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GERENCIAMENTO DE OBRAS 3 - DESCRIÇÃO DAS FERRAMENTAS E


ETAPAS DE TRABALHO
1 - DEFINIÇÃO
3.1 – Projeto
É a soma de todos os custos diretos e É o conjunto de informações necessárias
indiretos de uma construção ou obra. Este e suficientes à perfeita realização dos
somatório determina o quanto deve custar serviços de execução de uma obra. Para
uma obra. Os custos são compostos um perfeito entendimento dividiremos em
basicamente de Materiais, Mão de Obra, duas categorias de projetos:
Verbas, Leis Sociais e BDI, os quais
serão definidos posteriormente. 3.1.1 – Projeto Executivo
É o projeto de arquitetura (projeto legal)
“Documento onde se registram as mais o projeto de detalhamento
operações de cálculo de custo da construtivo, onde se encontram a
construção, somando todas as despesas concepção do produto, as marcações de
correspondentes à execução de todos os alvenaria, paginações de pisos e paredes,
serviços previstos nas especificações bancadas, alturas de peitoris, enfim, todas
técnicas e constantes da discriminação as informações arquitetônicas e detalhes
orçamentária apresentada no anexo D.” necessários à perfeita execução da obra.
(NBR 12721/2000, p. 24, item 4.5.2.1).
3.1.2 – Projetos Complementares
2 - COMO FAZÊ-LO São os demais projetos de uma obra,
executados a partir do projeto de
Para a perfeita execução de um arquitetura, ou seja: Sondagens,
orçamento, várias etapas e ferramentas Fundações, Estrutura, Elétrico Telefônico,
de trabalho devem ser Hidro-Sanitário, Incêndio,
consideradas.Estas componentes podem Impermeabilização, Paisagismo, etc.
ser assim divididas:
3.2 – Memorial Descritivo / Caderno de
2.1 – Ferramentas Encargos
2.1.1 – Projetos
2.1.2 – Memorial Descritivo / Caderno de No memorial são definidos e descritos os
Encargos métodos a serem usados na execução
2.1.3 – Especificações Complementares dos serviços, assim como as
2.1.4 – Planilhas e Uso de Informática características dos materiais a serem
empregados para tanto. O memorial
2.2 – Etapas de Trabalho especifica os métodos de construção.
2.2.1 – Integração dos Projetos De acordo com a NBR-12721: “...é feito o
2.2.2 – Estudo das Especificações e memorial descritivo da edificação objeto
Memorial Descritivo da incorporação e dos seus acabamentos
2.2.3 – Conciliação Projeto x de forma sucinta e com emprego de
Especificações terminologia adequada a sua apreciação
2.2.4 – Levantamento de Quantitativos pelos futuros adquirentes de unidades
2.2.5 – Planilha Orçamentária autônomas, em estreita vinculação com
2.2.6 – Coleta de Preços desenhos do projeto. O memorial
2.2.7 – Escolha das Composições de descritivo dos acabamentos é, portanto,
Custo um resumo das especificações técnicas,
2.2.8 – Orçamento Propriamente Dito obedecendo aos limites impostos pelos

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quadros que devem ser preenchidos.” A organização e elaboração de planilhas


(NBR-12721/2000, p. 22, item 4.4.1) para quantitativos devem levar em
O caderno de Encargos tem um sentido consideração a sua finalidade, que vai
mais amplo, englobando a descrição de muito além de uma mera ferramenta de
vários tipos de serviços, quantificação de projetos, devendo ser
independentemente da obra que será considerada como de grande utilidade
executada, determinando o padrão e as para o gerenciamento do
normas de execução, específicos a um empreendimento, tanto no planejamento
órgão contratante qualquer, para os quanto na execução das obras. Estes
serviços da construção civil. aspectos serão destacados
No Caderno de Encargos encontram-se, posteriormente.
inclusive, a especificação dos materiais
básicos a serem aplicados. O mesmo 3.5 – Integração ou Conciliação de
deve seguir as orientações das normas Projetos
técnicas de execução de serviços da
ABNT. Permite a visualização da
interdependência de um projeto para com
3.3 – Especificações Complementares os demais. Este estudo cria soluções
preventivas às etapas de serviço,
Define o tipo, marca, modelo e propiciando a programação das mesmas,
quantidade dos materiais a serem obedecendo uma seqüência lógica de
empregados na construção. Especifica execução das obras, de modo que os
com o que será construída a obra. Alguns serviços atuais não inviabilizem as futuras
dados da especificação podem ser frentes de trabalho. Como por exemplo:
complementados no projeto de Passagens nas lajes em locais pré-
arquitetura, neste caso são chamadas determinados às locações de prumadas
especificações complementares. elétricas
ou hidro-sanitárias, na época da estrutura.
Em caso de dúvidas, ou de sobreposição Definição de linhas de eixos para
de informações, prevalecem as locação da estrutura e alvenaria, etc.
informações das especificações. Descontos, vãos e aberturas,
interferência da estrutura nas alvenarias,
Este documento deve fazer parte da etc.
pasta do cliente, no ato da compra, e
qualquer modificação, por falta do produto 3.6 – Estudo das Especificações e
no mercado ou por opção da empresa, Memorial Descritivo
deve ser negociada.
Permitem a definição dos materiais a
3.4 – Planilhas e o Uso da Informática serem aplicados, nos processos
construtivos, assim com os processos e
O uso de programas ou software as normas de execução, auxiliando na
específicos, planilhas eletrônicas e elaboração da planilha orçamentária e na
editores de texto, auxilia na elaboração de escolha das composições de custo.
orçamentos e propostas, assim como no
levantamento de quantitativos e 3.7 – Conciliação Projeto x Especificação
planejamentos.
Dentre eles podemos citar: Tron-Orc, Rm- Esta etapa se faz necessária, para se
Orc, Volare (Pini), Mm-Orc, Excel, Word, dirimirem as divergências que porventura
Autocad, etc. possam existir entre os mesmos.

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3.8 – Levantamento de Quantitativos Esta norma trata, basicamente, de três


grandes áreas:
É a quantificação de um determinado
serviço dentro da obra a ser executada. Avaliação de custos unitários de
Para o seu levantamento se faz construção
necessária a aplicação de planilhas Orçamento de construção
próprias, que têm por objetivo simplificar Incorporação de edifícios
os cálculos, facilitarem as totalizações e a
organização dos dados, que são de suma A mesma determina as condições
importância à elaboração do orçamento. exigíveis, para a obtenção dos itens
acima dispostos.
Os critérios de levantamento e as
planilhas serão apresentados 4.2 – Definições
posteriormente.
Vários conceitos, necessários à
3.9 – Planilha Orçamentária elaboração da incorporação de um
edifício, são fixados e padronizados pela
É a relação detalhada de todos os NBR 12721, visando uma linguagem
serviços a serem executados em uma única para os que fazem uso da mesma.
obra. A cada serviço, correspondem uma Tais definições são de extrema
unidade de medida, o consumo unitário, a importância para os cálculos executados
quantidade e o preço total parcial do nos quadros de I a VIII, que resultam em
mesmo, como no exemplo a seguir: informações necessárias ao arquivo de
Registros de Imóveis (lei 4591 –
3.10 – Coleta de Preços 16/12/64). Vemos a seguir o que é
abordado em cada quadro:
Visa determinar o custo de cada insumo
necessário para o cálculo do preço dos Quadro I – Cálculo das áreas nos
serviços em questão. O critério de coleta pavimentos e das áreas globais
de preços pode optar entre duas formas Quadro II – Cálculo das áreas da
de pagamentos, ou seja, a vista ou a unidade autônomas
prazo. Esta definição parte do critério Quadro III – Avaliação do custo global e
empresarial, tendo como variantes os do preço por m² da construção
juros de mercado, prazo da obra, critérios Quadro IV – Avaliação do custo da
de pagamentos, dentre outros. construção de cada unidade autônoma
Quadro V – Informações gerais
3.11 – Orçamento Propriamente Dito Quadro VI – Memorial descritivo dos
equipamentos
Já definido anteriormente, acrescenta-se Quadro VII – Memorial descritivo dos
que sua elaboração é precedida das acabamentos das dependências de uso
etapas já expostas e que sua execução privativo
através de software específico, confere à Quadro VIII – Memorial descritivo dos
mesma, maiores exatidão de cálculo e acabamentos das dependências de uso
flexibilidade de alterações. comum

