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https://doi.org/10.15202/1981996x.

2017v11n1p80

A INCIDÊNCIA DE PERCEVEJOS DE LEITO NOS PRINCIPAIS


HOTEIS DA ZONA SUL DO RIO DE JANEIRO/RJ-BRASIL DE
2014 A 2016
THE INCIDENCE OF BED BUGS IN THE MAIN HOTELS OF THE SOU-
TH ZONE OF RIO DE JANEIRO /RJ-BRASIL 2014 TO 2016

BRUNA MELO TACCONI


Graduada em Bacharel em Ciências Biológicas no Centro Universitário Augusto Motta,
UNISUAM -RJ
brunatacconi@yahoo.com.br

RODRIGO NOGUEIRA ALVES CARNEIRO


Pós-graduado em Ciências Ambientais na Universidade Federal do Rio de Janeiro;
UFRJ - RJ

BERNARDO MIGUEL DE OLIVEIRA PASCARELLI


Mestre em Ciências Morfológicas na Universidade Federal do Rio de Janeiro (2009)
Professor e Coordenador do Curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário Augusto Motta
UNISUAM - RJ

RESUMO ABSTRACT
Os percevejos de leito são pequenos in- The bed bugs are small bloodsucking in-
setos hematófagos que podem fazer infestações sects that can make silent infestations and can
silenciosas, podendo viver até um ano sem se
live up to a year without feeding. These bugs are
alimentar. Esses percevejos são socialmente in-
desejáveis e frequentemente associados a local socially undesirable and often associated with
de pouca higiene, porém podendo infestar gran- place of poor hygiene, but can infest large ho-
des hotéis, residências e outros. Locomovem-se tels, residences and others. Locomovem up very
com muita facilidade, viajando grandes distân- easily, traveling great distances and continents.
cias e continentes. Apesar de não serem classi-
Although not classified as major health signifi-
ficadas como de grande importância sanitária,
podem ser vetores de graves doenças além do cance, can be vectors of serious diseases besides
incômodo causado e grandes prejuízos finan- the caused inconvenience and huge financial
ceiros. O estudo tem o objetivo de mostrar o losses. The study aims to show the increased
aumento da incidência dessa praga, controle incidence of this pest, adequate sanitary control
sanitário adequado e métodos de controle e pre-
and methods of control and prevention used.
venção utilizados.
Palavra-chave: Percevejo de leito, pragas, Keyword: Bedbug, pests, hygiene, sanita-
higiene, controle sanitário. ry control.

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Revista Semioses, v 11, n.01, 2017
A INCIDÊNCIA DE PERCEVEJOS DE LEITO NOS PRINCIPAIS HOTEIS DA ZONA SUL DO RIO DE JANEIRO/RJ-BRASIL DE 2014 A 2016

