passagens e despesas com locomoção para fins de fiscalização de obra pública em andamento
são despesas correntes do grupo pessoal e encargos sociais, sujeitas aos limites estabelecidos na LRF.
Errado. As despesas com passagens e locomoção (diárias) são despesas correntes, mas pertencentes ao grupo de
natureza “outras despesas correntes” e não “pessoal e encargos sociais”. São despesas de caráter indenizatório
(ajuda de custo) e não remuneratório, conforme a lei nº 8.112/90. Logo, essas despesas não se sujeitam aos
limites de gastos com pessoal da LRF.
57. (CESPE/TCE-PE/Cargo3/2017)
Situação hipotética: No final do primeiro quadrimestre de 2017, as despesas com pessoal do Poder Executivo
do município AB estavam no patamar de 52% de sua receita corrente líquida.
Assertiva: Nessa situação, o município deverá reduzir o excedente dessas despesas nos dois quadrimestres
seguintes, sendo a redução de, no mínimo, um terço no primeiro deles.
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Errado. No referido caso, não há excesso. O Poder Executivo municipal pode gastar até 54% da Receita Corrente
Líquida – RCL do município (art. 20, III, “b” – LRF). Somente depois de ultrapassado esse limite (mais de 54%) é
que o poder precisará reduzir o excedente em até 2 quadrimestres seguintes, conforme determinação do art. 23
da LRF.
“Art. 23. Se a despesa total com pessoal, do Poder ou órgão referido no art. 20, ultrapassar os limites definidos no
mesmo artigo, sem prejuízo das medidas previstas no art. 22, o percentual excedente terá de ser eliminado nos
dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço no primeiro, adotando-se, entre outras, as providências
previstas nos §§ 3º e 4o do art. 169 da Constituição.”
Errado. É correta a parte que afirma os limites da LRF serem aplicados a todos os poderes da União, bem como o
rateio ser proporcional à participação de cada órgão. Porém, questão fica errada por excluir o STF e CNJ do limite
do Poder Judiciário, conforme §§ 1º, 2º e 3º do art. 20 da LRF.
“§ 1º Nos Poderes Legislativo e Judiciário de cada esfera, os limites serão repartidos entre seus órgãos de forma
proporcional à média das despesas com pessoal, em percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três
exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da publicação desta Lei Complementar.
§ 2 º Para efeito deste artigo entende-se como órgão:
I - o Ministério Público;
II - no Poder Legislativo:
a) Federal, as respectivas Casas e o Tribunal de Contas da União;
b) Estadual, a Assembléia Legislativa e os Tribunais de Contas;
c) do Distrito Federal, a Câmara Legislativa e o Tribunal de Contas do Distrito Federal;
d) Municipal, a Câmara de Vereadores e o Tribunal de Contas do Município, quando houver;
III - no Poder Judiciário:
a) Federal, os tribunais referidos no art. 92 da Constituição;
b) Estadual, o Tribunal de Justiça e outros, quando houver.
§ 3 º Os limites para as despesas com pessoal do Poder Judiciário, a cargo da União por força do inciso XIII do
art. 21 da Constituição, serão estabelecidos mediante aplicação da regra do § 1 º.”
CF/88:
“Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
I - o Supremo Tribunal Federal;
I-A o Conselho Nacional de Justiça; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
II - o Superior Tribunal de Justiça;
II-A - o Tribunal Superior do Trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 92, de 2016)
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
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(CESPE/SEDF/Professor/2017)
Ao final do segundo quadrimestre de determinado exercício, um estado da Federação publicou as seguintes
informações contábeis em seu relatório de gestão fiscal.
59. Nesse caso, nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal, como o estado em questão não ultrapassou o
limite máximo da despesa com pessoal, o governador poderá criar novos cargos públicos, ainda que isso
implique aumento da despesa com pessoal.
Errado. Embora o item traga vários dados na tabela, não há necessidade alguma de fazer cálculo nesta questão,
pois todas as informações já estão bem claras na tabela:
- Limite Legal: 49% (pelos dados, deduz ser o Poder Executivo Estadual)
- Limite Prudencial: 46,55% (representa 95% dos 49%);
- Limite Alerta: 44,10% (representa 90% dos 49%).
Visivelmente na tabela, o Poder Executivo do Estado não ultrapassou o limite legal, pois está gastando 47,49%
(valor apurado para fins dos limites da LRF). Porém, embora não ultrapassado o limite legal, o prudencial já foi
ultrapassado e as sanções do art. 22 da LRF serão aplicadas, impedindo o Governador, dentre outras restrições,
de criar novos cargos públicos.
“Art. 22. A verificação do cumprimento dos limites estabelecidos nos arts. 19 e 20 será realizada ao final de cada
quadrimestre.
Parágrafo único. Se a despesa total com pessoal exceder a 95% (noventa e cinco por cento) do limite, são vedados
ao Poder ou órgão referido no art. 20 que houver incorrido no excesso:
I - concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração a qualquer título, salvo os derivados
de sentença judicial ou de determinação legal ou contratual, ressalvada a revisão prevista no inciso X do art. 37 da
Constituição;
II - criação de cargo, emprego ou função;
III - alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa;
IV - provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a qualquer título, ressalvada a reposição
decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança;
V - contratação de hora extra, salvo no caso do disposto no inciso II do § 6o do art. 57 da Constituição e as
situações previstas na lei de diretrizes orçamentárias.”
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Certo. Conforme o art. 19, incisos II e III da LRF, a despesa total com pessoal nos estados e municípios não
poderá ultrapassar a 60% das suas respectivas RCL.