4 – NBR 12721 (antiga NB 140) 4.3 – Cálculo do C.U.B (custo unitário


básico)
4.1 - Objetivo

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Para este cálculo, a norma oferece quatro Área Coberta Padrão Diferente
tabelas, onde encontramos os consumos (equivalente);
unitários, por metro quadrado, dos Área Descoberta (equivalente).
materiais pertencentes a um lote básico,
específico aos tipos de projetos padrão Estas equivalências de área, segundo o
(H4, H8, H12), conforme o número de Manual Técnico do Empresário da C.E.F
pavimentos, número de quartos e padrão e a NBR - 12721, devem ser calculadas
de qualidade (baixo, médio, alto). A em relação ao custo das áreas de
mesma análise é realizada para a mão- construção, observando os seguintes
de-obra. fatores de equivalência:
Com estes dados, aplicando aos mesmos
os custos respectivos, específicos à cada - EDIFÍCIOS DE APARTAMENTOS:
região, de acordo com o mercado vigente,
obteremos o C.U.B relativo à região em 1.1 Garagens:
foco. Para estes cálculos usamos a tabela a) Cobertas no térreo ou pavimento acima
modelo, fornecida pela norma. do terreno natural:
As leis sociais devem conter os encargos Sobre laje de transição 0,50
sociais, incluindo um percentual para Sobre camada regularizadora até 0,25 b)
atender às legislações federal, estadual e Coberta e abaixo do terreno natural:
municipal, em vigor na região. Com 1 subsolo até 0,70
Com 2 subsolos até 0,85
Nestes custos não são considerados os Com mais de 2 subsolos até 1,00
seguintes itens:
Os pesos aqui adotados referem-se a
Fundações especiais; subsolos que possuam o seguinte padrão
Elevadores; de acabamento/execução: Escavação
Instalações especiais; total do pavimento; piso acabado, padrão
Terraplenagem, urbanização, cimentado queimado; vagas demarcadas;
recreação, jardins, etc; pintura a óleo até 1,00m, nas paredes e
Despesas com instalação, pilares; tratamento e pintura de paredes,
funcionamento e regulamentação de pilares, vigas e tetos; e luminárias.
condomínios;
Impostos e taxas; c) Descobertas:
Projetos; Pavimentação sobre laje 0,20
Remuneração da construtora; Pavimentação com tratamento
Remuneração do incorporador; betuminoso 0,10
Outras despesas indiretas. Pavimentação sobre terra 0,05

4.4 – Áreas da Edificação 1.2 Pavimento térreo:


a) Fechado: 1,00 a 1,10
As áreas da edificação recebem, segundo b) Sob pilotis: 0,50
a NBR – 12721, as seguintes c) Ajardinamento, pavimentação e
denominações: playground:
Sobre laje até 0,25
Área de Divisão Proporcional; Com tratamento betuminoso 0,10
Área de Divisão não Proporcional; Sobre terra (lastro) 0,05
Área de Uso Comum;
Área de Uso Privativo; 1.3 Pavimento tipo:
Área Coberta Padrão (de construção);

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a) Apartamento tipo ou outras cobertas embutidas nas lajes (antes do concreto) e


padrão: 1,00 outra parte embutidas nas paredes (logo
b) Sacadas e terraços cobertos: 0,75 após o chapisco e aperto), caracterizando
c) Floreiras: 0,10 a 0,50 portanto datas diferentes de execução ;
Os quantitativos devem servir de base
1.4 Áticos: para o planejamento de compra de
a) Terraço superior descoberto até: 0,50 insumos;
b) Casa de máquinas, barrilete e caixa
Serviços compostos de sub-serviços,
d’água: 0,75
devem seguir o nível de detalhamento
dos sub-serviços. Por exemplo, o serviço
1.5 Escaninhos:
de estrutura de concreto é composto de
a) No subsolo até: 0,75
concreto, forma e aço, devendo assim ser
b) No térreo até: 0,50
detalhado. Sendo ainda mais específico e
detalhista, as formas devem ser
1.6 Piscinas: 1,00
detalhadas segundo as peças estruturais
(pilares, vigas, lajes, etc.) e segundo o
4.5 – Discriminação Orçamentária
processo de confecção ou de aplicação
Visa sistematizar o roteiro a ser seguido
de formas, valendo a mesma regra para o
na execução de um orçamento,
concreto e o aço;
descrevendo cada etapa de serviços, de
maneira geral e abrangente. Caracteriza- As planilhas são instrumentos de
se pela flexibilidade. Uma referência para controle e medição de obra, devendo para
sua elaboração encontra-se detalhada no tanto possuir colunas reservadas o
anexo “D” da NBR 12721. acompanhamento da evolução e das
medições periódicas da obra, tanto em
5 – MODELOS DE PLANILHAS E serviços executados com mão de obra
CRITÉRIOS DE LEVANTAMENTO direta como de empreiteiros;
No caso de empreiteiros, a planilha
Antes de especificar os critérios de poder ser o fator gerador do faturamento
quantificação e os modelos de planilhas, dos serviços executados por parte dos
faz-se necessário observar aspectos de empreiteiros, no final de um período;
alta relevância deste tópico em relação a O nível de detalhamento dos
sua integração com o planejamento físico quantitativos tem influência decisiva sobre
e o controle de obras. os resultados obtidos, ou seja, quanto
A quantificação, assim como o maior o nível de detalhes melhores serão
orçamento, deve seguir os princípios de os resultados obtidos;
execução da obra, ou seja: “Quantificar e
orçar como se executa no canteiro de Etc.;
obras”.
A quantificação, como uma das 5.1 – Limpeza do Terreno
ferramentas mais importantes para o
planejamento e controle, deve obedecer a Todo terreno onde será construída uma
alguns preceitos, como por exemplo: obra, deverá ser limpo, manual ou
mecanicamente. A medida a ser
O detalhamento das quantidades de considerada deverá contemplar no
um serviço deve ser feito de acordo com mínimo a área a ser edificada. Porem, na
a seqüência de execução do ser viço. Por maioria dos casos, esta obra ocupa
exemplo, as tubulações das instalações apenas parte do terreno, sendo o restante
elétrico-telefônicas, representam serviços do mesmo usado como canteiro de obras
diferentes e são executadas parte

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e/ou depósitos. Portanto devemos