1. INTRODUÇÃO sua fácil migração fazem com que infestem hotéis


de grande porte, trazendo desconforto e prejuízos
Os percevejos de leito, ou bedbugs (Fi- (CRIADO, 2011).
gura1), são da ordem Hemíptera e da família Devido à globalização, ao grande cresci-
Cimicidae, possuem o corpo oval e achatado, mento populacional e a facilidade de dissemina-
não possuindo asas. Seus hábitos são noturnos, ção dos percevejos de leito, contribuíram com o
quando saem em busca de alimento e acasala- ressurgimento dessa praga (VASIEVICH, 2016).
mento. Existem diversas espécies de percevejos Podem se locomover, da forma ativa (curtas dis-
de leito, sendo a mais comum Cimex lectula- tâncias) ou passiva (grandes distâncias) (NASCI-
rius em meio urbano. Possuem o tamanho de MENTO, 2011). A alimentação é necessária para
4-5 mm e coloração marrom, sendo observáveis que ocorra a postura dos ovos. Quando entra em
a olho nu, as ninfas são de uma coloração mais contato com o hospedeiro, o percevejo perfura a
clara, chegando a ser translúcida, conforme vai pele da sua vítima com uma espécie de estilete
acontecendo à ecdise sua coloração vai escure- formado por dois tubos ocos situados na extremi-
cendo (NASCIMENTO, 2011). dade do seu aparelho bucal. Com um deles extrai
o sangue e com o outro injeta saliva, que contêm
anticoagulantes e anestésicos. O período de ali-
mentação dura cerca de cinco minutos, após ele
retorna ao seu esconderijo (YURUMEZ, 2016).
Devido à injeção de anestésico, a picada
não é sentida pelo hospedeiro antes de decorridos
alguns minutos ou mesmo horas após o termino
da alimentação e quando o parasita já abandonou
o local. A primeira indicação de uma picada é o
surgimento de prurido (Figura 2) em resultado
da reação imunológica produzida pelos agentes
injetados pelo inseto (YURUMEZ, 2016). O pe-
ríodo entre uma alimentação e outra, pode durar
de 2 a 5 noites. Quando há escassez de alimento,
podem ficar até um ano sem se alimentar (SU-
THERLAND, 2013). As fêmeas depositam um
Figura 1 – Percevejo de leito na forma adulta. (Fonte: POTTER, 2012) ovo pequeno de aproximadamente 1mm (Figura
3) da cor branca, que contém uma proteção, uma
São hematófagos, ou seja, se alimentam espécie de gorro. Os ovos fixam-se na superfície,
de sangue. O ciclo de vida do percevejo de leito fazendo com que dificulte seu desalojamento.
é incompleto (ovo-ninfa-adulto). São encontra- Durante o dia, a fêmea pode colocar cerca de 5
dos em frestas, brechas e entre outros, só saem ovos, que eclodem após 10 dias (NASCIMENTO,
do esconderijo no período noturno. Os percevejos 2011)
são gregários, ou seja, gostam de estar em contato
com os outros percevejos no período de descanso
(NASCIMENTO, 2011). Em 1940, na região da
América do Norte e Europa Ocidental, eles chega-
ram a ser extintos com o uso do DDT (Dicloro-
-Difenil-Tricloroetano). Em 1970 o DDT foi proi-
bido devido ao seu alto risco de contaminação e
sua demora a se degradar (4 a 30 anos). Com o
retorno, novos estudos precisavam ser feitos para
combate e novos inseticidas foram encontrados
(NAGEM, 2012).
Os percevejos de leito podem viajar milha-
res de quilômetros, se escondendo em malas, rou- Figura 2 - Padrão de agrupamento das
lesões causadas pelas picadas dos
pas, caixas, móveis, entre outros. Seu tamanho e percevejos de leito. (Fonte: STUCKI, LUDWING, 2008)

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Bruna Melo Tacconi

2. METODOLOGIA
No período de janeiro de 2014 a agosto
de 2016, foram analisados todos os chamados
recebidos de percevejo de leito. Em cada chama-
do foi realizado a inspeção, o controle químico
quando necessário e o controle de qualidade.
Por serem os locais com maior rotatividade de
pessoas, foram avaliados os principais hotéis da
área da zona sul do Rio de Janeiro – Brasil. As
etapas do diagnóstico foram divididas em inspe-
Figura 3 - Exúvias e ovos concentrados. Fonte: (DAVIS, 2009)
ção, tratamento e controle de qualidade.

Além do desconforto, os percevejos de 2.1 Inspeção


leito podem transmitir diversos patógenos. Em
Foi realizada uma inspeção visual, utilizado
novembro de 2014, foi publicado um artigo na
uma lanterna de led, em todo o quarto, na cama,
revista “The American Journal of Tropical Me-
a roupa de cama, colchão, estrado, cabeceira, por-
dicine and Hygiene” afirmando que os perceve-
tas e janelas; quadros; rodapés; cortinas e todos
jos de leito podem transmitir também a doença os móveis adjacentes. Juntamente com a inspeção
de chagas caso tenham contato com o parasi- visual, foi usado um produto químico desalojan-
to Trypanossoma cruzi. No projeto realizado te, facilitando a percepção de focos existentes.
na Pensilvânia, foram separados percevejos da
espécie Cimex lectularius que se alimentavam
de sangue de camundongos infectados, foi ob-
2.2 Tratamento
servado que eles adquiriram o parasita. Na se- Aspiração- Anterior ao tratamento quími-
gunda parte do projeto, os roedores saudáveis, co foi utilizado um aspirador com reservatório
foram expostos aos percevejos contaminados e descartável, removendo as sujidades, melhoran-
foram contaminados. Também foi aplicado as do o efeito residual do produto químico aplicado.
fezes dos percevejos contaminados em roedores Vapor- Foi utilizado tratamento a va-
e também teve resultado positivo. O estudo faz por com a temperatura de 45°C, na distância
intensificar a importância sanitária dessa praga máxima de 30 cm, a fins de auxiliar a eliminação
silenciosa, sendo ainda mais alarmante devido de todos os estágios do percevejo de leito. O
a sua rápida disseminação (SALAZAR, 2014) vapor também auxilia em uma nova inspeção
Por ser uma praga desconhecida, que visual, pois as formas adultas e ninfas são desa-
pode transmitir patógenos e de fácil dispersão, lojadas também pela temperatura.
foi criado um projeto de monitoramento e tra- Tratamento químico- Foi aplicado um
tamento dos percevejos de leito nos principais inseticida líquido de efeito residual em todo o
hotéis da zona Sul no Rio de Janeiro/RJ, junto perímetro. Foi feito uma combinação de princí-
à empresa de controle de pragas Truly Nolen e pios ativos (produto de efeito residual). A área
em parceria à Instituição Centro Universitário infestada deve ser tratada por pelo menos 2
Augusto Motta (UNISUAM). A Truly Nolen é vezes com intervalo máximo de 2 semanas. O
uma empresa de controle de pragas multinacio- produto utilizado foi de suspenção concentrada
nal, fundada em 1938 em Orlando na Flórida, imidacloprid (21%) + beta-ciflutrina (10,5%),
e presente hoje em mais de 61 países. O Cen- com concentração de uso de 0,042%. O produto
tro Universitário Augusto Motta (UNISUAM) foi aplicado com um pulverizador Inox Guarany
atua há mais de 45 anos no ramo acadêmico, compressão prévia 10 litros, com o bico leque.
que tem como objetivo promover o desenvolvi-
mento do homem e do meio em que vive numa 2.3 Controle de qualidade
relação recíproca com a sociedade, permitindo o
acesso a um ensino de qualidade, participando Após todos os serviços, dado o prazo de 2
ativamente da melhoria dos processos educa- semanas, retornávamos ao local para uma nova
cionais do país. vistoria a fins de localizar novas infestações. Nes-