61. (CESPE/CGE-PI/Auditor/2015)
A despesa com pessoal, classificada como despesa de custeio, limita-se ao percentual de 50% da receita corrente
líquida em cada estado da Federação, apurado segundo o regime de competência.
Errado. Nos estados, o percentual da RCL é de 60% e não de 50%, conforme art. 19, inciso II da LRF.
Oportunamente, as despesas de custeio são aquelas referentes à manutenção das atividades dos órgãos da
administração pública, como por exemplo: despesas com pessoal, juros da dívida, aquisição de bens de consumo,
serviços de terceiros, manutenção de equipamentos, despesas com água, energia, telefone etc. Estão na
categoria das despesas correstes, ou seja, aquelas que não concorrem para ampliação dos serviços prestados
pelo órgão, nem para a expansão das suas atividades (art. 12, lei 4.320/64).
Certo. Conforme art. 169, §§3º e 4º, da CF, para fins de redução com a despesa de pessoal, o servidor público
estável poderá ser exonerado. Porém, tal medida só será tomada se, primeiro, for feita a redução de pelo menos
20% das despesas com cargo comissionado e função de confiança e, depois, a exoneração dos servidores não
estáveis. Apenas depois dessas medidas é que o servidor público estável poderá ser exonerado.
“Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não
poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.”
“§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na lei
complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as seguintes
providências: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de confiança; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
II - exoneração dos servidores não estáveis. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o cumprimento
da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder o cargo, desde que
ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade
administrativa objeto da redução de pessoal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)”
Errado. Como o valor do excesso é de R$ 600 milhões, é suficiente reduzir o mínimo de 1/3 do excesso no
primeiro quadrimestre seguinte, ou seja, até o final de dezembro de 2015 basta reduzir o valor de R$ 200
milhões, conforme caput do art. 23 da LRF, e não R$ 300 milhões, como afirma o item.
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64. (CESPE/FNDE/Cargo1/2012)
A apuração da despesa total com pessoal deve ser realizada mediante o regime de caixa.
Errado. Conforme art. 18, § 2º da LRF, na apuração do total da despesa total com pessoal, adota-se o regime de
competência (fato gerador), e não o de caixa como afirma o item.
“§ 2º A despesa total com pessoal será apurada somando-se a realizada no mês em referência com as dos onze
imediatamente anteriores, adotando-se o regime de competência.”
65. (CESPE/TCU/Técnico/2012)
A apuração de gastos com pessoal será feita com base em um período de 12 meses. Assim, as demonstrações de
limites com despesas de pessoal do primeiro e do segundo quadrimestres somarão despesas com pessoal
relativas a dois exercícios financeiros.
Certo. Conforme art. 18, §2º da Lei Complementar nº 101/2000 (LRF), a despesa total com pessoal será apurada
somando-se a realizada no mês em referência (mês anterior ao mês corrente) com as dos 11 (onze)
imediatamente anteriores ao mês de referência (TOTAL=12 MESES).
“§ 2º A despesa total com pessoal será apurada somando-se a realizada no mês em referência com as dos onze
imediatamente anteriores, adotando-se o regime de competência.”
Exemplo:
Consideremos o ano 2018. A demonstração do 1º quadrimestre (de janeiro a abril) será publicada em até 30 dias
ao término do quadrimestre, ou seja, durante o mês de maio de 2018, no Relatório de Gestão Fiscal – RGF. O
Relatório demonstrará os gastos realizados nos meses de maio/2017 a até abril/2018, para totalizar 12 meses.
2017
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
1ºQuadrimestre 2ºQuadrimestre 3ºQuadrimestre
2018
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
1ºQuadrimestre 2ºQuadrimestre 3ºQuadrimestre
2017
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
1ºQuadrimestre 2ºQuadrimestre 3ºQuadrimestre
2018
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
1ºQuadrimestre 2ºQuadrimestre 3ºQuadrimestre
Errado. Dentre as despesas com pessoal relacionadas no art. 18 da LRF, apenas as referidas no art. 19, §1º não
serão computadas para fins de aplicação dos limites do art. 19. As relativas às pensões fazem parte da limitação,
pois não estão listadas no §1º do art. 19.
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Errado. Segundo o art. 18, caput, da LRF, os inativos e pensionistas estão incluídos na despesa total com pessoal.
Errado. Considerando uma RCL de R$ 400bi, o limite do judiciário é de 6% sobre a RCL. Logo, o Poder não poderá
exceder a R$ 24bi (6% x R$ 400).
Errado. Os municípios não podem exceder a 60% das suas RCL. Recomenda-se decorar os percentuais do art. 19
da LRF:
70. (CESPE/FNDE/Cargo2/2012)
A despesa total com pessoal dos Executivos municipais limita-se à metade da receita corrente líquida.
Errado. Conforme tabela anterior, o poder executivo municipal tem como limite 54% da sua RCL e não metade
(50%) como afirma o item.
71. (CESPE/MPE-SE/Promotor/2010)
A despesa total com pessoal nos estados e municípios não pode exceder 60% da receita corrente líquida
respectiva.
“Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em cada
período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida,
a seguir discriminados:
I - União: 50% (cinqüenta por cento);
II - Estados: 60% (sessenta por cento);
III - Municípios: 60% (sessenta por cento).”
72. (CESPE/TST/Administrador/2007)
O limite das despesas de pessoal dos tribunais e juízes do trabalho, obedecido ao teto global de 6% da receita
líquida da União para o Poder Judiciário, corresponde a proporção média que representava no período de 1997 a
1999 no âmbito judiciário.
