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CALCIFICAÇÕES PATOLÓGICAS

Prof. Dr. Rafael T. Burtet


Patologia Geral
Corpo Humano Adulto
1 a 2kg de Ca++

90 %
Dieta
600 a 1000 mg Ca/dia Absorção intestinal
800mg/dia

Reabsorção óssea

Plasma
calcemia 8,8 a 10,4 mg%

Excreção do Ca
Fecal – 760 mg/dia Aposição óssea
Urinária – 100 a 300 mg/dia

Deposição em tecidos não-osteóides


Sadios – calcificação metastática
Lesados – calcificação distrópica
A Calcificação Patológica
• Origem: alterações metabólicas celulares

• Deposição anormal de sais de cálcio e outros sais minerais


heterotopicamente (em locais onde não é comum a sua deposição)

• Fora do tecido ósseo ou dental, em situações de alteração da


homeostase e da morfostase

• “Calcificação heterotópica sobre matriz orgânica não previamente


preparada”.
A calcificação patológica ocorre em locais que não envolvem
dente (D) e osso (O) (Mallory-Azán, 40X)

Osso maduro mandibular.


O tecido corado em azul indica calcificação já bem adiantada;
o tecido vermelho indica calcificação ainda não-finalizada.
Mecanismos
• O mecanismo das calcificações patológicas segue o mesmo princípio das calcificações normais

• Os cristais de fosfato de cálcio são depositados:


– Forma-se um núcleo inicial (hidroxiapatita - heterotópico)

– Crescimento da nucleação

• Esse núcleo pode, por exemplo, iniciar-se nas mitocôndrias, sede celular dos depósitos normais
de cálcio na célula, quando esta entra em contato com grandes concentrações desse íon no
citosol ou no líquido extracelular.
Tipos de Calcificação
• Dependendo da situação envolvida em cada alteração funcional ou
morfológica do tecido, podem-se distinguir três tipos de calcificação
heterotópica:
– 1. Distrófica

– 2. Metastática

– 3. Calculose (ou litíase)


1. CALCIFICAÇÃO DISTRÓFICA

• “Incrustação de sais em tecidos previamente lesados, com


processos regressivos ou necrose”.

• Relaciona-se com áreas que sofreram agressões e que apresentam


estágios avançados de lesões celulares ou já necrosadas.

– Nas necroses é comum observar calcificações distróficas nas paredes vasculares


de indivíduos senis com ateroesclerose, cujo processo se caracteriza por
presença de necrose no endotélio vascular devido à deposição de placas de
ateroma.
Características gerais da Calcificação Distrópica

• Mais frequente e mais generalizada


• Tecido conjuntivo fibroso de lesões antigas
• Parede de vasos esclerosados
• Tendões
• Valvas cardíacas
• Alguns tumores
• Necrose antiga e não reabsorvida
Características gerais da Calcificação Distrópica

• comum em áreas necrosadas

• sem função definida

• não traz maiores conseqüências para o local

• um sinal da existência de uma lesão prévia

• ocorrendo em locais com funções com mobilidade (articulações sinoviais), pode


compromete a atividade

• presença nos casos de ateroesclerose provoca deformações nos vasos,


induzindo à trombose.
Características químicas do núcleo de calcificação
• Esses fatores geralmente implicam a formação exagerada ou a secreção aumentada de fostato de cálcio Ca3(PO4)2 e
carbonato de cálcio CaCO3, responsáveis pela formação inicial dos núcleo de calcificação. Os mais bem estudados são:
– Fosfatase alcalina:

• Comumente observada nos processos normais de calcificação.

• Nos tecidos lesados é aumentada a sua liberação, facilita a formação de fosfato de cálcio.
– Alcalinidade:

• nos tecidos necrosados, a alcalinidade está aumentada,

• provoca uma diminuição da solubilidade do carbonato de cálcio que precipita-se mais facilmente.
– Presença de proteínas extracelulares:

• proteínas, como o colágeno, possuem afinidade pelos íons cálcio, principalmente nos processos normais de

calcificação.

• necrose, essas proteínas associam-se com o cálcio, estimulando a deposição destes sobre essa matriz protéica.
A pinça destaca uma placa de ateroma calcificada, que se desloca da
túnica íntima (PI).
Esse quadro caracteriza um estágio avançado de ateroesclerose.