considerar o total do terreno para limpeza. 5.4 – Estrutura
Este levantamento tem como objetivo,
5.2 – Volumes de Escavação de Subsolos obter as quantidades de aço, formas e
concreto.
Normalmente é calculado pelo produto da
área de ocupação do subsolo pelo pé 5.4.1 – Aço
direito enterrado do mesmo. Porem duas Através do quadro resumo dos projetos
situações específicas podem influenciar o de estrutura, separamos as quantidades
cálculo, são elas: de aço por tipo (CA50, CA60, etc), por
bitola (6.3mm, 8.0mm, etc.),
Edificações Vizinhas: neste caso as preferencialmente, por pavimento (caso
escavações sofrem a interferência das das edificações verticais), ou por etapas,
divisas de terreno, devendo prever separando também vigas, pilares, lajes e
taludes inclinados, com ângulos de fundações, o que facilita a programação
aproximadamente 60º. Estes taludes de cortes, compras e tarefas.
inclinados serão removidos, a medida que É importante verificar se os quadros
forem sendo executadas as cortinas de resumo são fiéis aos respectivos detalhes
contenção, podendo ser reaterrados no da prancha do projeto em questão.
piso do sub- solo, ou removidos, Resumindo, confira por amostragem,
influenciando o cálculo do volume principalmente escadas e pilares.
escavado; Certifique-se, quanto as previsões de
Tipo de Fundações: em algumas perdas em função dos cortes (10%) e se
situações (sapatas, tubulões, blocos e o índice de quilos por metro, para cada
outros), o volume escavado precisa ser bitola, estão coerentes.
necessariamente reaproveitado, em face
à dificuldade de sua remoção; 5.4.2 – Formas
Em ambos os casos, o volume sofre o
processo de empolamento; Pilares – É a soma das áreas das
superfícies laterais do mesmo (pé direito x
5.3 – Fundações altura). O pé direito é medido até o fundo
da viga ou da laje (caso específico), o que
Normalmente esta quantificação já se facilita o cálculo de formas das vigas.
encontrava especificada em projeto, tanto
para volumes de escavação, concreto e Vigas – Calculado multiplicando-se o
pedra, quanto para a armação comprimento das mesmas pela altura de
necessária. seus painéis laterais, acrescidos da área
Caso se faça necessário o levantamento, do fundo. O comprimento das vigas é
usamos fórmulas matemáticas para determinado de face a face dos pilares ou
obtenção de volumes de cilindros (fustes) eixo a eixo, dependendo do critério de
e troncos de cone (base). medida adotado. No caso de cruzamento
É importante lembrar que, como neste de vigas, uma delas deve ser medida
cálculo, o volume é considerado na caixa, apenas até a face interna da outra. Para
o seu reaproveitamento implica num facilitar podemos pré-determinar um
aumento do mesmo, da ordem de 30%, sentido para assim diferenciá-las.
ou seja, se fossemos colocar a terra
escavada de volta ao tubulão, haveria A altura dos painéis laterais de vigas onde
uma sobra considerável devido ao se apoiam lajes, é calculada pela altura
fenômeno do empolamento.

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nominal da referida viga (projeto), menos Separar as paredes por material e por
a espessura das lajes. espessura. Nesta mesma planilha
levanta-se o aperto (acunhamento).
As vigas periféricas ou extremas,
possuem o painel externo mais alto que o 5.6 – Acabamentos Internos, Acabamento
interno, pois as mesmas só recebem laje externos
de um dos lados, portanto, externamente
medida nominal, internamente medida Nesta planilha, aproveitamos todos os
nominal menos a espessura da laje. dados, para os cálculos simultâneos de
pisos, tetos, paredes, rodapés e soleiras.
As vigas isoladas, ou seja, que não Para os revestimentos de paredes
recebem lajes, a medida dos painéis (chapiscos, emboço , reboco e
laterais é sempre a nominal. revestimento cerâmico), devemos
descontar todos os vãos maiores ou
Lajes – É a área compreendida entre as iguais a 01 (um) M2.
faces internas das vigas de contorno.
Separe os revestimentos de teto, paredes
5.4.3 – Concreto (Anexo 3) internas e externas. Revestimentos de
fachada, em obras verticais, executados
Pilares – Produto das dimensões laterais em balancinho ou andaimes fechadeiros,
dos mesmos, vezes o pé direito. merecem maior cuidado no orçamento.
Vigas – Comprimento vezes a altura
nominal, vezes a largura. Soleiras e Rodapés, são medidos por
Lajes – Produto da área, calculada metro linear.
anteriormente, pela espessura da mesma.
Nos encontros da alvenaria com a
Estes cálculos devem ser feitos por estrutura antes do revestimento, são
pavimentos em separado, e por tipo de aplicadas telas de estuque, para
materiais tais como, formas de tábua, prevenção de trincas, devendo ser
compensado comum ou plastificado levantadas por metro linear, com largura
(forma aparente). em torno de 20 cm.

5.5 – Alvenaria Nas tubulações de prumadas, também


são aplicadas as mesmas telas, para fixar
Deve ser feita por parede, multiplicando- os tubos, aplicando massa forte,
se o comprimento da mesma pela altura facilitando a sua aderência às alvenarias
(pé-direito). e aos demais revestimentos (a largura da
Esta altura pode ser de piso a fundo de tela depende da prumada).
viga ou fundo de laje conforme a Os revestimentos cerâmicos devem ser
localização da parede. Em caso de haver separados por tipo do produto, tamanho e
marcação de alvenaria, a primeira fiada acabamento.
deve ser descontada na área da parede.
Descontar todos os vãos (janelas, portas, 5.7 – Esquadrias
etc.). Deve-se ter atenção para as
paredes divisórias de ambientes, para Nesta etapa, faz-se necessário uma
que não sejam levantadas em dobro. diferenciação minuciosa, sob os seguintes
Preferencialmente, enumere as paredes, aspectos:
obedecendo às numerações das vigas do
projeto de estrutura. 5.7.1 – Portas e Janelas.

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5.7.2 – Qual o tipo do material (metal,


madeira, alumínio ou PVC)? 5.11 – Louças, Metais, Interruptores e
5.7.3 – Qual o tipo e espessura do vidro? Tomadas
5.7.4 – Recebe pintura?
5.7.5 – Vergas ou Contra-vergas. Quantificados por unidade, tipo, modelo,
locais de aplicação, etc.
No caso de portas de madeira, devemos
levantá-las por unidade ou por M2, 5.12 – Instalações
juntamente com as ferragens. As
esquadrias de alumínio ou de ferro, 5.12.1 – Elétricas
quantificadas por M2. Quantificar pelo projeto em escala,
Vidros são quantificados na mesma área separadamente por pavimentos ou aptos,
das esquadrias que os recebem, quando separando as prumadas e os
toda a área de esquadria recebe vidro, fechamentos de quadros.
em outros casos deve-se levantar apenas
o vão que recebe o vidro. No levantamento da fiação separar as
Vergas / Contra-vergas são levantadas que passem pelo piso, parede e teto, não
por metro linear. se esquecendo dos acréscimos (+ 20 cm
5.8 – Tratamentos por perna) para fechamento nas caixas de
Separar por tipo de Impermeabilizantes, tomadas, interruptores e luminárias,
calculando a área a ser tratada. Para as deixando para os quadros pelo menos 50
mantas aplicadas em floreiras, lajes, cm por perna.
caixas e outros locais, as mesmas
deverão ser aplicadas na horizontal e Separar os acessórios da área de uso
vertical, nos encontros com paredes ou comum e dos apartamentos, por tipo e
pilares, por exemplo. função.

5.9 – Telhados 5.12.2 – Hidráulicas, Sanitárias e Incêndio


Quantificado pela área da projeção Os bons projetos, já fornecem uma
horizontal a ser coberta, separando-se listagem de materiais por pavimento,
por tipo de telha, inclinação, e se a onde são quantificados as tubulações,
estrutura de apoio é metálica ou de conexões e registros por tipo de
madeira. Instalações, Materiais e Aplicação.
Caso não sejam fornecidas, o
5.10 – Pintura levantamento obedece o mesmo padrão
Quantificar a massa PVA e a pintura especificado para Instalações Elétricas.
separadamente, estando atentos para o
tipo de pintura (óleo, esmalte, acrílica, 5.13 – Gesso:
p.v.a), local de aplicação (parede, teto, Quantificados na planilha de
interna ou externa) e se haverá a acabamentos internos, especificamente
aplicação de liquibrilho. nos revestimentos de tetos.
As planilhas de alvenaria e de
acabamentos internos e externos, 6 - COMPOSIÇÕES DE CUSTO
fornecem as áreas para a quantificação
destes serviços. Numa composição é que encontramos os
Para as esquadrias que recebem pintura, insumos necessários à execução de um
ou qualquer outro tipo de tratamento, as determinado serviço, com seus
respectivas áreas são encontradas na respectivos consumos por unidade
planilha específica de esquadrias. produzida.