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Consultoria de Estudos – STJ Reta Final – Professor Anderson Ferreira _ Lista 5: LRF
Errado. Embora o percentual citado esteja correto (6% para o Judiciário Federal), bem como a parte citada da
proporção média (ver art. 20, §1, da LRF), a base de cálculo está errada, uma vez que citou apenas “receita
líquida” enquanto o correto é “receita CORRENTE líquida”.
73. (CESPE/MPE/RO/Promotor/2010)
A despesa total com pessoal em cada período de apuração, nos estados, não poderá exceder 50% da receita
corrente líquida.
Errado. Nos estados, o percentual é de 60% e não de 50% (ver tabela resumo do art. 19 da LRF citada
anteriormente).
74. (CESPE/MPE/RO/Promotor/2010)
Na repartição dos limites globais de gastos com pessoal, na esfera estadual, cabe ao Poder Legislativo, incluído o
tribunal de contas do estado, o percentual de 2,5%.
Errado. Ao Poder Legislativo estadual cabe o percentual de 3%, e não de 2,5% (ver tabela resumo do art. 19 da
LRF citada anteriormente).
75. (CESPE/TCU/TCE/2009)
Se o aumento acentuado e inesperado do número de matrículas na rede pública de ensino obrigar a
administração a efetuar a contratação de novos professores mediante terceirização, as despesas daí decorrentes
terão de ser enquadradas entre as despesas de pessoal e computadas para efeito de cálculo do respectivo limite.
Certo. Segundo o art. 18, §1ª da LRF, os contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à substituição
de servidores e empregados públicos serão contabilizados como "Outras Despesas de Pessoal". Logo, são
despesas de pessoal e serão computadas para fins de aplicação dos limites do art. 19.
76. (CESPE/TCE-RN/ICE/2009)
A LRF prevê a aplicação de restrições à gestão de recursos públicos, ainda que o limite de despesas de pessoal
não tenha sido atingido.
Certo. Mesmo antes de ultrapassar os limites do art. 19, o art. 22, em seu parágrafo único, traz vedações para o
Poder ou órgão que ultrapassar 95% do seu limite. Dessa forma, mesmo antes de ultrapassar o limite legal
(100%), as “sanções” do artigo 22 já são aplicadas aos que ultrapassam o limite prudencial de 95%.
“Art. 22. A verificação do cumprimento dos limites estabelecidos nos arts. 19 e 20 será realizada ao final de cada
quadrimestre.
Parágrafo único. Se a despesa total com pessoal exceder a 95% (noventa e cinco por cento) do limite, são vedados
ao Poder ou órgão referido no art. 20 que houver incorrido no excesso:
I - concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração a qualquer título, salvo os derivados
de sentença judicial ou de determinação legal ou contratual, ressalvada a revisão prevista no inciso X do art. 37 da
Constituição;
II - criação de cargo, emprego ou função;
III - alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa;
IV - provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a qualquer título, ressalvada a reposição
decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança;
V - contratação de hora extra, salvo no caso do disposto no inciso II do § 6º do art. 57 da Constituição e as situações
previstas na lei de diretrizes orçamentárias.”
77. (CESPE/ANATEL/Contador/2009)
Se, ao final de determinado quadrimestre, a receita corrente líquida da União, nos últimos 12 meses, atingir R$
200 bilhões, e a despesa com pessoal do Poder Judiciário, R$ 11,5 bilhões, será correto concluir que foi
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Consultoria de Estudos – STJ Reta Final – Professor Anderson Ferreira _ Lista 5: LRF
ultrapassado o limite prudencial do Poder Judiciário, que terá de retornar a esse limite nos dois quadrimestres
seguintes.
Logo, considerando que o gasto foi de R$ 11,5bi, o limite prudencial já foi ultrapassado, porém, a exigência para
enquadramento nos dois quadrimestres seguintes é só para o caso do LIMITE LEGAL (100%) ter sido
ultrapassado, e não o LIMITE PRUDENCIAL (95%). Ultrapassado o limite prudencial, as vedações do art. 22,
parágrafo único da LRF já são aplicadas.
78. (CESPE/AGU/Procurador/2010)
Caso a despesa total com pessoal exceda a 95% do limite imposto na LRF, é vedado ao poder público o
provimento de cargo público, com exceção da reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento do
servidor público.
Errado. De fato há vedação para o provimento de cargo público, quando ultrapassado o limite prudencial de 95%
(art. 22, inc. IV, da LRF). Embora haja exceções para provimento de cargos mesmo depois de ultrapassado o
limite de 95%, a simples reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento não se enquadra como exceção.
O art. 22, inc. IV da Lei condiciona essa reposição apenas às áreas de educação, saúde e segurança.
79. (CESPE/AGU/Advogado/2009)
A contratação de hora extra é vedada, por qualquer motivo, quando a despesa total com pessoal exceder a 95%
do limite do órgão ou poder.
Errado. O erro está em “por qualquer motivo”, pois a lei permite contratação de hora extra para situações
previstas na LDO (art. 22, inciso V, da LRF). Não se aplica mais o disposto do inciso II, §6º do art. 57 da CF, pois o
Congresso Nacional não recebe mais verba indenizatória em razão dessas convocações extraordinárias – Emenda
Constitucional nº 50/2006.