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A INCIDÊNCIA DE PERCEVEJOS DE LEITO NOS PRINCIPAIS HOTEIS DA ZONA SUL DO RIO DE JANEIRO/RJ-BRASIL DE 2014 A 2016

sa fase, foi vistoriado não só o local tratado, como Figura 7 - Demonstrativo de ocorrências mensal de janeiro a agosto de 2016,
com pico de ocorrência no mês de abril.
locais ao redor (outros quartos do mesmo andar).
Nessa fase, foi também instalado em
pontos estratégicos, armadilhas que simulam a De acordo com os dados apurados, nota-
liberação de gás carbônico emitido pela respira- -se que após grandes eventos turísticos reali-
ção e também a temperatura corporal. A arma- zados no Brasil, o número de ocorrências au-
dilha contém superfície adesiva que captura o mentou, chegando a 11 ocorrências atendidas
inseto, auxiliando no monitoramento. e monitoradas somente no ano de 2015 (Figu-
ra 8).
3. RESULTADOS Figura 8 - Demonstrativo de ocorrências por ano, atingindo 11 ocorrências no
ano de 2015.

No período de janeiro de 2014 a agosto A tabela 1 representa o número de quar-


de 2016, foram monitorados 24 hotéis da zona tos infestados pelos percevejos de leito e núme-
sul do Rio de Janeiro/RJ. Dos monitorados, oito ro total de quartos existentes no hotel nomeado
apresentaram ocorrências. Foram necessários o de 1 (um) a 8 (oito), resultando em um total
mínimo de 2 visitas no intervalo de 15 dias para de 29 quartos infestados e tratados no período
tratamento e controle. monitorado.
A Figura 3 mostrou que 33% dos hotéis mo- Tabela 1 - Relação de chamados e nº de quartos.
nitorados apresentaram infestação de percevejos de
Porcentagem de
leito no período, tendo um total de 21 chamados. Hotel Total de quartos
Total de quartos
quartos infestados/
infestados
total de quartos
Figura 4 - Demonstrativo do total de hotéis infestados de percevejo de leito no
período de janeiro de 2014 a Agosto de 2016. Hotel 1 237 6 2,5%

Hotel 2 116 2 1,7%


No ano de 2014, no primeiro semestre,
não ocorreram chamados de percevejo de leito. Hotel 3 233 8 3,4%

No segundo semestre ocorreram cinco chama- Hotel 4 545 1 0,1%


dos ao todo, onde o mês de maior incidência foi Hotel 5 572 6 1,0%
novembro com dois hotéis apresentando ocor-
Hotel 6 95 1 1,0%
rências e cada um com um quarto infestado.
Hotel 7 98 2 2,0%

Hotel 8 115 3 2,6%

Figura 5 - Demonstrativo de ocorrências mensal de janeiro a dezembro de Total 2011 29 1,44%


2014, com pico de ocorrências no mês de novembro.