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Após a coleta dos preços destes insumos, Ressaltamos a importância do uso de


aplicamos os mesmos à composição em planilhas, visando obter uma perfeita
questão, obtendo o preço unitário deste organização dos dados, não se
serviço. esquecendo que as mesmas serão
A composição nos permite avaliar, instrumentos de planejamento, medições
primeiramente, o gasto de um e controles, durante a execução da obra.
determinado material ou mão de obra, Esta metodologia facilita o manuseio, a
para uma quantidade específica de pesquisa e o entendimento dos dados por
serviço. parte da equipe de obra, que raramente é
O confronto entre os consumos propostos a mesma que orça.
por uma composição e os índices O retorno de informações (feed-back), a
coletados no canteiro de obras, provoca a experiência de canteiro, é fundamental
reavaliação dos orçamentos e de nossas para a orçamentação. Os orçamentistas
composições, propiciando sempre uma devem manter constantemente o contato
aproximação cada vez mais fiel entre o com a obra, buscando retorno e
orçado e o realizado em uma obra. aperfeiçoamento de seu trabalho.
Para cada serviço de uma obra deve Trancados em uma sala, seus trabalhos
existir uma composição de custos serão desconexos com a realidade e sem
específica, que retrate o mais fielmente sentido prático.
possível a sua execução no canteiro de O detalhamento e organização dos dados
obras. Porem nem sempre encontramos, são fundamentais para a perfeita
nos softwares existentes no mercado, execução do planejamento físico e
todas as composições que necessitamos, financeiro. Qualquer critério adotado, no
devendo em alguns casos serem criadas momento do orçamento, deve ser
novas composições que atendam as oficializado, para facilitar o trabalho dos
particularidades de cada orçamento. demais profissionais que tiverem contato
Exemplo de uma composição: com os dados armazenados.
Finalizando, um orçamento nunca é uma
Forma Convencional Resinado 12 mm. verdade absoluta, e nunca se tornará
M2 1,0 R$ 28,19 estanque. Ao contrário, deverá ser
considerado como uma ferramenta
Ite Unid. Quant. Custo Custo % dinâmica e com necessidade de
m Unit Tot constantes atualizações, tanto em função
Serve h 0,2 ário al 0,5 do tempo, das conjunturas econômicas,
nte
Carpi s 1.2
h 50 1,28
0,60 1,5
0,1 5,4
30 quanto das possíveis alterações que o
nteiro 5 empreendimento possa sofrer.
T á b x c sm 00
3.2 1,20 43,8 60
13,
u a 2 , 3 m m 7.6
Pontalete 00 0,80 6,0
4 620
21,
PLANEJAMENTO DE OBRAS
5
Madeira 0 ,
Pinho 7,5 x M 1.1 ( 00 12,4 14,
8 570
50,
5,5
Comp. 0 t
(de
Prego 15 x 15 ²K 50 0,5 9
1,05 36
0,5 930
1,8 1. DEFINIÇÕES
terceiro)
Resinada e
12
Prego 17 x 21r K G 0,1
0 25 0,3
1,05 0,0 60
mm G 0,0
00 3,35 0,0
5 70 1.1 – É o estabelecimento de uma
DESMOLDANc L 0,1
TE seqüência lógica, entre as diversas
LEIS SOCIAIS e T % 10
92, 33
1,5 20
5,5
etapas ou fases de execução de um
Total i R 6
da 6
28, 40
empreendimento, definindo o que,
Composição r $ 19
quando e como fazer.
7 – CONCLUSÃO: a
1.2 - É o estudo detalhado de uma obra,
em função de um intervalo de tempo,
partindo-se de um orçamento base.

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Planejamento físico da obra:


“A função do planejamento prévio é a de - Cronograma detalhado;
planejar os trabalhos da obra antes de
Planejamento dos recursos
seu início, de tal forma que sejam
operacionais e financeiros:
escolhidos os métodos construtivos e os
- Mão-de-obra, materiais, máquinas e
meios de produção mais adequados e
equipamentos, em níveis físicos e
estes sejam coordenados entre si,
financeiros;
considerando- se todo quadro de
Planejamento do canteiro de obras.
condicionantes internos e externos à
empresa. O objetivo deste planejamento é
3. FATORES IMPORTANTES DE
obter o maior rendimento possível com
DEFINIÇÃO
custos de execução os menores
3.1 – Prazo da Obra ;
possíveis.” (Fritz Gehbauer et all, 2002, p.
3.2 - Índices de Produtividade;
271)
3.3 - Equipe Disponível ou Necessária;
3.4 - Quantitativo de Serviços;
2. CONSIDERAÇÕES
3.5 – Dotação Orçamentária;
2.1 - O planejamento na verdade, se inicia
4. CRONOGRAMA FÍSICO
bem antes do projeto, continua com este
e depois deste. É o fator condicionante de
Partindo-se sempre de uma hipótese
todas as outras fases, distribuindo-se
(planejamento ideal), em que não existam
durante o tempo.
limites de dotação orçamentária, o
2.2 - Nesse intervalo de tempo, podemos
primeiro e mais importante passo é definir
propor o andamento da obra, o
o prazo de execução da obra, propondo
caminhamento lógico e crítico dos
então um cronograma físico, raiz de todas
serviços, dimensionando a equipe de
as informações subseqüentes.
operários e os suprimentos, em
Dentre os tipos de cronogramas físicos
subintervalos pré-determinados.
mais conhecidos, podemos citar:
2.3 - Como resultado desta programação,
pode-se obter um cronograma de
Cronograma de Barras Horizontais
desembolso financeiro, que comparado a
(Gant);
uma dotação orçamentária prévia, gera as
Pert/CPM e/ou Project;
possíveis variantes do planejado, ou os
Cronograma de Barras Inclinadas (linha
replanejamentos.
de balanço).
2.4 - Este estudo tem como principais
características a flexibilidade e a riqueza
4.1 Cronograma de barras horizontais
de dados que resultam do mesmo.
Quanto mais detalhado, maior será a
Largamente utilizado propõe a
clareza das informações e a sua
distribuição das etapas de serviço, ao
proximidade com o real.
longo do tempo, marcados de maneira
linear em retas paralelas e horizontais. É
Segundo Fritz (2002) o planejamento
indicado para obras de pequena
pode ser subdividido em:
complexidade, pois a visualização da
interdependência dos serviços fica
Planejamento dos métodos de prejudicada para obras maiores e
execução: diversificadas.
- Métodos construtivos, técnica
empregada, custos;

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4.2 PERT / CPM Execução da lista das atividades que


serão executadas na obra; Montagem da
PERT - Program Evaluation And Reviem sequencia lógica das atividades;
Tecnique, (Técnica de Avaliação e Considerar as interdependências das
Revisão das Técnicas), CPM – Critical atividades;
Path Method (Método do Caminho Calcular o tempo necessário para a
Crítico), pode ser aplicado a qualquer tipo execução de cada atividade.
de obra, com maiores vantagens para Os principais elementos que formam a
obras de grande porte. A sua rede são representados pelas
complexidade exige maior especialização
e tempo para sua elaboração. Como no Atividades e pelos Eventos, sendo:
modelo brasileiro da construção civil o Atividade – Graficamente
tempo é sempre escasso, a sua aplicação representadas por linhas orientadas e
é pequena e pouca difundida, apesar de significam a execução de uma tarefa,
ser um excelente método. consumindo tempo e recursos;
O diagrama PERT / CPM tem como um
Evento – Graficamente representados
de seus princípios básicos a definição das
por círculos ou nós e significam o instante
atividades, sejam elas antecessoras,
inicial ou final de uma ou mais atividades,
sucessoras ou paralelas de cada serviço
não consumindo
ou atividade. Assim sendo, este modelo
recursos ou tempo;
se caracteriza por ser um método de
planejamento, replanejamento e de
A sua representação gráfica pode ser
avaliação do progresso das atividades ou
assim demonstrada:
serviços, proporcionando uma estrutura
lógica de tarefas a serem executadas,
suas interdependências e durações ao
longo do tempo.
Os passos que precedem a montagem da
rede PERT / CPM são:

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da atividade, porem um atraso no Tempo


Tarde de Término provoca um atraso no
projeto, que poderá ou não ser corrigido
com as compensações das atividades
sucessoras;

4.3 MS Project

Aplicativo da Microsoft, para elaboração


de projetos e cronogramas,
caracterizando-se por ser uma excelente
ferramenta de gerenciamento,
planejamento, controle e de atualização
de informações. Trabalha as datas,
tarefas, vínculos, interdependência de
tarefas e recursos, a serem alocados para
o perfeito andamento do
empreendimento. Permite o
acompanhamento do planejado com a
Onde: fase atual do empreendimento,
detectando as divergências para que
D – Duração do evento; possam ser solucionadas. Usa os
TCi – Tempo Cedo do Início é o tempo princípios do PERT-CPM.
necessário para se iniciar uma atividade,
considerando que não houve atrasos 4.4 Cronograma de Barras Inclinadas
imprevistos nas atividades antecedentes; (L.O.B - line of balance)
TCj – Tempo Cedo do Término é o
tempo necessário para se concluir uma É uma especialização das barras
atividade, considerando que não houve horizontais. Trabalha com barras
atrasos imprevistos nas atividades inclinadas em relação à linha do tempo
antecedentes, nem houve atrasos na (eixo x), e de quantidades (eixo y). Este
atividade em consideração; modelo por sua agilidade, flexibilidade e
rapidez de execução, adequar-se melhor
TTi – Tempo Tarde do Início é a data a nossa realidade, além de propiciar uma
limite de início da atividade, considerando excelente visualização da
as folgas existentes.Qualquer atraso no interdependência dos serviços. Sua
término da atividade após o Tempo Tarde aplicação é ideal para obras repetitivas.
de Início desta atividade vai atrasar o
projeto, mesmo que esta duração e as As etapas de serviços são determinadas
demais sejam obedecidas; por retas inclinadas em relação aos eixo x
TTj – Tempo Tarde de Término é a (tempo) e eixo y (quant.), onde o ângulo
data limite de término da atividade, em relação ao eixo x determina a
considerando as folgas existentes.Um velocidade de execução dos serviços
atraso no Tempo Tarde de Início pode ser (ritmo), ou seja:
compensado com a redução da duração

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Q = quantidade total dos serviços


-Quanto maior o ângulo em relação à X, I = índice de produtividade de um operário
menor o tempo de execução, maior a N = nº de operários disponíveis para
velocidade ou ritmo; realizar o serviço
-Quanto menor o ângulo em relação à X,
maior o tempo de execução, menor a As datas limites então:
velocidade ou o ritmo.
DL = Di + P
Para facilitar o entendimento faremos
sempre comparações com um plano onde:
cartesiano (eixo X e Y) DI = data limite de serviço
O início de todos os serviços ou etapas, Di = data inicial do serviço
ponto de partida de uma reta, tem como P = prazo para a execução do serviço
coordenadas:
As datas limites acumuladas não podem
X 0 = uma data definida pelo exceder o prazo final da obra. O que
planejamento determina e pode variar uma data limite, é
Y 0 = zero (pois não existe quantidade o binômio da produtividade e do número
executada) de operários disponíveis.

O término de uma etapa, ponto final de Os índices de produtividade são obtidos


uma reta, tem como coordenadas: através de médias históricas de
produções dos operários nas obras, em
X 1= data limite para execução da etapa cada frente de serviço, cabendo a cada
(= X 0 + prazo da etapa) empresa montar o seu banco de dados.
Y 1 = quantidade total da etapa ou serviço
Normalmente, a primeira reta é que
Mas como calcular cada um destes determina como se posicionarão as
pontos? O ponto inicial fica a critério do demais, dentro do caminhamento lógico
planejamento, de acordo com o contrato dos serviços.
da obra ou definição da empresa, para a
data de início da mesma, devendo Para uma edificação vertical, por
também respeitar o intervalo mínimo de exemplo, iniciamos pela estrutura da
tempo entre o término de uma etapa e o obra, sem no entanto, nos esquecermos
início de outra. das escavações e fundações, que por
serem executadas em prazos
A quantidade total de um serviço é relativamente curtos, podem aparecer
fornecida pelo levantamento de representadas por pequenas retas
quantitativos, executado no momento que horizontais. Neste caso o eixo Y
antecede a orçamentação. representará os pavimentos da
edificação.
A data final é obtida através da seguinte
equação: Para um conjunto habitacional, as
escavações e fundações aparecem em
P=Qx(I/N) retas inclinadas. No eixo Y o nº de casas.
Caso o número de casas seja muito
onde: grande, devemos dividir o conjunto em
quadras menores e iguais,
P = prazo para execução dos serviços confeccionando um cronograma para 01

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(uma) quadra, repetindo-o para as demais porém com datas de início e término
quadras (desde que o número de casas diferentes.
por quadra e as casas sejam iguais),

5 CRONOGRAMA FINANCEIRO OU DE C – Disponibilidade de Caixa da Empresa


DESEMBOLSO etc.
PRAZO
No entanto, definidos os custos e prazo
Nasce em função de um cronograma do empreendimento, a programação ou
físico e da disponibilidade financeira da obtenção da receita deve satisfazer a um
empresa, para um empreendimento fluxo de caixa, preferencialmente positivo
específico. Quando abordamos o tema (Receita – Despesa > 0).
cronograma financeiro, devemos mostrar
claramente a diferença entre Receitas e Para agilidade do processo, o primeiro
Despesas, porém ressaltamos a passo seria a obtenção dos custos do
importância da análise sempre conjunta empreendimento ao longo do prazo da
dos mesmos, no sentido de viabilizar execução do mesmo, que pode vir
economicamente o empreendimento. através de relatórios dos softwares de
orçamento (informática) ou pelo cálculo
O cronograma de receitas é determinado manual.
por algumas variáveis, tais como:
Daremos um exemplo do caminho mais
A – Valor da Obra (venda, ou contrato de árduo, executado manualmente. Supondo
empreitada); que em 01 (um) mês qualquer, fosse
B – Forma de Pagamento (prazo e necessário ao cumprimento do
reajuste); cronograma físico, executarmos:

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Total Parcial = R$
A – 100 m² de alvenaria, tijolo furado ½
vez Chamamos de total parcial, pois ao
B – 50 m² de chapisco interno mesmo precisam ser acrescidos os
custos fixos de administração da obra,
Usaríamos para o cálculo das despesas equipamentos e ferramentas, consumos
as composições de custo, base do (energia elétrica, água, telefone, material
orçamento da obra, aqui descritas: de escritório, etc), refeições, transportes,
etc. que podem ser obtidos da mesma
Cálculos dos Custos da Alvenaria: forma com base em suas composições
0.40 unitárias.
SERVENTE 0.69 R$/h
h/m²
0.52 Caso tenhamos o limite de dotação
Pedreiro 0.90 R$/h orçamentária para o mês corrente (muito
h/m²
0.010 comum hoje), traçamos o processo
Operador Bet. 0.72 R$/h inverso, para assim obtermos qual a
h/m²
1.02 0.12 quantidade possível de serviços e frentes
Cimento a serem atacadas, dentro desta limitação,
Kg/m² R$/Kg
1.196 0.09 priorizando o caminhamento crítico destes
CAL HIDRATADA serviços.
Kg/m² R$/Kg
0.011 12.00
Areia média 6 CONTROLE FINANCEIRO
m³/m² R$/m³
Tijolo furado 0.10 Visa manter, sob estreita observação, o
24 Un/m² movimento financeiro do
10x20x20 R$/m²
Leis sociais 92.6% empreendimento, apurando a entrada de
receitas e o desembolso, mês a mês.
Cálculo dos Custos do Chapisco Interno:
Este acompanhamento permite obter o
equilíbrio financeiro desejado, mantendo
0.69 uma velocidade de desembolso coerente
SERVENTE 0.03 h/m²
R$/h com a entrada de receita, programando e
0.90 executando um fluxo ideal.
Pedreiro 0.03 h/m²
R$/h
0.72 Um cronograma financeiro bem
Operador Bet. 0.04 h/m²
R$/h elaborado, se não for bem executado e
0.12 controlado, ou seja, buscando variantes
Cimento 2,24Kg/m²
R$/Kg de fluxo, apropriando corretamente os
0.06 12.00 custos, inclusive por tipo de custos, o
Areia média
m³/m² R$/m³ prejuízo será certo. Atualmente as
Leis sociais 92.6% margens de lucro são extremamente
pequenas, não permitindo incompetência,
Nestes exemplos teríamos os custos para gastos desnecessários e fora de hora
mão-de-obra, encargos e materiais, (Just in Time).
calculados distintamente dando o
seguinte resultado: Este processo deve ser necessariamente
informatizado, separado por
M. O = R$ empreendimento e por custos diferentes,
MAT = R$ dado à sua extrema importância no
L. S = R$