Certo. Conforme art. 19, §1º da LRF, as indenizações por demissão de servidores ou empregados não são
computadas para fins de aplicação dos limites definidos na lei. Além desse caso, o §1º prevê as seguintes
despesas como não computadas:
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CF/88:
Art. 57, §7º:
“§ 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre a matéria para a qual foi
convocado, ressalvada a hipótese do § 8º deste artigo, vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão da
convocação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006)”
81. (CESPE/ANALISTA/TCEAC/2008)
Os gastos com indenização paga a servidores demitidos e os incentivos à demissão voluntária não são
computados no atendimento aos limites fixados pelo art. 19 da LRF.
Certo. Segundo o art. 19, §1º da LRF, embora conceituadas como despesas de pessoal, não serão computadas
para fins de aplicação dos limites as despesas com indenização paga a servidores demitidos e os incentivos à
demissão voluntária.
82. (CESPE/TCU/2008)
Na verificação da despesa total com pessoal da União, não serão computadas as despesas com indenização por
demissão de servidores, as relativas à demissão voluntária e as decorrentes dos contratos de terceirização de
mão-de-obra referentes a substituição de servidores e empregados públicos.
(CESPE/TJ-ES/Analista Judiciário/2011)
Despesas com pessoal R$ milhões
- Despesas Brutas com Pessoal 602,7
- Despesas Não Computadas 208,7
Receita Corrente Líquida – RCL 7.909,0
Considerando a tabela acima, que apresenta dados contidos no relatório de gestão fiscal do Tribunal de Justiça
do Estado do Espírito Santo (TJ/ES), de janeiro a dezembro de 2010, julgue os itens que se seguem com base na
Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
83. O montante da receita corrente líquida informada no relatório de gestão do TJ/ES corresponde ao
somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços,
transferências correntes e outras receitas correntes, incluindo as transferências realizadas pelo estado do
Espírito Santo para os municípios por determinação constitucional.
Errado. As transferências realizadas pelo Estado do Espírito Santo aos municípios, por determinação
constitucional, deverão ser “excluídas” do cálculo da RCL, e não “incluídas” como afirma o item (ver art. 2º, inc.
IV, alínea “b”, LRF).
“IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais,
agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos:
a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional ou legal, e as
contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no art. 239 da Constituição;
b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;
c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de
previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira citada no § 9º do art. 201 da
Constituição.”
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84. As despesas com pessoal do TJ/ES estão abaixo do limite prudencial estabelecido na LRF, não impedindo,
portanto, o tribunal de conceder reajuste ou fazer adequação de remuneração dos seus servidores.
Certo. Ao Poder Judiciário é dado o limite de 6% da RCL. Sendo a RCL = 7.909,00, ao Judiciário será dado o limite
máximo (100%) de R$ 474,54 (6% x 7.909,00). Sabe-se que o limite prudencial corresponde a 95% do limite
máximo, sendo então o limite prudencial de R$ 450,8 (95% x 474,54). Se o limite prudencial é de R$ 450,8 e ao
TJ/ES já computou uma despesa total com pessoal de R$ 394,0 (R$ 602,7 – R$ 208,7*), é correto afirmar que o
limite prudencial não foi ultrapassado. Dessa forma, não se aplica as restrições do art. 22, parágrafo único da
LRF.
*OBS: O valor de 208,7 é despesa com pessoal (art. 18, caput da LRF diz quais são as despesas com pessoal),
porém não deve ser computado para fins de aplicação dos limites (o próprio enunciado da questão especificou
isso). Logo, subentende-se que o valor de 208,7 corresponde às despesas mencionadas no art. 19, §1º da LRF.
85. (CESPE/Detran-ES/Contador/2010)
Os contratos de terceirização de mão de obra somente devem ser incluídos no montante global da despesa de
pessoal quando se referem a atividades semelhantes às dos servidores ou empregados do quadro efetivo de
cada órgão público.
Certo. Segundo o art. 18, § 1º da LRF, os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à
substituição de servidores e empregados públicos serão contabilizados como "Outras Despesas de Pessoal".
Logo, esses valores são incluídos no montante total das despesas de pessoal.
86. (CESPE/CAPES/Contador/2012)
A LRF determina que as despesas relativas aos incentivos à demissão voluntária sejam computadas no cálculo do
limite da despesa total com pessoal da União, dos estados e dos municípios.
Errado. Segundo o art. 19, §1º, inc. II, da LRF, na verificação do atendimento dos limites definidos no art. 19, não
serão computadas as despesas relativas aos incentivos à demissão voluntária.
87. (CESPE/CNJ/Analista-Cargo2/2013)
Considere que uma prefeitura tenha iniciado programa de demissão voluntária para não ultrapassar os limites
com gastos com pessoal definidos na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Nessa situação, os gastos com o
programa deverão compor a base de cálculo da despesa total com pessoal, o que diminui a eficácia da iniciativa
para resolver o problema, uma vez que serão afetados os limites de gastos impostos pela LRF.
Errado. Embora os valores sejam considerados despesas com pessoal, eles não afetarão os limites de gastos
impostos pela LRF. Portanto, a medida seria eficaz (ver art. 19, §1º, inc. II da LRF).
88. (CESPE/ANTT/Administração/2013)
Eventuais indenizações por demissão de servidor ou incentivos relativos à demissão voluntária devem ser
computados, para efeitos da LRF, no cálculo dos limites com gastos de pessoal.
Errado. Embora considerados como despesas com pessoal, os valores pagos com indenizações por demissão e
com incentivos à demissão voluntária não devem ser computados para efeitos dos limites impostos pela LRF.
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89. (CESPE/TCE-PA/AFCE-Contabilidade/2016)
Nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, o titular do Poder Executivo pode contrair obrigação de
despesa com parcelas a serem pagas no exercício seguinte, desde que haja suficiente disponibilidade de caixa
para pagá-las.