No ano de 2015, no primeiro e no Em cada hotel, eram necessárias no mí-


segundo semestre, ocorreram ao todo nimo de duas visitas para o controle, de acordo
11 chamados distribuídos ao longo do com o número de quartos e o grau da infesta-
ano. O mês de maior incidência foi abril ção. Ao fim de cada tratamento, após sete dias,
com três hotéis apresentando ocorrên- era realizada nova inspeção visual, para visuali-
zar focos ainda existentes ou o controle total da
cias e cinco quartos infestados no total. infestação existente.
A calda utilizada no tratamento químico
é de suspensão concentrada, de efeito residual,
Figura 6 - Demonstrativo de ocorrências mensal de janeiro a dezembro de aumentando a eficácia do tratamento. A tabela
2015, com pico de ocorrências no mês de abril.
2 mostra os serviços realizados em cada hotel
com o produto utilizado e o número de visitas
No ano de 2016, só foi monitorado o pri-
que foram necessárias para cada tratamento.
meiro semestre, onde ocorreram ao todo cinco
Eficácia de acordo com o nível de infestação:
chamados. O mês de maior incidência foi abril
alta infestação 50%, média infestação 60%, in-
com dois hotéis apresentando ocorrências e três
festação regular 70%, baixa infestação 80%, ves-
quartos infestados no total.
tígios 90%, infestação controlada 100%.
Tabela 2 - Demonstrativo de número de visitas eficácia do produto utilizado

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Bruna Melo Tacconi

HOTEL PRODUTO UTILIZADO QUARTO SERVIÇOS EFICÁCIA HOTEL PRODUTO UTILIZADO QUARTO SERVIÇOS EFICÁCIA
1 70% 1 70%
2 90% 2 80%
A
3 90% A 3 80%
4 100% 4 90%
1 80% 5 100%
B 2 90% Imidacloprid (0,042%) + 1 80%
4
3 100% Betaciflutrina (0,021%) B 2 90%
1 90% 3 100%
Imidacloprid (0,042%) + C
1 2 100% 1 70%
Betaciflutrina (0,021%)
1 90% 2 90%
D C
2 100% 3 90%
1 80% 4 100%
E 2 90% 1 90%
A
3 100% 2 100%
1 70% 1 80%
Imidacloprid (0,042%) +
F 2 90% 5 B 2 90%
Betaciflutrina (0,021%)
3 100% 3 100%
1 90% 1 80%
A C
Imidacloprid (0,042%) + 2 100% 2 100%
2
Betaciflutrina (0,021%) 1 90% Imidacloprid (0,042%) + 1 90%
B 6 A
2 100% Betaciflutrina (0,021%) 2 100%
1 80% 1 80%
A
2 100% A 2 90%
Imidacloprid (0,042%) +
1 70% 7 3 100%
Betaciflutrina (0,021%)
B 2 90% 1 80%
B
3 100% 2 100%
1 70% 1 90%
A
2 80% 2 100%
C 1 90%
3 90%
Imidacloprid (0,042%) + B
4 100% 8 2 100%
Betaciflutrina (0,021%)
1 60% 1 70%
2 70% C 2 90%
D 3 80% 3 100%

4 90%
5 100% DISCUSSÃO
Imidacloprid (0,042%) + 1 90%
3
Betaciflutrina (0,021%)
E As maiorias dos artigos existentes citam que
2 100%
os percevejos de leito não são vetores de doenças,
1 80%
F
2 100%
como o artigo de NARAIN, LALITHAMBIKA,
1 90%
KAMBLE, 2015, que diz “Embora os percevejos
G
2 100%
não tenham sido implicados como vetores de pató-
1 80%
genos, sua atividade mordendo inflige insônia gra-
H 2 90% ve e reações alérgicas”, como citado anteriormente,
3 100% estudos recentes afirmam que os percevejos de leito
1 90% podem sim transmitir doenças, como a doença de
I
2 100% chagas caso tenha contato com o parasito Trypa-
1 80% nosoma cruzi e necessita que novos estudos sejam
J 2 90% realizados (NARAIN, 2015; SALAZAR, 2014; HO,
3 100% 2016).
1 80% Os jogos da Copa de 2014 ocorreram entre
L
2 100% os dias 13 de junho (jogo de abertura) e 13 de julho
(partida final). A cidade do Rio de Janeiro sempre
teve uma grande procura no turismo, principal-

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A INCIDÊNCIA DE PERCEVEJOS DE LEITO NOS PRINCIPAIS HOTEIS DA ZONA SUL DO RIO DE JANEIRO/RJ-BRASIL DE 2014 A 2016

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leito nos locais monitorados, para uma praga não Martinez; TOMECKI, Kenneth. Got the Travel Bug? A
pertencente a este nicho ecológico, levantando a Review of Common Infections, Infestations, Bites, and
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