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resultado final à sua complexidade e à


enorme gama de dados a apropriar. - horas trabalhadas por semana 44 h
- semanas por mês 4,28
Dentre destes custos é essencial que se - horas efetivas no mês = 44 x 4,28 =
separem os de origem os de origem direta 188h/mês.
(obra propriamente dita), dos indiretos
(taxas, impostos, rateio, etc), para Mas como fazê-lo? Tomemos como
obtenção de custos reais de construção referência o seguinte exemplo:
efetiva e de índices de gastos para se
manter a estrutura de apoio indispensável Calcule a equipe necessária para
a execução do empreendimento. executar:
5.000 m² de alvenaria de tijolo furado ½
Tornam-se imprescindíveis duas vez, em três meses (jan, fev, mar).
ferramentas de trabalho: o fluxo de caixa 3.000 m² de azulejo (20x20) em
para cada empreendimento (se possível argamassa especial, em quatro meses
por centro de custos) e o cronograma (mar, abr, mai, jun).
detalhado de compras, contendo datas de 7.000 m² de textura externa, em
fechamento dos negócios e entregas nas balancinho em três meses (mai, jun, jul).
obras. 400 Un de portas (completas), em um
mês (mai).
7 DIMENSIONAMENTO DE EQUIPE A – Pelas composições temos os
seguintes índices de consumo:
Está intimamente ligado ao cálculo das
datas limites de cada etapa de serviço - Alvenaria tijolo furado de ½ vez:
(item 5), podendo ser executado em duas * Pedreiro = 0.52 h/m², servente = 0.40
linhas de raciocínio, tendo como base as h/m²;
composições unitárias ou os índices
médios de produtividade. - Azulejo (20x20) em argamassa especial:

No primeiro caso, teremos uma previsão * azulejista = 0.40 h/m², servente = 0.40
de equipe baseada no orçamento h/m²;
proposto. Já no segundo, a equipe
dimensionada será o espelho da - Textura externa em balancinho:
necessidade real da obra, desde que os * pintor = 0.20 h/m²;
índices de produção sejam confiáveis.
- Assentamento de portas:
A comparação entre os mesmos, nos * servente = 1.80 h/un, pedreiro 1.80 h/un,
permite corrigir as nossas composições, marceneiro = 1.00 h/un + 1,30 h/un;
evitando-se erros futuros, no cálculo da
mão-de-obra e encargos dos orçamentos. Cálculos:

Para tanto devemos ter claro o conceito SERVI Quantid Pra Índice Dimensiona
de horas efetivas trabalhadas, que difere ÇO
Alvena 5.000 3 x Pedreiro mento
ade zo 5,0
do conceito sindical de 220 horas mês, ria m² (h) 0,52 h/un Pedreiros
188
onde são incluídos descansos Servente 4,0
remunerados. 0,40 h/un 2,0
Azulej 3.000 4 x Pedreiro Serventes
o m² 188 0,40 h/un Pedreiros
As horas efetivamente trabalhadas em um Servente 2,0
mês, são aqui demonstradas: 0,40 h/un Serventes

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Textur 7.000 3 x Pintor 3,0 Pintores


a m² 188 0,20 C– Comparando os cálculos
Portas 400 Un 1 x h/m²
Pedreiro 4,0 Dimensionamento:
188 1,80 h/un Pedreiros
Servente 4,0 Serviço Função Por Por
1,80 h/un Serventes Composiç Produtivid
Marcen 5,0 ão ade
Equação: N = Q x 2,30 h/un Marceneiros
I/P, onde: N = nº de ALVENA Pedreiro 5,0 3,0
operários RIA Servente Pedreiros Pedreiros
Q = quantidade de serviço 4,0 2,0
I = índice de produtividade Serventes Serventes
P = prazo em horas Azulejo Pedreiro 2,0 2,0
SERVEN Pedreiros Pedreiros
B– Pelos Índices Médios de Produtividade TE 2,0 1,0
temos: Serventes Serventes
Textura Pintor 3,0 2,0
- Alvenaria tijolo furado ½ vez: Pintores Pintores
* pedreiro = 0,33 h/m² (inclusive vergas); Portas Pedreiro 4,0 3,0
Servente Pedreiros Pedreiros
- Azulejo (20x20) em argamassa especial Marcenei 4,0 2,0
* pedreiro = 0,45 h/m²; ro Serventes Serventes
3,0 5,0
- Textura externa em balancinho Marceneir Marceneir
* pintor = 0,18 h/m² (inclusive selador); os os

- Assentamento de portas A composição acima, mostra que o


* pedreiro = 1,24 h/un, marceneiro 2,24 dimensionamento por produtividade
h/um (inclusive alizar e fechadura); espelha um resultado bem mais próximo
da realidade, com equipes mais enxutas,
Cálculos: efetivamente melhor distribuídas.

Serviç Quantid Pra Índices Dimensionam No caso dos serventes, devemos alocar
o ad zo ento os profissionais, de uma mesma frente de
Alvena e
5.000 (h)
3 x Pedreir 3,00 serviços (exemplo: Alvenaria),
ria m² 188 o 0,33 Pedreiros trabalhando sempre próximos, de modo
Azulej 3.000 h/m² 2,0
4 x Azuleji que 1 (um) servente atenda a pelo menos
os m² 188 sta Azulejistas dois profissionais de uma só vez, sempre
Textur 7.000 0,45 2,0 Pintores
3 x Pintor que possível.
a m² h/m²
188 0,18
Portas 400 m² h/m² 3,0 Pedreiros
1 x Pedreir D– Cronograma de Equipes
188 o 1,24
h/un

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Percebemos que os serviços foram mal permite a obtenção de equipes bem


programados em suas datas, pois no mês treinadas e comprometidas com os
de abril seriam necessários apenas 2 resultados.
(dois) operários, e já no mês seguinte um
efetivo de 14 (quatorze) elementos. 8 CÁLCULOS DE TAREFAS

Se seguirmos a risca este cronograma, A tarefa é caracterizada, quando uma


demitiríamos 3 (três) pedreiros em março frente de serviço é designada, ou
e recontrataríamos em maio, o que contratada, a um operário ou a uma
demonstra uma total incoerência, equipe, por um preço global a ser pago
onerando as leis sociais com verbas pela mesma, quando do ser término.
rescisórias. No entanto para se evitar um Neste preço devem estar inclusas as
problema, pode-se criar outro de ordem horas normais e extras trabalhadas, os
técnica e física, levando-se em conta a descansos remunerados e os saldos de
lógica de execução dos serviços. produção.