Certo. Conforme art. 42 da LRF, a inscrição em restos a pagar de obrigações contraídas nos dois últimos
quadrimestres do mandato dos titulares de poder ou órgão está condicionada a existência de disponibilidade de
caixa com saldo suficiente para garantir o pagamento dessas obrigações em exercício financeiro seguinte.
“Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato,
contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a
serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.”
Certo. Exemplo: se o referido tribunal tem um total de empenhos não pagos no valor de $ 100, mas possui
disponibilidade de caixa apenas de R$ 85, a inscrição estará limitada ao saldo de R$ 85.
Errado. Conforme disposto no §6º do art. 48 da LRF, os sistema devem ser únicos (=específicos), mas devem ser
mantidos e gerenciados pelo Poder Executivo, e não pelo nível hierárquico mais alto dentro de cada poder como
afirma o item.
“§ 6º Todos os Poderes e órgãos referidos no art. 20, incluídos autarquias, fundações públicas, empresas estatais
dependentes e fundos, do ente da Federação devem utilizar sistemas únicos de execução orçamentária e
financeira, mantidos e gerenciados pelo Poder Executivo, resguardada a autonomia.”
92. (CESPE/TCE-PA/ACE-Ar.Fisc-Administração/2016)
São considerados instrumentos confidenciais da gestão fiscal os planos, os orçamentos e as leis de diretrizes
orçamentárias.
Errado. Segundo o art. 48 da LRF, são considerados instrumentos de “transparência” e não “confidenciais”.
“Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em
meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de
contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão
Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.”
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Certo. O artigo 48 da LRF sofreu duas alterações: em 2009 (LC 131) e 2016 (LC156). O inciso II do §1º assegura a
transparência mediante a liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de
informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público .
Entretanto, o art. 73-B estabeleceu o prazo de até 1 ano para a União cumprir o determinado pelo inciso II do
art. 48. Embora saibamos que esse prazo foi dado, há época, para fins de adequação do ente às exigências legais,
o examinador entendeu que esse prazo prejudica a sociedade, caso seja usado.
“Art. 73-B. Ficam estabelecidos os seguintes prazos para o cumprimento das determinações dispostas nos incisos
II e III do parágrafo único do art. 48 e do art. 48-A: (Incluído pela LC nº 131, de 2009).
I – 1 (um) ano para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios com mais de 100.000 (cem mil)
habitantes; (Incluído pela LC nº 131, de 2009).”
Certo. Trata-se do cumprimento ao princípio da transparência, conforme inciso II do art. 48 da LRF. Em relação a
execução das despesas (aplicação dos recursos públicos), as informações devem ser pormenorizadas, ou seja,
detalhadas.
Errado. O incentivo à realização de audiências públicas determinado pela LRF abrange todos os instrumentos de
planejamento orçamentário: PPA, LDO e LOA. Logo, no desenvolvimento da LDO, essa participação é também
incentivada.
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Certo. Diante dos comentários aos itens anteriores sobre esse mesmo tema, recomendo apenas a leitura dos
arts. 48 e 49 da LRF, para esta questão.
97. (CESPE/TCE-RN/ATC/2009)
A liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações
pormenorizadas acerca da execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público, é uma
das formas de assegurar a transparência da gestão fiscal.
Certo. Diante dos comentários aos itens anteriores sobre esse mesmo tema, recomendo apenas a leitura dos
arts. 48 e 49 da LRF, para esta questão.
Certo. Conforme caput do art. 48 da LRF, são instrumentos de transparência, entre outros:
- os planos (PPAs e outros planos e programas – art. 165, §4º da CF/88);
- orçamentos (LOAs);
- leis de diretrizes orçamentárias - LDO;
- as prestações de contas e o respectivo parecer prévio;
- o Relatório Resumido da Execução Orçamentária – RREO (arts. 52 e 53 – LRF)
- o Relatório de Gestão Fiscal – RGF (arts. 54 e 55 – LRF); e as versões simplificadas desses documentos
99. (FGV/BADESC/Economista/2010)
A transparência será assegurada também mediante incentivo à participação popular e realização de audiências
públicas, durante os processos de elaboração e de discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e
orçamentos.
Certo. Conforme art. 48, parágrafo único e inciso I da LRF, a transparência será assegurada também mediante a
participação popular e realização de audiências públicas.
100. (CESPE/TCU/ACE/2008)
Entre os mecanismos de transparência da gestão fiscal mencionados pela Lei de Responsabilidade Fiscal,
destacam- se a participação popular e a realização de audiências públicas durante os processos de apreciação
das contas dos dirigentes e responsáveis pelos órgãos e entidades da administração e, também, antes do
julgamento dessas contas.
Errado. Embora a participação popular e a realização de audiências públicas sejam mecanismos de transparência
da gestão fiscal (art. 48, parágrafo único e inc. I, LRF), essas devem ocorrer durante os processos de elaboração e
discussão dos planos (PPA’s e demais planos), lei de diretrizes orçamentárias (LDO’s) e orçamentos (LOA’s)” e
não durante os processos de apreciação das contas dos dirigentes e responsáveis pelos órgãos e entidades da
administração e tão pouco antes do julgamento dessas contas.
101. (CESPE/TRT/21ªR/Contador)
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O acesso às informações referentes a todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução
da despesa deve ser disponibilizado pelos entes da Federação a qualquer pessoa física ou jurídica.