Calcificação distrófica (setas) na polpa dentária.


As diferenças morfológicas existentes entre as calcificações decorrentes
de processos envolvendo lesões celulares e as calcificações encontradas
naturalmente nos tecidos. Dentina (D) (HE, 200X).
Pontos de calcificação (basofílicos) na camada íntima da aorta
em um processo avançado de ateroesclerose.

Esses pontos calcificados podem se desprender da parede do


vaso e cair na circulação sangüínea sob a forma de trombos.

Esse fenômeno constitui uma complicação da calcificação


distrófica (HE, 200X).

A Direita: uma placa de ateroma calcificada (PA) entre a


túnica média (TM) e a túnica íntima (TI) (HE, 100X).
2. CALCIFICAÇÃO METASTÁTICA

• “Calcificação heterotópica provocada pelo aumento da calcemia em


tecidos onde não exista necessariamente lesão prévia”.

• Mais disseminada no organismo


Causas das Calcificação Metastática

• Distúrbios dos níveis sanguíneos de cálcio (calcemia)


• Absorção aumentada de cálcio no tubo gastrintestinal por excesso da
vitamina D
• Mobilização excessiva de cálcio dos ossos por imobilização prolongada
• Osteólise (mieloma ou metástase óssea)
• Hiperparatireoidismo
Calcificação Metastática
• Originada de uma hipercalcemia.
– remoção de cálcio dos ossos (comum em cânceres e inflamações ósseas, imobilidade,
hiperparatireoidismo)
– dieta excessivamente rica desse íon.
– Aumentando os níveis de cálcio
– Precipitação nos tecidos

• Os tecidos calcificados metastaticamente (pulmão, vasos sanguíneos,


fígado e mucosa gástrica) tem sua função comprometida.

• A hipercalcemia pode ser mais preocupante clinicamente do que a


calcificação em si
Dura-máter exibindo calcificações (setas) em duas
áreas na foice cerebral.
3. CALCULOSE OU LITÍASE
• “Calcificação em estruturas tubulares diferentes
de vasos sangüíneos”.

• Não difere muito dos padrões de formação da calcificação distrófica

• Mantendo a característica de heterotopia inerente às calcificações


patológicas

• São os tão conhecidos cálculos


Cálculos

• Massas esferoidais, ovóides ou facetadas


• Sólidas, concretas e compactas
• Consistência de argilosa a pétrea
• Formando-se no interior de órgãos ocos, cavidades naturais do
organismo, condutos naturais ou no interior de vasos
Cálculos renais.
Observe as diferentes formas e tamanhos que pode assumir esse tipo de calcificação.
A Formação dos Cálculos
• A patogenia de formação dos cálculos se resume:
– formação de um núcleo calcificado de forma distrófica

– Deslocamento desse núcleo para a luz do ducto

– crescimento devido a sucessivas incrustrações ao redor de sua estrutura.

• Todo o mecanismo é facilitado pelos fatores já citados anteriormente


– principalmente pela presença de pH alcalino

– concentração de carbonato de cálcio e fosfato de cálcio

• Pode levar à obstrução, à lesão ou à infecção de ductos, principalmente do pâncreas,


da glândula salivar, da próstata e dos tratos urinário e biliar
Presença de calcificações distróficas em ducto (D) de
parótida (A), supostamente derivados de um cálculo (setas)
(HE, 100X).

A direita: maior aumento a relação dessa calcificação (S)


com o epitélio ductal (seta), o qual é constantemente
agredido, originando processos inflamatórios
(HE, 200X).
Nomenclatura

• Sufixo - litíase - Ocorrência do fenômeno


• Sufixo - lito - Cálculo
– Sialolitiase – sialolito – Glândula salivar
– Colelitiase – colelito – Cálculo biliar
– Urolitiase – urolito – Cálculo urinário
ESTUDO DIRIGIDO
CALCIFICAÇÕES PATOLÓGICAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• BRASILEIRO FILHO, G. Bogliolo - Patologia geral. 3. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2004.

• KUMAR, V., FAUSTO, N., ABBAS, A. K. Robbins & Cotran – Patologia bases
patológicas das doenças. 7ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier. 2005.

• RUBIN, EMANUEL; et.al. Patologia: bases clinicopatológicas da medicina. 4ª


ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006
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