Portanto, o ideal para um cronograma de A sua aplicação visa estimular a produção


pessoal é atender às exigências físicas da pois, ao término de uma tarefa, o valor
obra sem comprometer o desembolso, acertado estará garantido ao operário,
bastando para isso uma coerência de independente do tempo gasto.
datas de início e término de serviços que
necessitem do mesmo tipo de O estímulo à produção deve estar sempre
profissional, visando a sua utilização pelo vinculado à manutenção da qualidade, um
maior tempo possível. dos maiores riscos de perdas nesta
Um bom planejamento de pessoal, deve modalidade de trabalho. Portanto, um dos
prever o aproveitamento de uma equipe, parâmetros de recebimento de uma tarefa
ao término de uma frente de serviço em concluída é necessariamente a qualidade
uma obra, para o início da mesma em do serviço pronto, dentre outras, como
outra. Isto evita, ou diminui, por exemplo:
sensivelmente a rotatividade, assim como

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Terminalidade do serviço; índice de produtividade montagem = 0,33


Retirada e guarda da sobra de material; h/m²
Limpeza e guarda de
ferramentas/equipamentos; Calculando:
Limpeza do local de trabalho;
Uso constante do equipamento de - confecção:
segurança, etc. 1.000 m² x 0,65 h/m² = 650h para 01 (um)
homem como 01 (um) mês = 188h
Por lei, caso o valor da produção de uma efetivas, 650h / 188h/mês = 3,45 meses
tarefa, dentro de um mês específico, seja para 01 (um) homem.
menor que o salário do operário
envolvido, é garantido ao mesmo este - montagem:
último. 1.000 m² x 0,33 h/m² = 330h para 01 (um)
homem como 01 (um) mês = 188h
Existem procedimentos a serem adotados efetivas, 330h / 188h/mês = 1,75 meses
na negociação de uma tarefa, que selam para 01 (um) homem.
a garantia de sucesso da mesma. São
eles: - total:
330h + 650h = 980h 980h / 188h/mês =
A – A explicação clara, objetiva e 5,20 meses para 01 (um) homem como
detalhada do padrão, tipo e qualidade do temos 15 (quinze) dias = 0,5 mês 5,20
serviço a ser executado. Enquanto existir meses/homem/0,5 mês = 10 (dez)
a menor dúvida, o processo deve ser carpinteiros
repetido, se preciso à exaustão;
B – A anotação diária das horas em que o - preço da tarefa:
operário está envolvido no cumprimento supondo um salário de mercado para
da tarefa; carpinteiro de R$ 400,00/mês R$ 400,00 /
C – A observação rigorosa dos critérios 188h/mês = 2,13 R$/h (valor da hora
de recebimento das tarefas; efetiva)
D – A elaboração de um formulário
simples, porém completo, que contenha - somando-se 0,33h/m² + 0,65h/m² =
os dados acima, campo para assinatura 0,98h/m²:
do operário, cálculo da produtividade,
quantidade de serviço e observações o valor do metro quadrado de forma é
gerais. 0,98 x 2,13 = 2.087 R$/m²
valor total 1.000 m² x 2,087 R$/m² = R$
Todo o cálculo de uma tarefa é baseado 2.087,00 ou seja,
em variáveis de suma importância: R$ 703,00 para montagem e desforma
Índices de Produtividade, Salário de R$ 1.384,00 para confecção ou ainda,
Mercado e Hora Efetiva de Trabalho, já R$ 208,70 por carpinteiro
demonstrado anteriormente.
Uma tarefa nunca deve ser acertada em
Com estes conceitos definidos, vamos horas e sim em valor global (dinheiro).
calcular a tarefa de confecção e Assim estaremos criando um aspecto
montagem de 1.000 m² de forma, laje psicológico favorável quando mostramos
tipo, no prazo de 15 (quinze) dias. um montante em dinheiro, não correndo o
risco de termos o valor hora reajustado
índice de produtividade confecção = 0,65 por um acordo de sindicatos, mudando o
h/m² preço final da tarefa.

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insumo, o que facilita sobremaneira a


9 TABELAS A X B X C GLOBAL E elaboração de um pedido de compra ou
PARCIAIS de uma coleta.

Recurso obtido através dos programas de No momento de processar estas tabelas,


orçamento e planejamento. Nestas temos diversas opções de lay-out
tabelas, são relacionados todos os portanto várias formas de emiti-las.
insumos por grau de participação no
custo da mesma. 9.1– Tabela A x B x C Global Geral
Esta ordenação explica a denominação 9.2 – Tabela A x B x C Global Mensal
de tabelas A x B x C, ou seja: 9.3 – Tabela Global em ordem alfabética
9.4 – Tabela A x B x C de mão-de-obra
Insumos (geral e mensal)
A: aqueles de maior importância que, 9.5 – Tabela A x B x C de materiais (geral
apesar de em menor número, e mensal)
representam, em geral, 80% (oitenta por 9.6 – Tabela A x B x C de empreiteiros
cento) do custo de uma obra (engenheiro (geral e mensal)
/ empresa). 9.7 – Tabela A x B x C de máquinas e
Insumos ferramentas (geral e mensal)
B: grande número de insumos que, no 9.8 – Tabelas de classificação por centro
entanto, representam apenas 15% de custos
(quinze por cento) do custo da obra 9.9 – Tabela A x B x C de despesas
(comprador). operacionais
Insumos 9.10 – Tabela A x B x C de outras
C: em número excessivamente grande, despesas
com participação em apenas 5% (cinco
por cento) do custo da obra Para cada modelo, uma análise
(apontador/almoxarife). específica, dentro de períodos pré-
A Tabela Global de uma edificação estabelecidos, com uma gama de dados
vertical, tem aproximadamente 15 infindável, propiciando simulações das
(quinze) páginas. Destas apenas 2 (duas) mais diversas, no transcorrer do
representam algo em torno de 85% empreendimento.
(oitenta e cinco por cento) dos custos de A mão-de-obra, consequentemente as
uma obra, onde estão incluídos 100 (cem) leis sociais normalmente mal controladas,
insumos, de um total de 750 (setecentos aparecem sempre nas duas ou três
e cinqüenta). primeiras páginas de uma tabela global.
As leis sociais, na grande e imensa
O nosso poder de fogo, de negociação, maioria das vezes, aparecem como o
deve estar mais centrado nestas duas primeiro item (item A) da tabela, e quase
primeiras páginas. Não que devamos nunca é objeto de um controle mais
desprezar as demais, mas apenas efetivo, assim como a categoria servente.
concentrar os esforços no prato de Uma variação destas tabelas permite a
balança de maior peso e emissão de cronogramas mensais de
consequentemente, com maior retorno insumos, com quantidade por período e
em função do maior risco. data de aplicação, permitindo a
programação antecipada, facilitando o
Estes relatórios apresentam a quantidade trabalho dos departamentos de compra,
total de consumo de cada item, o seu pessoal e contas a pagar, assim como
preço unitário orçado e a descrição do serve de subsídio ao critério empresário a

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ser definido, afim de dotar a empresa dos para a conclusão de obra. Estes podem
recursos necessários à execução de um ser reorçados a (Po) ou com preços
empreendimento. atuais, gerando os custos para o término
do empreendimento.
10 ANÁLISE DO PLANEJADO X
EXECUTADO 10.3 – Novo cronograma

Esta etapa tem como objetivo o Indicamos quais as datas de início e fim
acompanhamento periódico (quinzenal ou dos serviços restantes, o que implicará na
mensal) do andamento do geração de um novo cronograma físico e
empreendimento, visando uma análise de desembolso financeiro.
comparativa entre o planejado e
executado. 10.4 – Dados comparativos
Esta análise, verifica a evolução tanto
física quanto financeira da obra, nos Com os dados obtidos, nos
fornecendo assim parâmetros reais em procedimentos anteriores, partimos para a
contrapartida ao previsto anteriormente. análise propriamente dita.
Torna-se importante, a totalização dos
10.1 – Medições da obra gastos efetivamente realizados, feita
através de um software de contas a pagar
Este procedimento nos informa o ou pagas, para compará-los com o valor
percentual de obra pronta, como um todo orçado correspondente à medição
ou por tipo de frente de serviço, sempre efetuada (retroanálize).
em relação ao quantitativo orçado A checagem destes dados, mostra o
inicialmente. Aqui temos tanto a evolução histórico do empreendimento e define o
do cronograma físico, como o ponto de partida para o replanejamento,
desembolso financeiro acumulado, este oportunidade para as correções e
medido em relação ao orçamento inicial alterações necessárias que permitem
(Po). vislumbrar o resultado positivo.
A medição pode ser feita em percentual
ou por quantitativos realizados, sendo que 11 Sugestão de Fluxo de planejamento e
a segunda opção é mais precisa. Controle:
A ferramenta ideal para as medições são
as planilhas de quantitativos, elaboradas
no momento da orçamentação do
empreendimento.