102. o incentivo à participação popular e a realização de audiências públicas durante a discussão e elaboração do
plano plurianual (PPA), da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA).
103. a liberação das informações sobre a execução da receita e da despesa ao conhecimento público.
104. (CESPE/MS/Administrador/2013)
O acesso a informações referentes a empenhos, liquidações e pagamentos, bem como o lançamento e o
recebimento das receitas, devem ser disponibilizados pelos entes da Federação a qualquer pessoa física ou
jurídica.
(CESPE/TRE-PE/Anal. Jud.-Adm./2017)
Acerca de transparência, controle e fiscalização das contas públicas, conforme estabelece a Lei
Complementar n.º 101/2000 — Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) —, julgue os itens a seguir.
105. As contas do Poder Judiciário serão apresentadas, no âmbito da União, pelos pre sidentes dos tribunais
de justiça.
Errado. Na União, as contas do Poder Judiciário serão apresentadas pelos Presidentes do Supremo Tribunal
Federal e dos Tribunais Superiores, e não pelos presidentes dos tribunais de justiça, conforme art. 56, §1º, inciso
I – LRF:
“Art. 56. As contas prestadas pelos Chefes do Poder Executivo incluirão, além das suas próprias, as dos Presidentes
dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Chefe do Ministério Público, referidos no art. 20, as quais
receberão parecer prévio, separadamente, do respectivo Tribunal de Contas.
§ 1º As contas do Poder Judiciário serão apresentadas no âmbito:
I - da União, pelos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, consolidando as dos
respectivos tribunais;”
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- orçamentos (LOAs);
- leis de diretrizes orçamentárias - LDO;
- as prestações de contas e o respectivo parecer prévio;
- o Relatório Resumido da Execução Orçamentária – RREO (arts. 52 e 53 – LRF)
- o Relatório de Gestão Fiscal – RGF (arts. 54 e 55 – LRF); e as versões simplificadas desses documentos
107. A despesa pública e o resultado dos fluxos financeiros devem obedecer ao regime de competência.
Errado. Na visão orçamentária, adotamos o regime misto, ou seja, caixa para as receitas e competência para as
despesas (art. 35, lei 4.320/64). Para fins patrimoniais ou contábeis, adota-se integralmente o regime de
competência, tanto para as receitas quanto para as despesas. Logo, está correta a afirmação de que a despesa
obedece ao regime de competência. Porém, conforme art. 50, inciso II da LRF, em caráter subsidiário, o
resultado dos fluxos financeiros será pelo regime de caixa.
“II - a despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime de competência, apurando -
se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa;”
108. O balanço orçamentário deve conter as receitas por grupo de natureza e as despesas, por fonte.
Errado. Conforme art. 52, inciso I, alíneas “a” e “b” da LRF, é o contrário: as receitas por fonte e as despesas por
grupo de natureza.
“Art. 52. O relatório a que se refere o § 3o do art. 165 da Constituição abrangerá todos os Poderes e o
Ministério Público, será publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre e composto de:
“Parágrafo único. A prestação de contas da União conterá demonstrativos do Tesouro Nacional e das agências
financeiras oficiais de fomento, incluído o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social,
especificando os empréstimos e financiamentos concedidos com recursos oriundos dos orçamentos fiscal e da
seguridade social e, no caso das agências financeiras, avaliação circunstanciada do impacto fiscal de suas
atividades no exercício.”
110. (CESPE/CGM-PB/AMCI/2018)
O relatório de gestão fiscal, de periodicidade quadrimestral, deverá conter a avaliação do cumprimento do
limite para a dívida consolidada e indicará as medidas a serem adotadas caso o limite seja descumprido .
Certo. A publicação do RGF é quadrimestral, conforme caput do art. 54 da LRF, com exceção dos municípios com
menos de 50 mil habitantes (podem publicar semestral – art. 63, caput, “b” – LRF). De acordo com o art. 55,
incisos I e II, o conteúdo do RGF conterá a avaliação do cumprimento do limite para a dívida consolidada
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(=fundada) e mobiliária (=emissão de títulos), bem como indicará as medidas a serem adotadas caso o limite
seja descumprido.
“II - indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado qualquer dos limites;”
Errado. As despesas com os pensionistas devem ser incluídas no RGF e serão destacadas das com os inativos, –
art. 55, inc. I, alínea “a” – LRF:
112. (CESPE/TCU/AUFC/2015)
Os limites da LRF estabelecidos para despesas com pessoal, concessão de garantias e contratação de operações
de crédito são definidos em percentuais da receita corrente líquida e devem ser divulgados no relatório de
gestão fiscal.
Certo. Conforme Art. 55 da LRF, o relatório de gestão fiscal publicará comparativo dos limites definidos na LRF
com os montantes efetivamente gastos das despesas com pessoal, dívidas consolidada e mobiliária, concessão
de garantias e operações de crédito. A limitação dessas despesas é feita com base na receita corrente líquida,
apurada dos últimos 12 meses, conforme dispõe o art. 2º,IV da LRF.
113. (CESPE/MPOG-ENAP/Administrador/2015)
O relatório de gestão fiscal deve conter demonstrativo das despesas e receitas previdenciárias efetivamente
realizadas no quadrimestre de referência.
Errado. O item trocou o conteúdo de relatório. Conforme art. 53, inciso II da LRF, o demonstrativo das receitas e
despesas previdenciárias será objeto do RREO e não do RGF.
Errado. O Relatório Resumido da Execução Orçamentária – RREO deve ser publicado ao final de cada bimestre,
conforme art. 52 da LRF e art. 165, § 3º da CF/88.
115. (CESPE/ABIN/Oficial/Adm./2010)
Incluem-se entre os instrumentos de transparência da gestão fiscal o relatório resumido da execução
orçamentária, de periodicidade trimestral, e o relatório de gestão fiscal, de periodicidade semestral.
Errado. Embora sejam instrumentos de transparência da gestão fiscal (art. 48, caput - LRF), o RREO é de
periodicidade bimestral (art. 52 da LRF e art. 165, § 3º da CF/88) e o Relatório de Gestão Fiscal – RGF é
quadrimestral (art. 54 da LRF).
(CESPE/TCE/TO/Técnico/2008)
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116. Deve ter o balanço financeiro como uma de suas peças básicas.
Errado. A principal peça do RREO é o balanço orçamentário (art. 52, inciso II, da LRF) e não o balanço financeiro,
como afirma o item.
117. Deve ser elaborado e publicado pelos podres da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.
Errado. A competência para publicação do RREO é do Poder Executivo (art. 165, §3º da CF/88) e não de cada
poder. O Poder Executivo compilará as informações de todos os poderes.
118. Deve apresentar justificativas quando houver limitação de empenho, assim como frustração de receitas.
Errado. O RREO deve ser publicado ao final de cada bimestre, conforme art. 52 da LRF e art. 165, § 3º da CF/88.
120. (CESPE/ACE/Administrador/2009)
O relatório resumido de execução orçamentária, um dos instrumentos de transparência previstos na LRF, deve
conter, como uma de suas peças básicas, o balanço orçamentário.
Certo. A principal peça do RREO é o balanço orçamentário (art. 52, inciso II, da LRF).
121. (CESPE/TCE-ES/Procurador/2009)
Compete ao Poder Executivo publicar o relatório resumido da execução orçamentária no prazo de até trinta dias
após o encerramento de cada bimestre.
Certo. É de competência do Poder Executivo a publicação bimestral do RREO, conforme art. 165, § 3º da CF/88.
122. (CESPE/TCE-RN/ATCA/2009)
As justificativas para limitação de empenho e de frustração de receitas deverão acompanhar o relatório de
gestão fiscal a ser publicado com a periodicidade quadrimestral.
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Errado. As justificativas para limitação de empenho e frustração de receitas acompanharão o RREO e não o RGF
(art. 53, §2º, inciso I e II, da LRF).
123. (CESPE/MTE/Administrador/2008)
Como forma de redução das despesas públicas dos municípios com menos de 50 mil habitantes, estão os
mesmos desobrigados da divulgação dos relatórios de gestão fiscal resumidos da execução orçamentária.
Errado. Primeiro, não existe relatório com o nome “relatórios de gestão fiscal resumidos da execução
orçamentária”. Segundo, aos municípios com menos de 50 mil habitantes é facultada a publicação semestral do
RGF, ou seja, não estão desobrigados de fazer a publicação (art. 63, II, “b” da LRF).
Certo. Conforme art. 55, §2º da LRF, o RGF será publicado até trinta dias após o encerramento do período a que
corresponder (quadrimestre), com amplo acesso ao público, inclusive por meio eletrônico.
Errado. Essas justificativas acompanharão o RREO e não o RGF (art. 53, §2º, inciso II, da LRF).
Errado. Aos municípios com menos de 50 mil habitantes é facultada a publicação semestral do RGF, ou seja, não
a publicação é obrigatória e não facultativa (art. 63, II, “b” da LRF).
127. (CESPE/SGA/AAJ/Analista/Admin./2004)
Não há obrigatoriedade para que estados e municípios encaminhem ao Poder Executivo da União as suas contas,
para consolidação e divulgação ao público, inclusive por meio de acesso eletrônico.
Errado. Para consolidação e publicação do RREO (competência do Poder Executivo - PE), os demais entes
encaminharão ao PE suas contas para consolidação do relatório.
128. (CESPE/SGA/AAJ/Analista/Admin./2004)
O relatório resumido da execução orçamentária deve ser elaborado e publicado pelo Poder Executivo, mas
englobará todos os poderes dos entes da Federação, inclusive o Ministério Público e o Tribunal de Contas, se
houver.
Certo. De acordo com o caput do art. 52 da LRF, o RREO abrangerá todos os Poderes e o Ministério Público e será
publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre.
129. (CESPE/EBC/Analista/Contador/2011)
Caso determinado estado pretenda publicar relatório resumido da execução orçamentária referente aos meses
de maio e junho, ele não estará obrigado a incluir o demonstrativo da variação patrimonial com a alienação de
ativos e a aplicação dos recursos dela decorrentes.
Certo. A publicação do demonstrativo da variação patrimonial só é obrigatória no último RREO do ano, ou seja,
bimestre Nov./Dez., com publicação até 30/jan do ano seguinte. Assim, não há obrigatoriedade da publicação
desse demonstrativo no bimestre indicado. Ver art. 53, §1º, inc. III da LRF.
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130. deve ser publicado em até trinta dias após o encerramento de cada bimestre.
Certo. Conforme art. 165, §3º da CF/88 e art. 52, caput, da LRF.
Errado. O RREO abrangerá a todos os Poderes e o Ministério Público, incluindo as entidades da administração
indireta que dependam do orçamento (estatais dependentes). Porém, o RREO e o RGF não abrangem as
controladas independentes.
132. deve indicar, obrigatoriamente, as justificativas para limitação de empenho e frustração de receitas.
Errado. As justificativas para limitação de empenho e frustração de receitas só serão apresentadas no RREO
quando for o caso, ou seja, quando ocorrer frustração de receita. Ver art. 53, §2º da LRF.