10.2 – Obra a realizar (obra nova)


ANEXO - Exemplo de Planilha de
O orçamento inicial, possui as Cálculos de Tempos para PERT – CPM.
quantidades totais de serviços a realizar.
Portanto se subtrairmos destes, as
quantidades medidas, teremos como
resultado, quais os serviços que faltam
DURA TCi TCj TTi TTj PDI PDT FL UDT UDI FT
Event ATIVI SERV ÇÃO (TCi + (TTj - (TCi + (PDI (TCj - (TTj) (UDT (UDT
o DADE IÇOS ( D) D) D) 1) + D- PDT) - D+ -
1) 1) PDT)
1 1 Serv. 2 0 2 0 2 1 2 0 2 1 0

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Prelim
inares
2 2 Funda 4 2 6 2 6 3 6 0 6 3 0
ções
3 3 Estrut 9 6 15 6 15 7 15 0 15 7 0
ura
3 4 Inst. 9 6 15 6 15 7 15 0 15 7 0
Embu
tidas
na
Estrut
ura
4 5 Chapi 4 15 19 15 19 16 19 0 19 16 0
sco
4 6 Cober 4 15 19 15 19 16 19 0 19 16 0
tura
5 7 Vedaç 9 19 28 19 28 20 28 0 28 20 0
ões
6 8 Esq. 1 28 29 31 32 29 29 0 32 32 3
de
Madei
ra
Caixil
ho
6 9 Esq. 2 28 30 30 32 29 30 0 32 31 2
de
Alumí
nio
Caixil
ho
6 10 Inst. 4 28 32 28 32 29 32 0 32 29 0
Elétric
a
Embu
t.
Alven.
6 11 Inst. 4 28 32 28 32 29 32 0 32 29 0
Hidro-
Sanitá
rias
TTi Maior data em que o evento inicial
D Duração da atividade, prazo requerido pode ocorrer sem atrasar a conclusão do
para se executar a atividade. projeto.
TCi Menor data de ocorrência do evento TTj Maior data em que o evento final pode
inicial, desde que as atividades anteriores ocorrer sem atrasar a conclusão do
se desenvolvam nas durações previstas. projeto.
TCj Menor data de ocorrência do evento PDI Data em que a atividade pode ser
final (fim da atividade). iniciada, caso sejam obedecidas as

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durações estimadas de todas as 04 - Planilha Orçamentária é a relação


atividades antecessoras. detalhada de todos os serviços a serem
PDT Data de término de uma atividade, executados em uma obra. A cada serviço,
que se inicia em PDI, e sua duração correspondem uma unidade de medida, o
estimadas seja obedecida. consumo unitário, a quantidade e o preço
FL Folga disponível a uma atividade, sem total parcial do mesmo.
prejudicar a PDI das atividades
sucessoras. a) CERTO
UDI Última data em que a atividade deve b) ERRADO
ser iniciada, sob pena de atrazo para o
projeto como um todo. UDT Data de 05 - Para o Cálculo do C.U.B (custo
término de uma atividade, que se inicia unitário básico), a norma oferece duas
em UDI, e sua duração estimadas seja tabelas, onde encontramos os consumos
obedecida. FT Folga disponível a uma unitários, por metro quadrado, dos
atividade, sem prejudicar a UDI das materiais pertencentes a um lote básico,
atividades sucessoras. específico aos tipos de projetos padrão
(H4, H8, H12), conforme o número de
AVALIAÇÃO moradores, número de trabalhadores e
custo da obra.
01 - Orçamento de Obras é a soma de
todos os custos diretos e indiretos de uma a) CERTO
construção ou obra. Este somatório b) ERRADO
determina o quanto deve custar uma
obra. Os custos são compostos 06 - A Discriminação Orçamentária visa
basicamente de Materiais, Mão de Obra, sistematizar o roteiro a ser seguido na
Verbas, Leis Sociais e BDI. execução de um orçamento, descrevendo
cada etapa de serviços, de maneira geral
a) CERTO e abrangente.
b) ERRADO
a) CERTO
02 - Projeto Executivo são os projetos de b) ERRADO
uma obra, executados a partir do projeto
de arquitetura, ou seja: Sondagens, 07 - Os Volumes de Escavação de
Fundações, Estrutura, Elétrico Telefônico, Subsolos normalmente é calculado pelo
Hidro- Sanitário, Incêndio, produto da área de ocupação do subsolo
Impermeabilização, Paisagismo, etc. pelo pé direito enterrado do mesmo.

a) CERTO a) CERTO
b) ERRADO b) ERRADO

03 - No Memorial Descritivo são definidos 08 - Através do quadro resumo dos


e descritos os métodos a serem usados projetos de estrutura, separamos as
na execução dos serviços, assim como as quantidades de aço por tipo (CA50, CA60,
características dos materiais a serem etc), por bitola (6.3mm, 8.0mm, etc.),
empregados para tanto. preferencialmente, por pavimento (caso
das edificações verticais), ou por etapas,
a) CERTO separando também vigas, pilares, lajes e
b) ERRADO fundações, o que facilita a programação
de cortes, compras e tarefas.

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para conclusão de curso da Universidade


a) CERTO Federal do Pará, como parte dos
b) ERRADO requisitos para Exame de Conclusão,
Belém – PA, 1996.
09 - Segundo Fritz (2002) o planejamento
pode ser subdividido duas etapas: MENDES JR, Ricardo. Programação de
Planejamento dos métodos de execução produção da construção de edifícios de
e Planejamento físico da obra. múltiplos pavimentos usando linha de
balanço. Trabalho apresentado ao
a) CERTO Programa de Pós-Graduação em
b) ERRADO Engenharia de Produção da Universidade
Federal de Santa Catarina como parte
10 - O diagrama PERT / CPM tem como dos requisitos para Exame de
um de seus princípios básicos a definição Qualificação, Florianópolis – SC, Julho de
das atividades, sejam elas antecessoras, 1998.
sucessoras ou paralelas de cada serviço NBR-12721 – Avaliação de Custos
ou atividade. Unitários e Preparo de Orçamento para
Incorporação de Edifícios em Condomínio
a) CERTO – ABNT – 1992.
b) ERRADO
SOUZA, R...[ et al ]. Qualidade na
BIBLIOGRAFIA Aquisição de Materiais e Execução de
Obras.
CD - Sinduscon Goiás / D.T.C. - São Paulo, PINI, 1996.
Modernização do Processo Construtivo –
Sinduscon -GO, 2002. TCPO – Tabela de Composições de
Preços para Orçamentos. PINI, São
DAFICO, Dario A & MACHADO, Ricardo Paulo.
L. Planejamento e Controle de Obras com
Modelo Ampliado da Linha de Balanço.
Trabalho de disciplina apresentado ao
Programa de Pós-Graduação em
Engenharia de Produção da Universidade
Federal de Santa Catarina, Florianópolis –
SC, 1995.

FRITZ GEHBAUER...[ et al ].
Planejamento e gestão de obras: um
exemplo prático da cooperação Brasil –
Alemanha. Curitiba, CEFET – PR, 2002.
HEINIECK, Luiz Fernando M.. Dados
básicos para a programação de edifícios
altos por linha de balanço. Congresso
Técnico-Científico de Engenharia Civil.
Florianópolis – SC, UFSC, 1996, Vol. 2, p.
167-173.

ILMA SILVA...[ et al ]. Planejamento e


Controle de Obras. Trabalho apresentado

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