Certo. Trata-se do RREO, conforme art. 53, caput, da LRF e art. 165, §3º da CF/88.
Errado. Conforme o art. 29 da LRF, o conceito abordado no item é o da dívida consolidada e não da mobiliária.
- Mobiliária: dívida pública representada por títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco Central do
Brasil, Estados e Municípios;
- Consolidada ou Fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente
da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de
operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses (regra). Porém, segundo o §3º
do mesmo artigo, as operações de crédito de prazo inferior a doze meses, mas cujas receitas tenham
constado do orçamento (LOA), também integraram a dívida consolidada.
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Certo. Trata-se da regra do prazo para a dívida consolidada ou fundada. Segundo o inciso I do artigo 29 da LRF:
“I - dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações
financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da
realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses;”
Certo. Trata-se da exceção dada ao conceito de dívida consolidada ou fundada, em relação ao prazo. Embora o
inciso I do artigo 29 da LRF traga essa regra, o §3º admite uma exceção:
“§ 3º Também integram a dívida pública consolidada as operações de crédito de prazo inferior a doze meses
cujas receitas tenham constado do orçamento.”
138. (CESPE/TCE-PE/Cargo5/2017)
Operação de crédito com prazo inferior a doze meses realizada por ente da Federação será excluída da
dívida pública consolidada .
Errado. O termo “será” termina por deixar a questão taxativa. Nem toda operação de crédito de prazo inferior a
doze meses será excluída do cálculo da dívida consolidada. Por força da exceção do §3º do art. 29 da LRF, se a
operação de crédito constar da LOA, ainda com prazo inferior a doze meses, será incluída na dívida pública
consolidada.
139. (CESPE/TCE-PE/Cargo3/2017)
Operações de crédito cujas receitas constem do orçamento integram a dívida pública consolidada, ainda que
tenham prazo inferior a doze meses.
À luz das disposições da Lei Complementar n.º 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal — LRF), julgue o
item seguinte.
140. (CESPE/TCE-PE/Cargo3/2017)
Situação hipotética: O município XY, controlador da empresa estatal XY-Gás, determinou que essa empresa
repassasse, de forma antecipada, recursos financeiros não compreendidos como lucros ou dividendos, na
forma da legislação, ao caixa municipal, para devolução no prazo de trinta dias.
Assertiva: Nessa situação, a operação realizada pelo município equipara-se a uma operação de crédito que é
vedada pela LRF.
Certo. Antes, vale observar que é vedada a concessão de operação de crédito entre o ente controlador e seus
controlados – art. 36, caput – LRF. A situação hipotética do item, embora não seja declarada oficialmente como
operação de crédito pelo município XY, é de fato equiparada a uma, por força do art. 37 da LRF:
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III - assunção direta de compromisso, confissão de dívida ou operação assemelhada, com fornecedor de bens,
mercadorias ou serviços, mediante emissão, aceite ou aval de título de crédito, não se aplicando esta vedação
a empresas estatais dependentes;
IV - assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com fornecedores para pagamento a posteriori de
bens e serviços.”
Errado. Em relação à definição dos limites das dívidas mobiliária ou consolidada, é um erro clássico a banca fazer
a inversão. Para não confundir, guarde (art. 30, incisos I e II – LRF):
142. (CESPE/TCE-PA/ACE/2016)
De acordo com a LRF, são proibidas operações de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente
federativo que a controle na qualidade de beneficiário do empréstimo.
Certo. A LRF vedada a concessão de operação de crédito entre o ente controlador e seus controlados – art. 36,
caput:
“Art. 36. É proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da Federação que
a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo.
Parágrafo único. O disposto no caput não proíbe instituição financeira controlada de adquirir, no mercado,
títulos da dívida pública para atender investimento de seus clientes, ou títulos da dívida de emissão da União
para aplicação de recursos próprios.”
“§ 3º Também integram a dívida pública consolidada as operações de crédito de prazo inferior a doze meses
cujas receitas tenham constado do orçamento.”
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144. (CESPE/TCE-PR/ACA/2016)
Dívida pública consolidada ou fundada representa as obrigações financeiras de determinado ente federativo,
eliminadas as duplicidades, cujas origens são contratos, convênios, tratados, leis, e operações de crédito com
prazo de amortização superior a doze meses.
“I - dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações
financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da
realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses ;”
Errado. A redução deverá ser no mínimo R$ 150 milhões (25% x 600) no primeiro quadrimestre após a
verificação, pois o art. 31 da LRF determina a recondução em pelo menos 25%.
146. (CESPE/BASA/Cargo5/2012)
Define-se dívida pública consolidada ou fundada como o montante total das obrigações financeiras do ente da
Federação, assumidas em virtude de abertura de crédito, para amortização em prazo inferior a doze meses.
Errado. Conforme art. 29, inciso I da LRF, dívida pública consolidada ou fundada é o montante total, apurado sem
duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios
ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses.
147. (CESPE/MI/Administrador/2013)
Considere que determinado município contrate empréstimo com instituição financeira que consista na
antecipação de parte de seus tributos para pagamento da folha de salários de seus funcionários. Nessa situação,
deve-se considerar essa operação dívida flutuante.
Certo. A dívida constituída por meio da ARO (Antecipação de Receita Orçamentária) é considerada dívida
flutuante, pois só pode ser contratada a partir de 10/jan e deve ser amortizada até 10/dez do mesmo exercício -
art. 38 da LRF.
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